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Cálculo Integral

Gabaritando Matemática

24 de junho de 2020

1
E aí, pessoal! Beleza? Está aqui um pdf todo organizado e na ordem do cronograma de
estudos para quem deseja assistir o curso de Cálculo Integral do canal. Ele será atualizado no
decorrer das postagens dos vídeos.

Aqui neste PDF teremos um resumo com fórmulas, definições e os assuntos mais importan-
tes de cada tópico, o link do vídeo com a aula do referido tópico e todas as questões resolvidas
no canal, em ordem e por assunto, tudo bem organizado para o aluno conseguir estudar sozinho.

Tudo disponibilizado no canal é gratuito! Exercícios, aulas e material, então eu peço a vocês
que compartilhem esse material com seus amigos e outros estudantes, assim vocês ajudam a
divulgar esse trabalho que está sendo feito com todo carinho e organização possível, além de
ajudar a democratizar o ensino.

Espero poder continuar fazendo esse mesmo trabalho com outras disciplinas, então é impor-
tante o feedback de vocês nas aulas e resoluções de exercícios, curtindo, comentando e deixando
críticas construtivas, beleza? Abraços e bons estudos.

Algumas orientações para usar o PDF:

Ao lado de cada questão estará a letra R e, ao clicar na letra, você irá acessar a resolução
da questão em vídeo no Youtube. E ao lado de cada tópico estará a letra A indicando o link
da aula sobre o assunto no Youtube. Para quem preferir, é só seguir as playlists de exercícios
e aulas no canal, pois elas seguem a ordem dos assuntos deste pdf.

A ideia é que vocês tentem resolver os exercícios sozinhos, depois da aula, e, somente após
a tentativa de resolver, assistir a resolução.

Exemplo: Se você assistiu a aula de substituição simples, os exercícios referentes à esse


assunto estarão na playlist de exercícios com o nome do tópico e o número da questão ao final
do título, por exemplo: Cálculo Integral: Exercícios de Substituição Simples - Questão
83. O exemplo anterior seria a questão número 83 do assunto de substituição simples que está
neste pdf (os exercícios da playlist vão seguir a ordem dos vídeos de teoria).

Alguns links:

Playlist de aulas: Clique aqui.

Playlist de exercícios: Clique aqui.

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Os materiais que uso para produção das aulas são diversos, mas os principais são o livro do
Guidorizzi e o material didático do curso de matemática do CEDERJ/UFF.
Gabaritando Matemática

Sumário

1 Introdução ao cálculo integral A1 e A2 3

1.1 Definições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

1.2 Propriedades da integral A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

1.2.1 Exercícios com resoluções em vídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

2 Teorema Fundamental do Cálculo (Demonstração) 7

2.1 Primeira forma do TFC (Derivando a integral) A . . . . . . . . . . . . . . . 7

2.1.1 Exercícios com resoluções em vídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

2.2 Calculando primitivas e integrais indefinidas A . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

2.3 Segunda forma do TFC (Calculando a integral definida) A . . . . . . . . . . . 8

2.4 Lista de Integrais imediatas A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

2.4.1 Exercícios com resoluções em vídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

3 Técnica da substituição simples ou troca de variável A 10

3.0.1 Exercícios com resoluções em vídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

3.1 Função par e função ímpar A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

3.1.1 Exercícios com resoluções em vídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

4 Técnica de integração por partes A 14

4.0.1 Exercícios com resoluções em vídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

5 Área entre curvas A 16

5.0.1 Exercícios com resoluções em vídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

6 Integração de Potências e Produtos de Funções Trigonométricas 20

6.0.1 Exercícios com resoluções em vídeo (Em breve) . . . . . . . . . . . . . . 23

7 Método de Substituição Trigonométrica A1 e A2 24

7.0.1 Exercícios com resoluções em vídeo (Em breve) . . . . . . . . . . . . . . 24

8 Integração de Funções Racionais por Frações Parciais 25

8.0.1 Exercícios com resoluções em vídeo (Em breve) . . . . . . . . . . . . . . 26

1
Gabaritando Matemática

9 Integrais Impróprias 27

9.1 Tipo 1 - Integral sobre intervalo não limitado A . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

9.2 Tipo 2 - Caso da descontinuidade infinita A . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

9.3 Exercícios com resoluções em vídeo (Em breve) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

10 Critérios de convergência e divergência 29

10.1 Critério da Comparação A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

10.2 Exemplos referenciais A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

10.3 Extensão do critério da comparação A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

10.4 Critério do Limite do Quociente A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

10.5 Exercícios com resoluções em vídeo (Em breve) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

11 Volume de Sólidos 32

11.1 Método dos Discos e Arruelas A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

11.2 Método das Cascas Cilíndricas A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

11.3 Método das Seções transversais A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

11.4 Exercícios com resoluções em vídeo (Em breve) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

12 Comprimento de Curva e Área de Superfícies 35

13 Desafios 35

2
Gabaritando Matemática

1 Introdução ao cálculo integral A1 e A2

1.1 Definições
Z a
1. Se f está definida em x = a, definimos f (x)dx = 0.
a

2. Seja f : [a, b] → < tal que f é uma função integrável em [a, b], tal que f (x) ≥ 0 em [a, b].
Definimos a área da região R limitada superiormente pelo gráfico de f , porZ baixo pelo
b
eixo x, e lateralmente pelas retas x = a e x = b, como sendo o número R = f (x)dx
a

3. Caso a função seja f (x) ≤ 0 em [a, b], definimos, analogamente, a área como sendo
Z b
R=− f (x)dx
a
Z b Z a
4. f (x)dx = − f (x)dx
a b

Teorema - Continuidade implica integrabilidade

Se f : [a, b] → < é contínua em [a, b], então f é uma função integrável em [a, b].

