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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO


PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO

RELATÓRIO FINAL

(2015– 2016)

ESTUDO DA FRAGILIZAÇÃO POR HIDROGÊNIO EM JUNTAS SOLDADAS


APLICADAS NAS INDÚSTRIAS NAVAL E DE PETRÓLEO E GÁS

ESTUDO DA MODELAGEM DO MECANISMO DE FRAGILIZAÇÃO POR


HIDROGÊNIO

Relatório Final apresentado à Pró-


Reitoria de Pesquisa, Pós-
graduação e Inovação como parte
dos requisitos do Programa de
Iniciação Científica do IFPE, sob
orientação do Prof. Felipe Augusto
Cruz

Rômulo Medeiros de Andrade


CAMPUS CARUARU
AGOSTO/2016

1
RESUMO

Vasos de Pressão são equipamentos amplamente utilizados em diferentes tipos


de indústrias, como indústrias alimentícias, petroquímicas, químicas e farmacêuticas,
armazenando fluidos pressurizados em seu interior de forma segura e estável. Os vasos
de pressão podem estar sujeitos a falhas ocasionadas por diversos fatores, um desses
fatores que ocasionam grandes perdas de componentes na indústria, principalmente
indústrias de Petróleo e Gás, é a Fragilização por Hidrogênio. Essas falhas podem ser
estudadas utilizando a mecânica da fratura como mecanismo de antecipação de falhas
do componente através de simulações numéricas que utilizam o Método dos Elementos
Finitos (MEF). Para utilizar o MEF é preciso utilizar softwares específicos e
modelagens matemáticas adequadas para representar com precisão o fenômeno físico.
Neste trabalho será apresentada e descrita uma modelagem matemática para o fenômeno
de Fragilização por Hidrogênio, sua implementação em um software de elementos
finitos, e os resultados da sua aplicação em um vaso de pressão que pode sofrer falha
devido à Fragilização por Hidrogênio.

Palavras-chave: Vasos de Pressão, Fragilização por Hidrogênio, Simulação Numérica.

INTRODUÇÃO

O nome vaso de pressão designa genericamente todos os recipientes estanques,


de qualquer tipo, dimensões formato ou finalidade, capazes de conter um fluido
pressurizado [1]. Esses equipamentos são extensamente utilizados na maioria das
indústrias, como alimentícias, petroquímicas, químicas e farmacêuticas.

Esse equipamento está sujeito a descontinuidades que podem diminuir sua vida
útil ou até mesmo causar algum tipo de acidente caso elas originem uma trinca e se
propaguem. Estas falhas podem ocorrer até mesmo em condições de trabalho
estipuladas durante o projeto e dimensionamento do vaso.

Uma dessas descontinuidades é o hidrogênio atômico, que devido ao seu


pequeno diâmetro e grande mobilidade, pode se difundir facilmente no material e causar
o fenômeno de fragilização por hidrogênio, que diminui a capacidade do material
absorver energia ou diminui sua ductilidade [4]

De acordo com [4] cerca de 25% das falhas em equipamentos de refinarias de


petróleo estão relacionadas de algum modo aos danos pelo hidrogênio, e mais de 80%
dos materiais de alta resistência podem sofrer danos pela fragilização por hidrogênio
caso atacados catodicamente [3], por isso é necessário desenvolver e estudar
ferramentas que consigam prever o comportamento de determinado componente à ação
do hidrogênio em suas condições normais de trabalho para que a influência do
hidrogênio não seja mais um fator inesperado e fora dos critérios de projeto.

2
Nesse contexto, a simulação numérica surge atendendo a necessidade de análise
de fenômenos de uma forma eficiente, precisa e de baixo custo, pois permite uma
análise de diversos processos industriais reduzindo desperdícios e movimentação de
materiais e ferramentas dentro da indústria. Estudos de Simulação têm sido aplicados
em diversos setores, como indústria de manufatura, mineração e siderurgia.

Diversos estudos sobre técnicas de modelagem da fragilização por hidrogênio


em aços aplicados na indústria, bem como sua implementação em softwares
especializados, tem sido realizados por pesquisadores nacionais e internacionais devido
à necessidade de modelagens e simulações que se adequem as situações de trabalho que
diversos equipamentos e materiais reais estão submetidos.

OBJETIVOS

Esta pesquisa busca contribuir para o estudo de simulações numéricas sobre a


fragilização por hidrogênio, realizando uma revisão bibliográfica detalhada sobre esse
fenômeno e sobre as modelagens matemáticas que são aplicadas para representa-lo.

