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Streaming Musical - Guia Graxa Pura 

Cenário Brasileiro 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2020 - [Revisão 4.0] 

 
Sumário 
 
Sumário ​1 

01 - Introdução ao meu Universo Streaming Musical: ​2 

02 - Do Registro e Associação: ​4 

03 - Da Distribuição Digital (Distribuidora Digital): ​5 

Advertência sobre Lobbies em Distribuidoras: ​7 

04 - Das Lojas Virtuais: ​8 

04/A - Lojas e suas particularidades por Tópicos: ​9 


♪ YouTube: ​9 
♪ YouTube X Music YouTube: ​9 
♪ Apple Music/Deezer: ​9 
♪ Spotify: ​10 
♪ Acesso à Loja: ​10 
♪ Perfumaria: ​11 
♪ Submissão aos Editoriais ou Apoio de Pitch: ​11 
♪ Entendendo as Playlists: ​11 

Advertência sobre Lobbies em Playlists: ​12 

05 - Do Marketing Digital com ênfase em áudio: ​13 


♪ Redes Sociais: ​13 

Advertência de compra de Seguidores e SPAM: ​14 

♪ Prazos: ​15 

♪ Estratégia: ​15 

♪ Fórmula básica de trabalho de divulgação: ​15 


♪ Playlists: ​15 
♪ Pré-save [link]: ​15 
♪ Smartlink: ​15 

Monólogo “Colaborativo” ​16 


Como se ganha? ​16 
Quanto se ganha? ​16 
Por onde se ganha? ​16 
Qual a porcentagem? ​16 
Que cargas d’água é ISRC e ISWC e o entendimento dos 12%? ​17 

Conclusão: ​18 


01 - Introdução ao meu Universo Streaming Musical: 
Sempre  gostei  de  ​música​,  é  fato!  Quem  não  gosta,  bom  sujeito  não  é!  ​[Não 
precisando  entrar  nos  pormenores  nessa  ocasião,  não  é  parte  de  objetivos  deste 
documento].  ​Mas...  Nunca  ​fiz  música!  Por  ​incapacidade​,  claramente,  nunca  consegui 
intimidade  alguma  com  instrumento  algum,  seja  dito  também jamais em vocal algum, 
a  verdade  ​é  que  sou  péssimo  com  a  contagem de batidas por minuto, as consoantes 
e  as  convenções  que  ​uma  obra  musical  pede​,  notas, acordes, teorias, ​me dão alergia 
entendê-las  na  composição,  no  processo  criativo,  e  horas  de estúdio fracionadas em 
loops  musicais,  me  deixam  um  tanto  ​inquieto​,  ainda  que  ​continue  uma  vida  me 
esforçando  ​pra  entender e executar​, sou um cara ​da prática​, do Ao Vivo e do Play, ​da 
música pronta pra frente​. 
Em  contrapartida​,  sempre  interpretei  a  ​música  e  suas  camadas  como  o  que 
basicamente  ​são​,  cético  que  sou,  vou  na  sintetização  que  mais  me  cabe: 
fontes/geradores  de  frequência  que  são  capazes  de  estimular  todos  os  sentidos  do 
corpo  humano  ​[incluso  a  reflexão]  e,  não  sentido,  mas  vide  pesquisas,  até  ​animais  e 
plantas  podem  ser  influenciados,  no  que  ​se  torna​,  no  que  ouso  dizer,  que  é  um  dos 
“produtos”  mais  ​complexos​,  valiosos​,  matemáticos​,  sensoriais  e  intuitivos  que  a 
própria ​“humanidade” criou​. 
O  ​outro  fato  é  o  da  minha  vida  em  si,  ​minhas  escolhas  e  da  minha  ​parte  boa​, 
trazendo  as  incapacidades  até aqui, ​[triste o humano que não as enxerga]​, após ​uma 
década  de  dedicação  à  ​tecnologias  corporativas  e  toda  informática  que  a  envolve, 
me  vi  em  busca  de  ​uma  transição  ao  mercado  da  música  ​em  que  atuo  há  12  anos,  ​4 
anos  exatamente  foi  o  período  de  transição  neste  ​final  da  década  [2010]  em 
telecomunicações​,  pra explicar minha idade. Foi um ​sonho realizado​, poder trabalhar 
com  ​amor  em  performances  e  posições  surreais  pra um jovem proletário e​, sustentar 
minha  família  me  dedicando  ​única  e  exclusivamente  à  ​música  e  seus  entornos,  ​sem 
fazê-la​, apenas ​suportá-la​. 
Utilizando  parte  de  minha  ​formação  acadêmica  em  gestão  comercial  e 
telecomunicações​,  com  ​muita  pesquisa  de  campo​,  e  boa  parte  em  vivência  na  rua, 
interpretando  manuais​,  consolidei  a  ​produção  de  eventos  e  técnica  de  som  até  o 
início  da  pandemia  Covid-19  ​em  Março  de  2020​,  foram  contabilizados  ​1.691  Shows  e 
Eventos​,  seja  na  ​própria  técnica  de  áudio  geral  na  grande  maioria  das  vezes,  seja 
como  ​produtor  técnico  e  por  algumas  ocasiões  até  ​produtor  executivo,  diretor  de 
palco  ​e  stage  manager  ​já  desempenhei  com  júbilo​.  Sempre  “​comendo  muita  lama” 
entre  nichos  ​pequenos  e  ​intermediários  da  ​música  brasileira  e  uns  diga-se  de 
passagem, 5% internacional, ​recebendo alguns gringos por aqui. 
Desde  2015​,  ​pesquisando  e  atuando  no  ​mercado  de  streaming  musical  como 
atividade  ​secundária​,  até  o  fim  de  2019,  houve  o  suporte  para  registro  e  distribuição 
digital  de  ​451  músicas​,  entendendo  os  ​processos​,  ​métricas​,  ​funcionalidades e ​prazos 
de  ​cada  etapa  após  a  gravação  de  uma  música  até  seu  lançamento​.  ​Em  2020​,  vem a 
necessidade  de  ​reinvenção​,  com  o  ​corte  total  de  shows​,  entendendo  as  ​deficiências 
técnicas,  mercadológicas  e  da  falta  de  ​mão  de  obra  como  em todo “novo mercado” é 
aparente​,  somado  ao  “meu”  próprio  mercado  de  atuação  da  ​música​,  que  é  um  ​nicho 
das  ditas  ​“minorias“  na  ​contracultura  da  atuação  de  massa​. Em outras palavras, isso 
quer  dizer  a  ​menor  parcela  de  recurso  ou  a  ​menor  capacidade  de  investimentos​,  e 
carinhosamente  repito:  ​“comer lama”​, onde francamente ​não há os devidos nutrientes 
necessários  ​para  uma  dieta​,  mas  fatídico  é  que  ​o  incrível  aqui,  está  em  ​atravessar  a 
lama,  no  ​chegar  lá  e  cumprir  ​a  missão  da  música  que  por  fim,  após  todos  ​objetivos​, 
tem como ​meta​ principal é torná-la e/ou executá-la de forma ​pública​. 
 
