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Índice

Introdução......................................................................................................................3

Serviços públicos...........................................................................................................4

Serviços públicos no sentido orgânico..........................................................................4

Serviço público no sentido material..............................................................................5

Classificação dos serviços públicos...............................................................................5

Regime jurídico do serviço público...............................................................................6

Requisitos e pressupostos do serviço público...............................................................6

Direitos dos utentes.......................................................................................................6

Princípios fundamentais do serviço público..................................................................7

Organizações dos serviços públicos..............................................................................8

Conclusão......................................................................................................................9

Bibliografia..................................................................................................................10
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Introdução
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Serviços públicos

Os serviços públicos são organizações humanas, isto é, são estruturas


administrativas accionadas por indivíduos que trabalham ao serviço de certa entidade
pública1.

Para CAETANO, citado por (MACIE, 2012, p.212), entende que «os serviços públicos
como o modo de actuar da autoridade pública a fim de facultar, por modo regular e
contínuo, a quantos deles careçam, os meios inidóneos para a satisfação de uma
necessidade colectiva individualmente sentida».

Segundo MACIE (2012, p.11), define os serviços públicos segundo os seguintes


critérios: critério orgânico e critério material.

Serviços públicos no sentido orgânico

Neste sentido os serviços públicos são organizações de meios humanos e materiais


integrados no seio das pessoas colectivas públicas, encarregos de executar
materialmente a actividade pública.

Neste sentido, o serviço público corresponde aos agentes administrativos que


executam e contribuem na preparação das decisões a serem tomadas pelos órgãos.

Serviço público no sentido material

Neste sentido, o serviço público designa uma actividade de interesse geral que a
administração entende a assumir. Este sentido pode corresponder à missão de serviço
público, numa dada época e sociedade.

No entanto, como podemos conceber o posicionamento dos autores acima


mencionados sobre a definição dos serviços públicos, eles são unânimes nos seus
posicionamentos uma vez que ambos consideram que os serviços públicos são
actividades desenvolvidas no interior de uma pessoa colectiva para a satisfação das
necessidades colectivas, na descrição dos seus trechos é frequente notabilizar uma
linguagem que parece diferente de uma e de outro, mas o conteúdo em si é o mesmo.
1
FREITAS DO AMARAL, Curso de Direito Administrativo I, 2ª edição, Coimbra: Almedina, 1994,
o autor concidera ainda que, os servicos publicos constituem as celulas que compoem internamente as
pessoas colectivas publicas, na mesma onda de ideias concidera ainda que a pessoa colectiva publica é o
sujeito de Direito, ao passo que o servico publico e uma organizacao que, situada no interior da pessoa
colectiva publica e dirigida pelos respectivos orgaos desevolve actividades de que ela carrece para
prosseguir os seus fins.
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Para AMARAL (1994) classifica os serviços públicos obedecendo as seguintes


fases:

 Serviços públicos quanto a finalidade:

À luz de uma consideração funcional, os serviços públicos distinguem-se de


acordo com os seus fins, temos o exemplo de serviços de polícia, saúde, obras públicas,
transporte, educação, cultura, de identificação civil.

 Serviços públicos como unidade de trabalho

Distingue-se segundo o tipo de actividades que desenvolvem, como os serviços


de gestão patrimonial, orçamental, de estatística, e, neste ponto de vista, pode se falar de
serviços principais como os (burocráticos e operacionais) e secundários ou auxiliares.

 Serviços públicos propriamente ditos

A Administração presta directamente à comunidade, por reconhecer sua


essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e o do próprio
Estado, é o caso dos serviços de defesa nacional, de polícia, da saúde pública, de
identificação civil, que devem ser prestados pelo poder público.

 Serviços de utilidade pública

São os que à Administração, reconhecendo sua conveniência (não essencialidade,


nem necessidade) para os membros da colectividade, presta-os directamente ou aquiesce
em que sejam prestados por terceiros (concessionários), nas condições regulamentadas e
sob seu controle, mas por conta e risco de prestadores, mediante remuneração dos
usuários. Temos como exemplos, os serviços da portagem de Maputo/Matola, de
inspecção periódica dos veículos.

 Quanto as funções que exercem

Os serviços públicos podem ser executivos, de controlo de auditoria e de


fiscalização.
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Regime jurídico do serviço público

No que diz respeito ao regime jurídico em relação aos serviços públicos é pelo
facto deste traduzirem-se na implantação da constituição das leis e dos demais actos
normativos vigente na ordem jurídica, mediante da sua natureza de interpretação,
desenvolvimento e concretização, onde faz sentir a presença da pessoa colectiva
pública, de interesse público à lei que condiciona o processo de criação e de extinguir os
serviços públicos.

