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EXTENÇÃO DA BEIRA
FACULDADE DE LETRAS E HUMANIDADES
Repartição de Filosofia
Curso de Ensino de Filosofia com habilitações em Ética/ 2º Teste escrito de Filosofia da
PM/Laboral/21/06/2020

Nome: Miguel Dinis Fernando

1. Quem foi o criador do conceito pós-modernidade e porquê o criou? (Pery Anderson).

R: O conceito pós-modernidade foi criado pelo Frederico Onís em 1930, e o criou para
descrever o fluxo conservador dentro do próprio modenismo: a busca de refugio contra o seu
formidável desafio lírico profecionismo do detalhe e do humor irónico, em surdina, cuja
principal característica foi a nova expressão autentica que concedeu às mulheres. Por palavras
alternativas, o conceito Pós-Modernidade refere-se o desencanto pela modernidade e do
projecto utópico da modernidade. O que se traduz hoje, numa crise existencial e na perca de
valores devido o liberalismo exacerbado.

2. Lyotard é o filósofo que melhor caricaturou a post-modernidade

a) Comente a questão da legitimação pela parologia.

R: Em primeiro lugar Lyotard traz um projecto de revolução científica, que derruba as


metanarrativas e todos os dogmas do modernismo. O autor traz como proposta a questão de
legitimação pelo jogo de discursos denominado de paralogia, onde todo discurso pode ser
verificável, reformulado, falsificável e que esta ciência se transformaria a todo o momento,
onde aconteceria uma reforma epistemológica pós-moderna e o saber, o conhecimento e a
ciência, actuariam de forma totalmente diferente da modernidade. Pois, o autor supracitado
sustenta que o saber não redutível a ciência e nem ao conhecimento em última análise,
Lyotard considera a pós-modernidade como sendo a incredulidade em relação aos
metarrelatos.
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3. Lyotard na sua emancipação dos saberes locais evidencia o domínio das regras de
jogo da linguagem. Comente em que consistem e em que medida são importantes para a
comunidade?

R: Para Lyotard o domínio das regras de jogos de linguagem consistem em um acordo feito
entre o remetente do saber e os destinatários, os quais teriam de entrar em consenso para este
jogo de discurso começar. Por outras palavras, este jogo é feito através de um remetente de
um conceito, que utiliza uma referência, que seria o tema do seu discurso, e apresenta a sua
proposta a um ou mais destinatário, e ambos começam a entrar em um acordo mútuo para que
o jogo comece, e para que este jogo possa ser validado ou não, a norma e o modelo da
apresentação são feitos no ato do jogo e não previamente determinados. Este domínio de
regras de jogos de linguagem são importantes para a comunidade pois, toda a comunicação é
uma forma discursiva, onde eu entro em um acordo com o outro para conseguir conversar e se
não chegamos a um consenso não há conversa. E se esta troca é um jogo, sempre tentamos
ganhar o jogo, para que o nosso discurso prevaleça sobre o discurso do outro, tornando nossa
convivência em sociedade uma agonia geral, pois sempre estaremos em conflito com o outro
tentando superar o seu discurso.

4. No capítulo da Modernidade reflexiva de Giddens – discuta a questão das três fontes


do dinamismo da modernidade.

R; No capítulo da Modernidade reflexiva Giddens evidencia a questão de três fontes do


