DISCIPULADO PARA UMA

NOVA VIDA COM CRISTO

Igreja Apostólica Pentecostal

VINHO NOVO
www.apostolicavinhonovo.com.br
Igreja Apostólica Pentecostal

VINHO NOVO
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DESBRAVANDO A FÉ

Discipulado para uma nova

vida com Cristo

Lições práticas para

fundamentar e alicerçar a fé
 Ficha técnica

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Copyrith by
IGREJA APOSTÓLICA PENTECOSTAL VINHO NOVO

Todos os direitos reservados pelo autor. Proibi-

da a reprodução total ou parcial desta obra, de
qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico,
mecânico, inclusive por meio de processos xero-
gráficos, sem permissão expressa do autor.
(Lei nº 9.610 - 19.02.98).

DESBRAVANDO A FÉ
Discipulado para uma nova vida com Cristo / pgs.

1ª Edição - Fevereiro de 2015.

Editado no Brasil por:

PERSONAL CARD’S
murilo.mescole@gmail.com

Gerenciamento de Editoração e Produção:

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Capa:
Murilo Mescole - Designer gráfico
murilo.mescole@gmail.com

Diagramação:
personalcardsdesigner@gmail.com
 Sumário

1. Aceitei a Jesus e agora?........................5

3. Primeira grande convicção.....................6
4. Segunda grande convicção....................8
5. Terceira grande convicção....................10
6. Quarta grande convicção.....................12
7. Quinta grande convicção.....................14
8. Sexta grande convicção.......................16
9. Sétima grande convicção.....................17
10. Momento de Reflexão...........................18
11. Momento de Oração.............................19
12. Oitava grande convicção.......................20
13. Nona grande convicção........................22
14. Desafio:.............................................35
15. CONCLUSÃO.......................................36
 INTRODUÇÃO
__/__/__
Graça e paz meu caro leitor e
irmão em Cristo Jesus, meus
parabéns! se você está
recebendo este exemplar em
mãos, é porque você como bom
discípulo do Mestre, decidiu se
preparar para ser um
anunciador das boas novas do
evangelho da salvação.
B o a s n o va s e s s a q u e n o s
alcançou um dia e nos rou do
lamaçal do pecado e nos
conduziu para o caminho da Sua
m a rav i l h o s a l u z , q u e é o
c a m i n h o d a s a l va ç ã o, u m
caminho de vida eterna em Jesus
Cristo.
Discipulado para uma nova vida com Cristo
Isso mesmo! Não há nada
melhor do que compar lharmos
com as pessoas, a bênção que
um dia recebemos do Senhor
Jesus, a oportunidade de
conhecer a verdade através das
Escrituras Sagradas, um
verdadeiro privilégio concedido
a nós.
O principal papel da igreja aqui
na terra é glorificar a Deus, visto
que a igreja representa a certo
ponto o Reino de Deus na terra.
Mas não podemos deixar de
lado a ressalva de que um dos
papéis mais importantes da
igreja é pregar o evangelho da
salvação.
4
Tudo o que a igreja fizer sempre
deverá ter como obje vo final,
mostrar ao mundo que Jesus
Cristo é o Filho de Deus, e que
Jesus foi enviado por Deus para
ser o Salvador do mundo.
Este material foi desenvolvido
para tratar dos aspectos prá cos
que envolvem o evangelismo
pessoal e ao mesmo tempo lhe
dará uma base muito clara da
essência do cris anismo. Você
não gastará muito tempo para
ler e nem necessitará de muito
esforço para entendê-lo.
Simples como o Evangelho, ele
está ao alcance de todo
Aquele que se alegra em “falar
de Jesus ao mundo”.
As referências bíblicas deste
material foram extraídas da
Bíblia NVI -, editada pela SBI
(Sociedade Bíblica Internacional).
Bíblia Almeida RA -, editada pela
SBB (Sociedade Bíblica do Brasil).

“O Espírito do Soberano Senhor está sobre mim, porque o

Senhor ungiu-me para levar boas notícias aos pobres.
Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração
quebrantado, a anunciar liberdade aos cativos e
libertação das trevas aos prisioneiros.”
Isaías 61:1

Você está
Pronto para a Verdade?

Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo 5

 Lição 1
__/__/__
1 - QUEM É DEUS
Para tentarmos entender quem
é Deus em parte, porque o finito
jamais compreenderá o infinito
em sua totalidade, não podemos
deixar de mencionar a teologia.
A palavra teologia tem origem
grega: Theós – Deus e Logos -
discurso ou razão. Desse modo
numa tradução bastante literal,
Teologia significa dissertação
sobre Deus.
É tratando sobre Deus, que nos
deparamos com uma das
maiores inquietações humanas:
Deus existe?
A resposta na maioria das vezes
é a mesma: sim, existe. A par r
Discipulado para uma nova vida com Cristo
da concepção de que ele existe,
surge um novo ques onamento:
O que é Deus?
Do mesmo modo que se
responde a primeira pergunta
responde-se a segunda: de
modo vago e evasivo, porque
conceituar o que é sagrado, o
abstrato e, principalmente,
Deus, a quem ninguém viu é
extremamente di cil, Logo, um
novo ques onamento se
apresenta: Quem é Deus?
A par r do momento em que
reconhecemos a existência de
Deus, podemos responder de
modo pessoal e profundo quem
ele é.
6
 A EXISTÊNCIA DE DEUS
O maior de todos os
ques onamentos teológicos é,
sem dúvida, sobre a existência
de Deus. Deus existe? E, Qual a
prova de sua existência? .
A - Argumento Cosmológico
Tal argumento implica em
afirmar que a própria existência
do universo e sua harmonia tem
por sua origem um criador, ainda
que consideremos a teoria do
Big Bang como efe va, ainda vai
nos restar uma pergunta: quem
originou os gases para tal
explosão?
B -Argumento Ontológico
Este argumento está baseado na
teoria de que um ente primeiro
sinte za os demais, isto é, todos
convergem para ele, e implica a
questão da lógica ou seja tudo
aponta para a afirmação de que
alguém deve estar no comando.
Tal argumento foi desenvolvido
por Platão, muito embora ele
desconhecesse as doutrinas e
ensinamentos do Cris anismo.
Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo
C - Argumento Teológico
Diante de todas as coisas somos
obrigados a reconhecer, de que
acima de tudo está o Senhor, um
Deus que criou todas as coisas.
D - Argumento Histórico
Esse argumento nos revela que
em toda a história da
humanidade e suas civilizações,
encontraremos nelas a busca
pelo sagrado, pelo divino, por
um ser superior, enfim, Deus.
E - Argumento Íntimo Pessoal
A.Esse argumento nos convida a
sair da observação passiva e
ingressar na a va, ou seja
interagir com o argumento, isso
s e d á p o rq u e p a s s a m o s a
vivenciar a existência de Deus.
Chamamos de ín mo porque
está dentro de cada ser humano,
faz parte da sua natureza, não há
como dissociar-se, em toda a
história da humanidade
encontraremos essa associação:
A pessoa humana está ligada ao
divino através da fé.
7
 F -Sua Existência Negada Anotações Pessoais
(Ateísmo)
A. Ateo é aquele que não crê na
existência de Deus e também a
nega. O fato de não
conhecermos ou de nunca
termos visto o “Arminho”,
mamífero das regiões polares,
não prova que ele não existe.
Prova sim, que não o
conhecemos. Naturalmente, é
mais fácil entender que Deus
não existe, pois desse modo a
consciência fica liberada de
qualquer acusação.