1.2 Propriedades da integral A


Z b
1. Integral da constante: cdx = c(b − a)
a
Z b
b 2 a2
2. Integral da identidade: xdx = −
a 2 2
Z b Z b
3. Constante vezes a função: αf (x)dx = α f (x)dx
a a
Z b Z b Z b
4. Integral da soma é a soma das integrais: (f (x) ± g(x))dx = f (x)dx ± g(x)dx
a a a
Z b Z c Z b
5. Partição: f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx com c ∈ [a, b].
a a c
Z b
6. Se f (x) ≥ 0 em [a, b], então f (x)dx ≥ 0. Decorre diretamente desse fato que se
Z b a Z b
f (x) ≥ g(x) em [a, b], então f (x)dx ≥ g(x)dx.
a a
Z b
7. Se m ≤ f (x) ≤ M em [a, b], então m(b − a) ≤ f (x)dx ≤ M (b − a)
a

Teorema do valor médio para integrais A


Z b
Se a < b e f : [a, b] → < é contínua em [a, b], então existe c ∈ [a, b] tal que f (x)dx =
a
f (c)(b − a).

3
Gabaritando Matemática

1.2.1 Exercícios com resoluções em vídeo


Z 1 Z 2
1. Se f é uma função contínua sobre o intervalo [0, 5] que satisfaz f (x)dx = 6, f (x)dx =
Z 5 0 0

4, f (x)dx = 1, use as propriedades básicas da integral definida para encontrar cada


2
uma das seguintes integrais definidas: R
Z 5 Z 0
(a) f (x)dx (d) f (x)dx
0 0
Z 2 Z 0
(b) f (x)dx (e) f (x)dx
1 2
Z 5 Z 1
(c) f (x)dx (f) f (x)dx
1 5

2. O gráfico de f consiste de segmentos de reta e de um semicírculo de raio 2, como mostra


a Figura. Calcule cada integral definida, usando fórmulas de geometria. R

Z 2 Z 6 Z 6
(a) f (x)dx (c) f (x)dx (e) 3f (x)dx
0 2 −4
Z 2 Z 0 Z 2 Z 6
(b) f (x)dx − f (x)dx (d) f (x)dx (f) |f (x)|dx
0 −2 −4 −4

3. Calcule as integrais usando o gráfico e a interpretação geométrica da integral. R

4
Gabaritando Matemática

Z 0 Z 3 Z 20 Z 20
(a) f (x)dx (c) f (x)dx (e) f (x)dx (g) |f (x)|dx
−8 −8 12 −8
Z 3 Z 12 Z 20
(b) f (x)dx (d) f (x)dx (f) f (x)dx
0 3 −8

(h) Calcule a área da região limitada pelo gráfico de f e pelo eixo x.

4. Use as propriedades básicas da integral definida para calcular cada expressão. Você pode
Z b
b 2 − a2 Z b
b 3 − a3
assumir que xdx = e que x2 dx = . Em cada caso faça um esboço
a 2 a 3
do integrando no intervalo dado e interprete o resultado em termos de áreas. R
Z 4 Z 3 Z 1 Z 4
2
(a) (4 + π)dx (b) 2xdx (c) (4 − x )dx (d) (x2 − 6x + 8)dx
−5 1 −2 1

Z 4 2x2 , se 0 ≥ x ≤ 2
(e) f (x)dx onde f (x) =
0 3x, se 2 < x ≤ 2

 4 − x2 ,
se − 2 ≥ x < 2
5. Seja f dada por f (x) = . R
x2 − 6x + 8, se 2 ≥ x ≤ 4

(a) Esboce a região T compreendida entre o gráfico da função y = f (x) e o eixo x.


(b) Cálcule a área da região T.
Z 4
(c) f (x)dx
−2

6. Calcule cada integral usando as propriedades básicas da integral definida junto com fór-
mulas apropriadas da geometria. R
Z 2
(a) (1 − |x|)dx
−2
Z 0 √
(b) (1 + 9 − x2 )dx
−3
Z 3
(c) |3x − 5|dx
0

7. Para cada uma das regiões mostradas a seguir, escreva uma integral definida que dê a
área da região. (Não calcule a integral). R

8. Use as propriedades das integrais para verificar cada desigualdade, sem calcular as inte-
grais. R

5
Gabaritando Matemática

Z π
4
Z π
4
Z 1 √ √
(a) sin3 (x)dx ≤ sin2 (x)dx (b) 2 ≤ 1 + x2 ≤ 2 2
0 0 −1

9. Use as propriedades das integrais definidas para verificar a veracidade ou falsidade das
seguintes desigualdades sem calcular as integrais. R
Z 3 √
4 x
Z 3
x2
(a) 1 >0 (b) <0
2
1−x 0 2 − cos(x)

6
Gabaritando Matemática

2 Teorema Fundamental do Cálculo (Demonstração)

2.1 Primeira forma do TFC (Derivando a integral) A

Sejam aZ< b e f : [a, b] → R uma função contínua em [a, b]. Para cada x ∈ [a, b] definamos
x
F (x) = f (t)dt.
a

Teorema: A primeira forma do TFC diz que se a < b e f : [a, b] → R é contínua em [a, b],
então F é derivável em [a, b] e
F 0 (x) = f (x)
para todo x ∈ [a, b].

2.1.1 Exercícios com resoluções em vídeo


Z sin x
1. Mostre que G(x) = tn dt é derivável em R e calcule a sua derivada. R
0
Z 0
2. Mostre que G(x) = t cos tdt é derivável em R e calcule a sua derivada. R
x3
Z x3 √
3. Mostre que H(x) = tdt é derivável em [0, +∞), sendo H(x) definida para todo
0
x ∈ [0, +∞) e calcule a sua derivada. R
Z x3
4. Mostre que H(x) = cos tdt é derivável em R e calcule a sua derivada. R
x2
Z x2 √
5. Mostre que G(x) = 1 + t4 dt é derivável em R e calcule a sua derivada. R
− sin2 x
Z x3 √
6. Mostre que H(x) = √ t sin(t)dt é derivável em (0, +∞), sendo H(x) definida para
x
todo x ∈ [0, +∞) e calcule a sua derivada. R
Z x2
sin(2t)
7. Considere a função G(x) = 2x+ dt. Mostre que G é derivável em R e determine:
0 1 + t2
G(0) e G0 (x). R
Z x
2x
8. Assuma que f seja uma função contínua em R e que F (x) = f (t)dt = . Deter-
0 4 + x2
mine f (0).