dinamismo da modernidade que são: a primeira fonte é a separação entre tempo e espaço, a
segunda e o desenvolvimento de mecanismos de desencaixe e a terceira é a apropriação
reflexiva do conhecimento. No que concerne a primeira fonte o autor supracitado, sustenta
que a separação entre tempo-espaço fomenta relações entre indivíduos, grupos ou instituições
ausentes, em que os locais são completamente penetrados e moldados em termos de
influências sócias bem distantes deles, todavia, está é a condição principal para o desencaixe
das instituições sociais. No tocante a segunda fonte o autor reitera dois tipos de desencaixe
envolvidos no desenvolvimento das instituições sociais, que compreende sistemas abstractos,
refere-se fichas simbólicas e sistemas especializados. As fichas simbólicas são meias de troca
que tem um valor padrão de forma intercambiável cujo principal exemplo é o dinheiro os
sistemas experts são aqueles que dispõem de modos de conhecimento técnico que tem
validade independente dos participantes e dos clientes que fazem uso deles penetrando em
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todos os aspectos da vida social nas condições da modernidade. E por fim na terceira e última
fonte Giddens nota que com a emergência da modernidade, ela foi introduzida na própria base
de reprodução do sistema, de forma que o pensamento e acção estão constantemente
refractados entre si e a rotina da vida quotidiana não tem nenhuma conexão intrínseca com o
passado. Portanto, é nisto que consistem a questão das três fontes do dinamismo da
modernidade segundo Giddens.

5. Faça distinção entre a esquerda e a directa em Giddens.

R: De uma forma breve e resumida a directa de Giddens defende a intervenção económica do


Estado, liberdade do mercado, liberdade total para a vida sexual e familiar e Liberalismo e
Neoliberalismo enquanto a esquerda defende com primazia a moral tradicional, o crime é o
produto da desigualdade social e a forma de evitá-lo é uma igualdade social, o crime é
resultado da desagregação familiar resultante da entrada das mulheres no mercado do trabalho
e defende o socialismo e o comunismo. Em suma, a directa de Giddens defende o Liberalismo
e neoliberalismo enquanto a sua esquerda defende com primazia o socialismo e comunismo.

6. Comente a posição de Habermas sobre o projecto da modernidade inacabada, à luz do


progresso técnico e do mundo social da vida.

R: Para o autor do agir comunicativo sustenta que o projecto da modernidade trazia consigo
objectivos de emancipar o homem em todas as esferas da vida todavia, esse projecto ainda
não se materializou efectivamente ou por completo, por isso para o autor que pertence a
segunda geração da escola de Frankfurt argumenta que a modernidade é um projecto
inacabado. Habermas, nota que a modernidade é um potencial que é necessário
constantemente reactivar e explorar novamente. Mas isso implica redescobrir as boas
tradições alemãs: o humanismo, o republicanismo, o universalismo e o cosmopolitismo.
Habermas diz que é necessário retomar o projecto emancipatório do Iluminismo, a de
emancipar o homem através o progresso técnico e científico e da razão. Para tal Habermas,
diz ser necessário a implantação de um poder comunicativo nas esferas do mundo da vida,
para que os membros destes possam participar dos debates sobre a humanização técnica e
científica e o controle do sistema político. Portanto, o autor supracitado dá primazia a razão
comunicativa pois, para ele é a partir de debates e diálogos que podemos chegar a uma
coincidência comunicativa.
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7. Em acção comunicativa Habermas fala do conteúdo normativo da Modernidade, o


que entendes por isso?

R: De acordo com Habermas, o conteúdo normativo da modernidade é salvaguardada pela


teoria da comunicação, que vai cingir como uma economia está organizada sob forma de
mercado se liga funcionalmente com o estado que monopoliza a violência, se autonomiza em
relação ao mundo da vida, tornando uma parte da sociabilidade isenta de normas. Habermas
parte do pressuposto de que existe na sociedade dois mundos para poder o conteúdo
normativo da modernidade: mundo sistémico orientado pelos imperativos do poder e da
economia e mundo da vida marcada por interacções orientadas para o entendimento comum.
É por ai que autor supracitado sustenta que o conteúdo normativo da modernidade esta
incrustado no mundo da vida: a acção comunicativa quotidiana figura-se como centro de auto-
entendimento. Entretanto deve haver uma esfera pública em que deve ocorrer os processos da
formação da vontade e da opinião pública; espaço em que a sociedade como todo vai
desenvolver um saber de si mesma. Na esfera pública os cidadãos reúnem-se para traçar
aquilo que são os seus planos para o bem comum, que através do médium do direito, o poder
comunicativo é transformado em poder administrativo, onde o Estado figura-se como
principal actor político de execução de planos e leis nascidas da esfera pública. Entretanto, o
aparelho do estado democraticamente legitimado, fundado na soberania popular deve realizar
a vontade e a opinião pública dos cidadãos. De uma forma resumida, para Habermas os
impulsos sociais do mundo da vida são eles que devem influenciar para o autocontrole dos
sistemas funcionais poder administrativo e económico por isso que o autor supracitado dá o
diálogo.