“Mesmo o tolo, que em seu

coração afirma não existir
Deus, tem na mente uma
idéia de Deus, pois em
caso contrário não
poderia negar essa idéia.
Deus é o mais alto
pensam ento po ssí v el,
aquilo que de maior nada
pode ser pensado”.
(Anselmo, na obra Proslogium)

Discipulado para uma nova vida com Cristo 8

 Lição 2
__/__/__
A natureza de Deus
A natureza de Deus não é algo
denotado pelo senso comum,
mas sim desvendada por divina
revelação, expressa nas
S a g ra d a s E s c r i t u ra s . E s s a
natureza, ou seja, a essência de
Deus, é o que vamos, com a
ajuda do Espírito Santo,
conhecer melhor. Precisamos
ter claro em nossa mente que
Deus é infinito e nós somos seres
finitos, portanto, é de
fundamental importância
entendermos que jamais o finito
abrangerá totalmente a
compreensão do que é infinito.
Discipulado para uma nova vida com Cristo
A - Deus é Espírito
É de fundamental importância
podermos entender esse
singular aspecto da natureza de
Deus, pois de outra maneira não
poderemos nos aproximar Dele.
Deus não possui o que nós
entendemos por corpo. Todavia,
em muitos casos, ele pode valer
da forma sica de um corpo para
determinado fim. Portanto, não
d e ve m o s te r e m m e nte a
imagem de Deus como uma
figura geométrica ou algo sem
forma, pois Deus é Deus e possui
um corpo espiritual que o
define. Não tendo um corpo
Deus pode estar em todos os
9
lugares ao mesmo tempo, é algo
que a mente humana não pode
conceber. Sua presença cobre o
mundo todo, não só a terra, mas,
também, o céu. Deus não tem
corpo, mas para fazer entender o
que o autor quer expressar de
forma clara, se faz uso do
antropomorfismo, u lizado para
atribuir formas humanas a Deus.
É por causa do antropomorfismo
que se diz que Deus tem olhos,
tem ouvido, tem mão, tem nariz
e etc.
B - Deus é Luz
Ele não depende de fonte
externa, a essência de seu ser é
luz. Tudo que ele faz é luz,
portanto as obras de Deus são
luz. Onde Deus está as trevas se
dissipam, pois não há qualquer
possibilidade de comungar com
as trevas, escuridão ou qualquer
penumbra. Quando uma pessoa
humana passa a viver dentro da
dimensão de Deus, suas a tudes
também se tornam luz. Seu
interior passa a ser iluminado
desde os mais simples atos até
seus mais ín mos pensamentos.
Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo
Do mesmo modo que a lua, eu e
você não temos luz própria. Por
outro lado, Deus é como o sol,
uma fonte de luz para todo o
universo. Portanto, quando a luz
de Deus reflete sobre nós, nos
tornamos luzeiros e somos
capazes de iluminar o caminho
de muitos.
C - Deus é Amor
De modo geral, todos nós temos
uma sensibilidade e um
conhecimento ín mo pessoal do
amor. Entretanto, quando temos
que conceituá-lo depara-nos
com a fragilidade de nossas
palavras, que mostram-se vazias
para expressar a grandiosidade
deste sen mento. Se o amor que
conhecemos e que está tão
próximo de nós, muitas vezes,
nos é impossível descrevê-lo,
como poderemos entender,
então, o amor de Deus?
Caracterís cas do amor de Deus:
·É espontâneo: ele nos ama
somente porque nos ama. Não
há nada que possamos fazer
10
para conquistá-lo. .Anotações Pessoais
Até o mais vil pecador é amado
por Deus, mesmo aqueles que
rejeitam o seu amor são amados
por Ele. Antes mesmo de termos
sido criados, Ele nos amou.
(Ef 1.4-5)

·É eterno: Não há nada que

possa pôr-lhe termo. Ele mesmo
confessa esse amor (Je 31.3).

·É infinito: não há exemplo

maior de sacri cio oferecido em
amor do que aquele, do próprio
Deus, provando a infinitude de
seu amor para conosco a ponto
de dar o seu único filho por nós.
Deus insiste em provar o seu
amor, ao simples homem,
formado do pó da terra (Rm 5.8)

