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Livro Eletrônico

Aula 04

Conhecimentos Específicos p/ PETROBRAS (Engenheiro de Produção)

Professores: Claudenir Brito, Erick Alves, Time Erick Alves

09115580717 - Palmério Carvalho


Conhecimentos Específicos para Petrobras
Engenheiro de Produção
Teoria e exercícios comentados
Prof. Erick Alves Aula 04

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Conhecimentos Específicos para Petrobras
Engenheiro de Produção
Teoria e exercícios comentados
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AULA 04
Olá pessoal!
Na aula de hoje vamos estudar o Decreto 7.203/2010, que dispõe
sobre a vedação do nepotismo no âmbito da administração pública federal.
Seguiremos o seguinte sumário:

Sumário

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
Nepotismo presumido ....................................................................................................................... 5
Situações que precisam de investigação específica ............................................................................. 6
Nepotismo cruzado ...................................................................................................................................6
Contratação de familiares para prestação de serviços terceirizados .......................................................7
Nomeações, contratações não previstas expressamente no decreto ......................................................7
Providências em caso de nepotismo .................................................................................................. 8
Situações que não caracterizam nepotismo........................................................................................ 9
De servidores federais ocupantes de cargo de provimento efetivo, bem como de empregados federais
permanentes, inclusive aposentados ........................................................................................................9
Para ocupação de cargo em comissão de nível hierárquico mais alto......................................................9
Realizadas anteriormente ao início do vínculo familiar entre o agente público e o nomeado, designado
ou contratado ......................................................................................................................................... 10
Para cargo, função ou emprego de nível hierárquico igual ou mais baixo que o anteriormente ocupado
................................................................................................................................................................ 10
Questões comentadas na aula ......................................................................................................... 21
Gabarito.......................................................................................................................................... 25

Para um melhor aproveitamento do estudo, é interessante que você,


após estudar a aula, faça uma leitura completa e atenta do
Decreto 7.203/2010.
Aos estudos!

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INTRODUÇÃO

O nepotismo ocorre quando um agente público usa de sua posição de


poder para nomear, contratar ou favorecer um ou mais parentes1.
O nepotismo é vedado, primeiramente, pela própria Constituição
Federal, pois contraria os princípios da impessoalidade, moralidade,
isonomia e eficiência. Algumas legislações, de forma esparsa, como a Lei
nº 8.112, de 1990 também tratam do assunto, assim como a Súmula
Vinculante nº 13, do Supremo Tribunal Federal.
No âmbito do Poder Executivo Federal, o assunto foi regulamentado
pelo Decreto nº 7.203, de junho de 2010, que trata da vedação do
nepotismo no âmbito dos órgãos e entidades da administração pública
federal direta e indireta.
O Decreto estabelece as situações de nepotismo, as exceções, as
definições de grau de parentesco e o papel dos órgãos e entidades em sua
prevenção e combate.
Para delimitar a abrangência do Decreto, ele apresenta as definições de
órgão e entidade, que são os locais onde o nepotismo pode ocorrer.
Vejamos:

Órgão
a Presidência da República, compreendendo a Vice-Presidência, a Casa Civil, o Gabinete
Pessoal e a Assessoria Especial
os órgãos da Presidência da República comandados por Ministro de Estado ou
autoridade equiparada; e
os Ministérios

Entidade
Autarquia
Fundação
Empresa pública; e
Sociedade de economia mista

Para fins das vedações previstas no Decreto, serão consideradas como


incluídas no âmbito de cada órgão as autarquias e fundações a ele

1
Site do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União

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vinculadas. Por exemplo: será considerado nepotismo caso um Ministro de


Estado nomeie familiar para cargo de confiança em autarquia ou fundação
vinculada ao seu Ministério.
O Decreto apresenta ainda a definição de familiar, que seriam os
parentes cujas nomeações caracterizam o nepotismo. O conceito de familiar
abrange o cônjuge, o companheiro ou o parente em linha reta ou
colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau.
Segue uma tabela para ilustrar os parentes abrangidos pela vedação:

Familiar em Linha Reta


Grau Consanguinidade Afinidade

Sogro/sogra, genro/nora;
1º Pai/mãe, filho/filha do agente público madrasta/padrasto, enteado/enteada
do agente público

Avô/avó, neto/neta do cônjuge ou


2º Avó/avô, neto/neta do agente público
companheiro do agente público

Bisavô/bisavó, bisneto/bisneta do
Bisavô/bisavó, bisneto/bisneta do
3º cônjuge ou companheiro do agente
agente público
público

Familiar em Linha Colateral

Grau Consanguinidade Afinidade


1º ------ -------

2º Irmão/irmã do agente público Cunhado/cunhada do agente público

Tio/tia, sobrinho/sobrinha do agente Tio/tia, sobrinho/sobrinha do cônjuge



público ou companheiro do agente público

****
Apresentadas as definições, vamos agora estudar as situações
caracterizadoras do nepotismo e que, portanto, são vedadas.

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Nepotismo presumido

O Decreto 7.203/2010 estabelece algumas situações em que o


nepotismo é presumido, ou seja, para sua caracterização não é necessário
comprovar a influência do agente público na contratação de seu parente. A
simples nomeação ou designação do familiar é considerada nepotismo, ainda
que o agente público que possui o vínculo de parentesco com a pessoa
nomeada não seja o responsável pela nomeação.
Conforme o art. 3º, do Decreto 7.203/2010, no âmbito de cada órgão e
de cada entidade, são vedadas as nomeações, contratações ou
designações de familiar de Ministro de Estado, familiar da máxima
autoridade administrativa correspondente ou, ainda, familiar de
ocupante de cargo em comissão ou função de confiança de direção,
chefia ou assessoramento para:
▪ Cargo em comissão ou função de confiança;

▪ Atendimento a necessidade temporária de excepcional interesse


público, salvo quando a contratação tiver sido precedida de regular processo
seletivo; e
▪ Estágio, salvo se a contratação for precedida de processo seletivo que
assegure o princípio da isonomia entre os concorrentes.

