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ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA METALÚRGICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MINAS, METALÚRGICA
E DE MATERIAIS.
XXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXX
Porto Alegre
(ano da publicação)
NOME DO ALUNO DE MESTRADO
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO
DE MESTRADO:
SUBTÍTULO (SE HOUVER)
Porto Alegre
(ano da publicação)
NOME DO ALUNO DE MESTRADO
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO
DE MESTRADO:
SUBTÍTULO (SE HOUVER)
Orientador: ____________________________________
Prof. Dr. (Nome do professor Orientador), UFRGS
Doutor pela (Instituição onde obteve o título – Cidade, País)
Banca Examinadora:
Palavras-chaves:
ABSTRACT
Keywords:.
SUMÁRIO
Tem-se como primeiro registro da utilização dessa técnica a patente de 1891 nos
Estados Unidos da América, a partir dessa data outros países como Alemanha em 1929, a
Inglaterra entre 1941 e 1942 e a União Soviética em 1956 também registraram o
desenvolvimento de patentes da nova técnica (SILVA, 2015; MACHADO, 1996). A solda
por fricção ou atrito é um processo de união no estado sólido que transforma a energia
mecânica, por meio do atrito, em energia térmica para a realização da solda (ASM, 1993;
SILVA, 2015; MACHADO, 1996).
Atualmente, existem dois tipos de processos que são utilizados: a solda por atrito
direta ou convencional e a inercial (ASM, 1993). A principal diferença entre elas é o tipo de
acionamento utilizado, na convencional é utilizado um motor girando a velocidade constante,
enquanto que no inercial a rotação da peça é gerada por um volante acumulador de energia
previamente rotacionado. Essa diferença influência na determinação dos parâmetros iniciais
da solda e também na qualidade final. A Tabela 1 apresenta uma breve comparação entre as
características dos dois processos.
Convencional Inercial
Tempo de solda Maior (10 vezes o tempo do processo inercial) Menor
Energia Menor (12 – 47 W/mm²) Maior (23 – 174 W/mm²)
Torque Menor Maior
Tamanho da ZAC Maior Menor
Maior (linhas de fluxo em
Resistência mecânica Menor (linhas de fluxo radiais)
hélice)
Fonte: BRANDI, 1995.
Essa técnica apresenta grandes vantagens, quando comparada aos processos atuais
utilizados. Segundo Machado (1996) as principais vantagens são:
Não é necessária a utilização de metal de adição;
Sofre pouca ou nenhuma influência do meio externo;
A junta apresenta alta qualidade e boas propriedades mecânicas;
O tamanho da ZAC é reduzido;
Menores gastos com energia elétrica;
Tempo de soldagem reduzido.
Assim, é possível conseguir juntas soldadas que apresentem características
mecânicas e metalúrgicas melhores a, pelo menos, um dos materiais utilizados (BRANDI,
1995). Também é possível unir metais e ligas diferentes com essa técnica. Antes de soldar, na
maioria dos casos, não são necessárias etapas de limpeza das superfícies, pois durante a
soldagem as impurezas e oxidações presentes na superfície são expulsas pelo fluxo de
material. Conforme a Figura 3, a solda a fricção convencional apresenta linhas de fluxo radial
de material escoado, ou seja, o metal plastificado escoa do centro para o perímetro
(MACHADO, 1996 BRANDI, 1995).
Figura 3 – Linhas de fluxos do material durante a soldagem.
Como qualquer processo, a solda por atrito apresenta limitações. De acordo com
Mattei (2011) e Machado (1996), as principais desvantagens são: as peças devem possuir
geometria compatível com as características do processo; alto investimento no equipamento;
ao menos uma das peças precisa ser rotacionada; o alinhamento das peças pode interferir nos
resultados.
4 Parâmetros de soldagem
Figura 4 – Parâmetros controlados durante a soldagem por atrito convencional (SOUZA, 2006).
Outros autores defendem a divisão do processo de soldagem por atrito em mais fases.
