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RESUMO
Vasos de pressão são equipamentos muito usados em todos os tipos de indústria, contendo
algum tipo de fluido pressurizado. Por serem equipamentos de alta responsabilidade e
periculosidade, seu projeto e construção deve ser regido por normas que garantam a sua
segurança de operação. Para isso, é necessário selecionar o tipo de material, isto é, a
espécie de aço baseada em seu teor de carbono, e o formato do tampo. Tais escolhas
implicam em operações com pressões máximas de trabalho diferentes. Assim, neste
trabalho, é apresentado por meio de cálculos de acordo com as normas técnicas, a norma
ASME, NR-13, que regem o projeto de vasos, o ajuste dos valores para a Pressão Máxima
Admissível em cada tipo de aço, levando em consideração o formato do tampo, além do
teste hidrostático, e a utilização do método dos elementos finitos para modelagem em
softwares de simulação. Além disso, é também mostrado ao final do trabalho a influência
da geometria do tampo nos valores finais e simulações do projeto do vaso de pressão.
PALAVRAS-CHAVE: Vasos de pressão, Tampos, Pressão Máxima Admissível, teste
hidrostático, Método dos elementos finitos.
ABSTRACT
Pressure vessels are equipment widely used in all types of industry, containing some type
of pressurized fluid. Because they are equipment of high responsibility and
dangerousness, their design and construction must be governed by rules that guarantee
their safe operation. For this, it is necessary to select the type of material, ie the type of
steel based on its carbon content, and the shape of the top. Such choices imply operations
with different maximum working pressures. Thus, in this work, it is presented by
calculations according to the technical norms, the ASME standard, NR-13, which govern
the design of vessels, the adjustment of the values for the Maximum Allowable Pressure
in each type of steel, taking into account consideration the top format, hydrostatic test,
and the use of the finite element method for modeling in simulation software. In addition,
it is also shown at the end of the work the influence of the cap geometry on the final
values and simulations of the pressure vessel design.
Paulo Roberto de Lima Rodrigues Filho. UNINASSAU-João Pessoa, PB, Brasil. E-mail:pauloprlrf@gmail.com
José Amaro da Silva. UNINASSAU-João Pessoa, PB, Brasil. E-mail: amarocz@gmail.com
1. INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da humanidade, a engenharia está presente no cotidiano
do ser humano. Desde a melhor aerodinâmica para ferramentas de caça às grandes
construções das pirâmides do Egito, ou os arranhas céus de Dubai, a aplicação da
engenharia está contida em todas as criações. Para isso, o ser humano, com o tempo,
sentiu a necessidade de aprender a controlar os fenômenos naturais, para utilizar a seu
favor. Energia, temperatura, pressão, força, gravidade são algumas das grandezas físicas
do qual o ser humano aprendeu a descrever para aplicar em projetos e criações.
Blaise Pascal, um dos pioneiros no estudo sobre pressão traçou a relação entre
força e área, do qual, segundo ele, a aplicação da força em uma determinada área gera
uma tensão de pressão (History, 1996). O estudo de Pascal foi fundamental na aplicação
de cálculos realizados por Evangelista Torricelli, do fez estudos sobre a pressão
atmosférica, e inventou um dispositivo para medição da pressão em 1643, o barômetro
(WEST, 2013). Assim, o entendimento sobre tal fenômeno abriu caminhos para criações
cada vez mais inovadoras tal como um recipiente para conter pressões internas ou
externas, do qual é chamado de vaso de pressão. Visando uma das necessidades do ser
humano de controle e utilização de fluídos com alta pressão, para diversos tipos de
aplicações, os vasos de pressão se difundem nessa área de controle de fluídos
pressurizados de diversos tipos.
O projeto de vaso de pressão, diferentemente do que se é visto em produção
de outros equipamentos mecânicos, não são projetos de uma linha de fabricação, sendo
assim necessário projetos específicos de vasos para cada tipo de aplicação, ou seja, os
vasos de pressão são feitos por encomenda, sendo projetada para atender requisitos de
acordo com a finalidade desejada. Apesar dos vasos serem únicos em cada projeto, há
uma padronização em certos requisitos afim de facilitar a fabricação das chapas de aço
que vão constituir as partes do vaso de pressão.
