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SUMÁRIO
Questões CESPE - PRF ........................................................................................................................................ 2
Direito Processual Penal ................................................................................................................................ 2
Gabarito ........................................................................................................................................................... 10
Questões Comentadas..................................................................................................................................... 11

MUDE SUA VIDA!


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QUESTÕES CESPE - PRF


DIREITO PROCESSUAL PENAL
1. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Oficial de Justiça Avaliador

Lúcio é investigado pela prática de latrocínio. Durante a investigação, apurou-se a


participação de Carlos no crime, tendo sido decretada de ofício a sua prisão temporária.
A partir dessa situação hipotética e do que dispõe a legislação, julgue o item seguinte.

Como Lúcio está solto, o inquérito policial não terá prazo para ser concluído
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário

A respeito de ação penal e do disposto na Lei de Juizados Especiais Cíveis e Criminais (Lei
n.º 9.099/1995), julgue o item seguinte.

O inquérito policial é dispensável para a promoção da ação penal desde que a denúncia
esteja minimamente consubstanciada nos elementos exigidos em lei.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: Assistente de Procuradoria

No que se refere aos direitos individuais e à aplicação dos princípios do contraditório e


da ampla defesa, julgue o item a seguir.

É garantido ao defensor de investigado o pleno acesso aos documentos já anexados ao


procedimento investigatório, mesmo que o inquérito policial esteja classificado como
sigiloso.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal

Julgue o seguinte item, a respeito de suspeição e impedimento no âmbito do processo


penal.

O fato de não ser cabível a oposição de exceção de suspeição à autoridade policial na


presidência do IP faz, por consequência, que não sejam cabíveis as hipóteses de suspeição
em investigação criminal.
Certo ( ) Errado ( )
5. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPU Prova: Analista do MPU - Direito

Em relação a inquérito policial, ação penal e competência, julgue o próximo item, de


acordo com o entendimento da doutrina majoritária e dos tribunais superiores.

Denúncia anônima sobre fato grave de necessária repressão imediata é suficiente para
embasar, por si só, a instauração de inquérito policial para rápida formulação de pedido
de quebra de sigilo e de interceptação telefônica.

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Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia

Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos e às


garantias constitucionais.

No âmbito do inquérito policial, cuja natureza é inquisitiva, não se faz necessária a


aplicação plena do princípio do contraditório, conforme a jurisprudência dominante.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia
Federal

Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.

O inquérito instaurado contra José é procedimento de natureza administrativa, cuja


finalidade é obter informações a respeito da autoria e da materialidade do delito.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Papiloscopista

Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo de um veículo,


um traficante disparou um tiro contra agente policial federal que estava em missão em
unidade fronteiriça. Após troca de tiros, outros agentes prenderam o traficante em
flagrante, conduziram-no à autoridade policial local e levaram o colega ferido ao hospital
da região.
Nessa situação hipotética,

ao tomar conhecimento do homicídio, cuja ação penal é pública incondicionada, a


autoridade policial terá de instaurar o inquérito de ofício, o qual terá como peça
inaugural uma portaria que conterá o objeto de investigação, as circunstâncias
conhecidas e as diligências iniciais que serão cumpridas.
Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia

Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva
a ser julgada com relação à competência para requerer o arquivamento de autos de IP e
às consequências da promoção desse tipo de arquivamento.

Requerido pelo procurador-geral da República o arquivamento de IP, os autos foram


encaminhados ao STF, órgão com competência originária para o processamento e o
julgamento da matéria sob investigação, para as providências cabíveis. Nessa situação, o
pedido do procurador-geral da República não estará sujeito a controle jurisdicional,
devendo ser atendido.
Certo ( ) Errado ( )

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10. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: EBSERH Prova: Advogado

Quanto ao inquérito policial, à ação penal, às regras de fixação de competência e às


disposições processuais penais relacionadas aos meios de prova, julgue o item a seguir.
A denúncia anônima de fatos graves, por si só, impõe a imediata instauração de inquérito
policial, no âmbito do qual a autoridade policial deverá verificar se a notícia é
materialmente verdadeira.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário -
Administrativa

A respeito dos procedimentos de investigação, julgue o item que se segue.

Notitia criminis é o meio pelo qual a vítima de delito ou o seu representante legal
manifesta sua vontade a respeito da instauração do inquérito policial e do posterior
oferecimento de denúncia, nas hipóteses de ação penal pública condicionada.
Certo ( ) Errado ( )
12. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário

No que se refere aos tipos de prisão e aos meios processuais para assegurar a liberdade,
julgue o seguinte item.

Situação hipotética: Pedro teve a prisão temporária decretada no curso de uma


investigação criminal. Ao final de cinco dias, o Ministério Público requereu a conversão
de sua segregação em prisão preventiva.

Assertiva: Nessa situação, o prazo para o término do inquérito policial será contado da
data em que a prisão temporária tiver sido convertida em prisão preventiva.
Certo ( ) Errado ( )
13. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: Oficial Técnico de Inteligência

A respeito do inquérito policial, julgue o item seguinte.

A autoridade policial poderá instaurar inquérito policial de ofício nos crimes cuja ação
penal seja de iniciativa privada.
Certo ( ) Errado ( )
14. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Oficial de Justiça
Avaliador Federal

A respeito de inquérito policial, julgue o item subsequente.

Apesar de se tratar de procedimento inquisitorial no qual não se possa exigir a plena


observância do contraditório e da ampla defesa, a assistência por advogado no curso do
inquérito policial é direito do investigado, inclusive com amplo acesso aos elementos de
prova já documentados que digam respeito ao direito de defesa.
Certo ( ) Errado ( )

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15. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário -
Área Administrativa

Acerca do inquérito policial, julgue o próximo item.

Apenas no caso em que o investigado estiver preso preventivamente, o inquérito policial


deverá se encerrar em até dez dias, contados a partir do dia subsequente à execução da
ordem de prisão.
Certo ( ) Errado ( )
16. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário -
Área Administrativa

Acerca do inquérito policial, julgue o próximo item.

Membro do Ministério Público que participe, ativamente, do curso da investigação


criminal não poderá oferecer denúncia, devendo, ao final do inquérito policial,
encaminhar os documentos cabíveis para outro membro do parquet, que decidirá acerca
do oferecimento ou não de denúncia.
Certo ( ) Errado ( )
17. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público Federal

A respeito de coisa julgada e inquérito policial, julgue o item a seguir.

Situação hipotética: Lino foi indiciado por tentativa de homicídio. Após remessa dos
autos ao órgão do MP, o promotor de justiça requereu o arquivamento do inquérito em
razão da conduta de Lino ter sido praticada em legítima defesa, o que foi acatado pelo
juízo criminal competente. Assertiva: Nessa situação, de acordo com o STF, o ato de
arquivamento com fundamento em excludente de ilicitude fez coisa julgada formal e
material, o que impossibilita posterior desarquivamento pelo parquet, ainda que diante
da existência de novas provas.
Certo ( ) Errado ( )
18. Ano: 2015 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: Analista Judiciário - Judiciária

Com relação ao inquérito policial e à ação penal, julgue o item que se segue.

A doutrina e a jurisprudência majoritárias admitem o denominado arquivamento


implícito, que consiste no fato de o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público por
apenas alguns dos crimes imputados ao indiciado impedir que os demais sejam objeto de
futura ação penal.
Certo ( ) Errado ( )
19. Ano: 2015 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: AGU Prova: Advogado da União

Ao receber uma denúncia anônima por telefone, a autoridade policial realizou diligências
investigatórias prévias à instauração do inquérito policial com a finalidade de obter
elementos que confirmassem a veracidade da informação. Confirmados os indícios da
ocorrência de crime de extorsão, o inquérito foi instaurado, tendo o delegado requerido
à companhia telefônica o envio de lista com o registro de ligações telefônicas efetuadas
pelo suspeito para a vítima. Prosseguindo na investigação, o delegado, sem autorização

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judicial, determinou a instalação de grampo telefônico no telefone do suspeito, o que


revelou, sem nenhuma dúvida, a materialidade e a autoria delitivas. O inquérito foi
relatado, com o indiciamento do suspeito, e enviado ao MP.

