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27/03/2015

ESTRUTURAS DE CONCRETO I

INTRODUÇÃO

Prof. Williams Piñerez Bettin


wapinere@hotmail.com

Rio de janeiro, RJ-BRASIL


28 DE MARÇO DE 2015

“Não importa quanto a vida possa ser ruim, sempre existe


algo que você pode fazer, e triunfar. Enquanto há vida, há
esperança”.

Stephenm Hawking

Objetivo
O Programa de Estruturas de
Concreto Armado visa permitir ao
futuro Engenheiro Civil as noções
fundamentais sobre o
comportamento, dimensionamento
e detalhamento das principais
peças estruturais constituintes de
uma edificação.

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Ementa
Generalidades. Classificação dos elementos
das estruturas. Concreto armado: conceito
fundamental, vantagens, desvantagens.
Conceitos básicos, processos de cálculo e de
dimensionamento. Detalhamento e distribuição
das armaduras no estado limite último:
Tração, Flexão Simples, Cisalhamento.
dimensionamento de seções retangulares e
seção “T”.

Bibliografia
ROCHA, A. M. – Concreto Armado – Volumes I e II, Livraria
Nobel Ltda., Ed. 22ª, 1996;

SUSSEKIND, J. C. – Curso de Concreto – Volumes I e II,


Editora Globo, Ed. 6ª, 1989;

POLILLO, A. – Dimensionamento de Concreto Armado –


Volumes I e II, Livraria Nobel Ltda., Ed. 7ª, 1990;

LEONHARDT, F. /MONNING, E. – Construções de


Concreto – Volumes I a IV, Editora Interciência, Ed. 1ª, 1983;

FUSCO, P. B. – Fundamentos do Projeto Estrutural,


Editora McGraw-Hill do Brasil Ltda., Ed. 1ª, 1976;

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Bibliografia
FUSCO, P. B. - Estruturas de Concreto – Solicitações
Normais, Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda., Ed. 1ª,
1981.

SANTOS, E. G. – Estrutura – Desenho de Concreto


Armado – Volumes I a IV, Livraria Nobel Ltda., Ed. 7ª, 1988;

PFEIL, W. – Concreto Armado – Volumes I a III, Livros


Técnicos e Científicos Editora Ltda., Ed. 5ª, 1989.

ABNT, NBR6118 – Projeto de Estruturas de Concreto -


Procedimento – ABNT, Rio de Janeiro, 2003/2007.

Bibliografia
ARAÚJO, J. M. - Curso de Concreto Armado. 2ª ed., Vols.
1, 2, 3 e 4, Rio Grande do Sul, Editora DUNAS, 2003.
(http://www.editoradunas.com.br/)

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Bibliografia
ROGER C. LAVAUR & A. GUERRIN. – Tratado de Concreto
Armado. 1ª ed., Vols. 1, 2, 3, 4, 5 e 6, São Paulo, Hemus
Editora Limitada, 2003.

Introdução
O concreto é o material mais usado
na construção. O concreto é
empregado na construção de
edifícios, pontes, estádios, túneis,
paredes de contenção,
reservatórios, barragens e em
muitos outros tipos de estruturas.

O concreto é um material
heterogêneo constituído
por uma vasta gama de
partículas granulares
(cimento, agregado
graúdo, agregado miúdo
e água).

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Introdução
CONCRETO MISTURADO
MANUALMENTE

ELEMENTOS

CONFECÇÃO

Introdução
CONCRETO MISTURADO
NA BETONEIRA

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Introdução CONCRETO USINADO

CAMINHÃO
BETONEIRA

LANÇAMENTO
NA BOMBA DE
CONCRETO

LANÇAMENTO
NA LAJE

Introdução
O concreto apresenta:
 Boa resistência aos esforços de compressão;
 Baixa resistência aos esforços de tração
(em torno de 1/10 da resistência à compressão);
Comportamento frágil.