8. Apresente uma saída da filosofia de sujeito razão comunicacional versus razão no


sujeito.

R: Habermas parte do pressuposto que a filosofia da razão seria a razão comunicativa


diferente da razão no sujeito (cognoscível). Nota-se que o seu principal objectivo é de nos
desvincularmos de razão que queira ser absoluta, que esta centrada no sujeito que conhece o
mundo de forma solitária por uma razão que implica interacção de pessoas que são capazes de
agir e falar até chegar a um entendimento. Por outras palavras, para Habermas é a partir do
diálogo, debates que podemos chegar há uma coincidência comunicativa. O autor supracitado
fala que é necessário substituir a razão cognoscente (do sujeito isolado que conhece) por uma
razão comunicativa baseada no entendimento reciproco, sendo importante a atitude
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performativa dos participantes da interacção que coordenam os seus planos de acção ao se


entenderem sobre algo no mundo. Por esta intersubjectividade produzida linguisticamente
temos a identificação do sujeito-objecto. No entendimento reciproco não tem mais sujeito
isolado mais sim participantes da interacção, e assim o lugar ocupado pela consciência na
filosofia do sujeito passa a ser ocupado pelo mundo da vida baseado em interacções. A razão
comunicativa é uma razão encarnada nos contextos de acções como estruturas do mundo da
vida, onde o reconhecimento intersubjectivo das pretensões de validade, possibilita a ligação
de interacções sociais do mundo da vida. Em últimas análises, Habermas dá primazia o agir
comunicativo.

9. Porquê que Vattimo deu o título de “Sociedade Transparente” à sua obra?

R: Vattimo dá o nome de “sociedade transparente” a sua obra, pois ele concebe a pós-
modernidade como uma sociedade caracterizada pela generalização dos meios de
comunicação, de pluralidade de culturas, de meios de comunicação em massa. Por palavras
alternativas, o autor já mencionado vê a sociedade pós-morderna como a expansão das médias
que multiplicou os centros de interpretação dos acontecimentos. Portanto, para Vattimo
através da generalização das mass midias não há nada escondido, pois, tudo vem para cima e
todo mundo consegue visualizar por isso que é uma a sociedade pós-moderna é uma
sociedade transparente nada há em segredo. Em suma, Vattimo nota que com o avanço
tecnológico o acesso a informação torna-se acessível para todo mundo o que faz que não haja
nada escondido.

10. Disserte sobre o fim da Modernidade e a crise humanismo em Gianni Vattimo.

R: Gianni Vattimo, concebe o fim da modernidade como sendo o fim da história pois,
segundo o autor a modernidade terminou quando já não é possível falar da história como algo
unitário porque está visão implicava a existência de um centro em torno do qual se
reconhecesse e se ordenam os acontecimentos e como o encandeamento das vicissitudes de
povos da zona central, o ocidente, que apresenta o lugar da civilização e os primitivos estão
condenados a seguir este modelo. Por outras palavras, o fim da modernidade para autor
supracitado corresponde com fim da metafísica, fase da morte de Deus (Nietzche) fase da
desvalorização dos valores supremos, faz em que se inverteu a relação do sujeito e objecto, a
favor do objecto, fase do esquecimento do ser por parte do homem, fase em que não tinha
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necessidade de chegar as causas últimas e o homem já não tem necessidade de acreditar que
tem uma alma imortal. Para o autor da sociedade transparente, a crise do humanismo verifica-
se na medida em que o homem falta-lhe qualquer base possível de reapropriação, isto é,
enquanto estar intrinsecamente ligada á morte de Deus e ao fim da metafísica é nisso que se
traduz o fim da modernidade e a crise do humanismo segundo Gianni Vattimo.