Nessa situação hipotética, considerando as normas relativas à investigação criminal, são


nulos os atos de investigação realizados antes da instauração do inquérito policial, pois
violam o princípio da publicidade do procedimento investigatório, bem como a obrigação
de documentação dos atos policiais.
Certo ( ) Errado ( )
20. Ano: 2014 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: Analista
Legislativo - Consultor Legislativo

No que diz respeito ao sistema penitenciário e à legislação penal e processual penal


aplicada à segurança pública, julgue o item seguinte.

Em investigação demandada à autoridade policial para apurar crime de ação pública, se


houver indeferimento de abertura de inquérito, o recurso deverá ser destinado ao chefe
de polícia.
Certo ( ) Errado ( )
21. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Analista Judiciário - Direito

Julgue o próximo item, relativos a citação, intimação, nulidade, interceptação telefônica e


prazos processuais.

Não havendo autorização do juízo competente, a interceptação de comunicações


telefônicas será prova ilícita.
Certo ( ) Errado ( )
22. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário

Com relação a provas, julgue o próximo item.

O depoimento de policial em juízo é dotado de fé pública, exceção de prova tarifada


dentro do sistema adotado no processo penal brasileiro da persuasão racional do juiz.
Certo ( ) Errado ( )
23. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário

Com relação a provas, julgue o próximo item.

Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se beneficiarem
o réu
Certo ( ) Errado ( )
24. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário

Jaime foi preso em flagrante por ter furtado uma bicicleta havia dois meses. Conduzido à
delegacia, Jaime, em depoimento ao delegado, no auto de prisão em flagrante, confessou
que era o autor do furto. Na audiência de custódia, o Ministério Público requereu a
conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, sob o argumento da gravidade

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abstrata do delito praticado. No entanto, após ouvir a defesa, o juiz relaxou a prisão em
flagrante, com fundamento de que não estava presente o requisito legal da atualidade do
flagrante, em razão do lapso temporal de dois meses entre a consumação do crime e a
prisão do autor. Dias depois, em nova diligência no inquérito policial instaurado pelo
delegado para apurar o caso, Jaime, já em liberdade, retratou-se da confissão, alegando
que havia pegado a bicicleta de Abel como forma de pagamento de uma dívida. Ao ser
ouvido, Abel confirmou a narrativa de Jaime e afirmou, ainda, que registrou boletim de
ocorrência do furto da bicicleta em retaliação à conduta de Jaime, seu credor. Por fim, o
juiz competente arquivou o inquérito policial a requerimento de membro do Ministério
Público, por atipicidade material da conduta, sob o fundamento de ter havido
entendimento mútuo e pacífico entre Jaime e Abel acerca da questão, nos termos do
relatório final produzido pelo delegado.
A respeito da situação hipotética precedente, julgue o item a seguir.

O relaxamento da prisão em flagrante de Jaime implica, por derivação, a ilicitude das


provas produzidas diretamente em decorrência do flagrante.
Certo ( ) Errado ( )
25. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão

João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende,
clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade
brasileira.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.

A busca no depósito onde estão armazenados os cigarros contrabandeados será


precedida da expedição de um mandado de busca e apreensão, que deverá incluir vários
itens, sendo imprescindíveis apenas a indicação precisa do local da diligência e a
assinatura da autoridade que expedir esse documento.
Certo ( ) Errado ( )
26. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia

Acerca da prova no processo penal, julgue o item a seguir.

Por força do princípio da verdade real, se uma autoridade policial determinar que um
indiciado forneça material biológico para a coleta de amostra para exame de DNA cujo
resultado poderá constituir prova para determinar a autoria de um crime, o indiciado
estará obrigado a cumprir a determinação.
Certo ( ) Errado ( )
27. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público Federal

Acerca dos sistemas de apreciação de provas e da licitude dos meios de prova, julgue o
item subsequente.

Embora o ordenamento jurídico brasileiro tenha adotado o sistema da persuasão


racional para a apreciação de provas judiciais, o CPP remete ao sistema da prova tarifada,
como, por exemplo, quando da necessidade de se provar o estado das pessoas por meio
de documentos indicados pela lei civil.
Certo ( ) Errado ( )

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28. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário

Acerca de prisão, medidas cautelares e liberdade provisória, julgue o item subsecutivo.

A prisão em flagrante do autor de crime de ação penal pública condicionada à


representação substitui a necessidade de manifestação do ofendido para instauração de
inquérito policial.
Certo ( ) Errado ( )
29. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: Defensor Público

Valter, preso em flagrante por suposta prática de furto simples, não pagou a fiança
arbitrada pela autoridade policial, tendo permanecido preso até a audiência de custódia,
realizada na manhã do dia seguinte a sua prisão.
A partir dessa situação hipotética, julgue o seguinte item.A partir dessa situação
hipotética, julgue o seguinte item.

Na audiência de custódia, ao entrevistar Valter, o juiz deverá abster-se de formular


perguntas com a finalidade de produzir provas sobre os fatos objeto do auto da prisão
em flagrante, mas deverá indagar acerca do tratamento recebido nos locais por onde o
autuado passou antes da apresentação à audiência, questionando sobre a ocorrência de
tortura e maus tratos.
Certo ( ) Errado ( )
30. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal

Com relação aos meios de prova e os procedimentos inerentes a sua colheita, no âmbito
da investigação criminal, julgue o próximo item.

A entrada forçada em determinado domicílio é lícita, mesmo sem mandado judicial e


ainda que durante a noite, caso esteja ocorrendo, dentro da casa, situação de flagrante
delito nas modalidades próprio, impróprio ou ficto.
Certo ( ) Errado ( )
31. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal

Em decorrência de um homicídio doloso praticado com o uso de arma de fogo, policiais


rodoviários federais foram comunicados de que o autor do delito se evadira por rodovia
federal em um veículo cuja placa e características foram informadas. O veículo foi
abordado por policiais rodoviários federais em um ponto de bloqueio montado cerca de
200 km do local do delito e que os policiais acreditavam estar na rota de fuga do homicida.
Dada voz de prisão ao condutor do veículo, foi apreendida arma de fogo que estava em
sua posse e que, supostamente, tinha sido utilizada no crime.
Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item.

Durante o procedimento de lavratura do auto de prisão em flagrante pela autoridade


policial competente, o policial rodoviário responsável pela prisão e condução do preso
deverá ser ouvido logo após a oitiva das testemunhas e o interrogatório do preso.
Certo ( ) Errado ( )
32. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal

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Em decorrência de um homicídio doloso praticado com o uso de arma de fogo, policiais


rodoviários federais foram comunicados de que o autor do delito se evadira por rodovia
federal em um veículo cuja placa e características foram informadas. O veículo foi
abordado por policiais rodoviários federais em um ponto de bloqueio montado cerca de
200 km do local do delito e que os policiais acreditavam estar na rota de fuga do homicida.
Dada voz de prisão ao condutor do veículo, foi apreendida arma de fogo que estava em
sua posse e que, supostamente, tinha sido utilizada no crime.
Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item.

De acordo com a classificação doutrinária dominante, a situação configura hipótese de


flagrante presumido ou ficto.
Certo ( ) Errado ( )
33. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia

Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.

Os agentes de polícia podem decidir, discricionariamente, acerca da conveniência ou não


de efetivar a prisão em flagrante de José.
Certo ( ) Errado ( )
34. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão

João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende,
clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade
brasileira.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.