Ademais, também é vedada a contratação direta, sem licitação, por


órgão ou entidade da administração federal, de pessoa jurídica na qual haja
administrador, ou sócio com poder de direção, que seja familiar de
detentor de cargo em comissão ou função de confiança que atue na área
responsável pela demanda ou contratação ou de autoridade a ele
hierarquicamente superior, no âmbito de cada órgão ou de cada entidade.
Tal vedação se aplica tanto nos casos em que não há obrigatoriedade
de se realizar um processo licitatório (inexigibilidade) como nos casos em
que em que o processo é dispensado.
É importante observar que a vedação não se refere a qualquer agente
público ocupante de cargo comissionado ou função de confiança mas, tão
somente, ao detentor de cargo comissionado e função de confiança que
atue na área responsável pela demanda ou contrato, ou a autoridade
a ele hierarquicamente superior.

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Detalhe importante é que todas as vedações vistas anteriormente


estendem-se aos familiares do Presidente e do Vice-Presidente da
República e, nesta hipótese, abrangem todo o Poder Executivo Federal.
Assim, por exemplo, nenhum familiar do Presidente da República pode ser
nomeado para cargo em comissão no âmbito do Poder Executivo Federal,
nem mesmo ser contratado para estágio (salvo se mediante processo
seletivo), pois tal situação caracterizaria nepotismo presumido.

Situações que precisam de investigação específica

Além das hipóteses de nepotismo presumido, outras situações também


podem ser consideradas nepotismo, mas precisam de uma investigação
específica, para comprovar a influência do agente público.
São elas:

Nepotismo cruzado

As vedações relacionadas ao nepotismo também se aplicam quando


existirem circunstâncias caracterizadoras de ajuste para burlar as restrições
ao nepotismo, especialmente mediante nomeações ou designações
recíprocas, envolvendo órgão ou entidade da administração pública federal.
É o chamado nepotismo cruzado, que ocorre quando autoridades de
um órgão nomearem familiares de autoridades de outro órgão,
compensando-se reciprocamente. Por exemplo, a Autoridade “A” nomeia um
familiar da Autoridade “B”, e esta, para retribuir o favor, nomeia um parente
da Autoridade “A”.

A A A B

Nepotismo cruzado

Familiar Familiar

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Contratação de familiares para prestação de serviços terceirizados

Todos os órgãos e entidades devem vedar, em seus editais de licitação


para a contratação de empresa prestadora de serviço terceirizado, assim
como em seus convênios e instrumentos equivalentes, que a empresa a
ser contratada empregue familiares de agente público com cargo ou função
de confiança na prestação de serviços no mesmo órgão ou entidade em
que o agente exerça o cargo em comissão ou função de confiança.
Por exemplo, determinado Ministério contrata uma empresa de
vigilância para lhe prestar serviços terceirizados; no caso, a empresa de
vigilância não poderá utilizar algum familiar de detentor de cargo em
comissão ou função de confiança no Ministério para prestar serviços no
órgão.

Nomeações, contratações não previstas expressamente no decreto

Deverá ocorrer apuração específica quando houver indícios


de influência de Ministro de Estado, máxima autoridade administrativa
correspondente ou, ainda, ocupante de cargo em comissão ou função de
confiança de direção, chefia ou assessoramento, na nomeação,
designação ou contratação de familiares em hipóteses não previstas no
Decreto 7.203/2010.
****
A seguir, um esquema para resumir o que vimos até aqui:

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NEPOTISMO

Situações em que é Precisam de investigação


presumido específica

Contratação de familiares para Nepotismo cruzado


cargos em comissão e funções de Contratação e familiares para
confiança prestação de serviços terceirzados
Contratação de pessoa jurídica de Nomeações, contratações não
familiar por agente público previstas no Decreto, com indícios de
responsável por licitação influência
Nomeação de familiares para vagas
de atendimento a necessidade
temporária de excepcional interesse
público

E ao ser constatada uma situação de nepotismo, qual providência deve


ser adotada? É o que veremos a seguir.

Providências em caso de nepotismo

Cabe aos titulares dos órgãos e entidades da administração pública


federal exonerar ou dispensar agente público em situação de nepotismo,
de que tenham conhecimento, ou requerer igual providência à autoridade
encarregada de nomear, designar ou contratar, sob pena de
responsabilidade.
Especificamente, cabe à Controladoria-Geral da União, como órgão
de controle interno do Poder Executivo Federal, notificar os casos de
nepotismo de que tomar conhecimento às autoridades competentes, sem
prejuízo da responsabilidade permanente delas de zelar pelo cumprimento
do Decreto, assim como de apurar situações irregulares, de que tenham
conhecimento, nos órgãos e entidades correspondentes.