11. Há diferenças entre a Modernidade e a Pós-modernidade, quais são?

R: As diferenças existentes entre a Modernidade e a Pós-modernidade são: A Modernidade


tem confiança naquilo que é novo, considerado sempre melhor em relação ao que precede
essa ideia é o resultado da concepção da história em termos de linearidade e de superação,
confiança nas legitimações fortes, absolutas, fundacionistas do saber, ou seja, visões sintéticas
e totalizentes como quem diz que temos certeza de tudo, concepção da humanidade e da
história em caminho rumo a emancipação, a um progresso, a uma salvação, confiança no
homem como dono da natureza, exaltação das ciências com a identificação de razão como
razão científica ao passo que a Pós-modernidade se coloca como negação de conceber a
história em termos de superação e dissolvimento da ênfase do novo ou seja a ruptura da ideia
de ruptura e consequentemente o fim da história ou seja fim do modo historicista de pensar a
realidade, desconfiança no saber totalizante das grandes narrativas as legitimações fortes
deixam lugar às formas fracas, negação em conceber a história como fundamento da acção
histórica e negação do papel dos intelectuais, desconfiança em todas as terapias salvicas e a
negação do homem como dono do ambiente e da razão como razão técnico-científico atenção
pela ecologismo. Em suma, a Modernidade foi caracterizada pelo antropocentrismo e a crença
à deusa razão, levando o homem à uma luta contra a natureza pela emancipação através da
tecnocientífico ao passo que a Pós-Modernidade é o desencanto pela modernidade isto é, o
fim da modernidade como sustenta Lyotard a Pós-modernidade e a incredulidade em relação
aos metarrelatos.

12. O que entendes por globalização e modernidade em Giddens.

R: Em Giddens, eu entendo que a modernidade é inerentemente globalizante devido o seu


carácter descontextualizado. Por isso que ele concebe a globalização como a intensificação
das relações sociais de escala mundial, relações que ligam localidades distantes tornando os
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acontecimentos de um lugar multada pelo outro lugar em quilómetro de distancia vice-versa.


Por outras palavras, para Geddens a globalização é um processo dialéctico por que essas
ocorrências locais podem ir numa direcção inversa das relações muito distanciadas que as
moldaram e por outro lado enquanto no diz respeito a modernidade Giddens concorda com o
carácter fugidio e contingente da modernidade, já postulado pelas ciências sociais, definindo o
termo modernidade como estilo, costume de vida ou organização social que emergiram na
Europa a partir do século XVII e tornaram mais ou menos mundiais em sua influência.

13. A era Moderna foi caracterizada pelo antropocentrismo e a crença à deusa razão,
levando o homem à uma luta contra a natureza pela emancipação através da técno-
ciência, daí as consequências da Modernidade ou Modernidade Reflexiva em Giddens,
comente.

