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30/08/2018 Lemna

Lemna Valdiviana
Uma planta que além de tratar os efluentes alimenta os peixes cultivados
Por:
Rodrigo de Almeida Mohedano - e-mail: rodrigo_h2o@yahoo.com.br
João Bosco Rozas Rodrigues e-mail: jbosco@mbox1.ufsc.br
Débora Machado Fracalossi - e-mail: deboraf@cca.ufsc.br

As lemnas, plantas aquáticas da família Lemnaceae, absorvem com bastante eficiência os compostos
nitrogenados e fosfatados dos corpos d’água, reduzindo também os sólidos em suspensão, coliformes
fecais, DQO (Demanda Química de Oxigênio), entre outros parâmetros poluentes. Por conta dessas
virtudes, têm sido estudadas e utilizadas com sucesso em diversos países no tratamento de efluentes e
na produção de alimento para animais, já que possuem excelentes qualidades nutricionais. No Brasil as
“lentilhas d’água” (Lemna valdiviana) vêm merecendo estudos do Departamento de Aqüicultura da
UFSC com objetivo de amenizar não só o problema dos efluentes gerados pelas pisciculturas, como
também para reduzir os custos da alimentação dos peixes, já que a planta também pode ser utilizada
na dieta das tilápias com grande eficácia e economia.

A tilápia destaca-se no cenário da piscicultura brasileira como o peixe mais cultivado pelos piscicultores.
Entretanto, apesar dos volumes crescentes produzidos, os lucros dos pequenos produtores com a
engorda desse peixe ainda não se mostram satisfatórios e isso se deve aos custos relacionados com a
alimentação ao longo da engorda. Esse problema, no entanto, não é o único que tem preocupado os
piscicultores. As questões ambientais também têm sido motivo de inquietação, e podem ser vistas como
importantes impasses que têm impedido a expansão deste setor.
A aqüicultura, como atividade economicamente emergente, encontra-se hoje diante do desafio de
moldar-se ao conceito de sustentabilidade. Se por um lado necessita de água e ração de boa qualidade,
por outro tem que lidar com a qualidade dos seus efluentes, cujas características se assemelham às dos
efluentes domésticos na medida que apresentam elevada DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) e
grande concentração de sólidos suspensos, compostos nitrogenados e fosfatados, que podem influenciar
na dinâmica do oxigênio e na produção primária dos corpos d’água receptores, podendo torná-los
inaproveitáveis para o abastecimento, lazer e geração de energia.

O maior impacto ambiental da piscicultura ocorre durante as despescas, que são tradicionalmente
realizadas com a drenagem total dos viveiros seguido de captura manual, num procedimento que
resulta no revolvimento e suspensão do solo do fundo do viveiro. É nesse momento que os nutrientes e
o sedimento acumulados durante o cultivo são liberados, podendo impactar o corpo d´água receptor
(Figuras 1a e 1b).

Figura 1a - Despesca tradicional após o período de engorda

Figura1b - Visualização do efluente na despesca

O tratamento dos efluentes das pisciculturas com plantas aquáticas pode ser um importante manejo
para amenizar os impactos causados pelos efluentes da tilapicultura, principalmente se considerarmos
que essas plantas podem ser processadas para se tornar a base protéica das rações das tilápias
cultivadas, tornando o cultivo ainda mais sustentável.

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30/08/2018 Lemna

As lemnas

Em todo o mundo, principalmente na Europa, as plantas aquáticas vêm sendo utilizadas com grande
sucesso no tratamento de esgoto doméstico, onde o sistema mais utilizado é conhecido como wetland
(terra alagada) que consiste, basicamente, em tanques de areia com plantas enraizadas, por onde flui o
esgoto a ser tratado. Um outro sistema também bastante utilizado consiste na utilização de plantas
flutuantes, e têm demonstrado muita eficiência no tratamento de efluentes, podendo até responder de
forma mais eficaz na remoção de nutrientes, quando comparadas às plantas enraizadas, já que retiram
os nutrientes diretamente da coluna d’água. Dentre as plantas flutuantes se destacam o aguapé
(Eichhornia crassipes), a samambaia d’água (Azolla filiculoides) e as espécies do gênero Lemna spp.,
também conhecidas como lentilhas d’água (ou duckweed, na língua inglesa).

