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Instituto Estadual Cecy Leite Costa

Curso Técnico em Eletrônica

Telecomunicações

Professor Mauro Fonseca


APRESENTAÇÃO DE SEMINÁRIOS

Escolha o assunto, estude, prepare uma apresentação

Nome Titulo Data


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Sumário
Introdução ................................................................................................................................. 5
A onda eletromagnética ........................................................................................................... 7
O que são Ondas ..................................................................................................................... 7

Ondas mecânicas e Ondas eletromagnéticas ........................................................................ 12

Propagação de ondas ............................................................................................................ 12

A propagação em espaço livre .............................................................................................. 20

Técnicas de Modulação .......................................................................................................... 46


Modulação AM ..................................................................................................................... 52

Tarefa: Pesquisar as diferentes formas de AM. ................................................................ 53

Modulação FM ..................................................................................................................... 54

Modulação Digital ................................................................................................................ 58

Modulação em Amplitude por Chaveamento (ASK) ....................................................... 58

Amostragem ..................................................................................................................... 60

Antenas .................................................................................................................................... 21
Características das antenas ................................................................................................... 25

Diretividade ...................................................................................................................... 27

Ganho ............................................................................................................................... 28

Tipos de antenas ................................................................................................................... 31

Antenas dipolo .................................................................................................................. 31

Antena de dipolo dobrado................................................................................................. 35

Antena Yagi ...................................................................................................................... 36

Antena Quarto de Onda .................................................................................................... 38

Antena Log-periódica ....................................................................................................... 38

Linhas de Transmissão........................................................................................................... 41
O cabo coaxial .................................................................................................................. 42

O cabo par trançado .......................................................................................................... 43


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Casamento de impedâncias ............................................................................................... 45

Técnicas de montagem em telecomunicações ....................................................................... 46


A montagem aranha ........................................................... Erro! Indicador não definido.

Montagem em barra de terminais ...................................... Erro! Indicador não definido.

Montagem em placa perfurada .......................................... Erro! Indicador não definido.

Sistemas de Blindagem ...................................................... Erro! Indicador não definido.

Introdução
As telecomunicações constituem o ramo da engenharia elétrica que trata da
análise, planejamento, projeto, da implantação e da manutenção, dos sistemas de
comunicações e tem por objetivo principal atender à necessidade do ser inteligente de se
comunicar a distância. É comum se omitir o prefixo tele (longe ou distante) e usar apenas
comunicações.

Através dos sistemas de comunicações os assinantes, usuários ou


correspondentes trocam informações, operando equipamentos terminais, elétricos ou
eletrônicos, tecnicamente compatíveis com o sistema. As informações fluem pelos canais
de comunicações fio, rádio ou fibras ópticas na forma de sinais elétricos ou
eletromagnéticos.

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Normalmente é utilizado o termo telecomunicações no plural, pois, quando
recebidas as informações, pelos respectivos destinatários, são interpretadas e geram
respostas ou confirmação do recebimento.

No Brasil, o Padre Roberto Landell de Moura, nascido em 27 de janeiro de 1861,


gaúcho de Porto Alegre, um estudioso de física e química, projetou um transmissor de
rádio e fez a primeira transmissão da voz através de ondas eletromagnéticas, Av. Paulista,
cidade de São Paulo, em 1893. Ouvida com clareza em um receptor instalado no alto de
Santana, a uma distância de oito quilômetros. A transmissão pública pode ser considerada
a primeira do mundo (contestados por alguns), por ter ocorrido bem antes dos
experimentos bem sucedidos de Marconi.

A respeito do profissional que atua nesta área o técnico tem formação mais
específica e voltada para dar suporte aos sistemas de redes (fios e fibras ópticas para
dados e telefonia), transmissão (antenas e equipamentos rádio), comutação (centrais
telefônicas), eletrotécnica (transformadores, motores elétricos, equipamentos de
refrigeração e outros) e eletrônica (circuitos eletrônicos e equipamentos). O técnico pode
atuar como auxiliar em projetos, na manutenção e nas instalações de equipamentos do
sistema, nos trabalhos desenvolvidos em fábricas, laboratórios ou, externamente, em
trabalhos de campo.

Como organismos de telecomunicações, temos, a nível internacional, a ITU


(União Internacional de Telecomunicações), com sede em Genebra, Suíça. É uma
organização internacional que congrega governos e setores privados num Sistema Unido
de Nações, para coordenar as comunicações globais em redes e serviços. Além dessa,
temos, no Brasil, a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), órgão do governo
brasileiro, com sede em Brasília, DF, encarregado de coordenar e fiscalizar as
comunicações no Brasil, além de certificar e homologar produtos.

Tarefa: Pesquisar sobre a ANATEL: Pesquisar detalhadamente quais suas


atribuições nas telecomunicações do Brasil.

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Capítulo 1 = A onda mecânica e a onda eletromagnética

Conceito de Onda
Como conceito geral uma onda é forma de energia que se propaga no espaço.

Analisemos uma onda mecânica. Pela lei de Newton uma força causa movimento e
aceleração.

F= m.a

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Quando um pingo d’agua cai sobre um lago a força desloca a água do lago camada
por camada produzindo uma frente de onda até que toda a energia do pingo seja dissipada no
processo.

No caso da onda mecânica uma pressão súbita faz com que a matéria se movimente.
Esse movimento pode ser transmitido pois a matéria está em contato.

Se essa pressão for repetida periodicamente então teremos uma freqüência de ondas

Figura 01: Ondas geradas por pingos d’agua caindo em uma freqüência.

Alguns tipos de onda são bem conhecidos, como as formadas no lago ou a onda sonora
gerada quando alguém toca a corda um violão ou outro instrumento acústico.

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A velocidade de uma onda é função do meio em que ela se propaga. Em geral nos
meios sólidos a matéria é mais próxima. Isto permite maior velocidade de transmissão da
energia. Nos gases as moléculas estão mais afastadas o que implica em mais tempo de
transmissão.

As ondas eletromagnéticas a velocidade de propagação é a velocidade da luz


(300.000 km/s)

Sabemos que uma carga elétrica Q produz ao seu redor um campo elétrico E .
Suponhamos que essa carga elétrica entre em movimento. Uma carga elétrica em movimento é
uma corrente elétrica. Ora, uma corrente elétrica produz ao seu redor um campo magnético
H. Concluímos então, que uma carga elétrica em movimento produz ao seu redor dois campos:
o elétrico, que existe sempre, e o magnético, que ela produz pelo fato de estar em movimento.

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Se a carga está se deslocando em uma direção r então os dois campos também se
deslocam nesta direção. Se a carga para, então o campo magnético para, mas o elétrico não.

Se o movimento não for retilíneo e uniforme, isto é, se a carga for acelerada ou


desacelerada, então se observa que:
 Esses dois campos continuam avançando pelo espaço, e em todas as direções. Isto
significa dizer que a onda vai viajar no espaço. Como o espaço fica cada vez maior a
onda tende a ser atenuada, pois é a mesma energia ocupando mais espaço.
 Esses dois campos avançam com uma velocidade igual à velocidade de propagação da
luz.
Chama-se onda eletromagnética ao conjunto dos campos elétrico e magnético
propagando-se pelo espaço

Existe uma diferença de planos de propagação no espaço.

