ACI MATERIALS JOURNAL TECHNICAL PAPER

Title no. 96-M66

Medição da Resistividade Concreta do Concreto

parapara
Avaliação
Avaliação
da
da Corrosão
Gravidade da Corrosão do Aço Utilizando a Técnica
Wenner
by K. R. Gowers and S. G. Millard

A técnica Wenner está a tornar-se cada vez mais popular para medir
a resistividade do betão armado para avaliar a taxa de corrosão da
armadura de aço quando esta se torna desclassificada pelo ataque
de cloretos ou carbonatação. Este documento resume o trabalho
realizado ao longo de vários anos na Universidade de Liverpool
na avaliação da eficiência desta técnica. São identificadas várias
fontes de erro de medição, e são apresentadas recomendações para
permitir aos engenheiros obter resultados mais precisos ao utilizar
esta técnica em situações práticas, e assim avaliar a gravidade
dos problemas de corrosão em curso.

INTRODUÇÃO
Traduzido com a versão gratuita do tradutor - www.DeepL.com/
A presença de actividade de corrosão que ocorre nas armaduras
Translator.
de aço em estruturas de betão pode ser facilmente avaliada medindo o
potencial do aço contra uma meia célula de referência, tal como o
Keywords: concretes; corrosion; reinforcement; steels; tests.
cobre/sulfato de cobre/cobre. A ASTM C 8761 serve de orientação
quanto à probabilidade de corrosão activa. Gamas específicas de
potencial são atribuídas a diferentes probabilidades de corrosão
activa. Esta interpretação baseia-se no trabalho de Stratfull,2 que
foi realizado em tabuleiros de pontes nos EUA onde tinha ocorrido
a entrada de sais de degelo. Fig. 1-Técnica de Wenner para medir a resistividade.
Mais recentemente, a aplicação de medições potenciais em
estruturas de betão armado numa variedade de ambientes levou à PROCEDIMENTOS DE MEDIÇÃO
conclusão de que diferentes limites potenciais definem a
probabilidade de corrosão activa em diferentes ambientes.3 Uma A técnica mais frequentemente utilizada para medir a resistividade
abordagem alter-nativa ao estudo de valores potenciais absolutos é em situações práticas é a técnica de Wenner,6 apresentada na figura.
a realização de um mapeamento de contornos potenciais sobre a
1. Esta técnica foi originalmente desenvolvida para prospecção
superfície de uma estrutura. As diferenças potenciais superiores a 200
geofísica, mas foi mais recentemente aplicada ao betão.7 Quatro
mV entre diferentes localizações numa superfície são indicativas de
contactos igualmente espaçados são feitos com a superfície de betão,
actividade de corrosão, particularmente quando as linhas de contorno
e uma pequena corrente AC I é passada entre os dois contactos
potenciais estão muito espaçadas.4 As diferenças potenciais de 100 mais exteriores. A diferença potencial resultante entre os dois
mV justificam uma investigação mais aprofundada. As posições contactos interiores V é medida. A resistividade s do betão, para
de corrosão activa mais provável são as posições de potencial mais uma geometria semi-infinita, é então dada por
negativo. σ = 2Πa V --- (1)
Se a medição dos potenciais absolutos ou o mapeamento relativo I
do potencial indica que é provável que ocorra corrosão activa, então
uma medição da resistividade do betão pode ser utilizada para avaliar onde a é o espaçamento de contacto em cm.
a taxa máxima provável de corrosão e, consequentemente, a Na prática, contudo, esta técnica deve ser utilizada com cuidado
ou podem ser obtidos erros significativos nas leituras obtidas. O
gravidade potencial do problema. A resistência eléctrica do betão
trabalho de investigação na Universidade de Liverpool durante a
regula a corrente de fluxo iónico entre as áreas anódicas e catódicas
última década identificou seis fontes principais de erro na tomada
da armadura. Quanto maior for a resistividade do betão, menor será a de medidas de resistividade. Os erros podem dever-se às influências
corrente que flui entre as áreas anódicas e catódicas, e portanto menor da geometria do betão, não homogeneidade do betão, mau contacto
será a taxa de corrosão. Uma relação entre a taxa de corrosão e a superficial, sur...
resistividade do betão foi derivada empiricamente de medições de
estruturas reais de betão armado.5 Esta relação só pode ser de valor ACI Materials Journal , V. 96, No. 5, September-October 1999.
Received March 20, 1998, and reviewed under Institute publication policies. Copy-
para o engenheiro se a resistividade do betão puder ser medida com right  1999, American Concrete Institute. All rights reserved, including the making
precisão e confiança. Este documento irá delinear alguns dos erros of copies unless permission is obtained from the copyright proprietors. Pertinent dis-
cussion will be published in the July-August 2000 ACI Materials Journal if received
que podem ser cometidos na avaliação da resistividade do betão e by April 1, 2000.
algumas medidas que podem ser tomadas para minimizar os erros.
536 ACI Materials Journal/September-October 1999
Traduzido com a versão gratuita do tradutor -
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K. R. Gowers is a corrosion scientist. In 1995, he became Senior Research Chemist
with Wirral Fospay, Ltd., UK. His research interests include assessment of corrosion
in reinforced concrete structures.