Discipulado para uma nova vida com Cristo 11

 Lição 3
__/__/__
Os atributos de Deus
De acordo com o que diz o
Dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa, atributo quer dizer
o que é próprio de um ser, sendo
assim trataremos a seguir do
caráter de Deus, ou ao menos
tentar uma vez que nunca
chegaremos em um
conhecimento pleno do
“Eterno”.
1 - Os Atributos Naturais.
Os atributos naturais de Deus
estão dispostos através da Bíblia
de forma que o dis ngam e o
classifiquem.
Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo
A - Espiritualidade
A espiritualidade está ligada à
capacidade de usufruir dos
atributos do ser enquanto
espírito e não matéria.
Assim, Deus não tem corpo
(matéria) e não tem alma (ser
interior) para poder sen r,
pensar; mas possui
espiritualidade, o que o torna
único e pessoal.
Ele pensa, sente e fala de forma
e s p o ntâ n e a e co n s c i e nte ;
portanto, pode ter comunhão
direta com suas criaturas feitas à
sua imagem e semelhança.
12
B - Infinitude - Eternidade
Deus é infinito, isto é, não está
sujeito às limitações naturais e
humanas. A infinitude de Deus
se dá em diversos aspectos,
como por exemplo em relação
ao espaço, o tempo e em poder.
Segundo Myer Pearlman :
“Seu centro está em toda a
parte e sua circunferência em
parte nenhuma; mas, ao
mesmo tempo, não devemos
esquecer que existe um lugar
especial onde sua presença e
glória são reveladas de uma
maneira extraordinária; esse
lugar é o céu”.
Deus é eterno, e não devemos
comparar a nossa qualidade de
eterno com a de Deus, pois nós
somos infinitos enquanto
olhamos para a frente; quando
nos voltamos para o passado
somos finitos, pois temos um
ponto de par da que é o nosso
nascimento, entretanto, Deus é
eterno para o futuro quanto
para o passado.
(Salmos 90.2 e Jó 36.26) .
Discipulado para uma nova vida com Cristo
C - Poder
A grandiosidade do poder de
D e u s e s tá p a t e n t e j á n a s
primeiras palavras da Bíblia
Sagrada, que tratam do princípio
de toda a criação. (Gn 1.1).
Bereshit bará Elohim et ha –
shamain ve – et há aretz.
O texto em hebraico é uma
transcrição do primeiro
versículo da Bíblia. Agora
analisaremos este versículo em
sua forma hebraica.
Ha-shamain – Céu: Esta palavra
vem de duas raízes hebraicas,
Sha – fogo e main – água.
Portanto, no hebraico, quando
se diz “Deus criou o céu”, está
em foco a composição dos
elementos que formam o céu –
fogo e água.
Todos nós sabemos que uma
eterna guerra existe entre a água
e o fogo.
Ou a água apaga o fogo ou o fogo
consome a água, os dois juntos
não podem subsis r.
Deus infinito em poder, é o único
que pode fazer a água na nuvem
13
e o fogo no relâmpago
habitarem juntos.
Não podemos deixar de citar,
ainda aquilo que é a coroa da
obra criadora divina, o homem.
Todos os seres humanos têm
uma marca singular em si
próprio. A digital, iden ficação
que está gravada nos dedos e
que se forma na criança entre o
te rc e i ro e q u a r to m ê s d a
gestação e a acompanha até a
decomposição de seu corpo
após a morte, é uma
demonstração da infinitude do
poder de Deus.
D - Imutabilidade
Vivemos em um mundo de
acelerado progresso e constante
mutação. O que era ontem, hoje
não é mais; o que é hoje,
amanhã já não será mais.
Heráclito, filósofo grego, em um
fragmento deixou-nos a
seguinte máxima: “Não se pode
tomar banho duas vezes no
mesmo rio”.
As águas do rio passam, o
simples fato de você jogar uma
Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo
pedra ou colocar um barquinho
de papel nesse rio, já faz com
que ele seja outro, as águas já
passaram amanhã serão outras.
Enfim, o mundo e nós mudamos
todos os dias. Deus, porém, é
imutável.
Deus é permanentemente o
mesmo, ele não, seu ser
permanece o mesmo. Nosso
Senhor não foi novo e não será
velho. Ele não aumenta e não
diminui, ele sequer evolui. Ele
não é mais santo hoje do que
ontem, nem mais nem menos
justo, o tempo não o faz mais
sábio ou mais misericordioso.
Ele não pode tornar-se, Ele é (Ml
3.6). Como ele não muda, assim,
também, seus propósitos e
planos não mudam. Pode a
humanidade desviar-se ou
recusar-se de fazer parte de seus
planos, até mesmo fugir dos
desígnios de Deus, ele, contudo,
permanece fiel ao propósito que
estabeleceu.
Deus não muda de idéia. seus
propósitos são perfeitos, suas
palavras são, para nós,
14
promessas, mas para ele, são o
concreto realizado.
Deus não experimenta, ele faz.
(Ti 1.17).
2 - Atributos Morais
Deus, por si próprio, estabeleceu
sua norma de conduta, ou seja,
sua moral, e é ela que rege suas
ações com todos os homens.
Podemos entender, então, que
seu proceder é o mesmo com os
justos e com os injustos, com os
bons e com os maus. Do
resultado de sua moral
dependerá o que cabe a cada
um. Dentre os atributos morais,
falaremos dos principais a
seguir.
A - Santidade
Tanto no hebraico (kadosh),
quanto no grego (ágios), a
palavra SANTO é usada com a
idéia de separação. A san dade,
tanto no An go quanto no Novo
Testamento, é o atributo mais
elevado que se aplica a Deus.
A palavra san ficação tem em
seu escopo o sen do de
separação, logo, quando se
Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo
afirma que Deus é santo, se está
afirmando que ele é separado. A
san dade, portanto em sua
acepção mais sublime, só pode
ser aplicada a Deus.
S u a s a n d a d e ex i ge to ta l
afastamento de tudo que possa
se corromper, e de qualquer
coisa que possa ser objeto ou
abarcado pelo pecado.
Sendo assim Deus se encontra
separado de sua própria criação,
tanto de anjos quanto de
homens.
Tal separação se dá porque,
ambos puderam pecar contra
Deus; Logo podemos concluir
que Deus está totalmente
separado do pecado, a natureza
de Deus é esta, Ele é santo,
portanto não pode pecar.
B - Justiça
Todos nós temos um conceito
próprio de jus ça.
Para entendermos a jus ça
divina é imprescindível
que nos despojemos do
15
pré-conhecimento dos fatos, constante derramar de juízos
uma vez que, podem ser divinos até sermos consumidos,
distorcidos, ser inverdades ou mas felizmente Deus nos trata
esconderem par cularidades não a par r de nossos pecados,
específicas, e nos reves rmos da mas a par r de sua Misericórdia
imparcialidade e da (Jr 9.24).
impessoalidade, o que, em
verdade, nos é muito di cil. Anotações Pessoais
Deus é o único que pode agir e
executar a jus ça de forma reta,
pois, segundo Pearlman:
“Jus ça é a san dade de Deus
em ação”.
A jus ça de Deus implica em
retribuição. Deus, não somente
retribui o mal, mas também o
bem (Rm 2.6).

