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FACULDADE ANHANGUERA DE RIBEIRÃO PRETO

ENGENHARIA ELÉTRICA – 9º ANO C

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS


GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA.

PROF. EVALDO

ALEX ROBERTO ALVES DE SOUZA RA: 1054022858


JÉSSICA APARECIDA DA SILVA CREPALDI RA: 1023859447
RAQUEL CÁSSIA MACHADO RA: 1053008964
RENAN VIEIRA CARVALHO RA: 1054023547
WASHINGTON DA SILVA CICILINI RA: 1054035028

RIBEIRÃO PRETO – SP
JUNHO 2014
PRIMEIRO DESAFIO

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Ao concluir as etapas propostas neste desafio, você terá desenvolvido as competências e
habilidades que constam nas Diretrizes Curriculares Nacionais descritas a seguir.
• Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à
Engenharia.
• Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados.
• Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos.
• Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia.

PRODUÇÃO ACADÊMICA
• Relatórios parciais, com os resultados das pesquisas realizadas nas Etapas 1, 2 e 3.
• Apresentação em Power Point realizada na Etapa 4.
• Relatório Final do Projeto Proposto.
• Apresentação em Power Point sobre o Projeto Proposto.

PARTICIPAÇÃO
Essa atividade será, em parte, desenvolvida individualmente pelo aluno e, em parte, pelo
grupo. Para tanto, os alunos deverão:
• Organizar-se, previamente, em equipes de participantes conforme a orientação do
professor;
• Entregar seus nomes, RAs e e-mails ao professor da disciplina.
• Observar, no decorrer das etapas, as indicações: Aluno e Equipe.

PADRONIZAÇÃO
O material escrito solicitado nesta atividade deve ser produzido de acordo com as normas da
ABNT1, com o seguinte padrão:
• em papel branco, formato A4;
• com margens esquerda e superior de 3cm, direita e inferior de 2cm;
• fonte Times New Roman tamanho 12, cor preta;
• espaçamento de 1,5 entre linhas;
• se houver citações com mais de três linhas, devem ser em fonte tamanho 10, com
• um recuo de 4cm da margem esquerda e espaçamento simples entre linhas;
• com capa, contendo:
• nome de sua Unidade de Ensino, Curso e Disciplina;
• nome e RA de cada participante;
• título da atividade;
• nome do professor da disciplina;
• cidade e data da entrega, apresentação ou publicação.

DESAFIO
Acompanhamos no dia a dia o quanto o ser humano está destruindo o meio ambiente.
O crescimento das cidades, as indústrias e os veículos estão causando transtornos para o ar, o
solo e as águas. O desenvolvimento é necessário, porém, o ser humano precisa respeitar o
meio ambiente, pois dependemos dele para sobreviver neste planeta.
Desenvolvimento sustentável significa conseguir obter o necessário desenvolvimento
econômico, garantindo o equilíbrio ecológico.
Sugestões para o desenvolvimento sustentável:
• Reciclagem de diversos tipos de materiais: papel, alumínio, plástico, ferro, borracha
etc.
• Tratamento de esgotos industriais e domésticos para que não sejam jogados nos rios,
mares, lagos e córregos.
• Geração de energia elétrica através de fontes não poluente como, por exemplo, eólica,
geotérmica e solar.
Sabe-se que os impactos ambientais gerados pela obtenção de energia interferem
enormemente no desenvolvimento sustentável e o entendimento deles se faz primordial para a
análise de implementação de projetos e planejamentos energéticos.
Dessa forma a equipe deverá fazer um estudo de caso de uma cidade, fazendo todo o
levantamento da cidade, sobre as formas de geração de energia oferecidas e utilizadas pela
grande parcela da população e analisando também os impactos ambientais que vêm sendo
causados. Propor dessa forma métodos alternativos que ajudem na sustentabilidade do planeta
e de que forma poderiam ser utilizados nessa cidade, fazendo uma análise econômica, social e
ambiental.
Entregar ao professor um relatório sobre o estudo e fazer uma apresentação em Power
Point, que deverá ser apresentada a sala em datas definidas pelo professor. É importante que
cada equipe escolha uma cidade diferente.

OBJETIVO DO DESAFIO
Desenvolver um projeto para uma cidade, propondo formas de produção de energia
alternativas que contribuam com o desenvolvimento sustentável do planeta.

ETAPA – 3

 Aula-tema: Centrais Hidrelétricas e Termoelétricas


Essa atividade é importante para conhecer o funcionamento das centrais hidrelétricas e
termoelétricas.
Para realizá-la, devem ser seguidos os passos descritos.