Atualmente no Brasil, as regras que definem o projeto de um vaso de pressão
é o código ASME, mais especificamente na seção VIII, tendo 3 divisões, que consiste nos
tipos de vasos. Tais regras definem como se deve sequenciar todo o projeto de vasos,
desde a escolha de materiais à tipos de soldas utilizada, e as equações para definição de
pressão máxima admissível e teste hidrostático, bem como a seleção de formatos de
tampos. Como se trata de elementos pressurizados, a segurança contra riscos de acidentes
para evitar falhas estruturais, a norma brasileira que rege a fabricação, operação e
inspeção de vasos de pressão é a NR 13, que exige segurança para evitar as falhas de um
vaso. O dimensionamento correto de um vaso de pressão deve seguir as equações
estruturais da norma ASME e atender aos requisitos de segurança das Normas
Regulamentadoras Brasileiras.
A parede de pressão de um vaso é constituída basicamente de casco e tampo,
além de outras partes que constituem um vaso de pressão tais como os bocais, as válvulas,
onde cada parte necessita de cálculos que vão demonstrar o dimensionamento correto
para suportar todas as forças internas e externas atuantes, atendendo as exigências das
normas que regem o projeto, bem como garantindo a resistência estrutural de todo o
projeto. A resistência do material deve ser levada em consideração como o principal
critério do projeto de um vaso (MEGYESY, 1977), onde implicará não só no material
selecionado, mas também na geometria e formato que irá se adotar. O casco de um vaso
de pressão pode ser de diversos tipos de formato, sendo comumente mais utilizado três
tipos: O cilíndrico, o cônico e o esférico. Já os tampos, que também podem ter diversos
2
formatos, mas são mais comuns em três formatos: Esférico, toriesférico e elíptico. A
escolha para o tipo de casco e tampo vai de acordo com a finalidade de trabalho e a forma
de instalação que se deve adotar, vasos verticais são vantajosos por ocuparem menos
espaço, e utilizados basicamente quando a necessidade a ação da gravidade para o
escoamento do fluido. Os vasos horizontais são mais comuns e utilizados em trocadores
de calor e vasos de acumulação, mais baratos, porém ocupam mais espaço.
A geometria tem importância crucial na resistência do material, onde vai
implicar em trabalhos de pressão máxima admissível diferentes, pois dependendo da
geometria do casco ou tampo, há uma distribuição melhor das tensões internas, assim
alguns formatos possuem resistência a tensões mais elevadas que outras, mesmo sendo
de material menos resistente. Por isso, em algumas ocasiões é comum utilizar aços
diferentes para casco e tampo, do qual atenda aos requisitos de segurança para pressões
máximas admissíveis. Os aços mais trabalhados na fabricação de vasos de pressão são os
aços ASTM (American Society for Testing and Materials) que é um órgão Americano de
normalização que desenvolve e padroniza normas e regras de ligas de aços, alumínio e
outras ligas. Os aços normalmente utilizados nos vasos de pressão são os aços ASTM
A515, que são chapas de aço carbono aplicado a equipamentos de serviço de média e alta
temperaturas e pressões. onde estão disponíveis em três níveis diferentes: GR 60, GR 65
e GR 70. Cada nível representa uma composição de teor de carbono diferente, assim
possuindo propriedades e resistências mecânicas diferentes.
Ao se analisar uma estrutura, a utilização de softwares de elementos finitos
ajuda para simulação de análise de tensões e deformações que se apresenta implicado pela
ação das pressões internas. O método dos elementos finitos foi proposto pelo matemático
Courant, em meados da 2ª guerra mundial. Como nessa época, a tecnologia ainda não era
o suficiente para realizar de forma ágil grandes quantidades de equações matemáticas, o
método de Courant foi ignorado por vários anos. (WAGEMAKER, 2011). Com o avanço
tecnológico, a método de Courant se tornou cada vez mais viável, e a aplicação das
simulações por elementos finitos se tornou uma realidade. A utilização do software para
a realização de análises de tensões para verificar a resistência do material se torna grande
aliada da engenharia.
