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Apostila de
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DIREITO INTERNACIONAL
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PÚ BLICO
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1ª PARTE
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Marcio Caldas
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DIPDIPDIPDIPDIPDIPDIPDIPDIPDIP
DIPDIPDIPDIPDIPDIPDIPDIPDIPDIP
DIPDIPDIPDIPDIPDIPDIPDIPDIPDIP
DIPDIPDIPDIPDIPDIPDIPDIPDIPDIP
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
O homem como ser social buscou ao longo dos tempos, organizar-se em sociedades
que se originaram, no passado, em pequenos grupos familiares, passando por tribos, clãs,
até que se chegasse a idéia de Estado.
O Estado como formação societária mais moderna e complexa vem sendo discutido,
a partir de uma percepção da necessidade de um intercâmbio mais abrangente entre os
diversos povos do Globo. Surge a idéia de uma Sociedade Internacional.
É preciso que se ressalte, desde já, que a designação Sociedade Internacional não se
confunde com a ONU – Organização das Nações Unidas, esta formada apenas por seus
signatários, e que também está incluída no que chamamos Sociedade Internacional, pois
inclui-se entre os Organismos Internacionais. Bem verdade que a maioria dos Estados, hoje
está filiada à ONU, até mesmo por uma necessidade de proteção mútua e intercâmbio
comercial globalizado, todavia, ainda assim, tratamos de figuras distintas.
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
A melhor doutrina, capitaneada pelo Prof. Celso de A. Mello 1, traz algumas das
principais características da Sociedade Internacional:
1.2 INFLUÊNCIAS
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
Diante dessas influências surgem diversos conflitos armados, que com a evolução
da Sociedade Internacional vem sendo substituídos por discussões diplomáticas entre os
Estados, como meio pacífico de se solucionar conflitos. Evidentemente que o cenário atual
nos mostra que a eficácia dos mecanismos diplomáticos nem sempre são suficientes e
impeditivos para o desencadeamento de guerras, mas sem dúvida, representa um grande
avanço, onde em diversas situações apresentam soluções pacíficas e a resolução dos
conflitos de forma satisfatória.
O crescimento dos Estados primitivos fez com que a economia de subsistência fosse
gradativamente abrindo espaço para as práticas mercantis, iniciadas com o rudimentar
escambo até o uso de moeda, o que fez surgir rudimentares economias.
Entendendo que essa nova economia já partia do princípio básico de fontes escassas
contrapondo-se a necessidades infinitas, partiu-se para a expansão em busca de novos
mercados. Nascem os primeiros movimentos expansionistas.
Ocorre que os conflitos bélicos sempre trouxeram perdas substancias para ambas as
partes envolvidas. Em um primeiro momento, as práticas beligerantes podem gerar riquezas
com a expansão da indústria que lhe dá suporte, e sem dúvida, trazer diversos benefícios ao
Estado que obter maior êxito. Contudo, a história nos mostra, que mesmo para os
vencedores dos conflitos, à médio e longo prazo, diversos são os prejuízos e conseqüências
penosas, que poderiam ser evitados com uma solução pacífica.
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
inúmeras vezes, por si só, não era e ainda não é capaz de gerar soluções definitivas. A
discussão diplomática prescindia de um mecanismo contratual, que atendesse os interesses
internacionais e ao mesmo tempo fosse coercitivo, no sentido de ser capaz de obrigar as
partes envolvidas. Só assim, a diplomacia pode galgar uma efetividade em suas discussões
e negociações.
É preciso que se destaque o fato de que devemos tomar o DIP não só como um
conjunto de regras, mas incluindo também princípios jurídicos mundiais, uma vez que
muitas vezes, considerando a diversidade jurídica mundial (baseada em diferentes direitos
como o Direito Romano e o Anglo Saxão e a cultura fundamentalista árabe), torna-se mais
fácil a resolução de conflitos internacionais mediante aplicação de princípios jurídicos
comuns.
