Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Rio de Janeiro
Março de 2015
ESTUDO TEÓRICO E EXPERIMENTAL DO ESCOAMENTO HORIZONTAL
SUJEITO A TRANSPIRAÇÃO DE FLUIDO NA PAREDE
Examinada por:
iii
À meus Pais pelo dom da vida e
aos meus irmãos pelo amparo ao
longo desses anos.
iv
Agradecimentos
v
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Março/2015
vi
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
March/2015
The present work investigates the experimental and theoretical study of transpiration
fluid on the wall of a horizontal pipe. The study presents a test section of 14 meters in
length which features a porous medium and a pipe that allows transpiration in N points
in order to get closer to the reality and incorporate the effects of transpiration. Held are
global and local measurements of pressure loss and speed to nine different flow conditions,
over a test section. The effects of transpiration and the friction coefficient are studied
for two different injection rates for each main flow condition. The measurements of the
velocity field intensity and turbulent used to Laser Doppler Anemometry. The results are
compared with the theory of strength of the law for rough pipes.
vii
Sumário
Lista de Figuras x
1 Introdução 1
1.1 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Estrutura do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2 Revisão bibliográfica 6
2.1 Trabalhos sobre escoamentos com injeção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Técnicas Experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2.1 Anemometria Laser Doppler - LDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3 Fundamentação Teórica 12
3.1 Fundamentação Teórica: Lei da Resistência . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1.1 Lei da Resistência - Tubulações lisas e impermeáveis . . . . . . . . 12
3.1.2 Lei da Resistência - Tubulações lisas e permeáveis . . . . . . . . . . 13
3.1.3 Lei da Resistência - Tubulações rugosas e impermeáveis . . . . . . . 14
3.1.4 Lei da Resistência - Tubulações rugosas e permeáveis . . . . . . . . 15
3.1.5 Efeito da rugosidade na perda de carga . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.2 Perda de carga para tubulações com transpiração na parede . . . . . . . . 17
4 Aparato Experimental 19
4.1 Descrição do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.1.1 Tubo de tecido de aço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.1.2 Meio Poroso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.1.3 Tubo perfurado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.1.4 Tubo flangeado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
viii
4.1.5 Conexões de isolamento da tomada de pressão . . . . . . . . . . . . 23
4.1.6 Janela de Acrı́lico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.1.7 Aparato experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.2 Equipamentos de medição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4.2.1 Equipamentos de medição de Vazão . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4.2.2 Equipamentos de medição de Pressão . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5 Resultados 30
5.1 Resultados Experimentais - Rugosidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.2 Resultados Experimentais - LDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.3 Resultados Experimentais - Perda de Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5.3.1 Experimento monofásico com vazão de 2,455 m3 /h . . . . . . . . . 34
5.3.2 Experimento monofásico com vazão de 2,85 m3 /h . . . . . . . . . . 38
5.3.3 Experimento monofásico com vazão de 3,31 m3 /h . . . . . . . . . . 40
5.4 Resultados Experimentais - Perda de Carga em tubulações lisas . . . . . . 43
5.4.1 Experimento monofásico com vazão de 2,455 m3 /h . . . . . . . . . 45
5.4.2 Experimento monofásico com vazão de 2,85 m3 /h . . . . . . . . . . 45
5.4.3 Experimento monofásico com vazão de 3,31 m3 /h . . . . . . . . . . 49
6 Considerações Finais 51
Referências Bibliográficas 53
A Dados de Pressão 56
ix
Lista de Figuras
x
4.14 Medidor de pressão diferencial. Retirado do manual da Emerson . . . . . . 29
5.1 Determinação do ks . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.2 Distribuição de velocidade na seção de teste x=13 metros para vazão de
3310 litros por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.3 Escoamento Sem Injeção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5.4 Escoamento na entrada do tubo. Retirado de FOX (2011). . . . . . . . . . 33
5.5 Escoamento sem injeção - vazão 2, 455m3 /h experimental . . . . . . . . . . 34
5.6 Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 2, 455m3 /h experimental 35
5.7 Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 2, 455m3 /h experimental 35
5.8 Escoamento sem Injeção - vazão 2, 455m3 /h (teórico e experimental) . . . . 36
5.9 Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 2, 455m3 /h (teórico e
experimental) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
5.10 Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 2, 455m3 /h (teórico e
experimental) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
5.11 Escoamento sem injeção - vazão 2, 85m3 /h experimental . . . . . . . . . . 38
5.12 Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 2, 85m3 /h experimental 39
5.13 Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 2, 85m3 /h experimental . 39
5.14 Escoamento sem Injeção - vazão 2, 85m3 /h (teórico e experimental) . . . . 40
5.15 Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 2, 85m3 /h (teórico e
experimental) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
5.16 Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 2, 85m3 /h (teórico e
experimental) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
5.17 Escoamento sem injeção - vazão 3, 31m3 /h experimental . . . . . . . . . . 42
5.18 Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 3, 31m3 /h experimental 42
5.19 Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 3, 31m3 /h experimental . 43
5.20 Escoamento sem Injeção - vazão 3, 31m3 /h (teórico e experimental) . . . . 44
5.21 Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 3, 31m3 /h(teórico e
experimental) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
5.22 Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 3, 31m3 /h (teórico e
experimental) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
5.23 Escoamento sem Injeção - vazão 2, 455m3 /h (com e sem rugosidade) . . . . 46
5.24 Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 2, 455m3 /h (com e sem
rugosidade) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
5.25 Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 2, 455m3 /h (com e sem
rugosidade) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
5.26 Escoamento sem Injeção - vazão 2, 85m3 /h (com e sem rugosidade) . . . . 47
xi
5.27 Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 2, 85m3 /h (com e sem
rugosidade) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5.28 Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 2, 85m3 /h (com e sem
rugosidade) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5.29 Escoamento sem Injeção - vazão 3, 31m3 /h (com e sem rugosidade) . . . . 49
5.30 Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 3, 31m3 /h (com e sem
rugosidade) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
5.31 Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 3, 31m3 /h (com e sem
rugosidade) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
xii
Lista de Tabelas
xiii
Capı́tulo 1
Introdução
1.1 Histórico
O petróleo é uma das matérias-primas que possui maior valor para o desenvolvimento da
sociedade. Grande parte dos bens de consumos são derivados do petróleo ou de alguma
forma direta ou indiretamente necessita do mesmo. A dependência deste fluido faz com
que a indústria petrolı́fera melhore suas técnicas de exploração para aumentar a produção
e atender a demanda, o efeito disso é a exploração de petróleo em águas profundas e ultra
profundas.