Requisitos e pressupostos do serviço público

Para que o serviço público exista, é preciso que se satisfaça um conjunto de exigências e
situações de facto, nomeadamente:

 A autoridade pública competente aprecie as exigências do interesse geral,


embora seja discricionária;
 A autoridade publica competente de decidir a criação do serviço publico,
que pode ser ex nihilo, ou resulte da transformação de uma actividade
privada preexistente, através da lei (sentido formal e material) e, é ela que
deve decidir sobre a sua extinção;
 O acto de autoridade pública criador do serviço publico deve indicar a
designação do mesmo, e identificação das respectivas funções e a sua
organização interna;
 O serviço público tem de ser actual e eficiente;
 Modicidade, isto é, aplicação de tarifas razoáveis;
 Definição clara de gestão de serviço (serviço publico e privado);
 O serviço deve ser cortes no tratamento dos indivíduos, o que exige sua
modificabilidade conforme a variação do interesse publico,
 Garantia da permanência, isto é, a continuidade de serviço publico, em
particular, quando se tratar de serviços essenciais;
 Generalidade, que impõe serviço igual para todos;
 Racionalização dos serviços no momento da sua criação, para evitar a
sobreposição de serviços;
 Integração numa pessoa colectiva pública;
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 Vinculação do serviço aos direitos fundamentais dos cidadãos outros


princípios de direito;
 Organização mediante regulamento administrativo;

Direitos dos utentes

Os utentes dos serviços gozam de um conjunto de direitos subjectivos públicos,


nomeadamente:

 Exigir da Administração Pública ou ao particular concessionário o serviço que


se obrigou a prestar;
 Exigir o respeito pelos direitos adquiridos em casos de modificação dos serviços
públicos que, eventualmente, os afecte;
 Exigir a prestação regular do serviço público, desde que instalado o equipamento
necessário. Este direito liga-se à limitação do grave nos serviços essenciais, ou
dispensa dos seus prestadores;
 Ter a liberdade de acesso às suas prestações;
 Direito a indemnizações pelo dano que os serviços públicos vierem a causar, que
neste caso são imputáveis à respectiva pessoa colectiva, sabido que o serviço
público não te personalidade jurídica.

Princípios fundamentais do serviço público

O serviço público deve obedecer, no seu funcionamento aos seguintes princípios


(MACIE, 2012,2017):

 Princípio de continuidade dos serviços públicos: os serviços públicos devem


ser mantidos de forma contínua, tendo em conta que o interesse público é
contínuo.
 Princípio da modificabilidade do serviço público: resulta da variação do
interesse público, isto é, o conceito de interesse público é flexível, devendo ser
acompanhado pela necessidade de modificar o funcionamento dos serviços
públicos, sem contudo prejudicar os direitos adquiridos.
 Princípio da igualdade de tratamento: qualquer particular, desde que
preenchidos pressupostos exigidos por lei, tem o direito de obter as prestações
que o serviço público fornece, sem distinção de raça, sexo, religião, filiação,
opção partidária, etnia.
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 Princípio da gratuitidade: sem embargo de pagamento de taxas reduzidas


somente pelos utentes que visam atender o custo de financiamento ou da
existência dos serviços, porque os serviços públicos não tem fim lucrativo, salvo
quando se acharem integrados nas empresas públicas.
 Princípio de concorrência ou de monopólio: nada obsta a que os serviços
públicos actuem em concorrência, que também, em regime de exclusividade.

Organizações dos serviços públicos

Os serviços públicos podem organizar-se de três formas, a saber:

 Serviços horizontais: que se diferenciam conforme as actividades, matéria, ou


tarefas a tratar. É através da organização horizontal que se chega à consideração das
diferentes unidades funcionais e dentro delas, das diferentes unidades de trabalho;
 Serviços territoriais: os de âmbito nacional, que são centrais; e os do âmbito
local ou periféricos, que se circunscreverem à uma circunscrição. Trata-se de
uma organização em profundidade dos serviços públicos na qual o topo é
preenchido pelos serviços centrais e os diversos níveis, á medida que se caminha
para a base, por serviços daqueles dependentes, e actuando ao nível de
circunscrições de âmbito gradualmente menor;
 Serviços verticais: tem a ver com o princípio da hierarquia administrativa,
distribuindo os serviços em escalões de topo à base, que se relacionam entre si
em termos de supremacia e subordinação.
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Conclusão
10

Bibliografia

FREITAS DO AMARAL, Curso de Direito Administrativo I, 2ª edição, Coimbra:


Almedina, 1994.

CAETANO, Marcelo. Manual do Direito Administrativo. Vol. I. Empresa


Universidade Editora. 1937.

MACIE, Albano. Lições do Direito Administrativo. Editores e Livreiros. Maputo.


2012.

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