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Situações que não caracterizam nepotismo

Para terminar, vale saber que o Decreto 7.203/2010 apresenta uma


série de situações que não são consideradas como nepotismo.
Com efeito, nos termos do seu art. 4º, não se incluem nas vedações do
Decreto as nomeações, designações ou contratações:

De servidores federais ocupantes de cargo de provimento efetivo, bem como


de empregados federais permanentes, inclusive aposentados

Não se configura nepotismo no caso dos servidores federais que


sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo, bem como
empregados federais permanentes, inclusive aposentados, observada a
compatibilidade do grau de escolaridade do cargo ou emprego de origem, ou
a compatibilidade da atividade que lhe seja afeta e a complexidade inerente
ao cargo em comissão ou função comissionada a ocupar, além da
qualificação profissional do servidor ou empregado.
As justificativas para essa exceção são, primeiro, que o servidor ou
empregado já teve suas qualificações avaliadas por meio de concurso
público e, segundo, que a nomeação de familiar a cargo público não deveria
ser um obstáculo a sua ascensão na carreira.
Exemplo: não constitui nepotismo mãe e filha possuírem cargo efetivo
e ocupem cargos comissionados no mesmo órgão.

Para ocupação de cargo em comissão de nível hierárquico mais alto

Não configura nepotismo no caso da nomeação de pessoa, ainda que


sem vinculação funcional com a administração pública, para a ocupação de
cargo em comissão de nível hierárquico mais alto que o do outro
ocupante de cargo em comissão ou função de confiança.
Nesse caso, fica afastada a presunção de influência, pois o nomeado ou
contratado por último foi chamado para função de hierarquia mais alta.
Exemplo: João ocupa cargo em comissão DAS-2 na autarquia “A” e seu
irmão assume, posteriormente, cargo de DAS-4 nessa mesma autarquia. Tal
situação não caracteriza nepotismo.

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Realizadas anteriormente ao início do vínculo familiar entre o agente público


e o nomeado, designado ou contratado

Não caracteriza nepotismo as nomeações, designações ou contratações


realizadas anteriormente ao início do vínculo familiar entre o agente
público e o nomeado, designado ou contratado, desde que não se
caracterize ajuste prévio para burlar a vedação do nepotismo.
Para tanto, a norma esclarece que não há vedação à manutenção das
autoridades nos cargos, já que, à época das nomeações, não teria havido
influência por não haver relação familiar.
Exemplo: João e Maria, ocupantes de cargos DAS-2 e DAS-5,
respectivamente, na fundação “A” que se casaram em data posterior à data
das nomeações para os cargos comissionados. Tal situação não caracteriza
nepotismo.

Para cargo, função ou emprego de nível hierárquico igual ou mais baixo que o
anteriormente ocupado

Não caracteriza nepotismo as nomeações, designações ou contratações


de pessoa já em exercício no mesmo órgão ou entidade antes do início
do vínculo familiar com o agente público, para cargo, função ou emprego
de nível hierárquico igual ou mais baixo que o anteriormente ocupado.
Assim, fica permitida a nomeação dessas mesmas autoridades para
outros cargos de nível hierárquico igual ou mais baixo que o originalmente
ocupado, a fim de evitar o engessamento das atribuições dos servidores do
órgão.
Exemplo: João, solteiro, assumiu cargo em comissão DAS-4 em 2008;
em 2010 casou-se com Maria, ocupante de cargo DAS-4 no mesmo órgão;
em 2011 João foi exonerado do cargo de DAS-4 e assumiu um cargo de
DAS-2 no mesmo órgão. Tal situação não caracteriza nepotismo.
****
Então essas são as exceções previstas no Decreto. Entretanto, vale
saber que, em qualquer caso, é vedada a manutenção de familiar ocupante
de cargo em comissão ou função de confiança sob subordinação direta do
agente público.

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Por exemplo, no último caso acima, se João, ao assumir o cargo de


DAS-2, permanecer sob a subordinação direta de Maria, então ficará
caracterizado o nepotismo.
Podemos dizer, então, que a única situação absoluta (que não
comporta exceções) de nepotismo presumido é a manutenção de familiar
ocupante de cargo em comissão ou função de confiança sob sua
subordinação direta.
Vamos agora resolver algumas questões de prova:

==e32b2==

1. (Cespe – IBAMA 2013) Expresso no Decreto 7.203/2010, que dispõe sobre a


vedação do nepotismo na administração pública federal, o nepotismo, seja vertical,
horizontal ou transversal, deve ser combatido na administração pública, pois atenta
contra a ética e a moralidade pública.
Comentário: Questão maldosa, a meu ver, que em nada contribui para
medir o conhecimento do candidato. A banca, simplesmente, quer saber se o
candidato leu e decorou o texto do Decreto 7.203/2010. Note que o enunciado
pede algo “expresso” na norma, e, em nenhum momento, os artigos do
Decreto citam as expressões “nepotismo vertical, horizontal ou transversal”.
Consta expressamente no Decreto apenas o conceito de “familiar”, cuja
nomeação caracterizaria o nepotismo (cônjuge, o companheiro ou o parente
em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro
grau). O Decreto também fala expressamente em “designações recíprocas”, o
que se poderia entender implicitamente por nepotismo transversal. De
qualquer forma, uma vez que os termos expostos no enunciado não estão
expressos no Decreto 7.203/2010, então a questão está errada, ainda que,
conceitualmente, ela possa ser considerada correta.
Gabarito: Errada

2. (ESAF – MF 2014) Luiz e Márcia casaram-se em 1990 e, logo após o


casamento, lograram, ambos, êxito em concurso público prestado, passando a
ocupar cargo público efetivo em carreira típica de estado com exercício no Ministério
da Fazenda, em unidade organizacional localizada no Estado do Ceará.
Em 2003 Luiz, servidor muito experiente e dedicado, após anos de exercício do
cargo efetivo, é convidado para assumir o posto de dirigente máximo da unidade
organizacional do Ceará, convite este que ele aceitou prontamente.