Segundo Lebedev e Chernenko (1991, apud PIRES, 2007, p.13), o processo de soldagem
pode ser dividido em seis etapas, no qual no eixo das ordenadas estão presentes os principais
parâmetros como: torque M(t), velocidade de rotação n(t), força axial F(t), deslocamento
ΔL(t), potência N(t) e temperatura T(t).
Na etapa inicial E1, verifica-se o contato entre as faces das peças a serem soldadas.
A partir do contato, ocorre a deformação plástica das superfícies e o amolecimento do metal,
resultando em uma pequena queda no torque inicial. Os filmes de óxidos são destruídos e
expulsos para o exterior.
A etapa E2 é definida pelo aumento da área de contato inicial e consequentemente a
elevação da temperatura. Devido à elevação da temperatura, as propriedades mecânicas como
limite de escoamento e resistência mecânica, são intensamente reduzidas, assim aumentando a
componente adesiva do atrito. Dessa forma, nessa fase há um alto aumento no torque e por
consequência a potência de soldagem também se eleva.
Na terceira etapa E3, ocorre o uma acentuada queda no torque em decorrência da
formação de um filme viscoplástico de baixa resistência ao cisalhamento entre as superfícies
de contato. O coeficiente de atrito diminui em decorrência da criação do filme que atua como
um lubrificante. A temperatura se mantém em elevação, porém com uma taxa menor a
anterior e começa a formação da rebarba (flash) com a extrusão do material.
Em seguida na E4, tem-se um comportamento estacionário do processo, no qual a
temperatura, o torque, o comprimento de queima e da geração de calor mantem-se constante.
Ao final, já é possível a formação de uma união metalúrgica devido a uniformização da
deformação plástica e das condições de aquecimento aliados a expulsão dos contaminantes
para a rebarba.
No período de desaceleração (etapa E5), a frenagem resulta no segundo pico do
torque com o aumento do atrito em decorrência da diminuição da rotação. No final dessa fase,
a união metalúrgica entre as peça é intensificada.
Finalmente, na sexta fase E6 é realizado o forjamento. A rotação da peça é
interrompida e é aplicada uma força normal às faces para intensificar a união e aumentar as
seguintes propriedades mecânicas: limite de resistência e dureza da solda. Após essa etapa, o
processo de solda está finalizado. A figura resume as seis etapas graficamente com a evolução
de cada parâmetro.
Figura 5 – Comportamento das variáveis do processo divididas em seis etapas (adaptadas de
ANDRADE, 2011).
Todos os parâmetros descritos na seção anterior são importantes para que ao final
da solda ocorra uma boa união metalúrgica entre as peças, porém o controle da velocidade de
rotação, força axial, taxa de queima e força axial são fundamentais. As mudanças dessas
variáveis influenciam diretamente no resultado final.
2. SILVA, Fernanda Laureti Thomaz da; GIMENES júnior, Luiz. Soldagem por
3. MACHADO, Ivan Guerra. soldagem & técnicas conexas: conexões. Porto Alegre:
4. BRANDI, Sérgio Duarte. Soldagem por atrito. In: WAINER, Emílio; BRANDI,
5. http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-05-03/manutencao-de-
plataformas-provocou-queda-na-producao-de-petroleo-em-marco
6. ANDRADE, Leandro Vanz de. projeto de máquina de solda por atrito e análise de
2007.
p.
Elementos essenciais são nome(s) do(s) autor(es), título, subtítulo (se houver), seguido do
expressão "In:", título do evento, numeração do evento (se houver), ano e local de realização,
título do documento que podem vir simplificados se contiverem o mesmo nome do evento
(ex: "Anais . . .", "Atas . . .", "Proceedings . . .", etc), local, editora, data de publicação,
BATURONE, I. et al. Supply Current Monitoring for Testing CMOS Analog Circuits. In:
CONFERENCE ON DESIGN OF CIRCUITS AND INTEGRATED SYSTEMS (DCIS), 11,
1996, Proceedings . . . [S. l.], 1996. p. 231-236.