Se João for preso em flagrante e o escrivão estiver impossibilitado de proceder à


lavratura do auto de prisão, a autoridade policial poderá designar qualquer pessoa para
fazê-lo, desde que esta preste o compromisso legal anteriormente.
Certo ( ) Errado ( )
35. Ano: 2016 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPU Prova: Analista Técnico -
Administrativo

João, aproveitando-se de distração de Marcos, juiz de direito, subtraiu para si uma sacola
de roupas usadas a ele pertencentes. Marcos pretendia doá-las a instituição de caridade.
João foi perseguido e preso em flagrante delito por policiais que presenciaram o ato.
Instaurado e concluído o inquérito policial, o Ministério Público não ofereceu denúncia
nem praticou qualquer ato no prazo legal.
Considerando a situação hipotética descrita, julgue o item a seguir.

O prazo previsto para que a autoridade policial comunique a prisão de João ao juiz
competente é de cinco dias.
Certo ( ) Errado ( )

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GABARITO

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1. ERRADO
2. CERTO
3. CERTO
4. ERRADO
5. ERRADO
6. CERTO
7. CERTO
8. CERTO
9. CERTO
10. ERRADO
11. ERRADO
12. CERTO
13. ERRADO
14. CERTO
15. ERRADO
16. ERRADO
17. ERRADO
18. ERRADO
19. ERRADO
20. CERTO
21. CERTO
22. ERRADO
23. CERTO
24. CERTO
25. ERRADO
26. ERRADO
27. CERTO
28. ERRADO
29. CERTO
30. CERTO
31. ERRADO
32. CERTO
33. ERRADO
34. CERTO
35. ERRADO

QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Oficial de Justiça Avaliador

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Lúcio é investigado pela prática de latrocínio. Durante a investigação, apurou-se a


participação de Carlos no crime, tendo sido decretada de ofício a sua prisão temporária.
A partir dessa situação hipotética e do que dispõe a legislação, julgue o item seguinte.

Como Lúcio está solto, o inquérito policial não terá prazo para ser concluído
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
O prazo para conclusão do IP, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
estiver preso preventivamente, será de 10 (dez) dias, contados a partir do dia em
que se executar a ordem de prisão. Se ele estiver solto, mediante fiança ou sem ela,
o prazo será de 30 (trinta) dias.
Importante observar que, no caso de decretação de prisão temporária e, em
seguida, convertida em prisão preventiva, o prazo para conclusão do inquérito é
contado da data em que a prisão temporária tiver sido convertida em prisão
preventiva, pois o art. 10, caput, do CPP, não faz menção à prisão temporária.
Se o indiciado estiver solto e o fato for de difícil elucidação, a autoridade policial
poderá requerer prorrogação do prazo ao Juízo. A decisão caberá ao Poder Judiciário,
que pode deferir a prorrogação mais de uma vez, conforme o caso.
O Art. 3º-B, §2º, do CPP, acrescido pela Lei n. 13.964/19, trouxe a possibilidade
de prorrogação do inquérito, uma única vez, por até 15 (quinze) dias, no caso em
que o investigado estiver preso, mediante representação da autoridade policial e
ouvido o MP. Ocorre que o STF, na ADI 6.298, deferiu liminar para suspender a
eficácia desta e de outras regras. Assim, continua em vigor, por enquanto, da regra
que permite a prorrogação do prazo apenas com o indiciado solto.
Art. 3º-B(...) §2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá,
mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público,
prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o
que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente
relaxada.
Os prazos previstos no CPP são a regra, mas existem exceções previstas em
outras leis:
Crimes de competência da Justiça Federal
• PRESO = 15 dias, prorrogáveis por até 15 dias
• SOLTO = 30 dias
Lei Antidrogas
• PRESO = 30 dias, podendo ser duplicados
• SOLTO = 90 dias, podendo ser duplicados
Crimes contra a economia popular
• PRESO ou SOLTO = 10 dias
Inquérito Policial Militar
• PRESO = 20 dias
• SOLTO = 40 dias, prorrogáveis por mais 20 dias.
Decretação de prisão temporária no caso de Crime Hediondo ou equiparado:
O IP deve ser concluído no prazo máximo previsto para a prisão temporária (30 dias,
prorrogáveis por mais 30 dias)

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Segundo o STJ, o prazo para conclusão da investigação, quando o indiciado


estiver SOLTO, não gera qualquer repercussão por não acarretar prejuízos, logo, é
considerando um PRAZO IMPRÓPRIO.
Rilu, e como é feita a contagem do prazo para conclusão do IP, utilizando a
regra do Processo Penal ou a do Direito Penal?
Você deve saber que os prazos processuais são contados com a exclusão do dia
do começo e inclusão do vencimento (Art. 798, §1º, CPP). Os prazos penais são
contados coma inclusão do dia do começo (Art. 10 do CP).
Assim, é importante memorizar que os prazos do IP têm natureza processual,
aplicando-se, assim, a regra do CPP. No entanto, se o indiciado estiver preso, a
contagem do prazo para conclusão do IP terá natureza material, utilizando a regra
do CP (inclusão do dia do começo).

2. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário

A respeito de ação penal e do disposto na Lei de Juizados Especiais Cíveis e Criminais (Lei
n.º 9.099/1995), julgue o item seguinte.

O inquérito policial é dispensável para a promoção da ação penal desde que a denúncia
esteja minimamente consubstanciada nos elementos exigidos em lei.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
O IP não é obrigatório. Se o titular da ação penal possuir elementos suficientes
para propor a ação penal em Juízo, o IP pode ser dispensado.
CPP: Art. 39 (...) §5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se
com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação
penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de 15 dias.

3. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: Assistente de Procuradoria

No que se refere aos direitos individuais e à aplicação dos princípios do contraditório e


da ampla defesa, julgue o item a seguir.

É garantido ao defensor de investigado o pleno acesso aos documentos já anexados ao


procedimento investigatório, mesmo que o inquérito policial esteja classificado como
sigiloso.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
O IP é sigiloso para o povo em geral. Nele não se aplica a publicidade como
regra, pois não é um processo, mas sim um procedimento administrativo.
O sigilo, contudo, não é absoluto. Ele não se aplica ao Juízo, MP, autoridade
policial e na hipótese da Súmula Vinculante n. 14 do STF:
SV 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo
aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício
do direito de defesa.

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CPP: Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à


elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a
autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a
instauração de inquérito contra os requerentes.
Portanto, apesar de o IP ser sigiloso, o defensor do investigado tem acesso
amplo aos elementos já documentados (já anexados ao procedimento), tornando o
item da questão correto.

4. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal

Julgue o seguinte item, a respeito de suspeição e impedimento no âmbito do processo


penal.

O fato de não ser cabível a oposição de exceção de suspeição à autoridade policial na


presidência do IP faz, por consequência, que não sejam cabíveis as hipóteses de suspeição
em investigação criminal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
A autoridade policial deve atuar com imparcialidade e DEVE se declarar suspeita
quando houver motivo legal. Entretanto, se a própria autoridade não se declarar
suspeita, a parte não poderá arguir a suspeição, conforme o CPP.
CPP: Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos
do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
Como se vê, ao contrário do enunciado da questão, existem sim hipótese de
suspeição em investigação criminal quando o próprio Delegado de Polícia se declara
suspeito, o que torna o item da questão incorreto.

5. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPU Prova: Analista do MPU - Direito

Em relação a inquérito policial, ação penal e competência, julgue o próximo item, de


acordo com o entendimento da doutrina majoritária e dos tribunais superiores.

