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Parte I 1

Geografia Unidade 4 | O espaço rural e suas transformações


Conexões

Sugestões de atividades

1 – Glossário ilustrado
A transposição de linguagens é uma maneira de aprofundar a leitura.
Faça uma lista com os termos definidos em glossário no decorrer dos capítulos da unidade.
Pesquise em sites confiáveis, jornais e revistas imagens que possam ilustrar os principais termos.
Recorte e cole esse material visual, organizando um glossário ilustrado.

2 – Análise de fotos
Reveja as fotografias utilizadas no decorrer dos capítulos da unidade. Escolha seis dentre
elas que, em sua opinião, melhor representam os temas relacionados à agropecuária mundial e
brasileira. Justifique a sua escolha.

3 – Associação da personagem
Associem os tipos de personagens que vivem e trabalham no campo com as histórias de vida
relatadas a seguir.
a) Empresário do campo
b) Boia-fria
c) Pequeno produtor
d) Criança trabalhadora
e) Trabalhador rural sem-terra
( a ) “Ao amanhecer, Alcídio Balbo sai de sua usina, no município paulista de Sertãozinho. Ele
dirige uma camioneta Chevrolet bordô equipada com rádio para dar ordens aos oito fiscais
das plantações. Os canaviais mais distantes se perdem além da linha do horizonte. Do
ponto mais longínquo de suas propriedades, ele não avista nem mesmo a enorme chaminé
da usina. Aos 54 anos, levantando poeira pelas estradas bem cuidadas que atravessam as
lavouras de diferentes idades, Balbo percorre por dia mais de 100 quilômetros, verificando
o andamento dos trabalhos.”
( c ) “Ilson Borges Fagundes, 43 anos, é dono de 47 hectares em Viamão, perto de Porto
Alegre. Dos seus 47 hectares, Fagundes cultiva pouco mais de 1 hectare de mandioca,
o suficiente para manter uma vaca de leite, cinco carneiros e uma junta de bois. Na ver-
dade, seu ganha-pão é um caminhão Chevrolet-Perkins a diesel. Fazendo duas viagens
por semana com carregamento de adubo para a cidade próxima de Mostardas, Fagundes
ganha dinheiro para alimentar a mulher e três filhos.”
( d ) “Cleonaldo Ferreira dos Santos tem 13 anos e é um menino vaqueiro que trabalha nas
fazendas de Floresta, município de Pernambuco. Ele trabalha aboiando (guiando) bodes,
cabras e vacas. Cleonaldo não sabe ler nem escrever. Não vai à escola porque precisa
ajudar o pai, que também é vaqueiro, empregado da fazenda e analfabeto. Na casa dele
não tem televisão nem geladeira. São sete irmãos ao todo, que nunca foram ao médico
nem ao dentista.”
Parte I 2

Geografia Unidade 4 | O espaço rural e suas transformações


Conexões

( e ) “Sueli Ribeiro dos Reis tem 36 anos. Foi boia-fria até o dia em que, junto com o marido
Aristeu dos Reis, de 40 anos, ingressou no MST. Ela foi parar no acampamento de Taqua-
ruçu (SP). Sueli tem três filhos e cursou até a 5a série. Seu marido não chegou a concluir
o curso primário e foi operário na construção de barragens de hidrelétricas no Pontal do
Paranapanema por vários anos. Depois que perdeu o emprego, em 1990, Aristeu começou
a trabalhar como boia-fria. Como estavam passando fome, encontraram no acampamento
uma alternativa de sobrevivência.”
( b ) “Maria Teresa Valéria tem 49 anos. Às 7 horas da manhã já está no canavial. Braços rígi-
dos, amola o facão encarando a cana. O trecho a ser cortado é uma área de 18 hectares.
O canavial foi queimado na véspera. O fogo é vital: enrijece a cana, acaba com o mato
e ainda mata as cobras. No barro, entre a pista e a cana, já há centenas de homens e
mulheres cobertos com roupas grossas dos pés à cabeça. Afinal, não tem quem aguente
cortar cana de dia e passar a noite toda pinicando. Cada um escolhe seu ‘eito’, equivalente
a cinco ‘ruas’ do canavial. No final da jornada de nove horas, com intervalo para almoço,
o eito deverá estar transformado em ‘esteiras’ de 150 metros de extensão. Mediante a
tarefa cumprida, é efetuado o pagamento do dia de trabalho.”
Textos adaptados de reportagens publicadas entre 1994 e 1997 pela revista Veja e
pelos jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo.

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