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Gabaritando Matemática
24 de junho de 2020
1
E aí, pessoal! Beleza? Está aqui um pdf todo organizado e na ordem do cronograma de
estudos para quem deseja assistir o curso de Cálculo Integral do canal. Ele será atualizado no
decorrer das postagens dos vídeos.
Aqui neste PDF teremos um resumo com fórmulas, definições e os assuntos mais importan-
tes de cada tópico, o link do vídeo com a aula do referido tópico e todas as questões resolvidas
no canal, em ordem e por assunto, tudo bem organizado para o aluno conseguir estudar sozinho.
Tudo disponibilizado no canal é gratuito! Exercícios, aulas e material, então eu peço a vocês
que compartilhem esse material com seus amigos e outros estudantes, assim vocês ajudam a
divulgar esse trabalho que está sendo feito com todo carinho e organização possível, além de
ajudar a democratizar o ensino.
Espero poder continuar fazendo esse mesmo trabalho com outras disciplinas, então é impor-
tante o feedback de vocês nas aulas e resoluções de exercícios, curtindo, comentando e deixando
críticas construtivas, beleza? Abraços e bons estudos.
Ao lado de cada questão estará a letra R e, ao clicar na letra, você irá acessar a resolução
da questão em vídeo no Youtube. E ao lado de cada tópico estará a letra A indicando o link
da aula sobre o assunto no Youtube. Para quem preferir, é só seguir as playlists de exercícios
e aulas no canal, pois elas seguem a ordem dos assuntos deste pdf.
A ideia é que vocês tentem resolver os exercícios sozinhos, depois da aula, e, somente após
a tentativa de resolver, assistir a resolução.
Alguns links:
Os materiais que uso para produção das aulas são diversos, mas os principais são o livro do
Guidorizzi e o material didático do curso de matemática do CEDERJ/UFF.
Gabaritando Matemática
Sumário
1.1 Definições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1
Gabaritando Matemática
9 Integrais Impróprias 27
11 Volume de Sólidos 32
13 Desafios 35
2
Gabaritando Matemática
1.1 Definições
Z a
1. Se f está definida em x = a, definimos f (x)dx = 0.
a
2. Seja f : [a, b] → < tal que f é uma função integrável em [a, b], tal que f (x) ≥ 0 em [a, b].
Definimos a área da região R limitada superiormente pelo gráfico de f , porZ baixo pelo
b
eixo x, e lateralmente pelas retas x = a e x = b, como sendo o número R = f (x)dx
a
3. Caso a função seja f (x) ≤ 0 em [a, b], definimos, analogamente, a área como sendo
Z b
R=− f (x)dx
a
Z b Z a
4. f (x)dx = − f (x)dx
a b
Se f : [a, b] → < é contínua em [a, b], então f é uma função integrável em [a, b].
