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Introdução à Metodologia Instrumental; Escola Superior de Música de Lisboa

Fábio Filipe Sousa Mota a20181875

Ao longo deste semestre, atendendo ao conteúdo aprendizado nas aulas, a minha


rotina de estudo melhorou bastante. Num futuro próximo, penso sentir-me capaz de ter uns
bons hábitos de estudo, de forma a melhorar a minha performance enquanto aluno e
músico.

A minha rotina de estudo, em média, rondará as quatro horas diárias. Por vezes, há
fins-de-semana em que tiro o domingo para descansar. Sou percussionista, recentemente
comecei com o estudo de “World Percussion”, o que faz com que o meu corpo se esteja a
habituar a isso, fazendo com que muitas vezes sinta dores nas mãos e não podendo dar
continuidade à minha rotina diária de quatro horas.

No meu caso em concreto, sinto que as quatro horas nem são muito nem são pouco,
sendo eu um “Cronometrista”, ligo muito às horas e não ao conteúdo que está a ser
estudado, hábito este que estou a melhorar lentamente, estabelecendo uma meta semanal
de conteúdo que quero que seja apresentado e tentando-me guiar pelo mesmo.

Outro erro que costumava cometer sistematicamente, era o de repetir tudo o que
tinha bem numa obra que estivesse a tocar, quase como se servisse de conforto pois estava
a ouvir o que estava correto. Para tentar corrigir este mesmo mau hábito, organizo a peça
por secções e estudo cada secção a seu tempo, pausadamente e conscientemente.

Hábito horrível que tenho no meu estudo e que sinto que é o ponto crucial neste
trabalho realizado, é o uso de metrónomo. Consigo ligar isto ao ponto anterior, pois
sistematicamente estou a tocar o que está bem, desligo completamente do uso do
metrónomo, fazendo isso notar-se posteriormente na minha performance.

Organizo o meu estudo em sessões de quarenta e cinco minutos cada com uma
pausa de quinze minutos. Não é um resultado exato, mas uma média, pois quando começo
a sentir cansaço, paro logo o estudo e faço uma pausa.

Quanto à peça/estudo enviado, na altura o segundo estudo do livro “Six Concert


Etudes for Marimba”, “2#. Play of Triads”.
Como foi referido no anterior trabalho, o estudo era algo muito rápido com uma
alteração de dinâmicas drástica, de ff para p. Foi falado na aula, diretamente comigo, um
exercício, que na altura achei estranho, mas que depois de aplicado faz todo o sentido. O
ponto em que largamos as baquetas, ou seja, tentar descobrir qual o esforço mínimo para
segurarmos nas mesmas, algo que me custou, pois, várias tentativas fizeram com que as
baquetas se soltassem deliberadamente da mão. Após vários dias a fazer isto, como uma
rotina diária, sinto-me menos tenso a tocar qualquer instrumento que seja, pois estou a
aplicar o menor esforço possível para o tocar.

Outra dificuldade que foi referida no trabalho, foi o facto de a obra ter subidas
repentinas na marimba, fazendo com que o movimento tenha que ser aplicado para
conseguirmos acompanhar todo o registo da marimba. Resolver este problema foi mais fácil
do que pensava, pois, com uma câmara e várias gravações o problema foi resolvido. A
minha postura curvada era incorreta, e só a comecei a notar assistindo às minhas gravações.
Uma postura curvada e nada prática devido ao tamanho da marimba. Esta postura fazia com
que eu não tivesse total perceção do instrumento. Ao corrigir a postura, comecei a ter uma
total visão do instrumento (periférica), fazendo com que as subidas e descidas, os saltos
grandes de oitava se tornassem mais fáceis de realizar.

De encontro ao último paragrafo, com as gravações, fui notando na minha


instabilidade rítmica, algo que já tinha referido acima devido ao desuso do metrónomo. Este
ponto foi resolvido de uma forma simples e eficaz. A alteração métrica do estudo, fez com
que me sentisse mais seguro e estável a nível metronómico. Esta peça é muito viva e não
pode haver de forma alguma instabilidade rítmica.

Ainda no seguimento das gravações, consegui notar que a forma como respirava
antes de começar a tocar uma obra, uma passagem era incorreta e não estável. Respirava
muito repentinamente e nunca com noção do que estava a fazer nem com a noção de
tempo. Agora, todas as vezes que começo a tocar, paro sempre nem que seja um minuto
para pensar em tudo o que tenho em mente na peça e tudo o que quero fazer enquanto a
estou a tocar. Uma simples preparação que é crucial na forma como toco a obra pois faz-me
pensar de forma diferente na música antes de a executar.
Uma boa autoavaliação do estudo também é um aspeto importante a ter em conta,
pois, anteriormente, sempre que conseguisse tocar uma obra sem falhar notas uma vez, o
meu subconsciente fazia-me pensar que já estava tudo estudado e que já não precisava de
mais estudo, esquecendo todos os outros bons hábitos que deveria ter em conta, como
referidos anteriormente.

Com isto quero resumir que uma boa prática de estudo torna a performance mais
regular e estável. Devo continuar com estes hábitos de estudo e também de alguma forma ir
aprendendo cada vez mais técnicas e hábitos de estudo.

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