Denúncia anônima sobre fato grave de necessária repressão imediata é suficiente para
embasar, por si só, a instauração de inquérito policial para rápida formulação de pedido
de quebra de sigilo e de interceptação telefônica.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
DELATIO CRIMINIS é a COMUNICAÇÃO do fato criminoso à autoridade policial.
Para ficar fácil a compreensão, imagine que você fez um Concurso Público, obteve a
aprovação e está aguardando a nomeação. Aí eu acordo bem cedo, pesquiso na
internet e o seu nome está lá!
Pegaaaaaa! Imediatamente eu ligo para te dar conhecimento do fato.
No caso, eu (Rilu) fiz uma DELATIO (comuniquei) e você recebeu uma NOTITIA
(tomou conhecimento). Ficou fácil, né!? A Delatio Criminis pode ser:
Delatio criminis simples: comunicação realizada por qualquer pessoa do
povo, na forma do art. 5º, §3º, CPP.

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Art. 5º(...) §3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência
de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito,
comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações,
mandará instaurar inquérito.
Delatio criminis postulatória: comunicação realizada pelo ofendido nos
crimes de ação penal privada ou pública condicionada.
Delatio criminis inqualificada: quando a comunicação é feita sem
identificação, através do anonimato (delação apócrifa).
Nesse caso, considerando a vedação constitucional ao anonimato, a autoridade
policial verificará a procedência ou não das informações e, se realmente houver
embasamento, instaurará o IP.
Podemos afirmar que o IP não pode ser instaurado com base exclusiva (por si
só) em denúncia anônima.
Interessante observar que o STJ já decidiu que, no caso da delatio criminis
inqualificada, o IP poderá ser instaurado quando o documento em questão (denúncia
anônima) tiver sido produzido pelo próprio acusado ou constituir o próprio corpo de
delito.
Portanto, o item está incorreto.

6. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia

Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos e às


garantias constitucionais.

No âmbito do inquérito policial, cuja natureza é inquisitiva, não se faz necessária a


aplicação plena do princípio do contraditório, conforme a jurisprudência dominante.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
De fato, a natureza do IP é inquisitiva, pois ainda não há acusação e, assim, a
pessoa não pode ser chamada de acusada.
O agente é investigado ou indiciado, conforme o caso.
O processo ainda não teve início e, por tal motivo, não há o direito ao
contraditório e nem à ampla defesa de forma plena.
Observe que a CF/88 garante os princípios no PROCESSO, mas o IP é um
procedimento.
Por conta da ausência de contraditório, o valor probatório das provas obtidas
no IP é reduzido. Apesar disso, o investigado ou indicado pode constituir defensor (é
uma faculdade) e requerer algumas diligências, que serão realizadas ou não pela
autoridade policial.
Assim, o item da questão está corretíssimo.

7. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia
Federal

Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.

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Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.

O inquérito instaurado contra José é procedimento de natureza administrativa, cuja


finalidade é obter informações a respeito da autoria e da materialidade do delito.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
O IP tem natureza administrativa, pois não é uma fase do processo (ele é pré-
processual) e é chefiado por uma autoridade administrativa (Delegado de Polícia).
Trata-se de investigação composta por uma série de diligências realizadas pela Polícia
Judiciária para apurar a autoria e materialidade de uma infração penal.
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território
de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e
da sua autoria.
Portanto, item correto.

8. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Papiloscopista

Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo de um veículo,


um traficante disparou um tiro contra agente policial federal que estava em missão em
unidade fronteiriça. Após troca de tiros, outros agentes prenderam o traficante em
flagrante, conduziram-no à autoridade policial local e levaram o colega ferido ao hospital
da região.
Nessa situação hipotética,

ao tomar conhecimento do homicídio, cuja ação penal é pública incondicionada, a


autoridade policial terá de instaurar o inquérito de ofício, o qual terá como peça
inaugural uma portaria que conterá o objeto de investigação, as circunstâncias
conhecidas e as diligências iniciais que serão cumpridas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
As infrações penais podem ser de Ação Penal Pública (titular é o MP e pode ser
Incondicionada ou Condicionada) ou de Ação Penal Privada (titular é o Ofendido).
Quando se tratar de Ação Penal Pública Incondicionada, como é o caso do
Homicídio, a autoridade policial deve instaurar DE OFÍCIO o IP, ou seja,
independentemente de pedido.
Nessa situação, será expedido um documento chamado Portaria, que conterá o
objeto de investigação, as circunstâncias conhecidas e as diligências iniciais que
serão cumpridas.
Portanto, o item está correto.

9. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia

Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva
a ser julgada com relação à competência para requerer o arquivamento de autos de IP e
às consequências da promoção desse tipo de arquivamento.

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Requerido pelo procurador-geral da República o arquivamento de IP, os autos foram


encaminhados ao STF, órgão com competência originária para o processamento e o
julgamento da matéria sob investigação, para as providências cabíveis. Nessa situação, o
pedido do procurador-geral da República não estará sujeito a controle jurisdicional,
devendo ser atendido.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Quando o crime for de ação penal pública, com é o caso do roubo, cabe ao MP
protocolar em Juízo uma petição, chamada de Denúncia, com o pedido de aplicação
de pena ao acusado.
No entanto, caso o MP entenda que não tem elementos suficientes para oferecer
a denúncia, ele fará um pedido para que o Juízo determine o arquivamento do IP. O
pedido deve ser fundamentado e incluirá todos os fatos investigados.
Caso o Juízo discorde do MP por entender que não é o caso de arquivamento,
remeterá os autos ao Chefe do MP (Procurador Geral). A autoridade máxima do MP
decidirá se mantém ou não o requerimento de arquivamento.
Se entender que a denúncia deve ser oferecida, o próprio Procurador Geral fará,
ou então, designará outro membro do MP para que faça (ele tem que cumprir a
determinação). Convencendo-se que o caso é de arquivamento, ele insistirá e o Juízo
terá que acatar, arquivando o IP.
CPP: Art. 28 (texto em vigor até a decisão definitiva da ADI 6.298). Se o
órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no
caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou
peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará
outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de
arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
Nos casos de competência originária do STF ou do STJ, não se aplica o disposto
no art. 28 do CPP, pois quem atua perante o STJ ou o STF é o próprio Procurador
Geral da República (Chefe do MPU) ou um Subprocurador-Geral da República por
delegação do PGR, de maneira que não seria cabível reapreciação do pedido de
arquivamento pelo próprio PGR.
Se o PGR requereu o arquivamento da investigação, não teria lógica o STF (ou
STJ) discordar do pedido e remeter de volta para análise pelo próprio PGR. Nessa
situação, o pedido do PGR não estará sujeito a controle jurisdicional, devendo ser
atendido.
Nos crimes de ação penal privada, após a conclusão do IP, os autos serão
enviados ao Juízo para que o ofendido ou seu representante legal apresente Queixa-
Crime (petição inicial na ação privada) no prazo decadencial de 6 (seis) meses.
Escoado o prazo legal sem a iniciativa do ofendido, a decadência será reconhecida.
Portanto, o item está correto.

10. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: EBSERH Prova: Advogado

Quanto ao inquérito policial, à ação penal, às regras de fixação de competência e às


disposições processuais penais relacionadas aos meios de prova, julgue o item a seguir.

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A denúncia anônima de fatos graves, por si só, impõe a imediata instauração de inquérito
policial, no âmbito do qual a autoridade policial deverá verificar se a notícia é
materialmente verdadeira.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
No caso de existir uma Delatio criminis inqualificada: quando a comunicação é
feita sem identificação, através do anonimato (delação apócrifa), considerando a
vedação constitucional ao anonimato, a autoridade policial verificará a procedência
ou não das informações e, se realmente houver embasamento, instaurará o IP.
Podemos afirmar que o IP não pode ser instaurado com base exclusiva (por si
só) em denúncia anônima.
Portanto, o item está incorreto.

11. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário -
Administrativa

A respeito dos procedimentos de investigação, julgue o item que se segue.

Notitia criminis é o meio pelo qual a vítima de delito ou o seu representante legal
manifesta sua vontade a respeito da instauração do inquérito policial e do posterior
oferecimento de denúncia, nas hipóteses de ação penal pública condicionada.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
A questão sobre o conceito de delatio criminis postulatória e não notitia criminis,
daí o motivo de o item estar incorreto.
NOTITIA CRIMINIS é o CONHECIMENTO de um fato criminoso pela autoridade
policial, que pode ser pela internet, comunicação de qualquer pessoa do povo e etc.
Pode ser classificada da seguinte forma:
Notitia criminis de cognição imediata ou direta: quando a própria autoridade
policial, através de suas atividades rotineiras, toma conhecimento do fato criminoso.
Notitia criminis de cognição mediata ou indireta: na hipótese em que o
conhecimento ocorre através de terceiros, como no caso de requerimento do ofendido
com dados do fato criminoso.
Notitia criminis de cognição coercitiva = na hipótese da prisão em flagrante.

12. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário

No que se refere aos tipos de prisão e aos meios processuais para assegurar a liberdade,
julgue o seguinte item.

Situação hipotética: Pedro teve a prisão temporária decretada no curso de uma


investigação criminal. Ao final de cinco dias, o Ministério Público requereu a conversão
de sua segregação em prisão preventiva.

Assertiva: Nessa situação, o prazo para o término do inquérito policial será contado da
data em que a prisão temporária tiver sido convertida em prisão preventiva.
Certo ( ) Errado ( )

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GABARITO: CERTO
O prazo para conclusão do IP, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
estiver preso preventivamente, será de 10 (dez) dias, contados a partir do dia em
que se executar a ordem de prisão. Se ele estiver solto, mediante fiança ou sem ela,
o prazo será de 30 (trinta) dias.
Importante observar que, no caso de decretação de prisão temporária e, em
seguida, convertida em prisão preventiva, o prazo para conclusão do inquérito é
contado da data em que a prisão temporária tiver sido convertida em prisão
preventiva, pois o art. 10, caput, do CPP, não faz menção à prisão temporária.
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver
sido preso em FLAGRANTE, ou estiver preso PREVENTIVAMENTE, contado o prazo,
nesta hipótese, a partir do dia em que se EXECCUTAR A ORDEM DE PRISÃO, ou no
prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
Assim, apesar de causas estranheza, está correto segundo o CPP.

13. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: Oficial Técnico de Inteligência

A respeito do inquérito policial, julgue o item seguinte.

A autoridade policial poderá instaurar inquérito policial de ofício nos crimes cuja ação
penal seja de iniciativa privada.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Em crimes de ação penal de iniciativa privada, a autoridade policial NÃO PODE
instaurar o IP de ofício.
Nas ações penais privadas (cabíveis, por exemplo, nos crimes de Calúnia,
Injúria simples e Difamação), a autoridade policial não pode instaurar o IP de oficio,
pois depende de requerimento de quem tem qualidade para intentá-la. Em caso de
falecimento da vítima, o CADI (Cônjuge, Ascendente, Descendente ou Irmão) poderá
apresentar o requerimento.
Art. 5º(...) §5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente
poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-
la.
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por
decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Portanto, o item está incorreto.

14. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Oficial de Justiça
Avaliador Federal

A respeito de inquérito policial, julgue o item subsequente.

Apesar de se tratar de procedimento inquisitorial no qual não se possa exigir a plena


observância do contraditório e da ampla defesa, a assistência por advogado no curso do
inquérito policial é direito do investigado, inclusive com amplo acesso aos elementos de
prova já documentados que digam respeito ao direito de defesa.
Certo ( ) Errado ( )

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GABARITO: CERTO
Sobre a presença de advogado no interrogatório realizado na fase do inquérito
policial, prevalece o entendimento de que o indiciado deve ser alertado sobre seu
direito à presença de advogado. Entretanto, caso queira ser ouvido sem a presença
do advogado, não haverá nulidade. A regra é que deve ser possibilitado ao indiciado,
ter seu advogado presente no ato de seu interrogatório policial, tratando-se de um
direito.
Além disso, a defesa tem amplo acesso aos elementos de prova já
documentados que digam respeito ao direito de defesa, segundo a Súmula Vinculante
14 do STF.
SV 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo
aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício
do direito de defesa.
Portanto, item correto.

15. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário -
Área Administrativa

Acerca do inquérito policial, julgue o próximo item.

Apenas no caso em que o investigado estiver preso preventivamente, o inquérito policial


deverá se encerrar em até dez dias, contados a partir do dia subsequente à execução da
ordem de prisão.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Há dois erros no item. Primeiro, na expressão APENAS, pois o art. 10, caput,
do CPP também cita a prisão em flagrante. Além disso, o prazo para conclusão é
contado do dia em que EXECUTADAR o ordem de prisão e não no dia subsequente.
CPP: Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado
tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo,
nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo
de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
Item incorreto.

16. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário -
Área Administrativa

Acerca do inquérito policial, julgue o próximo item.

Membro do Ministério Público que participe, ativamente, do curso da investigação


criminal não poderá oferecer denúncia, devendo, ao final do inquérito policial,
encaminhar os documentos cabíveis para outro membro do parquet, que decidirá acerca
do oferecimento ou não de denúncia.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Na questão, a banca exigiu o conhecimento da Súmula 234 do STJ.

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SÚMULA 234 do STJ - A Participação de membro do Ministério Público na fase


investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o
oferecimento da denúncia.
Como se vê, o membro do MP não precisa encaminhar os documentos para
outro membro. Ele mesmo praticará o ato por não haver impedimento e nem
suspeição no caso.
Portanto, item incorreto.

17. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público Federal

A respeito de coisa julgada e inquérito policial, julgue o item a seguir.

Situação hipotética: Lino foi indiciado por tentativa de homicídio. Após remessa dos
autos ao órgão do MP, o promotor de justiça requereu o arquivamento do inquérito em
razão da conduta de Lino ter sido praticada em legítima defesa, o que foi acatado pelo
juízo criminal competente. Assertiva: Nessa situação, de acordo com o STF, o ato de
arquivamento com fundamento em excludente de ilicitude fez coisa julgada formal e
material, o que impossibilita posterior desarquivamento pelo parquet, ainda que diante
da existência de novas provas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
A decisão de arquivamento do IP, em regra, não faz coisa julga material, pois
a autoridade policial pode realizar novas diligências, com base em OUTRAS PROVAS
(novas). Aí teríamos o desarquivamento do IP.
Mas apenas para análise de novas provas, pois os elementos analisados
anteriormente não foram suficientes para o prosseguimento da persecução penal.
CPP: Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade
judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a
novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
Súmula 524 do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a
requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas
provas.
Para haver o desarquivamento do IP basta a existência de NOTÍCIA de novas
provas.
De acordo com a doutrina, há duas espécies de provas novas que podem gerar
o desarquivamento do IP:
Substancialmente novas: são as inéditas, desconhecidas até então, porque
ocultas, ou ainda inexistentes. Será uma prova nova, por exemplo, a arma do crime,
até então escondida, contendo a impressão digital do acusado, seja encontrada
posteriormente;
Formalmente novas: as que já são conhecidas e até mesmo foram utilizadas
pelo Estado, mas que ganham nova versão, como, por exemplo, uma testemunha
que já havia sido inquirida, mas que altera sua versão porque fora ameaçada quando
do primeiro depoimento.
Todavia, existem exceções, casos em que o arquivamento fará coisa julgada
material e, assim, as investigações não poderão ser retomadas, vedando-se o
desarquivamento. Mesmo que o Juiz seja absolutamente incompetente, são
incabíveis novas diligências nos casos abaixo:

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Arquivamento por ATIPICIDADE da conduta = não tem sentido desarquivar


o IP para apurar novamente um fato que não é típico. Se, por exemplo, houver
arquivamento judicial com base no princípio da insignificância, não poderá ocorrer
reabertura das investigações. Da mesma, já pensou em desarquivar um IP para
apurar um adultério? Não pode! Não pode ocorrer o adultério (rsrs) e nem a
reabertura de investigações, mesmo diante de novas provas.
Arquivamento pela EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE = Nas hipóteses previstas
no art. 107 do CP, a decisão judicial de arquivamento do IP faz coisa julgada material,
salvo na hipótese extinção da punibilidade por morte do agente e que,
posteriormente, descubra-se que a certidão de óbito era falsa e a pessoa não estava
morta (caso em que as investigações podem ser reabertas e desarquivado o IP).
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação
privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII e VIII - (Revogados pela Lei nº 11.106, de 2005)
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Arquivamento em face das EXCLUDENTES DE ILICITUDE ou CULPABILIDADE
= Aqui não é um ponto pacífico na doutrina e jurisprudência. E a questão bateu neste
ponto.
O STF já decidiu que o arquivamento do IP motivado pelas excludentes de
ilicitude ou culpabilidade não faz coisa julgada material e, por conseguinte, não
impede a reabertura das investigações, logo, o item da questão está incorreto.
O STJ, por sua vez, decidiu, pela 6ª Turma, que, “a par da atipicidade da
conduta e da presença de causa extintiva da punibilidade, o arquivamento de
inquérito policial lastreado em circunstância excludente de ilicitude também produz
coisa julgada material.”
Então sempre observe qual é o entendimento que a banca está perguntando.

18. Ano: 2015 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: Analista Judiciário - Judiciária

Com relação ao inquérito policial e à ação penal, julgue o item que se segue.

A doutrina e a jurisprudência majoritárias admitem o denominado arquivamento


implícito, que consiste no fato de o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público por
apenas alguns dos crimes imputados ao indiciado impedir que os demais sejam objeto de
futura ação penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Apesar de não haver previsão legal, a DOUTRINA fala sobre o ARQUIVAMENTO
IMPLICITO, que ocorre nos casos em que o MP oferece denúncia contra apenas algum
ou alguns dos investigados, ou ainda, em relação a apenas alguns fatos.

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Com relação aos demais indiciados e fatos, entende-se que ocorreu o


arquivamento, não de forma expressa, mas implicitamente.
O STF, contudo, não acata a teoria do arquivamento implícito por inexistência
de previsão legal, ou seja, ao contrário do que consta no item, não existe
jurisprudência majoritário aceitando o instituto.
Portanto, item incorreto.

19. Ano: 2015 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: AGU Prova: Advogado da União

Ao receber uma denúncia anônima por telefone, a autoridade policial realizou diligências
investigatórias prévias à instauração do inquérito policial com a finalidade de obter
elementos que confirmassem a veracidade da informação. Confirmados os indícios da
ocorrência de crime de extorsão, o inquérito foi instaurado, tendo o delegado requerido
à companhia telefônica o envio de lista com o registro de ligações telefônicas efetuadas
pelo suspeito para a vítima. Prosseguindo na investigação, o delegado, sem autorização
judicial, determinou a instalação de grampo telefônico no telefone do suspeito, o que
revelou, sem nenhuma dúvida, a materialidade e a autoria delitivas. O inquérito foi
relatado, com o indiciamento do suspeito, e enviado ao MP.

Nessa situação hipotética, considerando as normas relativas à investigação criminal, são


nulos os atos de investigação realizados antes da instauração do inquérito policial, pois
violam o princípio da publicidade do procedimento investigatório, bem como a obrigação
de documentação dos atos policiais.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
No Brasil, como regra, vale o princípio do livre convencimento motivado,
também chamado de persuasão racional.
Assim, cabe ao Juízo, de acordo com o caso concreto, a valoração das provas.
Ele é livre para decidir o peso que cada prova tem, ou seja, não existe hierarquia
entre elas. O magistrado pode, inclusive, utilizar elementos colhidos na fase
investigatória. O que não pode é fundamentar a decisão EXCLUSIVAMENTE em
provas obtidas no IP.
Por que Rilu?
É que as provas do IP são produzidas sem a obrigatoriedade do contraditório e
da ampla defesa.
CPP: Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as
provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
O valor probatório do inquérito policial, como regra, é considerado relativo,
entretanto, nada obsta que o Juízo ABSOLVA o réu por decisão fundamentada
exclusivamente em elementos informativos colhidos na investigação. Condenar não!
Além disso, considerando a natureza administrativa do IP, irregularidades na
fase de investigação não geram nulidade do processo.
Portanto, item incorreto.

20. Ano: 2014 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: Analista
Legislativo - Consultor Legislativo

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No que diz respeito ao sistema penitenciário e à legislação penal e processual penal


aplicada à segurança pública, julgue o item seguinte.

Em investigação demandada à autoridade policial para apurar crime de ação pública, se


houver indeferimento de abertura de inquérito, o recurso deverá ser destinado ao chefe
de polícia.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
O próprio ofendido ou, conforme o caso, o seu representante legal, pode
requerer a instauração do IP, fazendo constar, sempre que possível, os requisitos
previstos no art. 5º, §1º, CPP.
Requerimento é diferente de Requisição (ordem). Assim, se não houver
elementos suficientes, o pedido do ofendido pode ser indeferido pela autoridade
policial. Imagine, por exemplo, a hipótese de pedido para investigação de um
adultério, que não é crime, caso claro de indeferimento. Caso ocorra o indeferimento,
cabe recurso para o Chefe de Polícia.
E quem é o Chefe de Polícia, Rilu?
Depende da Unidade da Federação, em algumas é o Secretário de Segurança
Pública e em outras é o Delegado Geral de Polícia. Para questões do CPP, siga a
norma (Chefe de Polícia).
Art. 5º (...) §1º O requerimento a que se refere o n. II conterá sempre que
possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de
convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de
impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
§2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá
recurso para o chefe de Polícia.

21. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Analista Judiciário - Direito

Julgue o próximo item, relativos a citação, intimação, nulidade, interceptação telefônica e


prazos processuais.

Não havendo autorização do juízo competente, a interceptação de comunicações


telefônicas será prova ilícita.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
O STF entende que a prova obtida por interceptação telefônica decretada por
juízo incompetente é ilícita, ainda que o ato seja indispensável para salvaguardar o
objeto da persecução penal.
Da mesma forma é aquela obtida sem autorização judicial, exigências previstas
pela Constituição Federal e pela Lei n° 9.296/96.
Portanto, item correto.

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22. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário

Com relação a provas, julgue o próximo item.

O depoimento de policial em juízo é dotado de fé pública, exceção de prova tarifada


dentro do sistema adotado no processo penal brasileiro da persuasão racional do juiz.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
De fato, o depoimento de policial, na qualidade de testemunha, possui
presunção relativa de veracidade, mas não se trata de sistema de prova tarifada.
Cabe ao Juiz, no caso concreto, dar o valor que entender.
Não existe valor probatório definido (mais forte ou menos forte) para o
depoimento policial, mesmo que um agente de segurança pública afirme a autoria do
crime pelo réu, o Juiz pode proferir sentença absolutória com base em outras provas
constantes nos autos.
O CPP, para a apreciação da prova, adotou o sistema da livre convicção ou
persuasão racional.
Portanto, item incorreto.

23. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário

Com relação a provas, julgue o próximo item.

Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se beneficiarem
o réu
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Em busca da Verdade Real dos fatos, a Doutrina admite, de forma excepcional,
para evitar condenações injustas, a utilização de provas obtivas por meios ilícitos em
benefício do réu, desde que se trate da única forma de se provar a inocência.

24. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário

Jaime foi preso em flagrante por ter furtado uma bicicleta havia dois meses. Conduzido à
delegacia, Jaime, em depoimento ao delegado, no auto de prisão em flagrante, confessou
que era o autor do furto. Na audiência de custódia, o Ministério Público requereu a
conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, sob o argumento da gravidade
abstrata do delito praticado. No entanto, após ouvir a defesa, o juiz relaxou a prisão em
flagrante, com fundamento de que não estava presente o requisito legal da atualidade do
flagrante, em razão do lapso temporal de dois meses entre a consumação do crime e a
prisão do autor. Dias depois, em nova diligência no inquérito policial instaurado pelo
delegado para apurar o caso, Jaime, já em liberdade, retratou-se da confissão, alegando
que havia pegado a bicicleta de Abel como forma de pagamento de uma dívida. Ao ser
ouvido, Abel confirmou a narrativa de Jaime e afirmou, ainda, que registrou boletim de
ocorrência do furto da bicicleta em retaliação à conduta de Jaime, seu credor. Por fim, o
juiz competente arquivou o inquérito policial a requerimento de membro do Ministério
Público, por atipicidade material da conduta, sob o fundamento de ter havido

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entendimento mútuo e pacífico entre Jaime e Abel acerca da questão, nos termos do
relatório final produzido pelo delegado.
A respeito da situação hipotética precedente, julgue o item a seguir.

O relaxamento da prisão em flagrante de Jaime implica, por derivação, a ilicitude das


provas produzidas diretamente em decorrência do flagrante.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Ora, se a prisão foi ilegal, as provas obtidas em decorrência dela também serão
ilegais, conforme se vê do art. 157, §1º do CPP, existindo uma relação de
prejudicialidade.
Art. 157 (...)§ 1o do CPP: São também inadmissíveis as provas derivadas das
ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou
quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
Além disso, a prisão ilegal deve ser relaxada pelo juiz.

25. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão

João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende,
clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade
brasileira.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.

A busca no depósito onde estão armazenados os cigarros contrabandeados será


precedida da expedição de um mandado de busca e apreensão, que deverá incluir vários
itens, sendo imprescindíveis apenas a indicação precisa do local da diligência e a
assinatura da autoridade que expedir esse documento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
O erro do item foi afirmar que são imprescindíveis APENAS a indicação precisa
do local da diligência e a assinatura da autoridade que expedir o mandado de busca
e apreensão, pois existem outros requisitos previstos no art. 243 do CPP (o que se
está procurando etc).
Art. 243. O mandado de busca deverá:
I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a
diligência e o nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca
pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;
II - mencionar o motivo e os fins da diligência;
III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
§1o Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do mandado de
busca.
§2o Não será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do
acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de delito.

26. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia

Acerca da prova no processo penal, julgue o item a seguir.

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Por força do princípio da verdade real, se uma autoridade policial determinar que um
indiciado forneça material biológico para a coleta de amostra para exame de DNA cujo
resultado poderá constituir prova para determinar a autoria de um crime, o indiciado
estará obrigado a cumprir a determinação.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
O principio da vedação à autoincriminação, também conhecido como nemo
tenetur se detegere, visa impedir que o Estado imponha ao acusado algum dever que
coloque em risco o direito de não produzir provas prejudiciais a si próprio.
É por ele que as pessoas podem se recusar a fazer o teste do bafômetro. Apesar
disso, não existe impedimento para que a própria pessoa produza a prova de forma
voluntária.
O dever de provar a existência do fato típico é da acusação. Não é o réu que
precisa provar a sua inocência. Em face do princípio, existe o Direito ao Silêncio, a
Ampla Defesa e a Presunção da Inocência. Veja o texto constitucional:
Art. 5º (...) LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
Outra consequência é que o réu não pode ser obrigado a participar ativamente
da produção de prova. Não está obrigado a fornecer escrita para exame de caligrafia,
não está obrigação a participar da reprodução simulada dos fatos. Há, ainda, o direito
de não se submeter a qualquer procedimento invasivo (exame de sangue e etc.)
No entanto, ele pode ser obrigado a participar do ato de reconhecimento
(situação em que o suspeito fica parado para que a vítima o reconheça ou não como
infrator), pois não há uma participação ativa dele. Trata-se apenas e uma cooperação
passiva e, assim, é obrigatória. A identificação pessoal (dados qualitativos) quando
solicitada ou exigida por autoridade policial também é obrigatória, não podendo ser
negada pela pessoa (o direito ao silêncio é sobre os fatos objeto da suspeita ou
acusação). A identificação datiloscopia, quando for o caso, também é obrigatória

27. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público Federal

Acerca dos sistemas de apreciação de provas e da licitude dos meios de prova, julgue o
item subsequente.

Embora o ordenamento jurídico brasileiro tenha adotado o sistema da persuasão


racional para a apreciação de provas judiciais, o CPP remete ao sistema da prova tarifada,
como, por exemplo, quando da necessidade de se provar o estado das pessoas por meio
de documentos indicados pela lei civil.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Como regra, o CPP adotou o sistema do LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO
para efeito de valoração das provas, pelo que não há hierarquia entre as provas e o
juiz decide da maneira que lhe bem entender.
Excepcionais, temos casos de Prova Tarifada, como é o caso da certidão de
casamento para se comprovar que é casado, não bastando a mera palavra. Da
mesma forma é a certidão de óbito.

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No sistema da prova tarifada, a lei estabelece o valor de cada prova, não


possuindo o juiz discricionariedade para decidir contra a previsão legal expressa.
Portanto, o item está correto.

28. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Assistente Judiciário

Acerca de prisão, medidas cautelares e liberdade provisória, julgue o item subsecutivo.

A prisão em flagrante do autor de crime de ação penal pública condicionada à


representação substitui a necessidade de manifestação do ofendido para instauração de
inquérito policial.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Nos crimes de ação penal pública, pode sim ocorrer a prisão em flagrante. No
entanto, a instauração do IP exige manifestação do ofendido.
Não há impedimento legal para a captura do agente e condução coercitiva à
autoridade policial diante de crime de ação penal pública, mas a lavratura do Auto
de Prisão em Flagrante necessita da manifestação do ofendido.
CPP: Art. 4 (...) §4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender
de representação, não poderá sem ela ser iniciado.

29. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: Defensor Público

Valter, preso em flagrante por suposta prática de furto simples, não pagou a fiança
arbitrada pela autoridade policial, tendo permanecido preso até a audiência de custódia,
realizada na manhã do dia seguinte a sua prisão.
A partir dessa situação hipotética, julgue o seguinte item.A partir dessa situação
hipotética, julgue o seguinte item.

Na audiência de custódia, ao entrevistar Valter, o juiz deverá abster-se de formular


perguntas com a finalidade de produzir provas sobre os fatos objeto do auto da prisão
em flagrante, mas deverá indagar acerca do tratamento recebido nos locais por onde o
autuado passou antes da apresentação à audiência, questionando sobre a ocorrência de
tortura e maus tratos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
No máximo em até 24h após a realização da prisão em flagrante, o juiz deverá
promover a audiência de custódia, a fim de que ele possa ouvir o preso, tendo contato
direito com ele e decidir se a prisão é legal ou ilegal, converter o flagrante em prisão
preventiva, conceder liberdade provisória, verificação de excessos na prisão etc.
Na audiência de custódia, ao entrevistar o preso, o juiz deverá abster-se de
formular perguntas com a finalidade de produzir provas sobre os fatos objeto do auto
da prisão em flagrante, mas deverá indagar acerca do tratamento recebido nos locais
por onde o autuado passou antes da apresentação à audiência, questionando sobre
a ocorrência de tortura e maus tratos.