R: Para Giddens, o mundo em que vivemos hoje é coberto de riscos e incertezas. Esse autor
nos lembra que, desde o Iluminismo, acreditou-se que quanto mais o homem conhecesse e
interviesse sobre a natureza e a sociedade, mais controle sobre esses campos ele teria. Dentro
desta perspectiva, ele enfatiza que essa tese não se confirmou. Por outras palavras, Giddens
sustenta que vivemos numa sociedade “pós-tradicional”. Um tempo em que os valores do
Iluminismo são colocados em cheque na medida em que o homem percebe que progresso e
conhecimento não trazem controlo, mas sim incertezas sobretudo a conhecida como
reflexividade social. Em suma, na modernidade reflexiva, há uma falsa tese de que o
conhecimento sobre a vida social levaria a um maior controlo sobre nossos destinos, provocar
o que se poderia chamar de consequências inesperadas. O crescimento do conhecimento sobre
a vida social não é suficiente para prever todas as circunstâncias de sua implementação. Por
um outro lado, o conhecimento não é apropriado de forma homogénea por todos os actores
sociais, há o que se poderia chamar de poder diferencial para aqueles que possuem status
sociais superior. Nessa perspectiva, Giddens concorda de grande maneira com visão de
reflexividade em Scott Last segundo o qual a liberdade crescente de alguns pode implicar
opressão de tantos outros. Ou seja, a reflexividade pode ser emancipatoria para alguns e
excludentes para tantos outros.
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14. O mundo moderno tem aparência ameaçadora. Faça um comentário minucioso do


perfil de riscos específicos da modernidade em Giddens.

R: Giddens entende as incertezas manufaturadas como as várias situações de riscos às quais


está submetida a sociedade contemporânea; por exemplo, o risco de uma guerra nuclear ou de
um desastre ecológico. O risco manufaturado é resultado da intervenção humana na natureza e
nas condições da vida social. As incertezas (e as oportunidades) que ele cria são amplamente
novas. Elas não podem ser tratadas como remédios antigos; mas tampouco respondem à
receita do Iluminismo: mais conhecimento, mais controle. Nesta perspectiva, pode-se definir
as Incertezas Manufaturadas como essas incertezas criadas pelos Riscos, ou pela própria
intervenção do homem no meio em que vive, o que quer dizer que são oportunidades criadas
pelo homem. Isto é, podem apontar tanto para soluções quanto para problemas, como ocorre,
por exemplo, com nossa actual medicina. É por isso que, quando vai falar das incertezas,
Giddens recorre àquela máxima: “a vida sempre foi um negócio arriscado”.

15. Que vantagens e desvantagens nos trouxe a modernidade para a humanidade?

R: De salientar, que a Modernidade foi caracterizada pelo triunfo da razão, buscas das grandes
sínteses e legitimações fortes, avanço da técnica e da ciência. Há que sublinhar que a
Modernidade trouxe vantagens e desvantagens para a humanidade dentre elas podemos
destacar as seguintes vantagens: Favoreceu a construção de um mundo mais democrático,
onde os direitos humanos devem ser respeitados. Além disso, o grande avanço técnico-
científico permitiu um melhor bem-estar à sociedade isto é, maior amplitude no tratamento de
doenças, aumento da expectativa de vida, meios de transporte e comunicação mais eficientes
isto é, encurtamentos de distancias e alto grau de acessibilidade à informação e as
desvantagens que a modernidade trouxe para a humanidade são formação de uma sociedade
consumista e imediatista, quanto maior o grau de riqueza em uma região, maior também o
grau de marginalização segregação, subdesenvolvimentos em outro e alta no modo de vida
sedentário da população, destruição da ecologia por industrias extractivas, poluição do
ambiente, crimes cibernéticos, desvalorização do saber popular.

16. Que vantagens nos traz a pós-modernidade para a humanidade?

R: O homem pós-modernidade é definido como o “homem light”. Isso porque, para o homem
pós-modernidade, é tudo “sem alguma coisa”: sem caloria, sem gosto, sem interesse, sem
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paixão. Onde temos que experimentar de tudo, e perceber aquilo que nos traz uma felicidade
momentânea. Ele se interessa por tudo, na mesma velocidade e intensidade que não assume
nenhuma responsabilidade. Entre as vantagens que a Pós-modernidade trouxe para a
humanidade, podemos destacar que o homem pós-modernidade é “rápido”, racional, lógico,
livre, inovador. Isso tudo, faz dele capaz de dialogar, aberto e tolerante.

