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Livro Eletrônico

Aula 03

Conhecimentos Específicos p/ PETROBRAS (Engenheiro de Produção)

Professores: Claudenir Brito, Erick Alves

09115580717 - Palmério Carvalho


Conhecimentos Específicos para Petrobras
Engenheiro de Produção:
Teoria e exercícios comentados
Prof. Erick Alves Aula 03

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AULA 03
Olá pessoal!

Na aula de hoje vamos falar sobre a Lei 12.813/2013, que dispõe


sobre o conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego do Poder
Executivo federal e impedimentos posteriores ao exercício do cargo ou
emprego.

Para completar o assunto, também veremos a Resolução 8/2003, da


Comissão de Ética Pública, que identifica situações que suscitam
conflito de interesses e dispõe sobre o modo de preveni-los.

Seguiremos o seguinte sumário:

SUMÁRIO

Conflito de Interesses no Serviço Público ............................................................................................................... 3


Consequências do conflito de interesses ................................................................................................................... 5
Disposições específicas para a alta Administração .............................................................................................. 5
Fiscalização e avaliação do conflito de interesses ................................................................................................ 8
Resolução nº 8/2003 da Comissão de Ética Pública ........................................................................................... 9
RESUMÃO DA AULA.............................................................................................................................................................. 18
Questões comentadas na aula ...................................................................................................................................... 19
Gabarito....................................................................................................................................................................................... 21

Aos estudos!

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CONFLITO DE INTERESSES NO SERVIÇO PÚBLIC O

A Lei 12.813/2013 dispõe sobre o “conflito de interesses no


exercício de cargo ou emprego do Poder Executivo Federal e
impedimentos posteriores ao exercício do cargo ou emprego”.
Conforme estabelece o art. 4º da referida lei, o ocupante de cargo
ou emprego no Poder Executivo federal deve agir de modo a prevenir
ou a impedir possível conflito de interesses e a resguardar informação
privilegiada1.
A Lei 12.813 conceitua conflito de interesses da seguinte forma:

Conflito de interesses: situação gerada pelo confronto entre


interesses públicos e privados, que possa comprometer o interesse
coletivo ou influenciar, de maneira imprópria, o desempenho da função
pública.

Em suma, existirá conflito de interesses no desempenho da função


pública sempre que interesses públicos e privados estiverem contrapostos
e a situação puder levar ao menosprezo ou à completa desconsideração
do interesse coletivo.
Além da definição genérica apresentada acima, a Lei 12.813/2013
apresenta um rol (não taxativo) de situações que configuram conflito de
interesses no exercício do cargo ou emprego, a saber (art. 5º):
 Divulgar ou fazer uso de informação privilegiada, em proveito próprio ou
de terceiro, obtida em razão das atividades exercidas;

 Exercer atividade que implique a prestação de serviços ou a manutenção


de relação de negócio com pessoa física ou jurídica que tenha interesse
em decisão do agente público ou de colegiado do qual este participe;

 Exercer, direta ou indiretamente, atividade que em razão da sua natureza


seja incompatível com as atribuições do cargo ou emprego,
considerando-se como tal, inclusive, a atividade desenvolvida em áreas
ou matérias correlatas;

 Atuar, ainda que informalmente, como procurador, consultor, assessor ou


intermediário de interesses privados nos órgãos ou entidades da
administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

1A Lei 12.813/2013 define informação privilegiada como a que diz respeito a assuntos sigilosos ou
aquela relevante ao processo de decisão no âmbito do Poder Executivo federal que tenha repercussão
econômica ou financeira e que não seja de amplo conhecimento público.

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 Praticar ato em benefício de interesse de pessoa jurídica de que participe


o agente público, seu cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos
ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, e que possa ser
por ele beneficiada ou influir em seus atos de gestão;
 Receber presente de quem tenha interesse em decisão do agente público
ou de colegiado do qual este participe fora dos limites e condições
estabelecidos em regulamento; e

 Prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa cuja atividade seja


controlada, fiscalizada ou regulada pelo ente ao qual o agente público
está vinculado.

Todas essas condutas implicam conflito de interesses mesmo que o


agente público esteja em gozo de licença ou em período de
afastamento (art. 5º, parágrafo único).
Ademais, a ocorrência de conflito de interesses independe da
existência de lesão ao patrimônio público, bem como do recebimento
de qualquer vantagem ou ganho pelo agente público ou por terceiro
(art. 4º, §2º).
Além das situações que configuram conflito de interesses no exercício
do cargo ou emprego, vistas acima, a Lei 12.813 também prevê uma
situação de conflito que pode ocorrer mesmo após o exercício do cargo
ou emprego, qual seja, divulgar ou fazer uso, a qualquer tempo, de
informação privilegiada obtida em razão das atividades exercidas (art. 6º,
I).
A norma se aplica, por exemplo, a alguém que tenha passado à
condição de ex-servidor porque foi exonerado, de ofício ou a pedido, ou à
situação de inativo em razão de aposentadoria e que faça uso, em
proveito pessoal, de informações privilegiadas obtidas quando estava no
exercício do cargo ou emprego.
No caso de dúvida sobre como prevenir ou impedir situações que
configurem conflito de interesses, o agente público deverá consultar a
Comissão de Ética Pública, no caso das autoridades da alta
Administração Federal (listadas no art. 2º, incisos I a V), ou a
Controladoria-Geral da União, no caso dos demais agentes públicos
(art. 4º, §1º).

