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Fundamentos da Lubrificação e Desgaste

Figura 5 – É mais fácil empurrar a caixa vazia cuja massa é menor.

A força de atrito independe da área de contato. Observe


que ao calcularmos a força de atrito utilizamos a reação normal
e o coeficiente de atrito. Para o mesmo par de materiais, mesma
carga e áreas de contato diferentes o coeficiente de atrito é
o mesmo.

Figura 6 – Força de atrito


depende da Normal.

Figura 7 – Força de atrito


independe da área.

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A lubrificação e o polimento diminuem as forças de atrito.


A lubrificação por modificar o atrito entre corpos sólidos
para atrito entre fluidos. O polimento por diminuir a
rugosidade superficial e por consequência a altura entre os
vales e picos que se opõem ao movimento. Ambas as ações
terminam por diminuir o coeficiente de atrito “µ”.

Figura 8 – Atrito sólido e atrito fluido.

No atrito de rolamento a resistência ao movimento é


diretamente proporcional as deformações das superfícies.
Superfícies que sofrem deformação elástica oferecem menor
resistência que aquelas que sofrem deformações plásticas
(permanentes). Em alguns casos o atrito ao rolamento aumenta
devido a deformação da roda (pneus com pressão baixa). No
atrito de rolamento a resistência ao rolamento é diretamente
proporcional a carga no cilindro / esfera e é inversamente
proporcional ao diâmetro do cilindro / esfera.
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Observe na figura 9 que duas esferas de mesmo diâmetro,


mas com massas diferentes terão resistência ao rolamento
diferente. A esfera com massa maior também terá força de atrito
maior.

Carga
Esforço
Esfera Oca

Força de Atrito

Peso: 500 g
Diâmetro: 16 cm

Carga
Esforço
Esfera Maciça

Força de Atrito

Peso: 2000 g
Diâmetro: 16 cm

Figura 9 – Resistência ao rolamento por atrito de esferas com


massas diferentes.

De maneira análoga observe na figura 10 que duas esferas


de diâmetros diferentes, mas com a mesma massa terão
resistência ao rolamento diferente. Neste caso a esfera que
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possui o maior diâmetro apresentará a menor força de atrito


resistente ao rolamento.

Carga
Esforço
Esfera Oca

Força de Atrito

Peso: 500 g
Diâmetro: 16 cm

Carga Esfera Maciça


Esforço

Força de Atrito
Peso: 500 g
Diâmetro: 8 cm

Figura 10 – Força de atrito resistente ao rolamento em função do


diâmetro da esfera.

2. Desgaste
O desgaste é a perda progressiva de matéria da superfície
de um corpo sólido devido ao contato e movimento relativo com
um outro corpo sólido, líquido ou gasoso ASTM (G-40).

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Pode ser apresentado também, com um fenômeno onde, de


forma geral, o deslocamento de material é causado pela presença
de partículas duras, que estão entre ou embutidas em uma ou
ambas as superfícies em movimento relativo.
Nota:
 Dano a uma superfície – o desgaste é um fenômeno
tipicamente superficial.
 Movimentação relativa – é importante para ajudar e
identificar os tipos de desgaste e as variáveis de
influência.
 Tipo de material – ajuda na identificação do tipo de
desgaste e na maior ou menor severidade de um tipo de
desgaste em relação a materiais diferentes.

Geralmente o desgaste é observado como uma perda de


material ou dano superficial. Existem vários tipos de desgaste
e alguma dificuldade em descrevê-los. A dificuldade se deve ao
fato dos tipos de desgaste não serem fáceis de identificar,
ocorrerem muitas vezes de forma concomitante, outras vezes, o
mecanismo de desgaste muda de um tipo para outro durante o
processo. Outro problema é que existem polêmicas associadas a
classificação dos tipos de desgaste nominados por autores
diferentes. Segundo a norma DIN 50320, os mecanismos principais
de desgaste são quatro classificados como: adesão, reação
triboquímica, fadiga superficial e abrasão. Os quatro tipos de
mecanismos de desgaste podem ser diferenciados da seguinte
maneira:
Adesão ou fricção: Formação e ruptura da união
adesiva interfacial (exemplos: Junções soldadas a
frio, desgaste por atrito). Esse desgaste é
geralmente identificado pelo cisalhamento
superficial ou destacamento de material como
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resultado do movimento relativo entre as duas


