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Discentes:
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CASO CLÍNICO
1. IDENTIFICAÇÃO
2. MOTIVO DA CONSULTA
O paciente veio à consulta acompanhado pela mãe. De acordo com a mãe do Diogo, o
filho em dificuldades em socializar na escola, não consegue falar em público mas que,
nos últimos tempos, fica nervoso quando é contrariado. Diz que o filho passa demasiado
tempo a jogar jogos que, por vezes, são violentos e isola-se nos seus jogos.
3. HISTÓRICO DO PACIENTE
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O paciente tinha uma relação normal, mas, ligeiramente distante com o pai devido às
circustâncias. O pai voltou a casar, construiu uma família, mas, tentava não deixar o seu
filho sentir-se neglegenciado por parte dele. O paciente dá-se bem com o pai e a sua
família, embora sinta alguns ciúmes, e a falta de um “sentido familiar”, por ter os seus
pais divorciados – o pai casado distante, e a mãe solteira.
Com a mãe, este sempre teve uma relação saudável, contudo, a mãe infelizmente não
tinha muito tempo para ele devido ao seu trabalho, o que sujeitou-o a ser cuidado por
babás. No entanto, a mãe sempre tentou dar ao seu filho tudo o que podia, e o que ele
queria, sobretudo por ter que passar tempo sozinho.
O trabalho da mãe do paciente, tinha por requisito a mudança frequente de cidades, o que
levou com que o paciente mudasse frequentemente de creches em pequeno, causando
isolamento, frustração, ansiedade. Sempre que este fazia amizades, despedia-se delas com
a mudança escolar, o que dificultou o seu processo de socialização e causou efeitos
duradouros no seu estado mental. Já apresentava sinais visíveis de isolamento, pois no
recreio da escola ficava num canto com o seu jogo “PS”, não se juntava as outras crianças
e não mostrava entusiasmo em ir à escola.
A mãe conta que muitas vezes, a babá que cuidava dele, ligava-a a queixar-se, dizendo
que o menino recusa-se a ir a escola, inventando pretextos para não ir à escola, preferindo
ficar no seu computador, ou no seu PlayStation, a jogar. Toda a vida teve estes luxos
materiais, na qual tranformou-se num refúgio contra a vida real.
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No quotidiano do paciente, após as aulas, no seu tempo livre, este ficava entretido nos
jogos 24/7, o que suscitou o aparecimento de determinados comportamentos agressivos,
que começava com uma atitude “nervosa” por querer voltar para a casa (os seus jogos)
quando era obrigado a ir a determinados sítios com a mãe.