Com isso será obtido um direcionamento sobre o que a fragilização por


hidrogênio realmente implica, sobre as características das modelagens matemáticas que
o descrevem, em como este modelamento é implementado em softwares, e quais os
resultados obtidos com uma simulação computacional que justificam sua relevância
para a análise ou projeto de um vaso de pressão.

METODOLOGIA

Revisão bibliográfica sobre a fragilização por hidrogênio, suas causas, seu tipo
de trinca, as teorias existentes que explicam este fenômeno, e teses e artigos que
desenvolvam modelagens matemáticas para reproduzir esse fenômeno em softwares.

Seleção de uma modelagem matemática que represente o fenômeno de


fragilização por hidrogênio em um corpo de geometria cilíndrica, que é o caso dos vasos
de pressão. Estudo sobre essa modelagem de modo a compreender como o a difusão se
relaciona com a mecânica, como cada função descrita representa a variável dependente
e como ela foi implementada em software.

Treinamento no software de elementos finitos COMSOL Multiphysics [12], para


dominar suas ferramentas de físicas que se adequem ao fenômeno, implementação de
funções, prescrição de condições de contorno e de processamento de resultados.

Implementação da modelagem matemática selecionada no COMSOL


Multiphysics, e obtenção dos mesmos resultados que a pesquisa da sua origem obteve,
confirmando assim o domínio da ferramenta computacional e das funções

3
constitucionais da modelagem matemática e a segurança de aplica-la em outro
equipamento obtendo valores numéricos coerentes com uma situação real.

Seleção de um vaso de pressão onde a modelagem escolhida possa ser aplicada,


e a partir das suas condições de operação (temperatura, pressão) e com seu material
aplicar a modelagem selecionada. Com os valores obtidos na simulação, analisar seus
resultados de tensão e distribuição de concentração e comparar os valores da tensão
considerando a influência do hidrogênio com a tensão sem a influência do hidrogênio,
de modo a quantificar a influência que o hidrogênio exerce nas tensões atuantes no vaso
de pressão.

VASOS DE PRESSÃO

Os vasos de pressão podem ser classificados de acordo com a sua razão entre o
𝑟
raio interno e a espessura. Os vasos que possuem uma relação 𝑡 ≥ 10 são chamados
vasos de parede fina, enquanto os que não possuem essa relação são chamados de vasos
de parede grossa ou vasos de parede espessa [2].

Para os vasos de parede fina são consideradas duas tensões atuantes devido à
pressão interna, uma tensão transversal e uma tensão longitudinal, para vasos de pressão
esféricos essas tensões são iguais a 𝜎1 , enquanto que nos vasos cilíndricos a tensão
longitudinal é a metade da tensão transversal, 𝜎2 .

Figura 1. Representação das forças atuantes em um Vaso de Pressão cilíndrico. Fonte [2].

4
Figura 2. Representação das forças atuante em um Vaso de Pressão esférico. Fonte [2].

𝑝.𝑟 𝑝.𝑟
𝜎1 = ; 𝜎2 = (1)
𝑡 2.𝑡

Onde “p” é a pressão interna, “r” é o raio interno e “t” é a espessura da parede do
vaso. A tensão longitudinal de um vaso de pressão é menor do que as outras
componentes, e com isso é necessário uma pressão interna menor para alcançar valores
elevados de tensão, o que faz com que as juntas longitudinais possuam duas vezes mais
resistência do que as juntas transversais [2].
𝑟
Para um vaso de pressão com relação = 10 a tensão prevista pelas fórmulas
𝑡
acima será cerca de 4% menor que a tensão máxima real do vaso, e para relações ainda
maiores do que 10% esse percentual de erro diminui.

Os vasos de parede espessa não são analisados dessa forma, pois sua espessura
não é muito pequena em comparação ao raio interno do vaso, logo a variação da
distribuição das tensões em função da espessura possui um valor a ser considerado na
modelagem.

FRAGILIZAÇÃO POR HIDROGÊNIO

O fenômeno de fragilização por hidrogênio conduz a alterações importantes nas


propriedades mecânicas dos metais como a redução da ductilidade na região de maior
concentração de hidrogênio, aumento da probabilidade de ocorrer fratura frágil e
possibilidade de ocorrer uma fratura prematura que pode ser catastrófica.

Existem diversas teorias para explicar os aspectos da fragilização por


hidrogênio, porém nenhum consegue explicá-lo completamente, por isso geralmente
mais de uma teoria pode ser aplicada na mesma análise.

