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Leitura Fundamental
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Química
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Aula 1 – Conceitos Fundamentais
ASSISTA A VIDEOAULA 1
Leitura Obrigatória
Você sabia que: Química é a ciência que estuda a matéria, suas transformações e a energia envolvida
nessas transformações? Matéria é tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço? Volume á a
medida da quantidade de espaço tridimensional de um determinado corpo (cm3, dm3, m3)? Massa é a
medida da quantidade de inércia de um determinado corpo e em apertada síntese conceitual podemos
dizer que massa é quantidade de matéria em um sentido mais amplo e genérico (mg, g, kg)? Corpo
é uma porção definida de matéria.? Inércia é a propriedade que um corpo tem de permanecer em
repouso ou em movimento até que uma força externa atue sobre ele? E por fim Energia é a capacidade
de produzir trabalho? Conceituar trabalho não é uma tarefa fácil, mas é possível ter uma boa noção de
trabalho produzido pela energia mecânica, isto é, obtém-se trabalho toda vez que um corpo é deslocado
no sentido contrário a uma força que atua sobre o mesmo.
A matéria apresenta-se em três estados físicos. São eles: sólido, líquido e gasoso. Sob o ponto de vista
macroscópico, sólidos apresentam volume fixo e forma definida, ao passo que líquidos apresentam
volume fixo e forma indefinida, vale dizer, adquiri a forma do recipiente, já o estado gasoso não apresenta
nem forma nem volume fixos, uma vez que gás é toda substância que se expande naturalmente até
ocupar todo o volume do recipiente que está contido. Em uma dimensão micro pode-se afirmar que os
sólidos apresentam pouco espaçamento entre suas partículas e pouca agitação molecular; líquidos
apresentam um espaçamento intermediário e uma agitação molecular maior do que os objetos que
estão no estado sólido; já o estado gasoso, para além de possui uma agitação molecular considerável,
tem a particularidade de não possuir atração eletrostática entre suas partículas, fato que permite que
suas partículas afastem-se umas das outras ad infinitum.
Quando um material passa do estado sólido para o estado líquido, ocorre uma fusão. Quando passa do
estado líquido para o gasoso ocorre uma vaporização. Quando passa do estado gasoso para o líquido
ocorre uma condensação. Quando passa do estado líquido para o sólido ocorre uma solidificação.
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Quando passa do estado sólido para o estado gasoso ou vice-versa, sem passar pelo estado líquido
ocorre o que chamamos de sublimação. A naftalina, o iodo, o gelo seco e a cânfora são exemplos de
substâncias que sofrem sublimação. O esquema a seguir ilustra o que foi dito.
Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Agua/mudancadeestadofisico.php
Vaporização é o termo genérico dado a toda e qualquer transformação do líquido para o vapor e pode
ser dividida em três subespécies: evaporação, ebulição e calefação.
A ebulição costuma ocorrer a uma temperatura específica. A água, por exemplo, entra em ebulição a
uma temperatura de 100ºC, ao nível do mar. Trata-se de um fenômeno que ocorre em toda a extensão
do material, sendo caracterizado pela formação de bolhas.
A calefação é uma passagem extremamente rápida do estado líquido para o gasoso, como por exemplo,
a gota de água que cai em uma frigideira extremamente quente.
Outro aspecto importante a ser ressaltado quando o assunto é mudança de estado físico é a questão
da liquefação e da cristalização. Assim sendo, liquefação é sinônimo de condensação e não pode
ser usado como sinônimo de fusão, embora ambas as transformações terminem no estado líquido.
Frisando: liquefação é sinônimo de condensação!
Cristalização pode ser encarada como espécie do gênero solidificação, uma vez que toda cristalização
implica em solidificação, contudo, nem toda solidificação implica em cristalização. Para que haja
cristalização é preciso dois requisitos: que o material passe para o estado sólido e que durante o
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processo haja formação de cristal.
Cristal é todo material que possui estrutura cristalina, vele dizer, uma estrutura microscópica organizada.
As partículas do material estão a tal ponto organizadas que o micro se manifesta no macro.
E assim sendo, existem materiais que ao se solidificarem não dão origem a estruturas microscopicamente
organizadas. Plástico, borracha, vidro e madeira integram exemplos de materiais que, embora sólidos,
não apresentam estrutura microscópica organizada, vale dizer, não constituem cristais.
A matéria apresenta propriedades gerais, específicas e funcionais. As propriedades gerais são inerentes
a todo e qualquer tipo de material. São elas: massa, volume, inércia, impenetrabilidade, divisibilidade,
expansibilidade, compressibilidade, dentre muitas outras. As propriedades específicas caracterizam
o material ao mesmo tempo em que o individualizam dentro de uma gama imensa dos materiais já
conhecidos pelo ser humano. São elas: densidade, ponto de fusão, ponto de ebulição, calor específico,
cor, odor, sabor, dentre várias. As propriedades funcionais caracterizam determinados grupos de
substâncias que possuem comportamento químico semelhante. São elas: ácidos, bases, sais, óxidos,
dentre outras.