PASSOS
Passo 1 (Aluno)
Definir como são as centrais hidroelétricas.
Sites sugeridos para pesquisa
• Facuri, Micheline Ferreira. A implantação de usinas hidrelétricas e o processo de
licenciamento ambiental: A importância da articulação entre os setores elétricos e de
meio ambiente no Brasil. Disponível em:
<https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2sU3NSRS1wWlBSRGVLYVludk
ZOZmFKZw>. Acesso em 24 mar. 2012.
• Os impactos ambientais e sociais. 2006. Disponível em:
<https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2sdFN1WGtMTWZUZHlERk5hR
TJ GNm1Rdw >. Acesso em 24 mar. 2012.
• Sousa, Wanderley. Impacto Ambiental das Hidrelétricas: Uma análise comparativa em
duas abordagens. Disponível em:
<https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2sZ1JNaDhYekRUMm1fVHF1U
Ut WbU9SUQ >. Acesso em 23 mar. 2012.
• Atlas da Energia Elétrica no Brasil. 2002. Disponível em:
<https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2sRkQyaWplM0tURUc5U3lGdTl
o SVZjQQ>. Acesso em 21 mar. 2012.
A energia hidráulica é proveniente da irradiação solar e da energia potencial gravitacional,
através da evaporação, condensação e precipitação da água sobre a superfície terrestre. Ao
contrário das demais fontes renováveis, já representa uma parcela significativa da matriz
energética mundial e possui tecnologias devidamente consolidadas. Atualmente, é a principal
fonte geradora de energia elétrica para mais de 30 países e representa cerca de 20% de toda a
eletricidade gerada no mundo.
No Brasil, água e energia têm uma forte e histórica interdependência, de forma que a
contribuição da energia hidráulica ao desenvolvimento econômico do país tem sido
expressiva. Seja no atendimento das diversas demandas da economia – atividades industriais,
agrícolas, comerciais e de serviços, ou da própria sociedade, melhorando o conforto das
habitações e a qualidade de vida das pessoas. Também desempenha papel importante na
integração e desenvolvimento de regiões distantes dos grandes centros urbanos e industriais.
A participação da energia hidráulica na matriz energética nacional é da ordem de 42%,
gerando cerca de 90% de toda a eletricidade produzida no país. Apesar da tendência de
aumento de outras fontes, devido a restrições socioeconômicas e ambientais de projetos
hidrelétricos e os avanços tecnológicos no aproveitamento de fontes não convencionais, tudo
indica que a energia hidráulica continuará sendo, por muitos anos, a principal fonte geradora
de energia elétrica do Brasil. Embora os maiores potenciais remanescentes estejam
localizados em regiões com fortes restrições ambientais e distantes dos principais centros
consumidores, estima-se que, nos próximos anos, pelo menos 50% da necessidade de
expansão da capacidade de geração seja de origem hídrica.
O recente processo de reestruturação do setor elétrico brasileiro tem estimulado a geração
descentralizada de energia elétrica, de modo que as fontes não convencionais, principalmente
as renováveis, tendem a ocupar maior espaço na matriz energética nacional. Nesse contexto,
as pequenas centrais hidrelétricas terão um papel extremamente importante,
As usinas hidrelétricas representam a principal fonte de geração no Brasil. Na matriz
energética brasileira, verifica-se que a base da capacidade instalada do parque gerador é a
exploração de potenciais hidráulicos. O momento que o setor elétrico atravessa implica a
premente necessidade de agilizar a entrada de novas unidades geradoras. Isso minimizaria o
risco de déficit de oferta de energia, o que colabora para a expansão da oferta de energia
elétrica.
A presente pesquisa tem como objetivo sistematizar e comentar um conjunto de dados e
informações relativas ao processo de implantação de usinas hidrelétricas já licitadas. Foram
levantados, também, dados sobre a situação atual das usinas hidrelétricas licitadas a partir de
1996. Esses dados contêm as principais implicações encontradas nos empreendimentos que
estão com seus cronogramas atrasados. Busca-se, portanto, mostrar que se houver maior
incorporação de instrumentos de gestão ambiental no processo de planejamento de projetos
hidrelétricos, poderá haver maior possibilidade de se viabilizar a implantação de novas usinas
hidrelétricas, com melhor qualidade dos estudos ambientais. Assim sendo, o processo de
licenciamento ambiental poderá ocorrer em prazos mais adequados.
São empreendimentos planejados para um horizonte de tempo longo. São frequentes as
hidrelétricas que ultrapassam algumas gerações, funcionando com interrupções apenas de
manutenção. A energia hidrelétrica é um dos sistemas que se enquadram nos conceitos de
operação ou desenvolvimento sustentável.
Sua construção e consequentemente as suas barragens e lagos causam diversos impactos
sociais e ambientais negativos. As populações são atingidas direta e concretamente através do
alagamento de suas propriedades, casas, áreas produtivas e até cidades. Existem também os
impactos indiretos como perdas de laços comunitários, separação de comunidades e famílias,
destruição de igrejas, capelas e inundação de locais sagrados para comunidades indígenas e
tradicionais.
Na área ambiental o principal impacto costuma ser o alagamento de importantes áreas
florestais e o desaparecimento do habitat dos animais. Muitas vezes a hidrelétrica é construída
em áreas onde se concentram os últimos remanescentes florestais da região, desmatando e
inundando espécies ameaçadas de extinção. Recentemente, no caso da hidrelétrica de Barra
Grande, construída no Rio Pelotas, divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, houve
a primeira extinção consentida, pelos órgãos ambientais responsáveis, de uma espécie vegetal.
O lago inundou para sempre o habitat natural das últimas populações da bromélia Dickya
distachya.
Já as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) são definidas como centrais com potência de 01
a 30 MW e 3 Km2 de área máxima de reservatório e são consideradas como tendo um
impacto ambiental menor. Entretanto, este dado deve ser visto com cautela, pois pequenas
centrais com áreas de alagamento que afetem áreas agricultáveis, densamente habitadas,
importantes para a conservação da biodiversidade, ou um conjunto de PCHs numa mesma
bacia hidrográfica, podem causar danos sociais e ambientais comparáveis aos das grandes
hidrelétricas.
Normalmente essas pequenas centrais são instaladas em regiões com cachoeiras ou canions
com grandes desníveis no rio e sua construção acaba interferindo significativamente na
paisagem, secando grande parte do leito do rio e acabando inclusive com as próprias
cachoeiras. O desaparecimento das cachoeiras e a diminuição da vazão dos rios interferem
diretamente no abastecimento de água para outras atividades, prejudicando o desenvolvimento
de atividades econômicas importantes, como o ecoturismo.