3
Gabaritando Matemática
Z 2 Z 6 Z 6
(a) f (x)dx (c) f (x)dx (e) 3f (x)dx
0 2 −4
Z 2 Z 0 Z 2 Z 6
(b) f (x)dx − f (x)dx (d) f (x)dx (f) |f (x)|dx
0 −2 −4 −4
4
Gabaritando Matemática
Z 0 Z 3 Z 20 Z 20
(a) f (x)dx (c) f (x)dx (e) f (x)dx (g) |f (x)|dx
−8 −8 12 −8
Z 3 Z 12 Z 20
(b) f (x)dx (d) f (x)dx (f) f (x)dx
0 3 −8
4. Use as propriedades básicas da integral definida para calcular cada expressão. Você pode
Z b
b 2 − a2 Z b
b 3 − a3
assumir que xdx = e que x2 dx = . Em cada caso faça um esboço
a 2 a 3
do integrando no intervalo dado e interprete o resultado em termos de áreas. R
Z 4 Z 3 Z 1 Z 4
2
(a) (4 + π)dx (b) 2xdx (c) (4 − x )dx (d) (x2 − 6x + 8)dx
−5 1 −2 1
Z 4 2x2 , se 0 ≥ x ≤ 2
(e) f (x)dx onde f (x) =
0 3x, se 2 < x ≤ 2
4 − x2 ,
se − 2 ≥ x < 2
5. Seja f dada por f (x) = . R
x2 − 6x + 8, se 2 ≥ x ≤ 4
6. Calcule cada integral usando as propriedades básicas da integral definida junto com fór-
mulas apropriadas da geometria. R
Z 2
(a) (1 − |x|)dx
−2
Z 0 √
(b) (1 + 9 − x2 )dx
−3
Z 3
(c) |3x − 5|dx
0
7. Para cada uma das regiões mostradas a seguir, escreva uma integral definida que dê a
área da região. (Não calcule a integral). R
8. Use as propriedades das integrais para verificar cada desigualdade, sem calcular as inte-
grais. R
5
Gabaritando Matemática
Z π
4
Z π
4
Z 1 √ √
(a) sin3 (x)dx ≤ sin2 (x)dx (b) 2 ≤ 1 + x2 ≤ 2 2
0 0 −1
9. Use as propriedades das integrais definidas para verificar a veracidade ou falsidade das
seguintes desigualdades sem calcular as integrais. R
Z 3 √
4 x
Z 3
x2
(a) 1 >0 (b) <0
2
1−x 0 2 − cos(x)
6
Gabaritando Matemática
Sejam aZ< b e f : [a, b] → R uma função contínua em [a, b]. Para cada x ∈ [a, b] definamos
x
F (x) = f (t)dt.
a
Teorema: A primeira forma do TFC diz que se a < b e f : [a, b] → R é contínua em [a, b],
então F é derivável em [a, b] e
F 0 (x) = f (x)
para todo x ∈ [a, b].
9. Use a primeira forma do TFC para calcular a derivada das seguintes funções:
Z x
2t
(a) F (x) = √ dt, x > 0.
3 t
Z 0
(b) F (x) = arcsin(t2 )dt, −1 < x < 1.
x
Z x2 +sin x
1
(c) F (x) = √ dt, x > 0.
x 1 + t2
Z x2 +sin x
1
(d) G(x) = x2 √ dt, x > 0.
x 1 + t2
7
Gabaritando Matemática
Z 3x2
(e) y = sin(t2 )dt.
arctan(5x)
Z e2x
(f) y = √ arctan(t2 )dt, x > 0.
e4 x
Seja f uma função definida num intervalo I. Uma primitiva de f em I é uma função F
definida em I, tal que
F 0 (x) = f (x)
para todo x em I.
Z
A notação f (x)dx será utilizada para representar a família das primitivas de f . É comum
Z
referir-se a f (x)dx como a integral indefinida de f .
Teorema: A segunda forma do TFC diz que sejam a < b e f : [a, b] → R é contínua em [a, b].
Se G : [a, b] → R é derivável em [a, b] e G0 = f (G é qualquer primitiva de f ), então
Z b
f (x)dx = G(b) − G(a).
a
8
Gabaritando Matemática
9
Gabaritando Matemática
Se u = g(x) é uma função diferenciável, f é uma função contínua e Im(g) ⊂ Dom(f ), então
Z Z
0
Indefinida: f (g(x))g (x)dx = f (u)du = F (u) + C = F (g(x)) + C. Onde F é uma
primitiva de f .
Z b Z g(b)
0
Definida: f (g(x))g (x)dx = f (u)du.
a g(a)
Z
10
Ex: ex x9 dx
A ideia é procurar a função g(x) que suspeitamos ser a substituição adequada, neste caso
podemos ver que a derivada de u = x10 tem um x9 , que é justamente a expressão que multiplica
a composta, sendo assim, basta fazer u = x10 ⇒ du = 10x9 dx, mas o que temos na integral é
du
somente x9 dx, para ajeitar isso, basta dividir por 10, ficando = x9 dx, teremos então:
10
10
Z
1 Z u
u du eu ex
e = e du = +C = + C.