As propriedades gerais que merecem maior atenção são massa, volume, inércia e divisibilidade. A
divisibilidade deve ser entendida da seguinte forma: a matéria é constituída de partículas, que podem
ser átomos (partículas eletricamente neutras), moléculas (conjunto eletricamente neutro e discreto
de átomos ligados entre si por ligações covalentes e que se atraem mutuamente através de ligações
intermoleculares) ou por íons (partículas eletricamente carregadas).
Ponto de fusão é a temperatura na qual um determinado material passa do estado sólido para o estado
líquido. Ponto de ebulição é a temperatura na qual um determinado material passa do estado líquido
para os estado gasoso. Densidade é a razão (divisão, quociente) entre a massa e o volume de um
material (d = m / V).
O conceito de densidade é muito importante para as Ciências Exatas e suas tecnologias e por isso
merece uma atenção especial. Um tronco de madeira de uma tonelada flutua sobre a água enquanto
que uma pequena moeda de um grama afunda sob a água. Por que isso ocorre? Não se trata aqui de
discutir massa ou volume e sim a razão entre essas duas propriedades. Neste caso, a madeira é menos
densa do que a água e por isso flutua sobre ela, já a moeda, que é feita de metal, é mais densa do que
a água e por isso afunda sob ela. A densidade deve ser entendida como o quão compactadas estão as
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partículas que constituem o material.
Comparando o sal e o açúcar. Possivelmente você já deve ter ido ao supermercado e teve a oportunidade
de comparar um quilograma desses dois produtos. É possível verificar, então, que um quilograma de
sal é visivelmente menos volumoso do que um quilograma de açúcar, logo, o sal é mais denso do que
o açúcar. Ora, se as massas comparadas são idênticas, o diferencial está justamente no volume, vale
dizer, o material mais volumoso é o mais denso porque suas partículas estão mais afastadas umas das
outras. O açúcar possui mais espaços vazios do que o sal.
Tanto os íons quanto os átomos são constituídos por partículas ainda menores denominadas prótons,
nêutrons e elétrons. Os prótons possuem carga positiva, os nêutrons não possuem carga elétrica e
os elétrons possuem carga elétrica negativa. Com relação à massa de tais partículas subatômicas,
podemos afirmar que a massa de um próton é praticamente igual à massa de um nêutron, já o elétron
possui massa desprezível quando comparada à massa de um próton ou de um nêutron.
Tabela 02: comparação relativa das cargas e das massas das partículas subatômicas.
Átomo, portanto, possui uma característica que consiste em uma igualdade entre prótons e elétrons,
ao contrário dos íons, que possuem uma desigualdade entre o número de prótons e elétrons. Os íons
podem ser divididos em ânions e cátions. Estes possuem mais prótons do que elétrons e aqueles mais
elétrons do que prótons, vale dizer, os cátions são positivos e os ânions são negativos.
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Importante também destacar o conceito de elemento químico, haja vista que em muitas situações o termo
é utilizado como sinônimo de átomo, o que é incorreto, pois para especificar um determinado elemento
químico basta tão somente o número de prótons e nada mais. Os elementos químicos constituem
representações simbólicas e em apertadíssima síntese conceitual podem ser entendidos como “tipos
de átomos”. Por exemplo, uma partícula que apresenta um único próton deve ser representada pela
letra H. Trata-se do elemento químico hidrogênio, que representa, ao mesmo tempo, todas as partículas
existentes na natureza que contêm um único próton.
Sistema é tudo o que é separado para estudo. Os sistemas podem ser constituídos de substância pura
(conjunto definido de propriedades) ou mistura (mais de uma substância pura). As misturas podem ser
classificadas quanto ao número de fases (regiões distintas, nas quais todas as propriedades são as
mesmas) em misturas homogêneas e misturas heterogêneas. Estas são monofásicas enquanto que
aquelas são multifásicas.
Por fim, existe uma experiência muito simples e não menos importante para concluir se um determinado
material é uma substância pura ou se é uma mistura. Trata-se da curva de aquecimento. Aquecendo-
se um material inicialmente no estado sólido até ele passar para o estado líquido e depois para o gasoso
e analisando em intervalos de tempos pré-definidos a temperatura durante as mudanças de estado
físico, podemos concluir acerca da pureza do material. Para fazer esse experimento são necessários
os seguintes materiais: cronômetro, termômetro, um material objeto de estudo para aquecer, uma fonte
de calor e um recipiente.