Passo 2 (Aluno)
Analisar as características e conceitos das centrais termoelétricas.
Sites sugeridos para pesquisa
• Stamm, Hugo Roger. Método para avaliação do impacto ambiental (AIA) em projetos
de grande porte: estudo de caso de uma usina termoelétrica. 2003. Disponível em: <
https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2sdmYxbG9rZWJUbjJzNklVc05vR
kFzUQ>. Acesso em 23 mar. 2012.
• Usina Termoéletrica. 2005. Disponível em:
<https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2sOVo4TjU5Y3ZTUnktWS1TNjd
jV XN2QQ>. Acesso em 23 mar. 2012.
• Atlas da Energia Elétrica no Brasil. 2002. Disponível em:
<https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2sRkQyaWplM0tURUc5U3lGdTl
o SVZjQQ>. Acesso em 21 mar. 2012.

Uma das formas de energia mais importante é a energia elétrica, que pode ser produzida de
diversas maneiras. As mais conhecidas são através de usinas hidrelétricas e termelétricas.
Atualmente estão sendo desenvolvidas outras formas de geração de energia, com menor
impacto ambiental, mas ainda em pequena escala e a custos elevados. Como exemplo das
novas tecnologias pode ser considerado: a energia eólica, a energia solar entre outras.
Enquanto desenvolvem-se novas tecnologias, as formas mais tradicionais de geração de
energia também estão progredindo. No curto prazo, é mais fácil aprimorar ou melhorar a
eficiência de uma forma de geração de energia antiga, visando atender parâmetros ambientais
mais restringentes, do que desenvolver em escala industrial e a preços competitivos uma nova
forma para suprir o mercado.
Há algumas décadas, a forma de energia mais utilizada era a energia gerada pelas usinas
hidrelétricas. Com o crescimento das cidades, os aproveitamentos mais próximos dos grandes
centros foram todos explorados.
Passou-se então a construir usinas mais distantes dos grandes centros. Com o passar do tempo
os aproveitamentos hidrelétricos economicamente viáveis foram sendo explorados,
principalmente nos países industrializados e consumidores intensivos de energia elétrica.
Alguns países ainda têm um potencial hidrelétrico a ser explorado como é o caso do Brasil
(em algumas regiões), do Canadá, da Rússia, alguns países satélites da antiga União Soviética
e a China.
A energia elétrica gerada a partir de usinas termelétricas tinha um papel secundário até então.
Com o esgotamento do potencial hidrelétrico dos países mais desenvolvidos, as usinas
termelétricas passaram a ter uma maior participação na matriz energética destes países.
Atualmente a forma de energia mais utilizada e em expansão no mundo é a energia gerada
através de usinas termelétricas, ou seja, de fontes não renováveis (BRUNDTLAND, 1991,
p.186). As usinas termelétricas têm algumas vantagens e desvantagens comparativamente às
usinas hidrelétricas. Como vantagens podemos citar: não ocupam uma grande área com
reservatório de água; podem ser localizadas próximo aos centros de carga, diminuindo o custo
do sistema de transmissão; operam sob quaisquer condições climáticas, entre outras. E como
desvantagens: em geral utilizam combustível não renovável; os resíduos produzidos são mais
problemáticos; não podem responder às oscilações do sistema elétrico de forma rápida, entre
outras (ELETROSUL, 1994, p.1-9).
As termelétricas podem ser divididas em função do combustível utilizado, a saber: usinas a
carvão, a gás, a óleo pesado ou diesel e nuclear. As usinas nucleares sofreram uma
desaceleração no ritmo da sua expansão devido principalmente aos acidentes ocorridos em
Three Mile Island, nos Estados Unidos, e Chernobil, na antiga União Soviética (Ucrânia).
Depõem ainda contra este tipo de usina de geração de energia elétrica, o problema da
radiação, ainda não totalmente controlado, o descomissionamento da usina após o término da
sua vida útil, o destino dos resíduos radioativos e principalmente a força da opinião pública
mais esclarecida nos países desenvolvidos, totalmente contrária à construção deste tipo de
usina.
Alguns países com grandes reservas de petróleo utilizam este combustível para gerar energia.
A energia gerada a partir deste combustível fóssil além de ser mais dispendiosa que as outras
formas, consome um grande volume de combustíveis nobres que poderiam ter melhor
utilização.
Tendo em vista este cenário e a disponibilidade de uma quantidade significativa de recursos
energéticos, a forma de geração de energia elétrica, viam usinas termelétricas, mais utilizadas
atualmente é através de usinas a carvão mineral e gás natural.
Para tornar estas formas de geração de energia mais condizentes com a situação do mercado
atual, os fabricantes têm dado significativos saltos qualitativos no desenvolvimento de
tecnologias que aumentem a eficiência das usinas, numa escala compatível com o tamanho
dos atuais sistemas elétricos, na diminuição do custo da sua geração e principalmente na
diminuição do impacto ambiental causado por elas.
O funcionamento das centrais termelétricas é semelhante, independentemente do combustível
utilizado. O combustível é armazenado em parques ou depósitos adjacentes, de onde é
enviado para a usina, onde será queimado na caldeira.
Esta gera vapor a partir da água que circula por uma extensa rede de tubos que revestem suas
paredes. A função do vapor é movimentar as pás de uma turbina, cujo rotor gira juntamente
com o eixo de um gerador que produz a energia elétrica.
Essa energia é transportada por linhas de alta tensão aos centros de consumo.
O vapor é resfriado em um condensador e convertido outra vez em água, que volta aos tubos
da caldeira, dando início a um novo ciclo.
A água em circulação que esfria o condensador expulsa o calor extraído da atmosfera pelas
torres de refrigeração, grandes estruturas que identificam essas centrais. Parte do calor
extraído passa para um rio próximo ou para o mar.
Para minimizar os efeitos contaminantes da combustão sobre as redondezas, a central dispõe
de uma chaminé de grande altura (algumas chegam a 300 m) e de alguns precipitadores que
retêm as cinzas e outros resíduos voláteis da combustão. As cinzas são recuperadas para
aproveitamento em processos de metalurgia e no campo da construção, onde são misturadas
com o cimento.
Como o calor produzido é intenso, devido às altas correntes geradas, é importante o
resfriamento dos geradores. O hidrogênio é melhor veículo de resfriamento que o ar; como
tem apenas um quatorze avos da densidade deste, requer menos energia para circular.
Recentemente, foi adotado o método de resfriamento líquido, por meio de óleo ou água. Os
líquidos nesse processamento são muito superiores aos gases, e a água é 50 vezes melhor que
o ar.
A potência mecânica obtida pela passagem do vapor através da turbina - fazendo com que esta
gire - e no gerador - que também gira acoplado mecanicamente à turbina - é que transforma a
potência mecânica em potência elétrica.
A energia assim gerada é levada através de cabos ou barras condutoras, dos terminais do
gerador até o transformador elevador, onde tem sua tensão elevada para adequada condução,
através de linhas de transmissão, até os centros de consumo.
Daí, através de transformadores abaixadores, a energia tem sua tensão levada a níveis
adequados para utilização pelos consumidores.
A descrição anterior refere-se às centrais clássicas, uma vez que existe, ainda que em fase de
pesquisa, outra geração de termelétricas que melhorem o rendimento na combustão do carvão
e diminuam o impacto sobre o meio ambiente: são as centrais de combustão de leito
fluidificado. Nessas centrais, queima-se carvão sobre um leito de partículas inertes (por
exemplo, de pedra calcária), através do qual se faz circular uma corrente de ar que melhora a
combustão.
Uma central nuclear também pode ser considerada uma central termelétrica, onde o
combustível é um material radioativo que, em sua fissão, gera a energia necessária para seu
funcionamento.
A principal vantagem é poderem ser construídas onde são mais necessárias, economizando
assim o custo das linhas de transmissão. E essas usinas podem ser encontradas na Europa e
em alguns estados do Brasil.
O gás natural pode ser usado como matéria-prima para gerar calor, eletricidade e força motriz,
nas indústrias siderúrgica, química, petroquímica e de fertilizantes, com a vantagem de ser
menos poluente que os combustíveis derivados do petróleo e o carvão.
Entretanto, o alto preço do combustível é um fato desfavorável. Dependendo do combustível,
os impactos ambientais, como poluição do ar, aquecimento das águas, o impacto da
construção de estradas para levar o combustível até a usina, etc.

