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Migração
Êxodo urbano. quando a população das cidades migra em massa para as zonas
rurais.
10 países com maior fluxo de entrada 10 países com maior fluxo de saída
(imigrantes/1.000 pessoas) (emigrantes/1.000 pessoas)
Migrações Internacionais
O World Economic and Social Survey 200411[11 aponta que 17512[1s] milhões de
pessoas vivem fora do país em que nasceram. Isso significa que uma em cada ü5 pessoas
é migrante, o que corresponde a 2,9% da população mundial. A intensidade do fenômeno
pode ser elucidada levando em conta que, em 1910, o númerc de emigrantes era de 33
milhões, ou seja, 2,1% da população planetária.
3[3j A C onstituiçáo de 1934 é o ãpice do refluxo getullsta. com a instituição do sistema rle cotas, além de vedar a
c,oncentrarão de imigrantes em ‹qualquer ponto do território nacional. Pelo sistema de cotas impedia-se que cada cori ente
imigiatr›ria excedesse 2'ü› do númern total de nacionais daquele pa is que haviam entrado no Brasil durante os últiiTios
cinqfienta anos Art 1 21 ..§ 6º A entracla de imigrantes no território nacional sofr era a s restricões necessárias ‹a garantia
da irteqração útnica e rcapacidade flsica e civil elo imigrante. náo podendo , pcrém. a corretJte
4[4] A ÜunstitrJicão ele 1937 vern ailnpliar as proibicões migratúrias, fixando cOlT\O competência exclusiva da União legislar
sobre migr ‹ ça o. ç odendo . orJtrossim limitar certas racas on origens. O Decreto 383, de 1939. proíbe aos estrangeiros
exercer eia atividades políticas nu Brasil. Jú ãs vésperas da ll Guei ra Mundial, Getúlio edita o Deci eto-Lei 406, Je 4 de
maio de 1938, consoliclanrlo toda a sittiaCão jurídica elo estrangeiro end sua face ditatorial, trazendo por completo a lista
de pesso as que nãc rriais seriaiTi adrr:itidas em solo hrasileirc e deu ao Governo o pudei de limitar pol motivos ecur
ôn›icos e sociais, a enti ada de indiv iduos de determinadas raças oLi origens
5|5) O Decietu-Lei parece, à primeiia vasta. un avanço ao afiriT\ar "Todo estrarJqeii o pcderã entrar no Bi asil. desde ellie
satisfaça as cor›diçúes desta lei". Todavia, traz cai acteristicas r acistas, qri‹1ndo privilegia a imigração européia, ao dispoi
no art. 2º, que serla atendida, na admissão de esti angeiros, a "necessidade de preservar e desenvolver, na cOtT›ÇOslçãu
('típica da popular.áo, as características mais cciJvenientes de sua ascendêilcia er‹l opéia ’
G|G] Art 5º “Todcs são igiJais perante a lei, sem distincão de qr‹alquer natureza. garantindo se aos b/ asileirns e ano
*.‘stfangE’iros r esiclentes rJn PaIn a invioIabiIida‹1e do cJil eitn á virJa, à IihercJa de, ã i uaIda‹1e ã se‹j\/I a roma u ã tH ‹cpl iurta‹1e
ncis teliT os üeg‹.iintes: "
No que se refere à distribuição da população migrante, em 2002, a maior parte vivia
na Ásia (43,8 milhões), seguida pelos EUA e Canadá (40,8 milhões), Europa ocidental
(32 8 milhões) e a ex-União Soviética f29,5 milhões) Menor a presença na África (16,3
milhões), América Latina (5,9 milhões) e Oceânia (5,8 milhões).
A América do Norte passou por um relevante fluxo migratório nas últimas décadas,
sendo que atualmente incorpora 23 0/0 do total de migrantes mundiais. Já na Europa
excluindo a ex-URSS, a percentagem no total de imigrantes permaneceu estável entre
1960 e 2000 (em torno de 18%), mas houve um sensível aumento da percentagem em
relação à população da região: passou- se de 3,3% em 1960, para 6,4%, em 2000.
Apesar da evolução e diversificação dos destinos, segundo o Informe. as migrações
internacionais continuam bastante concentradas, sendo que 75 o/o do total de migrantes
estão em 28 países (em 1960, estavam em 22 países). Nos EUA se encontra 20% do total
(35 milhões), seguidos pela Rússia (13 milhões), a Alemanha f,7,3 milhões), a Ucrânia
(6 9% ), a França e a Índia (6,3 milhões cada)
O informe da ONU aponta também 16 países que nos 10 quinquênios entre 1950 e
2000 tiveram saldo migratório sempre negativo e 7 países que, nos mesmos períodos,
tiveram saldo migratório positivo. Os primeiros podem ser considerados países de
emigração (entre eles, México, Cuba, Bolívia, Colômbia, Bulgária. Polonia, Bangladesh e
Índia) e ou segundos de imigração (EUA, França, Canadá, Suécia, Israel, Austrália e
Costa de Marfim). A maioria dos países, todavia, intercala saldos negativos, positivos ou
saldo zero. Os países que passaram por três ou mais quinquênios com saldo migratório
negativo são classificados como países de emigração, como, por exemplo, Brasil.