9. Use a primeira forma do TFC para calcular a derivada das seguintes funções:
Z x
2t
(a) F (x) = √ dt, x > 0.
3 t
Z 0
(b) F (x) = arcsin(t2 )dt, −1 < x < 1.
x
Z x2 +sin x
1
(c) F (x) = √ dt, x > 0.
x 1 + t2
Z x2 +sin x
1
(d) G(x) = x2 √ dt, x > 0.
x 1 + t2

7
Gabaritando Matemática

Z 3x2
(e) y = sin(t2 )dt.
arctan(5x)
Z e2x
(f) y = √ arctan(t2 )dt, x > 0.
e4 x

2.2 Calculando primitivas e integrais indefinidas A

Seja f uma função definida num intervalo I. Uma primitiva de f em I é uma função F
definida em I, tal que
F 0 (x) = f (x)
para todo x em I.

Z
A notação f (x)dx será utilizada para representar a família das primitivas de f . É comum
Z
referir-se a f (x)dx como a integral indefinida de f .

2.3 Segunda forma do TFC (Calculando a integral definida) A

Teorema: A segunda forma do TFC diz que sejam a < b e f : [a, b] → R é contínua em [a, b].
Se G : [a, b] → R é derivável em [a, b] e G0 = f (G é qualquer primitiva de f ), então
Z b
f (x)dx = G(b) − G(a).
a

2.4 Lista de Integrais imediatas A


xn+1
Z Z
1. n
x dx = + C, n , −1 8. csc2 (x)dx = − cot(x) + C
n+1
Z
Z
1 9. sec(x) tan(x)dx = sec(x) + C
2. dx = ln |x| + C
x Z
Z
10. csc(x) cot(x)dx = − csc(x) + C
3. ex dx = ex + C
x
Z
1
Z
x a 11. dx = arctan(x) + C
4. a dx = + C, a > 0, a , 1 1 + x2
ln(a) Z
1
Z 12. √ dx = arcsin(x) + C
5. cos(x)dx = sin(x) + C 1 − x2
Z
1
13. −√ dx = arccos(x) + C
Z
6. sin(x)dx = − cos(x) + C 1 − x2
Z
1
dx = sec−1 (x) + C
Z
7. 2
sec (x)dx = tan(x) + C 14. √
|x| x − 1
2

8
Gabaritando Matemática

2.4.1 Exercícios com resoluções em vídeo

Calcule as integrais definidas e indefinidas (divirtam-se):


Z 4 Z 
3

2
1. (7x − 3)dx R 20. x + dx R
−1 x
1
Z 2 Z
x5 + x + 1
!
2. dx R 21. dx R
1 x2 x2
Z √
x
3. dx R
Z 2
1

−25 22. x+ dx R
Z 1 x
4. (x−4 + 3)dx R Z
23. ((n+1)xn +nxn−1 +· · ·+3x2 +2x+1)dx R
Z √
5
5. x2 dx R 1
Z
2 25
24. √ dx R
Z 1
1 Z 2
1 0 1 − x2
6. dx e dx R
−2 x 1 x √
3
Z
2 −25
Z 
1 1
 25. √ dx R
7. 2
+ 4 dx R 0 1 − x2
x x Z
e2x dx
Z 2
26. R
8. (x2 + |x| + 2)dx R
−1
Z 1
e−x dx
Z 2
27. R
9. |y − y 3 |dy R 0
−3
Z
Z 3π
4 28. 3x dx R
10. | cos x|dx R
0 Z
29. (5x + e−x )dx R
!
Z
1
11. √
3
+ x3 + sin x dx R
x Z
1
Z π 30. dx R
12.
2
5 sin(x)dx R 7x
0 Z 4
Z π
4
31. 53−x dx R
2 3
13. 6 sec θdθ R
− π6
Z
85x
Z
x2 32. dx R
14. e dy R 7
Z π
Z
8−5x + 26x
15.
2
(5 sin x − 2 cos x)dx R 33. dx R
0
8x
√ 1
Z Z  
4x
16. x xdx R 34. e + x dx R
e
x3 + 1
Z Z
17. dx R 35. bαx dx, b > 0, α , 0 R
x
16x
Z Z
18. dx R 36. tan2 tdt R
x + x3
Z 
1 cos x + sec x
 Z  
−1
19. x + 2 dx R 37. dx R
x cos x

9
Gabaritando Matemática

3 Técnica da substituição simples ou troca de variável


A

Se u = g(x) é uma função diferenciável, f é uma função contínua e Im(g) ⊂ Dom(f ), então
Z Z
0
Indefinida: f (g(x))g (x)dx = f (u)du = F (u) + C = F (g(x)) + C. Onde F é uma
primitiva de f .
Z b Z g(b)
0
Definida: f (g(x))g (x)dx = f (u)du.
a g(a)

Z
10
Ex: ex x9 dx

A ideia é procurar a função g(x) que suspeitamos ser a substituição adequada, neste caso
podemos ver que a derivada de u = x10 tem um x9 , que é justamente a expressão que multiplica
a composta, sendo assim, basta fazer u = x10 ⇒ du = 10x9 dx, mas o que temos na integral é
du
somente x9 dx, para ajeitar isso, basta dividir por 10, ficando = x9 dx, teremos então:
10
10
Z
1 Z u
u du eu ex
e = e du = +C = + C.
10 10 10 10
Z 2
10
Caso fosse uma integral definida ex x9 dx, poderíamos simplesmente aplicar os limites
0
de integração depois de achar a indefinida (que é o que eu aconselho e vou estar sempre fazendo
Z 2 Z 210
x10 9 du
nos vídeos) ou resolver a integral e x dx = eu , pois x = 2 implica em u = 210
0 0 10
(u = x10 ) e x = 0 implica em u = 0.