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CONSEQUÊNCIAS DO CONFLITO DE INTERESSES

O agente público que praticar os atos que configuram conflito de


interesses incorre em improbidade administrativa, devendo ser punido
nos termos da Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa).
A princípio, o conflito de interesses é enquadrado como “ato de
improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
Administração Pública”, o mais leve previsto na Lei de Improbidade.
Porém, havendo elementos comprobatórios, nada impede que a conduta
seja enquadrada como um ato de improbidade mais grave (que acarreta
enriquecimento ilícito ou que causa prejuízo ao erário) (art. 12).
Sem prejuízo do enquadramento na Lei de Improbidade e da
imposição de outras sanções cabíveis, fica o agente público que se
encontrar em situação de conflito de interesses sujeito à aplicação da
penalidade disciplinar de demissão (prevista no art. 127, III e no
art. 132 da Lei 8.112), ou medida equivalente (art. 12, parágrafo
único).

Sanções da Lei de Improbidade Administrativa

Conflito de interesses
Demissão ou medida equivalente
pode acarretar

Outras sanções cabíveis

DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA A ALTA ADMINISTRAÇÃO

As disposições da Lei 12.813 vistas até aqui – que são as mais


importantes da norma – estendem-se a todos os agentes públicos no
âmbito do Poder Executivo Federal, abrangendo servidores
estatutários e empregados celetistas.
Porém, algumas partes da Lei são aplicáveis apenas a agentes
políticos e a autoridades da alta Administração Federal (que são os gentes
listados nos quatro primeiros itens abaixo), e também a agentes que
tenham acesso a informações privilegiadas (último item), quais sejam:

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 Ministro de Estado;

 Ocupantes de cargos de natureza especial ou equivalentes;

 Presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias,


fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista;
 Ocupantes de cargos do Grupo-Direção e Assessoramento
Superiores - DAS, níveis 6 e 5 ou equivalentes;

 Ocupantes de cargos ou empregos cujo exercício proporcione acesso


a informação privilegiada capaz de trazer vantagem econômica ou
financeira para o agente público ou para terceiro.

Repare que, para ser enquadrado no último item, o servidor ou


empregado não precisa, necessariamente, integrar a cúpula da
Administração.
A primeira norma específica para esses “altos agentes” ou para
aqueles que tenham tido acesso a informações privilegiadas é que, após
deixarem o cargo ou emprego, também incorrerão em conflito de
interesses se, no período de seis meses, contado da data da dispensa,
exoneração, destituição, demissão ou aposentadoria (art. 6º, II):
 Prestarem, direta ou indiretamente, qualquer tipo de serviço a pessoa
física ou jurídica com quem tenha estabelecido relacionamento relevante
em razão do exercício do cargo ou emprego;

 Aceitarem cargo de administrador ou conselheiro ou estabelecer vínculo


profissional com pessoa física ou jurídica que desempenhe atividade
relacionada à área de competência do cargo ou emprego ocupado;

 Celebrarem com órgãos ou entidades do Poder Executivo federal


contratos de serviço, consultoria, assessoramento ou atividades
similares, vinculados, ainda que indiretamente, ao órgão ou entidade em
que tenha ocupado o cargo ou emprego; ou
 Intervirem, direta ou indiretamente, em favor de interesse privado
perante órgão ou entidade em que haja ocupado cargo ou emprego ou
com o qual tenha estabelecido relacionamento relevante em razão do
exercício do cargo ou emprego.

As condutas descritas acima só não serão consideradas conflito de


interesses quando expressamente autorizadas, conforme o caso, pela
Comissão de Ética Pública (alta Administração) ou pela Controladoria-
Geral da União (demais agentes). Havendo a autorização expressa, o ex-
agente público não precisará observar o período de impedimento de seis
meses.

