500

IDEIAS
PARA SOBREVIVER NESTE

INVERNO
DENTRO E FORA
PELOS ESPECIALISTAS
DO EXPRESSO
14 SPAS DE INVERNO | 1 PASSEIO NO CAMPO
2 PASSEIOS NA CIDADE | 20 DOCUMENTÁRIOS
3 EXCLUSIVOS OPTO | 30 DISCOS CLÁSSICOS
21 VINHOS | 20 EVENTOS DESPORTIVOS
3 IDEIAS SUSTENTÁVEIS
14 ESPLANADAS DE INVERNO
 PUB

O regresso do Dakar™
a Portugal
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DAKAR SHOES
No início de outubro, abriu no Chiado, em NEOM
Lisboa, a primeira loja de calçado, roupa e
acessórios )FPFWö4KąHNFQ5WTIZHY. Situada
no 1.º Piso da BStrong Flagship Store, a DAKAR SHOES
TIARET
nova loja Dakar™ é uma parceria do Grupo
BStrong com a Diverse™ExtremeTeam.com.
Enquanto patrocinador oficial e
technical partnerr do rali Dakar™, a
Diverse™ExtremeTeam.com é responsável DAKAR SHOES
PISCO
pelo design e produção dos equipamentos
da organização e do stafff da prova.
Desenvolve e cria parte do merchandising
oficial Dakar™, a base de todas as
coleções da Dakar™ Official Product.
Com esta inauguração, o Grupo BStrong
DAKAR SHOES
abriu em Lisboa a primeira loja 100% KENYA
Dakar™ da Europa, estando igualmente
autorizado a desenvolver, produzir e distribuir DAKAR SHOES
TÉNÉRÉ
calçado Dakar™. Feitos exclusivamente
em Portugal com as melhores peles de
origem nacional, os ténis e botas Dakar™
são confortáveis e prometem conquistar
o mundo, uma etapa de cada vez.

Conheça a nova coleção da Dakar™ Shoes em www.dakarshoes.com, na nova loja Dakar™ Official Store
localizada no 1º Piso do n.º 96 da Rua Nova do Almada em Lisboa ou nas redes sociais da marca
INTRODUÇÃO
SOBREVIVER
AO INVERNO
Dentro ou fora de casa, os meses frios
podem ser aconchegantes e divertidos
N
este quarto e último
suplemento “500 Ideias
para Sobreviver Neste
Inverno” fique a conhecer quais os
spas de inverno que sugerimos, as
esplanadas mais acolhedoras, os
vinhos, os documentários, os discos
deste e doutros tempos que nos
contam histórias, algumas ideias
sustentáveis que pode aproveitar nos
dias frios, os eventos desportivos
mais relevantes.
A chegada do inverno está
preparada. Ao longo destas quatro
semanas, o Expresso espera ter sido
o seu melhor companheiro e ter
contribuído para aproveitar este
inverno, dentro ou fora de casa,
de uma forma aconchegante e, ao
mesmo tempo, divertida, sozinho, a
dois ou em família.
Integrado na Revista do Expresso,
este suplemento deu a conhecer mais
500 ideias para sobreviver neste
inverno, dentro e fora de portas.
Livros, filmes, podcasts, séries de TV,
playlists temáticas, documentários,
reportagens multimédia,
ESTE SUPLEMENTO
DESTACÁVEL DEU-LHE A
CONHECER MAIS DE 500
IDEIAS. LIVROS, DISCOS,
FILMES, DOCUMENTÁRIOS,
SPAS, EVENTOS
DESPORTIVOS, VINHOS,
ESPLANADAS
CAPAS
VOLUME I
DENTRO FORA
17 OUTUBRO DE CASA DE CASA
Sempre que é aplicável,
junto a cada categoria está um símbolo
que assinala se as sugestões
são para dentro ou fora de casa.
restaurantes com lareira, receitas,
serviços de entrega ao domicílio,
take-away, vinhos, espetáculos de ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
música, teatro e dança, passeios ADMITIDOS
urbanos e campestres, jogos
tradicionais, cursos para fazer VOLUME II
online e exercício físico, hortas em
casa, bebidas quentes, em casa e no 24 OUTUBRO
exterior, foram algumas das ideias
preparadas pelos especialistas
do Expresso e pelas equipas do
“Boa Cama Boa Mesa” e “BLITZ”.
Clara Ferreira Alves, Pedro Mexia,
Henrique Monteiro, José Mário Silva,
Jorge Leitão Ramos, Nuno Galopim
e Claudia Galhós são alguns dos
autores que pode ler.
Para ajudar a organizar as atividades
e sugestões para “sobreviver neste
inverno” e, ao mesmo tempo, FICHA
TÉCNICA
servir de incentivo para que não
caia na tentação de “hibernar” nos VOLUME III
meses frios, vai encontrar neste
suplemento uma checklist para que 31 OUTUBRO
possa assinalar cada uma das 500
ideias que já realizou. Pode juntar
a família e os amigos e transformar Conteúdos
estas sugestões num desafio, Expresso
partilhar as experiências através Coordenação do projeto
das redes sociais ou fazer um álbum Susana Freixo
de fotografias para mais tarde — Design
quem sabe na primavera — recordar Sara Henriques
e anunciar ao mundo, com um Produção gráfica
sorriso: “Sobrevivi ao inverno!” João Paulo Batlle y Font
Tendo em conta os tempos de Impressão e acabamento
pandemia e todas as alterações Lisgráfica
consequentes deve confirmar
alterações de última hora nas VOLUME IV
diversas experiências e atividades Este suplemento faz parte integrante
do Expresso, não podendo ser vendido
sugeridas nos quatro suplementos. 7 NOVEMBRO separadamente.
III

SUMÁRIO
14
SPAS DE INVERNO
Resguardados em hotéis e resorts de
referência e muitos premiados inter-
nacionalmente, conheça os melhores
spas para enfrentar o inverno, com
tratamentos e massagens de assinatura,
vistas panorâmicas, para se encantar
com a chuva ou a neve a cair, e piscinas
aquecidas, que ajudam a revigorar e a
encontrar o desejado equilíbrio entre
corpo e mente
P. VI
1
PASSEIO NO CAMPO
Aproveite as nossas sugestões ao ar li-
vre. Sugerimos um passeio em seguran-
ça, em família, com amigos ou sozinho
P. VIII
IV
2 20
PASSEIOS NA CIDADE
Para conhecer Lisboa “no feminino” e as
tradicionais luzes de Natal da capital.
P. VIII
20
DOCUMENTÁRIOS
O documentarismo é uma forma de
devoção ao real. Ora informa, ora agita,
ora diverte — às vezes pode ser terrífi-
co, porque nos dá a ver aquilo para que
não olhamos. Acrescenta sempre algo
ao que somos. Escolhemos 20, todos
a ver, todos à distância de um gesto,
todos em plataformas de streaming
P. VIII
3
EXCLUSIVOS OPTO
Séries, filmes, novelas, documentários e o
melhor jornalismo da televisão portugue-
sa, tudo disponível a qualquer momento
e em qualquer lugar. A 24 de novembro,
OPTO por uma nova forma de ver a SIC
P. XI
EVENTOS
30
DESPORTIVOS
DISCOS CLÁSSICOS
Para os amantes de Futebol, Ciclismo,
Ténis, Rally, Moto GP, Triatlo, Marato-
nas e Pugilismo. Deve confirmar altera-
ções de última hora, devido aos tempos
de pandemia.
P. XVII
Que discos podemos escutar em dias
de inverno? Alguns deles correspon-
dem àquela ideia clássica de melan-
colia para dias chuvosos e frios... Mas
podemos também aproveitar para re-
encontrar discos de outros tempos que
possam ter histórias para nos contar no
3
IDEIAS
SUSTENTÁVEIS
presente
P. XI
21
Sugestões inovadoras e divertidas de
produtos feitos em Portugal, com cons-
ciência ambiental, fabricados de forma
sustentável
P. XX
14
VINHOS
ESPLANADAS
E porque os dias frios se aproximam, DE INVERNO
deixamos aqui uma escolha de vinhos
de vários tipos. São tintos, claro, e são
também os chamados brancos
de inverno. Em todos vem a referência
do local de compra
P. XIV
Panorâmicas ou protegidas da chuva,
com aquecedores ou com mantinhas,
conheça as esplanadas ideais para este
inverno
P. XXII
14
CENTRO

SPAS
DE INVERNO
H2OTEL — CONGRESS & MEDICAL
SPA
Avenida das Termas, Unhais da Serra
Tel. 275 970 020

O coração do hotel é o Aquadome,

NORTE
VIDAGO PALACE
Parque de Vidago, Vidago
Tel. 276 990 920
Em ambiente palaciano, a área de spa
contrasta pelo traço de Siza Vieira.
Oferece tratamentos de beleza e bem-
-estar e um circuito de águas famosas
pelos benefícios para a pele.
uma área gigantesca, com cascatas e
duches e uma piscina que se prolonga
para o exterior mantendo a água aque-
cida a 31 graus, mesmo quando neva.
CASAS DE SÃO LOURENÇO
— BUREL PANORAMA HOTEL
EN 232, km 49,3, Manteigas
Tel. 275 249 730
A piscina interior panorâmica prolonga-
-se para o exterior, para desfrutar do
melhor de dois mundos. Nas massagens
são usados óleos feitos a partir de ervas
colhidas na serra.