3.0.1 Exercícios com resoluções em vídeo

Calcule as integrais definidas e indefinidas (divirtam-se):


Z π
1. tan θdθ R
Z
2 x
8. cos dx R
− π2 2
Z π Z
3
2. cot θdθ R 9. tan2 2xdx R
π
6
Z
Z 10. sin2 xdx R
3. sin(5x)dx R
Z
Z √ 11. cos2 xdx R
4. cos( 3x)dx R
Z π
2
12. (sin x + cos x)2 dx R
Z 
1

0
5. x + cos 3x dx R
5
Z
13. (x + sec2 3x)dx R
Z 
1 1

6. cos 3x − sin 7x dx R
Z
3 7 14. (1 − cos 2x)2 dx R
Z 
1 3x
 Z
7. e − sin 3x dx R 15. sin2 2xdx R
3

10
Gabaritando Matemática

Z Z 1 √
16. cos4 xdx R 37. t 1 + 3t2 dt R
0
Z
1Z Z
2x
17. f (αx)dx = f (u)du, α , 0 R 38. dx R
α 1 + x2
Z
18. (cos(αx) + sin(αx) + eαx )dx, α , 0 R 39.
Z
4
dx R
Z
(1 + 2x)5
19. 2350x dx R Z
x
40. dx R
Z (1 + 4x2 )2
20. 3040x dx R Z 1
dx
41. R
Z √
π 0 (x + 1)5
21. x cos x2 dx R
0
Z
8x
42. dx R
Z
xn sin xn (x2 + 16)2
22. dx R
x Z
x3
43. dx R
1 (16 + x4 )3
 
Z sin
23. x7 dx R Z 2
3x8 44. x2 (x − 2)10 dx R
1
Z 1
cos(x−n )
x Z
24. dx R 3
xn 45. x2 ex dx R
Z 2π √ Z
25. 1 + cos xdx R 46. xn−1 ex dx
n
R
0
Z
dx 2
26. R
Z
x7x
k+x 47. dx R
3
Z
5dx
27. R
Z
x4
4x + 3 48. dx R
3x5
Z
2dx Z
28. R 49. (1 + sin x)2 cos xdx R
2x + 3
Z
2x + 3 Z
29. dx R 50. sin x cos2 xdx R
x+1
π
Z 
5 2
 Z
2
30. + dx R 51. sin3 xdx R
x−1 x π
3
Z 1 Z
31. (3x + 1)4 dx R 52. cos3 xdx R
0
Z Z
4
32. x(1 + x) 3 dx R 53. cos x sin5 xdx R
Z 1 √ Z √
33. 3x + 1dx R 54. sin x cos xdx R
0
Z √ Z
34. x3 x4 + 1dx R 55. cos(2x)5sin(2x) dx R
Z Z q
3 4 2
35. (x + 1) x dx R 56. sin 2x 5 + sin2 xdx R
Z
x
√ Z
2
36. e 1+ ex dx R 57. sin(2x)3cos x dx R

11
Gabaritando Matemática

Z √ln π Z
1 + 4x
58. x2
2xe cos(e )dx x2
R 78. √ dx R
0 1 + x + 2x2
Z
etan x
Z
dx
59. dx R 79. R
cos2 x 4 + (x − 1)2
π
Z
4 tan x 2
Z
2
60. (1 + e ) sec xdx R 80. dx R
0 x2 + 2x + 2
ex x−3
Z Z
61. dx R 81. dx R
cos2 (ex − 2) 2x2 + 4x + 10

Z
sec2 x
Z
e x
62. dx R 82. √ dx R
3 + 2 tan x x
Z
18 tann x sec2 x
Z
1
63. dx θ , 1, n , −1. R 83. √ dx R
(1 + tann+1 x)θ x(1 + x)
Z
3arcsin x
Z
1
64. √ dx R 84. √ √ dx R
1 − x2 x(1 + x)3

Z
arctan x
Z
sin x
65. dx R 85. √ q 3 √ dx R
1 + x2 x cos x
Z 0 √
66. x2 x + 1dx R
Z
1
−1 86. dx R
4 + x2
Z 3
x2 Z
x2
67. √ dx R 87. dx R
2 x3 − 1 x2 + 4
Z ln √3
ex 2x − 3
Z
68. dx R 88. dx R
0 1 + e2x 1 + 4x2
Z √ Z
1
69. t3 t2 + 2dt R 89. dx, a > 0, k > 0 R
k + ax2
Z √
n 2
70. t2n−1 tn + Adt, n , 0 R
Z √
3dx
90. R
0 4 + 9x2
Z
ln x Z
x
71. dx R 91. dx R
x 16 + x4
Z
lnn x Z
x3
72. dx, n , −1 R 92. dx R
x 1 + x8
Z e4
dx Z
8
73. √ dx R 93. √ dx R
e x ln x 16 − x2
Z e
dx Z
dt
74. dx R 94. √ , k > 0, a > 0 R
1 x(1 + ln2 x) k − at2
Z
dx Z
dx
75. q R 95. √ R
x 1 − ln2 x 9 − 4x2
Z
cos x
Z
ex
76. dx R 96. √ dx R
1 + sin x 1 − e2x
Z
x+1 Z
dx
77. dx R 97. √ R
(x + 2x + 2)2
2
e2x − 1

12
Gabaritando Matemática

π Z a
Z
2 cos x rdr 1
98. √ dx 101. = → a =?
0 4 − sin2 x 0 16 + 9r4 24
Z 1
dx Z
1
99. 102. √ dx
−1 1 + ex ex 1 − e−2x
Z e
2y 2 + y + 1
100.  √ 5 3
2 dy
Z
(x − 1)2
1 ln y y +y +y 2 2 103. dx
x2 + 3x + 4

3.1 Função par e função ímpar A

Função ímpar: Seja f uma função ímpar e contínua em [−r, r], r > 0, então
Z r
f (x)dx = 0.
−r

Função par: Seja f uma função par e contínua em [−r, r], r > 0, então
Z 0 Z r Z r Z 0 Z r
f (x)dx = f (x)dx e f (x)dx = 2 f (x)dx = 2 f (x)dx.
−r 0 −r −r 0