Se após a realização do experimento, verifica-se que tanto a fusão quanto a ebulição ocorreram em uma
temperatura específica, concluí-se que se trata de uma substância pura, porém, se após a realização
do experimento a ebulição ou a fusão ou ambas não forem constates, concluí-se que se trata de um
material impuro, vale dizer, de uma mistura.
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Nas misturas comuns, nem a ebulição, nem a fusão ocorrem a uma temperatura específica e sim numa
faixa de valores. Misturas eutéticas (exemplo: ouro 18 quilates) possuem ponto de fusão constante e
misturas azeotrópicas (álcool 92º INPM) possuem ponto de ebulição constante.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/quimica/curva-de-aquecimento-identificando-substancias-pelos-tipos-de-mistura.
jhtm
Atividades
1) Encha um recipiente de água e coloque alguns objetos sólidos nele. Observe se o objeto afunda ou
flutua. Se o objeto afundar sob a água trata-se de um material mais denso do que ela e se o objeto flutuar
sobre a água trata-se de um material menos denso do que ela. Coloque madeira, plásticos, borracha,
metais, enfim, utilize os objetos do dia-a-dia e elabore uma tabela conforme o exemplo a seguir.
2) Encha um balde de água e coloque dentro dele duas latas de refrigerante lacradas, vale dizer, que
ainda não foram sequer abertas. Uma lata de refrigerante diet e ou lata de refrigerante normal. Veja o
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que ocorre e procure justificar a conclusão de sua observação utilizando os conceitos abordados nesta
aula, sobretudo, no que diz respeito à densidade.
Links Interessantes
Acesse o site Setor de Química. Disponívem em: http://www.cdcc.usp.br/quimica/index.html. Acesso
em 10 Fev. 2012. Nesse link você encontrará informações, dicas, experimentos e conceitos gerais da
ciência.
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo: Densidade. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=knCyj9rIm8o&feature=f
vst. Acesso em 10 Fev. 2012. O vídeo apresenta as diferentes densidades de alguns objetos.
Curiosidades
Existe uma unidade de volume que se chama mililitro e o seu símbolo é mL, vale dizer, “m” minúsculo e
“L” maiúsculo, embora a maioria dos produtos industrializados a escrevam de forma errada. Portanto,
o correto é mL e jamais ml.
Outro equívoco muito cometido por marcas famosas é utilizar o prefixo quilo com letra maiúscula, sendo
que o correto seria escrevê-lo com letra minúscula. Assim sendo, o correto é kg e não Kg.
Referências Bibliográficas
Atkins, Peter. Físico-Química. 6a. Edição. Vol. I. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
Callister, Willian. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. 4a. Edição. Rio de Janeiro: LTC,
2002.
Russel, John Blair. Química Geral. 2a. Edição. Vol. I. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994.
Smith, Willian. Princípios da Ciência e Engenharia dos Materiais. 3a. Edição. Portugal: McGraw-Hill,
1996.
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Respostas das Atividades
1) Depende do material que for colocado na água. Metais são todos mais densos do que a água. Com
relação aos plásticos, PET, PVC e PS são mais densos do que a água, ao passo que PP e PE são
menos densos do que a água. Objetos cerâmicos, via de regra, são mais densos do que a água.
2) A lata de refrigerante comum afundará sob a água, logo, mais densa. A lata contendo refrigerante diet
flutuará sobre a água, logo, menos densa que ela.
Aula 2 - O Átomo
Leitura Obrigatória
1. O MODELO GREGO
Você sabia que o Modelo Grego não se trata de um modelo científico e sim de um modelo puramente
filosófico? Contudo, não é por esse fato que o modelo proposto pelos gregos é menos importante, muito
pelo contrário, pois mostra o poder que a filosofia exerce sobre a ciência, mostra como o raciocínio lógico
é capaz de criar modelos capazes de explicar muitos fenômenos da natureza. Leucipo e Demócrito
integraram um movimento chamado de atomismo. Segundo esses pensadores pré-socráticos, o
átomo, que do grego significa “o que não pode mais ser dividido” é para esses filósofos o elemento
primordial da Natureza. São indivisíveis, maciços, indestrutíveis, eternos e invisíveis, podendo ser
concebidos somente por nossos pensamentos e jamais podem percebidos por nossos sentidos. Foi a
partir da releitura desses pensadores que as pesquisas que culminaram com a descoberta do átomo
pelos cientistas do século XIX (John Dalton e a seguir os modelos de Rutherford-Bohr) foram iniciadas.
Porém, o átomo como nós o concebemos hoje já é subdivido em várias outras partículas como prótons,
nêutrons e elétrons, todavia, permanece o pensamento original de que a matéria ainda pode ter sua
menor partícula indivisível.