A jus ça de Deus se aplica

segundo os nossos atos, nossas
obras sendo elas boas ou más,
portanto estamos tratando das
que desencadeiam-se de modo
consciente e voluntário.

A jus ça de Deus também é

aplicada segundo a sua
misericórdia (Sl 130.3), se
fôssemos tratados como
merecemos, viveríamos em um

Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo 16

 Lição 4
__/__/__
A vontade de Deus
É certo que não esgotaremos
todas as correntes que estudam
o tema, mas aquelas que, para o
obje vo desse trabalho, se
fazem indispensáveis.
Se conseguirmos compreender a
vontade de Deus, ao menos em
parte, teremos uma nova visão,
menos distorcida, a respeito dos
fatos que envolvem o mundo
como um todo, a nação, o
cole vo e nossa vida em
par cular.
A - Vontade Universal de Deus
O primeiro aspecto da vontade
de Deus está relacionado com
Discipulado para uma nova vida com Cristo
seu querer universal, ou seja no
âmbito do universo e do nosso
mundo; Ele próprio é quem
administra e governa o universo,
p o r ta nto, q u a n d o e m s u a
vontade Deus provê chuva para
manter a produção de alimentos
sobre a terra, Ele o faz de forma a
a ngir um obje vo universal, e
nós por conseqüência, também
nos tornamos alvo de sua
vontade, pois podemos nos
alimentar dos alimentos que Ele
provê.
A Vontade de Deus em caráter
universal sempre nos a ngirá,
quer seja benção, quer seja
17
cas go. Observe o exemplo
relatado em Gênesis 6. 5 – 18
que fala sobre o dilúvio.
Quando Deus executa seu
querer no aspecto universal, é
natural nos vermos incluídos,
pois não há como nos furtarmos
disto.
A. Vontade de Deus em Geral
Em outro aspecto um pouco
mais diminuto, mas assim
mesmo de grande proporção,
encontramos a vontade de Deus
em caráter geral.
Nesse aspecto, a vontade de
Deus age sobre um grupo, um
cole vo em especial, como no
caso de Israel, relatado em
1Reis 17.
Esse aspecto da vontade divina
pode dizer respeito, ainda, à
uma cidade (como no caso de
Sodoma e Gomorra), à uma
família (como no caso da família
de Jó), e outros grupos em
par cular, como por exemplo,
uma igreja, uma congregação,
entre outros.
Discipulado para uma nova vida com Cristo
B. Vontade de Deus em
Par cular
O fato de Deus tratar com o
mundo de uma forma universal
não exclui sua capacidade de
tratar com cada um de nós de
forma par cular e direta.
Desde os primeiros capítulos da
Bíblia encontramos um
relacionamento entre Deus e o
homem de forma universal, de
forma geral, e de forma
par cular, como, por exemplo,
Sansão. A ele, e só a ele Deus
proibiu cortar o cabelo (Jz 13.5).
Noé mesmo inserido em um
contexto universal da vontade
de Deus, que era destruir o
mundo, foi poupado e salvo, por
uma manifestação da vontade
de Deus, em par cular, para
salvá-lo.
“Algo em que pensar: Era da
vontade de Deus que Adão
pecasse? Era a vontade de Deus
que a família de Jó morresse? É
da vontade de Deus que
milhares de pessoas morram
18
em terremotos, tsunamis,
incêndios, guerras e outras
calamidades?”.
Essas e outras questões intrigam
nossa mente quando tentamos
entender a vontade de Deus e
nos convencemos que tudo
acontece de acordo com o seu
consen mento.
D. Vontade Dire va
Como o próprio tulo já
determina, essa derivação fala
da vontade de Deus que
manifesta direção, ordem,
comando.
Quando Deus está determinado
a fazer qualquer coisa que, em
sua santa vontade, decidiu-se
por realizá-la, não há nada que
possa detê-lo.
Nesse momento, Deus dirige
todas as coisas para que sua
vontade se cumpra (Is 43.13).
Um clássico exemplo da
m a n i fe s ta ç ã o d a Vo n ta d e
Dire va de Deus é expresso no
episódio do povo hebreu no
Egito.
Discipulado para uma nova vida com Cristo
Tanto no Velho Testamento
quanto no Novo Testamento
encontramos Deus fazendo com
que sua vontade se consolide.
Por exemplo, quando manda um
anjo resgatar Pedro na prisão
(Atos 12.6-7), quando suscita
um terremoto para libertar
Paulo e Silas na prisão (At 16-26)
e quando arrebata João em
Patmos para revelar-lhe o que,
mais tarde, viria a compor o livro
de Apocalipse (Ap 1.9).
E. Vontade Permissiva
Muito embora as Vontades
Dire va e Permissiva de Deus
estejam bem próximas uma da
outra, não podemos confundi-
las, porque não são iguais.
Enquanto a Vontade Dire va
dirige, ou seja, faz executar o que
Deus quer, a Permissiva apenas
conscente, sem impor ou agir a
favor ou contra. Muitos crentes,
em diversas circunstâncias da
vida, sofrem e até mesmo têm
de assumir o dano de situações
que diziam ser a vontade de
Deus para sua vida quando de
19
fato não era, era apenas uma vontade de Deus.
permissão.
Essa era a vontade de Deus: que Vontade Dire va ou Vontade
o homem comesse de todas as Permissiva. A vontade de Deus
árvores que estavam no jardim, não muda, permanece a mesma,
menos daquela que estava no o ser humano é quem desvia-se
centro. dela, e Deus simplesmente
conscente.
Foi essa a ordem dada pelo
Senhor (Vontade Dire va). Que possamos nós entender a
Adiantou a ordem? Adão deu discernir qual seja a boa,
ouvidos à palavra de Deus? agradável e perfeita vontade de
Deixou-se dirigir pela vontade Deus.
divina? Naturalmente que não.
Adão fez tudo ao contrário, logo Anotações Pessoais
temos outra pergunta: Por que
Deus não o impediu?
Simplesmente porque em sua
vo nta d e p e r m i s s i va , D e u s
consen u que Adão comesse do
fruto proibido.