Como visto, as regras do DIP visam atingir não só Estados entre si, mas Estados e
Organizações Internacionais, ou mesmo relações entre Organizações Internacionais.
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
Essa teoria teve origem na Teoria da vontade coletiva, quando a força do DIP
nasceria do interesse coletivo. Sofreu críticas a partir da idéias de que novos Estados já
nasceriam obrigados a essa “vontade coletiva” originária da qual não participou, somente
aderiu. Desenvolveu-se, então, a Teoria do Consentimento das Nações, onde cada Estado
consente ou não determinada regra do DIP, o que ainda carecia de um suporte mais coeso
que veio ser posteriormente complementado pela “Teoria da Delegação do Direito Interno”,
na medida em que cada Estado só consente no plano internacional aquilo que lhe é
permitido segundo sua própria ordem interna. A aglutinação das idéias dessas duas últimas
teorizações desdobrou-se na Teoria da Autolimitação.
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Mello, Celso Albuquerque de. Curso de Direito Internacional. Ed. Renovar, 15.ª Edição, Rio de Janeiro.
2004.
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
DIP Particular: Utiliza-se a nomenclatura “Particular” para que não hajam confusões
acerca do D.I. Privado, Direito Autônomo, objeto de estudo específico em outro livro da
coleção.
Como ciência jurídica autônoma o Direito Internacional Público tem suas fontes,
base de sua própria estruturação enquanto Direito.
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
que podem ser suscitados. De onde surgirá sempre o questionamento acerca de qual ordem
deve prevalecer: A ordem internacional ou a ordem interna.
O Dualismo é contraposto pelo monismo, que traz uma concepção onde uma das
duas ordens deve prevalecer sobre a outra. De forma que teremos:
- O Monismo com primazia do Direito Interno, onde a ordem jurídica nacional, diante
de sua soberania, vai nortear o Direito Internacional, o que nos remete
necessariamente a Teoria da Autolimitação.
- A Teoria Monista com primazia do Direito Internacional onde este prevalece sobre
o Direito Interno, de forma que a ordem internacional norteia a ordem interna,
havendo aqui uma espécie de abrandamento da própria soberania de cada Estado
que, em tese, deverão se adequar primeiro, as regras e princípios do Direito
Internacional.
Parte da doutrina4 afirma que o Brasil parece ter adotado na Constituição de 1988
uma posição dualista, eis que incorpora o Direito Internacional no Direito Interno. Por
outro lado, percebe-se que a necessidade de ratificação de Tratado pelo Congresso
Nacional, para que o mesmo possa ser internalizado, sugere uma adoção do Monismo com
primazia do Direito Interno, mesmo porque, não seria aceito um Tratado que violasse a
Carta Magna de 1988, o que novamente, nos coloca a diante de uma supremacia de nossa
ordem interna.
Formação das sociedades => Estados => Sociedade Internacional (Estados e Organismos
Internacionais => teorias positivista (acordo de vontade entre Estados) e jusnaturalista (o
homem enquanto ser social).
3
Mello, Celso Albuquerque de. Curso de Direito Internacional. Ed. Renovar, 15.ª Edição, Rio de Janeiro.
2004. p.121.
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Mello, Celso Albuquerque de. Curso de Direito Internacional. Ed. Renovar, 15.ª Edição, Rio de Janeiro.
2004.
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
Características:
- Universal: todo o globo.
- Paritária: igualdade jurídica entre todos os Estados.
- Aberta: a todos os novos Estados que surgirem na Sociedade Internacional.
- Originária: não se funda em outro ordenamento jurídico.
DIP: um conjunto de regras e princípios, que regula direitos e deveres dos Estados e
organismos internacionais.
Dentre às justificativas de sua existência temos as justificativas específicas:
- Estabelecer segurança para a preservação da paz;
- Dirimir conflito de interesses;
- Disciplinar relações internacionais.
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
5 – Que corrente compatibiliza a ordem jurídica internacional com a ordem jurídica interna,
entendendo ser as duas ordens independentes?