10 10 10 10
Z 2
10
Caso fosse uma integral definida ex x9 dx, poderíamos simplesmente aplicar os limites
0
de integração depois de achar a indefinida (que é o que eu aconselho e vou estar sempre fazendo
Z 2 Z 210
x10 9 du
nos vídeos) ou resolver a integral e x dx = eu , pois x = 2 implica em u = 210
0 0 10
(u = x10 ) e x = 0 implica em u = 0.
10
Gabaritando Matemática
Z Z 1 √
16. cos4 xdx R 37. t 1 + 3t2 dt R
0
Z
1Z Z
2x
17. f (αx)dx = f (u)du, α , 0 R 38. dx R
α 1 + x2
Z
18. (cos(αx) + sin(αx) + eαx )dx, α , 0 R 39.
Z
4
dx R
Z
(1 + 2x)5
19. 2350x dx R Z
x
40. dx R
Z (1 + 4x2 )2
20. 3040x dx R Z 1
dx
41. R
Z √
π 0 (x + 1)5
21. x cos x2 dx R
0
Z
8x
42. dx R
Z
xn sin xn (x2 + 16)2
22. dx R
x Z
x3
43. dx R
1 (16 + x4 )3
Z sin
23. x7 dx R Z 2
3x8 44. x2 (x − 2)10 dx R
1
Z 1
cos(x−n )
x Z
24. dx R 3
xn 45. x2 ex dx R
Z 2π √ Z
25. 1 + cos xdx R 46. xn−1 ex dx
n
R
0
Z
dx 2
26. R
Z
x7x
k+x 47. dx R
3
Z
5dx
27. R
Z
x4
4x + 3 48. dx R
3x5
Z
2dx Z
28. R 49. (1 + sin x)2 cos xdx R
2x + 3
Z
2x + 3 Z
29. dx R 50. sin x cos2 xdx R
x+1
π
Z
5 2
Z
2
30. + dx R 51. sin3 xdx R
x−1 x π
3
Z 1 Z
31. (3x + 1)4 dx R 52. cos3 xdx R
0
Z Z
4
32. x(1 + x) 3 dx R 53. cos x sin5 xdx R
Z 1 √ Z √
33. 3x + 1dx R 54. sin x cos xdx R
0
Z √ Z
34. x3 x4 + 1dx R 55. cos(2x)5sin(2x) dx R
Z Z q
3 4 2
35. (x + 1) x dx R 56. sin 2x 5 + sin2 xdx R
Z
x
√ Z
2
36. e 1+ ex dx R 57. sin(2x)3cos x dx R
11
Gabaritando Matemática
Z √ln π Z
1 + 4x
58. x2
2xe cos(e )dx x2
R 78. √ dx R
0 1 + x + 2x2
Z
etan x
Z
dx
59. dx R 79. R
cos2 x 4 + (x − 1)2
π
Z
4 tan x 2
Z
2
60. (1 + e ) sec xdx R 80. dx R
0 x2 + 2x + 2
ex x−3
Z Z
61. dx R 81. dx R
cos2 (ex − 2) 2x2 + 4x + 10
√
Z
sec2 x
Z
e x
62. dx R 82. √ dx R
3 + 2 tan x x
Z
18 tann x sec2 x
Z
1
63. dx θ , 1, n , −1. R 83. √ dx R
(1 + tann+1 x)θ x(1 + x)
Z
3arcsin x
Z
1
64. √ dx R 84. √ √ dx R
1 − x2 x(1 + x)3
√
Z
arctan x
Z
sin x
65. dx R 85. √ q 3 √ dx R
1 + x2 x cos x
Z 0 √
66. x2 x + 1dx R
Z
1
−1 86. dx R
4 + x2
Z 3
x2 Z
x2
67. √ dx R 87. dx R
2 x3 − 1 x2 + 4
Z ln √3
ex 2x − 3
Z
68. dx R 88. dx R
0 1 + e2x 1 + 4x2
Z √ Z
1
69. t3 t2 + 2dt R 89. dx, a > 0, k > 0 R
k + ax2
Z √
n 2
70. t2n−1 tn + Adt, n , 0 R
Z √
3dx
90. R
0 4 + 9x2
Z
ln x Z
x