superfícies, as quais se desgastam pela ação dos
fragmentos soltos. Estima se que este tipo
representa 15% das situações de desgaste observadas;
Desgaste por abrasão: É o fenômeno que ocorre quando
partículas duras deslizam ou são forçadas contra
uma superfície metálica, em relação à qual estão em
movimento, provocando por deslocamento ou
amassamento a remoção do material. A remoção de
material ocorre mediante processo de riscamento
(processo de microcorte. Estima se que este tipo
represente 50% dos desgastes observados);
Fadiga de superfície ou contato: ocorre em
componentes submetidos a carregamentos cíclicos,
onde normalmente não há grandes perdas de material
da superfície. Está proximamente relacionado ao
fenômeno geral da fadiga e similarmente sujeito a
um período de incubação antes do aparecimento dos
danos. O desgaste ocorre principalmente pela
remoção do material da superfície por ação mecânica.
Entretanto, em muitos casos, a ação química sobre
a superfície pode afetar o processo do desgaste
mecânico. Quando em temperatura ambiente, denomina-
se fadiga de contato e, acima de 100 graus Celsius,
fadiga térmica;
Reações triboquímicas: Desenvolvimento de produtos
resultantes de reações químicas desenvolvidas entre
o par de desgaste e o meio interfacial. É a remoção
de material ou degradação de propriedades mecânicas
de um metal, devida à ação química ou eletroquímica
de meios agressivos, ou devido à remoção de material
por meios mecânicos facilitada pela reação química.
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Pode ser dividida em: corrosão em meio aquoso,


oxidação, corrosão em meios orgânicos e corrosão em
metais líquidos.
A figura 11 apresenta um desenho esquemático dos quatro
tipos de desgaste.

Figura 11 – Tipos de desgaste

3. Petróleo
Embora, não haja completo acordo quanto a origem do
petróleo, a teoria mais aceita afirma que o petróleo é feito
da transformação da matéria orgânica animal e/ou vegetal. Os
depósitos de óleo cru e gás natural ocorrem quase sempre nos
espaços porosos de rochas sedimentares. O petróleo é composto
por uma mistura complexa dos elementos hidrogênio e carbono,
além de pequenas quantidades de vários outros elementos, como
o enxofre, oxigênio, sódio, ferro, nitrogênio, entre outros
(geralmente considerados como impurezas). O óleo cru tal como
é extraído, contêm hidrocarbonetos, sendo que alguns são muito
instáveis e se dividem facilmente em novos compostos com o
tempo e outros são extremamente estáveis e resistem fortemente
a qualquer decomposição causada pelo calor, pressão ou reação

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química. O processamento do petróleo se dá essencialmente


através de uma combinação de operações físicas, térmicas e
químicas que separam os componentes nele contidos, este
processo é chamado craqueamento (refino) e o principal
equipamento deste processo e a torre de destilação fracionada.

Figura 12 – Usos na antiguidade

De acordo com a predominância dos hidrocarbonetos


encontrados no óleo cru, o petróleo é classificado em:

3.1. Parafínicos
Quando existe predominância de hidrocarbonetos
parafínicos. Isto é um sinónimo para alcanos e a fórmula geral
para esse tipo de composto é CnH2n+2.
Este tipo de petróleo produz derivados com as seguintes
propriedades:
 Gasolina de baixa octanagem.
 Querosene de alta qualidade.
 Óleo diesel com boas características de combustão.
 Óleos lubrificantes de alto índice de viscosidade,
elevada estabilidade química e alto ponto de fluidez.
 Resíduos de refinação com elevada percentagem de parafina.

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Figura 13 – Exemplo de hidrocarbonetos Parafínicos.

3.2. Naftênicos:
Quando existe predominância de hidrocarbonetos
naftênicos. O petróleo do tipo naftênico produz derivados com
as seguintes propriedades:
 Gasolina de alta octanagem.
 Óleos lubrificantes de baixo ponto de fluidez, baixo
índice de viscosidade e baixo resíduo de carbono.

3.3. Mistos:
Quando possuem misturas de hidrocarbonetos parafínicos,
naftênicos e aromáticos, com propriedades intermediárias entre
eles, de acordo com maior ou menor percentagem de cada um dos
componentes.

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Figura 14 – Exemplo de hidrocarbonetos naftênicos.

3.4. Aromáticos:
Quando existe predominância de hidrocarbonetos
aromáticos. Este tipo de petróleo é raro, produzindo solventes
de excelente qualidade e gasolina de alta octanagem. Não se
utiliza este tipo de petróleo para fabricação de lubrificantes.

Figura 15 – Exemplo de hidrocarbonetos aromáticos.

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