Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
br
SUMÁRIO
Questões CESPE - PRF ........................................................................................................................................ 2
Direito Processual Penal ................................................................................................................................ 2
Gabarito ........................................................................................................................................................... 10
Questões Comentadas..................................................................................................................................... 11
Como Lúcio está solto, o inquérito policial não terá prazo para ser concluído
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário
A respeito de ação penal e do disposto na Lei de Juizados Especiais Cíveis e Criminais (Lei
n.º 9.099/1995), julgue o item seguinte.
O inquérito policial é dispensável para a promoção da ação penal desde que a denúncia
esteja minimamente consubstanciada nos elementos exigidos em lei.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: Assistente de Procuradoria
Denúncia anônima sobre fato grave de necessária repressão imediata é suficiente para
embasar, por si só, a instauração de inquérito policial para rápida formulação de pedido
de quebra de sigilo e de interceptação telefônica.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva
a ser julgada com relação à competência para requerer o arquivamento de autos de IP e
às consequências da promoção desse tipo de arquivamento.
Notitia criminis é o meio pelo qual a vítima de delito ou o seu representante legal
manifesta sua vontade a respeito da instauração do inquérito policial e do posterior
oferecimento de denúncia, nas hipóteses de ação penal pública condicionada.
Certo ( ) Errado ( )
12. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário
No que se refere aos tipos de prisão e aos meios processuais para assegurar a liberdade,
julgue o seguinte item.
Assertiva: Nessa situação, o prazo para o término do inquérito policial será contado da
data em que a prisão temporária tiver sido convertida em prisão preventiva.
Certo ( ) Errado ( )
13. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: Oficial Técnico de Inteligência
A autoridade policial poderá instaurar inquérito policial de ofício nos crimes cuja ação
penal seja de iniciativa privada.
Certo ( ) Errado ( )
14. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Oficial de Justiça
Avaliador Federal
15. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário -
Área Administrativa
Situação hipotética: Lino foi indiciado por tentativa de homicídio. Após remessa dos
autos ao órgão do MP, o promotor de justiça requereu o arquivamento do inquérito em
razão da conduta de Lino ter sido praticada em legítima defesa, o que foi acatado pelo
juízo criminal competente. Assertiva: Nessa situação, de acordo com o STF, o ato de
arquivamento com fundamento em excludente de ilicitude fez coisa julgada formal e
material, o que impossibilita posterior desarquivamento pelo parquet, ainda que diante
da existência de novas provas.
Certo ( ) Errado ( )
18. Ano: 2015 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: Analista Judiciário - Judiciária
Com relação ao inquérito policial e à ação penal, julgue o item que se segue.
Ao receber uma denúncia anônima por telefone, a autoridade policial realizou diligências
investigatórias prévias à instauração do inquérito policial com a finalidade de obter
elementos que confirmassem a veracidade da informação. Confirmados os indícios da
ocorrência de crime de extorsão, o inquérito foi instaurado, tendo o delegado requerido
à companhia telefônica o envio de lista com o registro de ligações telefônicas efetuadas
pelo suspeito para a vítima. Prosseguindo na investigação, o delegado, sem autorização
Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se beneficiarem
o réu
Certo ( ) Errado ( )
24. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário
Jaime foi preso em flagrante por ter furtado uma bicicleta havia dois meses. Conduzido à
delegacia, Jaime, em depoimento ao delegado, no auto de prisão em flagrante, confessou
que era o autor do furto. Na audiência de custódia, o Ministério Público requereu a
conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, sob o argumento da gravidade
abstrata do delito praticado. No entanto, após ouvir a defesa, o juiz relaxou a prisão em
flagrante, com fundamento de que não estava presente o requisito legal da atualidade do
flagrante, em razão do lapso temporal de dois meses entre a consumação do crime e a
prisão do autor. Dias depois, em nova diligência no inquérito policial instaurado pelo
delegado para apurar o caso, Jaime, já em liberdade, retratou-se da confissão, alegando
que havia pegado a bicicleta de Abel como forma de pagamento de uma dívida. Ao ser
ouvido, Abel confirmou a narrativa de Jaime e afirmou, ainda, que registrou boletim de
ocorrência do furto da bicicleta em retaliação à conduta de Jaime, seu credor. Por fim, o
juiz competente arquivou o inquérito policial a requerimento de membro do Ministério
Público, por atipicidade material da conduta, sob o fundamento de ter havido
entendimento mútuo e pacífico entre Jaime e Abel acerca da questão, nos termos do
relatório final produzido pelo delegado.