CARMO’S BOUTIQUE HOTEL
Rua Santiago da Gemieira, Ponte de Lima
Tel. 258 938 743
O Divino Spa, com piscina transbordan-
te aquecida, rituais de assinatura como
o ‘banho Cleópatra’ com leite de cabra
e tratamentos milenares inesquecíveis,
é uma tentação.
TRATAR
DUECITÂNEA DESIGN HOTEL DO CORPO
E DA ALMA
Ponte do Espinhal, Penela
Tel. 239 700 740
A temática do hotel é a Roma Antiga.
Inspirado no culto do corpo, o Spa Aqua
Venus recria o ambiente e, além da
sauna e do banhos, dispõe de diversos
tratamentos e massagens.
Com piscinas interiores de sonho, com vista
para a paisagem envolvente, os Spas são um
convite ao relaxamento e verdadeiros refúgios
de bem-estar, mais ainda nesta época
POR BOA CAMA BOA MESA

DOURO 41 HOTEL & SPA
EN 222, km 41, Raiva
Tel. 255 690 160
Além da piscina interior aquecida, onde
nem falta uma lareira, com vista pano-
râmica para o Rio Douro, o spa é com-
posto por sauna, banho turco, duche
sensações e cinco salas de tratamento.
CRÓ HOTEL RURAL & TERMAL SPA
EN 324, km 123, Rapoula do Côa, Sabugal
Tel. 271 589 002
Desfrute da imensa piscina interior
aquecida e do circuito de águas do
parque termal, contíguo ao hotel,
e relaxe no spa, com vários
tratamentos e massagens.
E
m pleno Douro Vinhateiro,
com as cores de outono a
marcarem a paisagem, o Six
Senses Douro Valley é um hotel
único, que combina na perfeição
a inesperada conjugação entre o
universo do vinho e os tratamentos
para o corpo e a alma, em que o
spa e a piscina interior são espaços
imperdíveis. Premiado com uma
Chave de Ouro pelo guia “Boa Cama
Boa Mesa”, o hotel duriense, junto
a Lamego, recebeu recentemente
a distinção de segundo melhor
resort do mundo na categoria
de Destination Spa Resort. Na
verdade, razões não faltam para
tantos elogios. No spa, com vista
para a paisagem, que inclui os
jardins classificados da quinta,
a vinha e o rio Douro existem 11
salas de tratamento, uma piscina

VI

interior aquecida e outra piscina
exterior um deck para ioga, bem
como um centro de fitness com
equipamentos de última geração e
orientação profissional. Na longa
lista de tratamentos e programas
de vários dias dedicados à saúde e
ao bem-estar, o Six Senses Douro
Valley (Quinta de Vale Abraão,
Samodães. Tel. 254 660 600)
destaca-se uma atenção especial
relacionada com a problemática
do sono, além de diversos retiros
liderados pelos principais gurus
mundiais. Acrescente-se à oferta
diversos equipamentos, alguns
únicos em Portugal, como cellgym,
treino de altitude, terapia hipóxico
intermitente, bicicleta inteligente
Carol, terapia normatec e terapia
theragun. “Queremos que nossos
hóspedes se sintam transformados
pela experiência, que reúne uma
combinação de tratamentos,
experiências ao ar livre e benefícios
nutricionais que irão melhorar as
condições da mente, do corpo e da
alma”, explica Nick Yarnell, diretor-
geral do Six Senses Douro Valley,
que no início deste ano apresentou
também dez novos quartos e suítes.
Nenhuma experiência é alheia a
boas práticas ambientais, a que
2
3
1 Six Senses Douro Valley
2 Aqua Village Health Resort & Spa
3 Savoy Palace
todos os anos se acrescentam
novos itens, em harmonia com o
meio envolvente. A habilidade de
conjugar a componente saudável e
sustentável com o total hedonismo e
prazeres da mesa e do copo revela-
se ainda no restaurante Vale Abraão.
Com reconhecimento internacional
renovado, o Aqua Village Health
Resort & Spa, junto às águas calmas
do Rio Alva, foi recentemente
considerado o Melhor Spa de
Águas Termais do Mundo. Três
piscinas aquecidas constituem o
principal polo de atração do Spa
Sensations, destacando-se a piscina
termal hidrodinâmica e a piscina
semicoberta, assim como sauna,
banho turco, duche de contraste
e ginásio. No spa estão ainda
disponíveis diversas massagens,
tratamentos de corpo e de rosto,
e ainda tratamentos termais para
adultos e crianças. A surpresa maior
do Aqua Village Health Resort &
Spa (Caldas de São Paulo, Oliveira
do Hospital. Tel. 238 249 040) é
a possibilidade, entre outras, de
usufruir de uma massagem com óleo
à base de mel nas cabinas em forma
de gota, suspensas no arvoredo,
uma das imagens de marca do hotel,
que dispõe de 29 apartamentos
totalmente equipados, alguns com
banheira de hidromassagem no
terraço. A localização é também um
convite à descoberta da região da
Serra da Estrela.
Ostenta o título de maior Spa de
Portugal graças aos mais de 3000
metros quadrados que ocupa no spa
do Savoy Palace (Avenida do Infante,
25, Funchal. Tel. 291 213 000).
Inspirado nos elementos endógenos
como a Floresta Laurissilva, os
túneis antigos, as levadas e as
lagoas da ilha da Madeira, o Laurea
Spa, anuncia-se como “um oásis
de sensações”. Com 11 salas de
tratamento, champanhe e nails bar,
sala de haloterapia, salão de beleza,
jacuzzi, sauna, banho turco, fonte
de gelo, duches sensoriais, piscina
interior aquecida, centro de fitness
e uma ampla sala de relaxamento,
o spa oferece ainda uma vasta lista
de massagens, tratamentos faciais,
de bem-estar e programas de
relaxamento. Entre os tratamentos
de assinatura do espaço destacam-
se a massagem Laurea, apostada no
contraste de calor e frio das pedras
vulcânicas da Madeira e ideal aliviar
tensões musculares, reduzir o stresse
e fadiga ou estimular a circulação.
www.boacamaboamesa.expresso.pt
SUL
HOTEL CASCAIS MIRAGEM
Avenida Marginal, 8554, Cascais
Tel. 210 060 600
O Miragem Water Lounge, além de
piscina interior, circuito de hidromas-
sagem, sauna, banho turco, duches
bitérmicos e fonte de gelo, surpreende
com um lago salgado.
MYRIAD BY SANA HOTELS
Cais das Naus, lote 2.21.01,
Parque das Nações, Lisboa
Tel. 211 107 600
Num edifício que mudou a silhueta
desta zona da cidade, o spa e a piscina
interior estão instalados no 23º piso,
com a garantia de uma das melhores
vistas para o Tejo.
QUINTA DA COMPORTA
Rua Alto de Pina, 2, Carvalhal
Tel. 265 112 390
Aprecie a beleza do Oryza Spa, com
destaque para a piscina interior, e
usufrua de tratamentos personalizados
e vários rituais terapêuticos, muitos
inspirados pelo arroz.
ANANTARA VILAMOURA
Avenida dos Descobrimentos, Vilamoura
Tel. 289 317 000
O Anantara Spa, no topo do edifício e
com uma vista que alcança o azul do
mar, destaca-se pelo ambiente e pelos
rituais exclusivos e técnicas asiáticas
revigorantes.
VII
1
PASSEIO
NO CAMPO
Faça a sua reserva em greentrekker.pt
DOS ARROZAIS DE BENAVENTE
À ALDEIA DO PEIXE
A 13 de dezembro, domingo, convi-
damo-lo a vir ao Ribatejo conhecer
os extensos arrozais de Benavente,
numa caminhada de Benavente até à
Aldeia do Peixe.
PERCURSO
Desde o Parque Ribeirinho de Bena-
vente até à Marina. Seguiremos ao
longo dos canais de rega até chegar-
mos à Aldeia do Peixe. Regressamos
aos canais de rega, onde atraves-
saremos os campos de arroz até ao
nosso ponto de partida.
PARA SENHORA A LINHA SIREN
Nesta estação, a Merrell reforça tam-
bém a oferta da linha Siren, uma coleção
que apresenta a tecnologia QForm2,
patenteada pela Merrell, desenvol-
vida especialmente para se adaptar
ao alinhamento natural da passada
feminina, de forma a reduzir o cansaço e
aumentar o conforto. Os novos mode-
los Siren Sport 3 são muito resistentes,
com gáspeas em pele e rede, e uma sola
Vibram® TC5+ superaderente, para
uma tração otimizada em qualquer piso.
Outra novidade são os Siren Traveler 3,
preparados para quilómetros de cami-
nhadas graças ao conforto e proteção
melhorada e à tecnologia à prova de
água M Select™ DRY, que mantém os
pés secos ao longo de todo o dia.
VIII
2
PASSEIOS
NA CIDADE
LISBOA
NO FEMININO
A
6 de dezembro, domingo,
venha conhecer
ilustres damas ou quase
desconhecidas, rainhas ou plebeias,
numa viagem ao universo feminino
e às marcas que deixou na cidade.
PERCURSO
Início: Terreiro do Paço,
junto à estátua D. José I
Fim: Largo da Severa
Porque Lisboa também é “menina
e moça”, vamos contar as histórias
das suas mulheres, desde a
fadista Severa e a sua vida curta
e trágica, à rainha D. Leonor e as
suas Misericórdias, passando pela
cantora de ópera cujo casamento
chocou Portugal, ou mesmo pelas
manas Perliquitetes, que viraram
expressão.
CAMINHADA
DE NATAL
PELAS LUZES
DE LISBOA
A
7 de dezembro, segunda-
feira, véspera de feriado,
propomos-lhe uma
caminhada por Lisboa, onde poderá
contemplar a fantástica iluminação
de Natal, que decora as principais
ruas da capital portuguesa. Venha
daí inspirar-se pelo espírito
natalício.
PERCURSO
Com início na Praça do Comércio,
leva-nos a vários pontos de interesse
da nossa Lisboa, que ganham ainda
mais encanto com as iluminações
de Natal. Destacamos a Praça D.
Pedro IV, o Teatro Nacional D. Maria
II, o Coliseu dos Recreios, a Av. da
Liberdade, o Marques de Pombal,
o Príncipe Real, o Miradouro de
São Pedro de Alcântara e a Praça
Luís de Camões, onde faremos
uma pausa para a degustação dos
famosos pastéis de nata. Depois, o
nosso percurso segue pelo Chiado,
Rua do Carmo, Rua Augusta, Praça
do Município, para terminarmos
a nossa caminhada na Praça do
Comércio.
DEVE LEVAR
Água (1,5 l), chapéu, roupa/
calçado apropriado às condições
atmosféricas e farnel.
Kit de proteção individual (máscara
e álcool gel — embora a máscara
não seja de uso obrigatório ao ar
livre, pode ser necessário em caso
de acidente em que seja preciso
uma maior aproximação dos
participantes e do guia)
20
DOCUMENTÁRIOS
POR JORGE LEITÃO RAMOS
O ATO DE MATAR
De Joshua Oppenheimer
Reino Unido/Dinamarca/Noruega
Filmin
Como é que os esquadrões da morte
praticavam os seus assassínios no tem-
po da ditadura militar indonésia? Os
ex-dirigentes desses grupos explicam
— e reencenam... — neste surpreen-
dente e terrífico documentário onde
campeia a crueldade humana. Um filme
onde a realidade supera o que a ficção
não ousaria imaginar.
A ARTE DE AMÁLIA
De Bruno de Almeida
Portugal
RTP Palco
Em 1995, Bruno de Almeida fez aquela
que é, sem margem para dúvidas, a
série definitiva sobre Amália (“Amália —
Uma Estranha Forma de Vida”). Quatro
anos volvidos tornou ao material e
fez um documentário de 90 minutos,
insuperado até aos dias de hoje. Neste
ano do centenário, revisitá-lo é quase
peregrinar.