ETAPA – 4

 Aula-tema: Sistemas solares e eólicos de geração de energia, células combustíveis e


aspectos técnicos e econômicos.

PASSOS
Passo 1 (Aluno)
Pesquisar sobre os sistemas solares de geração de eletricidade.
Sites sugeridos para pesquisa
• Tiradentes, Átalo Antônio Rodrigues. Uso da energia solar para geração de
eletricidade e para aquecimento da água. 2007. Disponível em:
<https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2sQTZKeWt3MlBSUGk4ZXlNW
DB IUFhldw>. Acesso em 27 mar. 2012.
• Energia Solar. 2002. Disponível em:
<https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2sLUxKMnpYbG1TYlc4YmpGQ
2Z KMlEyUQ>. Acesso em 27 mar. 2012

O Sol é, sob todos os aspectos, responsável direto pela manutenção da vida em nosso planeta;
e é a origem de todas as formas de energia conhecidas, direta ou indiretamente.
É uma imensa bola de gases incandescentes com um volume de cerca de 1,3 milhões de vezes
o volume do nosso planeta. Uma gigantesca usina de força que consome 4 milhões de
toneladas de matéria por segundo, mas ainda continuará a aquecer e iluminar a Terra por
alguns bilhões de anos.
A energia que Terra recebe do Sol anualmente é estimada em 1.7 x 1017 W. Este número
representa correspondente a cerca de 1000 vezes o consumo mundial de energia em todas as
formas conhecidas. Em comparação com todas as outras formas de energia utilizadas no
nosso planeta, podemos dizer que o Sol é uma fonte inesgotável de energia. O que a
humanidade precisa é a ciência descubra e desenvolva formas de melhor aproveitar todo esse
potencial em seu benefício.
Mas também é fato que nem todo este potencial pode ser aproveitado; pelo menos 30% de
toda a radiação solar que atinge a nossa atmosfera e a superfície do planeta são refletidos ao
espaço. Outros 47% aproximadamente são absorvidos pela atmosfera e pela superfície do
planeta – continentes e oceanos - gerando variações de temperatura, sendo também
devolvidos ao espaço.
Assim, de toda a energia que o Sol transmite a Terra, apenas 23% vão efetivamente ser
utilizados na geração de algum tipo de trabalho, atuando no clima, nos ventos, ondas,
correntes e até no ciclo da água em todo o planeta. Finalmente, apenas 0,22% - cerca de 4,0 x
1010 kW, vão penetrar no sistema biológico terrestre, por fotossíntese; isto é uma conversão
de energia solar em energia química nos organismos vivos.
Uma pequena parcela da energia armazenada como energia química em plantas e tecidos de
corpos animais se acumulou com durante milhões de anos, sob as condições geológicas
favoráveis, na forma de carvão e óleos minerais, convertendo-se em reservas de combustíveis
fósseis.
Todas as reservas de combustíveis fósseis foram formadas ao longo de milhões de anos em
função de mudanças drásticas verificadas nos sistemas biológicos e geológicos. Nos dias
atuais, pode-se dizer que é praticamente nula a formação de novos depósitos, ao passo que o
consumo continua acelerado, levando ao inexorável esgotamento dessas reservas num
horizonte não muito distante.
A energia solar como já mencionado anteriormente, é inesgotável e gratuita. Entretanto, os
equipamentos que permitem seu aproveitamento, principalmente na conversão em energia
elétrica ainda são caros e inacessíveis à maioria da população.
Mas, com o aumento da produção e utilização desses equipamentos, o custo total as
instalações tende a diminuir, e assim, poderá beneficiar de forma direta um número maior de
pessoas. Quanto maior for à utilização de energia elétrica e térmica oriundas de coletores
solares, maior será a preservação do meio ambiente; as pessoas que utilizam a energia elétrica
de origem fotovoltaica estão evitando o consumo de combustíveis fósseis e numa análise mais
avançada, estão contribuindo para a diminuição da necessidade de alagamentos provocados
por usinas hidroelétricas.
Podemos vislumbrar para o futuro que boa parte da população mundial poderá utilizar energia
elétrica de origem fotovoltaica até o final deste século. Se considerarmos que apenas uma
pequena fração de toda energia radiante que atinge a superfície da Terra, se bem aproveitada,
pode representar uma grande redução no consumo de petróleo e seus derivados, entenderemos
melhor o verdadeiro potencial desta fonte limpa e renovável no suprimento de energia e na
conservação dos outros recursos naturais não renováveis.
Em apenas uma hora o Sol despeja sobre a Terra uma quantidade de energia superior ao
consumo global de um ano inteiro. Energia gratuita, renovável e não poluente. Diferente dos
aquecedores solares de água comuns atuais, o efeito fotovoltaico transforma a energia
luminosa proveniente do Sol em eletricidade para abastecer lâmpadas, TVs, bombas e
dessalinizadores de água, computadores, refrigeradores e mais quaisquer outros equipamentos
elétricos.
A humanidade vai ter cada vez mais necessidade de energia e a depender das fontes
convencionais, terá também cada vez mais dificuldade em obtê-la. Daí a urgência no
desenvolvimento de novas tecnologias visando ao aproveitamento de fontes renováveis e
limpas, que possam propiciar o desenvolvimento de maneira sustentável e preservacionista.
Entre outras fontes alternativas cujas tecnologias estão avançando, a energia elétrica de
origem fotovoltaica aparece como uma das principais formas de substituir os métodos
conhecidos de geração de eletricidade.