Uma das teorias mais populares para explicar a fragilização por hidrogênio é a
Teoria da Pressão [4]. Ela diz que o hidrogênio presente como solução sólida tende a

5
migrar para cavidades ou vazios e assim passar para a fórmula molecular gasosa 𝐻2 ,
essa formação gera uma tensão na cavidade agindo para abrir a ponta da trinca, além de
se somar a qualquer outra tensão e conduzir a uma condição onde a trinca se propaga.
Esta teoria não explica porque o fenômeno ocorre numa trinca superficial, onde não
ocorre acúmulo de gás.

Outra teoria muito utilizada é a da Formação de Hidretos Frágeis [4], onde


elementos de liga como o cromo, o cobre, o magnésio e o titânio podem formar hidretos
frágeis que reduzem a ductilidade do material.

A Teoria da Decoesão [4] é uma das teorias mais antigas, ela afirma que o
hidrogênio se deposita em regiões propícias a tensões, como pontas de trincas ou em
discordâncias, e a presença dele reduz as forças atômicas localmente diminuindo a
tensão necessária para separar as duas metades de um sólido.

Existe também o ataque pelo hidrogênio [4], que ocorre em altas temperaturas e
altas pressões. Falhas por ataque ao hidrogênio ocorrem com a formação de bolhas de
metano formadas pelo hidrogênio absorvido e o carbono presente no aço, logo existe
também uma descarbonetação. Esse tipo de falha é mais documentado em equipamentos
de refinaria.

DIFUSÃO E SOLUBILIDADE DO HIDROGÊNIO NOS AÇOS

A difusão pode ser definida como o processo pelo qual uma população de
partículas é transportada de regiões de alta concentração para regiões de baixa
concentração para diminuir o gradiente de concentração de partícula no meio.

Para modelar matematicamente a difusão duas leis fundamentais foram


propostas pelo médico e fisiologista Adolf Fick [6], e ambas levam seu nome. As Leis
de Fick são análogas ao modelo que rege a condução de calor feito por Fourier e ao
modelo de condução de eletricidade feito por Ohm.

A primeira Lei de Fick define um fluxo de soluto "J" que representa a


quantidade de partículas que atravessa determinada área por unidade de tempo através
da expressão:
𝑑𝑐
𝐽 = −𝐷 𝑑𝑥 (2)

Onde "D" é o coeficiente de difusão, que depende do soluto, do solvente e da


temperatura, ele é dado em unidade de área por unidade de tempo [6], “c” é a
concentração de soluto e “x” é a distância na espessura do solvente.

Tanto na forma atômica ou iônica o hidrogênio é significativamente menor do


que os átomos metálicos o que ocasiona uma elevada mobilidade na rede cristalina do
material e consequentemente um elevado coeficiente de difusão. O hidrogênio se

6
deposita em espaços vazios da célula unitária, os chamados interstícios. O ferro
apresenta dois tipos de estrutura cristalina: a estrutura cúbica de face centrada (CFC)
que é a estrutura da austenita, e cúbica de corpo centrado (CCC) que é a estrutura da
ferrita.

A austenita é mais solúvel ao hidrogênio porque consegue comportar átomos


maiores em seus interstícios, resultando em um tensionamento elástico menor do que
ocorre na ferrita. Porém a difusibilidade do hidrogênio na ferrita é maior, pois a célula
unitária CCC é menor compacta do que a célula CFC, logo o hidrogênio possui maior
mobilidade nesse tipo de estrutura [5].

Os elementos de liga que estão presentes nos aços podem aumentar ou diminuir
a sua solubilidade conforme o elemento adicionado, essa influência é mostrada na figura
1, em que essa solubilidade foi medida para uma temperatura de 1600°C e pressão
parcial de 1 atm [18].

Figura 1. Influência dos elementos de liga na solubilidade ao hidrogênio no ferro. Fonte [18].

MODELAGEM MATEMÁTICA

Após o estudo geral sobre o fenômeno de fragilização por hidrogênio, foi


selecionada para estudo de caso a modelagem utilizada em [7] para modelagem da
difusão de hidrogênio em membranas de paládio sob tensão. Essa proposta de
modelagem considera a deformação da membrana dividida em duas componentes, uma
causada pela pressão submetida à membrana e outra causada pela concentração do
hidrogênio na rede cristalina proveniente da difusão como é mostrada a seguir:

7
Ê𝑐 (𝑐) = 𝜂(𝑐 − 𝑐0 )𝐼 (3)

Onde “𝜂” representa um terço do volume ocupado por um átomo do soluto no


sólido, e “𝑐0 ” representa a concentração inicial de soluto no sólido, e “I” é a matriz
identidade. Como a tensão está relacionada diretamente à deformação ela também
apresenta duas parcelas, onde a parcela elástica é definida por:

𝑇 = 𝜆(𝑡𝑟𝐸𝑒 )𝐼 + 2𝐺𝐸𝑒 (4)

Onde “𝜆” e “G” são os Módulos de Lamé próprios do material, “𝐸𝑒 ” é a


componente elástica da deformação do componente e “T” é a tensão atuante. Essa
modelagem está de acordo com o que é dito na Teoria da Pressão que afirma que o
hidrogênio gasoso produz uma tensão local que pode ser somada a alguma outra tensão
existente, nesse caso com a pressão causada na operação da membrana.