71. dx R 91. dx R
x 16 + x4
Z
lnn x Z
x3
72. dx, n , −1 R 92. dx R
x 1 + x8
Z e4
dx Z
8
73. √ dx R 93. √ dx R
e x ln x 16 − x2
Z e
dx Z
dt
74. dx R 94. √ , k > 0, a > 0 R
1 x(1 + ln2 x) k − at2
Z
dx Z
dx
75. q R 95. √ R
x 1 − ln2 x 9 − 4x2
Z
cos x
Z
ex
76. dx R 96. √ dx R
1 + sin x 1 − e2x
Z
x+1 Z
dx
77. dx R 97. √ R
(x + 2x + 2)2
2
e2x − 1
12
Gabaritando Matemática
π Z a
Z
2 cos x rdr 1
98. √ dx 101. = → a =?
0 4 − sin2 x 0 16 + 9r4 24
Z 1
dx Z
1
99. 102. √ dx
−1 1 + ex ex 1 − e−2x
Z e
2y 2 + y + 1
100. √ 5 3
2 dy
Z
(x − 1)2
1 ln y y +y +y 2 2 103. dx
x2 + 3x + 4
Função ímpar: Seja f uma função ímpar e contínua em [−r, r], r > 0, então
Z r
f (x)dx = 0.
−r
Função par: Seja f uma função par e contínua em [−r, r], r > 0, então
Z 0 Z r Z r Z 0 Z r
f (x)dx = f (x)dx e f (x)dx = 2 f (x)dx = 2 f (x)dx.
−r 0 −r −r 0
13
Gabaritando Matemática
.
Z Z
0
Aplicando a integral, temos f (x)g(x) = f (x)g(x)dx + f (x)g 0 (x)dx
Z Z
f (x)g 0 (x)dx = f (x)g(x) − f 0 (x)g(x)dx
Z Z
A integral f (x)g 0 (x)dx é a integral que queremos calcular e a integral f 0 (x)g(x)dx deve
ser mais ou tão simples quanto a integral original.
Z
Exemplo: xex dx, essa é uma integral onde a substituição simples não é efetiva e o
integrando é uma multiplicação de funções, ou seja, tem justamente a "cara" da integração por
partes.
Z
O primeiro passo é decidir quem vai ser f e quem vai ser g 0 , sabemos que a integral f 0 gdx
deve ser mais simples, então se escolhermos f = x e g 0 = ex , teremos f 0 = 1 e g = ex (Sempre
iremos integrar g 0 para achar g, por isso a escolha deve ser feita observando se você sabe integrar
a função escolhida para ser g 0 ).
Z Z
0
Com essas escolhas teremos que integrar f gdx = ex dx que é mais simples que a integral
original.
x2
Caso a escolha fosse f = ex e g 0 = x, teriamos f 0 = ex e g = , e a integral a ser resolvida
2
Z
x2 x
seria e dx.
2
Como vocês podem observar, a primeira escolha nos forneceu uma integral bem mais simples.
Usando ela teremos:
Z Z
x x
xe dx = xe − ex dx = xex − ex + C = ex (x − 1) + C
.
Caso seja uma integral definida e sejam f e g duas funções com derivadas contínuas em
[a, b], então
Z b Z b
0
f g dx = f g]ba − f 0 gdx
a a
.