Podemos afirmar, então, que

esta é a vontade de Deus para o
que não faz a vontade dire va de
Deus, neste caso, Deus permite
que seu servo sofra para ser
levado ao arrependimento e
conduzido à salvação.

Nada acontece se não for da

Discipulado para uma nova vida com Cristo 20

 Lição 5
__/__/__
Quem é Jesus?
Podemos resumir a pessoa de
Jesus Cristo, como aquele que foi
plenamente Deus e plenamente
homem em uma só pessoa, e
assim o será para todo sempre.
As Escrituras Sagradas
sustentam essa definição com
um conteúdo bem extenso.
A humanidade de Cristo
As Escrituras afirmam de forma
clara que Jesus foi concebido no
ventre de sua mãe, por obra
miraculosa do Espírito Santo e
sem um pai humano. “Foi assim
o nascimento de Jesus Cristo:
Maria, sua mãe, estava
Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo
prome da em casamento a José,
mas, antes que se unissem,
achou-se grávida pelo Espírito
Santo”.(Mt 1.18), também
verificar (Lc 1.35).
Esse relato nas Escrituras nos
revela ao menos três pontos
importantes da origem do
messias.
1º Mostra que a salvação em
úl ma análise deve vir do
Senhor. Exatamente como
prome do em Gn 3.15:
“Porei inimizade entre você e a
m u l h e r, e n t r e a s u a
descendência e o descendente
dela; este lhe ferirá a cabeça, e
você lhe ferirá o calcanhar”.
21
Deus torna essa realidade pelo
seu poder e não por meros
esforços humanos.
O nascimento virginal de Cristo é
um lembrete inequívoco de que
a salvação jamais pode vir por
meio do esforço, mas deve ser
obra do próprio Deus.
"Mas quando chegou a
plenitude do tempo, Deus enviou
seu Filho, nascido de mulher,
nascido debaixo da lei, a fim de
redimir os que estavam sob a lei,
p a r a q u e r e ce b ê s s e m o s a
adoção de filhos” (Gl 4:4-5).
2º O nascimento virginal de
Cristo, possibilitou a união da
plena divindade e da plena
humanidade em uma só pessoa.
Esse foi o meio empregado por
Deus para enviar seu filho ao
mundo como homem.
“Porque Deus tanto amou o
mundo que deu seu filho
Unigênito, para que todo o que
Nele crer não pereça, mas tenha
a vida eterna” (João 3.16).
A forma da concepção através de
Discipulado para uma nova vida com Cristo
uma genitora, nos proporciona
saber da preocupação de Deus
em nos dar a informação de que
Jesus era 100% humano.
Não seria di cil para Deus criar
um ser humano lá no céu e
enviá-lo à terra, mas se assim o
fizesse com certeza
duvidaríamos de sua natureza
humana. Da mesma forma
podemos expor, que se Jesus
ve s s e s i d o ge ra d o co m o
qualquer um de nós, seria di cil
acreditar em sua natureza
divina.
3º O nascimento virginal de
Cristo, também torna possível a
verdadeira humanidade de
Cristo sem herança do pecado.
O fato de Jesus não ter do um
pai humano, significa que a linha
de descendência de Adão é
parcialmente interrompida.
“O anjo respondeu: O Espírito
Santo virá sobre você, e o poder
do Al ssimo a cobrirá com a sua
sombra. Assim aquele que há de
nascer será chamado Santo,
Filho de Deus.” (Lc 1.35).
22
Tal conclusão não deve ser
tomada como indicação de que a
transmissão do pecado só se faz
por meio do pai, as Escrituras
jamais fazem essa afirmação.
Nesse caso a linha con nua da
descendência de Adão foi
interrompida, sendo Jesus
concebido pelo poder do
Espírito Santo.
Com a ausência de pai humano,
Jesus não era de todo
descendente de Adão.
Mas então logo vai surgir a
pergunta: Por que Jesus não
herdou a natureza pecaminosa
de Maria? A Igreja Católica
Romana responde essa
pergunta dizendo que a própria
Maria era isenta de pecado, mas
as Escrituras não ensinam isso
em parte alguma, e de qualquer
forma isso não resolveria o
problema. (Pois como Maria não
herdou o pecado de sua mãe?).
O fato de Jesus não ter herdado a
natureza pecaminosa de Maria
só pode ter as dado de maneira
Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo
miraculosa: Descerá sobre o
Espírito Santo [...] por isso,
também o ente santo que há de
nascer será chamado Filho de
Deus.
Entender o nascimento virginal
de Cristo é essencial para
entendermos quem é o
“messias”.
A- Fraquezas e limitações
humanas
Jesus possuía um corpo
humano. O fato de que Jesus
possuía um corpo humano
exatamente como o nosso é
visto em muitas passagens das
Escrituras. Ele nasceu como
nascem todos os bebês
humanos. “E ela deu à luz o seu
primogênito. Envolveu-o em
panos e o colocou numa
manjedoura, porque não havia
lugar para eles na hospedaria”.
Ele passou da infância para
maturidade assim como
crescem todas as crianças:
“O menino crescia e se
fortalecia, enchendo-se de
23
sabedoria; e a graça de Deus
estava sobre ele”. (Lc 2:40), ou
ainda:
“J e s u s i a c r e s ce n d o e m
sabedoria, estatura e graça
diante de Deus e dos homens”
(Lc 2:52).
Jesus ficava cansado
exatamente como nós:
“Havia ali o poço de Jacó. Jesus,
cansado da viagem, sentou-se à
beira do poço. Isto se deu por
volta do meio-dia”(Jo 4:6).
Ele nha sede: Mais tarde,
sabendo então que tudo estava
concluído, para que a Escritura
se cumprisse, Jesus disse: “tenho
sede”(Jo 19:28).
Como também nha fome:
“Depois de jejuar quarenta dias e
quarenta noites teve fome”(Mt
4:2).
O auge das limitações de Jesus
quanto ao seu corpo é visto
quando ele morreu sobre a cruz,
Jesus bradou em alta voz: “Pai,
nas tuas mãos entrego o meu
Discipulado para uma nova vida com Cristo
espírito”; Tendo dito isso,
expirou.
Seu corpo humano parou de
conter vida e parou de funcionar,
assim como acontece com o
nosso quando morremos.
Jesus também ressuscitou dos
mortos num corpo humano,
sico, ainda que aperfeiçoado e
já não sujeito à fraqueza,
enfermidade ou morte. Ele
demonstra várias vezes aos
discípulos: “Vejam as minhas
mãos e os meus pés. Sou eu
mesmo!” Toquem-me e vejam;
um espírito não tem carne nem
ossos, como vocês estão vendo
que eu tenho”(Lc 24:39).
“E Jesus disse a Tomé: Coloque o
seu dedo aqui; veja as minhas
mãos. Estenda a mão e coloque-
a no meu lado. Pare de duvidar e
creia”(Jo 20:27).
Podemos ainda mencionar pelo
menos mais duas referências
bíblicas:
(Jo 20:17-20 e Jo 21:9-13).
24
Ele disse antes de par r “Vim do “carne e osso”, mas tornado
Pai e entrei no mundo; todavia, perfeito, o po de corpo que
deixo o mundo e vou para o Pai”. teremos quando Cristo voltar e
formos também ressuscitados.
A maneira pela qual Jesus
ascendeu ao céu foi planejada
para demonstrar con nuidade B- Jesus possuía uma
mente humana
entre sua existência num corpo
O fato de Jesus ter crescido em
sico aqui sobre a terra e sua
sabedoria (Lc2.52), significa que
existência con nua no céu nesse
ele passou por um processo de
corpo.
a p re n d i za d o, a s s i m c o m o
acontece com todas as outras
“ Te n d o - o s l e v a d o a t é a s
crianças.
proximidades de Bêtania, Jesus
levantou as mãos e os abençoou.
Ele aprendeu a comer, a falar, a
Estando ainda a abençoa-los, ele
ler e a escrever, e a ser obediente
os deixou e foi elevado ao
a seus pais.
céu”.(Lc24.50-51).
“Embora sendo filho, ele
aprendeu a obedecer por meio
"Tendo dito isso, foi elevado às
daquilo que sofreu” (Hb5.8).
alturas enquanto eles olhavam,
e uma nuvem o encobriu da vista
Esse processo de aprendizado
deles”(Atos1.9).
fazia parte da genuína
humanidade de Cristo.
Todos esses versículos juntos
m o st ra m q u e , n o q u e d i z
Jesus também apresenta uma
respeito ao corpo humano, Jesus
mente humana como a nossa,
era como nós em todos os
quando ele fala do dia do seu
aspectos antes da ressurreição,
retorno à terra.
e após a ressurreição ainda era
um corpo humano com