O estudo deste projeto tem por objetivo geral: Comparativo de tampos em
diferentes formatos e materiais para vasos de pressão. E objetivos específicos: explicar a
influência dos diferentes formatos de tempos e materiais nas pressões máximas
admissíveis e pressão de teste hidrostático e reconhecer as simulações 3D de elementos
finitos.
A importância da seleção do material em conjunto com a geometria do vaso
implicará em pressões máximas admissíveis diferentes, isso implica além de pressões de
válvula de segurança diferentes e pressões de teste hidrostático diferentes, também em
espessuras de chapas de aço e fabricação diferentes, que interfere diretamente no custo
de produção de um vaso de pressão.
2. FUDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Vasos de pressão e forças atuantes
Os vasos de pressão são elementos mecânicos que suportam pressões internas
de fluídos pressurizados ou pressões externas atmosféricas. De acordo com o manual
ASME, Rules for construction of pressure vessels (2010, p. 1), “Vasos de pressão são
3
recipientes para contenção de pressão interna ou externa, esta pressão pode ser obtida pela
aplicação de calor direta, indireta ou ambos”.
Para tal aplicação, os vasos de pressão são muito difundidos em diversos tipos de
indústria, desde têxtil a indústrias de petróleo e gás, onde o controle de pressão do fluído
se faz necessário.
Os gases são quase sempre armazenados sob forma liquefeita,
para que se possa ter um grande peso de armazenamento em um
volume relativamente pequeno. A armazenagem de gases em
forma gasosa é geralmente antieconômica, devido ao pequeno
peso específico (TELLES, 1996, p. 5).
4
Figura 2:Tensão circunferencial e longitudinal
Fonte: Hibbeler (2010)
𝑃. 𝑅
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 =
𝑡
Eq. (1)
𝑃. 𝑅
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑖𝑡𝑢𝑑𝑖𝑛𝑎𝑙 =
2. 𝑡
Eq. (2)
5
mínimos para a integridade estrutural do vaso de pressão, relacionada a instalação,
operação e manutenção (NR-13, 1995).
Na NR-13, os vasos de pressão são classificados em categorias segundo a
classe de fluido e potencial risco (Tab.1).
• Fluídos inflamáveis;
• Combustível com temperatura superior ou igual a 200°C;
• Fluídos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm;
Classe A: • Hidrogênio;
• Acetileno;
Classe B: • Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200°C;
• Fluídos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm;
Classe C: • Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido;
Classe D: • Outro fluido não enquadrado
Grupo 1 PV ≥ 100
Grupo 2 PV < 100 e PV ≥ 30
Grupo 3 PV < 30 e PV ≥ 2,5
Grupo 4 PV < 2,5 e PV ≥ 1
Grupo 5 PV < 1
6
Onde σ é a tensão de cisalhamento, F é a força tangencial a direção de
deformação e perpendicular a área A transversal do corpo.
Com isso, a deformação é determinada, de acordo com a Lei de Hooke,
dividindo a variação δ com o comprimento de referência original Lo, como mostra a Eq.
4:
𝛿
𝜀=
𝐿𝑜
Eq. (4)
Se os valores que correspondem a Tensão e a Deformação forem dispostas
em um gráfico, assim, se obtêm o gráfico Tensão-Deformação (Fig.3).