Segundo Thomas (2001), a indústria petrolı́fera teve inicio com o primeiro poço pro-
dutor em agosto de 1859, quando o americano Cel. Edwin Lauretine Drake perfurou na
Pensilvânia. Ainda segundo Thomas (2001) a história do petróleo no Brasil teve seu pri-
meiro poço em 1897 quando Eugênio Ferreira Camargo perfurou um poço de 488 metros
de profundidade no municı́pio de Bofete em São Paulo. A produção de petróleo no Brasil
cresceu proporcionando grandes avanços tecnológicos de perfuração e produção. A figura
(1.1) ilustra os recordes mundiais de produção marı́tima de petróleo até 1998, dados mais
recendes mostram que em 2009 o Brasil conseguiu perfurar poços a 2172 metros de abaixo
do nı́vel do mar.
Durante muito tempo a exploração de petróleo era feita a partir de poços verticais, que
era conhecido como poço convencional, muito utilizado por Drake. O poço vertical é mais
barato de ser perfurado, não necessita da utilização de tecnologias direcionais, entretanto,
comparado com outras técnicas a área de contato com o reservatório é pequena. Até
meados dos anos 80, a técnica mais utilizada era a de poços verticais, mas nas ultimas
décadas, os poços horizontais tem despertado o maior interesse a indústria do petróleo
e também de instituições de pesquisas. A figura (1.2) ilustra a configuração do poço
horizontal e o poço vertical.
1
Figura 1.1: Recorde mundial de produção marı́tima de petróleo. Retirada de Moraes
(2013) 2
Figura 1.2: Configuração do poço horizontal e vertical.
De acordo com Prado (2003) que realizou um estudo da comparação entre as estratégias
de produção dos poços verticais e horizontais, a utilização dos poços horizontais oferece
uma maior área de contato com o reservatório. Prado (2003) ainda relata que para uma
mesma vazão fixa de fluido a variação de pressão por metro quadrado no poço vertical e
maior que no poço horizontal, isso permite melhor aplicação na recuperação de óleo em
situações onde o cone de água é um problema.
A exploração de reservatórios utilizando poços horizontais é considerada excelente.
A justificativa para a perfuração de poços horizontais ocorre principalmente devido a
fatores econômicos, entretanto, fatores técnicos também são destacados em relação a
poços verticais, Savino (2009) afirma existir uma série de razões para se perfurar poços
horizontais dentre essas razões pode-se destacar:
3
escoamento não é uniforme ao longo do poço devido a transpiração do fluido na parede,
como também a pressão não é constante.
A figura (1.3) ilustra a produção de petróleo em um poço horizontal. Durante toda
extensão da área do poço ocorre a transpiração de modo que o comportamento da pressão
deixa de ser linear, justamente devido a influência da adição do fluido ao longo do escoa-
mento.
1.2 Objetivo
O objetivo principal do presente trabalho consiste em realizar um trabalho experimental de
referência para tubulações sujeitas a transpiração na parede. Para isso foram realizadas
4
medições de vazões globais e locais e de queda de pressão simultaneamente, para um
escoamento sem injeção e depois com duas taxas de injeção, com objetivo de caracterizar
da melhor forma a influência da transpiração.
Os resultados experimentais são comparados com a teoria desenvolvida por Loureiro
e Silva Freire (2011). As medidas foram realizadas em um escoamento no interior de um
tubo com a injeção de fluido na parede. As técnicas de medições de pressão e velocidade
serão empregadas para caracterizar a perda de carga total no experimento como também
a perda de carga local. O presente trabalho irá abordar a influência da transpiração na
perda de carga.
5
Capı́tulo 2
Revisão bibliográfica
6
tubo exclusivamente como um resultado de os perfis de velocidade.
Su e Gudmundsson (1993) desenvolveram um estudo o qual quantifica a perda de carga
em três componentes, e verificam que para pequenas taxas de injeção o fluido injetado
atuava como um lubrificante diminuindo o atrito; entretanto, quando a taxa era muito
alta o fluido atuava favorecendo o atrito.
Schulkes e Utivik (1998) refizeram os mesmos experimentos de Su e Gudmundsson
(1993) para uma seção de 15 metros de comprimento, decompondo a perda de carga em
três componentes. Os resultados obtidos foram semelhantes aos de seus antecessores.
7
Yuang et al (1999) realizou um estudo experimental e teórico sobre injeção de fluido
em um único ponto e depois em diversos pontos em tubulações experimentais. Os expe-
rimentos foram realizados para Reynolds variando entre 5000 e 60000 em uma seção de
teste de 3,048 metros.