A família Lemnaceae é representada pelas menores plantas vasculares do mundo, sendo


freqüentemente confundidas com algas. Porém, são macrófitas de hábito aquático, encontradas em
corpos de água doce ou com pouca salinidade (até 4g/L), que sejam protegidos de ventos fortes e sem
correntezas. Geralmente formam densas populações, que flutuam livremente sobre a superfície de
lagoas ricas em matéria orgânica, sendo dispersas por aves aquáticas e correntezas. São exigentes em
relação a nutrientes, principalmente fontes de nitrogênio e fósforo (5:1) e, se desenvolvidas em
condições ideais, apresentam a maior taxa de crescimento entre os vegetais superiores. Nas
bibliografias são popularmente conhecidas como duckweeds, lentilhas d’água e lemnas, apesar deste
último ser o nome dado a um dos gêneros. Foram descritos cinco gêneros: Lemna, Wolffia, Landoltia,
Spirodela e Wolffiella e cerca de 40 espécies. Dentre estes gêneros, Lemna e Spirodela são os mais
conhecidos e utilizados pelo homem no tratamento de efluentes e na alimentação de animais
domésticos.

A literatura disponível mostra que as proteínas presentes nestes vegetais são ricas em todos os
aminoácidos essenciais (com exceção para metionina), podendo ser comparadas com fontes de proteína
animal e a soja. Além disso, mostram que o cultivo de lemnas pode produzir dez vezes mais
proteína/ha/ano do que a soja, alcançando uma taxa de 59 kg de proteína de boa qualidade, por dia.
Todavia, a quantidade de lipídios contida nas lemnáceas é extremamente baixa, uma vez que são
utilizadas as folhas e não as sementes, como no caso da soja. A farinha de Lemna gibba, por exemplo,
apresenta 41,7% de proteína bruta, ao passo que os lipídios não ultrapassam 4,4%. Desta forma, é
dedutível que a alimentação de animais, constituída à base de farinha de lemna, necessite de
complementos ricos em gordura.
As tilápias (Oreochromis sp) são bem adaptadas para a alimentação à base de lemnáceas, pois possuem
placas trituradoras na faringe e um longo intestino, auxiliando na digestão de vegetais. A exigência
protéica da tilápia é suprida pela farinha de lemna, porém HASSAN & EDWARDS (1992) salientam que
tilápias, alimentadas exclusivamente com lemna apresentam uma baixa proporção de gordura na
carcaça, pela baixa taxa de lipídios deste alimento. Sugerem, portanto, o complemento da dieta com
ingredientes ricos em energia e lipídios.

Mas a principal vantagem de se utilizar lemnáceas em substituição a outras fontes de proteína, como a
farinha de peixe, é a redução no custo de produção do pescado cultivado. Hoje no Brasil, o capital
despendido com rações é o principal fator limitante na expansão do cultivo de tilápias, reduzindo assim
o lucro dos produtores. Estudos realizados pela AQUASOL Inc. (USA) demonstram que sistemas de
produção integrados com lemnáceas e tilápias podem proporcionar uma grande redução nos insumos da
alimentação, passando de US$ 765,00 por tonelada para US$ 192,00 por tonelada de ração peletizada.

A lemna na UFSC

Por conta dessas virtudes da lemna, foram desenvolvidos dois experimentos no Departamento de
Aqüicultura da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, visando buscar uma alternativa para os
impasses ambientais e econômicos da tilapicultura brasileira. O primeiro deles foi voltado para o
tratamento dos efluentes dos cultivos de tilápias utilizando a lemna, e outro testou a eficácia da
substituição da farinha de peixe pela farinha de lemna seca como ingrediente protéico na ração para a
tilápia. Pesquisas demonstram que as lemnas, quando desenvolvidas em águas ricas em nutrientes
(como é o efluente das pisciculturas), podem conter até 45% de proteína bruta, com um bom
balanceamento de aminoácidos essenciais, além de apresentarem uma boa digestibilidade para as
tilápias.

Experimento 1

Tratamento do efluente do cultivo de tilápias:

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Foi realizado o tratamento do efluente de um ciclo de engorda de tilápias (Oreochromis niloticus),


utilizando-se a planta aquática Lemna valdiviana. A engorda das tilápias ocorreu de maneira tradicional
(com adubação e ração comercial) na Fazenda João Vieira, em Palhoça – SC. Após a despesca a água
residual (efluente) foi coletada e transportada para a UFSC (Figura 2), onde foi distribuída em seis
caixas d’água de 310 litros cada, para a realização do experimento. Essas caixas encontravam-se sob
uma cobertura de telhas transparentes, para evitar a diluição do efluente pela água da chuva, sem
impedir a penetração da luz solar (Figura 3). Dentre estes recipientes, três receberam a macrófita
Lemna valdiviana, em uma quantidade suficiente para cobrir a superfície (cerca de 200g de lemna em
cada caixa). Os três recipientes restantes permaneceram sem tratamento, atuando como grupo
controle. O tempo de residência no tratamento foi de 26 dias, tendo ocorrido em pleno inverno. Durante
este período, a biomassa de lemna foi parcialmente removida, conforme o crescimento, monitorado
visualmente para manter a quantidade inicial. A remoção da planta foi efetuada duas vezes por semana
em média, a uma taxa de 116g/caixa/semana de matéria fresca. Para JOURNEY (1993), a retirada de
biomassa durante o tratamento é fundamental para ocorrer a remoção dos nutrientes. Amostras do
efluente foram coletadas três vezes, para mensurar a qualidade da água antes, durante e depois do
tratamento. A primeira coleta ocorreu com a chegada do efluente, antes da introdução das plantas, a
segunda após 13 dias de tratamento e a última no 26o dia, com o encerramento do experimento. Os
parâmetros verificados foram amônia total (NH3 + NH4); nitrito (NO2); nitrato (NO3), fósforo total
(PT), sólidos suspensos totais (SST), demanda química de oxigênio (DQO) e turbidez.

Fig 2 - Retirada e transporte do efluente após a despesca

Fig 3 - Unidades experimentais no tratamento do efluente

Os resultados foram excelentes, ocasionando a redução de 100% de amônia total; 100 % para o nitrito; 66,8% para o nitrato; 96,3%
para fósforo total; 90,8% para a DQO; 99,4% para sólidos suspensos totais e 98,7% para a turbidez (Figuras 4a e 4b). As taxas de
remoção das variáveis indicadoras de poluição, expressas em valores percentuais, são apresentadas na Tabela 1, assim como os
resultados das variáveis da qualidade da água do riacho de abastecimento e do efluente após a despesca.

Figura 4a – Amostra controle após 26 dias

Figura 4b - Amostra do efluente após 26 dias de tratamento com a lemna.

Tabela 1: Redução dos parâmetros de qualidade do efluente através da Lemna

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1 AR - Água do riacho de abastecimento (valores absolutos)


2 EFL - Efluente na despesca (valores absolutos)
3 valores que sofreram um acréscimo sobre os valores iniciais.
a e b comparam as médias entre os tratamentos no 13o dia (letras diferentes, indicam diferença estatística)
A e B comparam as médias entre os tratamentos no 26o dia (letras diferentes, indicam diferença estatística)

Para todas as variáveis analisadas, com exceção do nitrito, o tempo de residência de 13 dias foi
suficiente para a redução da maior parte dos poluentes (Tabela 1). ORON (1994) demonstra uma boa
performance deste tipo de tratamento, em um tempo de retenção entre 3 e 10 dias.

A biomassa de Lemna valdiviana acumulada durante o tratamento totalizou 2.818g de matéria fresca,
passando para 302g após a secagem. O resultado da análise bromatológica deste material encontra–se
na Tabela 2.

Tabela 2: Composição da farinha de Lemna valdiviana produzida durante o tratamento do efluente.

As plantas que se desenvolveram no efluente apresentaram, em sua composição, 31,78% de proteína


bruta, e acredita-se ser possível que lemnas desenvolvidas no tratamento do efluente de pisciculturas,
também possam ser utilizadas como ingrediente protéico em dietas.

Experimento 2

Farinha de Lemna valdiviana como ingrediente protéico em dietas para tilápias.

Para o segundo experimento foram confeccionadas duas rações, segundo as exigências nutricionais das
tilápias, sendo ambas isoprotéicas (33% PB), isoenergéticas (3000 kcal/kg) e constituídas pelos
mesmos ingredientes, com exceção para uma das fontes protéicas. Na dieta controle, o ingrediente
protéico utilizado foi a farinha de peixe, ao passo que na dieta a ser testada utilizou-se a farinha de
lemna seca, substituindo a farinha de peixe em 100%.

Tabela 3: Composição da farinha de Lemna valdiviana utilizada na dieta.

Tabela 4: Composição das dietas utilizadas no experimento.