TECNOLOGIAS DE APROVEITAMENTO

APROVEITAMENTOS TÉRMICOS
Coletor solar: A radiação solar pode ser absorvida por coletores solares, principalmente para
aquecimento de água, a temperaturas relativamente baixas (inferiores a 100ºC). O uso dessa
tecnologia ocorre predominantemente no setor residencial, mas há demanda significativa e
aplicações em outros setores, como edifícios públicos e comerciais, hospitais, restaurantes,
hotéis e similares. Esse sistema de aproveitamento térmico da energia solar, também
denominado aquecimento solar ativo, envolve ouso de um coletor solar discreto. O coletor é
instalado normalmente no teto das residências e edificações. Devido à baixa densidade da
energia solar que incide sobre a superfície terrestre, o atendimento de uma única residência
pode requerer a instalação de vários metros quadrados de coletores. Para o suprimento de
água quente de uma residência típica (três ou quatro moradores), são necessários cerca de 4
m2 de coletor.

Concentrador solar: O aproveitamento da energia solar aplicado a sistemas que requerem


temperaturas mais elevadas ocorre por meio de concentradores solares, cuja finalidade é
captar a energia solar incidente numa área relativamente grande e concentrá-la numa área
muito menor, de modo que a temperatura desta última aumente substancialmente. A
superfície refletora (espelho) dos concentradores tem forma parabólica ou esférica, de modo
que os raios solares que nela incidem sejam refletidos para uma superfície bem menor,
denominada foco, onde se localiza o material a ser aquecido. Os sistemas parabólicos de alta
concentração atingem temperaturas bastante elevadas e índices de eficiência que variam de
14% a 22% de aproveitamento da energia solar incidente, podendo ser utilizada para a
geração de vapor e, consequentemente, de energia elétrica. Contudo, a necessidade de
focalizar a luz solar sobre uma pequena área exige algum dispositivo de orientação,
acarretando custos adicionais ao sistema, os quais tendem a ser minimizados em sistemas de
grande porte. Entre meados e final dos anos 1980, foram instalados nove sistemas parabólicos
no sul da Califórnia, EUA, com tamanhos que variam entre 14 MW e 80 MW, totalizando
354 MW de potência instalada. Trata-se de sistemas híbridos, que operam com auxílio de gás
natural, de modo a atender a demanda em horários de baixa incidência solar. Os custos da
eletricidade gerada têm variado entre US$ 90 e US$ 280 por megawatt-hora. Recentes
melhoramentos têm sido feitos, visando a reduzir custos e aumentar a eficiência de conversão.
Em lugar de pesados espelhos de vidro, têm-se empregado folhas circulares de filme plástico
aluminizado (NREL, 2000).

CONVERSÃO DIRETA DA RADIAÇÃO SOLAR EM ENERGIA ELÉTRICA


Além dos processos térmicos descritos acima, a radiação solar pode ser diretamente
convertida em energia elétrica, por meio de efeitos da radiação (calor e luz) sobre
determinados materiais, particularmente os semicondutores. Entre esses, destacam-se os
efeitos termoelétrico e fotovoltaico. O primeiro se caracteriza pelo surgimento de uma
diferença de potencial, provocada pela junção de dois metais, quando tal junção está a uma
temperatura mais elevada do que as outras extremidades dos fios. Embora muito empregado
na construção de medidores de temperatura, seu uso comercial para a geração de eletricidade
tem sido impossibilitado pelos baixos rendimentos obtidos e pelos custos elevados dos
materiais.
O efeito fotovoltaico decorre da excitação dos elétrons de alguns materiais na presença da luz
solar (ou outras formas apropriadas de energia). Entre os materiais mais adequados para a
conversão da radiação solar em energia elétrica, os quais são usualmente chamados de células
solares ou fotovoltaicas, destaca-se o silício. A eficiência de conversão das células solares é
medida pela proporção da radiação solar incidente sobre a superfície da célula que é
convertida em energia elétrica. Atualmente, as melhores células apresentam um índice de
eficiência de 25% (GREEN et al., 2000).
Para a geração de eletricidade em escala comercial, o principal obstáculo tem sido o custo das
células solares. Segundo B(2000), atualmente os custos de capital variam entre 5 e 15 vezes
os custos unitários de uma usina a gás natural que opera com ciclo combinado. Contudo, nos
últimos anos tem-se observado redução nos custos de capital. Os valores estão situados na
faixa de US$ 200 a US$ 300 por megawatt-hora e entre US$ 3 e US$ 7 mil por quilowatt
instalado.

