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Núcleo de Educação a Distância
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
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5
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!..
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade analisará as investigações geotécnicas. Especifi-
camente, foram enfocadas: a) introdução à investigação geotécnica, b)
sondagem a percussão, sondagens rotativas e ensaios de penetração
estática tipo CPT/CPTu e c) ensaio dilatométrico de Marchetti, ensaio
pressiométrico e casos históricos. Trata-se de uma pesquisa desenvol-
vida pelo método hipotético-dedutivo, cuja hipótese está relacionada ao
fato de as investigações geotécnicas desempenharem um papel funda-
mental em obras e no estudo dos solos. Essa abordagem justifica-se,
pois, consegue-se avaliar os diferentes tipos de solos, suas caracterís-
ticas e propriedades, isso permite que os profissionais possam projetar
edificações, túneis, pontes, dentre outros tipos de edificações, de forma
adequada. Os resultados mostraram que as investigações geotécnicas
são essenciais para a garantia da integridade do ambiente, pois, conse-
gue-se evitar desastres que impactam o meio ambiente e as pessoas.
É importante que os ensaios e as sondagens sejam executados sob a
supervisão de profissionais qualificados, uma vez que, eles conhecem
as normas e o modo de execução dos trabalhos, assim, assegura-se
resultados coerentes.
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
CAPÍTULO 01
INTRODUÇÃO À INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA
Recapitulando _________________________________________________ 28
CAPÍTULO 02
SONDAGEM A PERCUSSÃO, SONDAGENS ROTATIVAS E
ENSAIOS DE PENETRAÇÃO ESTÁTICA TIPO CPT/CPTU
Recapitulando _________________________________________________ 49
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
CAPÍTULO 03
ENSAIO DILATOMÉTRICO DE MARCHETTI, ENSAIO
PRESSIOMÉTRICO E CASOS HISTÓRICOS
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Recapitulando _________________________________________________ 72
Referências ____________________________________________________ 81
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
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As investigações geotécnicas são importantes para assegurar
a integridade de prédios, túneis e demais tipos de construção. Por meio
delas, consegue-se avaliar o comportamento dos solos, suas camadas,
suas características e suas propriedades. Essa ferramenta é importante
para os profissionais que trabalham na área geotécnica. Todas as ope-
rações ligadas à investigação devem ser executadas por profissionais
especializados, uma vez que, essa é uma atividade de grande impacto
no ambiente.
Existem diversas formas de realizar investigações geotécni-
cas, e elas podem ser realizadas em campo, in situ, ou no laboratório. É
importante que algumas medidas sejam seguidas quando da extração
e armazenamento de amostras. Esses cuidados são necessários para
evitar o comprometimento destas, o que pode afetar os resultados dos
ensaios. Para isso, existem algumas normas que devem ser seguidas,
não só para a execução dos procedimentos de investigação, mas tam-
bém para a extração e coletas de amostras, por isso, é essencial se-
gui-las.
Dentre os métodos investigativos, existem as sondagens e os
ensaios, como a sondagem rotativa, a sondagem a percussão, o ensaio
de palhetas, a penetração estática, o ensaio dilatométrico de Marchetti,
o ensaio pressiométrico, dentre outros. Desses métodos, a sondagem
a percussão é o método mais simples e mais utilizado no Brasil. Isso se
deve ao seu baixo custo e simplicidade, porém, é importante destacar
que a sondagem deve ser executada sob a supervisão de um profissio-
nal capacitado.
A maioria dos ensaios são normatizados, por isso, devem ser
executados de acordo com a norma, a fim de atenderem às particulari-
dades do ensaio e obter resultados significativos que podem contribuir
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
para a avaliação do perfil geotécnico do solo. Dessa forma, é possível
fornecer dados precisos que auxiliam na garantia da integridade das
obras.
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INTRODUÇÃO À
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA
GENERALIDADES DAS INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS
AMOSTRAGEM EM SOLO
e deformadas do solo.