A respeito da situação hipotética precedente, julgue o item a seguir.
João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende,
clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade
brasileira.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Por força do princípio da verdade real, se uma autoridade policial determinar que um
indiciado forneça material biológico para a coleta de amostra para exame de DNA cujo
resultado poderá constituir prova para determinar a autoria de um crime, o indiciado
estará obrigado a cumprir a determinação.
Certo ( ) Errado ( )
27. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público Federal
Acerca dos sistemas de apreciação de provas e da licitude dos meios de prova, julgue o
item subsequente.
28. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário
Valter, preso em flagrante por suposta prática de furto simples, não pagou a fiança
arbitrada pela autoridade policial, tendo permanecido preso até a audiência de custódia,
realizada na manhã do dia seguinte a sua prisão.
A partir dessa situação hipotética, julgue o seguinte item.A partir dessa situação
hipotética, julgue o seguinte item.
Com relação aos meios de prova e os procedimentos inerentes a sua colheita, no âmbito
da investigação criminal, julgue o próximo item.
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende,
clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade
brasileira.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.
João, aproveitando-se de distração de Marcos, juiz de direito, subtraiu para si uma sacola
de roupas usadas a ele pertencentes. Marcos pretendia doá-las a instituição de caridade.
João foi perseguido e preso em flagrante delito por policiais que presenciaram o ato.
Instaurado e concluído o inquérito policial, o Ministério Público não ofereceu denúncia
nem praticou qualquer ato no prazo legal.
Considerando a situação hipotética descrita, julgue o item a seguir.
O prazo previsto para que a autoridade policial comunique a prisão de João ao juiz
competente é de cinco dias.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1. ERRADO
2. CERTO
3. CERTO
4. ERRADO
5. ERRADO
6. CERTO
7. CERTO
8. CERTO
9. CERTO
10. ERRADO
11. ERRADO
12. CERTO
13. ERRADO
14. CERTO
15. ERRADO
16. ERRADO
17. ERRADO
18. ERRADO
19. ERRADO
20. CERTO
21. CERTO
22. ERRADO
23. CERTO
24. CERTO
25. ERRADO
26. ERRADO
27. CERTO
28. ERRADO
29. CERTO
30. CERTO
31. ERRADO
32. CERTO
33. ERRADO
34. CERTO
35. ERRADO
QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Oficial de Justiça Avaliador
Como Lúcio está solto, o inquérito policial não terá prazo para ser concluído
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
O prazo para conclusão do IP, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
estiver preso preventivamente, será de 10 (dez) dias, contados a partir do dia em
que se executar a ordem de prisão. Se ele estiver solto, mediante fiança ou sem ela,
o prazo será de 30 (trinta) dias.
Importante observar que, no caso de decretação de prisão temporária e, em
seguida, convertida em prisão preventiva, o prazo para conclusão do inquérito é
contado da data em que a prisão temporária tiver sido convertida em prisão
preventiva, pois o art. 10, caput, do CPP, não faz menção à prisão temporária.
Se o indiciado estiver solto e o fato for de difícil elucidação, a autoridade policial
poderá requerer prorrogação do prazo ao Juízo. A decisão caberá ao Poder Judiciário,
que pode deferir a prorrogação mais de uma vez, conforme o caso.
O Art. 3º-B, §2º, do CPP, acrescido pela Lei n. 13.964/19, trouxe a possibilidade
de prorrogação do inquérito, uma única vez, por até 15 (quinze) dias, no caso em
que o investigado estiver preso, mediante representação da autoridade policial e
ouvido o MP. Ocorre que o STF, na ADI 6.298, deferiu liminar para suspender a
eficácia desta e de outras regras. Assim, continua em vigor, por enquanto, da regra
que permite a prorrogação do prazo apenas com o indiciado solto.