Passo 2 (Aluno)
Estudar os principais conceitos e características sobre os sistemas eólicos de geração de
eletricidade.
Sites sugeridos para pesquisa
• Dalmaz, Alessandro. Energia Eólica para geração de eletricidade e a importância da
previsão. 2008. Disponível em:
<https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2sazczWXZRV1VUeHlPMDFkeX
Y yVlk2dw>. Acesso em 27 mar. 2012.

• Tutorial de Energia Eólica- Princípios e Tecnologias. 2008. Disponível em:


<https://docs.google.com/document/d/1ynxErhuz9e5Xo0nXngDLYjMZBMo2gXSVp
oSAqDcm4s/edit>. Acesso em 27 mar. 2012.

• Energia Eólica. 2002. Disponível em:


<https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2seW4tSVFJQXVUX0tFNmF3Ql
9 ndHE0dw>. Acesso em 27 mar. 2012.

Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento


(vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação
em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas
aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cata-ventos (e moinhos), para trabalhos
mecânicos como bombeamento d’água.
A energia eólica vem se destacando entre as alternativas para geração de eletricidade. Estudos
mostram que o Brasil possui ventos que fazem desta fonte uma opção complementar para a
geração com reduzido impacto ambiental. Com o aumento da potência eólica instalada, torna-
se necessário o desenvolvimento de procedimentos de previsão da quantidade de energia
eólica gerada. A energia dos ventos vem sendo utilizada há milhares de anos para produzir
trabalho, principalmente para movimentar embarcações, moer grãos, através dos moinhos de
vento, bombear água, movimentar serrarias, entre outras aplicações.
A utilização dos ventos para geração de eletricidade teve início no final do século XIX, com a
primeira turbina eólica para geração de energia elétrica desenvolvida pelo americano Charles
Brush (1849 – 1929) e também com o desenvolvimento de uma turbina eólica pelo
dinamarquês Poul la Cour (1846 – 1908), considerado o precursor dos modernos
aerogeradores.
A humanidade enfrenta um grande desafio que é suprir a demanda de energia evitando
agressões ao meio ambiente. A energia eólica é parte da solução deste problema, por se tratar
de uma fonte renovável de energia, que é abundante e limpa por ter origem na própria
dinâmica da atmosfera terrestre, ou seja, a força dos ventos se origina da diferença no
aquecimento da superfície terrestre pelo Sol.
No entanto, a origem da energia eólica lhe confere problemas que dificultam a integração
deste tipo de geração à rede elétrica. Por depender das condições atmosféricas, a quantidade
de energia que será gerada é de difícil previsão, pois as condições do vento não podem ser
controladas.
Um grande impulso à geração eólica de eletricidade ocorreu após a primeira crise do petróleo.
Vários países passaram a investir em pesquisas sobre novas formas de geração de energia,
permitindo que a geração a partir da energia eólica se destacasse em vários deles,
especialmente na Alemanha, Dinamarca, EUA e Espanha. Atualmente, existem mais de 30
mil aerogeradores (AGs) no mundo, e, na Europa, houve um crescimento médio anual em
torno de 22%, nos últimos anos. A fim de aumentar a participação da energia eólica na matriz
energética, vários países estão traçando metas.
Até 2020, pretende-se, na Europa e nos Estados Unidos, atingir 10% e 6%, respectivamente,
de eletricidade de origem eólica, segundo Corin Millais, diretor executivo da Associação de
Energia Eólica Européia, e o Departamento de Energia dos Estados Unidos (USDOE).
O Brasil está iniciando a exploração da energia eólica. São 15 parques eólicos, localizados em
sete estados, totalizando uma potência de 240 MW, representando 0,24% da potência
instalada no país. Para o desenvolvimento das fontes alternativas, foi regulamentado, em
2004, o PROINFA (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), que
através de financiamentos e garantias de compra e preço da energia, visa a aumentar a
participação das fontes alternativas na matriz energética brasileira.
Alguns estudos mostram o grande potencial brasileiro para geração eólica. Segundo o Atlas