Discipulado para uma nova vida com Cristo 25

Além disso, antes da
crucificação, percebendo o
sofrimento que enfrentaria,
Jesus disse:
“Disse-lhes então: A minha alma
está profundamente triste,
numa tristeza mortal.
Fiquem aqui e vigiem comigo.”
(Mt 26:38).
Jesus experimentou toda uma
sucessão de emoções humanas.
Ele “admirou-se” com a fé
demonstrada pelo centurião
(Mt8.10)
Chorou de tristeza com a morte
de Lázaro (Jo 11:35).
Além disso o autor aos hebreus
nos diz: “Embora sendo filho, ele
aprendeu a obedecer por meio
daquilo que sofreu; e, uma vez
aperfeiçoado, tornou-se a fonte
de eterna salvação para todos os
que lhe obedecem” (Hb5.8-9).
Mas se Jesus jamais pecou,
como poderia aprender
obediência? Ao que parece, à
medida que crescia rumo à
maturidade, Jesus, pôde ir
Discipulado para uma nova vida com Cristo
assumindo mais e mais
responsabilidades.
Quanto mais velho ficava, mais
seus pais podiam exigir dele
obediência, e tanto mais seu Pai
celes al lhe atribuir tarefas na
força de sua natureza humana.
Tu d o i s s o a u m e n t a v a a
habilidade moral de Jesus e sua
capacidade de obedecer sob
circunstâncias cada vez mais
di ceis. A completa ausência de
pecado na vida de Jesus é ainda
mais notável pelas tentações
severas que enfrentou.
O fa t o d e te r e n f re n ta d o
tentações significa que possuía
natureza genericamente
humana que podia ser tentada,
pois as Escrituras são claras em
nos dizer que:
“Quando alguém for tentado,
jamais deverá dizer: Estou sendo
tentado por Deus. Pois Deus não
pode ser tentado pelo mal, e a
ninguém tenta”.
“pois não temos um sumo
26
s a c e rd o te q u e n ã o p o s s a
compadecer-se das nossas
fraquezas, mais sim alguém
que, como nós passou por todo
po de tentação, porém, sem
pecado”. (Hb4.15).
C- As pessoas mais
próximas de Jesus
consideravam-no apenas
humano.
Mateus registra um incidente
assombroso no meio do
ministério de Jesus.
Ainda que Jesus vesse
ensinado por toda Galiléia
curando toda sorte de doenças e
enfermidades entre o povo, de
modo que numerosas mul dões
o seguiam (Mt 4:23-25), quando
chegou à própria cidade de
Nazaré, o povo que o conhecia
havia muitos anos não o recebeu
(Mt 13:53-58).
Essa passagem indica que
aqueles que mais conheciam
Jesus, os vizinhos com quem
vivera e trabalha por trinta anos,
consideravam-no não mais que
um homem comum – bom
Discipulado para uma nova vida com Cristo
homem, sem dúvida, justo,
b o n d o s o e co nfi áve l , m a s
certamente não o próprio Deus
encarnado.
Nos primeiros trinta anos de sua
vida, Jesus levou uma vida
humana tão normal, que as
p e s s o a s d e N a za ré q u e o
conheciam melhor ficaram
surpresas com o fato de
conseguir ensinar com
autoridade e realizar milagres.
Eles o conheciam, Jesus era um
deles, Jesus era o “filho do
carpinteiro” (Mt 13:55), e ele
próprio era o carpinteiro (Mc
6:3). E João nos diz: “Pois nem os
seus irmãos criam nele”(Jo7.5).
Era Jesus plenamente humano?
Ele era tão plenamente humano
que mesmo os que viveram e
trabalhavam com ele por trinta
anos, mesmo os irmãos que
cresceram na casa dele,
perceberam que ele era um
tanto superior a outros seres
humanos muito bons. Ao que
parece, não nham idéia de que
fosse Deus vindo em carne.
27
Por que era necessário que Jesus
fosse plenamente humano?.
Para possibilitar uma
obediência representa va.
Vemos isso em um paralelo
representa vo entre (Gn 2:15),
(Gn 3.7) e (Lc 4:1-13).
“Consequentemente, assim
como uma só transgressão
resultou na condenação de
todos os homens, assim também
um só ato de jus ça resultou na
jus ficação que traz vida a todos
os homens.
Logo, assim como por meio da
desobediência de um só homem
muitos foram feitos pecadores,
assim também, por meio da
obediência de um único homem
muitos serão feitos justos”.
(Hb 5:18-19).
Para ser um sacri cio
subs tu vo.
S e J e s u s n ã o ve s s e s i d o
homem, não poderia ter
morrido em nosso lugar e pago a
penalidade que nos cabia.
(Hb 2:16-17 Cf.v14).
Discipulado para uma nova vida com Cristo
Para ser o único mediador entre
Deus e os homens
Estávamos alienados de Deus
por causa do pecado,
necessitávamos de alguém que
se colocasse entre Deus e nós e
nos levasse de volta a Ele.
Precisávamos de um mediador
que pudesse apresentar-nos
diante de Deus e que pudesse
representar Deus para nós. Só há
uma pessoa preencheu esse
requisito: “Pois há um só Deus e
um só mediador entre Deus e os
homens: o homem Cristo Jesus”
(1Tm2.5).
Para cumprir essa missão de
mediador, Jesus nha de ser
plenamente homem e
plenamente Deus.
Para cumprir o propósito
original do homem de dominar
a criação
Deus colocou o homem sobre a
terra para subjugá-la e dominá-
la como representante divino.
Mas o homem não cumpriu,
ca i n d o e m p e ca d o . “ t u d o
sujeitaste debaixo dos seus pés.
28
Para compadecer-se como Anotações Pessoais
sumo sacerdote
O autor de hebreus lembra-nos
de que “naquilo que ele mesmo
sofreu, tendo sido tentado, é
poderoso para socorrer os que
são tentados” (Hebreus 2:18 -
Confira v. 4.15-16).