 


Em  Resumo  esse  documento  ​é  um  guia  das  ​melhores  práticas  baseadas  na 
minha  experiência  profissional​,  quando  da  ​música  pronta  pra  frente,  partindo  do 
principio  de  registro  para  que  esteja  pronta  e  ​protegido  seja  por  qual  galho  ou  por 
todos  as  ​ramificações  de  rentabilidade  da  ​música  disponível:  pelo  galho  da 
veiculação  pública​,  pelo galho da ​venda de mídia física ou pelo galho da ​distribuição 
digital​. Sendo ​a música uma árvore com galhos que crescem em direções diferentes​. 
Apresento  então​,  uma  ​fórmula  de  trabalho e disponho única e exclusivamente 
minha  mão  de  obra  como  forma  de  ​rentabilizar  meu  trabalho  e  ​meu  notório  saber 
acerca  disso,  e faço ​necessário o entendimento de que a ​fórmula de sucesso é íntima 
das  ​invenções,  inovações e criações por cada ​autor/executor​, bem como também faz 
parte ​a estratégia de divulgação​ adotada para cada obra. 
Por  fim​,  não  há  ​certo  ou  errado  daqui  pra  baixo,  é  um  resumo  ​de experiência 
prática  e  científica  ​pessoal​,  passível  ​de  falhas  e,  possível  ​de  evolução​.  Reuni  abaixo, 
pesquisa  e  as  ​respostas  que  mais  tenho  repetido  durante  o  processo  ​pós  música 
pronta versus ​as possibilidades​ do quê fazer com ela. 
 
São objetivos deste guia entender: 
 
♪ Associação; 
♪ Registro; 
♪ Distribuição Digital/Agregadoras; 
♪ Lojas/Plataformas de Streaming Musical; 
♪ Marketing Digital com ênfase em áudio. 
Meta: 
♫ Publicação e Edição de Músicas. 
 
A  esperança  é que esse ​material ajude na ​construção de um ​mercado possível 
e  certo  de  ​consolidação  dentro  do  quadro  otimista  em  que  imagino  um  mais 
saudável  possível​,  ​[quanto  mais  distribuição/veiculação,  mais  arrecadação]​.  Que 
guie  artistas  pelas  ​melhores  prática​,  com  a  ​menor  quantidade  de  intermediários 
possível e com a ​maior quantidade​ de ferramentas ​gratuitas disponíveis​. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sergio Narciso 
GRAXA PURA 
Produções Underground 
 


02 - Do Registro e Associação: 
É  o  que  garante  autenticidade  e  proteção da obra, garante o recolhimento de 
veiculação  pública,  ou  seja,  música  na  atmosfera,  TV,  Rádio,  Festivais,  Casas  de 
Shows. 
Como  cada  filho  necessita  de  um  registro,  na  música  não  é  diferente.  Para 
garantir  a  autenticidade  da  obra  e fonograma é necessário o compositor se associar 
a  uma  associação  de  compositores,  registrar  as  músicas,  declarar  repertório  e 
fiscalizar. 
♪ ​Do Cenário de Associações Nacionais: 
O  ​ECAD  é  administrado  por  7  Associações  Nacionais:  ​Abramus​,  Amar,  Assim, 
Sbacem,  Sicam,  Socinpro  e  ​UBC​.  Uma  noção  do  arrecadado  geral  é  dividido em ​80% 
aos  artistas  e  ​20%  entre  Associação/ECAD.  Fazendo com que todos os serviços sejam 
sem  encargos  aos  usuários,  ou  seja,  associar-se  e  registrar  é  “gratuito”.  Há  links  com 
várias  associações  no  Mundo  para  garantia  de  compartilhamento  de  rendimentos 
entre artistas de outros países. 
♪ ​Do ECAD: (Quem paga o ECAD? Ou quem deveria pagar o ECAD): 
Toda  pessoa  física  ou  jurídica  que  fazer  execução  pública  de  música.  São 
considerados  ​“usuários  de  música”​:  ​promotores  de  eventos  e  ​audições  públicas 
(shows  em  geral),  ​circo​,  ​cinemas  e  ​similares​,  ​emissoras  de  radiodifusão  ​(rádios  e 
televisões  de  ​sinal  aberto  e  por  assinatura)​,  ​boates​,  ​clubes​,  ​lojas  comerciais​, 
micaretas​,  ​trios​,  ​desfiles  de  escola  de  samba​,  ​estabelecimentos  industriais​,  ​hotéis  e 
motéis​,  ​supermercados​,  ​restaurantes​,  ​bares​,  ​botequins​,  ​shoppings  centers​, 
aeronaves​,  ​navios​,  ​trens​,  ​ônibus​,  ​salões  de beleza​, ​escritórios​, ​consultórios e ​clínicas​, 
pessoas  físicas  ou  jurídicas  ​que  disponibilizem  músicas  ​na  internet​,  ​academias  de 
ginástica​, ​empresas prestadoras de serviço de espera telefônica. 
♪ ​D​ireito Autoral: 
É  o  conjunto  de  prerrogativas  conferidas  pela  ​legislação  local​*  a  qualquer 
pessoa  física  e/ou  jurídica que tenha criado uma ​obra intelectual (criação do espírito 
e/ou  intelecto  humano,  para  que  possa  gozar  de  benefícios  que  resultem  de  suas 
criações.  Não  tem  tamanho,  duração,  dimensão  de  tempo ou espaço pré-definidos. A 
originalidade​ é o que consubstancia o esforço do criador, a fundamenta e a protege. 
*Lei nº9.610/98 e Lei nº12.853/13 
♪ ​Domínio Público 
Uma  obra  se  torna  ​domínio  público  após  70  anos  da  morte  do  autor  OU  O 
PRÓPRIO  AUTOR  CEDE  DE  FORMA  ALTRUÍSTA.  Obras  sem  registro  podem  ser 
justificadas como domínio público. 
♪ ​Produtor Fonográfico: 
É  considerado  o  proprietário  da  música  em  sua  totalidade,  quem  compra  ou 
adquire de forma altruísta de terceiros e a registra em seu nome. 
♪ ​Obra: 
♫ Patrimônio Intelectual, divide-se ou não a autoria, com divisão livre de %: 
♫ Etiqueta recomendada 1: Divisão por igual entre todos os envolvidos na autoria 
♫  Etiqueta recomenda 2: Divisão entre uma parte para o produtor fonográfico, e outra 
parte entre todos os envolvidos na autoria. 
♪ ​Fonograma​: 
O  fonograma  é  a  fixação  da  música  (Obra/Patrimônio  Intelectual)  em  produto 
consumível.  É  onde  vão  as  informações  de  todos executores responsáveis e o cálculo 
é automático relacionado a uma ou mais funções. Formatos recomendados: 
♫ WAV 44100 Hz, 16 Bits, Stereo | ♫ Mp3 320Kbps. 
♪ ​ISRC(fonograma)/ISWC(obra): 
♫ Registro (código) internacional do fonograma (International Standard Record Code) 