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
2.1 OS ESTADOS
Importante frisar que Estado e Nação não se confundem eis que aquela é
formada por um agrupamento de indivíduos de mesmos costumes, tradições e origem
histórica, via de regra, sob o mesmo idioma, sem que necessariamente habitem o
território de um mesmo Estado.
A partir dessa idéia básica, tracemos uma análise de cada elemento presente
nessa definição basilar de Estado, quais sejam, população permanente, território
determinado e governo.
Ao que parece, na medida em que Israel foi reconhecido como Estado ainda que
suas fronteiras não possuíssem uma delimitação efetiva, parece ser razoável entender
que a delimitação do território estaria vinculada a uma localização geográfica sem a
necessidade de marcações fronteiriças absolutas.
O Governo deve ser soberano, de forma a não ser submetido à ditames da ordem
interna ou externa. O Governo representa o Estado no Plano Internacional.
Nesse diapasão importa traze á discussão corrente capitaneada por Luis Ivani de
Amorim Araújo que defende a idéia que o Estado é soberano somente no plano interno,
sendo autônomo no cenário internacional. Isto porque, segundo o Mestre, “se no plano
interno o Estado não é subordinado a nenhum poder, no plano externo ele está sujeito
às normas costumeiras ou convencionais do Direito Internacional.”5
5
Araujo, Luis Ivani de Amorim. Curso de DIP. P.117
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
Não obstante respeitável entendimento, parece que tal doutrina clássica, que
valoriza o Direito Internacional perdeu força, quando do episódio recente onde os
Estados Unidos da América, ao arrepio das normativas da ONU, agiu segundo sua
própria vontade, exercendo à autolimitação enquanto Estado, lançando-se no cenário
mundial como soberano, e não como Estado simplesmente autônomo.
Pelo que se denota haver sim, soberania no plano internacional, que por vezes é
mitigada em razão de interesses do próprio Estado.
Todo o Estado, via de regra possui representantes que atuam em nome de seu
povo. E essa representação não se limita ao território nacional, eis que cada Estado
precisa fazer-se representar no plano internacional.
2.1.3.1 Diplomacia
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
2. 2 AS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
No mundo hodierno é cada vez mais marcante e crescente o papel das chamadas
organizações internacionais, que procuram uma convergência de todos os povos para
fins comuns.
Destaca ainda o Mestre, que o motivo de maior relevo para a criação das
Organizações Internacionais é “a necessidade de manutenção da PAZ na comunidade
internacional”.7
6
ARAÚJO, Luis Ivani de Amorim. Das Organizações Internacionais. Rio de Janeiro: Forense, 2002., p.3
7
ARAÚJO, Luis Ivani de Amorim. Das Organizações Internacionais. Rio de Janeiro: Forense, 2002., p.3
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
2.2.2 ONU
Diante do fracasso da Liga das Nações, ainda no final da 2.ª Guerra Mundial
(1939-1945), as Nações que combatiam o Eixo nazi-facista, comandado pela Alemanha
de Adolf Hitler, pactuaram na conferência de Moscou (1943) a criação futura “com a
maior brevidade possível, de uma organização internacional de caráter geral, baseada no
princípio da soberania de todos os Estados amantes da Paz e aberta à participação de
todos esses Estados”.
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
tem o chamado poder de veto e é composto pelos EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia e
China.
Suas decisões devem ser cumpridas pelos Estados-Membros que tiveram seus
pleitos por ela apreciados, e na forma do art.94 da Carta da ONU, “se uma das partes
em um caso deixar de cumprir as obrigações que lhe incumbem, em virtude de sentença
proferida pela Corte, a outra terá direito a recorre ao Conselho de Segurança, que
poderá, se julgar necessário, fazer recomendações ou decidir sobre medidas a serem
tomadas para o cumprimento da sentença”.
Somente Estados podem litigar perante a Corte, sendo cento que a teor do art.95,
podem os mesmos eleger Tribunal Arbitral de sua livre escolha para submeter questão a
ser dirimida.