Em laboratórios de geotecnia, dois tipos de amostras podem
ser usados para realizar os ensaios: as amostras deformadas, que con-
sistem na fração do solo que está desagregada. Nesse caso, a amostra
é utilizada quando se deseja avaliar a textura e a constituição dos mi-
nerais, assim avalia-se de forma táctil e visual as amostras em ensaios
de classificação (massa específica de sólidos, limite de consistência e
granulometria), de compactação e de preparação de amostras para os
ensaios de permeabilidade, resistência ao cisalhamento e compressi-
bilidade. A extração dessas amostras até a profundidade de 1 metro
pode ser feita com a utilização de ferramentas simples, como enxadas e
pás, dentre outras. Em espessuras superiores a 1 metro, a extração das
amostras precisa ser feita com a utilização de ferramentas especiais,
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como amostradores de parede grossa ou trados.
Já as amostras indeformadas têm formato cilíndrico ou cúbico,
devendo representar a umidade e a estrutura do solo no dia em que foi
retirada, bem como a composição mineral e a textura. Essas amostras
permitem determinar as particularidades do solo in situ, como coefi-
ciente de permeabilidade, índices físicos, resistência ao cisalhamento e
parâmetros de compressibilidade. As amostras deformadas podem ser
obtidas de diversas formas, dependendo da densidade do solo, da cota
da amostra e da localização do lençol freático. Para solos moles, que
estão abaixo do nível da água, utilizam-se amostradores de parede fina,
já em solos mais densos e que se localizam acima do nível da água, é
preciso abrir um poço até a cota de interesse a fim de retirar do solo um
bloco com o auxílio de uma caixa metálica ou de madeira com dimen-
sões apropriadas ao número e aos tipos de ensaios a serem feitos.
Na retirada de amostras deformadas, acima do nível da água,
é importante realizar a limpeza inicial antes de começar o procedimento.
Deve-se retirar raízes, vegetações superficiais e outros tipos de mate-
riais estranhos. Se a amostra for retirada de até um metro da superfície,
realiza-se a escavação até a cota ou ponto de interesse com ferramen-
tas simples (mencionadas anteriormente), em seguida, faz-se a coleta.
Para profundidades de 1 a 6 metros, pode-se utilizar trados do tipo ca-
vadeira, se o furo a ser realizado não precisar de revestimento. Quando
a profundidade for superior a 6 metros, deve-se utilizar o trado helicoi-
dal. Os dois tipos de trado citados podem ser observados na figura 1.
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Quando as amostras precisarem ser retiradas abaixo do nível
da água, ou o serviço com o trado helicoidal se tornar difícil, deve-se
utilizar um amostrador com parede grossa. Para cravar esse material
no solo, utiliza-se a energia de um martelo em queda livre, que bate
no amostrador e o fixa de forma dinâmica no solo. A figura 2 ilustra um
amostrador de parede grossa. É importante destacar que a norma NBR
9603 regulamenta a sondagem a trado.
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Figura 3: (a) cilindros e anéis biselados e (b) caixa para retirada de
amostras indeformadas.
Dimensionamento de amostras
No dimensionamento das amostras a serem retiradas, é es-
sencial considerar o número e os tipos de ensaios a serem realizados,
além das condições do local em que ocorrerá a amostragem. Ao se
dimensionar uma amostra deformada, é preciso adotar como base a
massa do sólido estimada a fim de calcular o total de material necessá-
rio para a realização de cada ensaio. Para determinar a massa de solo
a ser retirada é importante saber qual o teor de umidade da jazida, que
pode ser feito por estimativas tácteis e visuais ou por processos rápidos.
Nas amostras indeformadas, precisa-se levar em conta as di-
mensões dos corpos de prova, chegando-se, assim, às dimensões e
ao número de blocos necessários. Para ambos os tipos de amostras, é
importante considerar que poderão haver perdas de materiais ao longo
dos ensaios, além da necessidade de repetição de alguns deles. Deve-
-se considerar ainda que, em muitos casos, não é possível retirar mais
material para teste devido a suas condições, a movimentação de pes-
soal, a distância do laboratório, além dos equipamentos que custarão
ainda mais para a obra. Por isso, deve-se priorizar a sobra de material
(não em excesso) e não o contrário.