BUENA VISTA SOCIAL CLUB
De Wim Wenders
Alemanha/EUA/França/Reino Unido/Cuba
Filmin
Há duas décadas, Wenders seguia Ry
Cooder no seu périplo cubano, identifi-
cando e recrutando músicos e cantores
para um disco e espetáculos que se
tornaram lendários. Eis um filme docu-
mental que ajudou a repor no mapa — e
com enorme repercussão — a música
do país de Ibrahim Ferrer, Compay
Segundo, Omara Portuondo & etc.
CHAVELA
De Catherine Gund e Daresha Kyi
México/Espanha/EUA
Filmin
Chavela Vargas é mais que uma
intérprete latino-americana, é um
mito da música mexicana, tão genial
e verdadeira nas canções rancheras e
nos boleros de amores rasgados como
excessiva a viver. Subversiva, trans-
gressora, icónica, este filme agarra-a
em todas as dimensões da vida — e
nem todas amáveis.
COSMOS — ODISSEIA NO ESPAÇO
De Brannon Braga, Ann Druyan,
Bill Pope, Kevin Dart
EUA
Disney+
É um remake da célebre série documen-
tal concebida por Carl Sagan em 1980,
agora com os meios tecnológicos que o
digital acrescenta às possibilidades de
figuração. Enorme produção, fascinante
viagem pelo universo e pelas suas mara-
vilhas e mistérios, “Cosmos — Odisseia
no Espaço-Tempo” revela-se um grande
espetáculo didático.
O DILEMA DAS
REDES SOCIAIS
Jeff Orlowski
POR JORGE LEITÃO RAMOS
Q
ue os gigantes da internet, do
Google às redes sociais, têm
mecanismos para moldar o
nosso comportamento face a elas —
os famigerados algoritmos — é do
conhecimento comum. Mas, será?
Será que as pessoas verdadeiramente
sabem que quando faço uma busca
no Google teclando, por exemplo,
‘cinema português’, os resultados
que obtenho não são os mesmos
que os que o leitor obtém? Será
que as pessoas têm consciência
que o Google lhes responde tendo
em conta tudo o que sabe delas (e
é muitíssimo...). Será que sabem
que a realidade que a rede lhes
dá é condicionada? Será que
percebem que as notificações são
convocatórias? Este documentário
— que vai ouvir alguns dos
criadores desses mecanismos — é
uma extraordinária oportunidade
para perceber como funcionam
todas aquelas maravilhas ‘grátis’
onde a mercadoria que deveras se
transaciona somos nós. Com rigor,
calma analítica, sem alarmismos
nem teorias da conspiração, o
que, num assunto tão candente e
potencial explosivo é, por si, um
feito.
EUA
Netflix
CRAZY HORSE
De Frederick Wiseman
EUA/França
Filmin
O americano Frederick Wiseman é,
provavelmente, o mais importante
documentarista vivo. Aqui ele introdu-
ziu-se nos bastidores do mais célebre
cabaré erótico do mundo — com os
seus espetáculos de nus — e dá-nos a
espécie humana, o trabalho coreográ-
fico, o rigor musical, a alma do Crazy
Horse de Paris.
THE DEVIL NEXT DOOR
De Yossi Bloch e Daniel Sivan
EUA
Netflix
É uma minissérie documental sobre o
célebre caso de John Demjanjuk, um
cidadão americano de origem ucrania-
na, operário reformado da Ford, que,
nos anos 70, foi identificado como Ivan,
o Terrível, o cruel algoz das câmaras de
gás de Treblinka. Pode um monstro de
desumanidade viver escondido sob a
capa de um cidadão banal?
THE FOG OF WAR
De Errol Morris
EUA
Apple TV
Robert McNamara, o todo-podero-
so secretário da Defesa, com John F.
Kennedy e Lyndon Johnson, um dos
políticos americanos centrais nos anos
60 — da crise dos mísseis de Cuba à
guerra do Vietname — confessa-se à
inquiridora câmara de Errol Morris. É um
documento extraordinário no coração
do império.
HOWARD
De Don Hahn
EUA
Disney+
Howard Ashman foi um autor de
canções central no ‘renascimento’ da
Disney no domínio das longas-metra-
gens de animação a partir do final dos
anos 80. “A Pequena Sereia”, “A Bela e o
Monstro” e “Aladdin” devem-lhe muito.
Este documentário biográfico em sua
memória narra vida, obra e tragédia —
morreu de sida, aos 40 anos, em 1991.
NADA É PRIVADO
De Karim Amer e Jehane Noujaim
EUA
Netflix
Como foi possível manipular milha-
res de opções de voto no ‘Brexit’ e na
eleição de Trump? O escândalo da
Cambridge Analytica, usando milhões
de dados do Facebook para definir
perfis dos cidadãos e direcionar mensa-
gens criando um ‘ambiente’ adulterado
que altera a perceção da realidade, é o
tema deste documentário.
NO DIRECTION HOME — BOB DYLAN
De Martin Scorsese
EUA
Apple TV
Entre 1961 e 1966, Bob Dylan passou de
cantor folk e voz de protesto de uma
geração para a condição de vedeta
rock — e essa transição, no seu cami-
nho pessoal e na repercussão pública
não isenta de escândalo e repúdio, faz
a matéria deste documentário longo
(na verdade, uma minissérie...) com a
assinatura de Scorsese.
IX
DOCUMENTÁRIOS
NOITE
E NEVOEIRO
Alain Resnais
POR JORGE LEITÃO RAMOS
U
m breve documentário de
Resnais que marca a história
do cinema. Produzido apenas
dez anos volvidos sobre o fim da
guerra, “Noite e Nevoeiro” faz-nos
entrar no horror dos campos de
concentração nazis pela calma
placidez de um quotidiano onde
uma banal normalidade alberga
a monstruosidade. Englobando
imagens de arquivo, filmagens nos
locais, uma montagem cirúrgica,
uma banda sonora fora de todo
o lugar-comum, uma narração
sem retórica, nenhuma minúcia
didática, o filme faz-nos enfrentar,
sem historicismo, uma grande
perplexidade: como foi possível?
Que espécie humana somos, capaz
de tamanha escuridão? E, acima de
tudo, onde estão, no abandono dos
lugares sem museu, sem turistas,
vazios apenas, os traços de um
sofrimento inimaginável? Não
estão. Mas estão no filme, que tem
planos que nos ficam na cabeça para
sempre, como aqueles onde a câmara
varre os vestígios das vítimas, os
montes de sapatos, os cabelos de
mulher que parecem não ter fim
ou a descrição das matérias-primas
industriais que até os cadáveres
podiam ser.
França
MUBI
Alain Resnais
X
PARA SAMA
De Waad Al-Kateab e Edward Watts
Reino Unido/Síria/EUA
Filmin
Waad Al-Kateab filma ao longo dos
dias a sua situação e a da sua família
durante a insurreição e os ataques a
Alepo, na Síria. É um documentário
intenso, de uma funda humanidade e
estremecimento, filmado na primeira
pessoa como um testemunho a lançar
ao mundo. Recebê-lo de braços aber-
tos é o mínimo que podemos fazer.
ROSAS DE ERMERA
De Luís Filipe Rocha
Portugal/Brasil
RTP Play
O cativeiro timorense, às mão do ocu-
pante japonês, dos pais e irmã de José
Afonso era uma história publicamente
desconhecida até Luís Filipe Rocha lhe
pegar. O regresso a Timor de Mariazi-
nha Afonso dos Santos, muitas décadas
volvidas, ao encontro dos lugares e da
memória, é um dos elementos mais
fortes deste filme invulgar.
O SAL DA TERRA
De Juliano Ribeiro Salgado
e Wim Wenders
França/Brasil/Itália
Filmin
A vida e a obra do grande fotógrafo
brasileiro Sebastião Salgado num filme
que consegue ser íntimo e almeja che-
gar longe. Mais do que uma homena-
gem a um gigante da arte da fotografia,
“O Sal da Terra” é um formidável gesto
de divulgação das imagens de um mun-
do de fascínio e horror.
O ESPÍRITO
DE ’45
Ken Loach
POR JORGE LEITÃO RAMOS
O
que aconteceu em 1945
no Reino Unido? O fim da
guerra, evidentemente,
mas também o início da grande
esperança de edificar uma
sociedade mais justa, mais fraterna,
menos classista, onde a ascensão
social fosse possível e os meios de
produção estivessem ao serviço das
necessidades da população e não
apenas a gerar lucros para muito
poucos. Uma política socialista —
prometiam os trabalhistas depois
de ganharem as eleições — que,
em larga medida, foi posta em
movimento. O que “O Espírito de
’45” faz é lembrar a era em que os
combatentes que haviam ganho a
guerra acreditaram poder ganhar
o futuro. Indo falar com eles agora,
incorporando imagens da época,
pesa os ganhos, morde as derrotas,
faz balanço. É um documentário
que tem saudades da utopia,
consciência das ingenuidades e
dos voluntarismos, sem se amargar
porque, ao fazer o balanço, o que
quer é que o balanço ganhemos.
Ken Loach é o último dos cineastas
militantes, em filmes onde se
fundem barricadas, memórias
quentes e a polida educação de um
chá das cinco.
Reino Unido
Filmin
SANTIAGO, ITÁLIA
De Nanni Moretti
Itália/França/Chile
Filmin
45 anos depois do golpe de Pinochet
e da instauração de uma sanguinária
ditadura no Chile, Moretti vai a Santia-
go com uma dupla intenção: inquirir
torcionários e lembrar a atividade
humanitária da embaixada de Itália na
tarefa de dar abrigo e caminho de exílio
a centenas de perseguidos políticos. O
Estado italiano tão longe de agora...
VARDA POR AGNÉS
De Agnès Varda
França
Filmin
É o último trabalho de Agnès Varda,
documentário confessional, retrospe-
tivo, autobiográfico de uma cineasta
singular nas últimas décadas do cinema
francês. Companheira de Demy na vida,
parceira da Nouvelle Vague, fez obra
incomparável nos vários domínios que
tocou — e não apenas no cinema. Um
filme íntimo e solar.
WE CAN’T GO HOME AGAIN
De Nicholas Ray
EUA
MUBI
Ninguém pode sustentar que se trata
de um filme documental, mas não
parece que seja ficção. O experi-
mentalismo do derradeiro projeto de
Nicholas Ray, feito com os seus alunos,
documenta o início dos anos 70, do
ponto de vista de uma energia criativa,
fascinante e errática, que estava a
ponto de abafar.
3
EXCLUSIVOS
OPTO
CHEGA A 24 DE NOVEMBRO
Saiba mais em opto.sic.pt
MERCADO NEGRO
Série de Investigação
No submundo das prisões portuguesas,
com dinheiro consegue-se comprar
clandestinamente muita coisa. Nesta
série de investigação, da autoria de Sofia
Pinto Coelho, iremos ver como funciona
o circuito da entrada de droga e telemó-
veis nas cadeias e os esquemas para sair
em liberdade mais cedo. Com testemu-
nhos de reclusos, ex-reclusos, familiares,
advogados e intermediários, uma Gran-
de Reportagem SIC sobre este mercado
negro que funciona atrás das grades e
movimenta valores incalculáveis.
A GENERALA
Série
A série “A Generala” conta a história de
Maria Luísa Paiva Monteiro, uma mulher
que decide desafiar todas as regras e
convenções, afrontando a sociedade
patriarcal nas décadas de 60 a 90, em
Portugal. Inspirada em factos verídicos,
a trama aborda a luta de Maria Luísa pela
liberdade, a luta por direitos e privilégios
que, à data, estavam reservados quase
exclusivamente aos homens. Um elenco
de luxo, com Soraia Chaves e Carolina
Carvalho nos papéis principais.
O CLUBE
Série
“O Clube” é uma série dramática que
acompanha a noite da capital, onde a
sensualidade e o sexo se misturam com a
política, a segurança, os negócios e o gla-
mour. Lugar de grandes negócios, gran-
des paixões e de cobiça dentro e fora de
portas. Um grande elenco onde brilham
nomes como Sara Matos, Filipa Areosa,
Margarida Vila-Nova e José Raposo.
30
DISCOS
CLÁSSICOS
POR NUNO GALOPIM
ÁLBUNS PARA ESCUTAR
EM DIAS FRIOS
Que discos podemos escutar em dias
de inverno? Alguns deles correspondem
àquela ideia clássica de melancolia para
dias chuvosos e frios... Mas podemos
também aproveitar para reencontrar
discos de outros tempos que possam ter
histórias para nos contar no presente.
PINK MOON (1972)
Nick Drake
O terceiro álbum de Nick Drake é um
dos mais aclamados exemplos de me-
lancolia e solidão alguma vez expressos
na forma de canções. Voz e guitarra,
com um piano na canção-título, este é
um disco que nasce da dor e da sensi-
bilidade de um músico raro, esquivo e
que não gostava dos palcos. Ignorado
em vida é hoje um talento devidamente
reconhecido.
SEPTEMBER OF MY YEARS (1965)
Frank Sinatra
Os álbuns de canções melancólicas
com arranjos orquestrais de Nelson
Riddle ou Gordon Jenkins que Frank
Sinatra gravou entre 1955 e 1965 são
perfeitos para qualquer serão de inver-
no. Como complemento vale a pena