Por fim, como já dito quando do primeiro capítulo, o art. 38 do Estatuto da Corte
Internacional de Justiça vem positivar as fontes do DIP.
2.3 ORGANIZAÇÕES REGIONAIS
2.3.1. MERCOSUL
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No artigo 8.º declara que o Estado membro deve conceder aos demais membros
do MERCOSUL um tratamento não menos favorável ao concedido a outro país não
integrante.
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Atualmente, a União Européia passa por uma revisão de seus próprios valores na
medida em que a Constituição Européia levada à votação e aprovação em cada Estado
signatário tem sido rejeitada pela população. Ao que parece, o povo europeu vem
questionando o fato de que fatores culturais, políticas sociais e outros interesses da
coletividade vem sendo esquecidas diante da supervalorização de questões econômicas.
9
ARAUJO, Luis Ivani de Amorim. Op.cit. pg.121
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
1- Mesmo que o Estado não seja reconhecido por alguns, sua personalidade pode
ser reconhecida por outros que tenham a intenção de um intercâmbio entre os
mesmos, de forma que se o reconhecimento fosse constitutivo haveria um
grande problema. Como seriam as relações entre o novo Estado e os Estados que
assim o reconheceram face aos Estados que assim não o fizeram? E se fosse
obrigatório um reconhecimento universal, o que não seria fácil, como impedir
que Estados comercializassem com o “novo Estado” ainda não reconhecido por
todos?;
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
dois novos Estados faz com que a Comunidade Internacional deixe de “enxergar” uma
guerra civil para passar a reconhecer um conflito internacional entre Estados.
Da mesma forma que, após ser atacado por determinado Estado, se um Estado
reage com força bélica, age em reciprocidade, pois não deve permitir uma agressão ao
seu povo. Contudo, essa reação deve sempre ser pautada pela razoabilidade.
Extrapolando em exemplo, um pequeno conflito em fronteira não pode ensejar grande
bombardeio com bombas nucleares - não seria razoável; proporcional.
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
QUADRO RESUMO
Princípio da reciprocidade:
- “Medida de igualdade” obtida por reação; uma igualdade dinâmica
- Pautado pelo princípio da razoabilidade.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
3-) No conflito entre a Bósnia e a Eslovênia, o reconhecimento dos novos Estados por
parte da C.E.E. gerou a transformação de uma Guerra Civil em Conflito Internacional.
Por que? Comente.
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CAPÍTULO 4. TRATADOS
4.1 CONCEITO:
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Então, em última fase, o Tratado é levado a registro (via de regra na ONU). O registro
objetiva dar publicidade internacional ao tratado, a partir do qual o Tratado terá vigência
internacional.
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QUADRO RESUMO
TRATADOS
Gênero: tratados => todo e qualquer documento que expressem a vontade comum de
dois ou mais Estados.
FASES:
- negociação
- assinatura – realizada pelo Chefe de Estado.
- Ratificação – de ordem interna - será ratificado pelo Poder Legislativo.
- Promulgação – No modelo brasileiro, será acompanhado de uma publicação no
DOU. Junto a ordem interna (está fora do âmbito internacional) – processo de
internalização. No caso brasileiro o tratado receberá o tratamento de lei
ordinária, adequando a legislação; visa a lei. Será promulgado pelo presidente da
república.
- Registro – Na ONU, para dá publicidade ao tratado. É um meio de publicação no
plano internacional.
EXTINÇÃO:
- Cumprimento;
- Decurso de prazo;
- Impossibilidade de Execução;
- Acordo;
- Renúncia;
- Denúncia;
- Guerra;
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1-) Quais as fases que devem ser percorridas para a validade de um tratado?
2-) Diferencie as fases a serem percorridas para validade de um Tratado quanto à sua
ocorrência no plano interno ou no plano internacional.