Para as amostras deformadas, há a norma NBR 6457
denominada “Preparação de amostras para ensaios de compactação
e ensaios de caracterização”, que define a quantidade de amostras de
solos a serem preparadas nos ensaios de compactação e caracteriza-
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
ção para a obtenção de partículas com tamanho inferior a 4,8 mm ou 4
mesh.
No caso das amostras indeformadas, o dimensionamento pode
ser associado à dimensão e ao tipo de amostrador utilizado para a co-
leta da amostra. Na amostragem em bloco, é essencial que ele tenha
formato cúbico, com lados entre 20 e 30 cm. Dessa forma, consegue-se
retirar entre 9 e 18 corpos de provas, com 12,5 cm de altura e 5,0 cm de
diâmetro, considerando que o solo esteja em boas condições.
Os blocos não podem ter lados inferiores a 20 cm, uma vez
que, esse fato irá diminuir consideravelmente a quantidade de amostras
com as dimensões especificadas. Caso o bloco tenha os lados com di-
mensões superiores a 30 cm, seu peso ficará muito alto, o que dificulta
seu manuseio, tanto em campo, quanto no laboratório.
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Para ver um caso prático de amostragem, acesse:
https://sigarra.up.pt/fep/en/pub_geral.show_file?pi_doc_
id=26895.
ENSAIO DE PALHETAS
A execução do ensaio
O ensaio de palhetas pode ser realizado de duas formas distin-
tas, os ensaios do tipo A ocorrem sem uma perfuração prévia, o que per-
mite obter melhores resultados. Normalmente, ensaios desse tipo são
feitos em terrenos que apresentam solos com baixa consistência, per-
mitindo que a sua cravação seja realizada a partir do nível do terreno.
Já o ensaio do tipo B, é executado com perfuração prévia, ou
seja, realiza-se uma escavação posterior à cravação da palheta. Es-
ses ensaios costumam apresentar mais erros quando comparados aos
ensaios do tipo A, pois, pode ocorrer a translação da palheta, além do
atrito, que podem afetar os resultados. O ensaio é feito com a inserção
da palheta no interior do solo até a profundidade do ensaio. Em seguida,
aplica-se e mede-se o torque. O tempo máximo permitido entre a colo-
cação da palheta no interior do furo e a sua rotação é de até 5 minutos.
Na determinação da resistência amolgada imediata, logo após a aplica-
ção do torque máximo, deve-se realizar dez revoluções completas na
palheta e refazer o ensaio para a obtenção desse parâmetro.
Por meio do ensaio de palheta, consegue-se determinar os se-
guintes parâmetros geotécnicos: a resistência ao cisalhamento não dre-
nado, a sensibilidade (relação existente entre a resistência não drenada
e a resistência não drenada amolgada) e a razão de sobreadensamento
(OCR).
• A resistência não drenada pode ser calculada pelo ensaio de
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
(1)
(2)
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Figura 7: Resultado típico de ensaio de paleta
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: CGE-PI Prova: CESPE – 2015 –
CGE-PI – Auditor governamental engenharia – Nível: Superior.
A respeito de fiscalização de obras, ensaios de recebimento de
obras e controle de execução de serviços, julgue o próximo item:
A confirmação da identificação de camadas consideradas como
solo mole pode ser feita a partir de ensaios de palheta, ou Vane
Test.
( ) Certo
( ) Errado
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: MPE-AL Prova: FGV – 2018 – MPE-
-AL – Engenheiro civil – Nível: Superior.
O ensaio de palheta (ou Vane Test) é um ensaio de campo utilizado
para medir:
a) a resistência não drenada de solos argilosos.
b) a dissipação da poropressão com o tempo.
c) o ângulo de atrito de areias compactas.
d) o módulo de elasticidade de solos residuais.
e) a deformação vertical específica de um solo.
QUESTÃO 3
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: ANTT Prova: CESPE – 2013 –
ANTT – Especialista em Regulação de Serviços de Transportes
Terrestres – Área Engenharia Civil (Com ênfase em Infraestrutura)
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
– Nível: Superior.