BX-NWA-00-00001 
03 - Da Distribuição Digital (Distribuidora Digital): 
É  o  que  garante  o  alcance  global,  é  responsável por distribuir e recolhimento 
oriundo  do  streaming  (fluxo  contínuo  de  dados)  ou  download  em  plataformas 
digitais. 
Após  o  devido  registro  da  música,  é  necessário  escolher  uma  distribuidora 
digital,  também  conhecida  por  agregadora,  é  ela  quem  distribui  áudio  e  arte  para 
lojas  e  recolhe  os  valores. Uma analogia é comparar a uma grande fábrica de roupas 
que  vende  produtos a nível global, esse envio não é feito diretamente. A distribuidora, 
também  ​fica  responsável  pelas  edições,  correções,  manutenções  e  atualizações 
necessárias. 
♪ ​Do Cenário de Distribuidoras no Brasil: 
Diferente  da  escolha  de  poucas  Associações  de  Compositores,  ​o  mercado  de 
distribuidoras/agregadoras  é  amplo  e  tem  inúmeros  modelos  de  negociação, 
cabendo  ao  artista  essa  escolha,  vou  parametrizar  conforme  experiências 
profissionais,  selecionando  3  que  tem  as maiores operações no Brasil e 1 estrangeira 
com  modelo  de  negócio  100%  de  royalties,  o  mais importante aqui é entender o papel 
delas,  distribuidora,  distribui  o  produto  e  recolhe  a  grana,  ponto.  Não  crie 
expectativa  além  disso,  o  sucesso  de  cada  obra  é  responsabilidade  única de quem a 
detém ou dos processos de divulgação e marketing envolvidos. 
♫ A distribuidora é a responsável por criar perfis de artistas nas lojas. 
 
♪ ​ONErpm (USA): 
♫  Royalties:  70%  sobre  Stream/50%  sobre  download  é  o  repasse pro artista. Ou seja, o 
serviço  geral  faz  com  que  o  usuário  não disponha de investimento algum, as divisões 
são  feitas  sobre repasse e possível de compartilhar os rendimentos automaticamente 
com cada autor da obra. 
♫ Custo para distribuir no autoatendimento:​ 0 (zero) 
♫ Custo para manutenções:​ 0 (zero) 
♫  Facilidades  de  Marketing  disponíveis:  Arte  promocional,  Pré-Save,  Apoio  de  Pitch, 
Smartlink. 
♫  Obs.:  Não  há  distribuidora  sem  problemas,  como  não  há  serviço  sem  problemas,  é 
normal.  O  que  importa  pra  um  técnico/artista  é  a  resposta  para  o  problema.  A 
plataforma  intuitiva,  a  geração  de  tickets  via  plataforma e a clareza nas informações 
são diferenciais. 
 
♪ ​Ditto Music (UK): 
♫  Royalties:  Tem  a  opção  de  100%,  sem  nenhuma  facilidade  de  marketing  e  uma 
curadoria  pra  seleção  de  contratos  de  80%  sobre  Stream  com  facilidades  de 
marketing.  
♫  Custo  para  distribuir  no  autoatendimento:  De  R$  39/ano  [1  artista]  a  R$  139/ano  [5 
artistas] 
♫ Custo para manutenções:​ 0 (zero) 
♫ Facilidades de Marketing disponíveis:​ Pré-Save, Apoio de Pitch*, Smartlink. 
♫  Obs.:  Pode  ser  uma  opção  pra  quem  já  tenha  uma  carreira  consolidada  e  queira 
uma  agregadora  de  certa  forma  menor  e  um  atendimento  mais  específico.  Seu 
franqueado no Brasil tem vasta experiência no show business 
 
♪ ​CDBaby (USA): 
♫ Royalties:​ Não achei fácil a informação. 
♫ Custo para distribuir no autoatendimento: De R$29 (single) a R$69 (álbum). 
♫  Custo  para  manutenções:  Atendimento  sem  sequência,  mas  já  houve  demora  no 
takedown  de  alguns  clientes  e  dificuldade  de  outros  em  prosseguir  conforme 
orçamento prévio e não sobre resultado. 


♫  Facilidades  de  Marketing  disponíveis:  Disponíveis  após  a  contratação/distribuição, 
alguns  programas  de  marketing  digital  musical,  com  informes  similares  disponíveis 
num geral da internet pública. 
♫  Obs.:  Realmente só deve ser considerada uma opção pra quem tem poder aquisitivo 
acima  do  geral  de  produtores  e  músicos  claramente  independentes  e  sem  aporte 
financeiro,  pode  ser  uma  boa  opção  pra  quem  tem  uma  postura  de  investimentos 
mais agressiva. 
 
♪ ​Freshtunes (FIN): 
♫ Royalties:​ 100% sobre stream e download. 
♫ Custo para manutenções:​ 0 (zero), porém, atendem em fuso-horário local (Finlândia); 
♫ Facilidades de Marketing:​ Acesso a relatório, Pré-save a partir de U$1. 
♫  Obs.:  A  promessa  dos  100%  realmente  pode  fascinar,  mas  na  prática,  o  sistema 
financeiro  que  deve  ser  utilizado  tem  taxas,  somado  a  saques  mínimos  de  U$25 mais 
o  demorado  prazo  de  repasse  do  valor  e  o  saque  mínimo  no  sistema,  acaba  não 
valendo a pena os 100% sem facilidades de marketing. 
 