7
Figura 4: Materiais para casco e tampo em vasos de pressão
Fonte: Silva Telles (1996)
Chapas A515GR65 1308 1308 1308 1308 1273 1244 1206 1147
Chapas A515GR70 1406 1406 1406 1406 1376 1350 1310 1240
Tubos A106A 936 936 936 936 963 963 943 861
Tubos A106B 1202 1202 1202 1202 1202 1202 1177 1071
Tubos A210A1 1202 1202 1202 1202 1202 1202 1177 1071
Forjados A105 1406 1406 1406 1383 1317 1279 1241 1186
Fundidos A216WC1 1406 1406 1406 1383 1317 1279 1241 1186
A515 GR 60 A515 GR 70
Carbono 0,24% 0,31%
Manganês 0,90% 1,20%
Fósforo 0,035% 0,035%
Enxofre 0,035% 0,035%
Silício 0,15 a 0,40% 0,15 a 0,40%
Limite de escoamento 220 MPa 260 MPa
Resistência a tração 415 a 550 MPa 485 a 620 Mpa
Alongamento 25% 21%
Tensão Máxima Admissível 1202 Kgf/cm² 1406 Kgf/cm²
Tabela 5: Propriedade dos aços A515
Fonte: ASTM, 2010
8
2.4 Cascos e tampos
Como foi discutido em capítulos anteriores, os vasos de pressão são divididos
em algumas partes, dentre elas as principais são os cascos e os tampos. Esses vasos
contêm uma parede composta do casco e dos tampos de fechamento que podem ser
simples ou múltiplos, variando no formato e na dimensão. (TELLES, 1996).
Há vários tipos de formato de cascos, do qual cada formato exige uma
equação diferente para cálculo das tensões de membranas (Fig.5).
Silva Telles (1996) diz que quase todos os cascos, com algumas e possui três
formas básicas: cilíndrica, cônica ou esférica. A espessura de uma parede do casco de
vaso de pressão deve ser no mínimo o maior dos dois seguintes valores, como mostra a
Eq. 5:
𝑒+𝐶+𝑓
Eq. (5)
9
Figura 6: Vaso de pressão com casco cilíndrico
Fonte: Silva Telles (1996)
3. METODOLOGIA
3.1 Caracterização da área de estudo ou objeto de estudo
Os tampos são as partes mais frágeis em um vaso de pressão. A concentração
e distribuição de tensões necessita ser calculado para garantir a integridade estrutural da
11
peça. Com isso, cada geometria e material selecionado para o tampo implica em tensões
e pressões de trabalho diferentes.
3.2 Tipo de pesquisa
A metodologia que do desenvolvimento deste trabalho se baseia em um
estudo de caso das tensões atuantes em tampos de vasos de pressão para geometrias e
materiais diferentes, utilizando softwares de elementos finitos e fazendo um comparativo
da resistência de tampos selecionados.
3.3 Instrumento e coleta de dados
O projeto de um Vaso de Pressão consiste na determinação por meio de
cálculos as dimensões gerais do equipamento para suportar todo tipo de pressão sem vir
a falhar. Neste trabalho será abordado dados de projeto solicitado por empresa alimentícia
para produção de vaso de pressão que atenda aos requisitos do sistema de refrigeração.
Os dados iniciais de projeto (Tab. 7) são apresentados conforme a aplicação
e forma de trabalho necessários.
𝑃. 𝑅
𝑡= +𝑐+𝑓
𝑆. 𝐸 − 0,6. 𝑃
Eq. (6)
12
Onde t é a espessura de casco, P é a pressão interna de projeto, R representa
o raio interno de projeto, S é a tensão admissível para o material, E representa a eficiência
de solda, c é a sobre espessura de corrosão e f a sobre espessura de perda de conformação.
Os dados obtidos para o projeto estão contidos na tabela 5 e 7. O material para
o casco determinado A515-GR70, suas propriedades estão descritas na tabela 5. Dessa
maneira podemos realizar o cálculo da espessura do casco cilíndrico, representado pela
Eq. 7.
15 𝑥 737,5
𝑡= + 3 + 1 = 𝟏𝟑, 𝟑𝟑 𝒎𝒎
1406 𝑥 0,85 − 0,6 𝑥 15
Eq. (7)
𝑡. 𝑆. 𝐸
𝑃. 𝑀. 𝐴 =
(𝑅 + 0,6. 𝑡)
Eq. (9)
13
16 𝑥 1406 𝑥 0,85
𝑃. 𝑀. 𝐴 = = 𝟐𝟓, 𝟓𝟗 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²
(737,5 + 0,6 𝑥 16)
Eq. (10)
𝑃. (𝑅 + 0,6𝑡)
𝑆=
𝑡. 𝐸
Eq. (12)
Onde S é a tensão atuante circunferencial, P é a pressão interna de projeto, R
representa o raio interno de projeto, t é a espessura de parede da chapa de aço do casco e
E representa a eficiência de solda.