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.

Além da velocidade de propagação, uma onda também pode ser descrita pela sua
frequência e pelo seu comprimento (figura 2). Essas três grandezas — velocidade (ν),
frequência (ƒ) e comprimento de onda (λ) — se relacionam através da equação abaixo:

V

f

Figura 02: Forma de onda e suas componentes.

Exercicios:

1 – A luz, (onda eletromagnética visível), compreende comprimentos de onda de 4.000 a


7.000 angstrons. Exprima esses comprimentos em microns, milímetros e centímetros.

2 – Qual a frequência de uma onda luminosa cujo comprimento de onda é 6.000 A? Qual a
frequência dos raios X cujo comprimento de onda é 3 A?

3 – O comprimento de onda das ondas emitidas por uma estação de rádio é 300 metros. Qual a
frequência dessas ondas?
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Capítulo 2 - Propagação de ondas

Os exemplos da pedra arremessada no lago e da corda do violão descrevem ondas


mecânicas. No entanto, o tipo de onda que nos interessa particularmente é a eletromagnética,
sendo a luz seu exemplo mais conhecido. O uso de ondas para comunicação é antigo: a fala
humana cria uma onda mecânica (o som) que se propaga em um meio (o ar) e é recebida pelos
nossos ouvidos. Mas as ondas mecânicas apresentam limitações para a comunicação a distância,
pois viajam somente a 340m/s. O som, por exemplo, levaria quase uma hora para ir do Rio de
Janeiro a Brasília. Apenas a partir do século XIX, quando foram descobertas, as ondas
eletromagnéticas passaram a ser utilizadas como forma de comunicação.

Uma vantagem da onda eletromagnética é o fato de que ela pode ser gerada ou captada
por circuitos eletrônicos simples. Outra vantagem é o fato de que ela não precisa
necessariamente de um meio para se propagar, como a água de um lago, a corda de um violão
ou o próprio ar.

As ondas eletromagnéticas se propagam até no vácuo, o que permite a comunicação


entre antenas terrestres com satélites no espaço, entre os próprios satélites e entre dois pontos
localizados em qualquer parte do mundo, na velocidade da luz.

Uma onda de som em 1 segundo viaja 340m. A onda eletromagnética em um 1,3


segundos chega na lua. (384.400km)

Calcule quanto tempo leva para a luz do sol chegar até a terra?

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Todo o conjunto de ondas eletromagnéticas que conhecemos formam o espectro
eletromagnético

Espectro eletromagnético

Para telecomunicações utiliza-se a faixa de radiofreqüências ( rádio e micro ondas) que


vai de 3KHz à 30 GHz:

3KHz à 30 KHz – VERY LOW FREQUENCY – VLF


30KHz à 300 KHz – LOW FREQUENCY – LF
300KHz à 3MHz – MEDIUM FREQUENCY – MF
3MHz à 30MHz – HIGH FREQUENCY – HF
30MHZ à 300MHz – VERY HIGH FREQUENCY – VHF
300MHz à 3GHz – ULTRA HIGH FREQUENCY – UHF
3GHz à 30GHz – SUPER HIGH FREQUENCY - SHF

A propagação é um modo de transmissão de energia vibratória, como a luz, o som, o


calor e as ondas eletromagnéticas, através do espaço (ar, água, vácuo) ou ao longo de uma
trajetória.

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A polarização concentra as ondas de forma que canais podem ser transmitidos em grupos
verticais e horizontais. Exemplo: Antena parabólica.

À medida que se propagam, as ondas eletromagnéticas enfraquecem, fenômeno


conhecido como atenuação. A atenuação de uma onda depende da sua frequência, do meio
de propagação e da presença de obstáculos. A faixa de 2,4 GHz, usada em redes sem fio Wi-
Fi, sofre uma grande atenuação na presença de água. Encanamentos, aquários, pessoas e
animais, por exemplo, são obstáculos prejudiciais para o sinal de Wi-Fi. Uma árvore absorve
quantidade considerável da energia oriunda de um ponto de acesso Wi-Fi, impedindo a
propagação do sinal. Objetos metálicos também costumam bloquear as ondas eletromagnéticas.

É importante compreender o efeito dos obstáculos sobre uma onda eletromagnética,


como o sinal de Wi-Fi. Em primeiro lugar, temos a chamada reflexão. Ao atingir um
obstáculo, a onda pode se refletir, como quando a luz encontra um espelho, conforme a figura
abaixo.

Figura 03: Obstáculo provocando a reflexão de ondas eletromagnéticas.


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Outro fenômeno importante é a refração, que ocorre quando uma onda passa de um
meio para outro. A refração ocorre com mudança de velocidade quando mudam de meio.
Um exemplo é a distorção que um objeto parece sofrer quando mergulhado parcialmente na
água, que ocorre porque a luz deste objeto foi refratada, mostrado na figura 04.

Figura 04: Exemplo de refração

A refração ocorre somente quando existe um ângulo de incidência em relação ao plano


vertical, como na figura abaixo.

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No por do sol a onda de luz é refratada

Na refração da luz as diferentes freqüências das ondas que correspondem a cada cor
sofrem desvios diferentes. Devido ao formato do prisma esse fenômeno pode ser observado.

Finalmente, temos ainda o fenômeno da difração, que explica como as ondas


“contornam” obstáculos. O som, por exemplo, pode contornar uma parede e “entrar” numa sala
se a porta estiver aberta.

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Onda
mecânica

Antes do obstáculo A a onda foi gerada por uma vibração de um objeto plano.

Observe que a onda muda de direção quando difrata mas não muda a freqüência.
Observe que a área de pressão ficou reduzida a um ponto S0 , portanto agora a fonte de pressão
é pontual e a onda deixa de ser plana.

Quando difrata em dois pontos diferentes as ondas interferem uma na outra.

Uma luz acesa no corredor iluminará muito bem a parte da sala que estiver na direção
da porta e parcialmente o restante da sala.

Figura 05: Fenômeno da difração.

Na prática, quando uma onda se propaga, ela está sujeita aos fenômenos de reflexão,
refração e difração, o que pode dificultar a previsão de seu comportamento.

O entendimento destes fenômenos auxilia no planejamento das redes sem fio. Lugares
fechados como escolas, por exemplo, são apropriados para o uso de rede sem fio Wi-Fi,
pois o fenômeno da reflexão das ondas nas paredes ajuda a confinar o sinal, aumentando a
energia recebida. Lugares abertos, como pátios e praças, fazem o sinal se dispersar em todas as
direções, diminuindo a energia recebida. A figura 7 ilustra um caso em que a comunicação entre
dispositivos está sujeita aos fenômenos de propagação (reflexão, difração e refração).

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Figura 06: Exemplos de propagação sob diferentes fenômenos de propagação.

A interferência de ondas resulta em uma nova onda:

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Interferência de ondas

São exemplos de interferências: descargas atmosféricas, a luz do sol, o chaveamento


de motores, contatos elétricos que são abertos, sistemas de ignição, maquinas de solda

As ondas estacionárias são ondas resultantes da superposição de duas ondas de


mesma freqüência, mesma amplitude, mesmo comprimento de onda, mesma direção e
sentidos opostos.

Pode-se obter uma onda estacionária através de uma corda fixa numa das extremidades.