2. O ÁTOMO DE DALTON
este foi o primeiro modelo científico. Em 1803, John Dalton, acreditando nas leis da conservação de
massa e da composição definida, propôs uma teoria que explicava estas e outras generalizações
químicas. De fato, Dalton ressuscitou o conceito grego da existência dos átomos e foi capaz de sustentar
este conceito com evidências experimentais que ele e outros obtiveram. A teoria atômica de Dalton foi
baseada no seguinte modelo:
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2.2. Os átomos são permanentes e indivisíveis, eles não podem ser criados nem destruídos.
2.3. Os elementos são caracterizados por seus átomos. Todos os átomos de um dado elemento são
idênticos em todos os aspectos. Átomos de diferentes elementos têm diferentes propriedades.
2.5. Compostos químicos são formados de átomos de dois ou mais elementos em uma razão fixa.
Usando essas ideias simples, Dalton fez com que as observações químicas da época parecessem
muito razoáveis. Sua teoria, por exemplo, explicou com sucesso porque a massa é conservada nas
reações químicas (Lei de Lavoisier). A lei da composição definida é também explicada com sucesso
(Lei de Proust).
3. MODELO DE THOMSOM
Em 1887, o físico inglês J. J. Thomsom mostrou que as partículas em raios catódicos são carregadas
negativamente. Tais partículas receberam o nome de elétrons. Os elétrons estão presentes em toda
a matéria. Eles são um dos constituintes subatômicos e são realmente todos idênticos. A partir de
1890, ficou evidente para a maioria dos cientistas que os átomos consistem em uma parte carregada
positivamente e alguns elétrons, mas isso não era totalmente claro. Do que os átomos são constituídos?
Em 1898, J. J. Thomsom sugeriu que um átomo poderia ser uma esfera carregada positivamente na
qual alguns elétrons estão incrustados, e apontou que isto levaria a uma fácil remoção de elétrons dos
átomos. Este modelo de átomo é conhecido como o modelo de “pudim de passas”.
4. O ÁTOMO DE RUTHERFORD
Em 1890 descobriu-se que certos elementos são radioativos. Isto significa que emitem radiação de alta
energia, da qual há três tipos: partículas alfa, partículas beta e raios gama. Em 1911, o físico neozelandês
Ernest Rutherford (1871 - 1937) realizou um experimento que revolucionou o modelo atômico vigente.
Uma amostra de polônio foi colocada numa cavidade funda de um bloco de chumbo através de um
pequeno orifício. Como o chumbo não se deixa atravessar pelas partículas alfa, elas só poderiam sair
do bloco de chumbo pelo orifício. Rutherford colocou mais algumas lâminas de chumbo com orifício
central (na direção do bloco de chumbo), pretendendo com isso orientar as partículas alfa, emitidas pelo
polônio, para bombardear uma lâmina finíssima de ouro (10-4mm). Atrás e em volta da lâmina de ouro,
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Rutherford adaptou um anteparo móvel recoberto com sulfeto de zinco (fluorescente), para registrar
o caminho percorrido pelas partículas. Fazendo variar a posição do alvo à volta da lâmina de metal,
Rutherford e seus colaboradores puderam observar que algumas cintilações surgiam para ângulos
muito diferentes, alguns próximos de 180º. Essas cintilações indicavam que algumas partículas alfa
haviam colidido frontalmente com um objeto extremamente denso. Vários experimentos permitiram
reunir as observações experimentais em três pontos principais. A maioria das partículas alfa atravessou
a placa de ouro sem sofrer desvio considerável em sua trajetória. Algumas partículas alfa (poucas)
foram rebatidas na direção contrária ao choque. Certas partículas alfa (poucas) sofreram um grande
desvio em sua trajetória inicial.
4.3. O núcleo do átomo tem carga positiva, uma vez que as partículas alfa (positivas) foram repelidas
ao passar perto do núcleo.
5. MODELO DE BOHR
Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr (1885 – 1962), estudando o espectro de emissão do hidrogênio,
isto é, a luz que esse elemento emite quando um feixe de raios catódicos incide sobre ele, relacionou a
energia do elétron ao quantum e elaborou um modelo atômico baseado nos seguintes postulados:
5.2. A energia de cada elétron é a soma de suas energias cinética (movimento) e potencial (posição,
como nível de referência). Essa energia não pode ter um valor qualquer, mas apenas valores que sejam
múltiplos de um quantum (ou de um fóton).
5.3. O elétron percorre apenas órbitas eletrônicas permitidas e, nesse caso, não emite energia.
5.4. Ao passar de uma órbita para outra, o elétron absorve ou emite um quantum (fóton) de energia.
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Tabela 01: número máximo de elétrons por camada eletrônica.