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Seu primeiro ato como dirigente da unidade foi nomear Caio e Carlos, seus colegas
de trabalho de longa data como seus dois e únicos subordinados diretos; Caio seria
o responsável pelo atendimento ao cidadão e Carlos cuidaria dos demais serviços
prestados pela unidade.
A respeito do caso concreto acima narrado e tendo em mente o que consta do
Decreto n. 7.203/2010, analise as afirmativas abaixo, classificando-as em
verdadeiras (V) ou falsas (F).
Ao final, assinale a opção que contenha a sequência correta.
() Luiz não poderia ocupar o cargo em comissão mencionado por força da vedação
ao nepotismo estabelecida no Decreto n.7.203/2010.
() Em qualquer caso é vedada a manutenção de familiar ocupante de cargo em
comissão ou função de confiança sob subordinação direta do agente público.
() Para os fins do Decreto n.7.203/2010, o cônjuge não é considerado familiar, sendo
assim considerados somente os descendentes ou ascendentes na linha reta.
a) F, V, V
b) V, F, V
c) F, V, F
d) V, V, V
e) F, F, F.
Comentário: vamos analisar cada alternativa:
I) FALSA. Conforme o art. 4º, inciso I do Decreto 7.203/2010, não se incluem
nas vedações ao nepotismo as nomeações, designações ou contratações de
servidores federais ocupantes de cargo de provimento efetivo, como é o caso
de Luiz. O Decreto veda apenas a manutenção de familiar ocupante de cargo
em comissão ou função de confiança sob subordinação direta do agente
público (ex: Luiz não poderia ocupar um cargo em comissão que estivesse sob
a subordinação direta de um familiar).
II) VERDADEIRA. A assertiva reproduz exatamente o texto do art. 4º, parágrafo
único, do Decreto 7.203/2010.
III) FALSA. O cônjuge é sim considerado “familiar”. Nos termos do art. 2º, III do
Decreto 7.203, familiar compreende “o cônjuge, o companheiro ou o parente
em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro
grau”.
Gabarito: alternativa “c”

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3. (Questão Inédita) João é Diretor de uma sociedade de economia mista


federal e, no uso de suas competências, no ano de 2015, designa Adriana para
exercer função de confiança na referida entidade federal, sob sua subordinação
direta. No mesmo ano, João e Adriana iniciam um relacionamento amoroso e se
casam em 2017.
A respeito do caso concreto acima narrado e tendo em mente o que consta do
Decreto n. 7.203/2010, analise as afirmativas abaixo:
I) A designação de Adriana não caracteriza nepotismo, exceto se ficar caracterizado
que houve um ajuste prévio para burlar a vedação ao nepotismo.
II) Como o casamento ocorreu após a designação de Adriana para a função de
confiança, ela poderia permanecer atuando sob a subordinação direta de João
III) O Decreto 7.203/2010 não se aplica à situação apresentada, pois ela ocorreu no
âmbito de uma sociedade de economia mista, entidade que atua sob o regime de
direito privado.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I
b) I e II
c) II
d) II e III
e) I e III
Comentário: vamos analisar cada alternativa:
I) CERTA. Conforme o art. 4º, III do Decreto 7.203, não se incluem nas
vedações ao nepotismo “as nomeações, designações ou contratações
realizadas anteriormente ao início do vínculo familiar entre o agente público e
o nomeado, designado ou contratado, desde que não se caracterize ajuste
prévio para burlar a vedação do nepotismo”. No caso, a designação de Adriana
foi feita em 2015, antes, portanto, do início do vínculo familiar entre ela e João,
que ocorreu em 2017.
II) ERRADA. Ainda que a designação de Adriana não caracterize
nepotismo, por ter sido realizada anteriormente ao início do vínculo familiar
com João, a manutenção dela em função de confiança sob a subordinação
direta do cônjuge é vedada pelo art. 4º, parágrafo único do Decreto 7.203.
Logo, após a formação do vínculo familiar, o correto seria que Adriana fosse
destituída da função.

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III) ERRADA. O Decreto 7.203/2010 abrange tanto os órgãos da


Administração direta como as entidades da Administração indireta, aí
incluindo as entidades de direito privado (empresas públicas e sociedades de
economia mista).
Gabarito: alternativa “a”

4. (Questão Inédita) Carlos foi nomeado para exercer cargo em comissão em


autarquia federal, na qual seu irmão José também é detentor de cargo em comissão.
Nesta situação, a nomeação em tela:
a) caracteriza nepotismo, independentemente do nível hierárquico do cargo para o
qual Carlos foi nomeado.
b) não caracteriza nepotismo, desde que Carlos não tenha sido nomeado por José.
c) não caracteriza nepotismo, pois o nepotismo apenas abrange a nomeação de
parentes em linha reta, e não na linha colateral.
d) caracteriza nepotismo, ainda que José não tenha tido influência direta na
nomeação de Carlos.
e) não caracteriza nepotismo na hipótese de Carlos ser servidor federal ocupante de
cargo efetivo, independentemente da sua qualificação profissional.
Comentários:
a) ERRADA. Conforme o art. 4º, II do Decreto 7.203/2010, não configura
nepotismo no caso da nomeação de pessoa, ainda que sem vinculação
funcional com a administração pública, para a ocupação de cargo em
comissão de nível hierárquico mais alto que o do outro ocupante de cargo em
comissão ou função de confiança.
b) ERRADA. Para que o nepotismo presumido fique caracterizado, não
precisa necessariamente ser demonstrada a influência do agente público na
nomeação de seu familiar: basta que seja nomeado um familiar de Ministro de
Estado, familiar da máxima autoridade administrativa correspondente ou,
ainda, familiar de ocupante de cargo em comissão ou função de confiança de
direção, chefia ou assessoramento, para que o nepotismo reste consumado.
No caso, como Carlos era parente de José em segundo grau, na linha colateral,
a sua simples nomeação para cargo em comissão na mesma entidade em que
José já exerce cargo em comissão incide na vedação do art. 3º, I do Decreto
7.203/2010.
c) ERRADA. Nos termos do art. 2º, III do Decreto 7.203, familiar
compreende “o cônjuge, o companheiro ou o parente em linha reta ou