Art. 3º-B(...) §2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá,
mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público,
prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o
que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente
relaxada.
Os prazos previstos no CPP são a regra, mas existem exceções previstas em
outras leis:
Crimes de competência da Justiça Federal
• PRESO = 15 dias, prorrogáveis por até 15 dias
• SOLTO = 30 dias
Lei Antidrogas
• PRESO = 30 dias, podendo ser duplicados
• SOLTO = 90 dias, podendo ser duplicados
Crimes contra a economia popular
• PRESO ou SOLTO = 10 dias
Inquérito Policial Militar
• PRESO = 20 dias
• SOLTO = 40 dias, prorrogáveis por mais 20 dias.
Decretação de prisão temporária no caso de Crime Hediondo ou equiparado:
O IP deve ser concluído no prazo máximo previsto para a prisão temporária (30 dias,
prorrogáveis por mais 30 dias)
A respeito de ação penal e do disposto na Lei de Juizados Especiais Cíveis e Criminais (Lei
n.º 9.099/1995), julgue o item seguinte.
O inquérito policial é dispensável para a promoção da ação penal desde que a denúncia
esteja minimamente consubstanciada nos elementos exigidos em lei.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
O IP não é obrigatório. Se o titular da ação penal possuir elementos suficientes
para propor a ação penal em Juízo, o IP pode ser dispensado.
CPP: Art. 39 (...) §5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se
com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação
penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de 15 dias.
5. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPU Prova: Analista do MPU - Direito
Denúncia anônima sobre fato grave de necessária repressão imediata é suficiente para
embasar, por si só, a instauração de inquérito policial para rápida formulação de pedido
de quebra de sigilo e de interceptação telefônica.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
DELATIO CRIMINIS é a COMUNICAÇÃO do fato criminoso à autoridade policial.
Para ficar fácil a compreensão, imagine que você fez um Concurso Público, obteve a
aprovação e está aguardando a nomeação. Aí eu acordo bem cedo, pesquiso na
internet e o seu nome está lá!
Pegaaaaaa! Imediatamente eu ligo para te dar conhecimento do fato.
No caso, eu (Rilu) fiz uma DELATIO (comuniquei) e você recebeu uma NOTITIA
(tomou conhecimento). Ficou fácil, né!? A Delatio Criminis pode ser:
Delatio criminis simples: comunicação realizada por qualquer pessoa do
povo, na forma do art. 5º, §3º, CPP.
Art. 5º(...) §3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência
de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito,
comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações,
mandará instaurar inquérito.
Delatio criminis postulatória: comunicação realizada pelo ofendido nos
crimes de ação penal privada ou pública condicionada.
Delatio criminis inqualificada: quando a comunicação é feita sem
identificação, através do anonimato (delação apócrifa).
Nesse caso, considerando a vedação constitucional ao anonimato, a autoridade
policial verificará a procedência ou não das informações e, se realmente houver
embasamento, instaurará o IP.
Podemos afirmar que o IP não pode ser instaurado com base exclusiva (por si
só) em denúncia anônima.
Interessante observar que o STJ já decidiu que, no caso da delatio criminis
inqualificada, o IP poderá ser instaurado quando o documento em questão (denúncia
anônima) tiver sido produzido pelo próprio acusado ou constituir o próprio corpo de
delito.
Portanto, o item está incorreto.
7. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia
Federal
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
9. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia
Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva
a ser julgada com relação à competência para requerer o arquivamento de autos de IP e
às consequências da promoção desse tipo de arquivamento.
A denúncia anônima de fatos graves, por si só, impõe a imediata instauração de inquérito
policial, no âmbito do qual a autoridade policial deverá verificar se a notícia é
materialmente verdadeira.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
No caso de existir uma Delatio criminis inqualificada: quando a comunicação é
feita sem identificação, através do anonimato (delação apócrifa), considerando a
vedação constitucional ao anonimato, a autoridade policial verificará a procedência
ou não das informações e, se realmente houver embasamento, instaurará o IP.
Podemos afirmar que o IP não pode ser instaurado com base exclusiva (por si
só) em denúncia anônima.