reencontrar “In the Wee Small Hours”
(1955) ou “Sinatra Sings for Only the
Lonely” (1958).
SECRETS OF THE BEEHIVE (1987)
David Sylvian
Terceiro álbum a solo de David Sylvi-
an, este disco deixa já distante a pop
dos Japan e mergulha antes em busca
de outros patamares de intimidade e
liberdade. É um disco pessoal, tranqui-
lo, explora arranjos para instrumentos
acústicos, tem Sakamoto como um dos
colaboradores. E é talvez a obra-prima
de Sylvian, se bem que um olhar atento
e panorâmico sobre a sua discografia
deva destacar igualmente o não menos
belo “Blemish” (2003).
CHANTE SES DERNIERS
SUCCES (1954)
Juliette Gréco
Voz desaparecida este ano, Juliette
Gréco representou um símbolo de
um universo de música e poesia que
ganhou forma na Paris do pós-Guerra.
Em tempo de fazer viagens de redes-
coberta da sua música, porque não
começar com o seu primeiro álbum,
referência clássica da chanson, que
inclui ‘Sous le ciel de Paris’.
TRANSA (1972)
Caetano Veloso
Durante o exílio em Londres, sujeito
a climas diferentes dos que conhecia
no Brasil, Caetano Veloso criou discos
que sublinharam saudade e distância,
juntando temas em inglês aos que criou
em português. Gravado em Londres
em 1971, este álbum contém aquela
que Caetano disse já ser a sua melhor
música em inglês.
JAMES BLAKE (2011)
James Blake
Depois de primeiras experiências em
EP, o álbum de estreia de James Blake
confirmou em pleno as potencialidades
não apenas de um esteta do detalhe
como um intérprete capaz de tradu-
zir pela música e canto um mundo de
sensações onde a melancolia domina
cenários feitos de eletrónicas e ecos
da soul. Inclui canções como ‘Limit to
Your Love’ ou ‘The Wilhelm Scream’
com as quais o músico encontrou a sua
identidade.
KID A (2000)
Radiohead
Foi com surpresa que, depois do hino
rock que foi ‘Creep’ e de discos de
sucesso como “The Bends” e “OK
Computer”, o mundo descobriu um
novo rumo na música dos Radiohead.
As eletrónicas entraram em cena mas,
mais notório ainda, era o tom implosivo
de uma música que trocava a exube-
rância pela intimidade.
50 WORDS FOR SNOW (2011)
Kate Bush
O mais recente álbum de estúdio de
Kate Bush apresenta um ciclo de can-
ções criadas sob a imagem de neve que
cai no lado de fora da janela. O título foi
inspirado pelo mito que conta que os
esquimós têm 50 palavras para dizer
neve. O disco tem Elton John e Ste-
phen Fry entre a lista de colaboradores.
O colossal “Aerial” pode ser sugestão
para escutar depois deste disco.
XI
DISCOS CLÁSSICOS
SOLO (2008)
António Pinho Vargas
Entre 2008 e 2009 António Pinho Var-
gas lançou dois álbuns duplos com pe-
ças para piano compostas e interpreta-
das por si, entre as quais surgem quatro
inéditos. Estas sessões nasceram em
cinco dias de trabalho de gravação no
Centro Cultural de Belém e traduzem
uma música que vai para além dos
espaços do jazz. São momentos de puro
assombro, reflexo da relação do corpo
com uma ideia e um teclado.
LOBOS RAPOSAS E COIOTES (1999)
Maria João e Mário Laginha
Entre a discografia que Maria João re-
gistou em conjunto com Mário Laginha
este é talvez o álbum que mais se ajusta
a um reencontro num dia de inverno.
O disco junta o pianista e a cantora e
um alinhamento de canções que se
apresentam em arranjos interpretados
pela Radio Philharmonic Orchestra, de
Hannover. Em 2016 o disco teve uma
reedição em vinil.
SÓ (1991)
Jorge Palma
O desafio que Jorge Palma lançou
sobre si mesmo foi o de, depois de
ter lançado uma série de álbuns que
tinham já definido um substancial corpo
de canções, pegar numa série delas e
levá-las para o piano, contando sem
nada mais senão a sua voz. “Só” despe
as suas canções à medula encarando-
-as na sua intimidade. Há também em
disco uma gravação ao vivo de “Só”.
XII
WHAT’S GOING
ON (1971)
Marvin Gaye
POR NUNO GALOPIM
E
ste álbum de Marvin Gaye, de
1971, não será necessariamente
um exemplo de música de
inverno. Mas é um disco que faz
sentido ser novamente escutado por
estes dias, não só por ser um álbum
de exceção ou por representar um
marco na história da música soul ou
até por lançar no título uma questão
que parece falar para o mundo em
que agora vivemos. Mas uma das
mais evidentes razões para em
2020 regressarmos a “What’s Going
On” é o facto de ter recentemente
surgido na nova lista dos melhores
500 álbuns de sempre apresentada
pela “Rolling Stone”. Bem diferente
da lista anterior (que foi publicada
em 2003), a nova tabela tem
Marvin Gaye em primeiro lugar,
logo seguido por “Pet Sounds”,
dos Beach Boys, “Blue”, de Joni
Mitchell, “Songs in the Key of Life”,
de Stevie Wonder, e “Abbey Road”,
dos Beatles.
Marvin Gaye
BALADAS E CANÇÕES (1964)
José Afonso
Numa altura em que aguardamos pela
classificação da obra de José Afonso,
nada como aproveitar o tempo que
o inverno nos dá para reencontrar o
seu percurso. E podemos começar
por este disco no qual, depois de ‘Os
Vampiros’, se apontam caminhos para
uma linguagem pessoal na música e na
exposição das ideias. Este disco teve
nos anos 90 uma reedição em CD com
uma outra capa.
ROSA CARNE (2004)
Clã
Em todas as discografias há sempre
títulos que podem não ser os mediati-
camente mais falados mas que dizem
muito de uma obra (por vezes guardan-
do até os seus melhores momentos). O
álbum de 2004 dos Clã é um disco mais
denso, mais elaborado e menos imedia-
to, e pode ser uma boa (re)descoberta
este inverno. O alinhamento inclui o
belo ‘Competência Para Amar’.
KAKSI! (1992)
Hedningarna
Os Hedningarna são um grupo de mú-
sicos suecos e finlandeses cuja música
tem como referência central o mundo
das tradições folk escandinavas... As
paisagens com neve e ecos do passado
são depois habitadas por novos de-
safios e agitação com contaminações
elétricas e eletrónicas. Este disco fez
história em 92 e deu origem a algumas
remisturas (a redescobrir).
TWELVE (2007)
Patti Smith
Depois de toda uma obra sobretudo
assente em canções de que é autora
(apesar de ter cantado The Who, Van
Morrison ou Springsteen), Patti Smith
dedicou este disco a uma série de
homenagens a heróis e canções que
admira. Passam ali memórias de Jimi
Hendrix, Jefferson Airplane, Dylan ou
R.E.M., entre outros. O disco é uma
vénia de uma grande autora feita a
artistas que a inspiram.
LIFE ON A STRING (2001)
Laurie Anderson
Grande contadora de histórias na forma
de canções (muitas vezes mais faladas
do que cantadas), Laurie Anderson jun-
ta aqui narrativas inspiradas por “Moby
Dick” a outras composições suas. Em
ano de eleições americanas pode ser
boa ideia recuperar também a sua visão
sobre os EUA que fixou em “United Sta-
tes Live”, obra colossal da qual nasceu o
alinhamento de “Big Science”.
SOMETHING TO REMEMBER (1995)
Madonna
Se em todos os seus álbuns de originais
a cor e a festa da canção pop falaram
quase sempre mais alto, chegada a
1995 Madonna apresentou em “Some-
thing to Remember” uma compilação
que retratava a sua face mais tran-
quila. O disco junta baladas, canções
midtempo, umas vindas de álbuns seus,
outras nascidas de colaborações para
o cinema.
WILD IS THE WIND (1966)
Nina Simone
Quem diria que das ‘sobras’ de sessões
de gravações poderia nascer um ál-
bum deste calibre? “Wild Is the Wind”
surgiu de temas registados por ocasião
das primeiras sessões de Nina Simo-
ne para a Philips em 1964 e 65. Anos
depois David Bowie gravaria o tema
título no seu álbum “Station to Stati-
on”. E Jeff Buckley cantou por diversas
vezes uma versão de ‘Lilac Wine’.
OFFICIUM (1994)
Jan Garbarek + Hilliard Ensemble
O cruzamento de mundos pode por
vezes revelar novas visões. E em 1994
os caminhos do saxofonistas norueguês
Jan Garbarek cruzaram-se com os do
grupo vocal masculino britânico Hilliard
Ensemble em “Officium”, disco que
encetou uma série de futuras parce-
rias. Se a geografia de referências é
nórdica, o calendário aponta a tempos
passados.
SONGS FOR DISTINGUÉ
LOVERS (1957)
Billie Holiday
Juntando uma série de standards (en-
tre os quais composições de Gershwin
e Cole Porter), este disco é uma possí-
vel porta de entrada para fazer de Billie
Holiday uma presença nas audições
deste inverno. Entre os músicos esta-
vam aqui Harry Edison e Ben Webster,
com quem Billie tinha já trabalhado nos
anos 30 e 40.
CARLOS
DO CARMO/
/BERNARDO
SASSETTI (2012)
Carlos do Carmo /
Bernardo Sassetti
POR NUNO GALOPIM
A
ideia de cruzar universos lança
sempre desafios. E quando
em 2012 este projeto juntou
uma das referências maiores do fado
com um dos nomes mais criativos do
jazz o resultado gerou um universo
novo que era mais do que apenas
a soma das partes. O alinhamento
partiu de canções que Carlos do
Carmo nunca tinha cantado mas que
cruzaram a sua vida, juntando ainda
dois inéditos. A sua voz pegou nas
canções. Bernardo Sassetti escutou
e encontrou os pontos onde o piano
podia dialogar com a voz. Sérgio
Godinho, José Afonso, Fausto, Rui
Veloso, Brel, Ferré, entre outros,
foram os pontos de partida para um
disco que tem tanto de fulgor criativo
como de intimidade. Sabe bem por
isso reencontrá-lo num serão de um
inverno que nos pode dar tempo para
escutar as (boas) memórias deste
encontro com ainda mais atenção.
MUSIC FOR FILMS (1991)
Eleni Karaindrou
Através da sua obra para cinema,
sobretudo para filmes de Theo Ange-
lopoulos, a compositora grega definiu
parte significativa de uma linguagem
que toma a melancolia e as periferias
do silêncio como mapas mais recorren-
tes. Não será má ideia escutar depois o
seu disco duplo com orquestra “Elegy
of The Uprooting” gravado ao vivo em
Atenas em 2005.
BARBARA CHANTE
BARBARA (1964)
Barbara
Uma das grandes vozes da chanson
francesa, recentemente celebrada num
filme de Mathieu Amalric (com Jeanne
Balibar a interpretá-la) Barbara vincou
em 1964 a sua faceta como autora
depois de ter já dedicado dois álbuns a
canções de Jacques Brel e de Georges
Brassens. A sua voz desencantada e
teatral promete gerar boas
(re)descobertas.
ASYNC (2017)
Ryuichi Sakamoto
Nascido da vontade em criar um álbum
que fosse como uma banda sonora de
um filme inexistente inspirado por po-
laroides de Andrei Tarkovsky, o japonês
Ryuichi Sakamoto fez de “Async” um
mundo de discretos acontecimentos
instrumentais e que ocasionalmente
acolhem as vozes de Paul Bowles ou de
David Sylvian. O documentário “Coda”
espreita a criação do álbum.
BEETHOVEN:
9 SYMPHONIEN (1963)
Karajan / Berliner Philharmoniker
Na passagem dos 250 anos sobre o
nascimento de Beethoven não podia fi-
car de fora uma referência à ampla dis-
cografia que lhe é dedicada. Este ciclo
fez história por ser o primeiro tratado
discograficamente como um conjunto.
Uma lista recente da “Gramophone”
sugere ainda os ciclos por Harnoncourt
ou Chailly.
VESPERTINE
(2001)
Björk
POR NUNO GALOPIM
A
pesar do seu berço islandês,
Björk não tinha traduzido a
austeridade das paisagens
e o rigor do clima da sua terra
natal nos primeiros discos a solo.
O facto de terem sido gravados
em Londres talvez explicasse
parte das distâncias... Em 1997, o
álbum “Homogenic” começou a
traduzir correntes mais frescas a
cruzar a sua música. Mas foi mais
tarde, em “Vespertine” (e depois
“Medúlla”) que essas marcas de
vivências do grande Norte, de gelo
e do frio, ganharam forma mais
evidente nas canções. O disco
contou com a participação de um
coro de mulheres da Gronelândia
e representou um momento
de colaboração de Björk com a
dupla Matmos, que com ela criou
um trabalho de filigrana feito
com eletrónicas, de recorte tão
minucioso e detalhado como se de
cristais de gelo se tratasse. Música
de inverno, claramente.
Bjork