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colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau”.


d) CERTA. A situação incide na hipótese de nepotismo presumido
prevista no art. 3º, I do Decreto 7.203/2010:
Art. 3o No âmbito de cada órgão e de cada entidade, são vedadas as nomeações,
contratações ou designações de familiar de Ministro de Estado, familiar da máxima
autoridade administrativa correspondente ou, ainda, familiar de ocupante de cargo
em comissão ou função de confiança de direção, chefia ou assessoramento,
para:
I - cargo em comissão ou função de confiança;

e) ERRADA. Dentre as exceções previstas no Decreto 7.203/2010 estão as


nomeações de “de servidores federais ocupantes de cargo de provimento
efetivo, bem como de empregados federais permanentes, inclusive
aposentados, observada a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo
ou emprego de origem, ou a compatibilidade da atividade que lhe seja afeta e a
complexidade inerente ao cargo em comissão ou função comissionada a
ocupar, além da qualificação profissional do servidor ou empregado”.
Gabarito: alternativa “d”

5. (Questão Inédita) Conforme o Decreto 7.203/2010, assinale a alternativa


incorreta:
a) A vedações ao nepotismo também se aplicam quando existirem circunstâncias
caracterizadoras de ajuste para burlar as restrições ao nepotismo, especialmente
mediante nomeações ou designações recíprocas, envolvendo órgão ou entidade da
administração pública de qualquer esfera de governo.
b) É vedada a contratação direta, sem licitação, por órgão ou entidade da
administração pública federal de pessoa jurídica na qual haja administrador ou sócio
com poder de direção, familiar de detentor de cargo em comissão ou função de
confiança que atue na área responsável pela demanda ou contratação ou de
autoridade a ele hierarquicamente superior no âmbito de cada órgão e de cada
entidade.
c) Serão objeto de apuração específica os casos em que haja indícios
de influência dos agentes públicos na contratação de familiares por empresa
prestadora de serviço terceirizado ou entidade que desenvolva projeto no âmbito de
órgão ou entidade da administração pública federal.
d) Cabe aos titulares dos órgãos e entidades da administração pública federal
exonerar ou dispensar agente público em situação de nepotismo, de que tenham
conhecimento, ou requerer igual providência à autoridade encarregada de nomear,

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designar ou contratar, sob pena de responsabilidade.


e) Cabe à Controladoria-Geral da União notificar os casos de nepotismo de que
tomar conhecimento às autoridades competentes, sem prejuízo da responsabilidade
permanente delas de zelar pelo cumprimento deste Decreto, assim como de apurar
situações irregulares, de que tenham conhecimento, nos órgãos e entidades
correspondentes.
Comentários: uma questão literal para podermos lembrar de ter atenção
aos detalhes da redação de cada artigo do Decreto. Vamos lá:
a) ERRADA. Conforme o art. 3º, §1º do Decreto 7.203/2010, “Aplicam-se as
vedações deste Decreto também quando existirem circunstâncias
caracterizadoras de ajuste para burlar as restrições ao nepotismo,
especialmente mediante nomeações ou designações recíprocas, envolvendo
órgão ou entidade da administração pública federal”.
b) CERTA, nos exatos termos do art. 3º, §3º do Decreto 7.203/2010.
c) CERTA, nos exatos termos do art. 6º, II do Decreto 7.203/2010.
d) CERTA, nos exatos termos do art. 5º do Decreto 7.203/2010.
e) CERTA, nos exatos termos do art. 5º, parágrafo único do Decreto
7.203/2010.
Gabarito: alternativa “a”

6. (Questão Inédita) Marília ocupa cargo de direção em uma empresa estatal e,


sabendo que Maurício, seu cunhado, passa por dificuldades financeiras, deseja
designa-lo para exercer função de confiança na entidade. Sabendo que tal
designação poderia não ser bem vista pela sociedade, Marília entende que seria
melhor encontrar uma ocupação para Maurício em outra entidade da Administração
Pública. Portanto, solicita a Sandoval, seu amigo de longa data e dirigente de uma
autarquia federal, que nomeie Maurício para um cargo em comissão na autarquia.
A respeito da situação hipotética acima, e considerando o que consta do Decreto n.
7.203/2010, é correto afirmar que:
a) A situação não apresenta indícios de nepotismo, uma vez que o grau de
parentesco entre Marília e Maurício não está abrangido pelas vedações do Decreto
7.203/2010.
b) Ainda que a designação de Maurício tenha ocorrido em outra entidade, ela é
vedada pela legislação, ante a presença de circunstâncias caracterizadoras de
ajuste para burlar as restrições ao nepotismo.