3.1.1 Exercícios com resoluções em vídeo


Z π
2 x2 sin x
Z 1 √
1. dx 2. x x4 + 3dx
− π2 1 + x6 −1
Z π
sin x
3. dx
−π x4 + x2 + 1

13
Gabaritando Matemática

4 Técnica de integração por partes A

Se f e g são funções diferenciáveis, então ∀x ∈ Dom(f ) ∩ Dom(g),

(f (x) · g(x))0 = f 0 (x)g(x) + f (x)g 0 (x)

.
Z Z
0
Aplicando a integral, temos f (x)g(x) = f (x)g(x)dx + f (x)g 0 (x)dx

Z Z
f (x)g 0 (x)dx = f (x)g(x) − f 0 (x)g(x)dx

Z Z
A integral f (x)g 0 (x)dx é a integral que queremos calcular e a integral f 0 (x)g(x)dx deve
ser mais ou tão simples quanto a integral original.
Z
Exemplo: xex dx, essa é uma integral onde a substituição simples não é efetiva e o
integrando é uma multiplicação de funções, ou seja, tem justamente a "cara" da integração por
partes.
Z
O primeiro passo é decidir quem vai ser f e quem vai ser g 0 , sabemos que a integral f 0 gdx
deve ser mais simples, então se escolhermos f = x e g 0 = ex , teremos f 0 = 1 e g = ex (Sempre
iremos integrar g 0 para achar g, por isso a escolha deve ser feita observando se você sabe integrar
a função escolhida para ser g 0 ).
Z Z
0
Com essas escolhas teremos que integrar f gdx = ex dx que é mais simples que a integral
original.
x2
Caso a escolha fosse f = ex e g 0 = x, teriamos f 0 = ex e g = , e a integral a ser resolvida
2
Z
x2 x
seria e dx.
2
Como vocês podem observar, a primeira escolha nos forneceu uma integral bem mais simples.
Usando ela teremos:

Z Z
x x
xe dx = xe − ex dx = xex − ex + C = ex (x − 1) + C
.

Caso seja uma integral definida e sejam f e g duas funções com derivadas contínuas em
[a, b], então
Z b Z b
0
f g dx = f g]ba − f 0 gdx
a a
.

4.0.1 Exercícios com resoluções em vídeo

Calcule as integrais definidas e indefinidas (divirtam-se):

14
Gabaritando Matemática

Z Z 4
1. xex dx 22. x sec−1 xdx
2
Z Z
2. x2 ex dx 23. tan2 x sec3 x
Z Z
4x
3. 3xe dx 24. ln xdxSó a
Z Z e
4. x2 e−x dx 25. x ln xdx
1
Z Z
2
5. x3 ex dx 26. x ln2 xdx
Z Z
6. x2 25x dx 27. ln2 xdx
Z Z
7. x cos xdx 28. x4 ln xdx
Z
8. x2 cos xdx
Z
ln(ln x)
29. dx
x
Z Z
9. x3 cos x2 dx 30. x2 e−x dx
√ Z 4 √
Z
x cos 1 + x2 x
10. √ dx 31. e dx
1 + x2 1
Z
x
Z π2 √
11. e cos xdx 32. cos xdx
0

2x
Z Z
12. e3x cos 5xdx 33. dx
ex
Z
13. e2x sin xdx
Z 2
ln2 x
34. dx
1 x2
Z
14. e−y cos ydy Z
x3
35. √ dx
Z 1 − x2
15. (x + 1) sin(x)dx Z
36. 7t csc2 (3t)dt
Z
16. sin 3x cos 2xdx Z π
2
37. e2 cos x sin 2xdx
Z 0
17. sin(ln x)dx Z
38. x4 (1 − x)3 dx
Z
18. arctan xdx Z
39. sin2 xdx
Z 1
2
19. arcsin xdx Z
0 40. cos2 xdx
Z
20. x arctan xdx
Z
41. csc5 xdx

Z
arctan x Z
21. √ dx 42. sec3 xdx
x

15
Gabaritando Matemática

5 Área entre curvas A

Se f, g : [a.b] → R são funções contínuas tais que f (x) ≥ g(x) para todo x ∈ [a, b], então a área
da região R compreendida entre os gráficos das funções é exatamente

5.0.1 Exercícios com resoluções em vídeo

Calcule a área hachurada com uma


1.
integral em relação a x.

Calcule a área hachurada com uma


2.
integral em relação a x.

16
Gabaritando Matemática

Calcule a área hachurada com uma


3.
integral em relação a x.

Calcule a área hachurada com uma


4.
integral em relação a x.

Calcule a área hachurada com uma


5.
integral em relação a x.

Calcule a área hachurada com uma


6.
integral em relação a x.

17
Gabaritando Matemática

Calcule a área hachurada com uma


7.
integral em relação a x.

Calcule a área hachurada com uma


8.
integral em relação a y.

Calcule a área hachurada com uma


9.
integral em relação a x.

18
Gabaritando Matemática

Calcule a área hachurada com uma


10.
integral em relação a y.

Calcule a área hachurada com uma


11.
integral em relação a x.

Calcule a área hachurada com uma


12.
integral em relação a x.

19
Gabaritando Matemática

6 Integração de Potências e Produtos de Funções Trigo-


nométricas

Os métodos para resolver as integrais desse tópico são variados e o que mais importa nessas
integrais é a resolução de questões para ter o feeling de saber o que fazer.

Integrais com sin(x) e cos(x) A

Também poderíamos resolver as integrais a seguir usando integração por partes, mas o
método não é tão rápido quanto o que veremos e se torna mais trabalhoso, vocês vão poder ver
a resolução usando essa técnica na lista de exercícios de integração por partes.

Primeiro caso:
Z Z
sinn xdx e cosn xdx com n par.

1 1
Nesse caso devemos usar as relações trigonométricas do cos2 x = + cos 2x e sin2 x =
2 2
1 1
− cos 2x para abaixar o grau do nosso integrando, as vezes, serão necessárias várias subs-
2 2
tituições desse tipo.