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Introdução
Concreto de Alto Desempenho (CAD)
Hoje, com os avanços na tecnologia de dosagem e com a
adição de outros materiais, tais como aditivos minerais e
químicos em sua composição, a resistência à compressão
pode superar 200 MPa. Também, adições de fibras minerais,
metálicas ou vegetais podem aumentar a tenacidade à fratura
do concreto, diminuindo sua característica de ruptura frágil.

Introdução
Concreto Armado (CA)
É resultado da união entre Concreto simples e Armadura de
Reforço em seu interior. A armadura de reforço constitui-se de
barras de aço adicionadas na zona onde o concreto é solicitado
à tração. Desse modo, o concreto e o aço trabalham em
conjunto, uma vez que, o concreto, resiste aos esforços de
compressão, e o aço, absorve os esforços à tração cujo
concreto apresenta baixa resistência.

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Introdução
Tipos de Ruptura
Ocasionada por um
dimensionamento insuficiente da
armadura de flexão (longitudinal)
levando a peça a ruína em
regime de sub-armação, que
geralmente é avisada (ruptura
dúctil).
As fissuras ficam dispostas
perpendicularmente à armadura
de flexão, onde o esforço é
máximo, inclinando-se fora desta
região.

Ruptura por Flexão

Introdução
Tipos de Ruptura
Ocasionada pela ausência da
armadura transversal (estribos)
levando a peça a ruptura brusca
(frágil), portanto não avisada. As
fissuras principais, inclinadas
segundo as trajetórias de
compressão.
Quando as fissuras interceptam
a armadura longitudinal causam
um desplacamento do concreto
que envolve a mesma.

Ruptura por Tração Diagonal


ou Cisalhamento

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Introdução
Tipos de Ruptura
Ocasionada pela diminuição da
zona comprimida devida a
propagação das fissuras
inclinadas em direção ao topo da
viga, ocasionando o
esmagamento do concreto
seguido da ruptura por tração
diagonal, caracterizando uma
ruptura do tipo não avisada.

Ruptura por Esmagamento do Concreto


e Tração Diagonal
(Ruptura por Flexão e Cisalhamento)

Introdução
Tipos de Ruptura

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Introdução
Tipos de Ruptura

Introdução
Tipos de Ruptura

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Introdução
Tipos de Ruptura

Introdução
Tipos de Ruptura

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Introdução
Vantagens do Concreto Armado
Apresenta alta resistência a compressão;
É facilmente moldável adaptando-se aos mais variados
tipos de forma, e as armaduras de aço podem ser dispostas
de acordo com o fluxo dos esforços internos;
É resistente às influências atmosféricas e ao desgaste
mecânico;
Apresenta melhor resistência ao fogo do que o aço;
Resistem a grandes ciclos de carga com baixo custo de
manutenção;
Na maior parte das estruturas tais como: barragens, obras
portuárias, fundações, é o material estrutural mais econômico.

Introdução
Desvantagens do Concreto Armado
Tem baixa resistência à tração, aproximadamente um
décimo de sua resistência à compressão;
Elevado peso próprio nas estruturas;
É necessário mistura, lançamento e cura, a fim de garantir a
resistência desejada;
O custo das formas usadas para moldar os elementos de
concreto é relativamente cara. Em alguns casos, o custo do
material e a mão de obra para construir as formas tornam-se
igual ao custo do concreto.
Apresenta resistência à compressão inferior a do aço;
Surgimento de fissuras no concreto devido à relaxação e a
aplicação de cargas móveis.

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Introdução
Normas para Projeto
No Brasil, a norma vigente para dimensionamento de estruturas em
concreto armado é a NBR 6118/2007, Projeto de Estruturas de
Concreto (http://www.abntcatalogo.com.br).

Introdução
Normas para Projeto – NBR 6118
A revista CONCRETO publicou um número especial dedicado à
norma, onde fez um grande elogio ao trabalho realizado pela
comissão (REVISTA CONCRETO, n. 33, edição especial,
IBRACON, 2003).