Durante os estudos geotécnicos do solo de uma região em que
será realizada uma terraplanagem, foram realizados os seguintes
testes:
• sondagem a percussão,
• ensaio de palheta (Vane Test),
• ensaio de Piezocone.
Julgue os itens subsecutivos, com base nas informações apresen-
tadas acima:
O ensaio de palheta é empregado para determinar o grau de com-
pacidade de solos arenosos.
( ) Certo
( ) Errado
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QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Transpetro Prova: CES-
GRANRIO – 2018 – TRANSPETRO – Técnico de faixa de dutos jú-
nior – Nível: Médio.
Dentre os ensaios a seguir, qual deve ser utilizado em um solo ar-
giloso saturado, com drenagem impedida, objetivando determinar,
in situ, a resistência não drenada desse solo?
a) ensaio de cone.
b) ensaio de palheta.
c) ensaio de piezocone.
d) sondagem a trado.
e) sondagem rotativa.
QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA – 2019 – IF-PA –
Engenheiro Civil – Nível: Superior.
Em relação a amostras de solo para ensaios, é CORRETO afirmar
que:
a) amostra amolgada de solo é aquela que teve sua estrutura natural
modificada pelo amolgamento, apresentando variação no teor de umi-
dade.
b) amostra deformada de solo é aquela que não mantém todas as ca-
racterísticas que se verificam no laboratório.
c) amostra indeformada de solo é obtida de modo a preservar as carac-
terísticas que se verificam in situ, utilizando-se amostradores comuns
em furos de sondagem.
d) amostra representativa é a amostra de solo que conserva as caracte-
rísticas de textura e teor de umidade in situ.
e) amostra intacta de solo é aquela que não teve sua estrutura natural INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
modificada pelo amolgamento.
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TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
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NA PRÁTICA
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SONDAGEM A PERCUSSÃO,
SONDAGENS ROTATIVAS E ENSAIOS DE
PENETRAÇÃO ESTÁTICA TIPO CPT/CPTU
SONDAGEM A PERCUSSÃO
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
(4)
(5)
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Na qual, Ø = ângulo efetivo do solo, que pode ser calculado
pelas equações 6 ou 7:
(6)
(7)
Quadro 3: Peso específico dos solos arenosos INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
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A coesão de argilas pode ser obtida pelo quadro 4.
(8)
(9)
(10)
38
O módulo de elasticidade não drenado (Eu), para os solos pré-
-adensados, pode ser calculado pela equação 11:
(11)
(12)
SONDAGEM ROTATIVA
A execução da sondagem
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
O ensaio deve ser realizado em terreno seco. Inicialmente, é
preciso limpar a área para eliminar obstáculos em potencial que podem
afetar o ensaio. Pode-se ainda criar sulcos ao redor da área a ser son-
dada para evitar a interferência de água de enxurradas quando chover,
e se for o caso. A sonda deve ser ancorada firmemente, estando nive-
lada com o solo, de modo que não haja vibração excessiva, que pode
afetar a sondagem.
Em locais cobertos com lâmina de água de grande espessura
ou alagados, a sondagem deve ser executada sobre uma plataforma
fixa ou flutuante, desde que esteja ancorada firmemente, além de estar
com o assoalho totalmente coberto e que cubra, pelo menos, a área do
tripé ou o raio de cerca de 1,5 m, os quais devem ser contados ao redor
do contorno das sondas.
41
No local em que será realizada a sondagem, é importante que
haja a cravação do piquete, identificando a sondagem e servindo de
ponto de referência para as medidas de profundidade e, também, para
auxiliar na amarração topográfica. Quando tiver solo onde for realizado
o furo, este deve ser sondado pela técnica SPT até atingir a condição
de SPT impenetrável.
Todos os recursos da sondagem rotativa devem ser utilizados
para garantir que todo o material atravessado seja recuperado (os re-
cursos são: utilização de acessórios e equipamentos adequados, uso
de lama bentonítica como o fluido da perfuração, dentre outras coisas).