1ª Camada K 2
2ª Camada L 8
3ª Camada M 18
4ª Camada N 32
5ª Camada O 32
6ª Camada P 18
7ª Camada Q 8
Cada átomo consiste em um núcleo muito pequeno composto por prótons e nêutrons, que é circundado
por elétrons em movimento. Tanto os elétrons como os prótons são eletricamente carregados, com
magnitude de carga da ordem de 1,6 x 10-19 C, a qual possui sinal negativo para o elétron e positivo
para o próton; os nêutrons são eletricamente neutros. As massas dessas partículas subatômicas são
infinitesimalmente pequenas; os prótons e nêutrons possuem aproximadamente a mesma massa, 1,67
x 10-27 kg, que é significativamente maior do que a massa de um elétron, 9,11 x 10-31 kg.
7. SEMELHANÇA ATÔMICA
ISÓTOPOS = ≠ ≠
ISÓTONOS ≠ = ≠
ISÓBAROS ≠ ≠ =
OBS 1: A = Z + N
Atividades
01 – Complete a tabela:
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02 – Uma determinada espécie atômica possui 3 prótons, 4 nêutrons e 5 elétrons. Assim sendo, dê o que se
pede:
Links Interessantes
Acesse A revolução dos Modelos Atômicos. Disponível em: http://enciclopediavirtual.vilabol.uol.com.
br/quimica/atomistica/resumodosmodelos.htm. Acesso em 10 Fev. 2012. O site aborda resumidademente
toda evolução da historia conceitual do átomo bem como a relação com seus pesquisadores.
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo Modelos Atômicos. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=PUu_WvHQT18.
Acesso em 10 Fev. 2012. O vídeo mostra de forma esclarecedora o Modelo atômico de Dalton.
Curiosidades
Ninguém, nenhum cientista do mundo foi capaz de desvendar o enigma do átomo, vale dizer, ninguém
e absolutamente ninguém conseguiu visualizar um átomo por inteiro e por esse motivo estuda-se os
modelos propostos por grandes cientistas e grandes filósofos. O enigma do átomo ainda está para ser
revelado! Trata-se do “santo grau” da ciência investigativa.
Referências Bibliográficas
Atkins, Peter. Físico-Química. 6a. Edição. Vol. I. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
Callister, Willian. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. 4a. Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
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Russel, John Blair. Química Geral. 2a. Edição. Vol. I. II vols. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994.
Smith, Willian. Princípios da Ciência e Engenharia dos Materiais. 3a. Edição. McGraw-Hill, 1996.
26
Fe56 26 30 26 56
Fe2+ 26 30 24 56
8
O16 8 8 8 16
O2- 8 8 10 16
11
Na23 11 12 11 23
Na+ 11 12 10 23
02 – Uma determinada espécie atômica possui 3 prótons, 4 nêutrons e 5 elétrons. Assim sendo, dê o
que se pede:
7 2-
3
X
c) Faça um desenho dessa partícula seguindo o modelo de Rutherford-Bohr.
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Aula 3 - Conceito de mol
ASSISTA A VIDEOAULA 3
Leitura Obrigatória
1 – Átomo ( Z = E ):
Partícula fundamental da matéria caracterizada por apresentar uma igualdade entre o número de prótons
(partículas subatômicas positivas) e o número de elétrons (partículas subatômicas negativas).
Caso esta igualdade não for observada, está-se diante de um íon. Este apresenta número de prótons
diferente do número de elétrons. O íon positivo, também chamado de cátion, apresenta mais prótons
do que elétrons, ao passo que o íon negativo, também chamado de ânion, apresenta mais elétrons do
que prótons. De qualquer forma, atribui-se a denominação átomo a uma partícula eletricamente neutra.
Trata-se de uma representação simbólica, uma coisa artificial, especificada pelo número de prótons. Há
quem defina ser um conjunto de átomos com o mesmo número de prótons, vale dizer, um conjunto de
isótopos. Seja como for, constituem formas de representar as várias partículas existentes na natureza com
uma determinada e específica quantidade de prótons. O que define o elemento químico é justamente o
número de prótons! Pode-se afirmar, por exemplo, que as entidades Ca e Ca2+, não constituem átomos,
uma vez que uma delas possui carga igual a zero, e a outra, carga positiva, todavia, é correto afirmar
que integram duas partículas pertencentes ao mesmo elemento químico, qual seja, o cálcio. Outra
forma de raciocinar a respeito é considerando uma partícula com 6 prótons. Independentemente do
número de elétrons e do número de nêutrons, tal partícula é representada pela letra “C” maiúscula,
sendo que qualquer partícula que tenha essa mesma quantidade de prótons deve ser representada
da mesma forma, ou seja, com o símbolo “C”. Sabe-se que na natureza existem 3 tipos de átomos de
hidrogênio. Temos o prótio (com um próton e um elétron), o deutério (com um próton, um nêutron e um
elétron) e o trítio (com um próton, dois nêutron e um elétron). Ocorre que os três são representados, ao
mesmo tempo, na Tabela Periódica, pelo símbolo abaixo:
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Figura 1: representação simbólica de um elemento químico.