 
 
Estudo Geral de Distribuidoras: 
 
 

 
 

 
 

 
 
 
 


 
 
Advertência sobre Lobbies em Distribuidoras: 
 
 
É  comum  ouvir  alguém  que  conhece  alguém  que 
trabalha  em  determinada  distribuidora  e  pode  facilitar 
as coisas por lá. 
 
A quem deseja ir por esse caminho, boa sorte! 
 
Pois  também  é  comum  a  rotatividade  da  função  e  a 
possibilidade  da  perda  desse  emprego,  e  o  artista  fica 
ilhado,  às  vezes  sem  o  próprio  login,  ou  coisas  rotineiras 
como  um  simples  relatório,  edições  e  solicitações  levam 
dias  para  ser  conquistados,  dependendo  ainda  da 
influência desse terceiro [humano]. 
 
A  Recomendação  é  procurar  diretamente  o 
departamento de marketing da distribuidora. 
 
Esse  guia  tem  o intuito de eliminar os intermediários 
para  que  o  artista  conquiste  auto-suficiência  ou  pelo 
menos  reconheça  a  necessidade  da  mão  de  obra,  e  que 
essa  função,  quem  exerça,  o  faça  conforme  as  diretrizes 
do próprio artista, com conhecimento de causa. 
 
Sendo assim, este humilde autor, recomenda sempre 
o  auto-atendimento,  serviços  on-demand  que  nada  mais 
são  que  todas  as  ferramentas  disponíveis  online  através 
de login e senha próprios. 
 
 


 
 
 
04 - Das Lojas Virtuais: 
É  o  destino  final, onde o produto música é exposto e vendido, responsável por 
repassar os valores às agregadoras e onde é feito o apoio de pitch. 
Aqui, falamos do ponto final da distribuição, onde o consumidor paga pela sua 
música.  A  praça  é  global  sim,  parecer  ser  grande  mas  nem  tanto.  Há  promessas  de 
distribuições  para  mais  de  100  lojas  no  Mundo,  mas  efetivamente  o  que  chamo  de 
lojas  funcionais,  essas  cabem  num  ranking  também  funcional  de  até  10  lojas, 
analisando  por  quantidade  de  usuários  versus  geração  de  receitas,  sendo  apenas 
metade dessas responsáveis pela geração de receita palpável no Mundo todo. 
Observação:  É  muito  difícil  essa  mensuração  precisa  de  números  das  lojas, 
não  há  um  conselho  específico  gestor  disso  e  cada  loja  divulga  seu  números  ou não 
de  forma  que  isso  não  se  acha  de  forma  transparente  por  aí,  há  muitas  notícias 
antigas  inclusive  que  com  base  em  crescimento  de  mercado  é  possível  traçar alguns 
parâmetros. 
 
♪ ​Sobre o cenário ocidental: 
Aqui  vamos  abranger  além  do  território  nacional  brasileiro,  pois  há  uma 
curiosidade  com  relação  ao  oriente,  na  China  temos  a  gigante  Tencent  com  661 
milhões  de  usuários  mas  por  não  ser  algo  cultural  ao  ocidente  “ainda”,  ela  não entra 
em  nossa  realidade  com  métricas  para  planejamento  daqui.  Outro  caso  a  ser 
considerado  é o Youtube, [o qual terá um tópico próprio após o estudo geral de lojas] 
e o destaque ao Spotify, que é o grande fenômeno de experiência musical popular: 
 
♪ Estudo Geral de Lojas: 
 

 
 

 
 


 
 
 
04/A - Lojas e suas particularidades por Tópicos: 
♪ ​YouTube: 
É  notório  muitas  dúvidas  com  relação  a  esse  gigante,  veja  bem,  “Youtuber”,  é 
uma  profissão  pra  valer,  é  possível  viver  disso.  Partindo  desse  pressuposto  é 
importante  entender  o  que  é,  numa  analogia  o  Youtube  é  uma  emissora  de  TV 
particular,  é  esperado  que  o  criador  de  conteúdo  poste  conteúdos  originais  e  com 
determinada  frequência.  Ou  seja,  é  esperado  que  seja  trabalhado  única  e 
exclusivamente  conteúdo  “Áudio+visual”.  Sendo  o  público  alvo  deste  documento 
artistas  musicais,  sobre  apenas  a  distribuição  de  “Áudio”  em  si,  traduzindo  para  um 
cenário  local,  analisando  a  frequência  de  lançamentos  de  clipes,  a  plataforma  não 
supre  as  expectativas  de  poucos  lançamentos,  ou  seja,  uma  frequência  mínima 
mensal, ainda assim, sem o viral, não é suficiente pra efetividade do Youtube. 
♫  Considere  ser  um  criador  de  conteúdo  audiovisual  ou  entenda  que  Youtube,  é 
cartão  de  visita  pra  música  independente  devendo  seu  conteúdo  [videoclipe]  ser 
sempre lançado no dia ou depois da música nas lojas. 
♫  É  uma  prática  prejudicial,  subir  a  música  com  imagem  estática  [sem  o  vídeo  com 
letras, ou minimamente animado]. 
♫  Para  iniciar  a  monetização  de  um  canal,  se  faz  necessário  1.000  inscritos  e  4.000 
horas de exibição. 
 
♪ YouTube X ​Music YouTube: 
É  a  solução  [YouTube  para  Áudio  ou  para  Artistas  Musicais],  o  Music Youtube 
chegou  relativamente  tarde  na  corrida  do  streaming,  apenas  em  2018  e  com  uma 
plataforma  bem  inspirada  no  Spotify.  Ponto  negativo  para  ausência  [por  enquanto] 
de  uma  plataforma  para  artistas,  têm  seus  pontos  positivos  no  espelhamento  de 
conteúdo com o Youtube. 
♫  Conteúdo  distribuído  parte  monetizado,  ou  seja,  não precisa de inscritos mínimos + 
horas de reprodução mínimas, o conteúdo vai via distribuidora. 
♫  É  o  local  onde  o  YouTube  espera  de  fato  receber  áudio  mais  imagem  estática 
[capa]. 
 
 
♪ ​Apple Music​/​Deezer: 
Apple  Music  se  esforça,  dentre  as  únicas  que  tem  ​plataforma  de  artista​, 
apesar  de  versão  beta,  é  apenas  possível  alterar  foto  de  perfil  e  acompanhar 
audiência,  procure  a  opção  “Claim  Your  Account”  [reclamar  sua  conta],  o 
procedimento é parecido com o Spotify, exemplificado abaixo. 
Deezer  atende  por  ​e-mail​,  e  apenas  troca  de  imagem  de  perfil  mas  promete  o 
Deezer Backstage. 
 