Deve-se registrar as características da coluna de perfuração e das son-
das rotativas usadas, as características da coroa, o tempo para realiza-
ção das manobras, a avaliação da pressão aplicada na composição, a
velocidade de rotação, a velocidade de avanço, a vazão de água circu-
lante e a pressão.
A sequência correta dos diâmetros deve ser estabelecida pre-
viamente, sendo alterada apenas quando houver necessidade técnica.
Para controlar a profundidade do furo, deve-se avaliar a diferença do
comprimento total das hastes com a peça da perfuração e a sua sobra
em relação aos piquetes de referência. Quando a sondagem alcançar
o lençol freático, deve-se anotar sua profundidade. Caso haja artesia-
nismo não surgente, é preciso registrar o nível estático, caso o arte-
sianismo seja surgente, além do nível estático, deve-se medir o nível
dinâmico e a vazão.
Os níveis de artesianismo devem ser medidos antes e ao térmi-
no das operações de sondagem. Após terminar a última medida do nível
de água ou mediante a finalização do furo seco, deve-se preencher o
orifício, após isso, é importante identificar esse local de sondagem. Em
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
(13)
42
Na qual, l>10 cm = comprimento de fragmentos recuperados e
que apresentam comprimento superior a 10 cm, l barrilete = comprimento
total do barrilete utilizado.
O RQD pode aparecer em perfis de sondagem como recupera-
ção, porém, com este material, é possível avaliar a qualidade da rocha,
de acordo com a classificação apresentada no quadro 6. As sondagens
rotativas podem ser a continuidade das sondagens SPT quando estas
forem classificadas como impenetráveis. Dessa forma, no perfil geotéc-
nico do furo, deve-se apresentar além do RQD e do número de golpes,
a percussão e a descrição da rocha, assim, têm-se uma sondagem mis-
ta, sendo seu perfil geotécnico semelhante ao ilustrado na figura 15.
A execução do ensaio
No Brasil, o ensaio é regulamentado pelo Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT), no Método Brasileiro (MB) 3406 intitulado
Solo – Ensaio de penetração de cone in situ (CPT). O ensaio consiste
em cravar no solo a ponteira cônica em uma velocidade constante de
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
20 mm/s, para obter dados, como resistência lateral (fs), resistência da
ponta (qc) e poropressões nos ensaios de piezocone. A utilização de
piezocone permite corrigir a resistência total mobilizada no processo de
cravação por meio da geração de valores de poropressões. Após a reali-
zação do ensaio, pode-se obter um perfil semelhante ao da figura 15, no
qual os parâmetros qc, fs e Rf são plotados em função da profundidade.
45
Fonte: Santos (2016)
(14)
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
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Tipo de solo Rf
Areia fina a grossa 1,2 – 1,6
Areia siltosa 1,6 – 2,2
Areia silto-argilosa 2,2 – 4,0
Argila > 4,0
Fonte: Begemann (1965)
(15)
(16)
(17)
Na qual, Ø` = ângulo de atrito efetivo. Outra forma de calcular INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
o coeficiente de empuxo é pela equação 18:
(18)
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Na qual, σ’vo = tensão efetiva do solo em repouso e σ’vo = tensão
total do solo em repouso. Pode-se calcular também a densidade relativa
nas areias pela equação 19:
(19)
(20)
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
48
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2013 Banca: FUNRIO Órgão: INSS Prova: INSS – 2013 – FUN-
RIO – Engenheiro Civil Nível: Superior.
A prospecção dos solos para se obterem dados que permitam pro-
jetar as fundações de uma obra pode ser executada por meio do
SPT (Standard Penetration Test) ou por meio do CPT (Cone Pene-
tration Test), sendo as principais diferenças entre esses dois tipos
de sondagem:
I. para um mesmo número de furos e num mesmo local, o método
SPT tem menor custo que o método CPT,
II. o método SPT é executado por meio de percussão, enquanto o
CPT é executado por meio de pressão,
III. o método CPT fornece resultados mais completos do que o SPT.
Quantas dessas afirmativas estão corretas?
a) Somente a primeira está correta.
b) Somente a segunda e a terceira estão corretas.
c) Somente a segunda está correta.
d) Somente a primeira e a terceira estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
QUESTÃO 2
Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PCPE Prova: PCCE – 2016 – CES-
PE – Perito Criminal – Engenheiro Civil Nível: Superior.