MASSA
ATÔMICA
1,7797
H
1
NÚMERO
ATÔMICO
Fonte: ISIS DRAW 2.4
Consiste em um número puro, em uma grandeza adimensional, que indica o número de partículas
nucleares, ou seja, é a soma de prótons (Z) e nêutrons (N). Trata-se de um número inteiro (natural).
A = Z + N
É a massa do átomo medida em unidades de massa atômica (u). A unidade de massa atômica é definida
como sendo a massa correspondente a um doze avos da massa do isótopo de carbono que possui 6
prótons e 6 nêutrons. Raramente se trabalha com a massa atômica de isótopos isolados, sendo que, na
prática, no cotidiano científico da química analítica quantitativa, utiliza-se a massa atômica do elemento
químico, a qual se encontra representada na Tabela Periódica. Trata-se de uma grandeza que possui
dimensão de massa, podendo ser convertida em qualquer outra unidade de massa (g, mg, kg, ton, etc.).
Dizer que uma substância apresenta massa atômica igual a 40,1u significa afirmar que sua massa é
40,1 vezes maior do que uma unidade padrão definida como unidade de massa atômica (u).
É a média ponderada dos isótopos e leva em consideração a ocorrência (%) de cada qual na natureza.
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Exemplo: calcular a massa atômica de elemento químico X com base na tabela a seguir:
ISÓTOPO Z N E A MA %
A 5 5 5 10 10,1u 70
B 5 6 5 11 11,2u 20
C 5 7 5 12 12,3u 10
10,54
X
5
Fonte: ISIS DRAW 2.4
Sendo esta representação a que é encontrada na Tabela Periódica dos Elementos Químicos. Logo, a
Tabela Periódica fornece as massas atômicas (MA) e não os números de massa (A). Na grande
maioria dos problemas, utiliza-se a massa atômica do elemento químico, a qual é encontrada na
classificação periódica dos elementos químicos.
OBS: partículas que possuem 5 prótons são representadas pela letra B, fazendo-se referência a um
elemento químico específico e muito conhecido denominado BORO, que está localizado na segunda
linha e na coluna III-A da Tabela Periódica.
Enxofre S 32,064 32
Oxigênio O 15,99 16
Carbono C 12,012 12
Cloro Cl 35,453 35,5
Cobre Cu 63,546 63,5
É a massa de uma única entidade (que pode ser uma molécula, um íon, um composto iônico ou um metal)
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medida em unidade de massa atômica (u). Lembrando que o termo molécula refere-se a um conjunto
discreto de átomos ligados por ligação covalente, entretanto, a denominação “massa molecular”, embora
errada em determinadas ocasiões, é usada com frequência no cotidiano científico, em um sentido mais
amplo e genérico, referindo-se, também, a compostos iônicos e substâncias metálicas.
CLASSIFICAÇÃO DO
MASSA “MOLECULAR”
ENTIDADE COMPOSTO QUANTO AO
ARREDONDADA (u)
TIPO DE LIGAÇÃO
NH3 Covalente 17
CaCO3 Iônico 100
6 – Mol:
Trata-se de um número extremamente grande para trabalhar com coisas extremamente pequenas.
É a massa correspondente a um mol de entidades (moléculas, íons, metais, prótons, elétrons, nêutrons,
etc.), sendo medida em gramas por mol (g/mol).
N
M = MM
(g/mol) (u)
A massa molar (M) é numericamente igual à massa molecular (MM), sendo que a primeira é medida em
gramas por mol (g/mol); e, a segunda, em unidades de massa atômica (u). São números iguais, mas
que correspondem a grandezas físicas conceitualmente distintas.
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Atividades
01 – Complete:
A unidade de massa atômica (u) é a massa equivalente a _________ da massa de um átomo de _____________ ,
que possui 6 prótons e 6 nêutrons. A Massa Atômica (MA) de um isótopo é a ______________ de seu átomo medida
das Massas Atômicas de seus __________________, levando-se em conta a ______________ destes na natureza. A
se refere a _____________ de qualquer coisa. Entende-se por Massa Molar (M), medida em ____________, como
sendo a massa de ______________ de átomos, moléculas, íons, etc. A Massa Molar (M), medida em __________ é
a) H2O
b) C6H12O6
c) NaOH
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d) CaCO3
e) C12H22O11
a) H4P2O7
b) CO2
c) Al2(SO4)3
d) KMnO4
e) CCl4
06 – Um copo d’água contém 360 mL. Sabendo que a densidade da água é 1 g/mL, determine:
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Links Interessantes
Leia o artigo Como Medir a Quantidade de Átomos e Moléculas. Disponível em: <http://educacao.
uol.com.br/quimica/mol-como-medir-a-quantidade-de-atomos-e-moleculas.jhtm>. Acesso em 11 Fev.
