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BACHARELATO EM ENGENHARIA

CURSO SUPERIOR TÉCNICO DE CIVIL


CONSTRUÇÕES INDUSTRIAIS E EDIFICAÇÕES
FACULDADE DE ENGENHARIA DA UAN
TECNOLOGIA DE EDIFICAÇÕES II

TECNOLOGIA DAS EDIFICAÇÕES II

Sessão 3

1.2 Regulamentação e Normalização na Construção de Edifícios

Prof. MsC Hermenegildo Dala e-mail: gildodala@gmail.com


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TECNOLOGIA DE EDIFICAÇÕES II
1. Introdução

Desde à algumas décadas que o dimensionamento das estruturas de betão armado


edificadas em Território Nacional é enquadrado por diversos regulamentos. Mais
recentemente, devido à necessidade de uniformizar a regulamentação existente ao
nível do Continente Europeu alguns países associaram-se para a elaboração de novos
regulamentos transversais a todos os estados membros aderentes.
No presente verifica-se uma fase transitória com vista à implementação em regime de
exclusividade da regulamentação Europeia (Euro códigos) acompanhada de
regulamentação Nacional específica (Anexos Nacionais).

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1.1 Implementação dos Regulamentos e Normas

A elaboração de projectos de estruturas de betão armado tem sido


enquadrada pelo Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de
Edifícios e Pontes (RSA), Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-
Esforçado (REBAP) e pelo Regulamento Geral de Edificações Urbanas.

Sucintamente pode dizer-se que o primeiro regulamento tem por objectivo


definir a filosofia de segurança, as acções e respectivas combinações de acções,
enquanto que o segundo regulamento define o dimensionamento dos diversos
elementos e pormenorização de armaduras.

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Recorrendo à regulamentação aplicável nos estados membros do Comité Europeu de
Normalização (CEN), para a elaboração do projecto da mesma estrutura é necessário
recorrer aos seguintes regulamentos:
Euro código 0 – Bases para o Projecto de Estruturas (EC0);
Euro código 1 – Acções em Estruturas (EC1);
Euro código 2 – Projecto de Estruturas de Betão (EC2);
Euro código 3 – Projecto de Estruturas de Aço (EC3);
Euro código 7 – Projecto Geotécnico e
Euro código 8 – Projecto de Estruturas para Resistência aos Sismos (EC8).
Resumidamente, pode dizer-se que através da aplicação do EC0 se definem as bases
da verificação de segurança e as combinações de acções e pelo EC1 se determinam as
acções com excepção da acção sísmica.

Recorrendo ao EC2 efectuam-se as verificações de segurança e pormenorização dos


elementos. Por fim, no EC8 define-se a acção sísmica e são dadas indicações
adicionais para o dimensionamento e pormenorização de elementos em estruturas
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sismo-resistentes.
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Em suma, refira-se que a nova regulamentação constitui um avanço significativo para a


Engenharia Civil pois a regulamentação passa a ser mais abrangente e mais actual.
Contudo, numa primeira fase prevê-se alguma resistência à sua utilização fruto do
desconhecimento e do comodismo cimentado por uma regulamentação que
permaneceu inalterada durante décadas.

Tendo em conta os vários Euro códigos necessários para a concepção da estrutura de


um edifício constata-se que o EC8 é o regulamento mais exigente em termos de
aplicação e que mais novidades introduz.

Por fim refira-se que nas zonas sísmicas de maior vulnerabilidade o projecto de
arquitectura e o projecto de estruturas têm de ser desenvolvidos de forma conjunta
desde muito cedo de forma a assegurar-se uma concepção estrutural eficaz e um
adequado comportamento da estrutura perante a acção sísmica.

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1.2 Regulamentos e Normas recomendadas
Para a execução dos projectos devem-se utilizar as seguintes normas e regulamento:

Estruturas:

• Regulamento Geral das Edificações Urbanas (REGEU);

• Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA);

• Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado (REBAP);

• Eurocódigos (0 à 8).

Hidráulica:

• Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de


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Drenagem de Águas Residuais (RGSPPDADAR).
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Fim de Capítulo.
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