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1Energia em kcal/kg de ração, com base nos valores fisiológicos padrão de 4 kcal/g para proteína e carboidrato e 9 kcal/g para lipídios.
2Vitaminas e microminerais (Nutron Alimentos, Campinas, SP). Composição/ kg de premix: ácido fólico 250mg, ácido pantoténico 5000
mg, biotina 125mg, cobalto 25mg, cobre 2000mg, colina 2500mg, ferro 13280mg, iodo 100mg, manganês 3750mg, niacina 5000mg,
selênio 75 mg, vitamina A 1000000UI, vitamina B1 1250mg, vitamina B12 3750 mg, vitamina B2 2500mg, vitamina B6 1875mg,
vitamina C 42000mg, vitamina D3 500000 UI, vitamina E 20000 UI, vitamina K3 500mg, zinco 17500mg. microminerais.

Para verificar a eficiência das dietas, estas foram ofertadas para 180 alevinos de tilápia (Oreochromis
niloticus) todos machos, doados pela Fazenda João Vieira (SC). Os alevinos foram introduzidos nas
unidades experimentais sendo dispostos 30 indivíduos em cada uma das seis caixas (Figura 5). Desta
maneira, o desenho experimental constituiu-se de dois tratamentos com três repetições cada. Desses
180 alevinos, 90 foram alimentados com a ração contendo a farinha de lemna (Figura 6) e os 90
restantes pela ração controle (com farinha de peixe).

Fig 5 - Unidade experimental para testar as rações utilizando as farinhas de lemna e de peixe

Fig 6 - Confecção das rações

O experimento estendeu-se por 60 dias e durante este período os peixes foram alimentados duas vezes
ao dia em uma quantidade próxima a 10% da biomassa existente em cada caixa. A qualidade da água
do sistema foi analisada diariamente para oxigênio dissolvido (OD) e temperatura, e a cada três dias
para a amônia total, pH e nitrito.
Durante o experimento foram realizadas duas biometrias totais, a primeira 30 dias após o início do
experimento e a segunda com 60 dias, no término do mesmo. Os resultados podem ser vistos nas
Figuras 7 a e 7b. A biometria inicial realizada revelou uma média de 2,5g de peso e 50mm de
comprimento.
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Figuras 7 a e 7b – Resultados das biometrias (comprimento e peso), obtidos em ambos os tratamentos.

Com relação aos parâmetros de qualidade da água monitorados ao longo do experimento, a


temperatura, o pH e o oxigênio dissolvido sofreram pouca variação, apresentando valores médios de
24,2oC ±1,3; 7,2 ±0,4 e 5,8mg/L ±1,1 respectivamente. Os parâmetros observados mantiveram–se
semelhantes em todos os tanques do sistema, indicando a homogeneidade da água em ambos os
tratamentos. Após os dois meses de experimento, observou-se que não houve diferença estatística no
crescimento (peso e comprimento) dos peixes para os dois tratamentos realizados. Contudo, a ração
com farinha de lemna apresentou um custo 30% inferior quando comparada com a ração que continha
a farinha de peixe. A economia com a utilização da farinha de lemna em rações pode chegar a mais de
60% (dependendo dos ingredientes utilizados) sem causar perda de peso nos animais.

Analisando os Resultados dos Experimentos

A aplicação da macrófita aquática Lemna valdiviana, no tratamento do efluente de piscicultura,


demonstrou ser uma alternativa muito eficiente e de baixo custo para a redução de NH3- NH4, NO2,
NO3, PT, SST, turbidez e DQO. Sendo que o tempo de retenção de 13 dias foi suficiente para a remoção
da maior parte dessas variáveis.
Ao comparar a qualidade da água do riacho de abastecimento com o efluente produzido durante o
cultivo, nota-se que houve uma deterioração considerável da qualidade da mesma, principalmente em
relação à amônia total, DQO, SST e turbidez. Segundo a RESOLUÇÃO CONAMA No 20 de 1986, a
qualidade desta água teria passado da classe I para a classe IV, em relação aos parâmetros analisados
contidos nesta legislação. Deste modo, torna–se evidente a necessidade de tratamento do efluente
produzido durante a despesca na piscicultura tradicional, no Estado de Santa Catarina.