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Uma onda de rádio refletida gera uma onda estacionária e um ponto de mínimo fixo
no espaço. A recepção neste ponto será afetada. Para melhorar a recepção será necessário
deslocar a posição do receptor para um ponto de máximo.

Ondas estacionárias são geradas quando dois componentes do circuito tem


impedâncias diferentes. É o caso de descasamento de impedância entre uma antena e sua linha
de transmissão

A propagação em espaço livre

Acima foi verificado apenas formas de propagação no terrestre, levando em


consideração que as comunicações terrestres podem ocorrer em meios com variados aspectos,
como construções, terrenos elevados ou vegetação densa, podendo assim obstruir a linha visada
direta entre as antenas transmissoras e receptoras.

A propagação em espaço livre é outro meio, considerando-se assim uma situação nas
comunicações via satélite. O canal de comunicação via satélite é um canal AWGN (Additive
White Gaussian Noise) onde predominam fortes atenuações e muitas vezes grandes atrasos de
propagação do sinal. O termo AWGN é utilizado em modelamentos matemáticos para
caracterizar aqueles canais onde o tipo de ruído responsável por degradar a comunicação é um
ruído branco adicionado ao sinal. Este tipo de ruído é um dos mais “bem comportados” e a
teoria acerca do desenvolvimento de receptores ótimos para utilização em canais AWGN já se
tornou clássica.

Há três categorias nas quais se encaixam todos os sistemas de comunicação móvel via
satélite. A primeira se refere aos satélites de órbita geossíncrona (GEO – Geostationary Earth

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Orbit). Esses satélites parecem estar parados para um observador na terra e estão a 35.000 km.
Os satélites de órbita média (MEO - Medium Earth Orbit) estão a 10.000 km e são utilizados
para sinais de TV. Os de órbita baixa (LEO - Low Earth Orbit) estão mais próximos da
superfície da terra , de 160 à 2000km, e para que se mantenham nessa órbita necessitam viajar
a uma velocidade superior à de rotação da terra, não possuindo, portanto, cobertura fixa. São
utilizados para telefonia e geoprocessamento e dão a volta na terra em 90 minutos. Os satélites
HEO (highly Eliptical Orbit)estão em órbita elíptica. A distância dos vários satélites à terra, a
porcentagem da superfície da terra “vista” por cada um (footprint), a largura de faixa de
operação e o atraso de propagação (somente subida ou descida), esses elementos típicos podem
ser visualizados na Tabela 2.1. [5]

5000 satélites orbitam a terra

Sistemas de Transmissão e Recepção de OEM

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Antenas são equipamentos utilizados para enviar e receber ondas eletromagnéticas.
A antena converte a corrente elétrica variável de um transmissor (rádio) em onda
eletromagnética, que se propaga no ar até outra antena. A antena receptora faz o contrário,
convertendo a onda eletromagnética em tensão elétrica variável para um receptor.

Figura 15: Exemplo de um sistema utilizando antenas.

A lanterna envia uma onda de luz.


.

Em um projeto de um sistema de comunicação sem fio, como as redes sem fio celulares,
Wi-Fi ou Wi-Max, o tipo e a localização da antena devem ser escolhidos visando atender o
maior número de usuários. Por exemplo, a antena transmissora da estação de TV da sua cidade
está instalada em um local de altitude elevada, de forma a atingir o maior número de receptores.

Entre os modos de propagação de onda temos:

Ondas terrestres são utilizadas para distância até 1000km e que viajam junto ao solo
ou a superfície do mar. Utiliza-se freqüências abaixo de 3 MHz.

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Ondas terrestres

Ondas espaciais ou ionosféricas são utilizadas para distância acima de 1000km e que
utilizam a refração fazendo uma curvatura e mudando a trajatéoria. Utiliza-se freqüências
abaixo de 3 MHz à 30 MHz. A refração ocorre melhor à noite do que de dia, devido ao sol.

Ondas espaciais ou ionosféricas

As ondas diretas dependem da visualização dentre a antena transmissora e receptora.


Portanto obstáculos podem obstruir o sinal.

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Difração

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A função D = √ 12,7 x Ha fornece a distância em Km de alcance a partir da altura de
instalação da antena em metros e a curvatura da terra.

Ha

12,7

Exemplo 1: Se um velejador está com o radio walk-talk a 2m metros da linha d’gua qual será
o alcance da transmissão?

Exemplo 2: Se um velejador instalar uma antena em um mastro de 10ms da linha d’gua qual
será o alcance da transmissão?

Exemplo 3: Considere dois velejadores com antenas a 10m fora d’agua qual o alcance de
transmissão?

Eventualmente as condições atmosféricas podem alterar as características da propagação


das ondas de rádio, favorecendo ou prejudicando o alcance.

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Características das antenas

A escolha do tipo de antena que deve ser usada em um sistema de telecomunicações


depende de diversos fatores:

• Frequência de operação
• Diretividade desejada
• Espaço disponível

Uma antena transmissora converte uma corrente elétrica variável em um campo


eletromagnético variável. A defasagem entre a corrente e o campo é de 90o.

Antena dipolo

Existem dois tipos de resistências associadas a uma antena. A resistência de radiação que
converte a energia elétrica do circuito (sinal) em radiação e a resistência ôhmica, por outro lado,
que converte a energia do circuito em calor, consistindo por isso, num elemento causador de
perdas.

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A impedância de uma antena é um valor de extrema importância num projeto, pois a
máxima transferência de energia de um circuito para o espaço, na forma de ondas
eletromagnéticas, só ocorre quando a impedância do circuito for igual à da antena.

Uma diferença de impedâncias faz com que ocorram reflexões de sinais, os quais se
perdem sendo convertidos em calor.

Modelo de circuito para alta freqüência

Diretividade

Uma lâmpada comum emite luz em todas as direções, enquanto uma lanterna irradia
de forma mais concentrada. A lanterna é mais diretiva que a lâmpada comum, porque
concentra a luz em uma direção apenas. As antenas possuem propriedade similar, chamada de
diretividade, que acontece nos dois sentidos: transmissão e recepção. Para entender o conceito
de diretividade, apresentamos de forma simplificada 3 tipos de antenas:

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Isotrópicas: transmitem e recebem por igual em todas as direções. Na prática, este tipo
de antena não pode ser construído e serve apenas para fins didáticos e como uma referência
para as antenas reais. O sol pode ser comparado a uma antena isotrópica.

Omnidirecionais: irradiam igualmente em todas as direções do plano horizontal.


Esse tipo de antena tem uso facilitado por não precisar de direcionamento, facilitando sua
instalação. São usadas tanto nas estações de base quanto nas placas de acesso. Entretanto não
funcionam bem para enlaces longos, a não ser que sejam utilizados amplificadores externos.
Esse tipo de antena é principalmente utilizado para redes wireless e rádios manuais.

Figura 16: Antena Omnidirecional e seu espectro irradiado

Ganho da antena

O ganho é a medida da capacidade de concentração da potência em uma certa


direção. Uma antena não amplifica o sinal, ou seja, não acrescenta potência ao sinal transmitido
ou recebido, apenas o concentra em uma direção. A unidade de medida utilizada para
representar o ganho é o dBi.