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Outra disposição específica aplicável aos agentes da alta


Administração, assim como aos que tiveram acesso a informação
privilegiada, é que deverão enviar, anualmente, à Comissão de Ética
Pública ou à Controladoria-Geral da União, conforme o caso (art. 9º, I):
 Declaração com informações sobre situação patrimonial, participações
societárias, atividades econômicas ou profissionais.
 Indicação sobre a existência de cônjuge, companheiro ou parente, por
consanguinidade ou afinidade, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, no exercício de atividades que possam suscitar conflito de
interesses;

Além disso, tais agentes deverão comunicar por escrito à Comissão


de Ética Pública ou à unidade de recursos humanos do órgão ou entidade
respectivo, conforme o caso, o exercício de atividade privada ou o
recebimento de propostas de trabalho que pretende aceitar,
contrato ou negócio no setor privado, ainda que não vedadas pelas
normas vigentes (art. 9º, II)
As unidades de recursos humanos, ao receber a comunicação do
servidor sobre o exercício de atividade privada, deverão avaliar o caso e
verificar se a atividade privada do agente configura ou não potencial
conflito de interesses com sua atividade pública. Caso positivo, deverão
informar ao servidor e à Controladoria-Geral da União para as medidas
cabíveis (art. 9º, parágrafo único).
Ressalte-se que a obrigação de comunicar o exercício de atividade
privada estende-se pelo período de seis meses após o agente
deixar o cargo. Por exemplo, se o agente se aposentou e, no mês
seguinte, passou a exercer atividade na iniciativa privada, deverá efetuar
a comunicação por escrito, para avaliação da existência de conflito de
interesses; a obrigação de comunicar só se encerra após o sexto mês
(art. 9º, II).
Por fim, a Lei 12.813 determina que os agentes públicos da alta
Administração deverão divulgar na internet, diariamente, sua
agenda de compromissos públicos. Saliente-se que essa obrigação só
se aplica aos Ministros de Estado, aos ocupantes de cargos de natureza
especial, aos presidentes, vice-presidentes e diretores de entidades da
administração indireta e aos detentores de DAS 6 ou 5, não abrangendo
aqueles que apenas tiveram acesso a informação privilegiada.

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FISCALIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO CONFLITO DE INTERESSES

A fiscalização e a avaliação das situações que envolvem possível


conflito de interesses são feitas pela Comissão de Ética Pública e pela
Controladoria-Geral da União, às quais compete:
 Estabelecer normas, procedimentos e mecanismos que objetivem
prevenir ou impedir eventual conflito de interesses;

 Avaliar e fiscalizar a ocorrência de situações que configuram conflito de


interesses e determinar medidas para a prevenção ou eliminação do
conflito;

 Orientar e dirimir dúvidas e controvérsias acerca da interpretação das


normas que regulam o conflito de interesses;

 Manifestar-se sobre a existência ou não de conflito de interesses nas


consultas a elas submetidas;

 Autorizar o ocupante de cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo


federal a exercer atividade privada, quando verificada a inexistência de
conflito de interesses ou sua irrelevância;
 Dispensar a quem haja ocupado cargo ou emprego no âmbito do Poder
Executivo federal de cumprir o período de impedimento de seis meses,
quando verificada a inexistência de conflito de interesses ou sua
irrelevância;

 Dispor, em conjunto com o Ministério do Planejamento, Orçamento e


Gestão, sobre a comunicação pelos ocupantes de cargo ou emprego no
âmbito do Poder Executivo federal de alterações patrimoniais relevantes,
exercício de atividade privada ou recebimento de propostas de trabalho,
contrato ou negócio no setor privado; e

 Fiscalizar a divulgação da agenda de compromissos públicos pelas altas


autoridades.

É importante anotar que, para os fins da Lei 12.813, a Comissão de


Ética Pública atuará nos casos que envolvam os agentes públicos
mencionados nos incisos I a IV do art. 2º (Ministros de Estado, cargos de
natureza especial, presidentes e diretores de entidades da administração
indireta e detentores de DAS 6 ou 5) e a Controladoria-Geral da União,
nos casos que envolvam os demais agentes.

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RESOLUÇÃO Nº 8/2003 DA COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA

Para finalizar, vamos dar uma olhada no que diz a Resolução nº 8,


de 25/9/2003, da Comissão de Ética Pública. Tal norma identifica
situações que suscitam conflito de interesses e dispõe sobre o modo de
preveni-los.
As orientações são autoexplicativas, e ajudam a ilustrar o vimos até
aqui.