4-) Leia com atenção o trecho do tratado de Roma, que instituiu a Comunidade
Econômica Européia, para após, marcar a opção correta: (OAB/RJ – 25.º Exame)
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CAPÍTULO 5. NACIONALIDADE
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Volta-se aqui a prática do critério jus solis, como forma de aglutinar forças entre
imigrantes de diferentes nacionalidades originárias.
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
Outros sustentam que a simples possibilidade de que um fator lastreado pelo “jus
sanguinis” excepcione o critério do “jus solis” já estaríamos diante de um “critério
misto”.
Do critério jus solis, podemos extrair algumas subespécies, tais como, o critério
de nacionalidade adquirido pelo casamento; o jus domicili, desde que com animus
definitivo; o jus laboris, como uma forma de nacionalidade funcional; e as mutações
territoriais, quando surgem novas nacionalidades, a partir da fusão ou cisão de Estados.
Imaginemos agora, que em dado momento ele se mude para determinado país
que adote o critério ‘jus sanguinis”, e tendo pais daquela nacionalidade, resolve assumi-
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
la. Neste caso, passará a ter uma nova nacionalidade, uma nacionalidade “adquirida” ou
“secundária”.
Importa ressaltar que para cada país, isoladamente, o indivíduo tem reconhecida
a nacionalidade daquele país. De forma que um cidadão brasileiro e português, no Brasil
será visto apenas como brasileiro e em Portugal será apenas português. De forma que a
popular “dupla nacionalidade” é um aspecto pessoal, não reconhecido pelo Estado, que
somente perceberá a nacionalidade que lhe atribuiu.
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
- A nacionalidade assumirá efeitos ex nunc, o que faz com que uma nacionalidade
adquirida não sirva de escudo para situações ocorridas ao tempo da
nacionalidade anterior;
- O indivíduo deve possuir residência no Estado, fazendo com que se estabeleça
um vínculo maior com aquele Estado;
- A nova nacionalidade impõe a perda da nacionalidade anterior, se tiver sido
adquirida por deliberalidade do indivíduo;
- No plano Internacional, cada indivíduo será visto segundo uma única
nacionalidade, desconsiderando outras que porventura lhe tenham sido
atribuídas;
- A nacionalidade deve ser efetiva, vinculando o indivíduo ao Estado, conforme
estudaremos na seqüência.
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
Isto significa dizer que, vai preponderar a nacionalidade do Estado que mantém
um maior vínculo com aquele indivíduo.
5.6 NATURALIZAÇÃO
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QUADRO RESUMO
Nacionalidade:
Formas de aquisição:
-originária: nascimento
adquirida (la pradelle => secundária)
“casamento”
jus domicili => “animus definitivo”
jus solis jus laboris => Vaticano: nacionalidade funcional
mutações territoriais
benefício da lei: pela vontade da lei ou pela permissão da lei
Brasil: jus solis com exceções para jus sanguinis => misto (CRFB/88, art. 12)
Natureza:
- corrente contratualista: indivíduo vs Estado (direitos / deveres)
problema: manifestação de vontade vs recém nascidos
- corrente jurídico-política: existência de direitos/deveres políticos; nacional
integra a vontade do Esado.
Vínculo moral (Ilmar Penna marinho) => essencial? “apego, anos
interesse pelo país” ou mudança de nacionalidade.
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- efeito ex nunc
Princípios do Direito Internacional - residência no Estado
para nacionalidade por conflito - Perda da nacionalidade anterior
- efetividade
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Apostila de Direito Internacional Pú blico 1ª Parte Marcio Caldas
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
3 – John é filho de pais belgas, Tony, de pais Australianos. A Bélgica adota o critério do
“jus sanguinis” e a Austrália, do “jus solis”. A partir das alternativas abaixo, marque a
resposta CORRETA.
II) O critério do ius soli é o que leva em consideração a origem dos pais do indivíduo,
não importando o local de nascimento.
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IV) O critério misto é aquele que leva em consideração o local de trabalho do indivíduo,
também conhecido com ius laboris.
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