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c) Marília agiu corretamente ao solicitar a nomeação de Maurício em outra entidade,


visto que o nepotismo apenas poderá ser caracterizado no âmbito do mesmo órgão
ou entidade do agente público com grau de parentesco.
d) Para evitar o nepotismo, Marília não precisaria ter adotado a cautela de solicitar a
nomeação de Maurício em outra entidade, desde que o designasse para uma função
na empresa estatal que não estivesse sob sua subordinação direta.
e) Para evitar o nepotismo e ainda assim ajudar seu cunhado, Marília poderia indicar
Maurício para uma vaga de estágio ou, ainda, contratá-lo como agente temporário
na empresa estatal, pois designações para o exercício de tais funções na
administração pública não se enquadram nas vedações do Decreto 7.203/2010, eis
que não envolvem o exercício de atribuições de direção, chefia ou assessoramento.
Comentários: vamos analisar cada alternativa:
a) ERRADA. Os cunhados são parentes em linha colateral, por afinidade,
em segundo grau; logo, estão sim abrangidos pelo Decreto 7.203/2010.
b) CERTA. Ciente da legislação, Marília buscou alternativas para usar de
sua posição com o fim de favorecer Maurício, um familiar com grau de
parentesco abrangido pelas vedações do Decreto 7.203/2010. No caso,
podemos afirmar que a situações de enquadra no disposto no art. 3º, §1º do
Decreto:
§ 1o Aplicam-se as vedações deste Decreto também quando existirem
circunstâncias caracterizadoras de ajuste para burlar as restrições ao
nepotismo, especialmente mediante nomeações ou designações recíprocas,
envolvendo órgão ou entidade da administração pública federal.

c) ERRADA. A atitude de Marília pode ser vista como uma tentativa de


burlar as restrições ao nepotismo, uma vez que teve como resultado prático a
nomeação de seu parente para um cargo em comissão, em decorrência de sua
influência. Como visto acima, o Decreto 7.203/2010 também veda qualquer
ajuste para burlar as restrições ao nepotismo, especialmente mediante
nomeações ou designações recíprocas, envolvendo órgão ou entidade da
administração pública federal.
d) ERRADA. O simples fato de Maurício ser parente em segundo grau de
uma ocupante de cargo de direção na empresa estatal o impede de ser
designado para qualquer cargo em comissão ou função de confiança na
mesma entidade, sob pena de caracterizar nepotismo.
e) ERRADA. Conforme o art. 3º, II e III do Decreto 7.203/2010, as
designações ou contratações de familiar para funções temporárias ou para
estágio também caracterizam nepotismo, salvo se precedidas de processo

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seletivo.
Art. 3o No âmbito de cada órgão e de cada entidade, são vedadas as nomeações,
contratações ou designações de familiar de Ministro de Estado, familiar da máxima
autoridade administrativa correspondente ou, ainda, familiar de ocupante de cargo em
comissão ou função de confiança de direção, chefia ou assessoramento, para:
I - cargo em comissão ou função de confiança;
II - atendimento a necessidade temporária de excepcional interesse público,
salvo quando a contratação tiver sido precedida de regular processo seletivo; e
III - estágio, salvo se a contratação for precedida de processo seletivo que assegure o
princípio da isonomia entre os concorrentes.

Gabarito: alternativa “b”

7. (Questão Inédita) Nos termos do Decreto 7.203/2010, quando uma situação


de nepotismo for identificada:
a) A providência de exonerar ou dispensar agente público em situação de nepotismo
cabe exclusivamente à autoridade encarregada de nomear, designar ou contratar.
b) A Controladoria-Geral da União pode exonerar ou dispensar agente público em
situação de nepotismo, sem prejuízo das providências a serem adotadas pelas
demais autoridades competentes.
c) A autoridade encarregada de nomear, designar ou contratar agente público em
situação de nepotismo possui o dever de exonera-lo ou dispensa-lo do cargo ou
função, desde que previamente notificada pela Controladoria-Geral da União.
d) Se o titular do órgão não exonerar ou dispensar o agente em situação de
nepotismo diretamente, deverá ao menos requerer igual providência à autoridade
que o nomeou ou designou, sob pena de responsabilidade.
Comentários:
a) ERRADA. Além da autoridade encarregada de nomear, designar ou
contratar, os titulares dos órgãos e entidades da administração pública federal
também podem exonerar ou dispensar agente público em situações de
nepotismo. É o que prevê o art. 5º do Decreto 7.203/2010:
Art. 5º Cabe aos titulares dos órgãos e entidades da administração pública federal
exonerar ou dispensar agente público em situação de nepotismo, de que tenham
conhecimento, ou requerer igual providência à autoridade encarregada de nomear,
designar ou contratar, sob pena de responsabilidade.

b) ERRADA. A Controladoria-Geral da União apenas pode notificar os


casos de nepotismo de que tomar conhecimento às autoridades competentes,

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mas não pode exonerar ou dispensar os agentes:


Art. 5º (...)
Parágrafo único. Cabe à Controladoria-Geral da União notificar os casos de
nepotismo de que tomar conhecimento às autoridades competentes, sem prejuízo da
responsabilidade permanente delas de zelar pelo cumprimento deste Decreto, assim
como de apurar situações irregulares, de que tenham conhecimento, nos órgãos e
entidades correspondentes.
c) A autoridade pode promover a exoneração ou a dispensa de ofício,
independentemente de notificação da CGU. Obviamente, se a CGU fizer a
notificação, a autoridade também deve agir.
e
d) CERTA, nos termos do art. 5º do Decreto 7.203/2010:
Art. 5º Cabe aos titulares dos órgãos e entidades da administração pública federal
exonerar ou dispensar agente público em situação de nepotismo, de que tenham
conhecimento, ou requerer igual providência à autoridade encarregada de nomear,
designar ou contratar, sob pena de responsabilidade.