Aplicando os dados obtidos pelas tabelas 7 e o valor de espessura
padronizada, a tensão atuante circunferencial é demonstrada na Eq.13, de acordo com a
norma ASME.
Eq. (13)
𝑃. 𝐿
𝑡= +𝑐+𝑓
(2𝑆𝐸 − 0,2𝑃)
Eq. (14)
15 𝑥 1475
𝑡= + 3 + 1 = 𝟗, 𝟒𝟑 𝑚𝑚
(2𝑥1202𝑥0,85 − 0,2𝑥15)
Eq. (15)
15 𝑥 1475
𝑡= + 3 + 1 = 𝟖, 𝟔𝟒 𝑚𝑚
(2𝑥 1406 𝑥 0,85 − 0,2 𝑥 15)
Eq. (16)
Ao se adotar espessura nominal padrão de fabricação de acordo com a tabela
6, a espessura padronizada do tampo esférico com chapa de aço A515-GR70 será de 9,5
mm (Fig.10).
15
Figura 10: Modelagem 3D de tampo esférico de aço A515-70 conformada
Fonte: Autoria Própria (2019)
16
2 𝑥 (9,5 − 3) 𝑥 1202 𝑥 0,85
𝑃. 𝑀. 𝐴 = = 𝟏𝟕, 𝟗𝟕 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²
(1475 + 0,2 𝑥 (9,5 − 3))
Eq. (20)
2 𝑥 (9,5 − 3) 𝑥 1406 𝑥 0,85
𝑃. 𝑀. 𝐴 = = 𝟐𝟏, 𝟎𝟐 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²
(1475 + 0,2 𝑥 (9,5 − 3))
Eq. (21)
A tensão atuante nas paredes do tampo do vaso de pressão, representada pela
Eq. 22, de acordo com a norma ASME, Seção VIII, divisão 1.
𝑃. (𝐿 + 0,2𝑡)
𝑆=
2. 𝑡. 𝐸
Eq. (22)
𝑃. 𝐷. 𝐾
𝑡= +𝑐+𝑓
(2𝑆𝐸 − 0,2𝑃)
Eq. (24)
1 𝑟 2
𝐾 = (2 + ( ) )
6 ℎ
Eq. (25)
17
r/h 3,0 2,9 2,8 2,7 2,6 2,5 2,4 2,3 2,2 2,1 2,0
K 1,83 1,73 1,64 1,55 1,46 1,37 1,29 1,21 1,14 1,07 1,00
r/h 1,99 1,9 1,8 1,7 1,6 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1,0
K 0,99 0,93 0,87 0,81 0,76 0,71 0,66 0,61 0,57 0,3 0,50
1475
ℎ= = 𝟑𝟔𝟗, 𝟕𝟓 𝑚𝑚
4
Eq. (26)
𝑟 737,5
= = 𝟏, 𝟗𝟗𝟑
ℎ 370
Eq. (27)
15 𝑥 1475 𝑥 0,99
𝑡= + 3 + 1 = 𝟏𝟒, 𝟖𝟎 𝑚𝑚
(2 𝑥 1202 𝑥 0,85 − 0,2 𝑥 15)
Eq. (28)
15 𝑥 1475 𝑥 0,99
𝑡= + 3 + 1 = 𝟏𝟑, 𝟐𝟑 𝑚𝑚
(2 𝑥 1406 𝑥 0,85 − 0,2 𝑥 15)
Eq. (29)
2 𝑥 16 𝑥 1202 𝑥 0,85
𝑃. 𝑀. 𝐴 = = 𝟐𝟐, 𝟐𝟏 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²
(1475 𝑥 0,99 + 0,2 𝑥 16)
Eq. (31)
Utilizando chapa de aço A515-GR70, a pressão máxima admissível é
representada pela Eq.32.