Como a modelagem é aplicada a membranas, que da mesma forma que os vasos


de pressão, quando consideradas de parede espessas apresentam três componentes de
tensão decorrentes da pressão interna, tensão radial, circunferencial e longitudinal 𝜎𝑟 ,
𝜎𝜃 e 𝜎𝑧 respectivamente. A membrana estudada possui raio interno de 4,00 mm e
espessura de 0,50 mm, possuindo uma razão de 8, portanto considerado um vaso de
pressão de paredes espessas.

Assumindo um estado plano de deformação a deformação ao longo do eixo z 𝜀𝑧


é considerada igual à zero, as componentes da deformação são expressas de acordo com
as expressões a seguir, em que “u” é uma variável relacionada ao deslocamento do
material.
𝜕𝑢 𝑢
𝜀𝑟 = ; 𝜀𝜃 = (5)
𝜕𝑟 𝑟

As expressões para as três tensões suportadas pelo vaso foram obtidas a partir da
equação (3) e da equação (4), pois as tensões totais são a soma da componente elástica e
da componente relacionada ao hidrogênio [7].

𝜎𝑟 = 𝜆(𝜀𝑟 + 𝜀𝜃 ) + 2𝐺𝜀𝑟 − (3𝜆 + 2𝐺)𝜂(𝑐 − 𝑐0 ) (6)

𝜎𝜃 = 𝜆(𝜀𝑟 + 𝜀𝜃 ) + 2𝐺𝜀𝜃 − (3𝜆 + 2𝐺)𝜂(𝑐 − 𝑐0 ) (7)

𝜎𝑧 = 𝜆(𝜀𝑟 + 𝜀𝜃 ) − (3𝜆 + 2𝐺)𝜂(𝑐 − 𝑐0 ) (8)

Em diversos trabalhos de modelagem da fragilização por hidrogênio uma


grandeza muita importante chama potencial químico é utilizada, ele é definido como o
trabalho isotérmico reversível requerido para introduzir um átomo de soluto de um
reservatório a mesma pressão e temperatura que o solvente [16]. Este potencial é
utilizado pois depende da concentração de soluto e da tensão exercida sobre o sistema,
logo serve para associar a o hidrogênio e as tensões exercidas. O potencial químico foi
definido em [7] da seguinte forma:

8
𝜇 = 𝜇0 + 𝑘𝐵 𝑇𝑙𝑛𝑐 − 𝜂𝑡𝑟𝑇 (9)

𝜇 = 𝜇0 + 𝑘𝐵 𝑇𝑙𝑛𝑐 − 𝜂(𝜎𝑟 + 𝜎𝜃 + 𝜎𝑧 ) (10)

𝑘𝐵 é a constante de Boltzmann, "T" é a temperatura em que se encontra a


membrana e "tr" é o traço da tensão que é a soma das três componentes da tensão em
um plano tridimensional, no caso estudado ele é a soma de 𝜎𝑟 , 𝜎𝜃 e 𝜎𝑧 . O fluxo
difusional, ou seja, a quantidade de partículas que atravessam determinada área em um
intervalo de tempo é definido pela Primeira Lei de Fick, mas em virtude da influência
da tensão foi mais conveniente deixá-la em função do potencial químico, pois de acordo
com a expressão (10) que determina o potencial químico têm-se que:
𝜕𝜇 𝑘𝐵 𝑇 𝜕𝑐 𝜕𝑡𝑟𝑇
= −𝜂 (11)
𝜕𝑟 𝑐 𝜕𝑟 𝜕𝑟

𝐷 𝜕𝜇
𝐽 = −𝑘 (12)
𝐵𝑇 𝜕𝑟

𝜕𝑐 𝜂.𝑐.𝐷 𝜕𝑡𝑟𝑇
𝐽 = −𝐷 𝜕𝑟 + (13)
𝑘𝐵. 𝑇 𝜕𝑟

"D" é o coeficiente difusional do hidrogênio no material à determinada


temperatura. A equação (13) indica que a Primeira Lei de Fick foi complementada com
um termo relativo à tensão imposta pela pressão do material, que interfere na difusão do
hidrogênio no material.