Em comparação com a lâmpada comum, a lanterna possui um ganho maior na


direção para a qual está apontada, por concentrar a luz nesta direção. É importante notar que
a escala em dBi não é linear, recomendando cuidado na interpretação dos valores. Por exemplo,
o ganho de uma antena de 24 dBi é dezesseis vezes maior que o ganho de uma antena de 12
dBi, e não o dobro, como se poderia concluir.
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O ganho de uma antena é calculado em relação a uma antena omnidirecional que tem
ganho unitário o que significa 0dB.

G = 10 log P2
P1

P2 – Potência da antena 2 em W
P1 - Potência da antena 1 em W

Se uma antena irradia 1W em uma determinada direção e outra 20W qual o ganho da
segunda antena em relação a primeira?

A diretividade da antena pode ser representada por diagramas onde a figura de um


lóbulo mostrar onde há maior concentração de sinais. Os demais lóbulos são indesejáveis mas
existem. O diagrama é normalizado de forma que a máxima recepção é 0 dB.

Ainda existe a relação frente/costas da antena, pois embora a antena irradie em um


sentido preferencialmente também irradia em outro.

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Diagrama 3D

O ângulo de meia potência refere-se ao ângulo em que a irradiação já cai pela metade ou – 3dB.

A largura de banda informa a faixa de recepção da antena:

A recepção do sinal exige que a disposição da antena acompanhe a polaridade da onda


eletromagnética. Se a antena trasnmissora tem polaridade vertical então a receptora deve ter a
mesma orientação. Observe na figura que uma antena com polarização vertical gera uma
onda magnética plana.

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Mas por definição, a polarização de uma onda eletromagnética é o plano no qual se
encontra a componente ELÉTRICA desta onda.

Antena com polaridade vertical Antena com polaridade horizontal

Tipos de antenas

Antenas dipolo de λ/2 onda

A antena dipolo de ½ λ é provavelmente a mais simples antena utilizada pelos


radioamadores, ela consiste de dois ¼ λ de comprimento de fio. Como mostrado, o dipolo tem
um desempenho melhor através da frente e costa de sua tela, mas terá um nulo (área
reduzida/baixo rendimento) em qualquer lateral de seu monitor. Isto pode ser extremamente útil
se você deseja operar a Leste de estações ou a Oeste de você, mas pode evitar interferência de
estações para o Norte ou Sul (ou vice-versa).

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Figura 17: Exemplo de antena dipolo.

Z = 50Ω
A antena dipolo tem um ganho de 2,5 dBi, ou seja consegue um máximo de 2,5 dBi na
direção de propagação em relação a uma antena isotrópica.

Para uso omni-direcional, no plano horizontal, o dipolo deverá ser montado


verticalmente, com o centro do cabo coaxial alimentando o fio que fica para o alto.

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A figura 1 mostra a antena usada com uma conexão simples a um cabo coaxial de 75
Ohms. Como a impedância característica de uma antena dipolo de ½ L é aproximadamente de
75 Ohms, pode-se ligar a mesma diretamente ao radio. Claro que, se trata de uma alternativa,
mas pode alimentar o dipolo diretamente com o cabo de 50 Ohms.

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Onda eletromagnética atingindo a antena

- + - +

No instante analisado pode-se imaginar que cada elemento da antena se comporta


como uma fonte de tensão gerando ¼ da onda. Como a onda eletromagnética se desloca a
antena gera o sinal de ¼ em ¼ de cada vez.

- +
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- +

A impedância a um determinado ponto na antena é determinada pela relação da


voltagem pela corrente àquele ponto. Por exemplo, se tiver 100 V e 1.4 A de RF a um ponto
especificado em uma antena e se elas estiverem em fase, a impedância seria aproximadamente
71 Ohms.

O tamanho de uma antena dipolo de ½ λ depende do diâmetro do condutor utilizado,


bem como da distancia da antena com relação ao solo e outros, onde o ideal seria acima de ½ λ
em metros.

Antena de dipolo dobrado

O Dipolo Dobrado é outra variação do Dipolo de ½ onda (diz-se meia onda), mas tem
uma banda passante um pouco maior quando comparada a um Dipolo de ½ onda. Há dois modos
principais para construir a antena conforme mostrado acima.

A figura mostra o Dipolo Dobrado construído de arame. O raio dos fios realmente não
importa muito, mas o que é importante é que a antena é alimentada com tira de 300 Ohms. Isto
é porque o Dipolo Dobrado, como todos os outros dipolos, é uma antena equilibrada e tem uma
impedância de cerca de 250 ohms.

A figura mostra o método preferido de construção, com alimentador de 300 Ohms que
é usado para a própria antena. Isto é porque é mais fácil de utilizar no cumprimento a mesma
fita geminada.

y/2

Exemplo de antena através de dipolo dobrado com arame e com cabo de 300Ω

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Antena Quarto de Onda

Muito utilizada em comunicações móveis, tem um funcionamento omnidirecional no


plano horizontal.

O elemento excitador é um condutor vertical retilíneo de comprimento igual a 1/4


do comprimento de onda do sinal (λ/4), que liga ao condutor central do cabo coaxial.

Os elementos auxiliares fazem um plano de terra horizontal e as ondas refletidas


interagem com a incidente, resultando em uma distribuição uniforme no plano horizontal. A
impedância característica está na faixa dos 36 ohms. Notar que as hastes que formam o plano
terra podem ser dispensadas quando um já existe, como o teto de um automóvel.

Forma de montagem de antena Quarto de onda.

Antena Yagi de 5 elementos

É formada por um dipolo de meia onda como elemento excitador, um refletor e um


ou mais diretores.

Na transmissão, a interação eletromagnética entre os elementos produz múltiplas


irradiações do sinal, na direção dos diretores, com significativo ganho do total irradiado.

Na recepção, a malha formada pelos diretores e refletor reforça o sinal. Cada


elemento gera uma tensão variável correspondente a onda eletromagnética que se desloca no
plano vertical

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300.000km/s

Considere uma onda e um surfista. Cada parte da prancha contribui para força de
sustentação aplicada sob os pés do surfista. Uma prancha maior pode gerar mais elementos
de sustentação dependendo da largura da onda.

Devido à simetria e igualdade de impedâncias, não há corrente entre elementos e um


suporte condutor pode ser usado. Apenas o dipolo deve ser isolado. A impedância é baixa, em
geral menor que 50 ohms. Dependendo do número de diretores, o ganho pode ser alto. Valores
típicos vão de 7 a 15 dB.

Apresenta uma largura de banda estreita, o que pode ser vantajoso para algumas
aplicações e limitadora para outras. Embora possa ser usada para transmissão, não é adequada

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para altas potências devido ao efeito corona entre os elementos (indução de tensão de um
elemento a outro).

Refletor

Diretores

Dipolo λ/4

Antena Log-periódica

São dipolos de comprimentos diferentes e com espaçamentos diferentes, interligados


de forma alternada e com um loop no final. Esta forma de montagem agrega uma vantagem
importante: a ampla faixa de frequências em que pode operar.