A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA, com o objetivo de orientar as autoridades


submetidas ao Código de Conduta da Alta Administração Federal na identificação de
situações que possam suscitar conflito de interesses, esclarece o seguinte:
1. Suscita conflito de interesses o exercício de atividade que:
a) em razão da sua natureza, seja incompatível com as atribuições do cargo ou
função pública da autoridade, como tal considerada, inclusive, a atividade
desenvolvida em áreas ou matérias afins à competência funcional;
b) viole o princípio da integral dedicação pelo ocupante de cargo em comissão
ou função de confiança, que exige a precedência das atribuições do cargo ou função
pública sobre quaisquer outras atividades;
c) implique a prestação de serviços a pessoa física ou jurídica ou a manutenção
de vínculo de negócio com pessoa física ou jurídica que tenha interesse em decisão
individual ou coletiva da autoridade;
d) possa, pela sua natureza, implicar o uso de informação à qual a autoridade
tenha acesso em razão do cargo e não seja de conhecimento público;
e) possa transmitir à opinião pública dúvida a respeito da integridade,
moralidade, clareza de posições e decoro da autoridade.
2. A ocorrência de conflito de interesses independe do recebimento de
qualquer ganho ou retribuição pela autoridade.
3. A autoridade poderá prevenir a ocorrência de conflito de interesses ao
adotar, conforme o caso, uma ou mais das seguintes providências:
a) abrir mão da atividade ou licenciar-se do cargo, enquanto perdurar a
situação passível de suscitar conflito de interesses;
b) alienar bens e direitos que integram o seu patrimônio e cuja manutenção
possa suscitar conflito de interesses;

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c) transferir a administração dos bens e direitos que possam suscitar conflito de


interesses a instituição financeira ou a administradora de carteira de valores
mobiliários autorizada a funcionar pelo Banco Central ou pela Comissão de Valores
Mobiliários, conforme o caso, mediante instrumento contratual que contenha
cláusula que vede a participação da autoridade em qualquer decisão de
investimento assim como o seu prévio conhecimento de decisões da instituição
administradora quanto à gestão dos bens e direitos;
d) na hipótese de conflito de interesses específico e transitório, comunicar sua
ocorrência ao superior hierárquico ou aos demais membros de órgão colegiado de
que faça parte a autoridade, em se tratando de decisão coletiva, abstendo-se de
votar ou participar da discussão do assunto;
==e32b2==

e) divulgar publicamente sua agenda de compromissos, com identificação das


atividades que não sejam decorrência do cargo ou função pública.
4. A Comissão de Ética Pública deverá ser informada pela autoridade e
opinará, em cada caso concreto, sobre a suficiência da medida adotada para
prevenir situação que possa suscitar conflito de interesses.
5. A participação de autoridade em conselhos de administração e fiscal de
empresa privada, da qual a União seja acionista, somente será permitida quando
resultar de indicação institucional da autoridade pública competente. Nestes casos,
é-lhe vedado participar de deliberação que possa suscitar conflito de interesses com
o Poder Público.
6. No trabalho voluntário em organizações do terceiro setor, sem finalidade de
lucro, também deverá ser observado o disposto nesta Resolução.
7. As consultas dirigidas à Comissão de Ética Pública deverão estar
acompanhadas dos elementos pertinentes à legalidade da situação exposta.

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1. (Cespe – MDIC 2014) É vedado às autoridades públicas a participação em


conselhos de administração e fiscal de empresas privadas, independentemente de a
União ser ou não uma de suas acionistas.
Comentário: Segundo a Resolução nº 8/2003 da Comissão de Ética
Pública:
5. A participação de autoridade em conselhos de administração e fiscal de empresa
privada, da qual a União seja acionista, somente será permitida quando resultar de
indicação institucional da autoridade pública competente. Nestes casos, é-lhe
vedado participar de deliberação que possa suscitar conflito de interesses com o
Poder Público.

Portanto, as autoridades públicas poderão participar dos conselhos de


administração e fiscal de empresas privadas das quais a União seja acionista,
desde que por indicação institucional da autoridade pública competente.
Gabarito: Errado

2. (Cespe – AFT 2013) É vedado ao agente público, nos doze meses após
desvincular-se de cargo ou emprego no Poder Executivo federal, prestar qualquer
tipo de serviço a pessoa física ou jurídica com quem tenha estabelecido
relacionamento relevante em razão do exercício do cargo ou emprego.
Comentário: Segundo o art. 6º, inciso II da Lei 12.813/2013, o período de
impedimento é de seis meses, e não de doze:
Art. 6o Configura conflito de interesses após o exercício de cargo ou emprego no
âmbito do Poder Executivo federal:
II - no período de 6 (seis) meses, contado da data da dispensa, exoneração,
destituição, demissão ou aposentadoria, salvo quando expressamente autorizado,
conforme o caso, pela Comissão de Ética Pública ou pela Controladoria-Geral da
União:
a) prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo de serviço a pessoa física ou jurídica
com quem tenha estabelecido relacionamento relevante em razão do exercício do
cargo ou emprego
(...)