Nas fronteiras da membrana é possível obter valores para a concentração


utilizando a chamada Lei de Sievert, que iguala a concentração de soluto no metal com
a pressão exercida pelo soluto multiplicada por uma constante "K" que é a constante de
Sievert. Para a utilização dessa lei é considerada a pressão parcial, que é exercida no
interior do vaso é exclusivamente pelo hidrogênio, ou seja, como se ele fosse a única
substância em seu interior.

𝑐 = 𝑓(𝑇)𝐾√𝑝 (14)
𝑡𝑟𝑇𝜂
ln(𝑓(𝑇)) = (15)
𝑘𝐵 𝑇

IMPLEMENTAÇÃO NO COMSOL MULTIPHYSICS

O COMSOL Multiphysics é uma poderosa ferramenta para modelar e simular


problemas científicos e de engenharia. Com o COMSOL é possível aplicar modelos
convencionais que são resolvidos com um tipo de física e também modelos multifísica
que resolvem fenômenos que acoplam mais de uma física. O COMSOL utiliza o
método dos elementos finitos (MEF).

De acordo com o que é apresentado em [7] o modelo proposto anteriormente é


implementado no software COMSOL Multiphysics utilizando a física "Weak Form

9
PDE" bem como aplicando as equações das tensões, deformações e do fluxo expostas
anteriormente, os parâmetros do material e as condições de operação.

Weak Form PDE é a interface geral para resolução de Equações Diferenciais


Parciais (EDPs) no COMSOL Multiphysics, e utiliza a chamada forma "Weak Form",
forma fraca. Com os módulos de matemática presentes no software é possível aplicar as
EDPs e variáveis relacionadas com duas ou mais físicas presentes, sendo possível um
acoplamento entre elas, no caso estudado serve como um acoplamento entre a mecânica
e a difusão.

O método "Weak Form" [21] para resolução de EDPs consiste em integrar a


expressão em um dado intervalo como é mostrado a seguir.

𝜕𝑥 𝑞(𝑥)𝑑𝑥 = 0 (16)
𝑥2
∫𝑥 𝜕𝑥 𝑞(𝑥)𝑑𝑥 = 0 (17)
1

O que parece muito fraco comparado à forma original da equação diferencial,


pois enquanto na forma clássica a equação pode ter termos iguais a zero em diversos
pontos a Weak Form implica que o termo médio desse intervalo tem um valor igual ou
próximo de zero.

Como o valor médio da integral sempre será um valor aproximadamente igual a


zero, essa integral é subdividida em intervalos de integração cada vez menores o que
surte o mesmo efeito que multiplicar a EDP por uma função não trivial nesse intervalo
pequeno, essa função é chamada de função teste
𝑥2
∫𝑥 𝜕𝑥 𝑞(𝑥)𝑇̃(𝑥)𝑑𝑥 = 0. (18)
1

Duas Weak Forms foram implementadas em [7], uma delas envolvendo o


deslocamento "u", e uma envolvendo a concentração "c".
𝐵 𝜕𝑢
̃ ̃
𝑢
∫𝐴 ( 𝜕𝑟 . 𝜎𝑟 + 𝑟 𝜎𝜃 ) 𝑟𝑑𝑟 − 𝑢̃(𝐵)𝑝𝐵 + 𝑢̃(𝐴)𝑝𝐴 (19)

𝐵 𝜕𝑐 𝜕𝑐̃
∫𝐴 (𝑐̃ 𝜕𝑡 − 𝜕𝑟 𝐽) 𝑟𝑑𝑟 − 𝑐̃ (𝐵)𝐽(𝐵, 𝑡) + 𝑐̃ (𝐴)𝐽(𝐴, 𝑡) (20)

Onde os valores de 𝜎𝑟 , 𝜎𝜃 e J foram definidos anteriormente e 𝑝𝐴 e 𝑝𝐵 são os


valores da pressão nas fronteiras. As condições do contorno foram aplicadas nas
extremidades interna e externa da geometria, onde o valor prescrito da concentração é
dado pela equação (14).

A simulação foi realizada em uma geometria unidimensional aximétrica, onde o


primeiro ponto representa a superfície interna do vaso (ponto A) e o segundo ponto é a
superfície externa do vaso (ponto B). A simulação é dependente do tempo, (Time
Dependent no ambiente do COMSOL Multiphysics) e é executada do tempo zero até
2592000 segundos o equivalente um mês.

10
APLICAÇÃO DA MODELAGEM EM VASO REAL

O vaso de pressão em que é aplicada a modelagem selecionada é o costado de


um reator petroquímico, mais especificamente um reator de hidrotratamento da unidade
de hidrotratamento de correntes instáveis de diesel da refinaria de Paulínia REPLAN da
Petrobrás, que foi analisado em [8].