14
Gabaritando Matemática
Z Z 4
1. xex dx 22. x sec−1 xdx
2
Z Z
2. x2 ex dx 23. tan2 x sec3 x
Z Z
4x
3. 3xe dx 24. ln xdxSó a
Z Z e
4. x2 e−x dx 25. x ln xdx
1
Z Z
2
5. x3 ex dx 26. x ln2 xdx
Z Z
6. x2 25x dx 27. ln2 xdx
Z Z
7. x cos xdx 28. x4 ln xdx
Z
8. x2 cos xdx
Z
ln(ln x)
29. dx
x
Z Z
9. x3 cos x2 dx 30. x2 e−x dx
√ Z 4 √
Z
x cos 1 + x2 x
10. √ dx 31. e dx
1 + x2 1
Z
x
Z π2 √
11. e cos xdx 32. cos xdx
0
2x
Z Z
12. e3x cos 5xdx 33. dx
ex
Z
13. e2x sin xdx
Z 2
ln2 x
34. dx
1 x2
Z
14. e−y cos ydy Z
x3
35. √ dx
Z 1 − x2
15. (x + 1) sin(x)dx Z
36. 7t csc2 (3t)dt
Z
16. sin 3x cos 2xdx Z π
2
37. e2 cos x sin 2xdx
Z 0
17. sin(ln x)dx Z
38. x4 (1 − x)3 dx
Z
18. arctan xdx Z
39. sin2 xdx
Z 1
2
19. arcsin xdx Z
0 40. cos2 xdx
Z
20. x arctan xdx
Z
41. csc5 xdx
√
Z
arctan x Z
21. √ dx 42. sec3 xdx
x
15
Gabaritando Matemática
Se f, g : [a.b] → R são funções contínuas tais que f (x) ≥ g(x) para todo x ∈ [a, b], então a área
da região R compreendida entre os gráficos das funções é exatamente
16
Gabaritando Matemática
17
Gabaritando Matemática
18
Gabaritando Matemática
19
Gabaritando Matemática
Os métodos para resolver as integrais desse tópico são variados e o que mais importa nessas
integrais é a resolução de questões para ter o feeling de saber o que fazer.
Também poderíamos resolver as integrais a seguir usando integração por partes, mas o
método não é tão rápido quanto o que veremos e se torna mais trabalhoso, vocês vão poder ver
a resolução usando essa técnica na lista de exercícios de integração por partes.
Primeiro caso:
Z Z
sinn xdx e cosn xdx com n par.
1 1
Nesse caso devemos usar as relações trigonométricas do cos2 x = + cos 2x e sin2 x =
2 2
1 1
− cos 2x para abaixar o grau do nosso integrando, as vezes, serão necessárias várias subs-
2 2
tituições desse tipo.
Z Z
n
sin xdx e cosn xdx com n ímpar.
Nesse caso o procedimento é um pouco diferente e mais Zsimples, basta usarmos uma subs-
tituição simples. Por exemplo, vamos calcular a integral de sin3 xdx.
substituição cos x = u e obtemos uma integral imediata. Esse procedimento sempre funciona
quando n é ímpar.
Segundo caso:
Z
sinn x cosm xdx com n ou m ímpar.
Para resolver essa, nós fazemos uma substituição simples de acordo com o exemplo. A ideia
é não tentar decorar, pois cada exemplo é um exemplo diferente, ok?
Z
Por exemplo, para sin4 x cos5 xdx, a ideia é ver qual está com a potência ímpar e usar a
Z Z
4 5
identidade fundamental da trigonometria. Nesse caso seria sin x cos xdx = sin4 x cos4 x cos xdx =
Z
sin4 x(1 − sin2 x)2 cos xdx, agora basta fazer sin x = u ⇒ cos xdx = du e temos
Z
4 2 2
Z
u9 2u7 u5 sin9 x 2 sin7 x sin5 x
u (1 − u ) du = (u8 − 2u6 + u4 )du = − + = − + + C.
9 7 5 9 7 5
20
Gabaritando Matemática
Z
sinn x cosm xdx com n e m par.
sin(2a)
Para resolver essa, usaremos a identidade sin a cos a = em conjunto com técnicas
2
similares as do primeiro e segundo casos.