Portanto, o item está incorreto.
11. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário -
Administrativa
Notitia criminis é o meio pelo qual a vítima de delito ou o seu representante legal
manifesta sua vontade a respeito da instauração do inquérito policial e do posterior
oferecimento de denúncia, nas hipóteses de ação penal pública condicionada.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
A questão sobre o conceito de delatio criminis postulatória e não notitia criminis,
daí o motivo de o item estar incorreto.
NOTITIA CRIMINIS é o CONHECIMENTO de um fato criminoso pela autoridade
policial, que pode ser pela internet, comunicação de qualquer pessoa do povo e etc.
Pode ser classificada da seguinte forma:
Notitia criminis de cognição imediata ou direta: quando a própria autoridade
policial, através de suas atividades rotineiras, toma conhecimento do fato criminoso.
Notitia criminis de cognição mediata ou indireta: na hipótese em que o
conhecimento ocorre através de terceiros, como no caso de requerimento do ofendido
com dados do fato criminoso.
Notitia criminis de cognição coercitiva = na hipótese da prisão em flagrante.
12. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário
No que se refere aos tipos de prisão e aos meios processuais para assegurar a liberdade,
julgue o seguinte item.
Assertiva: Nessa situação, o prazo para o término do inquérito policial será contado da
data em que a prisão temporária tiver sido convertida em prisão preventiva.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
O prazo para conclusão do IP, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
estiver preso preventivamente, será de 10 (dez) dias, contados a partir do dia em
que se executar a ordem de prisão. Se ele estiver solto, mediante fiança ou sem ela,
o prazo será de 30 (trinta) dias.
Importante observar que, no caso de decretação de prisão temporária e, em
seguida, convertida em prisão preventiva, o prazo para conclusão do inquérito é
contado da data em que a prisão temporária tiver sido convertida em prisão
preventiva, pois o art. 10, caput, do CPP, não faz menção à prisão temporária.
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver
sido preso em FLAGRANTE, ou estiver preso PREVENTIVAMENTE, contado o prazo,
nesta hipótese, a partir do dia em que se EXECCUTAR A ORDEM DE PRISÃO, ou no
prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
Assim, apesar de causas estranheza, está correto segundo o CPP.
13. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: Oficial Técnico de Inteligência
A autoridade policial poderá instaurar inquérito policial de ofício nos crimes cuja ação
penal seja de iniciativa privada.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Em crimes de ação penal de iniciativa privada, a autoridade policial NÃO PODE
instaurar o IP de ofício.
Nas ações penais privadas (cabíveis, por exemplo, nos crimes de Calúnia,
Injúria simples e Difamação), a autoridade policial não pode instaurar o IP de oficio,
pois depende de requerimento de quem tem qualidade para intentá-la. Em caso de
falecimento da vítima, o CADI (Cônjuge, Ascendente, Descendente ou Irmão) poderá
apresentar o requerimento.
Art. 5º(...) §5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente
poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-
la.
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por
decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Portanto, o item está incorreto.
14. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Oficial de Justiça
Avaliador Federal
GABARITO: CERTO
Sobre a presença de advogado no interrogatório realizado na fase do inquérito
policial, prevalece o entendimento de que o indiciado deve ser alertado sobre seu
direito à presença de advogado. Entretanto, caso queira ser ouvido sem a presença
do advogado, não haverá nulidade. A regra é que deve ser possibilitado ao indiciado,
ter seu advogado presente no ato de seu interrogatório policial, tratando-se de um
direito.
Além disso, a defesa tem amplo acesso aos elementos de prova já
documentados que digam respeito ao direito de defesa, segundo a Súmula Vinculante
14 do STF.
SV 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo
aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício
do direito de defesa.
Portanto, item correto.
15. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário -
Área Administrativa
16. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário -
Área Administrativa
17. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público Federal
Situação hipotética: Lino foi indiciado por tentativa de homicídio. Após remessa dos
autos ao órgão do MP, o promotor de justiça requereu o arquivamento do inquérito em
razão da conduta de Lino ter sido praticada em legítima defesa, o que foi acatado pelo
juízo criminal competente. Assertiva: Nessa situação, de acordo com o STF, o ato de
arquivamento com fundamento em excludente de ilicitude fez coisa julgada formal e
material, o que impossibilita posterior desarquivamento pelo parquet, ainda que diante
da existência de novas provas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
A decisão de arquivamento do IP, em regra, não faz coisa julga material, pois
a autoridade policial pode realizar novas diligências, com base em OUTRAS PROVAS
(novas). Aí teríamos o desarquivamento do IP.
Mas apenas para análise de novas provas, pois os elementos analisados
anteriormente não foram suficientes para o prosseguimento da persecução penal.
CPP: Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade
judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a
novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
Súmula 524 do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a
requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas
provas.
Para haver o desarquivamento do IP basta a existência de NOTÍCIA de novas
provas.
De acordo com a doutrina, há duas espécies de provas novas que podem gerar
o desarquivamento do IP:
Substancialmente novas: são as inéditas, desconhecidas até então, porque
ocultas, ou ainda inexistentes. Será uma prova nova, por exemplo, a arma do crime,
até então escondida, contendo a impressão digital do acusado, seja encontrada
posteriormente;
Formalmente novas: as que já são conhecidas e até mesmo foram utilizadas
pelo Estado, mas que ganham nova versão, como, por exemplo, uma testemunha
que já havia sido inquirida, mas que altera sua versão porque fora ameaçada quando
do primeiro depoimento.
Todavia, existem exceções, casos em que o arquivamento fará coisa julgada
material e, assim, as investigações não poderão ser retomadas, vedando-se o
desarquivamento. Mesmo que o Juiz seja absolutamente incompetente, são
incabíveis novas diligências nos casos abaixo:
18. Ano: 2015 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: Analista Judiciário - Judiciária
Com relação ao inquérito policial e à ação penal, julgue o item que se segue.
19. Ano: 2015 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: AGU Prova: Advogado da União
Ao receber uma denúncia anônima por telefone, a autoridade policial realizou diligências
investigatórias prévias à instauração do inquérito policial com a finalidade de obter
elementos que confirmassem a veracidade da informação. Confirmados os indícios da
ocorrência de crime de extorsão, o inquérito foi instaurado, tendo o delegado requerido
à companhia telefônica o envio de lista com o registro de ligações telefônicas efetuadas
pelo suspeito para a vítima. Prosseguindo na investigação, o delegado, sem autorização
judicial, determinou a instalação de grampo telefônico no telefone do suspeito, o que
revelou, sem nenhuma dúvida, a materialidade e a autoria delitivas. O inquérito foi
relatado, com o indiciamento do suspeito, e enviado ao MP.
20. Ano: 2014 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: Analista
Legislativo - Consultor Legislativo
21. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Analista Judiciário - Direito
22. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário
23. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário
Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se beneficiarem
o réu
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Em busca da Verdade Real dos fatos, a Doutrina admite, de forma excepcional,
para evitar condenações injustas, a utilização de provas obtivas por meios ilícitos em
benefício do réu, desde que se trate da única forma de se provar a inocência.
24. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário
Jaime foi preso em flagrante por ter furtado uma bicicleta havia dois meses. Conduzido à
delegacia, Jaime, em depoimento ao delegado, no auto de prisão em flagrante, confessou
que era o autor do furto. Na audiência de custódia, o Ministério Público requereu a
conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, sob o argumento da gravidade
abstrata do delito praticado. No entanto, após ouvir a defesa, o juiz relaxou a prisão em
flagrante, com fundamento de que não estava presente o requisito legal da atualidade do
flagrante, em razão do lapso temporal de dois meses entre a consumação do crime e a
prisão do autor. Dias depois, em nova diligência no inquérito policial instaurado pelo
delegado para apurar o caso, Jaime, já em liberdade, retratou-se da confissão, alegando
que havia pegado a bicicleta de Abel como forma de pagamento de uma dívida. Ao ser
ouvido, Abel confirmou a narrativa de Jaime e afirmou, ainda, que registrou boletim de
ocorrência do furto da bicicleta em retaliação à conduta de Jaime, seu credor. Por fim, o
juiz competente arquivou o inquérito policial a requerimento de membro do Ministério
Público, por atipicidade material da conduta, sob o fundamento de ter havido
entendimento mútuo e pacífico entre Jaime e Abel acerca da questão, nos termos do
relatório final produzido pelo delegado.