do Potencial Eólico Brasileiro (2001), o Brasil tem um potencial estimado em 143,47 GW,
considerando apenas os locais com velocidade média anual acima de 7 m/s. Algumas regiões
que se destacam no Brasil são: o litoral do nordeste, principalmente do Ceará e do Rio Grande
do Norte, o litoral do Rio Grande do Sul, as Serras Gaúcha e Catarinense, alguns locais do
litoral Catarinense e a região dos campos entre Paraná e Santa Catarina. No caso do nordeste,
dados de vento mostram áreas com médias anuais de velocidades superiores a 8,5 m/s. Ainda,
estudos realizados pela CHESF (Companhia Hidroelétrica do São Francisco) e pela COPEL
(Companhia Paranaense de Energia), mostram que, para certas regiões, há complementaridade
entre a geração hídrica e a eólica, ou seja, os períodos do ano com maior incidência de ventos
coincidem com os de menor oferta de chuvas.
Os custos de instalação e geração de energia eólica ainda são altos, porém, vêm diminuindo,
nos últimos anos, com os avanços tecnológicos e de planejamento dos projetos dos parques
eólicos. O custo de instalação de um parque eólico na Europa é pouco superior a US$ 1000 /
kW, enquanto no Brasil os valores chegam a custar, em média, R$ 3500 / kW instalado,
conforme mencionado por Jens P. Molly do Instituto Alemão de Energia Eólica (DEWI) em
2005.
TECNOLOGIAS DE APROVEITAMENTO
TURBINAS EÓLICAS
No início da utilização da energia eólica, surgiram turbinas de vários tipos como eixo
horizontal, eixo vertical, com apenas uma pá, com duas e três pás, gerador de indução,
gerador síncrono etc. Com o passar do tempo, consolidou-se o projeto de turbinas eólicas com
as seguintes características: eixo de rotação horizontal, três pás, alinhamento ativo, gerador de
indução e estrutura não-flexível, como ilustrado na Figura 6.2 (CBEE, 2000).
Entretanto, algumas características desse projeto ainda geram polêmica, como a utilização ou
não do controle do ângulo de passo (pitch) das pás para limitar a potência máxima gerada. A
tendência atual é a combinação das duas técnicas de controle de potência (stall e pitch) em pás
que podem variar o ângulo de passo para ajustar a potência gerada, sem, contudo, utilizar esse
mecanismo continuamente (WIND DIRECTIONS, 2000).
Quanto à capacidade de geração elétrica, as primeiras turbinas eólicas desenvolvidas em
escala comercial tinham potências nominais entre 10 kW e 50 kW. No início da década de
1990, a potência das máquinas aumentou para a faixa de 100 kW a 300 kW. Em 1995, a
maioria dos fabricantes de grandes turbinas ofereciam modelos de 300 kW a 750 kW.
Em 1997, foram introduzidas comercialmente as turbinas eólicas de 1MW e 1,5 MW,
iniciando a geração de máquinas de grande porte. Em 1999 surgiram as primeiras turbinas
eólicas de 2MW e hoje existem protótipos de 3,6MW e 4,5MW sendo testados na Espanha e
Alemanha. A capacidade média das turbinas eólicas instaladas na Alemanha em 2002
foi de 1,4MW e na Espanha de 850kW. Atualmente, existem mais de mil turbinas eólicas com
potência nominal superior a 1 MW em funcionamento no mundo (BOYLE, 1996; BTM,
2000; WINDPOWER, 2000;WIND FORCE, 2003).
Quanto ao porte, as turbinas eólicas podem ser classificadas da seguinte forma (Figura 6.3):
pequenas – potência nominal menor que 500 kW; médias – potência nominal entre 500 kW e
1000 kW; e grandes – potência nominal maior que 1 MW.
Nos últimos anos, as maiores inovações tecnológicas foi à utilização de acionamento direto
(sem multiplicador de velocidades), com geradores síncronos e novos sistemas de controle
que permitem o funcionamento das turbinas em velocidade variável, com qualquer tipo de
gerador. A tecnologia atual oferece uma variedade de máquinas, segundo a aplicação ou local
de instalação.
Quanto à aplicação, as turbinas podem ser conectadas à rede elétrica ou destinadas ao
suprimento de eletricidade a comunidades ou sistemas isolados. Em relação ao local, a
instalação pode ser feita em terra firme (como exemplo, turbina de médio porte da Figura 6.3)
ou off-shore (como exemplo, turbinas de grande porte da Figura 6.3).