Gabarito: Errado

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3. (Cespe – AFT 2013) Conflito de interesses é a situação gerada pelo confronto


entre interesses públicos e privados, que possa comprometer o interesse público ou
influenciar o desempenho imparcial da função pública.
Comentário: A questão transcreve ipsis literis a definição de conflito de
interesses presente no art. 3º, I da Lei 12.813/2013.
Gabarito: Certo

4. (Cespe – AFT 2013) A Lei n.o 12.813/2013 introduziu no regime jurídico do


servidor público civil o prazo mínimo de desincompatibilização do servidor que se
desligar da administração pública, durante o qual o servidor não poderá divulgar ou
fazer uso de informação privilegiada obtida em razão das atividades exercidas.
Comentário: A Lei 12.813/2013 não estabeleceu um prazo mínimo para
que o ex-servidor possa fazer uso de informação privilegiada após deixar o
cargo. Ao contrário, a referida lei dispõe que configura conflito de interesses
utilizar esse tipo de informação a qualquer tempo, ou seja, jamais o ex-servidor
poderá fazer uso, em benefício próprio, de informações privilegiadas que tenha
obtido em razão do exercício do cargo ou emprego.
Gabarito: Errado

5. (Cespe – CADE 2014) Se um conselheiro do CADE divulgasse, em conversa


informal com empresários, dados sigilosos passíveis de repercussão econômica,
embora sem implicações de lesão aos cofres públicos, a situação fática descrita não
caracterizaria conflito de interesses por não acarretar comprometimento financeiro
do erário.
Comentário: Segundo a Lei 12.813/2013, configura conflito de interesses
“divulgar ou fazer uso de informação privilegiada, em proveito próprio ou de
terceiro, obtida em razão das atividades exercidas” (art. 5º, I).
A lei define informação privilegiada como “a que diz respeito a assuntos
sigilosos ou aquela relevante ao processo de decisão no âmbito do Poder
Executivo federal que tenha repercussão econômica ou financeira e que não
seja de amplo conhecimento público”.
Um exemplo de informação privilegiada seria o nome do novo presidente
de uma sociedade de economia mista federal, ainda não divulgado para o
público. Essa informação possui repercussão econômica, pois pode
influenciar a maneira como o mercado avalia a confiabilidade da empresa, com
reflexo no valor das suas ações; por isso, o agente público que, em razão do
cargo, tiver acesso a essa informação antes que ela seja tornada pública, e
fazer uso dela em proveito próprio (por exemplo, comprando ou vendendo
ações da empresa ou passando a dica para algum amigo) incorre em conflito

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de interesses.
Ressalte-se que a ocorrência de conflito de interesses independe da
existência de lesão ao patrimônio público, bem como do recebimento de
qualquer vantagem ou ganho pelo agente público ou por terceiro (art. 4º, §2º).
Ou seja, a divulgação ou o uso da informação em proveito próprio ou de
terceiro, por si só, já caracteriza conflito de interesses.
Portanto, o item erra ao afirmar que “a situação fática descrita não
caracterizaria conflito de interesses por não acarretar comprometimento
financeiro do erário”.
Gabarito: Errado

6. (Cespe – CADE 2014) A consulta formulada por servidor público sobre a


existência de conflito de interesses deverá, necessariamente, versar sobre questão
concreta, específica e que se relacione com a pessoa do próprio servidor.
Comentário: Segundo o art. 4º, §1º da Lei 12.813/2013, no caso de dúvida
sobre como prevenir ou impedir situações que configurem conflito de
interesses, o agente público deverá consultar a Comissão de Ética Pública,
caso seja agente pertencente à alta Administração (ex: Ministro de Estado,
presidente de entidades da Administração indireta, etc.), ou a Controladoria-
Geral da União (CGU), no caso dos demais servidores e empregados públicos
do Poder Executivo.
A consulta formulada à CGU pelos servidores e empregados públicos é
regulamentada pela Portaria Interministerial 333/2013, a qual dispõe:
Art. 2º Para os fins desta Portaria, considera-se:
I - consulta sobre a existência de conflito de interesses: instrumento à
disposição de servidor ou empregado público pelo qual ele pode solicitar, a
qualquer momento, orientação acerca de situação concreta, individualizada, que
lhe diga respeito e que possa suscitar dúvidas quanto à ocorrência de conflito
de interesses; e
II - pedido de autorização para o exercício de atividade privada: instrumento à
disposição do servidor ou empregado público pelo qual ele pode solicitar autorização
para exercer atividade privada.

Portanto, nos termos do inciso I acima, a questão está correta.


Gabarito: Certo

7. (Cespe – CADE 2014) Considere que um ex-servidor administrativo do CADE,


aposentado há menos de seis meses, receba convite para trabalhar em sociedade
empresária que tenha sido parte em processo administrativo para apuração de
infração à ordem econômica. Nesse caso, se a unidade de recursos humanos do
CADE atestar a inexistência de potencial conflito de interesses ou a sua irrelevância,

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a contratação será lícita.