Z Z
n
sin xdx e cosn xdx com n ímpar.

Nesse caso o procedimento é um pouco diferente e mais Zsimples, basta usarmos uma subs-
tituição simples. Por exemplo, vamos calcular a integral de sin3 xdx.

A ideia é deixarZapenas um sin


Z x "sozinho" e usar
Z a relação fundamental da trigonometria
da seguinte forma sin xdx = sin x sin xdx = (1 − cos2 x) sin xdx, agora bastar usar a
3 2

substituição cos x = u e obtemos uma integral imediata. Esse procedimento sempre funciona
quando n é ímpar.

Segundo caso:
Z
sinn x cosm xdx com n ou m ímpar.

Para resolver essa, nós fazemos uma substituição simples de acordo com o exemplo. A ideia
é não tentar decorar, pois cada exemplo é um exemplo diferente, ok?
Z
Por exemplo, para sin4 x cos5 xdx, a ideia é ver qual está com a potência ímpar e usar a
Z Z
4 5
identidade fundamental da trigonometria. Nesse caso seria sin x cos xdx = sin4 x cos4 x cos xdx =
Z
sin4 x(1 − sin2 x)2 cos xdx, agora basta fazer sin x = u ⇒ cos xdx = du e temos
Z
4 2 2
Z
u9 2u7 u5 sin9 x 2 sin7 x sin5 x
u (1 − u ) du = (u8 − 2u6 + u4 )du = − + = − + + C.
9 7 5 9 7 5

20
Gabaritando Matemática

Z
sinn x cosm xdx com n e m par.

sin(2a)
Para resolver essa, usaremos a identidade sin a cos a = em conjunto com técnicas
2
similares as do primeiro e segundo casos.
Z
Por exemplo, para sin2 x cos4 xdx aplicando a identidade acima em sin2 x cos2 x, temos
1Z 1 1
sin2 (2x) cos2 xdx, agora usando cos2 x = + cos 2x ficamos com
4 2 2
1Z 1 + cos(2x) 1
Z Z 
sin2 (2x) dx = sin2 (2x)dx + sin2 (2x) cos(2x)dx a partir daqui po-
4 2 8
demos resolver usando os casos vistos anteriormente.

Integrais com tan(x) e sec(x) A

Primeiro caso:
Z
tann x secm xdx com m par e positivo.

Para resolver essa, nós utilizaremos a identidade sec2 x = 1 + tan2 x e faremos uma substi-
tuição simples.
Z
Por exemplo, para sec4 x tan5 xdx, a ideia é deixar sec2 x aparecendo da seguinte forma
Z Z
sec2 x tan5 x sec2 xdx e usar a identidade trigonométrica (1 + tan2 x) tan5 x sec2 xdx, agora
Z
2 5
Z
tan6 x
2
bastar fazer tan x = u ⇒ sec xdx = du e temos (1 + u )u du = (u5 + u7 )du = +
6
tan8 x
+ C.
8
Z
tann x secm xdx com n ímpar e positivo.

Para resolver essa, usaremos o fato de que (sec x)0 = sec x tan x e a identidade trigonomé-
trica.
Z
3
Por exemplo, para tan5 x sec 2 xdx, a ideia vai ser deixar sec x tan x aparecendo da se-
Z Z
1 1
4
guinte forma tan x sec x sec x tan xdx =
2 (sec2 x − 1)2 sec 2 x sec x tan xdx, e agora fazemos
Z
1
sec x = u ⇒ sec x tan xdx = du tendo então (u2 − 1)2 u 2 du que é simples.

Z
tann x secm xdx com n par e m ímpar.

Para resolver essa, usaremos a identidade trigonométrica sec2 x = 1+tan2 x para transformar
a integral em uma que saibamos resolver.
Z Z Z
Por exemplo, para tan2 x sec xdx, temos (sec2 x − 1) sec xdx = (sec3 x − sec x)dx que
é uma integral que sabemos calcular.

21
Gabaritando Matemática

Segundo caso:
Z
tann xdx com n par ou ímpar.

Para resolver essa, vamos fazer aparecer o sec2 x usando identidade trigonométrica com o
intuito de reduzir o grau do integrando inicial e fazer aparecer integrais que sabemos resolver.
Z Z Z
4 2 2
Por exemplo, para tan xdx = tan x tan xdx = tan2 x(sec2 x − 1)dx, temos
Z Z Z
(tan2 x sec2 x − tan2 x)dx = tan2 x sec2 xdx − tan2 xdx que são integrais que sabemos
resolver do caso anterior e técnicas anteriores.

Z
secn xdx com n par.

Esse caso é mais simples, vamos usar a identidade trigonométrica sec2 x = 1 + tan2 x e uma
substituição simples.
Z Z Z Z
Por exemplo, sec4 xdx = sec2 x sec2 xdx = (1 + tan2 x) sec2 xdx = (1 + u2 )du pois
u = tan x ⇒ du = sec2 xdx.

Z
secn xdx com n ímpar.

Neste caso, teremos que usar uma integração por partes. Da seguinte forma: iremos deixar
um sec2 x aparecendo e usar ele como o nosso g 0 da fórmula de integração por partes.
Z Z
Por exemplo, sec3 xdx = sec
| {z x} sec
2 0
| {z x} dx daí temos que f = sec x tan x e g = tan x e
f g0
utilizando a fórmula teremos
Z Z Z Z
0 0 3
f g dx = f g − f gdx ⇒ sec xdx = sec x tan x − sec x tan2 xdx

.
Z
Após isso vamos usar a identidade trigonométrica sec2 x = 1+tan2 x e ficar com sec3 xdx =
Z Z Z
sec x tan x− sec x(sec2 x−1)dx = sec x tan x− sec3 xdx+ sec xdx o segredo está em passar
Z
o− sec3 xdx para o lado esquerdo da igualdade. Dessa forma, ficamos com
Z
3 1 Z
1
sec xdx = (sec x tan x + sec xdx) = (sec x tan x + ln | sec x + tan x|) + C.
2 2

Integrais com cot(x) e csc(x) e outros casos

Os casos que aprendemos para integrais da tan x e sec x também se aplicam para cot x e
csc x, as técnicas são praticamente idênticas, sendo que a cot x fará o papel que a tan x fazia e
csc x o papel da sec x.