Cruz (2009) propõe em seu trabalho a lei da resistência para tubulações lisas e rugosas
para escoamentos com e sem transpiração.
Cruz (2011) apresenta uma seção de teste com uma tubulação interna de tecido de aço
com um meio poroso e um revestimento externo de modo a simular um poço horizontal
de produção de petróleo, a seção de teste possui 6 metros de comprimento para investigar
a transpiração na parede.
Mathebula (2011) realizou um estudo de correlações do fator de atrito para tubos
perfurados com baixas taxas de injeção, em seu aparato experimental é apresentado uma
estrutura com perfurações organizadas ao longo da seção formando triângulos, com uma
densidade de furos conhecida. A estrutura usada por Mathebula (2011) foi usada por
Siwón (1987) que realizou um estudo com água usando tubulações de PVC.
Loureiro e Silva Freire (2014) possui uma seção de teste semelhante a de Cruz (2011)
e apresenta a lei da resistência para tubos rugosos com a transpiração de fluido na parede
para escoamento monofásico e bifásico.
Bandeira et al (2014) desenvolvem um estudo de perda de carga em tubulações ho-
rizontais com injeção na parede com uma seção de teste de 14 metros de comprimento
semelhante a usada por Cruz (2011). Bandeira et al (2014) apresentam dados para uma
única condição de vazão principal fixa e duas condições com transpiração na parede.
Os aparatos experimentais propostos por Su e Gudmundsson (1998), Cruz (2009),
Cruz (2011) Loureiro e Silva Freire (2014) permite que o fluido seja injetado de forma
homogênea. As configurações e os resultados de Bandeira et al. (2014) fazem parte do
presente trabalho.
8
Figura 2.3: LDA
2Ux θ
fd = sen( ) (2.1)
ζonda 2
onde ζonda é o comprimento da onda, θ é o angulo entre as duas franjas e Ux é a velocidade
do escoamento na direção x.
De acordo com Silva Freire (2006) o tamanho do volume de controle ilustrado na
9
Figura 2.4: cruzamento dos feixes gerando um volume de controle. Retirado de Silva
Freire (2006)
Figura 2.5: Configuração óptica de dois raios - efeito Doppler. Retirado de Silva Freire
(2006)
10
figura (2.4), pode ser calculado a partir do diâmetro da cintura do raio (dc ) e do ângulo de
interseção θ. Para ter um volume precisa-se saber a altura dx , a largura dy e o comprimento
dz do volume de controle, que são dadas pelas equações (2.2), (2.3) e (2.4) respectivamente:
4F ζonda
dx = dc = (2.2)
πd(x)
onde F é o comprimento focal da lente da sonda, d(x) é o seu diâmetro.
dc
dy = (2.3)
cos(θ/2)
e
dc
dz = (2.4)
sen(θ/2)
O numero total de franjas gerado pelo cruzamento de dois feixes pode ser calculado
pela relação entre a largura dx do volume de controle e a distância entre as franjas %f . A
equação (2.5) mostra esta relação.
dx
Nf = (2.5)
%f
O tratamento dos dados aquisitados através do sinal elétrico gerado no fotodetector é
realizado por programas de aquisição e tratamentos que transformam a frequência Doppler
em velocidade e estatı́sticas de interesse, como intensidade turbulenta, momentos de ordem
superior e outros.
11
Capı́tulo 3
Fundamentação Teórica
(P1 − P2 ) yc
τ0 = (3.1)
L 2
12
Na equação acima, τ0 é a tensão cisalhante, o L o comprimento da tubulação, e yc
representa o raio, na parede tem-se que yc = R, então:
P1 − P2 R
τ0 = (3.2)
L 2
A equação do coeficiente de atrito λ é definida como:
2
(P1 − P2 ) λρUm
= (3.3)
L 2d
onde Um é a velocidade média e ρ é a massa especifica do fluido.
Para números de Reynolds muito grande, a distribuição de velocidade na região com-
pletamente turbulenta para o escoamento sobre a parede é dada pela ”‘lei assintótica da
parede”’, normalmente conhecida como ”‘lei da parede”’ expressa por:
u 1 yu∗
= ln +A (3.4)
u∗ χ ν
p
onde u∗ é a velocidade de atrito = (τw /ρ), χ é a constante de von Karman (= 0, 4) e
A=5,5.
A integração da Eq. (3.4) através da seção transversal da tubulação com algumas
manipulações algébricas obtêm-se a equação para a lei universal da resistência para tu-
bulações lisas impermeáveis.
1 um d
√ = 2.035 log − 0.91 (3.5)
λ ν
Diversos autores testaram a Eq.(3.5, sendo consenso ser ela válida para altos números
de Reynolds.
13
A 2 Π̃ y
+ 1 +
Π y + 1 +
u = ln y + A + W + vw ln y + + W (3.6)
κ κ δ 2κ 2 κ δ
onde u+ = u/u∗ , y + = yu∗ /ν, vw+ = vw /u∗ , vw = velocidade normal na parede e A é dado
por: v
w
A = 5 − 512 (3.7)
U
e os parâmetros Π e Π̃ e a função W estão relacionados com a função universal de Coles
(1956).
A integração da Eq. (3.6) sobre a área da seção transversal da tubulação, resulta em:
2
Um = U − 3.75u∗ − vw (1.86A + 2.34 ln Re+ − 5.47) (3.8)
tem-se
√
λ
1 = √ (2, 5 ln(Re+ ) + A − 3, 75)
2 2 (3.10)
A2
+ vw++ (1, 56 ln2 (Re+ ) + (1, 25A − 4, 68) ln(Re+ ) + + 1, 86A + 5, 47)
4
onde √
vw Um D λ
vw++ = e Re = +
√ . (3.11)
Um ν 4 2
14
B para os três tipos de regime de escoamento discutidos por Nikuradse (1933) tem sido
estudada por vários autores. Por exemplo, Ligrani e Moffat (1986) sugerem a seguinte
dependência funcional.