Se Jesus não vesse exis do na

condição de homem, não teria
sido capaz de conhecer por
experiência o que sofremos em
nossas tentações e lutas nessa
vida. Mas porque viveu como
homem, ele é capaz de
compadecer-se mais
plenamente de nós em nossas
experiências

Anotações Pessoais

Discipulado para uma nova vida com Cristo 29

Deus encarnado, pelo menos
essa é a expressão mais próxima
que temos quando falamos
dessa natureza de Jesus.
Podemos ainda mencionar o
aspecto da palavra “Senhor”
c o m o r e fe r ê n c i a à C r i s t o
(Lc 2.11), muito frequente nos
evangelhos e nas cartas
paulinas, dessa forma qualquer
leitor grego da época que fizesse
a leitura do Novo Testamento e
conhecesse um pouco do An go
Testamento reconheceria nos
contextos apropriados que a
palavra “Senhor” era o nome do
Criador e Mantenedor do céu e
da terra, o Deus Onipotente.
Vejamos o exemplo quando
Mateus diz que João Ba sta é o
que clama no deserto:
“Preparem o caminho para o
Senhor, façam veredas retas
para Ele” (Mateus 3:3).
Ao fazê-lo João está citando
Isaías 40.3 que fala do próprio
Senhor Deus chegando para o
meio do seu povo.
Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo
é que quando Jesus vier, o
próprio Senhor virá.
O autor de Hebreus no primeiro
capítulo cita o salmo 102, sendo
Cristo mencionado
explicitamente como o Senhor
eterno do céu e da terra, que
criou todas as coisas e
permanecerá imutável para
sempre.
Outra forte alegação da
divindade de Cristo é a
declaração de Jesus no final de
Apocalipse (Ap 22:13), se
combinado com a declaração de
Deus Pai em (Ap 1.8) temos uma
equivalência de que Cristo é
Deus.
Sinais que Jesus possuía
atributos divinos Exemplos dos
atos de Jesus durante a sua vida,
indicam seu caráter divino.
Ele demonstrou onipotência
quando acalmou a tempestade
n o m a r c o m u m a p a l av ra
(Mateus 8:26-27), mul plicou
p ã e s e p e i xe s ( M t 1 4 : 1 9 )
30
Ao lhe sujeitar todas as coisas,
n a d a d e i xo u q u e n ã o l h e
es vesse sujeito. Agora, porém,
ainda não vemos que todas as
coisas lhe estejam sujeitas.”
(Hb2.8).
Então quando Jesus veio como
homem, foi capaz de obedecer a
Deus e, assim teve o direito de
dominar a criação como
homem, cumprindo o propósito
original de Deus.
Para ser nosso exemplo e
padrão na vida
João nos diz:
“A q u e l e q u e a fi r m a q u e
permanece Nele, deve andar
como Ele andou” (1º João 2:6),
e nos lembra que quando Ele se
m a n i f e s t a r, s e r e m o s
semelhantes a Ele (1º Jo 3:2-3).
Paulo nos diz que estamos
con nuamente sendo
transformados na sua própria
imagem (2 º Corin os 3:18) e
(Romanos 8:29).
Discipulado para uma nova vida com Cristo
Em toda nossa vida cristã,
devemos correr a carreira
colocada diante de nós
(Hb 12:2-3).
Para ser o padrão de nosso
corpo redimido
Paulo nos diz que quando Jesus
ressuscitou dos mortos,
ressuscitou num novo corpo, “na
incorrupção” (1º Co 15:42.44).
Esse novo corpo ressurreto que
Jesus possuía quando ressurgiu
dos mortos é o padrão
estabelecido para nós: “Mas
cada um por sua vez: Cristo, o
primeiro; depois, quando ele
vier, os que lhe pertencem” (1º
Co 15:23).
Porque Cristo é as “primícias”,
uma metáfora que compara
Cristo à primeira amostra da
colheita.
Jesus nha de ser ressuscitado
como homem para ser o
primogênito entre os mortos, o
p a d rã o p a ra o c o r p o q u e
teremos mais tarde.
31
 e transformou a água em vinho
(Jo 2:1-11).
Algumas pessoas podem
discordar, dizendo que esses
feitos só mostraram o poder do
Espírito Santo agindo por
intermédio Dele, assim como
poderia acontecer através da
vida de qualquer pessoa, sendo
assim não comprovada a
divindade de Jesus.
Mas o contexto dos textos
apresentados vão nos dizer o
contrário, pois João nos diz:
“Este sinal miraculoso, em Caná
da Galiléia, foi o primeiro que
Jesus realizou”; Revelou assim a
sua glória, e os discípulos creram
Nele” (Jo2.11).
De modo semelhante, depois
que Jesus acalmou a
tempestade os discípulos não
disseram: “Como é grande o
poder do Espírito Santo que age
por intermédio desse profeta”,
mas : “Quem é este que até os
ventos e o mar lhe obedecem?”
(Mateus 8:27).
Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo
Jesus afirma sua eternidade
quando diz: “...antes que Abraão
exis sse, Eu Sou”
(Jo 8:58) ou “Eu sou o alfa e o
ômega” (Ap 22:13).
A onisciência de Jesus é