Segundo o informe da ONU, 63% dos migrantes residem em países desenvolvidos
(110 milhões). Embora seja um fenômeno recente - a maioria dos migrantes
internacionais vivia em países em desenvolvimento nos levantamentos de 1980
(52%), de 1970 (53%) e 1960 (58%) - não há dúvida de que os fluxos migratórios das
últimas duas décadas estão se direcionando preferencialmente para os países
economicamente mais ricos.
Não é por acaso que a percentagem de migrantes nos países desenvolvidos passou de
3,4% para 8,7% da população.
Os refugiados
O drama dos refugiados e refugiadas é sem dúvida um dos desafios mais urgentes da
conjuntura internacional A realidade das pessoas coagidas a fugir da própria terra porque
perseguidas é tão dramática que pode ser, justamente, considerada a “ nossa Auschwitz”
12/12-MIETH.
Em relação ao passado, há, pelo menos, três fatores que modificaram a abordagem
sobre a temática o fim da guerra fria, os atentados do 11 de setembro e o acirramento dos
fluxos migratórios internacionais, sobretudo de migrações forçadas. A queda do muro de
Berlim reduziu as razões ideológicas que, durante a guerra fria, estavam na origem do
compromisso de alguns países em abrigar refugiados e refugiadas.
13 / 13 CASTRO PITA., Ari. Direitos humanos e asilo. Ir1 MILESI, Rosita (org.). Refugiados. Realidade e perspectivas
Sáo Paulo Loyola/lMDH/CS EM, 2003. p.90
14 / 14 KUSC HEL, Karl-Josef. Euro -lsla : desafio ou chanc? In Concilium 305 - 2004/2, p 78. Cf PONTIFÍCIO
CONSELHO DA PASTORAL PARA OS MIGRANTES E ITINERANTES. Erga Migrantes Caritas Chr isti SÃO PAULO
Paulus 2004. is 35
Num mundo que vive o paradoxo de uma —aldeia global cada vez mais
—individualista, o desafio da alteridade religiosa e cultural tornou-se uma prioridade
absoluta, sobretudo no que concerne ao dia-a-dia dos migrantes e refugiados. Cabe
às religiões —haurir forças de suas próprias tradições espirituais e interagir com os
processos sociais, políticos e culturais a fim de criar maior solidariedade humana e
harmonia um universal. E por isso que, embora afirmando a riqueza de cada tradição
religiosa, precisamos também destacar a importância do encontro das religiões para
salvar o mundo, humanidade e a natureza. 15/15
Conclusão
Um analise sobre o trabalho realizado em 2005, fazendo um viés com os dias atuais
esse número cresceu muito, de acordo com a ONU passou dos 256 milhões em todo
mundo por conta do preconceito da falta da busca de informações quando um refugiado,
ou imigrante chega em outro pais, muitas das vezes são tratados com descaso e medo,
achando que vão perder seus postos de trabalho, moradia, entre outras necessidades
básicas. Embora tenha que ter uma boa política publica para que possa organizar e ajudar
aos refugiados e imigrantes que de alguma forma estão chegando.
Se tivermos o pensamento que as migrações de alguma forma podem contribuir para
o futuro da humanidade, desenvolvimento econômico e social dos países de uma forma
positiva “0 fenômeno das migrações internacionais aponta para a necessidade de
repensar-se o mundo não com base na competitividade econômica e o fechamento das
fronteiras, mas, sim na cidadania universal na solidariedade e nas ações humanitárias. 0s
países devem adotar políticas que contemplem e integrem o contributo positivo do
migrante, vendo, assim, as migrações como um ganho e não como um problema.
As migrações são berços de inovações e transformações. Elas podem gerar
solidariedade ou discriminação encontros ou choques; acolhida ou exclusão diálogo cu
fundamentalismo. É dever da comunidade internacional e de cada ser humano fazer com que o
—novo é trazido pelos migrantes, seja fonte de enriquecimento recíproco na construção de
uma cultura de paz e justiça É esse o caminho para promover e alcançar a cidadania universal.
Nas palavras de Isabel Allende, “ Conhecer a história dos refugiados à bordo do Navio
Winnipeg. Foi ideia de Pablo Neruda levar ao Chile muitos refugiados migrantes, a história é
contada pelos seus descendentes, foi o próprio Neruda que comprou o barco e escolheu os
refugiados que levou até o Chile, lá encontrando abrigo, hospitais e voluntários”
Hoje Isabel Allende mora nos Estados Unidos, criou seus filhos lá, casou-se com um
americano e sua Fundação auxilia migrantes do México, da América Central, da Guatemala,
Honduras e Salvador.”
O migrante Victor Pay, que viajou no navio Winnipeg, morreu em Outubro de 2018,
aos 103 anos. Não chegou a ler o livro que ajudou a ser escrito.
LONGA PÉTALA DO MAR , Autora Isabel Allende, ed. Record, Ano 2019.