22
Gabaritando Matemática

Obs: Aqui utilizaremos a identidade trigonométrica cot2 x + 1 = csc2 x e as derivadas


(csc x)0 = − csc x cot x e (cot x)0 = − csc2 x.

Existem muitas integrais que não vão estar no formato das que vimos aqui, mas basta dar
uma arrumá-las, com relações trigonométricas, que conseguimos chegar em uma integral dos
casos estudados ou em alguma outra que conseguimos resolver.

O mais importante desse método é a resolução de questões e exemplos, tentar


decorar puramente não vai ajudar e pode até atrapalhar. A ideia é entender como
funcionam os métodos.

6.0.1 Exercícios com resoluções em vídeo (Em breve)

Calcule as integrais definidas e indefinidas (divirtam-se):


Z Z
1. sec xdx 2. csc xdx

23
Gabaritando Matemática

7 Método de Substituição Trigonométrica A1 e A2


√ √
Este método será utilizado quando tivermos no integrando expressões como a 2 − x2 , a2 + x 2

e x2 − a2 e não conseguimos resolver usando os métodos de integração anteriores.

Resumo das aulas:

7.0.1 Exercícios com resoluções em vídeo (Em breve)

24
Gabaritando Matemática

8 Integração de Funções Racionais por Frações Parciais


Z
p(x)
Com este método iremos resolver integrais do tipo dx, onde p(x) e q(x) são polinômios.
q(x)
A ideia geral do método de integração por frações parciais é decompor uma função racional
p(x)
do tipo em funções racionais mais simples e que sabemos integrar, por isso vamos chamá-
q(x)
las de frações parciais.

Usaremos o seguinte resultado sobre polinômios: Todo polinômio q(x), com coefici-
entes reais, se decompõe como produto de polinômios da forma x − a, um para cada uma de
suas raizes reais, ou de polinômios de grau dois, que não admitem raízes reais.
Z
x3 + 2x2 + 1
Exemplo: Iremos ver que a integral dx pode ser decom-
(x − 1)x3 (x2 + 4)2 (x2 + 2x + 4)
posta da seguinte forma:
!
Z
A1 A2 A3 A4 A5 x + B5 A6 x + B6 A7 x + B7
+ + 2 + 3 + + 2 + 2 dx.
x−1 x x x 2
x +4 (x + 4) 2 x + 2x + 4

O problema maior será calcular as constantes. Temos inúmeros métodos e macetes para
agilizar isso. Nas vídeoaulas é explicado cada um deles.

Importante: Sempre devemos ter a certeza de que o grau do polinômio do numerador


é menor que o do denominador e o polinômio do denominador precisa estar decomposto em
fatores irredutíveis.

Caso 1: Fatores lineares distintos A


Se grau p(x) < grau q(x) e q(x) = (x − a1 )(x − a2 ) · · · (x − an ), com raízes reais e distintas,
então existem A1 , · · · , An ∈ R tal que

p(x) p(x) A1 A2 An
= = + + ··· +
q(x) (x − a1 )(x − a2 ) · · · (x − an ) x − a1 x − a2 x − an
.

Caso 2: Fatores lineares iguais A


Se grau p(x) < grau q(x) e q(x) = (x − a)r , com raízes reais, então existem A1 , · · · , An ∈ R
tal que

p(x) p(x) A1 A2 An
= r
= + + ··· +
q(x) (x − a) x − a (x − a)2 (x − a)r
.

Caso 3: Fatores irredutíveis de grau 2 A


Para lidar com fatores irredutíveis de grau 2 (∆ < 0), devemos acrescentar frações parciais
Ax + B
do tipo 2 às somas de frações parciais.
ax + bx + c

25
Gabaritando Matemática

Caso a multiplicidade do termo de grau 2 seja maior do que 1, trabalharemos de forma


semelhante à dos fatores lineares com multiplicidade, ou seja,

p(x) A1 x + B1 A2 x + B2 Ar x + Br
= + + · · · + .
(ax2 + bx + c)r ax2 + bx + c (ax2 + bx + c)2 (ax2 + bx + c)r

8.0.1 Exercícios com resoluções em vídeo (Em breve)

26
Gabaritando Matemática

9 Integrais Impróprias

Integral imprópria é a integral que tem limite de integração infinito (podemos dizer integral
sobre intervalos não limitados) ou é a integral de uma função que tem descontinuidade infinita
em um ponto c tal que c ∈ [a, b]. Podemos também ter a mistura dos dois tipos e chamaremos
de integral imprópria do tipo misto. Não deixe de assistir as aulas, iremos ver cada tipo
separadamente.

9.1 Tipo 1 - Integral sobre intervalo não limitado A

Neste caso, temos integrais com limite de integração infinito.

Definições:
Z +∞ Z t
f (x)dx = lim f (x)dx
a t→+∞ a

Z b Z b
f (x)dx = lim f (x)dx
−∞ t→−∞ t
Z +∞ Z c Z s
f (x)dx = lim f (x)dx + lim f (x)dx
−∞ t→−∞ t s→+∞ c

As integrais são chamadas Convergentes se os respectivos limites existem (como números),


e Divergentes se os limites não existem.

9.2 Tipo 2 - Caso da descontinuidade infinita A

Neste caso, estaremos integrando uma função em um intervalo [a, b] e a função terá ponto de
descontinuidade infinita nesse intervalo, nas extremidades, no interior ou em ambos.

Definições:

27
Gabaritando Matemática

Z b Z b
f (x)dx = lim+ f (x)dx
a t→a t

Z b Z t
f (x)dx = lim− f (x)dx
a t→b a
Z b Z t Z b
f (x)dx = lim− f (x)dx + lim+ f (x)dx
a t→c a s→c s

As integrais são chamadas Convergentes se os respectivos limites existem (como números),


e Divergentes se os limites não existem.