Z
Por exemplo, para sin2 x cos4 xdx aplicando a identidade acima em sin2 x cos2 x, temos
1Z 1 1
sin2 (2x) cos2 xdx, agora usando cos2 x = + cos 2x ficamos com
4 2 2
1Z 1 + cos(2x) 1
Z Z
sin2 (2x) dx = sin2 (2x)dx + sin2 (2x) cos(2x)dx a partir daqui po-
4 2 8
demos resolver usando os casos vistos anteriormente.
Primeiro caso:
Z
tann x secm xdx com m par e positivo.
Para resolver essa, nós utilizaremos a identidade sec2 x = 1 + tan2 x e faremos uma substi-
tuição simples.
Z
Por exemplo, para sec4 x tan5 xdx, a ideia é deixar sec2 x aparecendo da seguinte forma
Z Z
sec2 x tan5 x sec2 xdx e usar a identidade trigonométrica (1 + tan2 x) tan5 x sec2 xdx, agora
Z
2 5
Z
tan6 x
2
bastar fazer tan x = u ⇒ sec xdx = du e temos (1 + u )u du = (u5 + u7 )du = +
6
tan8 x
+ C.
8
Z
tann x secm xdx com n ímpar e positivo.
Para resolver essa, usaremos o fato de que (sec x)0 = sec x tan x e a identidade trigonomé-
trica.
Z
3
Por exemplo, para tan5 x sec 2 xdx, a ideia vai ser deixar sec x tan x aparecendo da se-
Z Z
1 1
4
guinte forma tan x sec x sec x tan xdx =
2 (sec2 x − 1)2 sec 2 x sec x tan xdx, e agora fazemos
Z
1
sec x = u ⇒ sec x tan xdx = du tendo então (u2 − 1)2 u 2 du que é simples.
Z
tann x secm xdx com n par e m ímpar.
Para resolver essa, usaremos a identidade trigonométrica sec2 x = 1+tan2 x para transformar
a integral em uma que saibamos resolver.
Z Z Z
Por exemplo, para tan2 x sec xdx, temos (sec2 x − 1) sec xdx = (sec3 x − sec x)dx que
é uma integral que sabemos calcular.
21
Gabaritando Matemática
Segundo caso:
Z
tann xdx com n par ou ímpar.
Para resolver essa, vamos fazer aparecer o sec2 x usando identidade trigonométrica com o
intuito de reduzir o grau do integrando inicial e fazer aparecer integrais que sabemos resolver.
Z Z Z
4 2 2
Por exemplo, para tan xdx = tan x tan xdx = tan2 x(sec2 x − 1)dx, temos
Z Z Z
(tan2 x sec2 x − tan2 x)dx = tan2 x sec2 xdx − tan2 xdx que são integrais que sabemos
resolver do caso anterior e técnicas anteriores.
Z
secn xdx com n par.
Esse caso é mais simples, vamos usar a identidade trigonométrica sec2 x = 1 + tan2 x e uma
substituição simples.
Z Z Z Z
Por exemplo, sec4 xdx = sec2 x sec2 xdx = (1 + tan2 x) sec2 xdx = (1 + u2 )du pois
u = tan x ⇒ du = sec2 xdx.
Z
secn xdx com n ímpar.
Neste caso, teremos que usar uma integração por partes. Da seguinte forma: iremos deixar
um sec2 x aparecendo e usar ele como o nosso g 0 da fórmula de integração por partes.
Z Z
Por exemplo, sec3 xdx = sec
| {z x} sec
2 0
| {z x} dx daí temos que f = sec x tan x e g = tan x e
f g0
utilizando a fórmula teremos
Z Z Z Z
0 0 3
f g dx = f g − f gdx ⇒ sec xdx = sec x tan x − sec x tan2 xdx
.