1−σ
B = 8.5σ + ln (Rek ) + (1 − σ)C, (3.13)
κ
onde Rek = ks u∗ /ν, C = 5.1 e σ=sin((1/2)πg) com
ln (Rek /Rek,s )
g= (3.14)
ln (Rek,r /Rek,s )
Rek,s = 5, Rek,r = 70 e essa aproximação é válida em 5 ≤ Rek ≤ 70.
A equação da resistência para escoamentos em tubulações rugosas pode ser obtida
através da integração da eq. (3.12) através da área da seção transversal do tubo. Após a
integração tem-se:
1
λ= (3.15)
[0.88 ln(R/ks ) + 0.35B − 1.33]2
Comparando a equação ((3.15) com a apresentada no experimento de Nikuradse que
para um regime totalmente rugoso o termo aditivo deve ser substituı́do por 1,74.
√
λ R ++ 2 R
1 = √ (2.5 ln + Ak − 3.75) + vw 1.56 ln
2 2 ks ks
2
(3.16)
R A
+ (1.25Ak − 4.68) ln + k + 1.86Ak + 5.47
ks 4
15
escoamento, alguns fatores como densidade de distribuição dos elementos rugosos, forma,
altura e o modo como estão distribuı́dos são importantes. Diversos autores realizaram
experimentos modificando esses fatores para determinar o coeficiente de atrito, Nikuradse
(1993) possui a mais completa base de dados sobre comportamento do escoamento em
tubulações rugosas. A figura (3.1) abaixo ilustra os dados de Nikuradse.
16
figura (3.2) ilustra o regime hidraulicamente liso e o regime rugoso.
17
A queda de pressão total em uma tubulação horizontal com injeção de fluido na parede
pode ser dada por uma parcela de perda de carga reversı́vel e outra irreversı́vel. Su e
Gudmundsson (1993) comenta que a perda de carga reversı́vel ocorre devido a mudança
da quantidade de movimento gerada pela adição do fluido pelas paredes acelerando dessa
forma o fluido, enquanto que a perda de carga irreversı́vel seria devido o atrito da parede,
o atrito dos orifı́cios de perfurados. Desse modo, a perda de carga total é calculado pela
somatória desses efeitos, dados pela equação (3.18).
A equação para a perda de carga devido a aceleração e dada pela equação (3.20):
λLρU m2
+ ρ Uf2 − Ui2
∆P = (3.21)
2D
onde λ varia com a tubulação, como visto na seção anterior as equações para tubulações
lisas e rugosas podendo considerar também os efeitos da permeabilidade.
18
Capı́tulo 4
Aparato Experimental
19
//
parede da tubulação, de forma a ter uma migração do fluido vindo do reservatório para o
poço através da parede. Para isso, torna-se necessário criar um meio poroso (simulando
o material rochoso) em que o fluido irá transpirar na direção axial, sendo adicionado ao
escoamento principal.
O Aparato experimental foi projetada para realizar medições de pressão em pontos
conhecidos e medição do perfil de velocidade através o LDA. O Anemômetro Laser Dop-
pler, como visto no capı́tulo 2, é uma técnica de medição não intrusiva, o qual utiliza dois
feixes do laser que se cruzam no interior da tubulação, possibilitando a medição do campo
de velocidade do escoamento. Para que fosse possı́vel realizar esta medição, foi projetada
uma janela de acrı́lico transparente com as seguintes dimensões 210x210x25 milı́metros e
posicionada entre as seções de teste.
O comprimento total da seção de teste em que ocorre a transpiração é de 14 metros.
Esta parte do aparato está dividido em 14 seções de testes de 1 metro cada, que apresenta
três seções de acrı́licos localizadas uma na entrada do poço, a segunda a 7 metros da sua
entrada e outra no 13 metros.
Cada uma das 14 seção de teste são composta por:
20
diâmetro;
• tubos flangeados para permitir a conexão entre as seções, feito de aço inox de 1000
milı́metros de comprimento e 127 milı́metros de diâmetro.
• 16 parafusos sextavados
21
Figura 4.2: Tubo de tecido de aço com tomada de pressão
22
1,7 mm, possui furos distancia entre os furos de 8 mm. A figura (4.4) ilustra o tubo
perfurado.
23
Figura 4.5: Tubo flangeado.
24
Figura 4.7: Janela de acrı́lico para medições visuais
E
V = (4.1)
BD
onde, B é a densidade do fluxo magnético, D a distância entre os eletrodos, V a velocidade
do fluxo e E a tensão induzida.
Sabendo que a vazão (Q) para um tubo é dada pela equação (4.2), pode-se observar
que para um diâmetro constante, o valor da vazão é dado pela variação da tensão induzida
e a densidade de fluxo magnético.
πE
Q= D (4.2)
4B
O aparato experimental possui seis medidores de vazão eletromagnético, um na entrada
da seção de teste que é responsáveis pela medição da vazão do escoamento principal e os
25
Figura 4.8: Montagem do LDA na seção de teste
demais são utilizados para medir a vazão do fluido de injeção na parede. A figura(4.13)
ilustra o medidor de vazão.