Gabarito: alternativa “d”

8. (Questão Inédita) Uma sociedade de economia mista federal pretende


realizar licitação para contratar empresa terceirizada de serviços de limpeza. Nessa
situação, a entidade não precisa adotar nenhuma providência para evitar o
nepotismo, que somente se caracteriza na nomeação ou designação de parentes
para cargos em comissão ou função de confiança.
Comentário: O Decreto 7.203/2010 apresenta duas situações que
caracterizam nepotismo em licitações:
i) Contratação direta, sem licitação, por órgão ou entidade da administração
pública federal de pessoa jurídica na qual haja administrador ou sócio com poder
de direção, familiar de detentor de cargo em comissão ou função de confiança
que atue na área responsável pela demanda ou contratação ou de autoridade a ele
hierarquicamente superior no âmbito de cada órgão e de cada entidade (art. 3º,
§3º).
ii) Influência de agentes públicos na contratação de familiares por empresa
prestadora de serviço terceirizado ou entidade que desenvolva projeto no âmbito
de órgão ou entidade da administração pública federal (art. 6º, II).

Portanto, diante dessas vedações, a entidade mencionada no enunciado


poderia adotar ao menos as seguintes providências para evitar o nepotismo na
contratação que pretende realizar:
i) caso a contratação seja feita por dispensa ou inexigibilidade de licitação,

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deverá se certificar que a empresa a ser contratada não possua administrador


ou sócio com poder de direção que seja familiar de detentor de cargo em
comissão ou função de confiança que atue na área responsável pela demanda
ou contratação ou de autoridade a ele hierarquicamente superior;
ii) caso a empresa a ser contratada tenha em seu quadro de funcionários
algum familiar de detentor de cargo em comissão ou função de confiança da
sociedade de economia mista, deverá vedar que este familiar preste serviços
relacionados ao contrato na entidade pública. Tal vedação, inclusive, deve
estar prevista no edital da licitação (detalhe é que, caso a contratação seja
direta, não haverá edital).
Gabarito: Errada 3

*****

É isso! Ficamos por aqui. Espero que tenha aproveitado a aula.


Qualquer dúvida, poste lá no fórum.

Bons estudos!

Erick Alves

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Questões comentadas na aula

1. (Cespe – IBAMA 2013) Expresso no Decreto 7.203/2010, que dispõe sobre a vedação
do nepotismo na administração pública federal, o nepotismo, seja vertical, horizontal ou
transversal, deve ser combatido na administração pública, pois atenta contra a ética e a
moralidade pública.
2. (ESAF – MF 2014) Luiz e Márcia casaram-se em 1990 e, logo após o casamento,
lograram, ambos, êxito em concurso público prestado, passando a ocupar cargo público efetivo
em carreira típica de estado com exercício no Ministério da Fazenda, em unidade
organizacional localizada no Estado do Ceará.
Em 2003 Luiz, servidor muito experiente e dedicado, após anos de exercício do cargo efetivo, é
2
convidado para assumir o posto de dirigente máximo da unidade organizacional do Ceará,
convite este que ele aceitou prontamente.
Seu primeiro ato como dirigente da unidade foi nomear Caio e Carlos, seus colegas de trabalho
de longa data como seus dois e únicos subordinados diretos; Caio seria o responsável pelo
atendimento ao cidadão e Carlos cuidaria dos demais serviços prestados pela unidade.
A respeito do caso concreto acima narrado e tendo em mente o que consta do Decreto n.
7.203/2010, analise as afirmativas abaixo, classificando-as em verdadeiras (V) ou falsas (F).
Ao final, assinale a opção que contenha a sequência correta.
() Luiz não poderia ocupar o cargo em comissão mencionado por força da vedação ao
nepotismo estabelecida no Decreto n.7.203/2010.
() Em qualquer caso é vedada a manutenção de familiar ocupante de cargo em comissão ou
função de confiança sob subordinação direta do agente público.
() Para os fins do Decreto n.7.203/2010, o cônjuge não é considerado familiar, sendo assim
considerados somente os descendentes ou ascendentes na linha reta.
a) F, V, V
b) V, F, V
c) F, V, F
d) V, V, V
e) F, F, F.

3. (Questão Inédita) João é Diretor de uma sociedade de economia mista federal e, no


uso de suas competências, no ano de 2015, designa Adriana para exercer função de confiança
na referida entidade federal, sob sua subordinação direta. No mesmo ano, João e Adriana
iniciam um relacionamento amoroso e se casam em 2017.
A respeito do caso concreto acima narrado e tendo em mente o que consta do Decreto n.
7.203/2010, analise as afirmativas abaixo:

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I) A designação de Adriana não caracteriza nepotismo, exceto se ficar caracterizado que houve
um ajuste prévio para burlar a vedação ao nepotismo.
II) Como o casamento ocorreu após a designação de Adriana para a função de confiança, ela
poderia permanecer atuando sob a subordinação direta de João
III) O Decreto 7.203/2010 não se aplica à situação apresentada, pois ela ocorreu no âmbito de
uma sociedade de economia mista, entidade que atua sob o regime de direito privado.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I
b) I e II
c) II b
d) II e III
e) I e III

4. (Questão Inédita) Carlos foi nomeado para exercer cargo em comissão em autarquia
federal, na qual seu irmão José também é detentor de cargo em comissão. Nesta situação, a
nomeação em tela:
a) caracteriza nepotismo, independentemente do nível hierárquico do cargo para o qual Carlos
foi nomeado.
b) não caracteriza nepotismo, desde que Carlos não tenha sido nomeado por José.
c) não caracteriza nepotismo, pois o nepotismo apenas abrange a nomeação de parentes em
linha reta, e não na linha colateral.
d) caracteriza nepotismo, ainda que José não tenha tido influência direta na nomeação de
Carlos.
e) não caracteriza nepotismo na hipótese de Carlos ser servidor federal ocupante de cargo
efetivo, independentemente da sua qualificação profissional.