DISCOS CLÁSSICOS
VAUGHAN WILLIAMS:
SINFONIA ANTARTICA (1953)
Barbirolli / Halle Orchestra
Depois de ter criado a banda sonora
para o filme “Scott of the Antarctic”, o
compositor Vaughan Williams partiu de
parte dessas mesmas ideias musi-
cais para criar uma obra sinfónica que
celebra o grande continente gelado.
Revelada em 1953 conheceu a primeira
edição em disco com o maestro que
a estreou. Esta gravação traduz essa
primeira abordagem.
VICTORIALAND (1986)
Cocteau Twins
É certo que ‘Iceblink Luck’, também dos
Cocteau Twins, é uma canção que in-
tegra o alinhamento de “Heaven or Las
Vegas” de 1990 (outra boa sugestão),
mas os climas densos e quentes da
música de “Victorialand”, aliados à voz
fantasmática de Elizabeth Fraser, são
perfeita banda sonora para reencon-
trar no gira-discos numa noite deste
inverno.
ALINA (1999)
Arvo Pärt
Arvo Pärt era já sobejamente reconhe-
cido quando, em 1999, a ECM juntou
num mesmo disco as peças dos anos 70
“Für Alina” e “Spiegel im Spiegel” que o
ajudaram a encontrar uma linguagem à
qual o compositor chamou “tintinnabu-
li”. Música minimalista, subtil e discreta,
para escutar como a neve que cai...
Quem viu “Gerry”, de Gus Van Sant,
certamente recordará esta música.
XIV
21
VINHOS
POR JOÃO PAULO MARTINS
TECEDEIRAS
Douro Reserva tinto 2017
Qta. das Tecedeiras
€24,50 (Corte Inglés)
No coração da região do Douro situa-se
esta quinta onde, além de DOC Douro,
também se faz Vinho do Porto. Este 17,
feito de lote de muitas castas e com um
estágio prolongado em barrica, resultou
cheio de carácter, a mostrar tudo o
que o Douro tem de bom em classe,
polimento e longevidade.
HERDADE DO PESO
Alentejo Reserva tinto
2015
Sogrape Vinhos
€16,99 (Corte Inglés)
A zona da Vidigueira ganhou fama pe-
los seus brancos mas o microclima que
tem e a diversidade orográfica permiti-
ram também produzir tintos de grande
gabarito. Neste caso temos Alicante
Bouschet, Touriga Nacional e Syrah que
aqui ganham uma frescura e uma lumi-
nosidade surpreendentes. Preço muito
ajustado à qualidade.
TEIXUGA
Dão branco 2014
POR JOÃO PAULO MARTINS
O
nome deste vinho
identifica uma parcela
onde está plantada a casta
Encruzado. Há muitos anos estas
uvas eram vendidas à Quinta
dos Carvalhais e já então eram
referenciadas como sendo de
superior qualidade. A noção de
“branco de inverno” aplica-se na
perfeição a este vinho. Aqui temos
densidade, concentração, madeira
nova e muita textura. Mas temos
também aquilo que o Dão melhor
tem para dar, a acidez notável,
o equilíbrio perfeito em todas as
componentes. O resultado é um
branco cheio, muito afirmativo,
tremendamente gastronómico que
não virará a cara a qualquer prato
de peixe mas também a refeições
de carne como cabrito assado ou
enchidos regionais. Este tipo de
vinhos é sempre consumido em
pequenas quantidades, não pela alta
graduação mas pelo facto de ser tão
rico e concentrado que qualquer
pequeno gole de vinho nos vai
dar prazer por muito tempo. Está
também a chegar ao mercado a
nova edição de 2015. Será mais bem
apreciado a 12 grau. A beber sem
pressas.
Caminhos Cruzados
€40 (Garage Wines, Porto)
CARTUXA
Alentejo Reserva tinto
2015
Fundação Eugénio
de Almeida
€46,99 (Corte Inglés)
Nome famoso junto dos consumidores
este Reserva é produzido em quan-
tidades significativas, no caso, 90 mil
garrafas. Aqui alia-se o lado quente da
planície com a textura macia e sedosa
que se torna muito sedutora. Se há tin-
tos de inverno este é um dos melhores
exemplares. Inclui Alicante Bouschet e
Aragonez.
QUINTA DE FOZ
DE AROUCE
Reg. Beira Atlântico
branco 2019
Conde de Foz de Arouce
€14,99 (Corte Inglés)
Esta propriedade fica na Lousã e por
isso fora (mas não longe) da região da
Bairrada. Aqui impera a casta Cercial,
um portento de carácter e com imensa
longevidade, casta menos conhecida
mas de grande valia. A fermentação em
barrica nova nada lhe retirou, antes lhe
conferiu muita personalidade.
RAVASQUEIRA
RESERVA DA FAMÍLIA
Reg. Alentejano tinto 2017
Soc. Agr. Dom Diniz
€13,99 (Corte Inglés)
Da zona de Arraiolos chega-nos este
tinto onde se juntam duas das coque-
luches atuais do Alentejo, a Touriga
Nacional e a Syrah. É um duo que toca
muito afinado e ao qual os 12 meses de
estágio em barrica ajudaram a dar com-
plexidade. O preço é verdadeiramente
convidativo. Consumir a 17 graus.
VIDIGUEIRA - ALENTEJO
VINHOS
QUINTA DAS BÁGEIRAS
AVÔ FAUSTO
Bairrada branco 2017
Mário Sérgio Alves Nuno
€21,30 (Empor, Lisboa)
Este branco é feito apenas com Maria
Gomes, a casta que noutras zonas toma
o nome de Fernão Pires. Uvas vindima-
das cedo para assegurar mais acidez,
fermentação e estágio em barricas
usadas, é um branco vocacionado para
a guarda em cave, sendo muito apreci-
ado agora se for consumido a cerca de
12 graus.
ALVES DE SOUSA
RESERVA PESSOAL
Douro branco 2004
Domingos Alves de Sousa
€29 (Garrafeira
Campo de Ourique, Lisboa)
A um branco de 2004 podemos torcer
o nariz mas depois de provar este vinho
absolutamente original mudamos de
ideia. Se há branco que parece tinto é
este mas só tem virtudes. Merece até
ser consumido a solo para captar toda a
riqueza que tem. Parece velho mas não
é, a cor sugere cansaço, mas a prova
diz-nos... olhe que não!
VALE D. MARIA VVV
VALLEYS
Douro tinto 2014
Lemos & Van Zeller
€22,50 (Garrafeira
Campo de Ourique, Lisboa)
Os tintos do Douro têm conseguido no-
toriedade à custa das excelentes uvas
que ali se produzem. Quando as vinhas
são velhas, a concentração e a riqueza
aumentam muito e os vinhos ganham
com isso. É o caso deste com origem
em três vales, Douro, Pinhão e Rio Torto.
Daqui a muitos anos ainda estaremos a
falar dele.
XVI
QTA. DO ISAAC
Douro tinto 2013
Isaac Lages Paiva
€42,50 (Garrafeira
Campo de Ourique, Lisboa)
Este é um produtor duriense que há
menos de uma década entrou no mer-
cado. Um vinho de lote de várias castas
onde também entra a Sousão, a mesma
casta que nos Vinhos Verdes se chama
Vinhão. Os anos não lhe retiraram
concentração e é um belo tinto para a
mesa, com pratos de bom tempero. E
não requer guarda.
VINHA DOS DEUSES
Douro Reserva branco
2018
Qta. dos Frades
€11,50 (Garrafeira
Tio Pepe, Porto)
O lote inclui Gouveio, Viosinho e
Rabigato e o vinho estagiou em barrica
nova durante seis meses. Pela dimen-
são, esta é uma das grandes quintas do
Douro, localizada entre a Régua e o Pi-
nhão, com um passado ligado a ordens
monásticas. No seu portefólio este é
um branco com corpo e substância,
apto para o inverno.
RIBEIRO SANTO
Vinha Santa Maria
Encruzado branco 2019
Magnum — Carlos
Lucas Vinhos
€10,70 (Garrafeira
Tio Pepe, Porto)
A casta Encruzado é a rainha do Dão,
mas é daquelas rainhas que poucos
conhecem já que pouco viaja. É, no
entanto, uma variedade de grande
nobreza, responsável por alguns dos
nossos melhores brancos. Em terrenos
graníticos, como é o caso, mostra toda
a sua classe e sem barrica, para melhor
se entender a casta.
QUINTA
DO CRASTO
Douro Touriga Franca
tinto 2016
POR JOÃO PAULO MARTINS
A
casta Touriga Franca, agora
renomeada como Touriga
Francesa, é a que mais área
ocupa na região do Douro. A sua
importância é determinante nos
Vinhos do Porto, sobretudo para a
produção de vintages e nos vinhos
DOC Douro assume uma enorme
preponderância ao lado da Touriga
Nacional. A quinta do Crasto,
situada no coração do Cima Corgo,
entre a Régua e o Pinhão, ganhou
justificada fama pelos seus vinhos
de parcela — Vinha da Ponte e
Vinha Maria Teresa — mas também
pelo seu Vinhas Velhas, um tinto
de enorme sucesso, produzido em
quantidades que rondam as 100
mil garrafas. No portefólio cabem
ainda os vinhos varietais das três
variedades emblemáticas da região
e este Touriga Franca é um belo
exemplar da casta. O perfil é, pode
dizer-se, muito Quinta do Crasto,
ou seja, sempre com a forte presença
das notas da barrica nova onde o
vinho estagiou mas sobressaindo
também a grande riqueza e
concentração da fruta e dos taninos.
Um grande Douro, qualquer que seja
o prisma de análise.
Quinta do Crasto
€59,50 (Garrafeira Campo de Ourique, Lisboa)
PORMENOR
Douro Reserva branco
2018
Pormenor Vinhos
€23.50 (Garrafeira
Tio Pepe, Porto)
Feito com Rabigato e Malvasia Fina,
tem origem em vinhas velhas situadas
no Douro Superior. Estágio em barrica
usada. É nesta zona que a Rabigato me-