 
 
 
 
 
 


 
 
 
 
♪ ​Spotify: 
O  sueco  Spotify,  fenômeno  mundial  de  experiência  sonora  popular.  Não  sei 
explicar  ao  certo,  ou  ao  menos  não  há  informação  pública  concreta  de  seu 
diferencial,  são  os  mesmos  milhões  de  músicas  disponíveis  pra  todo  qualquer 
concorrente.  Pro  usuário,  o  proposto  é  o  mesmo,  ouvir  música!  Tem  a  questão  das 
Playlists,  que  funcionam  como  uma  rede  social  também.  Mas,  tem  algo  ali  na  forma 
em  que  os  algoritmos  são  processados,  que  traz  uma  ótima  experiência  sonora  de 
acordo  com  os  interesses  em  comum  do  ouvinte,  e  assim,  talvez  daí  que  venha  a 
“diferença”  Spotify,  da  atenção  as  informações  algorítmicas  de  cada  música, 
disponível  hoje  no  Universo  ​Spotify  For  Artists​.  Inicio  aqui,  um  sobre-guia  rápido que 
encaminha  o  artista  pro  como  acessar  a  sua  loja  e  das  funcionalidades  existentes 
nela: 
♪ Acesso à Loja: 
♫  Primeiro  passo  é  ter/realizar  seu  login  de  usuário  normal,  free  ou  premium  no  site 
Spotify For Artists; 
♫ Segundo passo é clicar em Claim IT; 
♫ Terceiro passo é selecionar o artista ou copiar URL do artista no Spotify; 
♫ Quarto passo é selecionar sua função; 
♫  Quinto  passo  é  validar  com  instagram  ou  twitter  e  opcionalmente  inserir  links 
adicionais; 
♫ Submeter. Em até 3 dias é concedido o acesso. 
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Dentro  do  Spotify  for Artists, há muitas funcionalidades disponíveis, que divido 
em  duas  categorias,  perfumaria  e  submissão  aos  editoriais,  lembremos  quando 
vitrine fora antes mencionado, é a hora de deixar sua loja personalizada e atualizada. 
♪ Perfumaria: 
É toda parte relacionada à personalização: 
♪ PROFILE: 
♫  Em  ​Overview  há  um  parâmetro  geral  do  artista,  a  opção  Artist  Pick’s  [Um  post  que 
forma  uma  tag  flutuante  no  App  com  link  à  música,  imagem  e  legenda].  Nesse  local 
também é possível a inserção de playlists relacionadas ao artista; 
♫  Em  ​About  é inserido foto de perfil [750 x 750 pixels] e foto de capa [2660 x 1140 pixels], 
também  uma  galeria  de  imagens  [diversos  formatos],  biografia  e  links  das  redes 
sociais; 
♫ Em ​Concerts​, é possível sincronizar agenda de shows através do ​Songkick​; 
♫ Em ​Fans Also Like​ é verificado os artistas relacionados. 
 
♪ Submissão aos Editoriais ou Apoio de Pitch: 
Essa  é  a  parte  mais  importante  do  Spotify  for  Artists,  ou  seja,  do  Spotify  para 
Músicos,  todo  trabalho  de  estratégia  e  marketing  digital,  deve  obrigatoriamente 
passar  por  essa  rota  até  seu  lançamento.  Respeitando  os  prazos  de  distribuição, 
planejando  com  carinho  datas  sempre  a  frente  do  upload  [20  dias], a recomendação 
é  efetuar  lançamentos  sempre  às  sextas-feiras  como  regra,  pois  é  o  dia  de 
atualização  das  Playlists,  e  esse  apoio  de  “arremesso”,  faz  com  que  um  formulário 
algoritmo  sobre  a  música,  seja  entregue  antecipadamente  ao  editorial  do  próprio 
spotify,  bem  como  usuários  que  fizeram pré-save e ouvintes que tenham interesse em 
comum com a música. 
♫  Esse  serviço  encontra-se  na  aba  Music/Upcoming  quando  há  um  lançamento 
previsto; 
♫ Preencha o formulário com as opções mais próximas de sua música; 
♫  Muito  importante  que  sua  música  seja  entregue  a  quem  realmente  gosta  dela,  pro 
editorial, importante que a música não seja passada pra próxima rápida; 
 
♪ Entendendo as Playlists: 
Além de importantes ferramentas de divulgação, são as playlists que garantem 
um bom alcance orgânico pra música. 
 
♫  Playlist  Algorítmica:  São criadas automaticamente com base nas músicas já ouvidas 
pelo  usuário,  Daily  Mix,  Radio,  Descobertas  da  Semana  e  Radar  de  Novidades,  cada 
uma leva uma particularidade do ouvinte dividindo em interesses e artistas seguidos; 
 
♫ ​Playlists de Ouvintes:​ São as criadas pelos próprios usuários e artistas; 
 
♫  ​Playlists  de  Editoriais:  São  as  criadas  pelos  próprios  editores  do  Spotify,  são  essas 
as atualizadas todas às sexta-feiras e as que dão maior alcance orgânico. 

 
 
 

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Advertência sobre Lobbies em Playlists: 
 
É  comum  ouvir  alguém  que  conhece  alguém  que 
tem  determinada  Playlist  e  cobra  tanto  para  colocar  sua 
música lá. 
A quem deseja ir por esse caminho, boa sorte! 
Um  dos  caminho  para  as  playlists  está  dentro  do 
Spotify for Artists, é um serviço do próprio artista. 
Sendo  assim,  playlists  editoriais  são  as  que  mais 
dão  alcance  e  visualização,  consequentemente,  as  que 
provém  mais  receita,  segue  um  comparativo,  da  mesma 
música: 
Playlist de Ouvinte [28.110 seguidores]= 11,2K Streams; 
Playlist  Editorial  Spotify  [458.991  seguidores]=  415,2K 
Streams; 
Outro  caminho  é  pedir  apoio  de  pitch  em  sua 
própria  distribuidora,  está  nos  serviços  das  mesmas  e  a 
exemplo da recomendada, não tem custo. 
Esse  guia  tem  o intuito de eliminar os intermediários 
para  que  o  artista  conquiste  auto-suficiência  ou  pelo 
menos  reconheça  a  necessidade  da  mão  de  obra,  e  que 
essa  função,  quem  exerça,  o  faça  conforme  as  diretrizes 
do próprio artista, com conhecimento de causa. 
Se  houver  disponibilidade  de  investimento,  invista 
em  impulsionamento  nas  redes  sociais  paras  as  lojas, 
rádios, TV’s. 
Sendo assim, este humilde autor, recomenda sempre 
o  auto-atendimento,  serviços  on-demand  que  nada  mais 
são  que  todas  as  ferramentas  disponíveis  online  através 
de login e senha próprios. 
 