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Introdução
Normas para Projeto
Instituto Americano do Concreto, ACI-318 (EUA);
Association of State Highway and Transportation Officials,
AASHTO (EUA);
American Society for Testing and Materials, ASTM (EUA);
Código Modelo para Concreto Armado, BS-8110 e CP-110
(Inglaterra);
Código Nacional de Construção do Canadá, CAN (Canadá);
Código Modelo Alemão para Concreto Armado, DIM 1045
(Alemanha);
Especificações para Reforços em Aço (Rússia);
Especificações Técnicas para a Teoria e Projeto das Estruturas em
Concreto Armado, CC-BA (France);
O código do CEB (Comitè Europeu Du Beton),
EuroCodes, são normas desenvolvidas abrangendo
especificações válidas a todos os países membros da União
Européia.

Introdução
Concepções de Projeto
O projeto estrutural deve atender a requisitos de segurança,
funcionalidade, economia, estabilidade global e local dos elementos
estruturais, trabalhabilidade e todos aqueles que se referem à vida
útil da estrutura. A norma brasileira (NBR6118) classifica a
qualidade de uma estrutura em concreto armado de acordo com
três requisitos básicos:
relativos a sua capacidade resistente de seus elementos
componentes: segurança a ruptura e estabilidade;

relativos a um bom desempenho em serviço: fissuração


excessiva, deformações inconvenientes e vibrações indesejáveis;

referentes a sua durabilidade, sob as influências ambientais


previstas: conservação da estrutura.

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Introdução
Cargas de Projeto
As cargas atuantes em uma estrutura podem ser de várias formas:

Carga Permanente: peso próprio da estrutura


(revestimento, materiais permanentes colocados sobre a
estrutura), empuxo de terra em contenções;

Cargas Móveis: fluxo de pessoas e materiais que não


permanecem fixos sobre a estrutura;

Cargas Ocasionais: ventos, sismos, variação da


temperatura, peso da neve em países frios.

Carga Dinâmica: impactos, veículos.

Introdução
Elementos Componentes da Estrutura
As estruturas de edifícios são formados basicamente por:
Fundações: recebem todo o carregamento do edifício e podem ser
blocos sobre estacas, sapatas isoladas ou associadas, laje radier,
tubulões, etc.
Paredes: são elementos estruturais esbeltos (placas) e servem
para transferir tanto os esforços horizontais como os esforços
verticais às fundações. As paredes podem ser de contenção,
contraventamento, caixas de água;
Pilares ou colunas: são os elementos estruturais que suportam as
cargas das vigas, lajes, caixas de água, ventos, transferindo-as as
fundações;
Vigas: São elementos estruturas que dão sustentação as lajes,
transferindo os esforços para os pilares. As vigas podem se
horizontais, inclinadas, curvas ou até mesmo em forma de arco. São
geralmente apoiadas nos pilares;

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Introdução
Elementos Componentes da Estrutura
Lajes: As lajes são placas planas e esbeltas que servem de piso
para os edifícios. Podem suportar cargas verticais tão bem como
cargas horizontais. A lajes podem ser maciças, nervuradas, planas,
mistas, pré-moldadas, alveolares, protendidas;
Escadas: São elos de ligação entre os pavimentos.
Pórticos: os pórticos espaciais consistem em elementos
estruturais trabalhando em conjunto entre os pilares, paredes, vigas
ou lajes. Podem se estaticamente determinados ou estaticamente
indeterminados.