Assinale a opção correta relativa aos processos de investigação de
campo dos solos de fundações:
a) O ensaio de prova de carga direta fornece informações acerca da re- INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
sistência do solo, do nível do lençol freático e de valores de poropressão.
b) O ensaio de palheta — vane test — é utilizado para a determinação do
módulo elástico das areias e dos pedregulhos.
c) O gamadensímetro é o equipamento utilizado para a identificação vi-
sual e tátil dos solos.
d) O ensaio de cone — CPT (cone penetration test) — fornece leitura da
resistência de ponta, da resistência do atrito lateral e a correlação entre
os dois, medida em %, permite a identificação do tipo de solo e a previsão
da capacidade de carga de fundações.
e) A sondagem de reconhecimento a percussão — SPT (standard pe-
netration test) — fornece o valor da resistência dos solos, medido pelo
índice de resistência à penetração, e o valor de RQD (rock quality desig-
nation), índice de qualidade do maciço rochoso.
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QUESTÃO 3
Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: TRE-MT Prova: TER-MT – 2014 –
CESPE – Engenheiro Civil Nível: Superior.
A sondagem de simples reconhecimento, ou sondagem a percus-
são com realização do ensaio de resistência a penetração SPT,
possibilita a identificação expedita de algumas características do
subsolo onde está sendo realizado o ensaio. Porém, NÃO é possí-
vel identificar por meio da sondagem:
a) a capacidade de carga estimada em várias profundidades.
b) a identificação e a espessura das camadas de solo que compõem o
subsolo.
c) o nível do lençol freático.
d) a cor dos solos de cada camada.
e) a permeabilidade das camadas de solo.
QUESTÃO 4
Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Anatel Prova: Anatel – 2014 –
CESPE – Engenheiro Civil Nível: Superior.
No ensaio de penetração dinâmica, emprega-se um amostrador
especial com tubo de parede fina, conhecido como Shelby, para
a retirada de amostras indeformadas, que são necessárias aos en-
saios de laboratório.
( ) Certo
( ) Errado
QUESTÃO 5
Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Anatel Prova: Anatel – 2014 –
CESPE – Engenheiro Civil Nível: Superior.
O ensaio de cone, ou ensaio de penetração contínua, consiste na
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
NA PRÁTICA
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ENSAIO DILATOMÉTRICO DE MARCHETTI,
ENSAIO PRESSIONOMÉTRICO E
CASOS HISTÓRICOS
54
Figura 17: Princípio de funcionamento da membrana
56
Figura 18: Gráfico com parâmetros obtidos no ensaio DMT
57
Figura 19: Correlações do índice do material e o módulo dilatométrico
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
61
Figura 23: Pressiômetro Texam da Roctest
62
Figura 24: Pressiômetro PAF76 do Laboratoire des Ponts et Chaussées
63
Figura 25: Pressiômetro Camkometer do Cambridge In Situ
A execução do ensaio
Antes de realizar o ensaio, é preciso calibrar o equipamento.
Para tal, é preciso seguir a norma ASTM (D4719-2000) intitulada Stan-
dard Test Method for Prebored Pressuremeter Testing in Soils. A calibra-
64
ção é feita para compensar possíveis perdas de volume devido à com-
pressibilidade do equipamento e à expansão da tubulação, bem como,
as perdas de pressão devido à rigidez da membrana presente na sonda.