 
 

12 
 
 
05 - Do Marketing Digital com ênfase em áudio: 
Seguindo  para  a  conclusão  deste  guia,  até  aqui  foi  “fácil”,  são  experiências 
técnicas,  com  perguntas  e  respostas  onde  dentro  do  meu  esforço  tento  ser  o  mais 
assertivo possível, embasado nos processos e caminhos minimamente estabelecidos. 
Que  bom  seria  se  o  Marketing  Digital  da  música  também  acompanhasse  isso, 
escolhe  um  fornecedor,  faz  um  upload,  programe  uma  data,  aguarde  na  loja  e  está 
feito…  Não!  Marketing  é  complexo,  e  por  definição,  mais  longo  que  muitos tópicos de 
estudo  comercial:  “é  ​estratégia  empresarial  de  otimização  de  lucros  por  meio  da 
adequação  da  produção  e  oferta  de  mercadorias  ou  serviços  às  necessidades  e 
preferências  dos  consumidores,  recorrendo  a  pesquisas  de  mercado,  d ​ esign​, 
campanhas  publicitárias,  atendimentos  pós-venda,  etc.”.  Sem  tem  etcetera  no 
dicionário,  imagina-se  o  quão  amplo  é  você  simplesmente  entender  seu  público  e 
conquistá-lo  da  melhor  forma,  marketing  é  isso,  é  a  arte  de  se  vender  da  melhor 
forma,  dentro  de  suas  próprias  métricas,  basicamente  não  basta  sua  plaquinha  de 
vende-se,  pois  essa  plaquinha,  precisa  ser  de  determinada  cor,  exposta  em 
determinado  lugar, por determinada quantidade de tempo, para determinado tipo de 
público. 
 
♪ Redes Sociais: 
São  as  grandes  responsáveis  pela  evolução  das  comunicações  e  relações 
humanas  da  nossa  era,  hoje  tudo  está  lá, quem tava fora (TV/Rádio), hoje tá dentro, e 
quem  se  criou  ali,  hoje  tem métricas ascendentes e uma grande expectativa que dure 
muito tempo essa forma de comunicação. 
♫  ​O  primeiro  grande  desafio  pra  música  é  encaminhar  o  ouvinte  da  Rede  Social, seja 
ela  qual  for,  pra  Loja,  seja  ela  qual  for,  criar  campanhas  baseadas  nesse  aspecto  é 
fundamental,  o  ouvinte  ouvir  sua  música seja no Facebook ou no Instagram, não está 
nas  sua  métricas  rentáveis  e  para  isso  é necessário encontrar um equilíbrio que faça 
com  que  seu  ouvinte  tenha  o  aperitivo  da  sua  música  na  rede,  mas  que  seja 
encaminhado ou lembre de você na loja. 
♫  O  segundo  grande  desafio  é  entender  seu  público.  Conforme  a  experiência 
tecnológica  do  humilde  autor  que  vos  escreve,  vi  a internet nascer, renascendo junto 
com  ela,  e  desde  “quando  tudo  aqui  era  mato”,  eu  já  usei a rede social pra trabalhar, 
comprar  e  principalmente  vender  serviço/algo,  desde  quando  atuava  no  terceiro 
setor  sendo  informativo  multicultural  e  ferramenta  de  transformação  social  até 
quando  resgatei  um  Bull  Terrier  com  insuficiência  renal  na  rua  e  não  sabia  o  quão 
caro  era  o  tratamento,  os  insumos  e  uma  ração  medicinal,  através  de  uma  página 
consegui  dar  qualidade  de  vida  pra  ele enquanto viveu, enfim. E de música! São anos 
e  anos  divulgando  música,  personalizando  páginas  de  artistas,  convidando  amigos 
pra  curtir,  orientando  artistas  em  relação  aos  possíveis  caminhos,  enfim  de  novo… 
Anos  e  anos  me  questionando  uma  simples  pergunta  composta,  da  qual  tive  que  ir 
até a sede do Facebook no Brasil perguntar: 
1. Qual melhor dia e horário pra postar? 
A  resposta  estava  na falta dela mesmo, não existe métrica pronta, esses dados 
são  obtidos  através  da  própria  rede,  numa  auto  análise  você  consegue  ver  os dias e 
horários que seus seguidores respondem com maior taxa de engajamento. 
Sendo  assim  por  aqui,  dias  e  horários  comerciais,  começos  de  semana  e  uma 
faixa de horário da noite entre 19 e 21 horas são os melhores. 
Conclusão: 
♫  Faça  postagens  de  teste  em  variados  dias  e  horários  durante uma semana, analise 
seus  números,  entenda  seu  público,  procure  sempre  inovar  e  peça  muito  feedback, 
com  esse  tipo  de  resposta  construtiva  é  possível  se  adequar  e  evoluir 
constantemente. 

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♫ Fazer Marketing Musical é vender sentimento. 
Advertência de compra de Seguidores e SPAM: 
É  comum  ouvir  alguém  que  conhece  alguém  que 
conhece  um  serviço  de  compra  de  seguidores.  A  quem 
deseja ir por esse caminho, boa sorte! 
Isso  existe e realmente funciona, seja por seguidores 
reais  ou  os  famosos  robôs  que  são  a  maioria  deste  tipo 
de  charlatanismo  virtual,  talvez  funcione  pra  outros 
serviços,  mas  aqui  falamos  de  música,  e  pra  ela  é 
importante  que  cada  curtida  seja  sólida,  concreta  e  que 
tenha  sentimento.  De  que  adianta  seguidores  árabes 
[não  que  um  seguidor  real  árabe  não  seja  objetivo],  mas 
como  um  exemplo,  alguém  de  tão  longe  que  dificilmente 
vai se tornar um consumidor real da obra? 
Sobre  SPAM  [​Sending  and  Posting  Advertisement  in 
Mass/Enviar  e  Postar  Publicidade  em  Massa], 
desenhando,  também  significa  mensagem  recebida  não 
solicitada.  É  notório  o  desconforto  de  sermos 
diariamente  bombardeados  com  links  e  sequer  um  bom 
dia,  boa  tarde,  boa  noite  em  nosso  nome. Então a dica é, 
o  envio  de  links  é  bom  e  direto,  mas  antes  se  faz 
necessário  o  “opt-in”,  que  é  a  prévia  aceitação  do 
usuário, um exemplo, é chamar pelo nome e perguntar se 
a  pessoa  gostaria  de  receber  aquele  presente.  É 
dolorido,  é  um  a  um,  mas  é  pessoal,  educado  e  tem 
caráter  de  fidelização.  Crie  uma  lista  de  transmissão 
pedindo a aceitação dos ouvintes. 
Se  houver  disponibilidade  de  investimento,  invista 
em  impulsionamento  nas  redes  sociais  paras  as  lojas, 
rádios, TV’s. 
Sendo assim, este humilde autor, recomenda sempre 
o  auto-atendimento,  serviços  on-demand  que  nada  mais 