2 𝑥 14,5 𝑥 1406 𝑥 0,85
𝑃. 𝑀. 𝐴 = = 𝟐𝟐, 𝟕𝟒 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²
(1475 𝑥 0,99 + 0,2 𝑥 14,5)
Eq. (32)
19
A pressão máxima admissível calculada conforme as Eq. 31 e 32 para
diferentes chapas de aço demonstra a pressão máxima admissível para tampos elípticos
novos e frios. Ao passar da vida útil do tampo, a pressão máxima diminui em função da
corrosão do material sofrido ao longo do tempo. Com isso, pode-se observar que a adição
dos 3mm de sobre espessura de corrosão é subtraída, e a pressão máxima admissível para
o tampo saturado e quente utilizando os aços A515-GR60 e A515-GR70 é representado
respectivamente pelas Eq. 33 e Eq. 34.
𝑃. (𝐷. 𝐾 + 0,2. 𝑡)
𝑆=
2. 𝑡. 𝐸
Eq. (35)
𝑃. 𝐿. 𝑀
𝑡= +𝑐+𝑓
(2𝑆𝐸 − 0,2𝑃)
Eq. (38)
20
Onde P é a pressão de trabalho, L o diâmetro interno do tampo, M é o fator
de relação entre o diâmetro L e o raio de curvatura rx, S representa a tensão admissível
do material, E a eficiência de solda, c é a sobre espessura de corrosão e f a sobre espessura
de conformação.
O diâmetro L e o raio de curvatura rx serão mais resistentes para o tampo
toriesférico quando as relações de semi-eixos se aproximam de uma elipse perfeita. Para
isso, o perfil de diâmetro L e raio rx, que se tem a melhor geometria para o tampo
toriesférico é representada, respectivamente pelas equações Eq. 39 e Eq. 40.
1
1 𝐿 2
𝑀 = ( )[ 3 + ( ) ]
4 𝑟𝑥
Eq. (41)
L/rx 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50
M 1,00 1,03 1,06 1,08 1,10 1,13 1,15 1,17 1,18 1,20 1,22
L/rx 4,00 4,5 5,13 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
M 1,25 1,28 1,316 1,34 1,36 1,39 1,41 1,44 1,46 1,48 1,50
L/rx 9,5 10,0 10,5 11,0 11,5 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 16,67
M 1,52 1,54 1,56 1,58 1,60 1,62 1,65 1,69 1,72 1,75 1,77
𝐿 1335
= = 𝟓, 𝟏𝟑
𝑟𝑥 260
Eq. (42)
21
Ao se adotar a relação entre raio e altura e valores de fator M descritos na
tabela x, o fator M é 1,316. Com isso, aplicando os dados obtidos na tabela 5 e 7, para o
aço A515-GR60, a espessura é representada pela Eq.43.
15 𝑥 1335 𝑥 1,316
𝑡= + 3 + 1 = 𝟏𝟖, 𝟐𝟕 𝑚𝑚
(2 𝑥 1202 𝑥 0,85 − 0,2 𝑥 15)
Eq. (43)
15 𝑥 1335 𝑥 1,316
𝑡= + 3 + 1 = 𝟏𝟔, 𝟐𝟎 𝑚𝑚
(2 𝑥 1406 𝑥 0,85 − 0,2 𝑥 15)
Eq. (44)
Ao se adotar espessura nominal padrão de fabricação de acordo com a tabela
x, a espessura padronizada do tampo toriesférico com chapa de aço A515-GR70 será de
17,5 mm (Fig.14).
22
O cálculo de um tampo toriesférico para obter a pressão máxima admissível
como demonstra a Eq. 45, de acordo com o parágrafo UG-27 do código ASME, seção
VIII, Divisão 1.
2. 𝑡. 𝑆. 𝐸
𝑃. 𝑀. 𝐴 =
(𝐿. 𝑀 + 0,2. 𝑡)
Eq. (45)
2 𝑥 19 𝑥 1202 𝑥 0,85
𝑃. 𝑀. 𝐴 = = 𝟐𝟐, 𝟎𝟒 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²
(1335 𝑥 1,316 + 0,2 𝑥 19)
Eq. (46)
𝑃. (𝐿. 𝑀 + 0,2. 𝑡)
𝑆=
2. 𝑡. 𝐸
Eq. (50)
23
Onde S é a tensão atuante circunferencial, P é a pressão interna de projeto, L
representa o diâmetro de tampo calculado, M é o fator calculado do projeto, t é a espessura
de parede da chapa de aço do casco e E representa a eficiência de solda.