O hidrotratamento é um procedimento utilizado pela indústria petrolífera para


diminuir a quantidade de enxofre no gás natural e no petróleo refinado aumentando a
quantidade de hidrogênio no produto, esse método é aplicado para diminuir a
quantidade de enxofre que é liberado com a combustão e para fornecer um produto de
maior qualidade. Esse processo é realizado tratando subprodutos do petróleo (como
nafta e querosene) com hidrogênio na presença de um catalisador à temperatura e
pressão elevadas segundo [13].

O material do reator analisado em [8] é o aço ASTM A 336 gr. F 22 V, que é


constituído principalmente de Carbono (0,11-0,15%), Cromo (2,00-2,50%), Molibdênio
(0,90-1,10%) e Vanádio (0,25-0,35%). É um aço amplamente utilizado na indústria
petrolífera por apresentar melhor tenacidade, resistência a corrosão, coeficiente de
fluência e coeficiente de dilatação térmica em comparação aos aços carbono de acordo
com [17]. É capaz de operar a temperaturas de até 540°C.

O reator em questão é constituído de um costado de 3.742,00 mm e 132 mm e


um tampo semiesférico de 3.806,00 mm de diâmetro e 68,00 mm de espessura, trabalha
a uma pressão de 12,45 MPa e a uma temperatura máxima de 402°C. O costado possui
uma razão de raio interno e espessura de 14,17, para uma razão maior do que 10 o vaso
é considerado de parede fina, porém, da mesma forma que foi feito em [8] o vaso pode
ser analisado como um vaso de paredes espessas e assim aplicar a modelagem utilizada
em [7].

Os valores para o Módulo de Elasticidade e Coeficiente de Poisson para o aço


em questão são de E= 205 GPa e 𝜈= 0.28 [9], respectivamente, enquanto o Coeficiente
de Difusão deste aço foi determinado por [10] através da equação:
−32,2∗10−3
𝐷 = 1,3 ∗ 10−6 ∗ 𝑒𝑥𝑝 ( ) 𝑚2 /𝑠 (21)
𝑅𝑇

𝐷(402 + 273) = 4,19 ∗ 10−9 𝑚2 /𝑠 (22)

O volume do hidrogênio na rede cristalina no aço foi obtido pelo trabalho


desenvolvido em [11] que determinou, através de medições, o valor de 2,0 ∗
10−6 𝑚3 /𝑚𝑜𝑙 para o volume do hidrogênio no Ferro Ferrovac. O Ferro Ferrovac é um
material com elementos de liga com porcentagem em peso menor ou igual a 0,01%,
apesar de ser mais aproximado a um ferro do que a um aço, por falta de valores mais
adequados na literatura e por este valor ser utilizado para aços como feito por [14], este

11
valor foi adotado no presente trabalho, e como o valor de 𝜂 é um terço do valor do
volume parcial de hidrogênio, seu valor é de 6,667*10−7 𝑚3 /𝑚𝑜𝑙.

A constante de Sievert está intimamente relacionada à solubilidade do material


ao hidrogênio atômico, e como já foi exposto anteriormente essa solubilidade depende
da microestrutura e dos elementos de liga. Como o aço em questão possui como
elementos predominantes o carbono, o cromo e o molibdênio, esses são os elementos
que influenciaram significantemente a solubilidade.

Pequenas concentrações de carbono diminuem a solubilidade de forma


considerável, enquanto que o cromo a aumenta consideravelmente em concentrações
maiores do que 2%p, a influência do molibdênio não foi identificada (Figura 1.). E com
essas considerações foi o aço SA-336 F-22V possui a mesma solubilidade de um aço
1015, que é o seu teor de carbono aproximado.

A constante de Sievert que foi adotada foi determinada em [19] que realiza
experimentos para quantifica-la em diversos aços carbono. Os seus resultados são
funções que relacionam a constante com a temperatura (em Kelvin) para cada tipo de
aço e para o ferro. Como o valor da constante de Sievert está determinado em
𝑐𝑚3 𝐻 ⁄𝑐𝑚3 metal*√𝑃𝑎 foi necessário realizar uma conversão para deixa-la no Sistema
Internacional, que é 𝑚𝑜𝑙𝐻⁄𝑚3 ∗ √𝑃𝑎 e para isso o valor das funções determinadas em
[19] foi multiplicado pelo volume molar do hidrogênio atômico que foi obtido na tabela
periódica.