Se, por exemplo, o receptor sintoniza um sinal de frequência igual ou próxima à de


ressonância do segundo dipolo (da esquerda para a direita), o primeiro atua como refletor e os
outros como diretores. E de forma análoga para os demais dipolos. Pode-se assim dizer que o
elemento excitador varia de acordo com a frequência do sinal.
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Devido à elevada largura de banda, esse tipo é amplamente empregado na recepção de
sinais de televisão aberta, evitando o uso de múltiplas antenas.

Exemplo de Antena Log-periódica

Antenas para microondas

Na faixa das micro-ondas, 300 MHz à 300 GHz, os sinais já apresentam propriedades
bastante semelhantes às da luz, caso em que tanto para sua recepção como transmissão podemos
encontrar dispositivos parecidos a lentes e espelho. A forma da antena varia a partir de uma
corneta.

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Antena Helicoidal transmitindo onda circularmente polarizada

A antena parabólica concentra os sinais provenientes de uma certa direção e refleti-los


em direção a uma corneta.

Nas aplicações práticas, a relação F/D deve estar entre 0,3 e 0,6.

Com faixas de frequências cada vez mais elevadas, isso implica que as antenas se tornam
cada vez menores, passando a ser embutidas nos próprios equipamentos.

A antena helicoidal estabelece uma alta impedância mas para uma faixa de freqüência
muito estreita. Uma antena dipolo para 900MHz tem uma faixa passante de 100MHz a
helicoidal tem uma faixa de 10 MHz.

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Na faixa dos giga-hertz (faixa centimétrica) as antenas têm ordem de comprimentos de
alguns centímetros no máximo. É o que acontece no caso dos GPS dentro de relógios, tablets,
celulares, redes sem fio, etc.

Os sistemas de recepção coletiva podem ser divididos em duas partes:

Cabeceira, composta das antenas, amplificadores, equalizadores, divisores etc. Tem por
função receber, misturar, equalizar e amplificar os sinais recebidos.
Distribuição, composta por cabos, divisores, tomadas e atenuadores, tem por função
guiar o sinal a cada tomada com as intensidades corretas para o perfeito funcionamento dos
televisores.

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Linhas de Transmissão

Geralmente falando de linha de transmissão, o que vem à mente são as torres e sistemas
de cabos que trazem a energia desde à usina geradora até nossas casas. No entanto, as linhas de
transmissão são basicamente segmentos de material condutor que apresentam a condição
necessária para dar condutividade a um sinal elétrico, transferindo eletricamente uma onda
gerada de um ponto a outro.

O cabo coaxial
Cabo coaxial é um cabo condutor usado para a transmissão de sinais em geral. Recebe
este nome por ser constituído de várias camadas concêntricas de condutores e isolantes. O cabo
coaxial é basicamente formado por um fio de cobre condutor revestido por um material
isolante, e ainda rodeado por uma blindagem. Tem impedância baixa entre 50 e 95 ohms.

Em virtude de sua blindagem adicional, o cabo coaxial possui vantagens em relação aos
outros condutores usados em linhas de transmissão, como proteção contra fenômenos da
indução, que é causado por interferências elétricas ou mesmo magnéticas externas.

Os cabos coaxiais são utilizados em várias aplicações, desde áudio até linhas de
transmissão de alta freqüência. A sua velocidade de transmissão é alta em decorrência da
tolerância a ruídos em virtude da malha de proteção existentes nos cabos, podendo atingir
velocidade máxima de transmissão de 20 Mb/s (HDTV).

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Figura 22: Cabo coaxial e seus componentes.

Este cabo possui muitas vantagens sobre o cabo de par trançado, mas também algumas
desvantagens. Tem uma grande gama de frequências que lhe permite transportar vários sinais,
tornando-a ideal para o uso de muitas operadoras de televisão. Cada canal tem também uma
maior banda larga que permite o vídeo de alta definição. A blindagem reduz perda de sinal e
outras interferências, permitindo um cabo com maiores comprimentos entre
amplificadores. No entanto, cabo coaxial é mais caro para instalar, e ele usa uma topologia de
rede que está propensa a congestionamentos.

O cabo par trançado


O cabo par trançado surgiu com a necessidade de se ter cabos mais flexíveis e com
maior velocidade de transmissão, ele vem substituindo os cabos coaxiais desde o início da
década de 90. Hoje em dia é muito raro alguém ainda utilizar cabos coaxiais em novas
instalações de rede, apesar do custo adicional decorrente da utilização de hubs e outros
concentradores. O custo do cabo é mais baixo, e a instalação é mais simples. O nome “par
trançado” é muito conveniente, pois estes cabos são constituídos justamente por 4 pares de
cabos entrelaçados. A impedância nominal é de 600 Ohms.

Os cabos coaxiais usam uma malha de metal que protege o cabo de dados contra
interferências externas; os cabos de par trançado por sua vez, usam um tipo de proteção mais
sutil: o entrelaçamento dos cabos cria um campo eletromagnético que oferece uma razoável
proteção contra interferências externas.

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Figura 23: Exemplo de cabo de par trançado.

Existem basicamente dois tipos de cabo par trançado. Os Cabos sem blindagem
chamados de UTP (Unshielded Twisted Pair) e os blindados conhecidos como STP (Shielded
Twisted Pair). A única diferença entre eles é que os cabos blindados além de contarem com a
proteção do entrelaçamento dos fios possuem uma blindagem externa (assim como os cabos
coaxiais), sendo mais adequados a ambientes com fortes fontes de interferências, como grandes
motores elétricos e estações de rádio que estejam muito próximas. Outras fontes menores de
interferências são as lâmpadas fluorescentes (principalmente lâmpadas cansadas que ficam
piscando), cabos elétricos quando colocados lado a lado com os cabos de rede e mesmo
telefones celulares muito próximos dos cabos.

Na realidade o par trançado sem blindagem possui uma ótima proteção contra ruídos,
só que usando uma técnica de cancelamento e não através de uma blindagem. Através dessa
técnica, as informações circulam repetidas em dois fios, sendo que no segundo fio a informação
possui a polaridade invertida. Todo fio produz um campo eletromagnético ao seu redor
quando um dado é transmitido. Se esse campo for forte o suficiente, ele irá corromper os
dados que estejam circulando no fio ao lado (isto é, gera Ruído). Em inglês esse problema é
conhecido como cross-talk.

A direção desse campo eletromagnético depende do sentido da corrente que esta


circulando no fio, isto é, se é positiva ou então negativa. No esquema usado pelo par trançado,
como cada par transmite a mesma informação só que com a polaridade invertida, cada fio
gera um campo eletromagnético de mesma intensidade, mas em sentido contrário. Com isso, o
campo eletromagnético gerado por um dos fios é anulado pelo campo eletromagnético gerado
pelo outro fio.

Além disso, como a informação é transmitida duplicada, o receptor pode facilmente


verificar se ela chegou ou não corrompida. Tudo o que circula em um dos fios deve existir
no outro fio com intensidade igual, só que com a polaridade invertida. Com isso, aquilo
que for diferente nos dois sinais é ruído e o receptor tem como facilmente identificá-lo e
eliminá-lo. Quanto maior for o nível de interferência, menor será o desempenho da rede, menor

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será a distância que poderá ser usada entre os micros e mais vantajosa será a instalação de cabos
blindados. Em ambientes normais, porém os cabos sem blindagem costumam funcionar bem.