Z
Após isso vamos usar a identidade trigonométrica sec2 x = 1+tan2 x e ficar com sec3 xdx =
Z Z Z
sec x tan x− sec x(sec2 x−1)dx = sec x tan x− sec3 xdx+ sec xdx o segredo está em passar
Z
o− sec3 xdx para o lado esquerdo da igualdade. Dessa forma, ficamos com
Z
3 1 Z
1
sec xdx = (sec x tan x + sec xdx) = (sec x tan x + ln | sec x + tan x|) + C.
2 2
Os casos que aprendemos para integrais da tan x e sec x também se aplicam para cot x e
csc x, as técnicas são praticamente idênticas, sendo que a cot x fará o papel que a tan x fazia e
csc x o papel da sec x.
22
Gabaritando Matemática
Existem muitas integrais que não vão estar no formato das que vimos aqui, mas basta dar
uma arrumá-las, com relações trigonométricas, que conseguimos chegar em uma integral dos
casos estudados ou em alguma outra que conseguimos resolver.
23
Gabaritando Matemática
24
Gabaritando Matemática
Usaremos o seguinte resultado sobre polinômios: Todo polinômio q(x), com coefici-
entes reais, se decompõe como produto de polinômios da forma x − a, um para cada uma de
suas raizes reais, ou de polinômios de grau dois, que não admitem raízes reais.
Z
x3 + 2x2 + 1
Exemplo: Iremos ver que a integral dx pode ser decom-
(x − 1)x3 (x2 + 4)2 (x2 + 2x + 4)
posta da seguinte forma:
!
Z
A1 A2 A3 A4 A5 x + B5 A6 x + B6 A7 x + B7
+ + 2 + 3 + + 2 + 2 dx.
x−1 x x x 2
x +4 (x + 4) 2 x + 2x + 4
O problema maior será calcular as constantes. Temos inúmeros métodos e macetes para
agilizar isso. Nas vídeoaulas é explicado cada um deles.
p(x) p(x) A1 A2 An
= = + + ··· +
q(x) (x − a1 )(x − a2 ) · · · (x − an ) x − a1 x − a2 x − an
.
p(x) p(x) A1 A2 An
= r
= + + ··· +
q(x) (x − a) x − a (x − a)2 (x − a)r
.
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Gabaritando Matemática
p(x) A1 x + B1 A2 x + B2 Ar x + Br
= + + · · · + .
(ax2 + bx + c)r ax2 + bx + c (ax2 + bx + c)2 (ax2 + bx + c)r
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9 Integrais Impróprias
Integral imprópria é a integral que tem limite de integração infinito (podemos dizer integral
sobre intervalos não limitados) ou é a integral de uma função que tem descontinuidade infinita
em um ponto c tal que c ∈ [a, b]. Podemos também ter a mistura dos dois tipos e chamaremos
de integral imprópria do tipo misto. Não deixe de assistir as aulas, iremos ver cada tipo
separadamente.
Definições:
Z +∞ Z t
f (x)dx = lim f (x)dx
a t→+∞ a
Z b Z b
f (x)dx = lim f (x)dx
−∞ t→−∞ t
Z +∞ Z c Z s
f (x)dx = lim f (x)dx + lim f (x)dx
−∞ t→−∞ t s→+∞ c
Neste caso, estaremos integrando uma função em um intervalo [a, b] e a função terá ponto de
descontinuidade infinita nesse intervalo, nas extremidades, no interior ou em ambos.
Definições:
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Z b Z b
f (x)dx = lim+ f (x)dx
a t→a t
Z b Z t
f (x)dx = lim− f (x)dx
a t→b a
Z b Z t Z b
f (x)dx = lim− f (x)dx + lim+ f (x)dx
a t→c a s→c s
Uma condição para convergência: Seja f uma função contínua, tal que [a, ∞) ⊂
Z ∞
Dom(f ). Se f (x)dx convergir, então x→∞
lim f (x) = 0. A
a
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Gabaritando Matemática
Quando não podemos resolver uma integral imprópria diretamente (o que é muito frequente na
prática), tentamos primeiro determinar se ela é convergente ou divergente.