26
Figura 4.9: Experimento do Poço Horizontal - NIDF
27
Figura 4.11: Diagrama esquemático do aparato experimental
28
Figura 4.12: Principio do medidor de vazão eletromagnético
29
Capı́tulo 5
Resultados
30
5.2 Resultados Experimentais - LDA
O conhecimento do campo de velocidade de um escoamento é fundamental para o enten-
dimento do mecanismo que governa a dinâmica dos fluidos. A presente seção apresenta
os perfis de velocidade e de intensidade turbulenta obtida através da Anemometria Laser
Doppler (LDA), na estação de medição localizada em x=13 metros do inicio da seção
experimental, para o escoamento monofásico com uma vazão média de 3310 litros por
hora.
Os perfis de velocidade média ilustrados na figura (5.2) foram obtidos para o escoa-
mento com mesma vazão de entrada nas condições de operação sem injeção de fluido na
parede, com taxa de injeção de 0,0005 e taxa de injeção de 0,0010.
Figura 5.2: Distribuição de velocidade na seção de teste x=13 metros para vazão de 3310
litros por hora
31
Figura 5.3: Escoamento Sem Injeção
32
Para o escoamento completamente desenvolvido sem transpiração, o comportamento
da pressão torna-se linear; o gradiente de pressão é constante ao longo do tubo.
A tensão de cisalhamento de parede é inicialmente grande e decresce à medida que
as camadas limites tornam-se mais espessas. A figura (5.4) ilustra o comportamento do
escoamento na entrada de um tubo.
L ρV D
≈ 0.006 (5.1)
D µ
Fox et al (2011) afirma que para escoamentos laminar em tubos espera-se numero de
Reynolds menores que 2300, então o comprimento de acomodação pode ser aproximado
a 140 diâmetros do tubo. Para escoamento turbulento Fox et al (2011) afirma baseado
em experiências que o escoamento está totalmente desenvolvido para distancias entre 25
e 40 diâmetros a partir da sua entrada, entretanto, o movimento turbulento pode fazer
com que para distâncias de 80 ou superiores o escoamento ainda não esteja completamente
turbulento. Cruz (2011) afirma que para escoamentos turbulentos esse comprimento varia
se o tubo for liso ou rugoso, para tubo liso o comprimento de acomodação varia entre 50
e 100 diâmetros e para tubulações rugosas esse numero se reduz a 25 e 40 diâmetros.
Como o objetivo desse trabalho não é definir qual seria o comprimento de acomodação
e os dados devem ser adquiridos em regiões com o regime completamente desenvolvido o
primeiro ponto de pressão está localizado a 3,25 metros da sua entrada, aproximadamente
100 diâmetros.
As condições experimentais já realizadas na presente seção de testes, são mostradas a
seguir na Tabela (5.1), abaixo.
33
Tabela 5.1: Condições Experimentais do escoamento
Escoamento Qe m3 /h Umax [m/s] vw+ Quantidade Medida
Monofásico 2,455 0,86 0.0 U (Velocidade), P (Pressão)
Monofásico 2,455 0,86 0,0005 U, P
Monofásico 2,455 0,86 0,001 U, P
Monofásico 2,85 1,0 0,0 U, P
Monofásico 2,85 1,0 0,0005 U, P
Monofásico 2,85 1,0 0,001 U, P
Monofásico 3,31 1,16 0,0 U, P
Monofásico 3,31 1,16 0,0005 U, P
Monofásico 3,31 1,16 0,001 U, P
34
Figura 5.6: Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 2, 455m3 /h experimental
Figura 5.7: Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 2, 455m3 /h experimental
35
figuras (5.6) e (5.7) mostram que quanto maior é a taxa de injeção, mais o comportamento
da pressão deixa de ser linear.
Utilizando a equação (3.21), também foram obtido valores teóricos para os mesmos
padrões de vazão e taxa de injeção experimentais. A tabela (5.2) abaixo mostra a com-
paração da diferença de pressão teórica e experimental no ultimo ponto de pressão locali-
zado a 13,75 metros do inicio da seção experimental. Para esta vazão o maior erro relativo
entre a diferença de pressão teórica e experimental foi de 0,358%.
36
Figura 5.9: Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 2, 455m3 /h (teórico e
experimental)
Figura 5.10: Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 2, 455m3 /h (teórico e
experimental)
37
5.3.2 Experimento monofásico com vazão de 2,85 m3 /h
A configuração experimental e as taxas de injeção são iguais para os três tipos de vazão,
semelhante a vazão de 2455 litros/hora, para os escoamentos monofásico com vazão de
2, 85m3 /h foram realizados três ensaios, o primeiro sem injeção (vw+ = 0), o segundo com
uma taxa de injeção de 0,0005 (vw+ =0,0005) e o terceiro com uma taxa de (vw+ =0,001).
Os resultados experimentais podem ser vistos nas figuras (5.11),(5.12) e (5.13) respecti-
vamente.
38
Figura 5.12: Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 2, 85m3 /h experimental
Figura 5.13: Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 2, 85m3 /h experimental
39
Tabela 5.3: Valores de ∆P para vazão 2, 85m3 /h(Experimental e Teórico)
Reentrada Um vw+ ∆P (experimental) ∆P (teórico) Errorelativo(%)
27361 1,00 0,000 5156,00 5572,53 2,531
27361 1,00 0,0005 17093,00 16726,20 2,193
27361 1,00 0,0010 35984,50 35065,20 2,622
40
Figura 5.15: Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 2, 85m3 /h (teórico e
experimental)
Figura 5.16: Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 2, 85m3 /h (teórico e
experimental)
41
Figura 5.17: Escoamento sem injeção - vazão 3, 31m3 /h experimental
Figura 5.18: Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 3, 31m3 /h experimental
42
Figura 5.19: Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 3, 31m3 /h experimental
metros do inicio da seção experimental. Para esta vazão o maior erro relativo entre a
diferença de pressão teórica e experimental foi de 2,152%.