Para o ferro:
−23660
𝐾𝐹𝑒 (𝑇) = 4,038 ∗ 10−3 ∗ 88,29 ∗ 𝑒𝑥𝑝 ( ) (23)
𝑅𝑇

−23660
𝐾𝐹𝑒 (402°𝐶 + 273) = 4,038 ∗ 10−3 ∗ 88,29 ∗ 𝑒𝑥𝑝 ( )
8,314 ∗ 675

𝐾𝐹𝑒 (402°𝐶 + 273) = 5,261 ∗ 10−3 𝑚𝑜𝑙 ⁄𝑚3 ∗ √𝑃𝑎

Para o aço 1010:


−24700
𝐾1010 (𝑇) = 4,538 ∗ 10−3 ∗ 88,29 ∗ 𝑒𝑥𝑝 ( ) (24)
𝑅𝑇

−24700
𝐾1010 (402°𝐶 + 273) = 4,538 ∗ 10−3 ∗ 88,29 ∗ 𝑒𝑥𝑝 ( )
8,314 ∗ 675

𝐾1010 (402°𝐶 + 273) = 4,9125 ∗ 10−3 𝑚𝑜𝑙 ⁄𝑚3 ∗ √𝑃𝑎

Para o aço 1020:


−23540
𝐾1020 (𝑇) = 3,565 ∗ 10−3 ∗ 88,29 ∗ 𝑒𝑥𝑝 ( ) (25)
𝑅𝑇

12
−23540
𝐾1020 (402°𝐶 + 273) = 3,565 ∗ 10−3 ∗ 88,29 ∗ 𝑒𝑥𝑝 ( )
8,314 ∗ 675

𝐾1020 (402°𝐶 + 273) = 4,7454 ∗ 10−3 𝑚𝑜𝑙 ⁄𝑚3 ∗ √𝑃𝑎

Esses valores estão coerentes com a expressão utilizada em [20] que é aplicada
para aços contendo ferro e manganês. O teor de cada um desses elementos não é
determinado, mas é um tipo de liga onde a modelagem pode ser utilizada.
−28577
𝐾𝐶−𝑀𝑛 (𝑇) = 0,82 ∗ 𝑒𝑥𝑝 ( ) (26)
𝑅𝑇

𝐾𝐶−𝑀𝑛 (402°𝐶 + 273) = 5,039 ∗ 10−3 𝑚𝑜𝑙 ⁄𝑚3 ∗ √𝑃𝑎

Pode ser observado que o maior valor da constante é o valor do ferro, e


elementos de liga como o carbono diminuem esse valor, e mesmo com a influência do
manganês esse valor cai, mesmo que a queda seja pequena.

O valor da constante que é utilizado neste trabalho é uma média aritmética dos
valores para o aço 1010 e o 1020 obtidos em [19], pois em [19] não foi elaborada uma
função para a solubilidade do aço 1015, logo uma média aritmética é uma aproximação
considerável.

𝐾1015 (402°𝐶 + 273) = 4,8290 ∗ 10−3 𝑚𝑜𝑙 ⁄𝑚3 ∗ √𝑃𝑎

Com relação às condições de contorno do vaso, as pressões interna e externa


possuem valores dados nas condições de trabalho, enquanto a concentração de
hidrogênio pode ser calculada na face interna pela Lei de Sievert e pode ser considerada
zero na face externa, pois o ar ambiente à que o vaso está exposto possui uma
porcentagem muito baixa de hidrogênio.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A simulação foi realizada no COMSOL Multiphysics, onde foram plotados


gráficos que ilustram o comportamento das grandezas estudadas de acordo com a
espessura da parede do vaso de pressão. Em todos esses gráficos as primeiras curvas a
serem plotadas estão afastadas umas das outras, com o decorrer da simulação as novas
curvas são cada vez mais lineares o que indica que houve uma estabilidade do sistema e
ele não varia mais no decorrer do tempo.

O gráfico 1 mostra a variação percentual da concentração de hidrogênio, e nele é


bem visível que a concentração atinge seu maior valor na fronteira interna do costado,
onde a pressão é maior e pela Lei de Sievert a concentração de hidrogênio também é
maior, o mesmo resultado é válido na superfície externa, onde a concentração de
hidrogênio é menor porque a pressão também é menor, e devido à essas concentrações

13
diferentes o gráfico apresenta um comportamento decrescente em todas as faixas de
tempo.

Para os pontos internos na parede do vaso os valores da concentração são


dependentes da fronteira mais próxima, seja ela a interna ou a externa, e apenas com o
decorrer do tempo acontece um equilíbrio e a concentração de hidrogênio se torna linear
em toda a extensão do vaso.