Uma condição para convergência: Seja f uma função contínua, tal que [a, ∞) ⊂
Z ∞
Dom(f ). Se f (x)dx convergir, então x→∞
lim f (x) = 0. A
a

9.3 Exercícios com resoluções em vídeo (Em breve)

28
Gabaritando Matemática

10 Critérios de convergência e divergência

Quando não podemos resolver uma integral imprópria diretamente (o que é muito frequente na
prática), tentamos primeiro determinar se ela é convergente ou divergente.

10.1 Critério da Comparação A

Este critério é bastante útil quando temos integrais com funções trigonométricas e exponenciais.

Caso 1 (Intervalos não limitados:) Sejam f e g contínuas em [a, +∞), com 0 ≤ f (x) ≤
g(x) para qualquer x ≥ a.

Z +∞ Z +∞
Se g(x)dx converge, então f (x)dx converge. Se a integral maior converge, então
a a
a menor converge.
Z +∞ Z +∞
Se f (x)dx diverge, então g(x)dx diverge. Se a integral menor diverge, então a
a a
maior diverge.

Caso 2 (Descontinuidade infinita): Sejam f e g contínuas em [a, b), com 0 ≤ f (x) ≤


g(x) para qualquer x ∈ [a, b).

29
Gabaritando Matemática

Z b Z b
Se g(x)dx converge, então f (x)dx converge. Se a integral maior converge, então a
a a
menor converge.
Z b Z b
Se f (x)dx diverge, então g(x)dx diverge. Se a integral menor diverge, então a maior
a a
diverge.

10.2 Exemplos referenciais A

Esses exemplos serão usados como referência nas questões de aula e nos exercícios das listas.

Exemplos referenciais 1 (a > 0):


Z +∞
1
1) Se r > 1, então dx é convergente. Caso r ≤ 1, será divergente.
a xr
Z +∞
2) Se r > 0, então e−rx dx é convergente.
b

Exemplos referenciais 2 (b > 0):


Z b
1
3) Se r < 1, então dx é convergente. Caso r ≥ 1, será divergente.
0 xr

10.3 Extensão do critério da comparação A

Este critério é bastante útil quando temos funções que são negativas.
Z ∞ Z ∞
Seja f : [a, ∞) −→ R uma função contínua. Se |f (x)|dx converge, então f (x)dx
a a
converge.

10.4 Critério do Limite do Quociente A

Este critério funciona bem com integrais impróprias de funções racionais.

Sejam f e g funções contínuas em [a, +∞), tais que f (x) ≥ 0 g(x) > 0 e
f (x)
lim =L
x→+∞ g(x)

com L ∈ (0, +∞). Isto é,Z o limite do quociente é um número positivo. Então as integrais
Z +∞ +∞
impróprias f (x)dx e g(x)dx comportam-se da mesma maneira. Ou seja, ambas
a a
convergem ou ambas divergem.
f (x)
Razão do funcionamento: Como lim = L, sabemos que f (x) ≈ Lg(x), para
g(x)
x→+∞
valores suficientemente grandes de x. Isso indica que o comportamento das integrais impróprias
serão do mesmo tipo.

30
Gabaritando Matemática

10.5 Exercícios com resoluções em vídeo (Em breve)

31
Gabaritando Matemática

11 Volume de Sólidos

Nesta seção, teremos um resumo de todos os métodos abordados em aula para o cálculo de
volumes. É preciso que vocês tenham assistido as aulas para entender o resumo.

11.1 Método dos Discos e Arruelas A

Este método será usado quando o sólido for de revolução. Abaixo temos as regiões que irão
gerar os sólidos e a respectiva fórmula para o cálculo do volume.

Revolução em torno do eixo Ox:

Z b Z bh i
2
1. V = π [R(x)] dx 2. V = π (R(x))2 − (r(x))2 dx
a a

Revolução em torno do eixo Oy:

Z d Z dh i
2
1. V = π [R(y)] dy 2. V = π (R(y))2 − (r(y))2 dy
c c

32
Gabaritando Matemática

E quando a rotação é em torno de outros eixos? Nesse caso, prosseguimos conforme


a aula A.

11.2 Método das Cascas Cilíndricas A

Este método também será usado quando o sólido for de revolução. Abaixo temos as regiões
que irão gerar os sólidos e a respectiva fórmula para o cálculo do volume.

Revolução em torno do eixo Ox:

Z d h(y)
1. V = 2π r(y)h(y)dx Z d z }| {
c 2. V = 2π r(y)(m(y) − n(y))dx
c

Revolução em torno do eixo Oy:

Z b h(x)
1. V = 2π r(x)h(x)dx Z b z }| {
a 2. V = 2π r(x)(f (x) − g(x))dx
a

33
Gabaritando Matemática

E quando a rotação é em torno de outros eixos? Nesse caso, prosseguimos conforme


a aula A.

11.3 Método das Seções transversais A

Suponha que B seja um sólido limitado por dois planos perpendiculares ao eixo Ox, em x = a e
x = b, e que para cada x ∈ [a, b] a área da seção transversal do sólido com o plano perpendicular
ao eixo Ox seja dada pela função contí?nua A(x); então, o volume do sólido B é dado por
Z b
V = A(x)dx. A ideia é a mesma quando os planos são perpendiculares ao eixo Oy, devendo
a
fazer alguns ajustes.

Este método será usado quando conseguimos descobrir a área de uma seção transversal
genérica de um sólido, ou seja, a fórmula dessa área para qualquer valor escolhido num certo
intervalo de integração. Abaixo temos as representações.

Z b Z d
1. V = A(x)dx 2. V = A(y)dy
a c

11.4 Exercícios com resoluções em vídeo (Em breve)

34
Gabaritando Matemática

12 Comprimento de Curva e Área de Superfícies

13 Desafios

2 2 x2
√ 
Z 3x − 3x sin x + 6x sin ( x − sin x)3
1. 2
√ dx R
(x − sin x) x

35

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