Este critério é bastante útil quando temos integrais com funções trigonométricas e exponenciais.
Caso 1 (Intervalos não limitados:) Sejam f e g contínuas em [a, +∞), com 0 ≤ f (x) ≤
g(x) para qualquer x ≥ a.
Z +∞ Z +∞
Se g(x)dx converge, então f (x)dx converge. Se a integral maior converge, então
a a
a menor converge.
Z +∞ Z +∞
Se f (x)dx diverge, então g(x)dx diverge. Se a integral menor diverge, então a
a a
maior diverge.
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Z b Z b
Se g(x)dx converge, então f (x)dx converge. Se a integral maior converge, então a
a a
menor converge.
Z b Z b
Se f (x)dx diverge, então g(x)dx diverge. Se a integral menor diverge, então a maior
a a
diverge.
Esses exemplos serão usados como referência nas questões de aula e nos exercícios das listas.
Este critério é bastante útil quando temos funções que são negativas.
Z ∞ Z ∞
Seja f : [a, ∞) −→ R uma função contínua. Se |f (x)|dx converge, então f (x)dx
a a
converge.
Sejam f e g funções contínuas em [a, +∞), tais que f (x) ≥ 0 g(x) > 0 e
f (x)
lim =L
x→+∞ g(x)
com L ∈ (0, +∞). Isto é,Z o limite do quociente é um número positivo. Então as integrais
Z +∞ +∞
impróprias f (x)dx e g(x)dx comportam-se da mesma maneira. Ou seja, ambas
a a
convergem ou ambas divergem.
f (x)
Razão do funcionamento: Como lim = L, sabemos que f (x) ≈ Lg(x), para
g(x)
x→+∞
valores suficientemente grandes de x. Isso indica que o comportamento das integrais impróprias
serão do mesmo tipo.
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11 Volume de Sólidos
Nesta seção, teremos um resumo de todos os métodos abordados em aula para o cálculo de
volumes. É preciso que vocês tenham assistido as aulas para entender o resumo.
Este método será usado quando o sólido for de revolução. Abaixo temos as regiões que irão
gerar os sólidos e a respectiva fórmula para o cálculo do volume.
Z b Z bh i
2
1. V = π [R(x)] dx 2. V = π (R(x))2 − (r(x))2 dx
a a
Z d Z dh i
2
1. V = π [R(y)] dy 2. V = π (R(y))2 − (r(y))2 dy
c c
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Este método também será usado quando o sólido for de revolução. Abaixo temos as regiões
que irão gerar os sólidos e a respectiva fórmula para o cálculo do volume.
Z d h(y)
1. V = 2π r(y)h(y)dx Z d z }| {
c 2. V = 2π r(y)(m(y) − n(y))dx
c
Z b h(x)
1. V = 2π r(x)h(x)dx Z b z }| {
a 2. V = 2π r(x)(f (x) − g(x))dx
a
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Suponha que B seja um sólido limitado por dois planos perpendiculares ao eixo Ox, em x = a e
x = b, e que para cada x ∈ [a, b] a área da seção transversal do sólido com o plano perpendicular
ao eixo Ox seja dada pela função contí?nua A(x); então, o volume do sólido B é dado por
Z b
V = A(x)dx. A ideia é a mesma quando os planos são perpendiculares ao eixo Oy, devendo
a
fazer alguns ajustes.
Este método será usado quando conseguimos descobrir a área de uma seção transversal
genérica de um sólido, ou seja, a fórmula dessa área para qualquer valor escolhido num certo
intervalo de integração. Abaixo temos as representações.
Z b Z d
1. V = A(x)dx 2. V = A(y)dy
a c
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13 Desafios
2 2 x2
√
Z 3x − 3x sin x + 6x sin ( x − sin x)3
1. 2
√ dx R
(x − sin x) x
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