lhor se mostra, conferindo aos vinhos
um perfil mais vegetal e mineral. Aqui o
diálogo entre as duas castas funciona
muito bem. A Malvasia é a mais planta-
da da região.
VINHA DA TALISCA
Reg. Tejo branco 2018
Rui Reguinga
€19,85 (Garage Wines,
Porto)
O produtor deste branco inspirou-se
nas Côtes-du-Rhône (França) e por
isso usou as castas Marsanne, Roussan-
ne e Viognier. O resultado é um branco
gordo, cheio, untuoso mas servido por
boa acidez, tornando-se por isso num
grande companheiro da mesa. Este lado
volumoso obriga também a que seja
servido a não menos de 12 graus.
CASA DE SAIMA
Bairrada Garrafeira branco
2015
Casa de Saima
€25 (Garage Wines, Porto)
Branco ‘à antiga’, feito com Bical, Cer-
cial e Maria Gomes. O estágio decorreu
em tonéis de carvalho usado o que lhe
confere um carácter de ligeira oxidação
e com muitas resinas à mistura. Mas
atenção: os brancos desta casa têm
mostrado uma enorme longevidade e
por isso é, dir-se-ia obrigatório, guardar
algumas garrafas.
 OH CARLOS MANUEL
Sem Denominação de
Origem tinto 2015
Carloto Magalhães/Manuel
Vieira
€40 (Garage Wines, Porto)
Este tinto, feito por dois enólogos,
junta vinhos de Touriga Nacional do
Dão e do Douro (daí não ter D.O.). Esta
prática, em tempos muito usual entre
nós, está agora a colher cada vez mais
adeptos. Este é um tinto muito aces-
sível no perfil mas que poderá ligar
muito bem com alguns dos petiscos
natalícios.
CÃO DANADO
Douro tinto 2017
Quinta do Pessegueiro
€19 (Garage Wines, Porto)
Com este nome original temos um tinto
feito com Tinto Cão, uma das grandes
castas da região, ainda que menos
badalada que as Tourigas. Estamos
em crer que vai ser casta de grande
futuro, excelente para vinhos de guarda
e com muito boa frescura enquanto
nova. Este é um ótimo exemplar, muito
gastronómico.
CH BY CHOCAPALHA
Reg. Lisboa tinto 2017
Casa Agríc. das Mimosas
€29,90 (Garrafeira
Nacional, Lisboa)
Este é um varietal de Touriga Nacional,
um tinto muito encorpado e de grande
estrutura, onde se procurou mais ex-
tração, cor e boa presença da madeira.
A quinta fica na zona da Merceana,
beneficiando assim da proximidade do
mar e a quinta, que é um projeto fami-
liar, também produz brancos de muito
bom nível.
QUINTA DO MONTE
D’OIRO VINDIMA DE 13
DE OUTUBRO
Reg. Lisboa branco 2016
José Bento dos Santos
€45,90 (Garrafeira
Nacional, Lisboa)
Este é um dos brancos mais originais
do país vinícola. Vindimado tarde mas
resultando seco, é um vinho de elevada
graduação, todo ele a sugerir oxidação
e evolução mas que depois mostra
(tal como na primeira edição, uns anos
antes) uma enorme capacidade para
acompanhar todo o tipo de culinária.
Não deve ser consumido a solo.
QUINTA DOS TERMOS
TALHÃO DA SERRA
Beira Interior Rufete
Reserva tinto 2016
Quinta dos Termos
€14,75 (Garrafeira
Nacional, Lisboa)
A casta Rufete — Tinta Pinheira no
Dão — esteve muitos anos no limbo
porque gerava vinhos com pouca cor.
Os tempos mudam e as modas também
e agora estes vinhos são cada vez mais
apreciados, elegantes e muito gastro-
nómicos, sempre com um lado vegetal
a sobrepor-se à fruta. Um belo tinto de
uma zona a descobrir.
20
EVENTOS
DESPORTIVOS
MANCHESTER CITY
— LIVERPOOL
7 de novembro
Sport TV, 15h
Há jogo grande na Premier League! A
jornada 8 coloca frente a frente Pepe
Guardiola e Jürgen Klopp. Podem ser
quatro os portugueses em campo,
Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo
Silva nos azuis de Manchester e Diogo
Jota nos vermelhos de Liverpool.
TRIATLO ITU 2020
VALENCIA
WORLD CUP
7 e 8 de novembro
A icónica cidade costeira espanhola
recebe a prova, que encerrará a tem-
porada da Copa do Mundo de 2020,
deveria ter ocorrido originalmente em
maio, mas foi adiada quando a pande-
mia covid-19 começou a atingir o mun-
do. O Conselho Executivo da World
Triathlon aprovou 100 mil dólares para o
prémio em Dinheiro do Ranking Mundial
de Triathlon de 2020, que será distribu-
ído após o último evento de pontuação
deste ano.
Jürgen Klopp
e Pep Guardiola
18ª E ÚLTIMA ETAPA
DA VOLTA A ESPANHA
8 de novembro
Eurosport 1
O pelotão da vuelta chega a Madrid.
A etapa final será de 124,2 km, entre o
Hipódromo de la Zarzuela e a capital
espanhola, um dia para celebrar e a opor-
tunidade final dos velocistas comemora-
rem uma temporada de Grand Tour bem
diferente das que estávamos acostuma-
dos. Quatro portugueses estiveram no
grande pelotão desta volta a Espanha, Rui
Costa (UAE Emirates), Nélson Oliveira
(Movistar), Rui Oliveira (UAE Emirates) e
Ricardo Vilela (Burgos-BH).
BENFICA — BRAGA
8 de novembro
BTV
‘Encarnados’ e ‘Guerreiros do Minho’
medem forças no Estádio da Luz na 7ª
jornada. A equipa de Jorge Jesus teve
o melhor arranque dos últimos anos no
campeonato mas encontra o adversário
mais forte até ao momento nesta Liga,
o Sporting de Braga de Carlos Carva-
lhal que se reforçou muito e bem nesta
temporada.
Darwin Núñez
MOTOGP — GRANDE PRÉMIO
DE VALÊNCIA
13 a 15 de novembro
Sport TV
O Asfalto de Valência recebe a penúl-
tima etapa do mundial da modalidade.
É o último grande teste de Miguel
Oliveira antes de fazer as malas e viajar
para Portimão para voar baixinho no
autódromo do Algarve.
XVII
EVENTOS DESPORTIVOS
PORTUGAL — FRANÇA
14 de novembro
RTP1
O Estádio da Luz recebe a jornada 5 da
Liga das Nações — Grupo C. Portugal
e França vão decidir o primeiro lugar do
grupo, o único que dá acesso às meias-
-finais. Portugal e França mantêm-se
colados na luta pelo apuramento para
a fase seguinte da Liga das Nações de
futebol, depois de terem vencido os
respetivos jogos e deixado Suécia e
Croácia fora das contas do grupo.
Cristiano
Ronaldo
ATP WORLD FINALS — LONDRES
15 a 22 de novembro
Sport TV
Este é um dos momentos mais aguar-
dados do ano para os amantes do ténis.
O World Finals de Londres é o evento
que junta os oito melhores jogadores
do ano. Rafael Nadal, Novak Djoko-
vic, Dominic Thiem, Daniil Medvedev,
Stefanos Tsitsipas e Alexander Zverev
já estavam garantidos. Roger Federer
não irá participar por lesão, só volta em
2021.
CROÁCIA — PORTUGAL
17 de novembro
RTP
Na última jornada do Grupo C da
Liga das Nações, Portugal defronta a
seleção com quem abriu esta edição
da competição. No Estádio do Dragão
mesmo sem Cristiano Ronaldo, Portu-
gal começou a Liga das Nações com
uma goleada sobre esta Croácia por
4-1. João Cancelo, Diogo Jota, João
Félix e André Silva fizeram os golos
portugueses, e Petkovic o tento do
vice-campeão mundial.
XVIII
ESPANHA – ALEMANHA
17 de novembro
Sport TV
Jogo grande da última jornada do
Grupo D da Liga das Nações. Espanha
e Alemanha decidem quem segue em
frente para as meias-finais da com-
petição. É o ultimo jogo de um grupo
que tem também Ucrânia e Suíça. Num
grupo onde os favoritos tropeçaram,
com a Alemanha com três empates nos
primeiros quatro jogos e a Espanha que
perdeu com a Ucrânia.
WRC RALLY DA BÉLGICA
19 a 22 de novembro
Sport TV
A Bélgica vai acolher pela primeira vez
uma ronda do Mundial de Ralis, depois
de confirmado oficialmente no calen-
dário o Renties Ypres Rally Bélgica. A
prova de asfalto terá lugar de 19 a 22
de novembro, substituindo o Rali do
Japão como o oitavo e último round
da temporada. Desta forma, a Bélgica
tornar-se-á na 34ª nação a organizar
uma ronda do WRC, desde que a série
começou em 1973. A prova contará
com cerca de 300 km de troços ao
longo de três dias completos.
TOTTENHAM
— MANCHESTER CITY
21 de novembro
Sport TV
A 9ª jornada da Premier League volta a
colocar frente a frente José Mourinho
e Pepe Guardiola. Longe vão os tempos
dos clássicos espanhóis Real-Barça,
MOTOGP —
mas a rivalidade de dois dos melhores
treinadores do mundo mantém-se! Hi-
pótese de provavelmente ver também
Vinicius (emprestado pelo Benfica)
defrontar o até há dois meses cole-
ga de equipa Rúben Dias, entretanto
transferido para o City. GRANDE PRÉMIO
DE PORTUGAL
José Mourinho
20 a 22 de novembro
A
prova-rainha do motoci- O Grande Prémio de Portugal
clismo volta a Portugal, com MotoGP está de volta ao nosso país
emoções únicas sobre duas para a ronda final, no Autódromo
rodas e com um atrativo extra, o Internacional do Algarve.
piloto português Miguel Oliveira da As 15 curvas ao longo dos 4 km e
Red Bull KTM Tech3. 658 metros de um circuito muito