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são  que  todas  as  ferramentas  disponíveis  online  através 
de login e senha próprios. 
♪ Prazos: 
Para  iniciar  o  trabalho  após  a  música  pronta  e  registrada,  é  necessário  se 
atentar aos prazos para o planejamento. 
♫Após  o  Upload,  a  distribuidora  tem  um  período  de  análise, aprovação e pré-save de 
48  horas,  [em  tempos  de  pandemia  há  um  determinado  atraso  por  conta  do  grande 
fluxo  de  streaming  em  andamento,  de  um  lado  o  aumento  no  consumo  e  oferta,  do 
outro  operadores  das  distribuidoras  em  redução  do  sistema  de  trabalho  por  menos 
funcionários e modos home-office]. 
♫  Após  aprovado  o  prazo  pra  uma  música  chegar  ao  Spotify  [maior  prazo  de  loja]  é 
de 5 dias, constando na aba Music/Upcoming aguardando o dia de lançamento. 
♫ A música vai ao ar às 00 horas do dia programado. 
♪ Estratégia: 
Pensando  na  estratégia,  cada  artista  que  se  sinta  livre  e  criativo  para 
reinventar  e  inovar  da  forma  que  bem  entender  e,  que  bom  é  quando  temos  ou 
consumimos  uma  idéia  nova,  apenas  se  faz  necessário  considerar  esses  pontos 
importantes: 
♫  Sempre  priorizar  as  lojas  e  não  Youtube.  Audiovisual  ​sempre  lançar  no  mesmo  dia 
[a  partir  das  7  da  manhã  ou  meio-dia  por  exemplo,  considerando  que  a  música  será 
lançada  meia-noite  nas  lojas]  OU  depois,  dias,  semana,  conforme  métricas  e  desejos 
do artista. 
♫  O  editorial  preza  por  conteúdo  original  inédito,  caso  contrário,  o  lançamento 
primeiro  em  plataforma  distinta  e  concorrente,  faz  com  o  que  a  obra  não  seja  mais 
uma novidade. 
♪ Fórmula básica de trabalho de divulgação: 
♫  Primeira  etapa:  divulgação  de  arte  [capa  do  áudio],  artes  promocionais  [com  logo 
das  lojas],  anunciando  a  data,  teasers,  vídeos  dos  processos  cotidianos  de 
construção da obra, trechos de até 30 segundos do áudio. 
♫ Segunda etapa: Pré-save [gratuito], divulgar até a data de lançamento. 
♫  Terceira  etapa:  Lançamento/Smartlink  [gratuito],  link  com  menu  de  lojas  para 
facilitar encaminhamento do ouvinte à loja preferida. 
♪ ​Playlists: 
A  criação,  troca,  divulgação  e  o  ato  de  seguir  playlists  se  tornou  uma  ótima 
ferramenta  de  divulgação,  é  recomendado  que  o  artista  crie  playlists  com  suas 
próprias  músicas  e  com  músicas  que  goste  também,  sem  a  necessidade de ser muito 
extenso,  podendo  atualizar  periodicamente,  amarra  o  ouvinte  à  suas  músicas, 
diferente  de  divulgar  o  link  da  música  em que o app jogará o ouvinte a seus próprios 
interesses. 
♪ ​Pré-save [link]: 
É  a  ​ferramenta  mais  importante  antes  do  lançamento​,  importante  que  as 
pessoas  ​façam  completo​,  escolham  a  loja  e  completem,  ainda  é  possível  o  usuário 
inserir  em  uma  playlist  pessoal,  isso  acaba por ser armazenado na distribuidora com 
nome, e-mail e loja, trazendo a formação de público para o artista. 
♫  Os  números  de  pré-save  também  ajudam  a  chamar  a  atenção  do  editorial  e 
fortalecendo os números de streams. 
♫  Altamente  recomendável  fazer  uma  promoção  em  cima  do  Pré-save,  sortear  itens 
entre as pessoas que completarem. 

15 
♪ Smartlink: 
É  um  ​menu  de  lojas  com  ênfase  ​na  música  [preview  do  áudio]  ou  com  ênfase 
no  videoclipe  [banner],  sendo  possível  a  ​personalização  total  do  ambiente,  dizeres 
nos botões das lojas, imagem, logo, background e ​link pras redes sociais​. 

Monólogo “Colaborativo” 
do Universo de Po$$ilibidades: 
 
Sendo  assim,  consequência  de  toda  essa  reflexão  de  trabalho,  vivência  e 
pesquisa,  trago  a  minha  “quase-conclusão”  isolando  uma  parte  do  pensamento  e 
tentando  sintetizá-lo  da  melhor  forma  diante  da  maior  das  crises  de  reflexão  dentro 
do tema “monetizar música”, sendo pilares das dúvidas: 

1. Como se ganha? 
Pra  ilustrar  uma  ​matéria  da  Tratore  com  37  formas  diretas  e  indiretas  de 
ganhar  dinheiro  com  música.  E  esse  guia  que  vos  tecla  tem  foco  em  dois  tópicos 
diretos: Royalties provenientes de Streaming e Veiculação/Exibição Pública. 

2. Quanto se ganha? 
Há  muitas  variáveis,  sendo  todas  elas  diretamente  relacionadas a quantidade 
de  “plays”  que  a  música  recebe  em  todas  suas  instâncias  [locais  físicos  ou virtuais]. E 
parte  dessas  variáveis  vão  desde  as  legislações  estabelecidas  até  os  modelos 
contratuais e de repasse que cada empresa tem e cada artista opta. 
 
Com  a  palavra,  o  A​ dvogado  Vinil  Moraes​...  Pedi  a  generosa  contribuição 
desse  profissional  especializado  em  direitos  autorais  para  uma  síntese  dos 
pensamentos  gerais  acerca  dos  conceitos  de  recebimentos  de  direitos  através  dos 
devidos registros: 

3. Por onde se ganha? 


a) Da  Exibição  Pública  onde  os  valores  são  pagos  diretamente  para  as 
associações de compositores via ECAD. 
b) Dos Royalties pagos pelas lojas de streamings musicais para as distribuidoras. 
c) Dos  Direitos  Fonomecânicos  pagos  pelas  lojas  de  streamings  musicais 
diretamente para a UBEM (União Brasileira de Editoras Musicais). 