S. G. Millard is Senior Lecturer in the Department of Civil Engineering, University of

Liverpool, UK. His research interests include nondestructive testing of concrete, with
a focus on corrosion electrochemistry and subsurface radar.

Fig. 3-Efeito da borda e proximidade final na medida da resistividade...

Contactos de superfície

Verificou-se que a área de contacto de superfície não afectava

significativamente as medições obtidas utilizando a técnica de
quatro contactos de Wenner. Contudo, se for utilizado um método
de dois contactos, em que a aplicação actual e as medições de
diferenças potenciais são efectuadas entre os mesmos dois contactos
de superfície, verifica-se que as medições são muito sensíveis à
Fig. 2-Efeito das dimensões das secções de betão sobre a
área de contacto de superfície. Isto é ilustrado na figura 4, que
resistividade mea...
mostra os resultados obtidos uma vez que o diâmetro de contacto
camadas de resistividade diferentes da maior parte do betão, a foi variado utilizando tanto a técnica de contacto de fonte como a
presença de armaduras de aço, e alterações nas condições ambientais técnica de dois contactos. Estes resultados provêm tanto de testes
ambientais. físicos como de uma modelação numérica de elementos finitos.
O objectivo do presente documento é delinear estas fontes de erro e Note-se que o factor constante de 2W foi omitido de Eq.
sugerir como estes erros podem ser minimizados na prática.
Restrições geométricas (1) para permitir que tanto as medições de dois como de quatro
Os campos actuais e potenciais produzidos por uma medição da contactos sejam mostradas utilizando um eixo y comum na Fig. 4.
resistividade de Wenner só levam a um valor correcto da resistividade Assim, as medições de quatro contactos mostradas não são a
de Eq. (1) se forem capazes de existir num volume semi-infinito de resistividade real. Do mesmo modo, uma constante empírica está
material. Quando as dimensões do elemento concreto em estudo são ausente nas medições de dois contactos para converter o aV/I numa
grandes em comparação com o espaçamento dos eléctrodos de Wenner verdadeira resistividade. No entanto, é evidente que o método dos
a, então a assunção de uma geometria semi-infinita não conduz a dois contactos é muito sensível a qualquer desvio da área de contacto
erros significativos. No entanto, se as dimensões do elemento de betão escolhida.
forem relativamente pequenas, a corrente é constrangida a fluir para um
padrão de campo diferente do mostrado na Fig. 1. Isto resultará numa Deve também notar-se que, mesmo para o método de quatro
sobrestimação da avaliação da resistividade do betão. contactos, é essencial assegurar um bom contacto eléctrico com a
Na prática, verificou-se que pode ocorrer um erro significativo se a superfície de betão. Isto é particularmente importante para os dois
medição da resistividade for feita numa secção fina de betão ou perto contactos internos que medem a diferença potencial. Um contacto
de uma borda. O efeito, contudo, é mínimo se a medição for feita perto eléctrico desigual entre estes contactos e a superfície do betão
de um fim.8 Isto é ilustrado na Fig. 2, onde a razão entre a resistividade pode conduzir a espúrias tensões de modo comum, resultando em
medida aparente e a resistividade verdadeira st erros significativos.9 A utilização de uma corrente AC aplicada de
é significativamente afectada pelas dimensões da secção h e b. Na frequência relativamente baixa, aproximando-se da DC, ajuda a
Fig. 3, pode ser visto que a distância x tem um efeito significativo minimizar este efeito. Na prática, isto foi conseguido através da
sobre sa. Verificou-se, contudo, que a distância final y, desde o fim de utilização de um sinal de onda quadrada a menos de 30 Hz, ou através
uma secção de betão até ao contacto de resistividade mais próximo, da amostragem de um sinal de onda sinusoidal a menos de 1 Hz. A
teve muito pouco efeito sobre sa. Mesmo quando um contacto foi utilização de um sinal DC levaria a problemas devido a efeitos de
posicionado mesmo no final da secção (i.e., y = 0), houve apenas uma polarização nos contactos de superfície e, portanto, deve ser evitada.
sobrestimação de 10% na medição resultante da resistividade do betão.
A partir destes resultados experimentais, recomenda-se que seja
A partir destes resultados experimentais, recomenda-se que se utilize feita uma boa ligação eléctrica entre cada contacto de resistividade
um espaçamento de contacto não superior a 1/4 das dimensões da secção e a superfície do betão, por exemplo, utilizando um gel de contacto de
de betão. A distância dos contactos de qualquer borda do elemento alta condutividade. Para a técnica de Wenner de quatro contactos,
também deve ser pelo menos o dobro do espaçamento de contacto, mas a área da superfície de contacto não é importante.
a proximidade de um contacto à extremidade de um elemento pode ser
ignorada. Não homogeneidade do betão