43
Figura 5.20: Escoamento sem Injeção - vazão 3, 31m3 /h (teórico e experimental)
Figura 5.21: Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 3, 31m3 /h(teórico e
experimental)
44
Figura 5.22: Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 3, 31m3 /h (teórico e
experimental)
45
Figura 5.23: Escoamento sem Injeção - vazão 2, 455m3 /h (com e sem rugosidade)
Figura 5.24: Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 2, 455m3 /h (com e sem
rugosidade)
46
Figura 5.25: Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 2, 455m3 /h (com e sem
rugosidade)
Figura 5.26: Escoamento sem Injeção - vazão 2, 85m3 /h (com e sem rugosidade)
47
Figura 5.27: Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 2, 85m3 /h (com e sem
rugosidade)
Figura 5.28: Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 2, 85m3 /h (com e sem
rugosidade)
48
5.4.3 Experimento monofásico com vazão de 3,31 m3 /h
Para o escoamento monofásico cuja vazão de entrada é de 3, 31m3 /h foram realizados
cálculos a partir da equação (3.10) para as condições sem injeção e com as taxas de
injeção de 0,0005 e 0,001 e comparados com os resultados da tubulação de rugosidade. Os
respectivos resultados são ilustrados nas figuras (5.29),(5.30) e (5.31), é possı́vel observar
que o efeito da rugosidade aumenta a perda de carga e para a condição de taxa de injeção
igual a 0,001 observa-se que o valor aumenta em torno de 50%.
Figura 5.29: Escoamento sem Injeção - vazão 3, 31m3 /h (com e sem rugosidade)
49
Figura 5.30: Escoamento com taxa de injeção de 0, 0005 - vazão 3, 31m3 /h (com e sem
rugosidade)
Figura 5.31: Escoamento com taxa de injeção de 0, 001 - vazão 3, 31m3 /h (com e sem
rugosidade)
50
Capı́tulo 6
Considerações Finais
51
O modelo do aparato experimental, mostra que a criação do meio poroso e a utilização
do tecido de aço na fabricação de uma nova tubulação, realmente permite com que o fluido
transpire de uma melhor forma, quando comparado a outros autores que realizam a injeção
direta em pontos especı́ficos.
Para trabalhos futuros propõe-se:
• analisar o comportamento da pressão de um escoamento bifásico sujeito a trans-
piração de fluido na parede.
• analisar o comportamento de quebra de bolhas ou coalescência devido a injeção do
fluido na parede.
• realizar um estudo do comportamento da pressão no escoamento multifásico (ar,
água, óleo).
• realizar estudos de campos de velocidade e de propriedades turbulentas para escoa-
mentos bifásico e multifásicos.
• propor e validar teorias com escoamentos sujeito a injeção.
52
Referências Bibliográficas
Coles, D.: ”‘The law of the wake in the turbulent boundary layers”’. Journal of Fluid
Mechanics. v.1. pg. 191-226, 1956.
Cruz, M. D. G.: ”‘Lei Universal de Resistência para Dutos Lisos e Rugosos Sujeitos à
Transpiração de Fluido na Parede”’. Tese (doutorado) Programa de Engenharia Mecânica
UFRJ/ COPPE, Rio de Janeiro 2011.
Cruz, M. D. G., Sousa, F. B. C. C., Rodrigues, D. A., Loureiro, J. B. R. and Silva Freire,
A. P.: ”‘Lei universal de resistência para dutos lisos e rugosos sujeitos a transpiração de
fluido na parede”’. Artigo apresentado no III Encontro Nacional de Hidráulica de Poços,
Campos do Jordão, 7 - 10 junho, 2009.
Elseth, G.: ”‘An Experimental Study of Oil/Water Flow in Horizontal Pipe”’, Degree of
Dr. Ing, Norwegian University of Science and Technology (NTNU), Porsgrunn, 2001.
Fox, R. W., McDonald, A. T., Pritchard, P. J.: ”‘Introdução a mecânica dos fluidos”’. 7a
edição, Rio de Janeiro, 2011.
LaFrontaine, J., Sandres, M., Hailey, T., Mickelburgh, I. and Lord, D.: ”‘New concentric
annular packing system limits brigdging in horizontal gravel packs”’. Paper SPE 56778,
Texas, 1999.
Ligrani, P. M. e Moffat, R. J.; ”Structure of transitionally rough and fully rough turbulent
boundary layers”, J.Fluid Mech., Vol. 162, pp. 69-98, 1986.
53
Loureiro, J. B. R. and Silva Freire, A. P., ”‘Slug flow in horizontal pipes with transpiration
at the wall”’. Journal of Physics. Conference Series (Online), Vol. 318.
Mathebula, I. S.: ”‘Friction factor correlations for perforated tubes at low injection rates”’.
Dissetation (Master degree in Mechanical Engineering), University of Pretoria, 2011.
Quiben, J. M.: ”‘Experimental and analytical study of two-phase pressure drops during
evaporation in horizontal tubes”’. Thèse No 3337, École Polytechnique Fédérale de Lau-
sanne - EPFL. 2005.
Silva Freire, A. P.: ”‘An asymptotic solution for transpired incompressible turbulent
boundary layers”’, Int. J. Heat Mass Transfer 31, 101l-1021 1988.