Existem no total, 7 categorias de cabos de par trançado. Em todas as categorias a


distância máxima permitida é de 100 metros. O que muda é a taxa máxima de transferência de
dados e o nível de imunidade a interferências.
Tarefa: Pesquisar e resumir de maneira simples as diferentes categorias e suas
aplicações

Casamento de impedâncias

O principal fator que determina a linha de transmissão é sua impedância. Esta é chamada
de impedância característica ou impedância de linha. Para determinar o sucesso da transmissão
de um sinal é preciso tratar de um processo chamado casamento de impedâncias. Este deve ser
observado visando a máxima transferência de sinal de um ponto a outro, permitindo a mínima
perda deste sinal por reflexões.

O balun (nome que vem do inglês balunced-unbalunce) é um sistema de casamento de


impedâncias, utilizado para compensar impedâncias tanto de um lado quanto de outro (entrada
ou saída). Como o nome já diz, transforma um sistema

Balun utilizado em antenas de TV e esquema elétrico típico.

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Capítulo 3 – Produção de Ondas

Produzir uma onda com amplitude e frequencia fixa é desejável em telecomunicação


mas em geral durante o processo de produção de ondas

Qualquer sinal periódico pode ser decomposto em uma serie de ondas senoidais com
freqüência múltiplas inteiras da freqüência fundamental f, cada uma com uma
determinada amplitude e uma determinada fase, mais uma componente continua.
Estas ondas senoidais múltiplas inteiras n da fundamental são chamadas harmônicos de
ordem n.
Para analisar um sinal complexo, basta decompo-lo em suas componentes senoidais e
trabalhar com uma componente por vez.

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Analisador de espectro

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Osciladores

O circuito abaixo é um oscilador tipo com temporização RC um dos mais simples.

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Um Oscilador é um circuito que produz uma Forma de Onda Periódica, somente com
uma tensão de CC a alimentar o circuito. Uma parte do sinal de saída deve realimentar a
entrada reforçando o sinal. O amplificador fornece um desvio de fase de 180 graus. Para
funcionar, o oscilador necessita de um desvio de fase de 360 graus.

Acrescentar RE =120Ω

Oscilador Hartley com bobina de 10mH

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Siga os procedimentos abaixo:

1. Enrole 80 voltas de bobina com uma derivação em alça no meio.


2. Queime as ponta da bobina até 3cm para eliminar o verniz de isolamento
3. Enrole as pontas da bobina em fios com terminação própria para conectar à
protoboard.
4. Teste continuidade entre contatos entre os terminais da bobina.
5. Meça a indutância da bobina.

6. Calcule a freqüência de oscilação natural do conjunto LC paralelo

7. Monte o circuito utilizando 12V de VCC.

8. Meça as tensões VC e VB

9. Meça com o multiteste a freqüência do circuito oscilador no COLETOR. Compare


com o valor calculado.

10. Coloque outro capacitor de mesmo valor de capacitor C em paralelo com o


primeiro e verifique se freqüência foi alterada.

11. Coloque outro capacitor de mesmo valor de capacitor C1 em paralelo no circuito e


verifique se freqüência foi alterada.

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Técnicas de Modulação

Modulação é o processo através do qual um sinal de voz, música, ou qualquer outro


sinal "inteligível" é adicionado às ondas de rádio produzidas por um transmissor. Os diferentes
métodos de modular um sinal de radio são chamados de modos. Um sinal de rádio não
modulado é conhecido como portadora. Quando está se escutando uma programação de rádio
e no intervalo de uma música para outra não se percebe nada audível, está se transmitindo
apenas a portadora. Enquanto a portadora não contém nenhuma mensagem, pode-se dizer que
está sendo transmitida porque anula a ruído de fundo no seu radio.

Por definição, a modulação é a variação de um parâmetro de uma onda portadora


senoidal, de maneira linearmente proporcional ao valor instantâneo do sinal modulante ou
informação. Por sua vez, a portadora é a onda senoidal que, pela modulação de um dos seus
parâmetros, permite a transposição espectral da informação (ou sinal modulante). Devido a
portadora senoidal ter três parâmetros: Amplitude, Frequência e Fase, existem três formas
básicas de modulação : Modulação em Amplitude (AM), modulação em frequência (FM) e
modulação em fase (PM - Phase Modulation).

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Modulação AM

Em AM - Amplitude Modulada - a força (amplitude) da portadora de um transmissor é


variada conforme a modulação do sinal varia.

Quando se fala no microfone de um transmissor AM, o microfone converte a voz em tensão


(voltagem) variada. Esta voltagem é amplificada e então usada para variar a potência da saída
do transmissor. A amplitude modulada adiciona potencia a portadora, com a quantidade
adicionada sendo dependente da intensidade da tensão de modulação.

Figura 07: Forma de onda para a modulação AM.

A amplitude modulada resulta em três frequências separadas sendo transmitidas: a


frequência da portadora original, uma banda lateral inferior ( LSB - lower side band ) abaixo
da frequência da portadora, e uma banda lateral superior ( USB - upper side band ) acima da
frequência da portadora. As bandas laterais são "imagens espelhadas" de cada uma e contem a
mesma mensagem. A figura abaixo mostra um exemplo de espectro do sinal AM.

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Figura 08: Ilustração das duas bandas laterais envolvidas em AM

Tarefa: Pesquisar as diferentes formas de AM.

 AM-DSB, Modulação em Amplitude com Banda Lateral Dupla;


 AM – DSB/SC, Modulação em Amplitude com Banda Lateral Dupla e Portadora
Suprimida;
 AM – SSB, Modulação em Amplitude-Banda Lateral Simples;
 AM-VSB, Modulação em Amplitude-Banda Lateral em Vestígio.

Receptor Galena com 741.

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O CV (Capacitor variável) é comum para rádios AM, a bobina tem o primário com 10
espiras de fio 28 enroladas sobre um secundário que consiste em 80 espiras do mesmo fio em
bastão de ferrite de 1 cm x 10 cm. O fone(headphones) devem ser obrigatoriamente magnéticos
com pelo menos 1 ou 2 K de impedância.

Materiais
Bastão de ferrite de 1cm x 10cm
Fio 28 AWG esmaltado
CV
Diodo 1N34
Resistor 1M
Capacitor de 100pF
Resistor de 4K7
Resistor de 560K
CI 741

Modulação FM

Na modulação vista anteriormente, por amplitude, a frequência da portadora permanecia


constante. A modulação em frequência acontece variando a frequência da portadora conforme
um sinal que se quer transmitir. A modulação FM é largamente utilizada para transmissão de
voz e música por possuir uma largura de banda suficiente para este tipo de sinal.

Figu
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Exemplo de forma de onda para o sinal de FM.

Exemplo de Transmissor de FM com BF494

O esquema do circuito é básico de micro transmissores de FM de baixa potência. Onde


consiste num oscilador de de alta freqüência. Essa freqüência é determinada pelo circuito
ressonante L / CV, Cv é um pode ser ajustado para que o oscilador cubra a faixa de fm.
A realimentação para manter a oscilação vem do capacitor de 4,7 pF, o capacitor em paralelo
com a fonte é para fazer o desaclopamento. O áudio é captado por um sensível microfone de
eletreto de dois terminais e acoplado ao a base do transistor bf494 via capacitor C5. Esse sinal
faz a modulação do circuito. A antena para o circuito é um pedaço de fio rígido de +/- 20 cm.
Para testar o transmissor ligue um rádio FM e sintonize numa faixa livre, então ajuste o trimmer
com uma chavinha de plástico até captar uma sinal mais forte, quando sintonizar um sinal mais
forte afaste do rádio se o sinal sumir refaça a sintonia até conseguir uma sinal mais forte.