rápido e extremamente técnico,
prometem emoções ao rubro e
nervos em franja em Portimão.
Depois de ter vencido na última
curva uma corrida memorável no
Red Bull Ring, o piloto da Charneca
da Caparica quer mostrar no asfalto
português quanto vale a KTM RC16
que trás de baixo do corpo.
O primeiro-ministro António Costa
anunciou, após o fim do Conselho
de Ministros extraordinário no
passado sábado, que o Grande
Prémio de MotoGP, em Portimão,
não terá público, depois da
“incapacidade do promotor” na
organização do GP de Fórmula 1.
Sport TV
Miguel Oliveira
ATLÉTICO MADRID
— BARCELONA
22 de novembro
Eleven Sports
A jornada 10 de La Liga traz-nos um
clássico do futebol espanhol. A equipa
blaugrana tem uma difícil deslocação a
casa dos colchoneros. Messi terá mais
um dia de marcação impiedosa, num
encontro que volta a ter em campo
duas das maiores promessas do futebol
português, João Félix pelo Atlético e
Trincão pelo Barcelona.
MIKE TYSON — ROY JONES JR.
28 de novembro
Velhos são os trapos e duas das mai-
ores lendas do pugilismo mundial vão
voltar a defrontar-se. Mike Tyson, com
54 anos, combate com outro antigo
campeão do mundo de pesos pesados,
Roy Jones Jr., de 51 anos. Los Angeles
na Califórnia recebe um combate que
foi apelidado “Exibição” mas que os
dois estão a levar muito a sério. Tyson já
avisou o adversário também conheci-
do como “Capitão Gancho”: “Não vou
perder!”
MANCHESTER UNITED — PSG
2 de dezembro
Eleven Sports, 20h
O “teatro dos sonhos” recebe o jogo
grande da 5ª jornada da fase de grupos
da Liga dos Campeões. Dois dos can-
didatos a vencer a prova já se encon-
traram em Paris na jornada inaugural
deste grupo H. Aí foi a equipa de Bruno
Fernandes a vencer por 2-1 com um
golo do português. Mas os franceses,
que contam agora com Danilo, querem
a desforra em Manchester.
MARATONA E MEIA-MARATONA
DE VALÊNCIA
6 de dezembro
Aberta apenas para atletas profis-
sionais, vão ser no máximo 300 os
inscritos nas duas provas, com a sua
grande maioria na Maratona (cerca de
250), já que todos anseiam pelo índice
olímpico para Tóquio-2020, que será
realizado em 2021. Como aconteceu
em Londres, por exemplo, as duas pro-
vas acontecerão num circuito fechado,
tudo para impedir o risco sanitário. O
objetivo é claro: os recordes do mundo
nas duas distâncias.
BARCELONA — JUVENTUS
8 de dezembro
Eleven Sports, 20h
Para Camp Nou está marcado um
reencontro há muito esperado pelos
amantes do futebol. Frente a frente vão
voltar a estar Messi e Cristiano Ronal-
do. Os dois jogadores já se defrontaram
35 vezes, tendo o argentino vencido
16 encontros, 10 jogos terminaram
empatados e por 9 vezes Ronaldo saiu
vitorioso. Este jogo que encerra o grupo
G da Liga dos Campeões centra todas
as atenções da última jornada.
MANCHESTER UNITED —
MANCHESTER CITY
12 de dezembro
Sportv, 15h
A jornada 11 da Liga inglesa traz-nos o
dérbi de Manchester. O United recebe
o City em Old Trafford num jogo que
coloca frente a frente quatro jogadores
da seleção portuguesa. Bruno Fernan-
des pelo Manchester United e Bernar-
do Silva, João Cancelo e Rúben Dias
pelo Manchester City.
REAL MADRID — ATLÉTICO MADRID
13 de dezembro
Eleven Sports
Para quem será o azar da ronda 13 da
Liga Espanhola? Merengues ou colcho-
neros? Um dia de muitas emoções em
Madrid com o dérbi da capital a ditar
cartas no Santiago Bernabéu.
XIX
F.C. PORTO
— BENFICA
23 de dezembro
S
erá a dois dias do Natal que
se vai jogar o encontro que
normalmente abre a época
futebolística em Portugal, são os
efeitos da pandemia. A nova data foi
a forma encontrada por F. C. Porto,
S. L. Benfica e Federação para aliviar
o calendário e, assim, salvaguardar
os interesses das equipas portuguesas
envolvidas nas competições da UEFA.
O F. C. Porto, campeão nacional
e vencedor da Taça de Portugal
Placard, e S. L. Benfica, finalista
vencido desta prova, voltam desta
forma a defrontar-se a 23 de
dezembro para disputar a Supertaça
Jorge Jesus
e Sérgio Conceição
Cândido de Oliveira.
O Benfica é o atual detentor do
troféu, depois de ter vencido o
Sporting na época passada por 5-0
e conquistado a 8ª Supertaça. Os
dragões já têm no museu 21 troféus.
Será a primeira vez nesta época que
as equipas de Jorge Jesus e Sérgio
Conceição medem forças e será logo
numa final de uma das cinco provas
a que os dois clubes se submetem
esta temporada.
RTP 1
3
IDEIAS
SUSTENTÁVEIS
THE COUSINS
@thecousins_brand
The Cousins é uma marca pensada e
criada em Portugal, com o objetivo
de incentivar os artesãos locais. Duas
amigas conhecidas como “as primas”
— Sílvia Silva e Tânia Senra — arre-
gaçaram as mangas e colocaram no
mercado chapéus coloridos e irreve-
rentes, mantendo a sua origem e ins-
piração clássica. Em plena pandemia
lançaram uma coleção de chapéus
unissexo, disponível em quatro tama-
nhos, com cores que vão dos básicos
branco e preto, ao laranja, verde e
amarelo. Todos os chapéus são feitos
em feltro e produzidos em São João
da Madeira.
INSANE IN THE RAIN
É uma marca com consciência am-
biental que produz roupas de chuva
ecológicas. Os casacos para a chuva
coloridos são feitos de plástico reci-
clado. O tecido de plástico reciclado
utilizado é o chamado PET reciclado.
É um material forte, durável e reci-
clável, usado em garrafas plásticas
de refrigerante e água descartáveis.
Reutilizam garrafas velhas e plásticos
descartáveis e transformam-nos em
tecidos para reduzir a quantidade de
lixo que vai para aterros sanitários
e para os oceanos. São 23 garrafas
de plástico que, de outra forma,
podem acabar nos nossos oceanos.
OS JEANS MAIS
SUSTENTÁVEIS
DE SEMPRE
Roupa 100% reciclada,
sem recorrer a novas
fibras virgens
A
Levi’s® lançou os jeans mais
sustentáveis de sempre.
Incluídos na nova coleção
Levi’s® Wellthread™ e criados
em parceria com a re:newcell,
são feitos de algodão orgânico e
Circulose®, um material inovador
feito a partir de jeans previamente
usados. Disponíveis nos modelos
502™ para homem e High Loose
para mulher; estes novos jeans
são o resultado de cinco anos de
pesquisa intensiva em design e
produção circular de denim.
Os novos jeans sustentáveis
Wellthread™ são o resultado do
esforço conjunto entre a equipa de
design Levi’s®, o laboratório que
testou e validou as premissas de
sustentabilidade e a re:newcell — a
empresa de inovação responsável
pela criação da Circulose®. Do
ponto de vista de inovação, são um
novo produto que marca a entrada
da marca e da indústria da moda
numa nova era de sustentabilidade
e circularidade. Um exemplo de
como a roupa também pode ser
100% reciclada e originar cíclica e
verdadeiramente novas peças. Sem
que para tal tenhamos de recorrer à
produção, utilização e consumo de
novas fibras virgens.