Depois de executar a calibração, inicia-se o ensaio, até atin-
gir a cota ou a profundidade correspondente à profundidade a meio de
sonda. Na realização do ensaio, é importante que a expansão da sonda
ocorra em incrementos de pressão iguais ou com volume igual. Caso
seja adotado o método das pressões iguais, é importante antecipar qual
será a máxima pressão que o solo a ser ensaiado irá suportar, para isso,
utiliza-se o quadro 8:
66
Para aprender mais sobre o ensaio e, principalmente, sobre
calibração e cálculo dos parâmetros, acesse o link:
https://www.locus.ufv.br/bitstream/handle/123456789/8253/
texto%20completo.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
CASOS HISTÓRICOS
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Figura 27: Colapso da frente de um túnel na Rússia
68
Figura 28: Colapso um edifício na China (a) visão geral,
(b) detalhe das armaduras
69
Figura 29: Deslizamento de terra em Portugal (a) proporções do desastre e
(b) situação das estacas
71
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: SUSAM Prova: FGV – 201 – SUSAM
– Engenheiro Civil Nível: Superior.
O processo de investigação do subsolo para fins de projeto de fun-
dações de estruturas, que consiste na expansão de uma sonda ou
célula cilíndrica instalada em um furo executado no terreno, é de-
nominado(a):
a) ensaio de cone.
b) ensaio pressiométrico.
c) sondagem rotativa.
d) sondagem a trado.
e) sondagem a percussão.
QUESTÃO 2
Ano: 2012 Banca: CESGRANRIO Órgão: TRANSPETRO Prova:
TRANSPETRO – 2012 – CESGRANRIO – Geotécnica – Engenharia
Civil Nível: Superior.
Ensaios de Campo ou Ensaios In Situ são aqueles feitos no local
da construção da obra. Em uma determinada obra, durante os en-
saios In Situ, verificou-se que o(a):
a) ensaio pressiométrico não é capaz de estimar a capacidade de carga
de fundações profundas.
b) ensaio de palheta não possibilita a determinação da resistência não
drenada de argilas moles.
c) ensaio do cone consiste na cravação dinâmica de um conjunto de
ponteira – hastes.
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: FURG Órgão: FURG Prova: FURG – 2018 – FURG
– Engenharia Civil Nível: Superior.
A investigação geotécnica constitui uma etapa essencial para o
projeto de fundações, dessa forma, é extremamente necessário
que o projetista esteja apropriado das técnicas e ensaios aplica-
dos a cada caso. A seguir, são apresentadas afirmativas com de-
finições, metodologias e/ou características relativas a ensaios de
72
campo utilizados em investigação geotécnica:
I – Os resultados do ensaio podem ser utilizados para determina-
ção estratigráfica de perfis de solos, a determinação de proprieda-
des dos materiais prospectados, particularmente em depósitos de
argilas moles, e a previsão da capacidade de carga de fundações.
Tal ensaio permite a obtenção do esforço necessário para cravar
a ponta cônica, do atrito lateral e o monitoramento das pressões
neutras geradas durante o processo de cravação.
II – Ensaio particularmente atrativo quando comparado a outras
técnicas de ensaio in situ por fornecer uma medida contínua do
comportamento tensão-deformação do solo durante a expansão/
contração de uma cavidade cilíndrica. O módulo de deformabilida-
de do solo – módulo cisalhante (G) ou módulo de Young (E) – é o
parâmetro de maior interesse geotécnico quando da realização do
ensaio.
III – Constitui-se de uma medida dinâmica conjugada a uma son-
dagem de simples reconhecimento. A perfuração é obtida por tra-
dagem e circulação de água, utilizando-se um trépano de lavagem
como ferramenta de escavação. Apresenta como vantagens, a sim-
plicidade do equipamento, baixo custo e obtenção de um valor nu-
mérico de ensaio que pode ser facilmente relacionado com regras
empíricas de projeto.
IV – Consiste na cravação de uma lâmina de aço no terreno, me-
dindo-se o esforço necessário à penetração para, em seguida, usar
a pressão de gás para expandir a membrana circular de aço no
interior da massa de solo. A velocidade de penetração não é pa-
dronizada, utilizando-se, com frequência, a velocidade de 20 mm/s
do sistema de cravação do cone. Devem ser utilizados sistemas
de cravação hidráulicos, evitando-se procedimentos percussivos INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
com martelos.