5. (Questão Inédita) Conforme o Decreto 7.203/2010, assinale a alternativa incorreta:


a) A vedações ao nepotismo também se aplicam quando existirem circunstâncias
caracterizadoras de ajuste para burlar as restrições ao nepotismo, especialmente mediante
nomeações ou designações recíprocas, envolvendo órgão ou entidade da administração
pública de qualquer esfera de governo.
b) É vedada a contratação direta, sem licitação, por órgão ou entidade da administração
pública federal de pessoa jurídica na qual haja administrador ou sócio com poder de direção,
familiar de detentor de cargo em comissão ou função de confiança que atue na área
responsável pela demanda ou contratação ou de autoridade a ele hierarquicamente superior no
âmbito de cada órgão e de cada entidade.

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c) Serão objeto de apuração específica os casos em que haja indícios de influência dos
agentes públicos na contratação de familiares por empresa prestadora de serviço terceirizado
ou entidade que desenvolva projeto no âmbito de órgão ou entidade da administração pública
federal.
d) Cabe aos titulares dos órgãos e entidades da administração pública federal exonerar ou
dispensar agente público em situação de nepotismo, de que tenham conhecimento, ou
requerer igual providência à autoridade encarregada de nomear, designar ou contratar, sob
pena de responsabilidade.
e) Cabe à Controladoria-Geral da União notificar os casos de nepotismo de que tomar
conhecimento às autoridades competentes, sem prejuízo da responsabilidade permanente
delas de zelar pelo cumprimento deste Decreto, assim como de apurar situações irregulares,
de que tenham conhecimento, nos órgãos e2entidades correspondentes.

6. (Questão Inédita) Marília ocupa cargo de direção em uma empresa estatal e, sabendo
que Maurício, seu cunhado, passa por dificuldades financeiras, deseja designa-lo para exercer
função de confiança na entidade. Sabendo que tal designação poderia não ser bem vista pela
sociedade, Marília entende que seria melhor encontrar uma ocupação para Maurício em outra
entidade da Administração Pública. Portanto, solicita a Sandoval, seu amigo de longa data e
dirigente de uma autarquia federal, que nomeie Maurício para um cargo em comissão na
autarquia.
A respeito da situação hipotética acima, e considerando o que consta do Decreto n.
7.203/2010, é correto afirmar que:
a) A situação não apresenta indícios de nepotismo, uma vez que o grau de parentesco entre
Marília e Maurício não está abrangido pelas vedações do Decreto 7.203/2010.
b) Ainda que a designação de Maurício tenha ocorrido em outra entidade, ela é vedada pela
legislação, ante a presença de circunstâncias caracterizadoras de ajuste para burlar as
restrições ao nepotismo.
c) Marília agiu corretamente ao solicitar a nomeação de Maurício em outra entidade, visto que o
nepotismo apenas poderá ser caracterizado no âmbito do mesmo órgão ou entidade do agente
público com grau de parentesco.
d) Para evitar o nepotismo, Marília não precisaria ter adotado a cautela de solicitar a nomeação
de Maurício em outra entidade, desde que o designasse para uma função na empresa estatal
que não estivesse sob sua subordinação direta.
e) Para evitar o nepotismo e ainda assim ajudar seu cunhado, Marília poderia indicar Maurício
para uma vaga de estágio ou, ainda, contratá-lo como agente temporário na empresa estatal,
pois designações para o exercício de tais funções na administração pública não se enquadram
nas vedações do Decreto 7.203/2010, eis que não envolvem o exercício de atribuições de
direção, chefia ou assessoramento.

7. (Questão Inédita) Nos termos do Decreto 7.203/2010, quando uma situação de


nepotismo for identificada:

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a) A providência de exonerar ou dispensar agente público em situação de nepotismo cabe


exclusivamente à autoridade encarregada de nomear, designar ou contratar.
b) A Controladoria-Geral da União pode exonerar ou dispensar agente público em situação de
nepotismo, sem prejuízo das providências a serem adotadas pelas demais autoridades
competentes.
c) A autoridade encarregada de nomear, designar ou contratar agente público em situação de
nepotismo possui o dever de exonera-lo ou dispensa-lo do cargo ou função, desde que
previamente notificada pela Controladoria-Geral da União.
d) Se o titular do órgão não exonerar ou dispensar o agente em situação de nepotismo
diretamente, deverá ao menos requerer igual providência à autoridade que o nomeou ou
designou, sob pena de responsabilidade.

8. (Questão Inédita) Uma sociedade de economia mista federal pretende realizar licitação
para contratar empresa terceirizada de serviços de limpeza. Nessa situação, a entidade não
precisa adotar nenhuma providência para evitar o nepotismo, que somente se caracteriza na
nomeação ou designação de parentes para cargos em comissão ou função de confiança.

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Gabarito

1) E
2) c
3) a
4) d
5) a
6) b
7) d
8) E

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