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A autoridade que der causa, sem motivação idônea, à não realização da


audiência de custódia no prazo legal responderá administrativa, civil e penalmente
pela omissão.

30. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal

Com relação aos meios de prova e os procedimentos inerentes a sua colheita, no âmbito
da investigação criminal, julgue o próximo item.

A entrada forçada em determinado domicílio é lícita, mesmo sem mandado judicial e


ainda que durante a noite, caso esteja ocorrendo, dentro da casa, situação de flagrante
delito nas modalidades próprio, impróprio ou ficto.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Respeitadas as regras da inviolabilidade domiciliar (art. 5º, XI, CF/88), a prisão
poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora.
Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de
resistência ou de tentativa de fuga do preso.
A situação de flagrante delito autoriza o ingresso na residência para efetuar a
prisão mesmo que o morador não autorize.
As demais prisões, no entanto, em face da dependência de autorização judicial,
podem ser realizadas a qualquer dia e hora, mas se o morador não autorizar o
ingresso para a realização do ato, somente durante o dia poderá haver ingresso
forçado.
CF/88: Art. 5º (...)XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito
ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
CPP: Art. 283 (...) §2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a
qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso
de resistência ou de tentativa de fuga do preso.
Observe que o art. 283, §2º, do CPP estabelece que, no cumprimento do
mandado de prisão, deverão ser respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade
do domicílio, nada falando de outros impedimentos (liberdade de culto e ao respeito
aos mortos). Assim, o mandado poderá ser cumprido mesmo quando o destinatário
estiver contraindo casamento, frequentando culto religioso, velório etc.
Se o indiciado ou réu se encontrar em alguma casa, o executor da prisão
intimará o morador a entrega-lo.
O não atendimento da intimação, resultará em:
DURANTE O DIA: convocação de 2 testemunhas e ingresso à força na casa
com arrombamento de portas, se necessário.
DURANTE A NOITE: fará guardar todas as saídas, tornando a casa
incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão.
Lembrando que, na forma do art. 5º, XI, da CF/88, a prisão em flagrante pode ser
efetuada mesmo sem autorização do morador.
Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou
ou se encontra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da

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ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor convocará duas


testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso;
sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará
guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça,
arrombará as portas e efetuará a prisão.
Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua
casa será levado à presença da autoridade, para que se proceda contra ele como for
de direito.
Art. 294. No caso de prisão em flagrante, observar-se-á o disposto no artigo
anterior, no que for aplicável.
STF: RE 603616 - A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é
lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões,
devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre
situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do
agente ou da autoridade, e de nulidade dos atos praticados.

31. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal

Em decorrência de um homicídio doloso praticado com o uso de arma de fogo, policiais


rodoviários federais foram comunicados de que o autor do delito se evadira por rodovia
federal em um veículo cuja placa e características foram informadas. O veículo foi
abordado por policiais rodoviários federais em um ponto de bloqueio montado cerca de
200 km do local do delito e que os policiais acreditavam estar na rota de fuga do homicida.
Dada voz de prisão ao condutor do veículo, foi apreendida arma de fogo que estava em
sua posse e que, supostamente, tinha sido utilizada no crime.
Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item.

Durante o procedimento de lavratura do auto de prisão em flagrante pela autoridade


policial competente, o policial rodoviário responsável pela prisão e condução do preso
deverá ser ouvido logo após a oitiva das testemunhas e o interrogatório do preso.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Ao contrário do que consta na questão, o Policial dever ser o primeiro a ser
ouvido.
Após a oitiva do condutor e das testemunhas, a vítima, se possível, será ouvida
pela autoridade policial.
Em seguida realizar-se-á o interrogatório do preso.
A presença do defensor técnico é dispensável por ocasião da formalização do
auto de prisão em flagrante, desde que a autoridade policial informe ao preso os seus
direitos constitucionalmente garantidos.
Como se vê, a ordem de oitiva é a seguinte:
• 1º Condutor;
• 2º Testemunhas;
• 3º Vítima, se possível e
• 4º Interrogatório do preso.

32. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal

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Em decorrência de um homicídio doloso praticado com o uso de arma de fogo, policiais


rodoviários federais foram comunicados de que o autor do delito se evadira por rodovia
federal em um veículo cuja placa e características foram informadas. O veículo foi
abordado por policiais rodoviários federais em um ponto de bloqueio montado cerca de
200 km do local do delito e que os policiais acreditavam estar na rota de fuga do homicida.
Dada voz de prisão ao condutor do veículo, foi apreendida arma de fogo que estava em
sua posse e que, supostamente, tinha sido utilizada no crime.
Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item.

De acordo com a classificação doutrinária dominante, a situação configura hipótese de


flagrante presumido ou ficto.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Não adianta reclamar! Observe que em nenhum momento a banca falou que o
agente esta sendo PERSEGUIDO. A informação deve estar expressa na questão e o
candidato não pode ficar deduzindo.
No flagrante presumido (ou ficto), o agente não é perseguido, mas sim
LOCALIZADO (ENCONTRADO), ainda que casualmente, logo depois, na posse de
instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
É o caso de alguém que rouba um automóvel e, algumas horas depois, é parado
em uma blitz de rotina da polícia que constata a ocorrência do crime.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: (...)
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis
que façam presumir ser ele autor da infração.
Impróprio = Perseguido
Presumido = Encontrado

33. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia

Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.

Os agentes de polícia podem decidir, discricionariamente, acerca da conveniência ou não


de efetivar a prisão em flagrante de José.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
A prisão em flagrante não depende de autorização judicial, possuindo natureza
administrativa.
Segundo o CPP, as autoridades policiais e seus agentes DEVEM efetuar a prisão
de quem esteja em situação de flagrante delito, conhecida como FLAGRANTE
OBRIGATÓRIO (ou necessário), dada a natureza compulsória para eles, não existindo
discricionariedade, o que torna incorreto o item da questão.
Mas qualquer pessoa do pode PODE efetuar a prisão em flagrante, mesmo não
sendo agente de segurança pública. É o chamado FLAGRANTE FACULTATIVO. É muito

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comum a prisão em flagrante efetuada por seguranças de estabelecimentos


comerciais, por guardar noturnos, ou até mesmo pela vítima.
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

34. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão

João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende,
clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade
brasileira.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.

Se João for preso em flagrante e o escrivão estiver impossibilitado de proceder à


lavratura do auto de prisão, a autoridade policial poderá designar qualquer pessoa para
fazê-lo, desde que esta preste o compromisso legal anteriormente.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
É exatamente a informação contida no art. 305 do CPP.
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada
pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.

35. Ano: 2016 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPU Prova: Analista Técnico -
Administrativo

João, aproveitando-se de distração de Marcos, juiz de direito, subtraiu para si uma sacola
de roupas usadas a ele pertencentes. Marcos pretendia doá-las a instituição de caridade.
João foi perseguido e preso em flagrante delito por policiais que presenciaram o ato.
Instaurado e concluído o inquérito policial, o Ministério Público não ofereceu denúncia
nem praticou qualquer ato no prazo legal.
Considerando a situação hipotética descrita, julgue o item a seguir.

O prazo previsto para que a autoridade policial comunique a prisão de João ao juiz
competente é de cinco dias.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente, ao MP e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada.
CF/88: Art. 5º (...) LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à
pessoa por ele indicada;
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do
preso ou à pessoa por ele indicada.
O Auto de Prisão em Flagrante, em até 24h da realização da prisão, serão
encaminhado ao juiz competente. Se o autuado não informar nome de advogado,
será enviada cópia integral para a Defensoria.
Como se vê, não há este prazo de 5 dias, o que torna o item incorreto.

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