V – Tradicionalmente, é empregado na determinação da resistência
ao cisalhamento não drenada de depósitos de argilas moles. Esse
ensaio, sendo passível de ruptura cilíndrica, serve de referência a
outras técnicas e metodologias cuja interpretação requer a adoção
de correlações semiempíricas. Complementarmente, buscam-se
obter informações quanto à história de tensões do solo, indicada
pelo perfil da razão de pré-adensamento.
Dentre as alternativas a seguir, assinale a que apresenta a ordem
correta dos ensaios listados anteriormente:
a) CPTU, Ensaio Dilatométrico, SPT, Ensaio Pressiométrico, Ensaio de
Palheta.
b) SPT, Ensaio Dilatométrico, CPTU, Ensaio de Palheta, Ensaio Pres-
73
siométrico.
c) CPTU, Ensaio Pressiométrico, SPT, Ensaio de Palheta, Ensaio Dila-
tométrico.
d) CPTU, Ensaio Pressiométrico, SPT, Ensaio Dilatométrico, Ensaio de
Palheta.
e) Ensaio de Palheta, Ensaio Dilatométrico, SPT, Ensaio Pressiométri-
co, CPTU.
QUESTÃO 4
Ano: 2013 Banca: CEMADEN Órgão: CEMADEN Prova: CEMADEN
– 2013 – CEMADEN – Desenvolvimento Tecnológico – Geodinâmi-
ca ou Geologia de Desastres naturais Nível: Superior.
Quais são os métodos de investigação mecânicos mais indicados
para tentar identificar uma superfície de ruptura antiga em um ta-
lude?
a) Ensaio a Percussão e Ensaio de Cone.
b) Ensaio de Cone e Ensaio Pressiométrico.
c) Ensaio a Percussão e Ensaio Dilatométrico.
d) Ensaio a Percussão e Ensaio Pressiométrico.
e) Ensaio Pressiométrico e Ensaio Dilatométrico.
QUESTÃO 5
Ano: 2009 Banca: CESPE Órgão: TCU Prova: TCU – 2009 – CESPE
– Auditor Federal de controle externo Nível: Superior.
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TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
NA PRÁTICA
76
GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
Certo A Errado B D
TREINO INÉDITO
Gabarito: C
77
GABARITOS
CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
E D E Errado Certo
TREINO INÉDITO
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Gabarito: C
78
GABARITOS
CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
B D D B Errado
Gabarito: C
79
As investigações geotécnicas são ferramentas importantes
para auxiliar os profissionais da área geotécnica a entenderem o com-
portamento dos solos, bem como suas características e propriedades.
Com essa ciência, é possível obter parâmetros que servem de base
para o projeto de edificações, permitindo a construção de obras mais
seguras e menos susceptíveis a falhas.
Portanto, é importante que os profissionais saibam qual técnica
escolher dentre as várias opções existentes. Cada uma tem suas vanta-
gens e desvantagens, mas, auxiliam no entendimento do comportamen-
to de diferentes tipos de solo e rochas. É preciso saber, ainda, retirar
amostras adequadamente, bem como as normas para armazená-las, a
fim de preservar suas características, evitando a perda de propriedades
que geram erros nos ensaios.
Assim, é essencial atuar de modo profissional e ético, seguindo
à risca todas as etapas e processos das investigações geotécnicas. É
importante acompanhar a execução do ensaio para evitar agravantes
que possam comprometê-lo e gerar danos catastróficos no futuro. Outro
ponto a ser destacado é: sempre que uma dúvida surgir, realize pes-
quisas ou converse com outros profissionais, pois, isso irá auxiliá-lo a
encontrar soluções para os problemas.
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA - GRUPO PROMINAS
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APL. Entenda a importância das investigações geotécnicas para
evitar patologias nas suas obras. 2019. Disponível em: https://blog.
apl.eng.br/entenda-a-importancia-das-investigacoes-geotecnicas-para-
-evitar-patologias-nas-suas-obras/. Acesso em 06 set. 2019.
81
CASAN. Manual de execução de sondagens. 1997.
2019.
MARCHETTI, S. Some 2015 updates to the TC16 DMT report 2001. In:
CONFERENCE ON THE FLAT DILATOMETER, 3., 2015. Roma. Anais.
Roma: TC16, 2015.
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