Comentário: Vamos ver o que prescreve o art. 9º, II da Lei 8.213/2013:
Art. 9o Os agentes públicos mencionados no art. 2o desta Lei, inclusive aqueles
que se encontram em gozo de licença ou em período de afastamento, deverão:
(...)
II - comunicar por escrito à Comissão de Ética Pública ou à unidade de recursos
humanos do órgão ou entidade respectivo, conforme o caso, o exercício de
atividade privada ou o recebimento de propostas de trabalho que pretende
aceitar, contrato ou negócio no setor privado, ainda que não vedadas pelas normas
vigentes, estendendo-se esta obrigação ao período a que se refere o inciso II do
art. 6o.
Os “agentes públicos mencionados no art. 2º desta Lei” são os agentes
da alta Administração e aqueles que, em razão do cargo, tiveram acesso a
informação privilegiada que possa ter repercussão econômica.
Portanto, a rigor, na situação narrada no enunciado, o ex-servidor
administrativo do CADE (como não é um agente da alta Administração) só
estaria obrigado a consultar a unidade de recursos humanos se tivesse
acessado informação privilegiada quando do exercício de suas funções ou,
ainda, se tivesse dúvida acerca da ocorrência de conflito de interesses no caso
de aceitar o convite de trabalho na iniciativa privada (art. 4º, §1º). A questão
não deixa claro em qual situação o ex-servidor se enquadra, mas isso não
parece ter sido levado em consideração pela banca, haja vista que o gabarito
foi “certo”.
Por fim, ressalte-se que, nos termos do art. 5º da Portaria Interministerial
333/2013, cabe à unidade de recursos humanos “autorizar o servidor ou
empregado público no âmbito do Poder Executivo federal a exercer atividade
privada, quando verificada a inexistência de potencial conflito de interesses ou
sua irrelevância”.
Art. 5º Cabe à unidade de Recursos Humanos:
I - receber as consultas sobre a existência de conflito de interesses e os pedidos de
autorização para o exercício de atividade privada dos servidores e empregados
públicos e comunicar aos interessados o resultado da análise;
II - efetuar análise preliminar acerca da existência ou não de potencial conflito de
interesses nas consultas a elas submetidas;
III - autorizar o servidor ou empregado público no âmbito do Poder Executivo
federal a exercer atividade privada, quando verificada a inexistência de potencial
conflito de interesses ou sua irrelevância; e
IV - informar os servidores ou empregados públicos sobre como prevenir ou impedir
possível conflito de interesses e como resguardar informação privilegiada, de acordo
com as normas, procedimentos e mecanismos estabelecidos pela CGU.
Gabarito: Certo

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8. (ESAF – MIN 2012) Sobre o tema do conflito de interesses no serviço público,


assinale a opção correta.
a) A participação de autoridades públicas em conselhos fiscais e de administração
em empresas privadas é absolutamente vedada.
b) O trabalho meramente voluntário em organizações do terceiro setor, sem
finalidade lucrativa, não é apto a suscitar conflitos de interesses com a
Administração.
c) Suscita conflito de interesses o exercício de atividade que possa transmitir à
opinião pública dúvida sobre a integridade da autoridade.
d) A caracterização do conflito de interesses depende da obtenção de algum ganho
pela autoridade pública.
e) A ausência de integral dedicação aos cargos caracteriza conflito de interesses
apenas quando tratar-se de cargos de provimento efetivo.
Comentário:
a) ERRADA. A participação de autoridades públicas em conselhos fiscais
e de administração em empresas privadas é possível desde que a União seja
acionista e desde que haja indicação institucional da autoridade pública
competente. A resposta está no item 5 na Resolução nº 8/2003, da CEP:
5. A participação de autoridade em conselhos de administração e fiscal de empresa
privada, da qual a União seja acionista, somente será permitida quando resultar
de indicação institucional da autoridade pública competente. Nestes casos, é-lhe
vedado participar de deliberação que possa suscitar conflito de interesses com o
Poder Público.

b) ERRADA. O trabalho meramente voluntário em organizações do


terceiro setor, sem finalidade lucrativa, também é apto a suscitar conflitos de
interesses com a Administração. Tanto é verdade que o item 6 da Resolução nº
8/2003, da CEP, dispõe que a norma também é aplicável nesse tipo de trabalho:
6. No trabalho voluntário em organizações do terceiro setor, sem finalidade de lucro,
também deverá ser observado o disposto nesta Resolução.

c) CERTA, nos exatos termos do item 1, “e” da Resolução nº 8/2003, da


CEP:
1. Suscita conflito de interesses o exercício de atividade que:
(...)
e) possa transmitir à opinião pública dúvida a respeito da integridade, moralidade,
clareza de posições e decoro da autoridade.

d) ERRADA, agora nos termos da Lei 12.813/2013, art. 4º, §2º, segundo o
qual “a ocorrência de conflito de interesses independe da existência de lesão