2012. O site apresenta os principais conceitos de química e ensina como medir a quantidade de átomos
e moléculas .
Vídeos Interessantes
Assista ao Vídeo Química - Quantidade de Matéria. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?
v=I620GYiqGO8&feature=related>. O vídeo por meio de uma aula, explica como expressar a massa do
átomo por meio de um referencial.
Curiosidades
Se você der um mol de passos, onde vai parar?! Na China, na Lua, no Sol. Ledo engano! Sairá da Via
Láctea. Saibam vocês que o mol é um número muito grande para trabalhar com coisas extremamente
pequenas. Segundo os geólogos, na história do Planeta Terra ainda não se passou um mol de segundos.
Por isso, quando você for escrever uma carta de amor, termine-a com um mol de beijos. É beijo que não
acaba mais!
Referências Bibliográficas
Atkins, Peter. Físico-Química. 6a. Edição. Vol. I. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
Callister, Willian. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. 4a. Edição. Rio de Janeiro:
LTC, 2002.
Reis, Martha. Química Geral. São Paulo: FTD, 2007.
23
oficina
Russel, John Blair. Química Geral. 2a. Edição. Vol. I. II vols. São Paulo: Pearson Education do Brasil,
1994.
Smith, Willian. Princípios da Ciência e Engenharia dos Materiais. 3a. Edição. McGraw-Hill, 1996.
A unidade de massa atômica (u) é a massa equivalente a 1/12 da massa de um átomo de CARBONO,
que possui 6 prótons e 6 nêutrons. A Massa Atômica (MA) de um isótopo é a MASSA de seu átomo
medida em u. A Massa Atômica (MA) de um elemento químico é a MÉDIA PONDERADA das Massas
Avogadro (NA) é, aproximadamente, 6 x 1023, que se refere a UM MOL de qualquer coisa. Entende-
se por Massa Molar (M), medida em g/mol, como sendo a massa de 6 x 1023 / UM MOL de átomos,
moléculas, íons, etc. A Massa Molar (M), medida em g/mol é numericamente igual a MASSA ATÔMICA
(MA), medida em u.
a) H2O MM=18u
b) C6H12O6 MM=180u
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c) NaOH MM=40u
d) CaCO3 MM=100u
e) C12H22O11 MM=342u
a) H4P2O7 MM=18g/mol
b) CO2 MM=178g/mol
c) Al2(SO4)3 MM=342g/mol
d) KMnO4 MM=158g/mol
e) CCl4 MM=154g/mol
c) Quantos átomos de oxigênio existem nessa quantidade de gás? Resp: 1,2 x 1023 átomos
d) Quantos átomos existem nessa quantidade de gás? Resp: 1,8 x 1023 átomos
e) Quantos átomos de carbono existem nessa quantidade de gás? Resp: 6 x 1022 átomos
06 – Um copo d’água contém 360 mL. Sabendo que a densidade da água é 1 g/mL, determine:
c) Quantas moléculas de água existem nessa amostra? Resp: 1,2 x 1025 moléculas
d) Quantos átomos de hidrogênio existem nessa quantidade de água? Resp: 2,4 x 1025 átomos
e) Quantos átomos estão contidos nesse copo d’água? Resp: 3,6 x 1025 átomos
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Aula 4 - Estudo das Soluções
Leitura Obrigatória
1. INTRODUÇÃO
Você sabia que o estudo das soluções está inserido dentro de um contexto que aborda as dispersões?
Estas são classificadas de acordo com o diâmetro das partículas que formam a dispersão. São elas:
soluções (diâmetro das partículas inferior a 10nm), coloides (diâmetro das partículas entre 10 e
100nm) e suspensão (diâmetro das partículas superior a 100nm). Soluções são monofásicas enquanto
que coloides e suspensões são multifásicas (misturas heterogêneas).
Exemplos de coloides: gelatina, água do rio, sangue, leite e derivados, neblina, emulsões, aerossóis.
Soluções, então, são dispersões em que o disperso (componente em menor quantidade) corresponde
ao soluto e o dispersante (componente em maior quantidade) corresponde ao solvente.
Existe uma notação para se fazer referênciasa estes componentes. O índice 1 (um) refere-se ao soluto,
o índice 2 (dois) refere-se ao solvente e uma grandeza sem índice corresponde à solução.
Massa de soluto m1
Massa de solvente m2
Massa da solução m
Número de mols de soluto n1
Número de mols de solvente n2
Número de mols da solução n
Volume de soluto V1
Volume de solvente V2
Volume da solução V
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PE (H2O) < PE (H2O+NaCl) < PE (NaCl)
OBS: também podem ser classificadas, levando em consideração a razão soluto/solvente, como solução
diluída e solução concentrada.