Vinhos únicos que contam uma história…
… que começa na vinha.
Percorrer as vinhas, onde
nascem os vinhos Quinta Vale
D. Maria, é testemunhar a sua
história. Memórias que se
colhem, em cada vindima, e que
refletem o profundo respeito
pelo terroir onde se inserem
As vinhas desenham a paisagem
com as cores de cada estação.
Pacientes, respeitam um ciclo.
Com o tempo, também elas
aprendem a observar. Com o
tempo, também elas partilham
história. A sua. Os vinhos Quinta
Vale D. Maria são seus fiéis
confidentes.
No Douro Superior, na encosta
do Vale do Rio Sabor, as parcelas
mais velhas da quinta têm cerca
de 35 anos. Plantadas com as
castas Touriga Franca, Touriga
Nacional, Tinta Roriz e Tinta
Barroca, estão expostas a nascente,
banhadas pelo sol da manhã e
mais protegidas do sol tórrido
do fim da tarde. As vinhas, deste
vale histórico, estão na génese
do Vale D. Maria Vinhas do
Sabor tinto 2018, um vinho cheio
de personalidade, que reflete a
austeridade do Douro Superior
na densidade que apresenta, e
a finesse do terroir através da
delicadeza da fruta que nele nasce.
“Falar em Douro é falar em
tradição, como acontece com
a mistura de castas existente
nas vinhas velhas”, diz-nos
António Azevedo Guedes, CEO
e descendente da 5.ª geração da
família fundadora da Aveleda.
Percorridos cerca de 100 km, até
ao Cima Corgo, encontramos,
no coração da Quinta Vale D.
Maria, uma vinha, com mais
de 60 anos, que se estende do
ponto mais baixo ao mais alto
da propriedade. As 41 castas,
de entre as quais Rufete, Tinta
Amarela, Tinta Francisca,
Sousão, Touriga Franca, Touriga
Nacional, Tinta Roriz, plantadas
de forma misturada e com
diferentes exposições solares,
estão na origem do vinho Quinta
Vale D. Maria Douro tinto 2018.
Esta diversidade é o que torna
este vinho profundo e intenso,
com aromas de cereja, ameixa e
amora-silvestre, típicos do field
blend que forma o Quinta Vale
D. Maria Douro tinto 2018.
PUB
A Vinha do Rio é uma das vinhas
centenárias da Quinta Vale
D. Maria. Numa localização
excecional, esta vinha velha está
plantada perto do rio Torto que
corre no sopé da quinta, onde
os pés de vinha conseguem
encontrar água mais facilmente.
Por estar na parte mais baixa
do Vale do Rio Torto, e por este
ser um rio pequeno e sinuoso,
a Vinha do Rio acaba por ter
menos horas de sol direto,
permitindo uma maturação mais
lenta e equilibrada ao longo de
todo o ciclo, bem como uma
maior capacidade de preservar
acidez. Com exposição a sul, que
garante uma boa maturação dos
taninos, as 29 castas, de entre as
quais a Tinta Barroca, plantadas
na Vinha do Rio encontram um
terroir único para se desenvolver.
Quando as uvas, aqui nascidas,
entram no lagar e iniciam a sua
fermentação, destacam-se os
aromas, que enchem a adega, e
a cor que pinta o lagar. O vinho
Quinta Vale D. Maria Vinha do
Rio 2018 apresenta um perfil
sedoso, profundo, envolvente e
o seu final longo, quase teimoso
torna este vinho inesquecível.
Viver o Douro é contá-lo.
14
ESPLANADAS
DE INVERNO
Ao pôr do sol, outra fase imperdível para
desfrutar do espaço: com a presença
de DJ e performers, o lounge torna-se
palco de memoráveis sunsets.
SUD LISBOA
Avenida Brasília, Pavilhão Poente, Lisboa
Tel. 211 592 700
É um dos hot spots da capital. Com uma
localização de excelência, um con-
ceito único e versátil, apresenta uma
esplanada exterior, mas também pode
proteger-se no interior, com a mesma
vista para o Tejo. No piso superior, o sol
de inverno convida a um cocktail.
FERROVIÁRIO
Rua de Santa Apolónia, Lisboa
Tel. 217 651 869
O brunch, ao fim de semana, é uma
atração adicional deste espaço, com
uma enorme esplanada e vista para o
Tejo, que nos meses frios se transforma
num verdadeiro jardim de inverno, com
cobertura, aquecimento e mantas. A
zona fechada é ideal para uma refeição.
CORAÇÕES COM COROA CAFÉ
Rua da Junqueira, 295/7, Lisboa
Tel. 910 312 930
Integra o projeto da Associação
Corações Com Coroa e oferece uma
esplanada coberta, que se expande
pelo jardim dominado por laranjeiras.
Funciona de terça-feira a sábado e
promove um calendário de eventos
socioculturais. Serve refeições leves,
brunches e é ideal para um lanche.
XXII
ÕKAH — RESTAURANT & ROOFTOP
Cais da Rocha Conde D´Óbidos, Lisboa
Tel. 914 110 791
A música, incluindo os sons dos anos
80 e 90, mantém-se como ingrediente
principal, ao qual se soma a vista para o
Tejo, para o Cristo Rei ou a Ponte 25 de
Abril, cenário perfeito para acompa-
nhar um cocktail ou um copo de vinho.
Aproveite para provar as sugestões de
sushi.
OH! SORTE
Rua da Alegria, 20, Lisboa
Tel. 213 461 881
A porta discreta esconde um espaço
amplo e agradável, em que se desta-
cam o Bar Oliveira, que serve cocktails
e cervejas artesanais, e a ‘falsa’ espla-
nada, que é um quase jardim de inverno,
graças ao teto de vidro. Conte com
pizas, que remetem para as tradições
portuguesas.
LAT.A
Doca de Santo Amaro, Lisboa
Tel. 210 935 386
Quase escondido num andar ligeira-
mente elevado nas traseiras da Doca de
Santo, este novo espaço apresenta uma
grande varanda que dá para o jardim. Com
vista para o rio dá a sensação de que se
está num lugar isolado. Os sons e sabores
inspiram-se na América Latina.
THE INSÓLITO RESTAURANTE & BAR
Rua de São Pedro de Alcântara, 83, Lisboa
Tel. 213 461 381
No topo do edifício adivinha-se a mag-
nífica vista para a cidade, com destaque
para o Castelo de São Jorge. A espla-
nada é aquecida e existem mantinhas
para aconchegar, com a vantagem de o
toldo se estender para maior proteção.
Prove os cocktails e arrisque na finger
food.
TERRAÇO BAHR
Praça Luís de Camões, 2, Lisboa
Tel. 213 408 288
Uma das novidades da reabertura é que
o famoso rooftop, no sexto piso do hotel,
até então exclusivo para hóspedes,
passou a estar aberto a todos das 12h30
à 1h, com uma carta igual à do Terraço
BAHR, onde além de cocktails, nos dias
amenos pode usufruir de um tentador
brunch.
VERSO ROOFTOP LOUNGE
Rua José de Azambuja Proença,
Edifício Templo da Poesia, Oeiras
Tel. 913 473 106
Tem garantidamente uma das mais
inspiradoras vistas de Oeiras, que
se prolonga do Tejo até ao Espichel.
Aproveite a zona exterior, com sofás
e cadeirões para apreciar o pôr do sol
ao som de DJ e experimente um dos
muitos cocktails da carta ou a oferta de
snacks.
PONTA DO SAL BY BAR DO GUINCHO
Avenida Marginal, São Pedro do Estoril
Tel. 967 676 183
Espaço complementar ao Centro de
Interpretação Ambiental da Pedra do
Sal, no Estoril, aproveita a localização
única e oferece, além de uma agradá-
vel esplanada, com uma pequena área
coberta, uma zona com espreguiçadei-
ras que convidam a aproveitar o sol de
inverno.
KUG — KITCHEN & URBAN GARDEN
Rua de Dom Manuel II, 178, Porto
Tel. 226 000 744
É, ainda, um jardim secreto no Porto,
com a vantagem de ter uma ementa
assinada pelo premiado chefe Rui Paula.
Aproveite os dias amenos para usufruir
do jardim polvilhado de cameleiras
centenárias. Em alternativa, aconche-
gue-se na casa de madeira de enormes
vidraças.
VOGUE CAFÉ
Rua de Avis, 10, Porto
Tel. 932 100 297
O espaço é elegante, descontraído q.b.
e usufrui da proteção dada pelo edifí-
cio. Entre almoços demorados, jantares
intimistas e brunches relaxados, pode
ser também uma boa escolha para pro-
var um cocktail de assinatura, com os
mais recentes a saírem da criatividade
de Miguel Vieira.
LSD — LARGO DE SÃO DOMINGOS
Largo de São Domingos, 78, Porto
Tel. 910 298 589
A esplanada, aquecida nos dias
frios, continua a ser um dos spots da
cidade e local para boas conversas,
acompanhadas por tábuas de queijos
e enchidos ou por pratos mais subs-
tanciais sempre com um toque de
modernidade.
PORTO CRUZ 360 TERRACE LOUNGE
Espaço Porto Cruz, Largo Miguel Bombarda,
23, Vila Nova de Gaia
Tel. 220 925 340
No topo do edifício, a vista para o Douro
e para a cidade do Porto são um convite
permanente a uma visita, mesmo duran-
te o inverno. No terraço pode saborear
criativos cocktails, a maioria com base
em Vinho do Porto, ou partir à desco-
berta da produção da Porto Cruz.
 PUB

Ingredientes para 4 pessoas

Atum Bom petisco 2 x 120 g

Ovo cozido 2 unid
Pão 4 unid
Cebola roxa
em rodelas 2 unid
Bacon 8 fatias
Queijo Serra 120 g
Pickles 60 g
Poejos 2 c. sopa

Confeção

Pique os ovos e misture com o

atum Bom Petisco. Divida em
porções e molde em forma de
burgers.
Numa frigideira, frite o bacon
num pouco de azeite, em
conjunto com as rodelas de
cebola. Leve também os
Burgers a corar numa frigideira.
De seguida, coloque-os no pão,
sobreponha a cebola, poejos,
bacon, queijo e leve a gratinar.
Termine com os pickles.

115
 160
mm

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