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ao patrimônio público, bem como do recebimento de qualquer vantagem ou


ganho pelo agente público ou por terceiro”.
e) ERRADA, nos termos do item 1, “b” da Resolução nº 8/2003, da CEP:
1. Suscita conflito de interesses o exercício de atividade que:
(...)
b) viole o princípio da integral dedicação pelo ocupante de cargo em comissão
ou função de confiança, que exige a precedência das atribuições do cargo ou função
pública sobre quaisquer outras atividades;

Gabarito: alternativa “c”

9. (ESAF – MTur 2014) Não suscita conflito de interesse a atividade que:


a) viole o princípio da integral dedicação pelo ocupante de cargo em comissão ou
função de confiança.
b) possa implicar o uso de informação à qual a autoridade tenha acesso em razão
do cargo.
c) possa transmitir à opinião pública dúvida a respeito da integridade, moralidade e
decoro da autoridade.
d) seja compatível com as atribuições do cargo ou função pública da autoridade.
e) implique a prestação de serviços a terceiros ou pessoa jurídica que tenha
interesse em decisão individual ou coletiva da autoridade.
Comentário: Não suscita conflito de interesse a atividade que seja
compatível com as atribuições do cargo ou da função pública da autoridade
(opção “d”). Suscitaria apenas se a atividade fosse “incompatível”. Todas as
demais alternativas apresentam situações que caracterizam conflito de
interesses, previstas expressamente no item da Resolução nº 8/2003, da CEP.
Gabarito: alternativa “d”

10. (Cespe – CADE 2014) Um servidor que preste serviços a pessoa física ou
jurídica interessada em decisão do agente público ao qual o servidor está vinculado
só incorrerá em conflito de interesses caso forneça informações privilegiadas a que
teve acesso.
Comentário: Conforme o art. 5º, II da Lei 12.813/2013, configura conflito de
interesses no exercício de cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo
federal exercer atividade que implique a prestação de serviços ou a
manutenção de relação de negócio com pessoa física ou jurídica que tenha
interesse em decisão do agente público ou de colegiado do qual este
participe”.
Tal dispositivo se aplica a todo e qualquer agente público do Executivo
Federal, e não apenas aos agentes da alta Administração e àqueles que

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tiveram acesso a informação privilegiada. É o que diz o art. 10 da referida lei:


Art. 10. As disposições contidas nos arts. 4o e 5o e no inciso I do art. 6o estendem-
se a todos os agentes públicos no âmbito do Poder Executivo federal.

Gabarito: Errado

11. (Cespe – CADE 2014) Um servidor público federal com pretensões de exercer
atividade privada que possa suscitar conflito de interesses deverá consultar o órgão
público acerca dessa possibilidade, por meio de petição eletrônica que contenha a
identificação do interessado e uma descrição genérica da atividade objeto de
análise.
Comentário: Nos termos do art. 3º da Portaria Interministerial 333/2013, a
consulta deverá conter uma “descrição contextualizada” dos elementos que
suscitam a dúvida, não sendo aceitas consultas genéricas:
Art. 3º A consulta sobre a existência de conflito de interesses e o pedido de
autorização para o exercício de atividade privada deverão ser formulados mediante
petição eletrônica e conter no mínimo os seguintes elementos:
I - identificação do interessado;
II - referência a objeto determinado e diretamente vinculado ao interessado; e
III - descrição contextualizada dos elementos que suscitam a dúvida.
Parágrafo único. Não será apreciada a consulta ou o pedido de autorização
formulado em tese ou com referência a fato genérico.

Gabarito: Errado

*****

É isso pessoal. Ficamos por aqui. Espero que tenham aproveitado a


aula.

Bons estudos!

Erick Alves

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RESUMÃO DA AULA
Conflito de interesses

O ocupante de cargo ou emprego no Poder Executivo federal deve agir de modo a prevenir ou a
impedir possível conflito de interesses e a resguardar informação privilegiada.

 O agente público pode incorrer em conflito de interesses mesmo que:


 Esteja em gozo de licença ou em período de afastamento;
 Após deixar de exercer o cargo ou emprego;
 Não tenha causado dano ao erário ou recebido vantagem ou ganho.

 O conflito de interesses pode acarretar:


 Sanções da Lei de Improbidade Administrativa: a princípio, a conduta é enquadrada como
ato que atenta contra os princípios da Adm. Pública, podendo ser enquadrada como um
ato de improbidade mais grave (que acarreta enriquecimento ilícito ou que causa prejuízo
ao erário);
 Demissão (Lei 8.112/90) ou medida equivalente;
 Outras sanções cabíveis.