Gráfico 1. Variação da concentração do hidrogênio com a espessura da parede do vaso. Fonte: Autor

O gráfico 2 mostra a variação do traço da tensão em função do raio na espessura


do costado. O comportamento do traço da tensão não é tão regular quanto foi o
comportamento da concentração do hidrogênio, pois as primeiras curvas plotadas
possuem intervalos de aumento e de declínio, porém é possível perceber que ele tende a
aumentar no decorrer da espessura até que o comportamento linear das últimas curvas
evidencie esse aumento do traço e a estabilidade da grandeza.

14
Gráfico 2. Traço da tensão em função da espessura da parede do vaso. Fonte: Autor.

Para entender melhor o comportamento do traço da tensão e perceber como o


hidrogênio desempenha papel significativo em seus valores, foram inseridas as
equações das tensões suportadas pelo vaso sem a influência do hidrogênio, que foram
obtidas desconsiderando o termo relacionado ao hidrogênio das equações (6), (7) e (8)
resultando em:

𝜎𝑟 = 𝜆(𝜀𝑟 + 𝜀𝜃 ) + 2𝐺𝜀𝑟 (27)

𝜎𝜃 = 𝜆(𝜀𝑟 + 𝜀𝜃 ) + 2𝐺𝜀𝜃 (28)

𝜎𝑧 = 𝜆(𝜀𝑟 + 𝜀𝜃 ) (29)

Com estes valores foi possível obter as componentes e o traço da tensão apenas
considerando a deformação elástica e com ele comparar percentualmente os seus
valores do traço obtido com a influência do hidrogênio fazendo uma divisão entre eles e
com isso perceber o aumento da tensão considerando a deformação causada pela difusão
do hidrogênio no material do vaso.

O gráfico 3 mostra esse comparativo percentual no decorrer da espessura do


vaso de pressão. É possível observar que quanto mais perto da fronteira interna menor é
a influência exercida pelo hidrogênio e a fronteira externa possui a maior variação
percentual do traço da tensão.
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Gráfico 3. Influência percentual do traço de tensão considerando a deformação causada pelo hidrogênio.
Fonte: Autor

Neste gráfico é visível como a deformação causada pelo hidrogênio na rede


cristalina aumenta as tensões atuantes no decorrer da espessura da parede do vaso,
atingindo o valor máximo de aproximadamente 7,5% na fronteira externa.

A comparação entre as componentes da tensão atuante considerando a


deformação causada pelo hidrogênio e considerando apenas e deformação elástica é
mostrada nos gráficos 4, 5 e 6.

16
Gráfico 4. Influência percentual da tensão na direção radial considerando a deformação causada pelo
hidrogênio. Fonte: Autor

Gráfico 5. Influência percentual da tensão na direção angular considerando a deformação causada pelo
hidrogênio. Fonte: Autor

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Gráfico 6. Influência percentual da tensão na direção longitudinal considerando a deformação causada
pelo hidrogênio. Fonte: Autor

De acordo com os gráficos pode se deduzir que a tensão na direção radial “r”
sofreu uma diminuição elevada, atingindo o valor zero na fronteira externa, enquanto
que as tensões na direção angular e longitudinal aumentaram atingindo variações
percentuais de 3% e de pouco mais de 11% respectivamente.

CONCLUSÃO

A modelagem matemática desenvolvida em [7] se baseia em leis e equações


fundamentais que representam adequadamente o fenômeno de fragilização por
hidrogênio, associando a difusão do hidrogênio e a falha mecânica, sendo, portanto uma
ferramenta utilizável em vasos que sejam de paredes espessas, condição fundamental
para a sua utilização.

Os estudos e treinamentos feitos no software COMSOL Multiphysics se


mostraram muito vantajosos, já que foi conseguido entender e implementar a
modelagem estudada com suas funções e comandos, além de analisar de forma
satisfatória os resultados obtidos na simulação.

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Com os resultados obtidos nos gráficos 3, 5 e 6 é notável que a difusão de
hidrogênio realmente fragiliza o material, pois o aumento percentual da tensão em
determinado ponto que é mostrado nestes gráficos significa que a tensão está sendo
mais elevada do que seria sem a influência do hidrogênio.

O maior efeito da fragilização por hidrogênio acontece na componente


longitudinal do vaso de pressão que chega a aumentar a tensão atuante em até pouco
mais de 11%. Como mostrado anteriormente, a direção longitudinal é a direção mais
propícia à falha, e um aumento de 11% da tensão atuante nessa região pode contribuir
significativamente para uma eventual falha do material.

Com este aumento significativo da tensão em uma direção crítica, a simulação


numérica é comprovada como uma ferramenta muito vantajosa para análise e projetos
de vasos de pressão que operarão em ambientes ricos em hidrogênio, desde que se tome
o devido cuidado com relação à modelagem implementada e aos valores inseridos.

Referências

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