Em relação aos compostos nitrogenados, os resultados revelaram uma boa redução, nas unidades
experimentais que continham a macrófita. Na Tabela 3, nota-se a redução de 100% da amônia no
sistema. A concentração de fósforo total observada no efluente (0,9 mg/L) é considerada característica
de um corpo d’água eutrófico para ESTEVES (1988). Porém esta situação foi notoriamente revertida
após o tratamento com a lemna, ocasionando 99,37% de remoção deste elemento, em apenas 13 dias,
aproximando-se do estipulado pela RESOLUÇÃO CONAMA No 20 para águas da classe I. A remoção de
fósforo e nitrogênio é o principal destaque em experimentos com estas macrófitas aquáticas, realizados
por diversos pesquisadores (ORON,1994; ALAERTS et al., 1996; VERMMAT & HANIF, 1998; KORNER et
al., 1998; ROSE e SELWIN, 2000; ZIMO et al.,2000 e 2002). Com estes resultados comprovamos que o
efluente foi purificado tornando-se aceito pela legislação, podendo ser devolvido ao meio ambiente ou
reutilizado no próximo ciclo de engorda.

Além de proporcionar o tratamento do efluente, a biomassa deste vegetal, produzida durante este
processo, gera um ingrediente protéico de boa qualidade podendo ser utilizado em dietas para tilápias.

A farinha de lemna seca utilizada na dieta testada conteve um pouco mais de proteína (36,6%) quando
comparada com aquela produzida no tratamento do efluente (31,78%). Porém, as dietas (isoprotéicas)
foram elaboradas com 33% de proteína, estando esta próximo ao valor obtido com a biomassa vegetal

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desenvolvida no tratamento do efluente. Desta maneira, acredita-se ser possível que lemnas
desenvolvidas no tratamento do efluente de pisciculturas, também possam ser utilizadas como
ingrediente protéico em dietas. Esta realidade é constatada na Índia, onde há sistemas de policultivo de
carpas e tilápias em integração com lemnáceas (JUORNEY et al., 1993; IQBAL 1999).

Os alevinos de tilápia alimentados com a dieta contendo a farinha de Lemna valdiviana como uma das
fontes de proteína, apresentaram desenvolvimento significativamente igual (P>0,05) àqueles tratados
com a dieta a base de farinha de peixe, valendo ressaltar que a utilização deste ingrediente
proporcionou uma redução de aproximadamente 30% no custo da ração em relação à dieta
confeccionada com farinha de peixe. Por estes resultados, conclui-se que a utilização de Lemna
valdiviana pode contribuir para a sustentabilidade da piscicultura ao diminuir os impactos ambientais
causados por esta atividade e simultaneamente reduzir os custos de produção. Porém o manejo
adequado é muito importante para tratar o efluente eficientemente e produzir uma biomassa vegetal
com características nutricionais adequadas.

*As referências bibliográficas estão disponíveis a baixo

Lemna seca também mostrou bons


resultados nos tanques-rede

Outro estudo relacionado com a utilização da lemna como fonte alternativa de alimento
para tilápias criadas em tanques-rede, foi conduzido no Departamento de Aqüicultura da
UFSC, pelos pesquisadores Flávia de Almeida Tavares, João Bosco Rozas Rodrigues, Débora
Machado Fracalossi e Juan Esquivel. O experimento foi constituído por três tratamentos com
três réplicas cada, totalizando nove tanques-rede, cada um com 20 alevinos com peso
médio inicial de 3,2 ± 0,94g. No primeiro tratamento foi fornecido como alimento somente
ração comercial (40% PB). No segundo, a alimentação foi constituída por 50% de ração +
50% de Lemna seca. No terceiro tratamento os alevinos de tilápia foram alimentados
somente com Lemna seca (38,86% PB). Após 50 dias de cultivo, os resultados mostraram
que os alevinos alimentados com ração e os alimentados com 50% Lemna + 50% ração,
não apresentaram diferença significativa no peso médio final (p<0,05), sendo de 22,42g e
19,53g, respectivamente. À medida que a temperatura diminuiu, houve um aumento da
conversão alimentar e diminuição do ganho em peso em todos os tratamentos,
principalmente dos alevinos alimentados apenas com Lemna seca. Considerando a
composição corporal, os alevinos referentes aos três tratamentos apresentaram teores de
matéria seca, cinzas e proteína similares, com exceção da gordura corporal. Os alevinos
alimentados com Lemna seca e 50% Lemna + 50% ração não apresentaram diferença
significativa para taxa de crescimento específico, sendo 3,02g e 3,30g, respectivamente. Os
autores concluem com base nos resultado obtidos que as macrófitas do gênero Lemna sp.
proporcionaram resultados satisfatórios de ganho em peso e podem ser utilizadas na dieta
de tilápias, em um nível de inclusão de até 50%, com a redução dos custos de produção em
até 35%.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DA INTRODUÇÃO

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