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Montagem - transmissor fm caseiro – Faça a montagem e os testes de
transmissão

Lista de materiais

Para fazer o transmissor, você irá precisar dos seguintes componentes:

 1 pedaço de fio de antena (1m)


 1 fio de 10 cm de cobre com diâmetro de 0.8mm
 1 conector para bateria de 9V
 1 pedaço de placa fenolite com um lado cobreado na seguinte dimensão (5 x 10 cm)
 1 plugue de áudio de 3,5mm com cabo.
 1 transistor BC337
 2 capacitores de 0.01µF
 1 capacitor de 10pF
 1 capacitor polarizado de 1µF
 1 trimer de 20pF
 1 resistor de 470Ω (amarelo - violeta - marrom)
 1 resistor de 10kΩ (marrom - preto - laranja)
 1 resistor de 27kΩ (vermelho - violeta - laranja)
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componente posição

resistor de 470 OHMS 3 e placa

resistor do OHM 27K 4e2

0.01 micro capacitor do farad 4 e placa

0.01 micro capacitor do farad 2 e placa

capacitor do farad do pico 10 5 e placa

capacitor do farad do pico 10 5 e 3

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Modulação Digital

Também denominada modulação discreta ou codificada. Utilizada em casos em que se


está interessado em transmitir uma forma de onda ou mensagem, que faz parte de um conjunto
finito de valores discretos representando um código. No caso da comunicação binária, as
mensagens são transmitidas por dois símbolos apenas. Um dos símbolos representado por um
pulso S(t) correspondendo ao valor binário "1" e o outro pela ausência do pulso (nenhum sinal)
representando o dígito binário "0".

A diferença fundamental entre os sistemas de comunicação de dados digitais e


analógicos (dados contínuos) é bastante óbvia. No caso dos dados digitais, envolve a
transmissão e detecção de uma dentre um número finito de formas de onda conhecidas (no
presente caso a presença ou ausência de um pulso), enquanto que, nos sistemas contínuos há
um número infinitamente grande de mensagens cujas formas de onda correspondentes não são
todas conhecidas.

Nos sistemas digitais o problema da detecção (demodulação) é um problema um pouco


mais simples que nos sistemas contínuos. Durante a transmissão, as formas de onda da
portadora modulada são alteradas pelo ruído do canal. Quando este sinal é recebido no receptor,
devemos decidir qual das duas formas de onda possíveis conhecidas foi transmitida. Uma vez
tomada a decisão a forma de onda original é recuperada sem nenhum ruído.

Do mesmo modo que há diversas técnicas de modulação para sinais analógicos, as


informações digitais também podem ser colocadas sobre uma portadora de diferentes modos.

Modulação em Amplitude por Chaveamento (ASK)

ASK sigla que vem do Inglês Amplitude Shift-Keying, é a técnica de modulação mais
simples entre as utilizadas para modular sinais discretos (digitais). Consiste na alteração da
amplitude da onda portadora em função do sinal digital a ser transmitido. A modulação em
amplitude translada o espectro de frequência baixa do sinal binário, para uma frequência alta
como é a da portadora.

A amplitude da portadora é comutada entre dois valores, usualmente ligado e desligado


(na modulação em amplitude multinível podem ser utilizados mais valores). A onda resultante
consiste então em pulsos de rádio frequência (RF), que representam o sinal binário "1" e espaços
representando o dígito binário "0" (supressão da portadora).

Esta técnica é equivalente a modulação AM para sinais contínuos com um sinal


modulante na forma de um pulso retangular. O preço desta simplicidade é a excessiva largura
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de faixa da transmissão. A técnica de modulação ASK também representa perda de potência
relativa a onda portadora.

A largura de faixa da transmissão pode ser reduzida se os pulsos empregados forem


formatados (limitados em banda) antes da modulação.

Sinal digital

Portadora

Portadora
modulada

Figura 11: Forma de onda para modulação ASK.

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Figura 12: Circuito transmissor-receptor de dados serial sem fio.

Modulação por Chaveamento – FSK

O processo de modulação FSK (Frequency Shift-Keying), consiste em variar a


frequência da onda portadora em função do sinal modulante, convenientemente, o sinal digital
a ser transmitido. Este tipo de modulação pode ser considerado equivalente a modulação em
FM para sinais analógicos.

A amplitude da onda portadora modulada é mantida constante durante todo o processo


da modulação; quando ocorrer a presença de um nível lógico "1" no sinal digital, a frequência
da portadora é modificada para poder ser depois compreendida no processo de demodulação.
A frequência resultante transmitida será a frequência da onda portadora diminuída de uma
frequência de desvio.

Sinal digital

Portadora

Portadora
modulada

Figura 13: Formas de onda para modulação FSK.

Amostragem
O processo de amostragem pode ser descrito como a obtenção de amostras de um sinal
contínuo, em instantes de tempo igualmente espaçados. No entanto um certo cuidado deve ser
tomado na definição da frequência (número de amostras num determinado tempo) com a qual
as amostras são obtidas. Se tal frequência for muito lenta, a posterior reconstrução do sinal pode
não ser mais possível, ficando impossível saber o que havia entre as mesmas.

A taxa de Nyquist determina que, na pior das hipóteses, a frequência de amostragem


seja igual a duas vezes a frequência do sinal. Esta observação é extremamente importante, pois
se a taxa de amostragem não estiver dentro desta faixa, o sinal original não poderá ser
reconstruído a partir de suas amostras e a perda de informação será considerável.
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Um exemplo interessante é a voz humana, a qual possui uma freqüência máxima de
quatro mil Hertz. Para reconstruir este sinal a partir de suas amostras, deve-se seguir a taxa de
Nyquist, necessitando assim de no mínimo oito mil amostras por segundo.

Figura 14: Exemplo de amostragem de sinal

Caso a taxa de amostragem não satisfaça o teorema da amostragem, temos a ocorrência


do efeito de aliasing. Este efeito consiste na sobreposição do espectro de, impossibilitando a
recuperação fiel do sinal original.

Quantização e Codificação (ler http://www.qsl.net/py4zbz/teoria/quantiz.htm)

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REDES DE DOMÉSTICAS

Para termos uma rede necessitamos pelo menos 2 equipamentos(hosts) conectados

Exemplo 1: Conectar uma rede fisica: Conecte as conexões de rede local LAN do PC
com a LAN do roteador.

OBS: A conexão de rede gera uma sinalização de um LED em ambos os equipamentos


indicando que a conexão ocorreu.

Cada equipamento em uma rede de computadores exige a definição de um endereço.

O endereço identifica o equipamento na rede.

O endereçamento é definido pelo protocolo que para redes é uma sequência numérica
representando um byte de 8 bits.

Com bytes de 8 bits poderemos ter 28 = 256 endereços que vão de 0 a 255 em numeração
decimal.

Em um protocolo de identificação os endereços são em grupos separados por pontos.