Passo 3 (Aluno)
Levantar os dados sobre as células de combustíveis, focando suas características e funções.
Sites sugeridos para pesquisa
• Santos, Fernando Antônio Castilho. Células de Combustível. 2006. Disponível em:
<https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2scUxXc2JGQ09TTy1WeXJpVm
FsSkhXQQ>. Acesso em 27 mar. 2012.
• Villullas, Mercedes. Células a Combustível. 2002. Disponível em:
<https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2sYzlhWU5WLWlUeUdaNGI3cX
Y1cm5udw>. Acesso em 27 mar. 2012.
• Franchi, T. P., Utilização de células a combustível tipo PEM como alternativa na
geração auxiliar em instalações elétricas de grande porte. 2009. Disponível em:
<https://docs.google.com/open?id=0B4DWrkB2Lh2sOXZob1BDU0hSUVNSX1FieU
VUUE9vUQ>. Acesso em 27 mar. 2012.

As células de combustível já hoje são usadas em centrais de produção de energia com


potências reduzidas (menos de uma dezena de MW). Ficam colocadas perto dos equipamentos
consumidores, podendo assim ser consideradas uma tecnologia de geração dita distribuída.
Apostando na produção local (descentralizada) poupa-se no investimento da construção de
grandes linhas de transporte de energia, na proteção destas e outros equipamentos auxiliares,
bem como, na manutenção dessas infraestruturas. Outro aspecto de economia são os custos de
exploração, uma vez que as perdas energéticas, com a produção descentralizada, são
consideravelmente reduzidas em linhas, nos transformadores (elevadores e abaixadores), bem
como, na quantidade de aparelhagem de proteção com diminuição do número.
Os custos relacionados com a produção também baixam, pois o rendimento das células de
combustível é substancialmente mais elevado.
A grande barreira que atualmente há a vencer tem a ver com o custo ainda elevado desta
tecnologia, resultando da investigação, do preço dos materiais e dos processos de fabrico, o
que tem restringido o uso da tecnologia das células de combustível. Com o decurso do tempo,
eventuais novas descobertas, a produção em massa das células de combustível e em oposição
uma cada vez maior escassez de fontes de energia não renováveis serão fatores que irão levar
a uma nova filosofia de produção energética na área da energia eléctrica.
Uma célula de combustível pode ser definida como um dispositivo eletroquímico que
transforma continuamente a energia química em energia eléctrica (e algum calor) desde que
seja fornecido o combustível e o oxidante.
O combustível é o hidrogénio ou um composto que o tenha na sua constituição e o oxidante é
o oxigénio.
O hidrogénio utilizado no processo pode ser obtido de várias fontes: electrólise da água, gás
natural, propano, metanol, ou outros derivados do petróleo como qualquer hidrocarboneto.
Relativamente ao oxigénio é retirado do ar, podendo também ser obtido a partir da electrólise
da água.
Uma célula de combustível é constituída por dois eléctrodos e entre os dois um eletrólito. A
função do eletrólito é de atuar como um meio que permite aos iões (H+, OH-, O2-, CO3,...)
passarem no sentido de um eléctrodo para o outro eléctrodo ao atravessarem o electrólito.
Exteriormente existe uma ligação eléctrica entre os dois eléctrodos (ânodo e cátodo) onde é
ligado o receptor (a carga).
Uma pilha de combustível é constituída por uma associação em série de células de
combustível, uma vez que cada célula individual produz apenas uma tensão aproximada de
0,8 V.
Consegue-se assim, formar uma pilha de combustível em que temos a tensão de saída
pretendida para uma determinada aplicação prática aonde a tensão individual de cada uma das
células vem multiplicada pelo número. Caso se pretenda elevar o valor da corrente que uma
pilha de células de combustível pode fornecer as mesmas devem ser ligadas em paralelo.
Os dois problemas técnicos fundamentais das células de combustível são: a baixa taxa de
reação que conduz a reduzidas intensidades de corrente e potência por área e o hidrogénio não
ser um combustível prontamente disponível, pois este na natureza encontra-se sempre
associado a outros elementos químicos. Com a finalidade de se resolverem estes problemas os
investigadores têm experimentado muitos tipos de células de combustível.
Atualmente existem dois grupos de desenvolvimento dos principais tipos de células de
combustível, classificadas segundo a temperatura de funcionamento. As células de
combustível conhecidas por de metanol, não se tipificam em qualquer um destes grupos, pois
apresentam características híbridas, sendo excluídas desta classificação principal dos tipos de
células de combustível.
Os sistemas eletroquímicos podem ser diferencia dos uns dos outros pela forma que
funcionam. Quando a reação total de um sistema eletroquímico é espontânea (∆G < 0), o
sistema pode proporcionar trabalho elétrico útil transformando energia química em energia
elétrica, sendo denominada célula galvânica. Em outras palavras, uma célula galvânica é um
sistema eletroquímico que pode gerar energia elétrica útil por meio de uma reação química
que ocorre espontaneamente no seu interior. O inverso dessa situação ocorre nas células
eletrolíticas, onde a energia fornecida por uma fonte externa é utilizada para provocar uma
transformação química não espontânea (∆G > 0).
As células galvânicas fornecem uma maneira segura e compacta para o armazenamento de
energia química, que pode ser liberada como energia elétrica de forma controlada; ou seja,
como uma corrente elétrica gerada por uma diferença de potencial. Um grande número de
reações eletroquímicas pode ser usado em dispositivos práticos, sendo que a escolha é
influenciada pela disponibilidade e custo dos materiais, sua estabilidade, a temperatura de
operação, a energia total armazenada por unidade de massa e fatores relativos à segurança. As
pilhas e as baterias que permitem o funcionamento de muitos dos aparelhos utilizados no
nosso dia-a-dia são células galvânicas e foi objeto de um artigo detalhado nesta revista
(Bocchi et al.,2000).
As células a combustível são também dispositivos de conversão de energia química em
energia elétrica, está atingindo a fase de como as pilhas e as baterias. A diferença principal em
relação às pilhas e baterias é que, nas células a combustível, os reagentes não estão contidos
no interior do sistema, mas sim armazenados externamente. A célula a combustível produz
energia elétrica à medida que os reagentes são introduzidos no sistema. O combustível é
oxidado de forma contínua no anodo, enquanto oxigênio é reduzido no catodo. Assim, a
reação que ocorre na célula a combustível é uma verdadeira reação de combustão. A
circulação de elétrons através do circuito externo permite que se complete a reação e produz o
trabalho elétrico.
As células a combustível constituem uma nova tecnologia que, após muitos anos de pesquisa
e desenvolvimento, comercialização.
As células a combustível são células galvânicas nas quais a energia de Gibbs de uma reação
química é transformada em energia elétrica (por meio da geração de uma corrente). Com a
tecnologia atual, o único combustível que proporciona correntes de interesse prático é o
hidrogênio, apesar de já existirem células que utilizam diretamente metanol como
combustível. Mas, neste caso, as correntes obtidas ainda são relativamente baixas.
A estrutura básica de todas as células a combustível é semelhante: a célula unitária consiste
em dois eletrodos porosos, cuja composição depende do tipo de célula, separada por um
eletrólito e conectada por meio de um circuito externo. Os eletrodos são expostos a um fluxo
de gás (ou líquido) para suprir os reagentes (o combustível e o oxidante). Um esquema de
uma célula a combustível hidrogênio/oxigênio. O hidrogênio gasoso (o combustível) penetra
através da estrutura porosa do anodo, dissolve-se no eletrólito e reage nos sítios ativos da
superfície do eletrodo, liberando elétrons e formando prótons (H+). Os elétrons liberados na
oxidação do hidrogênio chegam ao catodo por meio do circuito externo e ali participam da
reação de redução do oxigênio. Os prótons formados no anodo são transportados ao catodo,
onde reagem formando o produto da reação global da célula a combustível: água.
Em outras palavras, nessa célula a combustível a reação que ocorre no anodo é a oxidação de
hidrogênio e a reação que ocorre no catodo é a redução de oxigênio, usualmente do ar.
Referência Bibliográfica

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