Assume-se que, ao utilizar a técnica de resistividade de

ACI Materials Journal/September-October 1999 Wenner, o material a ser medido é homogéneo, mas o betão 537
contém partículas agregadas, normalmente com uma resistividade
muito elevada, e pasta de cimento com uma resistividade muito

Fig. 4-Efeito da área de contacto superficial na medida da
resistividade...
Fig. 5-Efeito do espaçamento de contacto na medição da
resistividade.
No entanto, a presença de uma partícula agregada de alta resistivi-
dade imediatamente abaixo de um dos contactos de superfície resulta
numa dispersão aleatória na repetibilidade da medição. O aumento
do espaçamento de contacto resulta num campo de corrente que se
situa mais abaixo da superfície do betão e, portanto, dá uma medida
de um maior volume de betão. A presença de partículas individuais
de agregado dentro deste campo torna-se então menos perceptível.
Este efeito foi estudado10 através da avaliação do desvio padrão
das medições repetitivas da resistividade de Wenner numa amostra
de betão à medida que o espaçamento de contacto foi alterado.
Como seria de esperar, o agregado no betão teve um efeito maior
quando o espaçamento de contacto foi menor, e o campo actual foi
concentrado num volume menor de betão. Contudo, a partir de
538
Fig. 6-Efeito da presença de barras de reforço em aço. Nota:
O = diâmetro do varão de reforço.
uma série de medições repetitivas, observou-se que o desvio padrão
não excedeu 5%, desde que o espaçamento de contacto fosse 1,5
vezes (ou superior) tão grande como o tamanho máximo do agregado
(Fig. 5). Assim, recomenda-se que o espaçamento dos contactos
de resistividade seja pelo menos 1,5 vezes o tamanho máximo do
agregado. Quando for necessário o uso de um pequeno espaçamento
de contactos, a média de várias medições de resistividade repetidas
feitas em locais diferentes deve ser utilizada para remover os efeitos
de dispersão devido a partículas de agregado locais.
Presença de barras de reforço em aço
O campo actual também é distorcido durante uma medição de
resistividade Wenner pela presença de uma barra de reforço de aço
directamente por baixo da posição de medição. Foram realizadas
investigações experimentais e modelagem de elementos finitos, e
verificou-se que o erro de medição só era significativo se uma posição
de medição fosse seleccionada directamente sobre uma barra.11 O
erro não era significativo se a posição de medição fosse ortogonal a
uma barra ou localizada remotamente a partir de uma barra paralela.
A figura 6 ilustra os resultados, e verificar-se-á que, mesmo que as
medições de resistividade sejam efectuadas directamente sobre uma
barra, podem ser evitados erros significativos se for utilizado um
espaçamento de contacto que seja inferior a dois terços da cobertura
de betão da barra. Por exemplo, para c/a ³ 1,5 na Fig. 6, há pouca
diferença entre a resistividade medida e a verdadeira resistividade.
Quando não for possível ou conveniente utilizar um espaçamento de
contacto tão pequeno, deve ser aplicada uma correcção às medidas de
resistividade tomadas directamente sobre e paralelamente a barras de
reforço de aço por baixo da superfície para compensar a presença da
barra. No entanto, recomenda-se a utilização de um cobridor
electromagnético ou detector de barras para determinar a posição do
reforço de aço, para que o efeito sobre uma medição de resistividade
possa ser minimizado.
Efeito da camada superficial de diferentes resistividades
Uma camada superficial sob os contactos de medição com uma
resistividade diferente do betão subjacente tem o efeito de distorcer o
campo de corrente aplicado. O efeito resultante na medição depende
de a camada superficial ter uma resistividade maior ou menor do
que a do betão subjacente.
September-October
 Fig. 7-Efeito da camada superficial de baixa resistividade, tal
como a camada de entrada de sal.
Verifica-se que uma camada superficial com uma baixa resistividade
causa maiores erros na medição da resistividade do betão subjacente
do que uma camada superficial com uma alta resistividade.
Para a presença de uma camada superficial com uma resistividade
relativamente baixa, tal como pode ser causada pela entrada de sal na