Aplicando os dados obtidos pelas tabelas 5 e 7 e equações 43 e 44 padronizadas, e
utilizando as diferentes espessuras para cada material, a tensão atuante circunferencial é
demonstrada na Eq.51 e 52, para os aços A515-GR60 e A515-GR70, respectivamente, de
acordo com a norma ASME.
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Pressão Máxima Pressão Máxima
Admissível Admissível do Casco Válvula de Segurança
Peça
(Kgf/cm²) (Kgf/cm²)
Tampo 17,97 20,84 17,97
Esférico 21,02 20,84 20,84
Tampo 18,05 20,84 18,05
Elíptico 17,87 20,84 17,87
Tampo 18,56 20,84 18,56
Toriesférico 19,68 20,84 19,68
Pressão Máxima
Pressão Máxima Pressão para Teste
Admissível de Teste
Admissível de Teste Hidrostático do
Peça Hidrostático do Casco
Hidrostático (Kgf/cm²) Equipamento
(Kgf/cm²)
Tampo 34,13 33,27 33,27
Esférico 39,91 33,27 33,27
Tampo 28,87 33,27 28,87
Elíptico 29,56 33,27 29,56
Tampo 28,65 33,27 28,65
Toriesférico 30,86 33,27 30,86
25
Figura 15: Vaso de pressão com tampo esférico
Fonte: Autoria Própria (2019)
Figura 16: Análise de deformação e tensão atuante em vaso com tampo esférico A515-GR60
Fonte: Autoria Própria (2019)
Figura 17: Análise de deformação e tensão atuante em vaso com tampo esférico A515-GR70
Fonte: Autoria Própria (2019)
26
4.6.2 Vaso de pressão com tampo elíptico
Figura 19: Análise de deformação e tensão atuante em vaso com tampo toriesférico A515-GR60
Fonte: Autoria Própria (2019)
Figura 20: Análise de deformação e tensão atuante em vaso com tampo toriesférico A515-GR60
Fonte: Autoria Própria (2019)
27
4.6.3 Vaso de pressão com tampo toriesférico
Figura 22: Análise de deformação e tensão atuante em vaso com tampo toriesférico A515-GR60
Fonte: Autoria Própria (2019)
Figura 23: Análise de deformação e tensão atuante em vaso com tampo toriesférico A515-GR70
Fonte: Autoria Própria (2019)
28
Assim, traçando um gráfico comparativo de tensões atuantes para mesma
pressão de trabalho, se obtêm:
88,7 92,7
81,8 81,2
68,8 68,8
Material do tampo
GR60 GR70
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
29
REFERÊNCIAS
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2010. 1 p.
ASME. Boiler an Pressure Vessel Code. Nova York: ASME, v. Divisão 2, 2015.
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ASTM, 2010.
FALCÃO, C. Projeto de Vasos de Pressão e Trocadores de calor. [S.l.]: [s.n.], 2008.
HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais. São Paulo: Pearson Prentice Hall, v. 7,
2010.
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andrews.ac.uk/Biographies/Pascal.html>.
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Universidade Paulista. São Paulo. 2011.
WEST, J. B. Torricelli and the Ocean of Air: The First Measurement of Barometric
Pressure. American Physiology Society, p. 68-73, 2013.
30
APÊNDICES A – Desenho técnico de vaso de pressão tampo elíptico 9,5 mm GR70
31
APÊNDICES B – Desenho técnico de vaso de pressão tampo elíptico 16 mm GR60
32
APÊNDICES C – Desenho técnico de vaso de pressão tampo esférico 9,5 mm GR70
33
APÊNDICES D – Desenho técnico de vaso de pressão tampo esférico 9,5 mm GR60
34
APÊNDICES E – Desenho técnico de vaso de pressão tampo toriesférico 17,5 mm
GR70
35
APÊNDICES E – Desenho técnico de vaso de pressão tampo toriesférico 19 mm
GR60
36