A respeito da situação hipotética precedente, julgue o item a seguir.
25. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão
João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende,
clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade
brasileira.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.
26. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia
Por força do princípio da verdade real, se uma autoridade policial determinar que um
indiciado forneça material biológico para a coleta de amostra para exame de DNA cujo
resultado poderá constituir prova para determinar a autoria de um crime, o indiciado
estará obrigado a cumprir a determinação.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
O principio da vedação à autoincriminação, também conhecido como nemo
tenetur se detegere, visa impedir que o Estado imponha ao acusado algum dever que
coloque em risco o direito de não produzir provas prejudiciais a si próprio.
É por ele que as pessoas podem se recusar a fazer o teste do bafômetro. Apesar
disso, não existe impedimento para que a própria pessoa produza a prova de forma
voluntária.
O dever de provar a existência do fato típico é da acusação. Não é o réu que
precisa provar a sua inocência. Em face do princípio, existe o Direito ao Silêncio, a
Ampla Defesa e a Presunção da Inocência. Veja o texto constitucional:
Art. 5º (...) LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
Outra consequência é que o réu não pode ser obrigado a participar ativamente
da produção de prova. Não está obrigado a fornecer escrita para exame de caligrafia,
não está obrigação a participar da reprodução simulada dos fatos. Há, ainda, o direito
de não se submeter a qualquer procedimento invasivo (exame de sangue e etc.)
No entanto, ele pode ser obrigado a participar do ato de reconhecimento
(situação em que o suspeito fica parado para que a vítima o reconheça ou não como
infrator), pois não há uma participação ativa dele. Trata-se apenas e uma cooperação
passiva e, assim, é obrigatória. A identificação pessoal (dados qualitativos) quando
solicitada ou exigida por autoridade policial também é obrigatória, não podendo ser
negada pela pessoa (o direito ao silêncio é sobre os fatos objeto da suspeita ou
acusação). A identificação datiloscopia, quando for o caso, também é obrigatória
27. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público Federal
Acerca dos sistemas de apreciação de provas e da licitude dos meios de prova, julgue o
item subsequente.
28. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário
29. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: Defensor Público
Valter, preso em flagrante por suposta prática de furto simples, não pagou a fiança
arbitrada pela autoridade policial, tendo permanecido preso até a audiência de custódia,
realizada na manhã do dia seguinte a sua prisão.
A partir dessa situação hipotética, julgue o seguinte item.A partir dessa situação
hipotética, julgue o seguinte item.
30. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal
Com relação aos meios de prova e os procedimentos inerentes a sua colheita, no âmbito
da investigação criminal, julgue o próximo item.
31. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal
32. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal
33. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
34. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão
João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende,
clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade
brasileira.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.
35. Ano: 2016 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPU Prova: Analista Técnico -
Administrativo
João, aproveitando-se de distração de Marcos, juiz de direito, subtraiu para si uma sacola
de roupas usadas a ele pertencentes. Marcos pretendia doá-las a instituição de caridade.
João foi perseguido e preso em flagrante delito por policiais que presenciaram o ato.
Instaurado e concluído o inquérito policial, o Ministério Público não ofereceu denúncia
nem praticou qualquer ato no prazo legal.
Considerando a situação hipotética descrita, julgue o item a seguir.
O prazo previsto para que a autoridade policial comunique a prisão de João ao juiz
competente é de cinco dias.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente, ao MP e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada.
CF/88: Art. 5º (...) LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à
pessoa por ele indicada;
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do
preso ou à pessoa por ele indicada.
O Auto de Prisão em Flagrante, em até 24h da realização da prisão, serão
encaminhado ao juiz competente. Se o autuado não informar nome de advogado,
será enviada cópia integral para a Defensoria.
Como se vê, não há este prazo de 5 dias, o que torna o item incorreto.