Introdução
Elementos Componentes da Estrutura

laje

viga

pilar

elemento de fundação
(bloco, sapata)
pórtico de
contraventamento edifício

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Introdução
Etapas do Projeto Estrutural
Dentre as etapas do projeto estrutural estão:
Concepção do projeto arquitetônico;
Escolha da estrutura mais adequada ao meio em questão;
Estudo e lançamento das plantas de formas;
Estimativa dos diferentes tipos de carregamento atuantes na
estrutura;
Análise prévia da estrutura por meio de métodos computacionais,
levando em considerações a estabilidade global, deformações
excessivas dos elementos estruturais tais como vigas, lajes, pilares,
recalque nas fundações;
Análise final e cálculo das armaduras de todos os elementos
estruturais;
Detalhamento da armação de todos os elementos estruturais,
assim como o desenho final das plantas de forma.

Introdução
Exemplos de Algumas Estruturas

Ponte Ernesto Dornelles, Rio Grande do Sul: 186 metros de vão livre e 28 metros de
flecha. Primeira ponte do mundo em forma de arcos paralelos. Gastos 41 mil sacos
de cimento.

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Introdução
Exemplos de Algumas Estruturas

Estádio de Futebol Maracanã: Rio de Janeiro, é o maior estádio de futebol do mundo.


Foi construído com estrutura em concreto armado e inaugurado às vésperas da Copa
do Mundo de 1950. Foi projetado por projetistas brasileiros para acomodar cerca de
200 mil torcedores.

Introdução
Exemplos de Algumas Estruturas

Edifício Comercial Torre do Rio Sul, Rio de Janeiro: possui 44 andares. A estrutura é
dotada de vigas em forma de treliças construídas em concreto armado acopladas a
cada dois pavimentos. Sua torre possui um núcleo central que serve de
contraventamento e duas colunas de pilares em cada face.

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Introdução
Exemplos de Algumas Estruturas

Edifício Petronas Tower, Malásia: Maior edifício comercial do mundo, com 452 m de
altura, 88 andares. Foi construída ao longo de cinco anos e inaugurado em 1998.
Sua estrutura foi erguida em concreto de alto desempenho cuja resistência à
compressão aos 28 dias atingiu o valor de 100 MPa. Nesta obra foram consumidos
cerca de 180 mil metros cúbicos de concreto.

Introdução
Exemplos de Algumas Estruturas

Plataforma de Petróleo Troll, Mar do Norte, Noruega: Sua altura é de 472 m, sendo
que 369 m encontram-se abaixo do nível de água. A construção da plataforma
constituiu-se de uma mega operação ao longo de 4 anos, sendo inaugurada em
1995. Durante a construção foram gastos cerca de 245 mil metros cúbicos de
concreto, cuja resistência à compressão aos 28 dias atingiu 82 MPa.

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Introdução
Exemplos de Algumas Estruturas

Usina Hidrelétrica de Itaipu, Brasil e Paraguai: Possui 180 metros de comprimento e


foi construída no leito do Rio Paraná, divisa do Brasil com o Paraguai. A obra teve um
custo de 18,5 bilhões de dólares. Sua construção consumiu 12,5 milhões de metros
cúbicos de concreto cuja resistência à compressão aos 28 dias atingiu de 35 MPa.

Introdução
Exemplos de Algumas Estruturas

Central Nuclear do Cattenom, Fança: construída com concreto de pós-reativos (RPC


– Reactive Powder Concrete) cuja dimensão máxima dos agregados foi de 600 m. A
resistência à compressão do concreto aos 28 dias alcançou o valor de 200 MPa.

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Introdução
Concreto Protendido (CP)
Protensão (pré-tensão – prestressing): “é um artíficio que
consiste em introduzir em uma estrutura um estado prévio de
tensões capaz de melhorar sua resistência ou seu
comportamento , sob diversas condições de carga ” (W. Pfeil)

Introdução
Concreto Protendido (CP)

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Introdução
Concreto Protendido (CP)

Introdução
Concreto Protendido (CP)

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Introdução
Concreto Protendido (CP)

Introdução
Concreto Protendido (CP)

Contarini, 2004

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Introdução
Concreto Protendido (CP)

Continua...

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