17. Fale das ciências Humanas e sociedade de comunicação em Vattimo.

Na obra-prima de Vattimo intitulado “Sociedade Transparente”, faz-se perceber de longe que


ciências humanas são todos aqueles saberes que fazem parte da antropologia pragmática
concebida por autor da Critica da Razão Pura Kant. Nota-se também, que são aquelas ciências
que procuram desenvolver positivamente aquilo que o homem faz de si na cultura e na
sociedade. Por outras palavras, em Vattimo a sociedade das ciências humanas é aquela em
que o homem se torna finalmente objecto do saber rigoroso, valido, verificável ao passo que
sociedade de comunicação é a intensificação dos fenómenos comunicativos, aumento da
circulação das informações até da simultaneidade da reportagem televisiva em directo. Em
últimas instâncias a sociedade de comunicação é concebida e caracterizada pela tecnologia da
comunicação. A sociedade da comunicação é uma sociedade transparente.

18. O que entendes por Pós-Modernidade e a ideia da racionalidade em Vattimo?

Em Vattimo entende-se por Pós-modernidade como sendo um estado do espírito do que um


facto da civilização. Por outras palavras, a Pós-modernidade para o autor supracitado é
dissolução da ideia de novo, progresso, se coloca como fim da história. Vattimo sustenta que
não existe uma história universal ou um ponto de vista supremo com que julgar toda a
história. O traço central é sem duvida as constatações de uma crise do sentido procedente de
uma dissolução generalizada em relação as ideias humanísticas da modernidade. A ideia da
racionalidade é pensado como fundamento do pensamento fraco e base do sucesso dela frente
ao relativismo sem relevo e sustida da contemporaneidade. Na ideia da racionalidade o autor
supracitado defende aquilo que o chamou como o pensamento débil que nos diz não ser
possível propor uma filosofia que presuma ter posse de certezas e de fundamento inconfesso
para teorias do homem, sobre a história e sobre os valores.
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19. Porquê que Habermas deu o título de Técnica e ciência como ideologia à sua obra?

O defensor da modernidade Habermas, parte dos pressupostos preconizadas na era moderna,


uma vez que é sabido por todos, que a era moderna buscava a emancipação do homem através
da técnica e da ciência sobrevalorizando de grande maneira a razão portanto, emancipado este
homem, verifica-se uma tendência da sua dominação através da própria técnica e da ciência,
neste sentido, o homem já não consegue se desvincular da ciência e da técnica por isso que
torna-se uma ideologia e mina o desenvolvimento da sociedade moderna e trazendo
consequências irreparáveis a humanidade. Resumindo, Habermas intitula assim a sua obra de
técnica e ciência como ideologia porque percebe que o homem já não consegue viver sem à
ciência e da técnica. Em suma, este homem moderno busca na técnica e ciência a sua
emancipação o que lhe torna egoísta pois, este homem pensa somente em si e no lucro e este
domínio da técnica e ciência torna-se ideológico.

20. Comente a questão da deslegitimação em Lyotard.

R: A deslegitimação dos saberes na sociedade pós-moderna. Segundo Lyotard o grande relato


perde sua credibilidade, independente do modo de unificação que ele é conferido. Um saber
só poderá ser legítimo se permitir um engendramento de outro discurso nele ou a substituição
deste por outro discurso. Por conseguinte, se remetente e destinatário aceitarem o seu uso,
estes saberes entram no jogo, ou seja, entram na composição de discursos que são constituídos
por diversos tipos de enunciados, até mesmo de relatos, sendo possíveis as utilizações destes
como constituintes da malha discursiva e não como autolegitimadores, porque toda a malha
discursiva tem de ser verificável e falsificável. na perspectiva pós-moderna a deslegitimação
do saber através da legitimação, pois se todo o discurso pode ser reformulado, destruído, ou
verificável, a legitimação de algo se dá na deslegitimaçao de outro, e assim se forma o círculo
científico pós-moderno onde eu deslegitimo um enunciado e legitimo outro, que irá
posteriormente ser deslegitimado por outro e assim por diante.

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