54
Silva Freire, A. P., Ilha, A., Colaço, M. J., ”‘Turbulencia: Anais da V Escola de Primavera
em Transição e Turbulência”’ Volume 1, Rio de Janeir, 25 a 29 de Setembro de 2006, 466
p.
Su, Z.: ”‘Pressure Drops in Perforated Pipes For Horizontal Wells”’ PhD dissertation,
Norwegian U. of Science and Technology, Trondheim, Norway, 1996.
Su, Z. and Gudmunsson, J.: ”‘Friction factor of perforation roughness in pipes. SPE
26521, 1993.
Su, Z. and Gudmunsson, J.: ”‘Perforation Inflow Reduces frictional Pressure Loss in
Horizontal wellbores. Petroleum science engineering 19: 223-232,1998.
55
Apêndice A
Dados de Pressão
56
Tabela A.1: Vazão 2455 litros/hora sem injeção
Diferencial de pressão x (metros) Experimental [Pa] Teórico [Pa]
∆P 1 0,5 290,50 192,94
∆P 2 1 485,00 385,89
∆P 3 1,5 702,00 578,83
∆P 4 2 880,00 771,78
∆P 5 2,5 1080,00 964,72
∆P 6 3 1222,00 1157,67
∆P 7 3,5 1377,00 1350,61
∆P 8 4 1612,50 1543,55
∆P 9 4,5 1744,50 1736,50
∆P 10 5 1952,50 1929,44
∆P 11 5,5 2096,00 2122,39
∆P 12 6 2331,50 2315,33
∆P 13 6,5 2477,50 2508,28
∆P 14 7 2695,00 2701,22
∆P 15 7,5 2848,50 2894,16
∆P 16 8 3053,00 3087,11
∆P 17 8,5 3253,00 3280,05
∆P 18 9 3481,50 3473,00
∆P 19 9,5 3639,50 3665,94
∆P 20 10 3842,50 3858,89
∆P 21 10,5 4055,00 4051,83
57
Tabela A.2: Vazão 2455 litros/hora com taxa de injeção 0, 0005
Diferencial de pressão x (metros) Experimental [Pa] Teórico [Pa]
∆P 1 0,5 418,50 348,82
∆P 2 1 878,00 717,12
∆P 3 1,5 1299,50 1105,51
∆P 4 2 1812,00 1514,59
∆P 5 2,5 2124,00 1944,95
∆P 6 3 2473,00 2397,19
∆P 7 3,5 2881,50 2871,93
∆P 8 4 3445,00 3369,76
∆P 9 4,5 3864,50 3891,29
∆P 10 5 4392,00 4437,11
∆P 11 5,5 4900,00 5007,82
∆P 12 6 5558,00 5604,04
∆P 13 6,5 6095,50 6226,35
∆P 14 7 6759,50 6875,35
∆P 15 7,5 7390,00 7551,64
∆P 16 8 8102,50 8255,81
∆P 17 8,5 8956,00 8988,46
∆P 18 9 9794,50 9750,17
∆P 19 9,5 10552,50 10541,50
∆P 20 10 11316,50 11363,10
∆P 21 10,5 12262,50 12215,50
58
Tabela A.3: Vazão 2455 litros/hora com taxa de injeção 0, 001
Diferencial de pressão x (metros) Experimental [Pa] Teórico [Pa]
∆P 1 0,5 419,50 528,08
∆P 2 1 1183,50 1102,58
∆P 3 1,5 1819,00 1725,63
∆P 4 2 3052,00 2339,40
∆P 5 2,5 3308,00 3126,04
∆P 6 3 3875,00 3907,67
∆P 7 3,5 4564,50 4746,43
∆P 8 4 5476,50 5644,42
∆P 9 4,5 6340,50 6603,75
∆P 10 5 7341,50 7626,49
∆P 11 5,5 8304,50 8714,69
∆P 12 6 9568,00 9870,41
∆P 13 6,5 10644,50 11095,70
∆P 14 7 12036,00 12392,40
∆P 15 7,5 13355,50 13762,70
∆P 16 8 14763,00 15208,40
∆P 17 8,5 16488,00 16731,60
∆P 18 9 18361,00 17907,10
∆P 19 9,5 20020,50 20017,60
∆P 20 10 21671,50 21242,90
∆P 21 10,5 23665,50 23635,70
59
Tabela A.4: Vazão 2850 litros/hora sem injeção
Diferencial de pressão x (metros) Experimental [Pa] Teórico [Pa]
∆P 1 0,5 338,50 265,36
∆P 2 1 634,00 530,72
∆P 3 1,5 980,00 796,08
∆P 4 2 1260,50 1061,43
∆P 5 2,5 1500,00 1326,79
∆P 6 3 1723,50 1592,15
∆P 7 3,5 1936,50 1857,51
∆P 8 4 2249,50 2122,87
∆P 9 4,5 2435,00 2388,23
∆P 10 5 2712,50 2653,58
∆P 11 5,5 2894,00 2918,94
∆P 12 6 3224,50 3184,30
∆P 13 6,5 3411,00 3449,66
∆P 14 7 3701,50 3715,02
∆P 15 7,5 3912,50 3980,38
∆P 16 8 4177,00 4245,73
∆P 17 8,5 4433,50 4511,09
∆P 18 9 4729,50 4776,45
∆P 19 9,5 4926,50 5041,81
∆P 20 10 5169,50 5307,17
∆P 21 10,5 5431,50 5572,53
60
Tabela A.5: Vazão 2850 litros/hora com taxa de injeção 0, 0005