 Disposições específicas para a alta Administração e para quem teve acesso a informação
privilegiada:
 Também podem incorrer em conflito de interesses se, no período de seis meses após
deixarem o cargo, tiverem relacionamentos conflituosos no setor privado, EXCETO quando
expressamente autorizados pela CEP (alta Administração) ou pela CGU (demais servidores).
 Deverão enviar anualmente à CEP ou a CGU declaração de patrimônio e indicação sobre a
existência de cônjuge ou parente exercendo atividade que possa suscitar conflito de
interesses.
 Deverão comunicar à CEP (alta Administração) ou à unidade de recursos humanos (demais
servidores) o exercício de atividade privada ou o recebimento de propostas de trabalho (a
obrigação se estende durante o período de seis meses após deixar o cargo).
 Deverão divulgar diariamente agenda de compromissos na internet (apenas alta
Administração).

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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

1. (Cespe – MDIC 2014) É vedado às autoridades públicas a participação em conselhos


de administração e fiscal de empresas privadas, independentemente de a União ser ou não
uma de suas acionistas.

2. (Cespe – AFT 2013) É vedado ao agente público, nos doze meses após desvincular-
se de cargo ou emprego no Poder Executivo federal, prestar qualquer tipo de serviço a
pessoa física ou jurídica com quem tenha estabelecido relacionamento relevante em razão
do exercício do cargo ou emprego.

3. (Cespe – AFT 2013) Conflito de interesses é a situação gerada pelo confronto entre
interesses públicos e privados, que possa comprometer o interesse público ou influenciar o
desempenho imparcial da função pública.
e
4. (Cespe – AFT 2013) A Lei n.o 12.813/2013 introduziu no regime jurídico do servidor
público civil o prazo mínimo de desincompatibilização do servidor que se desligar da
administração pública, durante o qual o servidor não poderá divulgar ou fazer uso de
informação privilegiada obtida em razão das atividades exercidas.

5. (Cespe – CADE 2014) Se um conselheiro do CADE divulgasse, em conversa informal


com empresários, dados sigilosos passíveis de repercussão econômica, embora sem
implicações de lesão aos cofres públicos, a situação fática descrita não caracterizaria
conflito de interesses por não acarretar comprometimento financeiro do erário.

6. (Cespe – CADE 2014) A consulta formulada por servidor público sobre a existência de
conflito de interesses deverá, necessariamente, versar sobre questão concreta, específica e
que se relacione com a pessoa do próprio servidor.

7. (Cespe – CADE 2014) Considere que um ex-servidor administrativo do CADE,


aposentado há menos de seis meses, receba convite para trabalhar em sociedade
empresária que tenha sido parte em processo administrativo para apuração de infração à
ordem econômica. Nesse caso, se a unidade de recursos humanos do CADE atestar a
inexistência de potencial conflito de interesses ou a sua irrelevância, a contratação será
lícita.

8. (ESAF – MIN 2012) Sobre o tema do conflito de interesses no serviço público, assinale
a opção correta.
a) A participação de autoridades públicas em conselhos fiscais e de administração em
empresas privadas é absolutamente vedada.
b) O trabalho meramente voluntário em organizações do terceiro setor, sem finalidade
lucrativa, não é apto a suscitar conflitos de interesses com a Administração.
c) Suscita conflito de interesses o exercício de atividade que possa transmitir à opinião
pública dúvida sobre a integridade da autoridade.
d) A caracterização do conflito de interesses depende da obtenção de algum ganho pela
autoridade pública.

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e) A ausência de integral dedicação aos cargos caracteriza conflito de interesses apenas


quando tratar-se de cargos de provimento efetivo.

9. (ESAF – MTur 2014) Não suscita conflito de interesse a atividade que:


a) viole o princípio da integral dedicação pelo ocupante de cargo em comissão ou função de
confiança.
b) possa implicar o uso de informação à qual a autoridade tenha acesso em razão do cargo.
c) possa transmitir à opinião pública dúvida a respeito da integridade, moralidade e decoro
da autoridade.
d) seja compatível com as atribuições do cargo ou função pública da autoridade.
e) implique a prestação de serviços a terceiros ou pessoa jurídica que tenha interesse em
decisão individual ou coletiva da autoridade.
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10. (Cespe – CADE 2014) Um servidor que preste serviços a pessoa física ou jurídica
interessada em decisão do agente público ao qual o servidor está vinculado só incorrerá em
conflito de interesses caso forneça informações privilegiadas a que teve acesso.

11. (Cespe – CADE 2014) Um servidor público federal com pretensões de exercer
atividade privada que possa suscitar conflito de interesses deverá consultar o órgão público
acerca dessa possibilidade, por meio de petição eletrônica que contenha a identificação do
interessado e uma descrição genérica da atividade objeto de análise.

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GABARITO

2) E 3) C 4) E
1) E
6) C 7) C 8) c
5) E
10) E 11) E 12)
9) d

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