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A minha rotina de estudo, em média, rondará as quatro horas diárias. Por vezes, há
fins-de-semana em que tiro o domingo para descansar. Sou percussionista, recentemente
comecei com o estudo de “World Percussion”, o que faz com que o meu corpo se esteja a
habituar a isso, fazendo com que muitas vezes sinta dores nas mãos e não podendo dar
continuidade à minha rotina diária de quatro horas.
No meu caso em concreto, sinto que as quatro horas nem são muito nem são pouco,
sendo eu um “Cronometrista”, ligo muito às horas e não ao conteúdo que está a ser
estudado, hábito este que estou a melhorar lentamente, estabelecendo uma meta semanal
de conteúdo que quero que seja apresentado e tentando-me guiar pelo mesmo.
Outro erro que costumava cometer sistematicamente, era o de repetir tudo o que
tinha bem numa obra que estivesse a tocar, quase como se servisse de conforto pois estava
a ouvir o que estava correto. Para tentar corrigir este mesmo mau hábito, organizo a peça
por secções e estudo cada secção a seu tempo, pausadamente e conscientemente.
Hábito horrível que tenho no meu estudo e que sinto que é o ponto crucial neste
trabalho realizado, é o uso de metrónomo. Consigo ligar isto ao ponto anterior, pois
sistematicamente estou a tocar o que está bem, desligo completamente do uso do
metrónomo, fazendo isso notar-se posteriormente na minha performance.
Organizo o meu estudo em sessões de quarenta e cinco minutos cada com uma
pausa de quinze minutos. Não é um resultado exato, mas uma média, pois quando começo
a sentir cansaço, paro logo o estudo e faço uma pausa.
Outra dificuldade que foi referida no trabalho, foi o facto de a obra ter subidas
repentinas na marimba, fazendo com que o movimento tenha que ser aplicado para
conseguirmos acompanhar todo o registo da marimba. Resolver este problema foi mais fácil
do que pensava, pois, com uma câmara e várias gravações o problema foi resolvido. A
minha postura curvada era incorreta, e só a comecei a notar assistindo às minhas gravações.
Uma postura curvada e nada prática devido ao tamanho da marimba. Esta postura fazia com
que eu não tivesse total perceção do instrumento. Ao corrigir a postura, comecei a ter uma
total visão do instrumento (periférica), fazendo com que as subidas e descidas, os saltos
grandes de oitava se tornassem mais fáceis de realizar.
Ainda no seguimento das gravações, consegui notar que a forma como respirava
antes de começar a tocar uma obra, uma passagem era incorreta e não estável. Respirava
muito repentinamente e nunca com noção do que estava a fazer nem com a noção de
tempo. Agora, todas as vezes que começo a tocar, paro sempre nem que seja um minuto
para pensar em tudo o que tenho em mente na peça e tudo o que quero fazer enquanto a
estou a tocar. Uma simples preparação que é crucial na forma como toco a obra pois faz-me
pensar de forma diferente na música antes de a executar.
Uma boa autoavaliação do estudo também é um aspeto importante a ter em conta,
pois, anteriormente, sempre que conseguisse tocar uma obra sem falhar notas uma vez, o
meu subconsciente fazia-me pensar que já estava tudo estudado e que já não precisava de
mais estudo, esquecendo todos os outros bons hábitos que deveria ter em conta, como
referidos anteriormente.
Com isto quero resumir que uma boa prática de estudo torna a performance mais
regular e estável. Devo continuar com estes hábitos de estudo e também de alguma forma ir
aprendendo cada vez mais técnicas e hábitos de estudo.