Exemplo 2: Endereço para um equipamento: 192.168.1.1

A identificação de um equipamento em uma rede local (LAN) exige a definição de dois


endereços:

 O endereço do equipamento - IPv4

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 O endereço da máscara da rede ou subrede: Identifica a rede e o equipamento nesta
rede.

Em um endereço IPv4 as máscaras assumem valores de endereçamento de 255 ou 0


como padrão. São endereços binários 1111 ou 0000 para rede e equipamento
respectivamente.

Exemplo 3: Endereçamentos de máscara de rede possíveis com identificação de rede


e equipamento:

255.0.0.0 255.255.0.0 255.255.255.0

Exemplo 4: Verificar via linha de comando o endereçamento da rede IPv4 e


máscara de rede que você conectou: No executar do Windows, digite o “cmd” e “ENTER”.
Em seguida digite “ipconfig” e “ENTER”. Observe o endereço fixo do roteador: 192.168.1.1

cmd

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Exemplo de configurações de endereço

Para que dois equipamentos possam se comunicar ambos devem ter:

 Bytes de endereço de equipamento, diferentes. (IPv4)


 Bytes de endereço de rede ou subrede, iguais

Exemplo 5: Identifique endereço de rede e endereço de equipamento.


10. 0. 0. 1
255. 0. 0. 0

Exemplo 6: Identifique endereço de rede e endereço de equipamento.


162. 231. 19. 1
255. 255. 0. 0

Exemplo 7: Identifique endereço de rede e endereço de equipamento.


162. 231. 19. 1
255. 255. 255. 0

Duas redes devem ter endereços de redes diferentes.

Por isso as redes privadas usam uma faixa de endereçamento de rede e as públicas uma
outra faixa. Assim uma rede privada pode acessar uma rede pública (internet).

64
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As privadas seguem os padrões:

10.0.0.0 169.254.0.0 192.168.0.0


255.0.0.0 255.255.0.0 255.255.0.0
CLASSE A CLASSE B CLASSE C
65.000.000 65.000 65.000

Exemplo 8: Defina uma configuração de rede privada para os equipamentos abaixo

 É uma rede doméstica então o endereçamento será padrão 192.168. 1. x


255.255.255. 0
Três primeiros:

Último:

Logo devemos definir os endereçamentos diferentes de equipamentos no último


conjunto de bytes, a partir de 0 e manter iguais os endereços de rede (os primeiros 3
conjuntos de bytes).

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192.168.1.1

192.168.1.2

192.168.1.2

192.168.1.2

No caso de comunicação de equipamento de rede interna com rede externa de


internet o equipamento deverá saber quem é o GATEWAY, ou porta de saída da rede. O
modem roteador é o gateway.

Logo a configuração de gateway de cada equipamento da rede interna informa quem


é o equipamento de saída ou porta de saída para a internet.

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Se a impressora não vai acessar a internet então não haverá configuração de gateway
da impressora. Ainda assim ele se comunica na rede interna, mas não tem acesso a outra rede.

O DNS é uma resposta de endereço IP para um nome na barra de endereços do


navegador. Você escolhe um servidor que pesquisa e fornece o IP para cada acesso.

Sem configurar um servidor de DNS você não consegue navegar colocando um


nome na internet. Apenas navega se colocar um IP ( como quando você acessa o modem)

O DHCP é um serviço pelo qual as configuração de redes são distribuídas


automaticamente para cada equipamento que acessar a rede. Em uma rede doméstica isto é
feito pelo roteador com DHCP habilitado uma vez que os equipamentos de uma rede
doméstica enxergam o roteador como gerente da rede.

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Assim o roteador com DHCP habilitado estará gerando todos os IPs para qualquer
equipamento que solicitem acesso a esta rede doméstica

Os IPs distribuídos são:

 Endereço IP
 Máscara de rede
 Gateway
 DNS primário
 DNS secundário

Se não houver o serviço DHCP cada equipamento que deve entrar na rede precisa ser
manualmente configurado.

Logo se queremos que celulares, tablets e notebooks se conectem a uma rede com
possibilidade de navegação na internet o serviço DHCP deve estar ativado para que todos
os IPs sejam distribuídos.

Exemplo 9: Verificar a situação de configuração da sua rede LAN do exemplo 1, utilizando


o Windows

 Abra a central de rede e compartilhamento no ícone rede do Windows no canto


inferior direito.

 Ao clicar à esquerda na Rede 5 aparecem as opções de mudança para a configuração


da rede doméstica: se você quer mudar a condição de rede doméstica para
corporativa, ou pública por exemplo.

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 Ao clicar à direita em ingressado aparecem as opções de compartilhamento de
arquivos do grupo doméstico.

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 Volte a tela e Central de Rede e click em visualizar mapa completo.

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 Coloque o mouse em cima do ícone ROUTER conectado via cabo LAN. Observe
que o Windows informa qual o IP fixo do modem.

 Coloque o mouse em cima do ícone do equipamento conectado via cabo LAN.


Observe que o Windows informa qual o IP que o roteador forneceu
automaticamente ao equipamento.

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 Observe que o IP dado ao equipamento está na sequência do IP do próprio
routeador: mesma rede -1; mas equipamento diferente - 2.

CONFIGURAÇÕES DE ROTEADOR PARA REDE PRIVADA

A configuração de uma rede doméstica com um roteador começa com:

1. A conexão física entre a conexão LAN do roteador (ou modem/roteador) e a conexão


LAN do computador. Este é o caso mais comum para acesso as configuração da
primeira instalação de um modem roteador que deverá ser conectado a internet

OBS: Verifique se os LEDs de confirmação de conexão LAN estão acesos

2. A conexão física entre a conexão WAN do roteador e a conexão LAN do modem.


Este é o caso mais comum quando já existe um modem com internet e queremos um
roteador em um ponto distante do modem para acesso a internet

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OBS: Verifique se os LEDs de confirmação de conexão LAN, WAN e INTERNET
estão acesos. Se estiverem então há internet

3. No Windows 7, click no botão iniciar e digite “cmd” e após “ENTER”.

cmd

4. Se for o windows 8 aproxime o mouse até o canto esquerdo da tela até que apareça
a opção de pesquisa no canto superior ( lente ) . Click na “lente” e digite “cmd” e
após “ ENTER”.

5. Digite “ ipconfig” e após “ ENTER”

73
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6. Anote o número de gateway padrão que o endereço do seu roteador/modem. No caso,
192.168.15.1

7. Abra o seu navegador e digite o seu número gateway. Aperte “ENTER”. A página
inicial do setup do modem deve aparece

74
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8. Selecione “setup”. Digite a senha de acesso ao modem. Exemplo:

Nome do usuário: admin Senha: admin

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Configuração de Rede com Cabo LAN

9. Selecione setup e faça opção por PPoE em caso de ligação do roteador com um
modem.

Coloque o usuário e senha que estão no Modem e que são fornecidos pelo provedor.

Salve a aplique as configurações

Se houver travamento por mudança de endereço de subrede reinicie o Windows

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Alteração de IP da LAN

Caso o roteador tenha o mesmo numero IP do modem, mude o IP da LAN do roteador

Mude o numero de IP da rede LAN para 192.168.2.1, por exemplo

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