demonstrada no fato de
conhecer os pensamentos das
pessoas (Mc 2:8), de ver, de
muito longe, Natanael sob a
figueira (João 1:48), de conhecer
desde o princípio, quais eram os
que não criam e quem o havia de
trair (João 6:64).
É claro que a revelação de
eventos podia ser dada para
qualquer pessoa que vesse o
dom de profe zar no An go
Testamento.
Mas o conhecimento de Jesus
era mais extenso. Ele sabia
“quais eram os que não criam”,
dis nguia a fé e ou a
incredulidade que estava no
coração das pessoas.
Os discípulos mais tarde
puderam dizer-lhe:
32
“Agora podemos perceber que
sabes todas as coisas“(Jo 16:30)
esta declaração implica na
onisciência da parte de Jesus.
O atributo divino da onipresença
de Jesus não é afirmado
d i r e t a m e n t e d u ra n t e s e u
ministério terreno.
Entretanto, ao olhar para o
futuro, quando a igreja seria
estabelecida, Jesus podia dizer:
“Pois onde se reunirem dois ou
três em meu nome, ali eu estou
no meio deles” (Mt 18:20).
Além disso, antes de deixar a
terra, disse aos seus discípulos:
“E eu estarei sempre com vocês
até o fim dos tempos” (Mt 28:20)
Percebemos também que Jesus
possuía soberania divina para
perdoar pecados, diferente dos
profetas do An go testamento
que declaravam “assim diz o
senhor ” , ele Jesus podia
introduzir suas declarações com
a frase: “Mas eu lhes digo”
(Mateus 5:22,28,32,34,39,44)
Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo
uma alegação surpreendente de
sua autoridade.
Sua autoridade é tal, que o
futuro estado eterno de cada um
de nós no universo depende do
fato de crer Nele ou rejeitá-lo
(Jo 3:36), Jesus também possuía
o atributo divino de
imortalidade, a incapacidade de
morrer.
Ve m o s i s s o n o i n í c i o d o
evangelho de João quando Jesus
diz aos judeus: “Destruam este
templo, e Eu o levantarei em três
dias” (Jo2.19), Ele não estava
falando do templo feito com
pedra em Jerusalém, porém se
referia ao santuário do seu
corpo. Precisamos insis r é claro
que Jesus realmente morreu: a
própria passagem da escritura
sagrada fala de quando Ele
“ r e s s u s c i to u d o s m o r to s ”.
Mas á também significa vo que
Jesus prediz que terá função
a va na própria ressurreição: “o
recontruirei”.
Outra confirmação clara da
33
divindade de Cristo é o fato de
Ele ser considerado digno de
culto, algo que não pode ser dito
de nenhuma outra criatura,
inclusive anjos (veja Ap 19:10),
mas só de Deus.
As Escrituras ainda dizem de
Jesus Cristo: “Por isso Deus o
exaltou à mais alta posição e lhe
deu o nome que está acima de
todo nome, para que ao nome de
Jesus se dobre todo joelho, no
céu, na terra e debaixo da terra,
e toda língua confesse que Jesus
Cristo é o Senhor, para a glória de
Deus Pai “ (Fp2.9-11).
João tem permissão de
vislumbrar o culto que ocorre no
céu, pelo que vê milhares e
milhares de anjos e criaturas
celes ais em torno do trono de
Deus dizendo: “Digno é o
Cordeiro que foi morto de
r e c e b e r p o d e r, r i q u e z a ,
sabedoria, força, honra, glória e
louvor!”.
Então ele houve toda criatura e
tudo que neles há, estava
dizendo: “Aquele que está
Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo
assentado no trono e ao
Cordeiro sejam o louvor, a honra,
a glória e o poder, para todo
sempre!”
Cristo aqui é chamado de “o
Cordeiro de foi morto”,
sendo-lhe concedido o culto
universal oferecido Deus Pai,
demonstrando assim sua
equivalência em divindade.
“Permanecendo o que era,
tornou-se o que não era”.
Em outras palavras, enquanto
Jesus “permanecia” o que era
(plenamente divino), ele
também se tornou o que não
fora antes (plenamente
humano).
Jesus não deixou nada de sua
divindade quando se tornou
homem, mas assumiu a
humanidade que antes não lhe
pertencia.
Este é o milagre mais
maravilhoso de toda a Bíblia –
muito mais maravilhoso que a
ressurreição e até que a criação
do universo.
34
O fato de o filho de Deus, infinito Anotações Pessoais
e eterno, tornar-se homem e
unir-se para sempre a uma
natureza humana, de modo que
o Deus infinito se tornasse uma
só pessoa com o homem finito,
permanecerá com certeza pela
eternidade como o mais
profundo milagre e o mais
profundo mistério em todo o
universo.

Anotações Pessoais

Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo 35

Anotações Pessoais Anotações Pessoais

Igreja Apostólica Pentecostal Vinho Novo 36