superfície do betão, os resultados traçados na Fig. 7 foram obtidos12
uma vez que o espaçamento de contacto foi variado. Os resultados
obtidos a partir de medições experimentais foram comparados com os
obtidos a partir da modelação por computador. Foi encontrada uma
boa concordância entre os resultados experimentais e a modelação
numérica. Pode verificar-se que um erro significativo na resistividade
medida pode ser evitado, desde que o espaçamento de contacto seja
pelo menos oito vezes a espessura da camada superficial, ou seja, a/t
³ 8.
Embora a presença de uma única camada superficial possa
facilmente causar erros quantificados na medição da resistividade do
betão subjacente, uma dupla camada superficial pode causar resultados
bastante paradoxais que podem não ser tão facilmente minimizados
ou compensados.
Uma camada superficial relativamente de alta resistividade é formada
pela carbonatação do betão. A precipitação subsequente produzirá
uma segunda camada superficial de baixa resistividade no topo da
camada de carbonatação. Verificou-se que a distorção do campo actual
devido às duas camadas superficiais pode produzir uma medição da
resistividade artificialmente elevada do betão subjacente.12
As medições obtidas em betão seco, com uma camada de superfície
carbonatada tomada com e sem uma camada de humidade pulverizada
sobre a superfície, são mostradas na Fig. 8. Pode-se ver que a influência
da camada de carbonatação corresponde bem ao modelo numérico, e o
seu efeito pode ser compensado se a espessura e resistividade desta
camada superficial forem conhecidas ou minimizadas através da
selecção de um espaçamento de contacto apropriado. A molhagem
subsequente do betão, contudo, pode causar ou um aumento ou uma
diminuição da medição da resistividade, dependendo do espaçamento de
contacto e da espessura da camada de humidade. Este efeito não pode
ser facilmente compensado ou minimizado por uma selecção adequada
do espaçamento de contacto. Como resultado dos erros inevitáveis
causados pelas camadas de superfície de baixa resistividade, recomenda-
se que as medições de resistividade sejam evitadas em superfícies de
betão recentemente molhadas, particularmente onde tenha ocorrido
carbonatação da superfície. Quando se pensa estar presente uma camada
fina de carbonatação superficial, recomenda-se que a espessura da
camada de carbonatação seja medida e que seja seleccionado um
espaçamento de contacto de resistividade de pelo menos oito vezes esta
espessura para garantir que seja feita uma medição precisa da
resistividade do betão subjacente. Quando a espessura da camada de
carbonatação exceder a camada de betão, será a resistividade da camada
carbonatada que influenciará a taxa de corrosão, e não a do betão não
carbonatada subjacente. Neste caso, recomenda-se um espaçamento de
contacto de resistividade igual ou inferior à
ACI Materials Journal/September-October 1999
Fig. 8-Efeito da camada superficial de baixa e alta
resistividade, tal como camada carbonatada e humedecimento
superficial.
espessura da camada carbonatada para assegurar que é feita uma
medição precisa da resistividade da camada carbonatada.
Efeito das condições ambientais ambientais
As medições de resistividade foram monitorizadas em prismas
de diferentes tipos de betão, juntamente com a temperatura do
betão (superficial e interna), temperatura do ar, humidade relativa,
e precipitação.
Em geral, a resistividade variou inversamente com a temperatura.
As três temperaturas seguiram-se razoavelmente uma à outra, mas
a melhor correlação foi encontrada entre a resistividade e a
temperatura interna do betão.13 No entanto, embora a temperatura
interna do betão não mostrasse variações tão extremas como a
temperatura do ar, é muito inconveniente medir numa estrutura de
betão existente. Podem ser encontradas fórmulas relativamente
complexas para relacionar a resistividade com a temperatura,14
mas para efeitos práticos, a relação observada entre a resistividade
medida pela técnica de Wenner e a tempera-tura do ar foi encontrada
como sendo inversamente linear, com uma inclinação típica de -