4. Qual a porcentagem? 
As  porcentagens  variam  conforme  os  modelos  de  contratos  e  legislações 
vigentes  em  cada  país,  no  Brasil  as  lojas  de  streamings  pagam aproximadamente 3% 
do  faturamento  total  que  a  loja  obtém  dos  recebimentos  das  vendas  de  cotas  de 
patrocinadores  [anúncios]  e  das  assinaturas  dos  usuários,  esse  valor  é  repassado 
para  o  ECAD,  que  faz  o  repasse  para  as  Associações  de Compositores, que calcula o 
repasse  para  cada  compositor  de  acordo  com  tabela  de  pagamento  por  stream 
apresentada  mensalmente  pelas  Lojas,  multiplicado  pela  quantidade  de execuções e 
dividido pela quantidade de compositores. 
O  pagamento  dos  royalties  ocorrem  de  forma  variada  em  cada  loja, 
mensalmente  as  plataformas  divulgam  o  quanto  que  estão  pagando  por  Stream, 
essas  informações  ainda  não  são  claras,  pois  depois  do  pagamento  do  valor  por 
Stream,  é necessário fazer os descontos que vão variar de acordo com cada artista, a 
depender da distribuidora e da existência de gravadora ou editora com % de direitos, 
ou outros acordos comerciais. 

16 
O  Direito  Fonomecânico  de  Streaming  Digital  é  pago  pelas  Lojas  de 
Streamings  com  o  repasse  para  a  UBEM  de  aproximadamente  até  9%  do  que  cada 
loja  fatura  mensalmente  com  cotas  de  patrocinadores  e  assinaturas  pagas,  esse 
valor  é  distribuído  para  as  editoras  filiadas  a  UBEM,  e  as  editoras  fazem  o  repasse 
direto  para  os  Compositores/Artistas  Independentes/Próprio  Produtor  Fonográfico 
que  possuem  obras  Editadas,  detalhe  que  para  fazer  jus  ao  recebimento  o  artista 
independente  compositor  e  próprio  produtor  fonográfico  possui  dois  caminhos,  um 
deles  seria  editar  suas  músicas  em  alguma  editora  filiada  a  UBEM,  e  essa  editora 
fazer  o  envio  das  músicas  editadas para o cadastro no BACK OFFICE MUSIC SERVICE 
(Escritório  contratado  pela  UBEM,  para  fazer  a  gestão  de  dados,  receber  os 
pagamento  de  cada  loja  de  streaming  e  indicar  a  divisão  que  deverá  ser  feita  pela 
UBEM),  ou  se  filiar  a  Abramus  Digital/Socinpro  Digital  por  meio  de  um  contrato  de 
representação  para  recebimento  dos  direitos  fonomecânicos,  em  ambos  os  casos  o 
compositor/artista  independente/próprio  produtor  fonográfico  precisará  ceder % de 
suas obras autorais fixadas em seus fonogramas. 

5. Que  cargas  d’água  é  ISRC  e  ISWC  e  o  entendimento  dos  12%  via  lojas 
para UBEM? 

​O  Ecad  e  as  Associações  de  Compositores,  se 


comunicam  basicamente  por  meio  de  dois  protocolos 
numerários  utilizados  no  mundo  todo,  um  deles  é  o  ISRC que 
regulamenta  os  direitos  patrimoniais  e  direitos  conexos  de 
cada  fonograma,  e  o  segundo  é  o  ISWC  que  regulamenta 
direitos autorais de cada obra musical. 
O  ISRC  regula  qual  o  artista  que  interpreta  a  música 
posta  no  fonograma  e  a  ele  reserva  em  torno  de  42%  dos 
direitos  econômicos  pagos  a  títulos  de  direitos  conexos  em 
cada  execução  pública  de  rádio  e  TV,  o  Produtor 
Fonográfico  recebe  a  quota  parte  em  torno  de  42%  desses 
valores,  e  para  os  músicos  acompanhantes  são  distribuídos 
igualitariamente  de  acordo  com  participação de cada um na 
gravação da música em torno de 16%. 
O  ISWC  paga  os  direitos  autorais  aos  compositores 
pelas  execuções  públicas  em  Shows,  Música  Ao  Vivo,  Música 
Ambiente e as demais formas de captação feitas pelo ECAD. 
Uma  obra  musical,  possuirá  apenas  uma  numeração de 
ISWC,  mas  para  cada  gravação  receberá  uma  numeração 
diferente  de  ISRC,  portanto  é  de  suma  importância 
frequentemente  pedir  para  a  associação  de  compositores 
fazer  o  link  dos  códigos  ISRC´s  das  novas  gravações  com  o 
código de ISWC que cada obra possui. 
É  de  suma  importância  que  o  artista  entenda  que  um 
fonograma  pode  ser  composto  de  diversos  direitos 
individuais,  devendo  procurar  assessoria  especializada  para 
fazer  as  distribuições  corretamente,  pois  corre  risco  de  ferir 

17 
direito  patrimonial  alheio  regulado  com  punições  penais  e 
sanções civis. 
 
 
 
 

Conclusão: 
 
 
Espero  que  este  documento  elucide  as  perguntas 
mais  frequentes  que  recebo  em  atendimento,  que  guie 
artistas  da  música  de  forma  mais  leve  pro  caminho  da 
distribuição  digital  e  exibição  pública,  que  se  tornem 
auto-suficientes  e  façam  as  gestões  de  suas  próprias 
carreiras  sem  dependência,  sem  exclusividade  [sem 
consenso] e amarras financeiras desnecessárias. 
 
 
Ou  que  profundamente  reconheçam  a  importância 
de  uma  mão  de  obra  técnica  no  sentido  de  organizar 
sua  vida  musical,  reconheçam  a  importância  dos 
técnicos de áudio, produtores, enfim da graxa. 
 
 
Sempre  tive  como  missão  suportar  a  música,  e  isso 
significa  suprir  todas  as  deficiências  artísticas 
existentes,  pra  que  o  artista  no  fim,  só  se  preocupe  com 
sua arte. 
 
 
 
 
 

18 
 
Sergio Narciso 
GRAXA PURA Produções Underground 
graxapuraproduca@gmail.com 

19 

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