2020 1. Capítulo 2 – Estrutura Atômica e Ligação Interatômica
1.1 Estrutura Atômica
O capítulo 2 do livro inicialmente aborda a formação de um átomo, cujo núcleo é composto por prótons e nêutrons, circundados por elétrons em movimento. Cara elemento químico é caracterizado da seguinte forma: Número atômico (Z): Número de prótons no núcleo, que varia entre 1 (hidrogênio) e 94 (plutônio). Massa atômica (A): Soma das massas dos prótons e dos nêutrons, e embora o número de prótons de um mesmo elemento é o mesmo para todos os átomos, o número de nêutrons (V) pode ser variável. A unidade de massa atômica (u.m.a) é definida como 1/12 da massa atômica do isótopo mais comum do carbono, carbono 12. 1 u.m.a/átomo = 1g/mol onde um mol de uma substância tem 6,023 x 10^23 átomos ou moléculas. Uma importante questão abordada pelo livro é sobre os primórdios da mecânica quântica, que surgiu durante a última parte do século dezenove devido a muitos fenômenos envolvendo elétrons em sólidos, o que resultou no estabelecimento de um conjunto de princípios e leis que governam sistemas de entidades atômicas e subatômicas. O modelo atômico de Bohr serve de exemplo para um fruto importante da mecânica quântica. Outro importante princípio citado é o que estipula que as energias de elétrons são quantizadas, ou seja, elétrons são permitidos ter apenas valores específicos de energia. O modelo atômico mecânico ondulatório veio para resolver algumas deficiências do modelo atômico de Bohr quanto a sua incapacidade de explicar vários fenômenos envolvendo elétrons. Ele considera que um elétron exibe características tanto de onda quanto de partícula, e o movimento de um elétron é descrito por matemática que governa o movimento de onda. Ainda sobre a mecânica ondulatória, os números quânticos são parâmetros que caracterizam todos os elétrons em um átomo. Tanto o tamanho, quanto a forma e a orientação espacial da densidade de um elétron são especificados por 3 números quânticos: O número quântico principal (n), que especifica as camadas, podendo ser designadas pelas letras K, L, M, N, O e assim por diante, que correspondem respectivamente a n= 1, 2, 3, 4, 5...; O segundo número quântico (l), que significa a subcamada denotada por uma letra minúscula s, p, d ou f. O terceiro número quântico (ml), que define o número de estados de energia para cada subcamada. E ainda, associado a cada elétron se encontra um momento de spin, e relacionado a ele se encontra o quarto número quântico (ms), que possui um valor para cada uma das orientações de spin (para cima ou para baixo). Outro importante tópico deste capítulo é o princípio de exclusão de Pauli, um outro conceito mecânico-quântico. Ele estipula que cada estado eletrônico pode manter não mais que 2 elétrons, que devem ter spins opostos. Para um entendimento geral do capítulo, é importante entender a configuração eletrônica dos átomos. Elétrons de valência são aqueles que ocupam a camada mais externa, e são extremamente importantes pois muitas das propriedades físicas e químicas e sólidos estão baseadas neles. Todos os elementos são classificados de acordo com a tabela periódica, onde estão classificados em ordem crescente de acordo com seu número atômico, e em filas horizontais denominadas períodos e colunas denominadas grupos. Os grupos são divididos entre: Grupo 0 (gases inertes), grupo VIIA (halogêneos) e VIA, grupo IA (alcalinos) e IIA (alcalinos terrosos), grupos IIIB e IIB denominados metais de transição, e grupos IIIA, IVA e VA. Muitos elementos estão inclusos na classificação de metal, sendo denominados eletropositivos, ou seja, são capazes de ceder seus poucos elétricos de valência para se tornarem íons positivamente carregados. Nesse contexto, os elementos eletronegativos aceitam elétrons para formar íons negativamente carregados. Na tabela periódica, a eletronegatividade aumenta ao se mover da esquerda para a direita e de base para o topo da tabela. 1.2 Ligação Atômica em Sólidos O princípio da ligação atômica é bem ilustrado pela consideração da interação entre dois átomos isolados a medida que eles são colocados em estreita proximidade um do outro a partir de uma distância infinita de separação entre os mesmos (CALLISTER, 1991). A força que um átomo exerce sobre o outro aumenta de acordo com o aumento da proximidade deles. O livro aponta as fórmulas utilizadas para o cálculo da força entre átomos e energia. Existem três tipos de ligação primária em sólidos: Ligação iônica, covalente e metálica, todas envolvendo os elétrons de valência. Esses tipos de ligação ocorrem devido a tendência dos átomos em assumir estruturas eletrônicas estáveis, pelo preenchimento completo da camada eletrônica mais externa. Também existem ligações secundárias, estas mais fracas que as primárias. A ligação iônica é encontrada em elementos metálicos e não metálicos, situados nas extremidades horizontais da tabela periódica. Ocorre quando um elemento metálico cede seus elétrons de valência aos átomos não metálicos. No processo, todos os átomos ficam estáveis, se tornando íons. Na ligação covalente ocorre o compartilhamento de elétrons entre átomos adjacentes. Os elétrons compartilhados são considerados pertencentes a ambos os átomos. O diamante é um exemplo de ligação covalente muito forte, que é muito forte. Na ligação metálica, que pelo nome já diz, é encontrada em metais e suas ligas. Metais tem no máximo 3 elétrons de valência que não se encontram ligados a qualquer átomo no sólido, e são livres para se moverem ao longo do metal. Eles podem ser pensados como pertencentes ao metal como um todo. Os elétrons livres protegem os núcleos de íons positivamente carregados contra forças eletrostáticas mutualmente repulsivas e agem como uma ‘’cola’’ para manter os núcleos iônicos juntos. As ligações de Van de Waals, ou ligações secundárias, são fracas comparadas com as ligações primárias. Ligações secundárias existem entre todos os átomos ou moléculas, mas forças primarias presentes sempre serão predominantes. Exemplos deles são ligações de hidrogênio, dipolo induzido e dipolo permanente.