Diferencial de pressão x (metros) Experimental [Pa] Teórico [Pa]
∆P 1 0,5 491,00 479,84
∆P 2 1 1119,50 986,32
∆P 3 1,5 1665,00 1520,25
∆P 4 2 2114,50 2082,42
∆P 5 2,5 2803,00 2673,63
∆P 6 3 3352,00 3294,68
∆P 7 3,5 3901,00 3946,35
∆P 8 4 4831,50 4629,44
∆P 9 4,5 5355,00 5344,74
∆P 10 5 6089,50 6093,05
∆P 11 5,5 6752,50 6875,15
∆P 12 6 7739,00 7691,82
∆P 13 6,5 8440,00 8543,86
∆P 14 7 9573,50 9432,04
∆P 15 7,5 10343,00 10357,10
∆P 16 8 11410,50 11319,90
∆P 17 8,5 12534,50 12321,20
∆P 18 9 13687,50 13361,70
∆P 19 9,5 14712,50 14442,20
∆P 20 10 15928,50 15563,40
∆P 21 10,5 17093,00 16726,20
61
Tabela A.6: Vazão 2850 litros/hora com taxa de injeção 0, 001
Diferencial de pressão x (metros) Experimental [Pa] Teórico [Pa]
∆P 1 0,5 687,00 768,01
∆P 2 1 1629,50 1606,46
∆P 3 1,5 3108,50 2518,63
∆P 4 2 5235,50 3507,76
∆P 5 2,5 6241,00 4577,07
∆P 6 3 6998,00 5729,74
∆P 7 3,5 8159,50 6968,94
∆P 8 4 9544,00 8297,75
∆P 9 4,5 10770,50 9719,27
∆P 10 5 12193,00 11236,50
∆P 11 5,5 13542,00 12852,40
∆P 12 6 15359,00 14570,00
∆P 13 6,5 16853,50 16392,20
∆P 14 7 19022,50 18321,70
∆P 15 7,5 20759,50 20361,40
∆P 16 8 22939,50 22514,10
∆P 17 8,5 25400,00 24728,40
∆P 18 9 27987,50 27169,10
∆P 19 9,5 30369,00 29676,70
∆P 20 10 32942,50 32307,90
∆P 21 10,5 35984,50 35065,20
62
Tabela A.7: Vazão 3310 litros/hora sem injeção
Diferencial de pressão x (metros) Experimental [Pa] Teórico [Pa]
∆P 1 0,5 399,00 366,36
∆P 2 1 740,00 732,72
∆P 3 1,5 1124,00 1099,08
∆P 4 2 1504,00 1465,44
∆P 5 2,5 1750,00 1831,80
∆P 6 3 2010,00 2198,16
∆P 7 3,5 2304,00 2564,52
∆P 8 4 2747,00 2930,88
∆P 9 4,5 3011,00 3297,24
∆P 10 5 3411,00 3663,59
∆P 11 5,5 3684,00 4029,95
∆P 12 6 4134,00 4396,31
∆P 13 6,5 4416,00 4762,67
∆P 14 7 4840,00 5129,03
∆P 15 7,5 5151,00 5495,39
∆P 16 8 5533,00 5861,75
∆P 17 8,5 5937,00 6228,11
∆P 18 9 6390,00 6594,47
∆P 19 9,5 6710,00 6960,83
∆P 20 10 7111,00 7327,19
∆P 21 10,5 7528,00 7693,55
63
Tabela A.8: Vazão 3310 litros/hora com taxa de injeção 0, 0005
Diferencial de pressão x (metros) Experimental [Pa] Teórico [Pa]
∆P 1 0,5 455,50 639,79
∆P 2 1 1312,50 1313,61
∆P 3 1,5 1941,00 2022,39
∆P 4 2 2782,50 2767,06
∆P 5 2,5 3358,50 3548,58
∆P 6 3 3983,50 4367,85
∆P 7 3,5 4741,00 5225,81
∆P 8 4 5714,50 6123,38
∆P 9 4,5 6493,50 7061,46
∆P 10 5 7465,00 8040,97
∆P 11 5,5 8292,50 9062,82
∆P 12 6 9573,00 10127,90
∆P 13 6,5 10498,00 11237,10
∆P 14 7 11705,50 12391,30
∆P 15 7,5 12748,00 13591,40
∆P 16 8 14106,50 14838,20
∆P 17 8,5 15470,50 16132,70
∆P 18 9 17093,50 17475,60
∆P 19 9,5 18380,50 18867,90
∆P 20 10 19909,50 20310,30
∆P 21 10,5 21433,50 21803,80
64
Tabela A.9: Vazão 3310 litros/hora com taxa de injeção 0, 001
Diferencial de pressão x (metros) Experimental [Pa] Teórico [Pa]
∆P 1 0,5 705,71 989,72
∆P 2 1 2032,38 2065,56
∆P 3 1,5 3061,43 32131,16
∆P 4 2 4500,95 4490,10
∆P 5 2,5 5669,52 5845,91
∆P 6 3 6688,57 7302,07
∆P 7 3,5 8065,24 8861,98
∆P 8 4 9914,29 10529,00
∆P 9 4,5 11452,86 12306,50
∆P 10 5 13364,76 14197,60
∆P 11 5,5 15162,38 16205,60
∆P 12 6 17579,05 18333,60
∆P 13 6,5 19630,48 20584,60
∆P 14 7 22308,57 22961,70
∆P 15 7,5 24604,76 25467,70
∆P 16 8 27300,00 28105,70
∆P 17 8,5 30410,00 30878,50
∆P 18 9 33694,29 33788,80
∆P 19 9,5 36780,00 36839,40
∆P 20 10 40130,00 40032,90
∆P 21 10,5 43627,62 43372,40
65