0,33 kWcm/C (Fig. 9). Um ajuste de +1 kWcm para cada queda
de temperatura de 3 C poderia ser usado para corrigir as medições
de resistividade de volta a uma temperatura padrão.
Não foi encontrada uma correlação clara entre a medição da
resistividade e a humidade relativa ambiente do ar ou a ocorrência
de precipitação. Contudo, foram observadas algumas medições
inesperadas de resistividade elevada, que corresponderam ao início
da precipitação após um período de vários dias de tempo seco.
Foi realizada uma investigação mais aprofundada deste efeito,
utilizando vários espaçamentos de contacto diferentes. Foi
seleccionado um prisma de betão que tinha uma camada carbonatada
de 1 cm de espessura. A resistividade foi medida após um período
prolongado de tempo seco, imediatamente antes de chover. As
medições subsequentes foram feitas logo após o início da chuva e
novamente um dia depois, quando a chuva tinha parado novamente
(Fig. 10).
Foi observado um aumento da resistividade medida após o início
da precipitação, indicando o efeito da dupla camada superficial
descrita anteriormente. Um dia depois, após a superfície de betão
ter secado, as medições de resistividade voltaram aos seus valores
anteriores para espaçamentos de contacto de ³ 4 cm, mas não para
espaçamentos menores. Isto indicava que a molhagem da camada
de superfície ainda estava a ter influência. 539
Fig. 9-Relação entre a resistividade medida e a tem...
Fig. 10-Variação da resistividade medida antes, durante e
depois das chuvas para o betão carbonatado.
Portanto, recomenda-se que se utilize sempre um espaçamento de
contacto de ³ 4 cm para minimizar os efeitos de humedecimento da
superfície, mesmo após 24 h de tempo seco. Se forem efectuadas
medições de resistividade quando a temperatura ambiente é
anormalmente alta ou baixa, então recomenda-se uma correcção
de compensação de temperatura antes de se utilizar a resistividade
para estimar as taxas típicas de corrosão.
CONCLUSÕES Podem ser feitas algumas recomendações
definitivas para a utilização da técnica Wenner na medição da
resistividade do betão, com base nos resultados do trabalho descri-
to no presente documento. Estas podem ser resumidas como se
segue:
1. Utilizar o método da resistividade de quatro contactos para
evitar qualquer influência da área da superfície de contacto.
2. Utilizar uma corrente CA aplicada de baixa frequência para
evitar tensão de modo espúrio. Não utilizar uma corrente DC.
3. Assegurar uma boa correcção eléctrica entre cada
contacto e a superfície de betão.
540
Fig. 11-Recomendações esquemáticas de medição da resistividade.
4. Utilizar um espaçamento de contacto de pelo menos 1,5
vezes o tamanho do agregado máximo no betão.
5. Utilizar um espaçamento de contacto Wenner inferior ou
igual a um quarto da espessura da secção de betão.
6. Medir a resistividade do betão a uma distância mínima de
duas vezes o espaçamento de contacto a partir do bordo da
secção de betão.
7. Utilizar um medidor de cobertura electromagnético ou um
localizador de barras para assegurar que as medições de
resistividade são feitas à distância de uma armadura de aço
subjacente.
8. Quando a proximidade de uma barra de reforço de aço for
inevitável, utilizar um espaçamento de contacto inferior ou igual
a dois terços da cobertura de betão para minimizar o erro na
medição da resistividade devido à presença da barra.
9. Utilizar um espaçamento de contacto de pelo menos 4 cm,
onde efeitos de humidade superficial podem ser esperados.
10. Medir pelo menos 24 h depois de ter ocorrido uma chuva.
11. Se a presença de uma camada superficial de baixa
resistividade for inevitável, utilizar um espaçamento de contacto
não inferior a oito vezes a espessura desta camada.
12. Uma compensação de temperatura de +1 kWcm por queda
de 3 C na temperatura ambiente pode ser utilizada para
converter as medições de resistividade para uma temperatura
padrão.
Estas recomendações foram esquematicamente resumidas na
Fig. 11.
ACKNOWLEDGMENTS
The authors would like to thank the Engineering and Physical Sciences
Research Council for funding the research work described in this paper.
1.
September-October
ACI Materials Journal/September-October 1999 541