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3. SOLUBILIDADE (S)
É a quantidade máxima de soluto que pode ser adicionada a uma determinada quantidade de solvente
a uma dada temperatura.
Exemplos:
X CS = 30g/100g (25º.C)
Z CS = 0,16g/L (10º.C)
4. UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO
São formas de se exprimir uma determinada relação entre os componentes de uma solução.
a) soluto/solvente
b) solvente/soluto
c) soluto/solução
d) solvente/solução
c) molaridade (M).
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4.1. CONCENTRAÇÃO COMUM (C)
É a razão entre a massa de soluto (em gramas) e o volume da solução (em litros).
m1(g)
C =
V(L)
É a razão entre a massa de soluto e a massa da solução. Ambas as grandezas (massa de soluto e
massa de solução) devem estar na mesma unidade.
m1
T =
m
Título é uma grandeza adimensional compreendida entre zero e um, e que representa uma parte, ou
seja, uma fração de um inteiro. O título pode ser visto como uma porcentagem. A soma dos títulos é 1
(um), assim como a soma das porcentagens é 100% (cem por cento).
%m = T x 100%
TÍTULO PORCENTAGEM
0,25 25%
0,05 5%
0,005 0,5%
0,50 50%
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n1 (mol)
M=
V (L)
Atividades
1) Pesquise e responda por que a densidade não pode ser encarada como uma unidade de concentração.
2) Calcule a concentração em g/L de uma solução que apresenta volume de 800mL e contenha 20g de
soluto.
3) São dissolvidos 400g de cloreto de sódio em água suficiente para 2L de solução. Qual é a concentração
em g/L dessa solução?
4) A concentração (g/L) de uma solução é de 20g/L. Determine o volume dessa solução, sabendo que
ela contém 75g de soluto.
5) Determine a massa de NaOH dissolvido em água suficiente para 600cm3 de solução, cuja concentração
comum é de 700g/L.
Links Interessantes
Leia Unidades de Concentração das Soluções. Disponível em:
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/unidades-de-concentracao-das-solucoes.html. Acesso em 11
Fev. 2012. O texto aborda os conceitos de Concentração Comum (C) ou Concentração massa/volume.
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo Hielo instantâneo. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Q3uJ7ibypk4.
Acesso em 11 Fev. 2012. O vídeo apresenta uma experiência em que é possível fazer gelo de forma
instantânea.
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Referências Bibliográficas
Atkins, Peter. Físico-Química. 6a. Edição. Vol. I. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
Callister, Willian. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. 4a. Edição. Rio de Janeiro: LTC,
2002.
Russel, John Blair. Química Geral. 2a. Edição. Vol. I. II vols. São Paulo: Pearson Education do Brasil,
1994.
Smith, Willian. Princípios da Ciência e Engenharia dos Materiais. 3a. Edição. McGraw-Hill, 1996.
2) Calcule a concentração em g/L de uma solução que apresenta volume de 800mL e contenha 20g de soluto. Resp:
25g/L.
3) São dissolvidos 400g de cloreto de sódio em água suficiente para 2L de solução. Qual é a concentração em g/L
dessa solução? Resp: 200g/L
4) A concentração (g/L) de uma solução é de 20g/L. Determine o volume dessa solução, sabendo que ela contém 75g
de soluto. Resp: 3,75L
5) Determine a massa de NaOH dissolvido em água suficiente para 600cm3 de solução, cuja concentração comum é
de 700g/L. Resp: 420g.
ASSISTA A VIDEOAULA 5
Leitura Obrigatória
1. HISTÓRICO
Você já ouvir falar que desde os primórdios, os químicos são responsáveis pelo conceito de periodicidade
química? E você tem ideia do que seja isso? Pois bem, periodicidade significa ocorrer regularmente ou
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intermitentemente, como por exemplo, a maré alta do oceano, que ocorre duas vezes ao dia. O alemão
Lothar Meyer e o russo Dimitri Mendeleev fizeram mais do que quaisquer outros, posicionando-a sobre
um firme fundamento experimental. Trabalhando independentemente, eles descobriram a lei periódica
e publicara a tabela periódica dos elementos. Meyer publicou primeiro em 1864 e em 1869 expandiu
sua tabela para mais de 50 elementos. Ele demostrou a variação de propriedades periódicas, como o
volume molar, o ponto de ebulição e a dureza, como uma função da massa atômica. No mesmo ano
Mendeleev publicou os resultados de seu trabalho, incluindo sua própria tabela periódica. Nos anos
seguintes, ele prosseguiu com seu estudo, e em 1871, publicou mais uma versão de tabela periódica.
Com essa tabela ele previu a existência de elementos ainda não conhecidos na época e que ocupariam
os espaços vazios da mesma. Deste modo, previu a existência dos elementos gálio e germânio e
estimou sua propriedades com grande exatidão. Demonstrou-se assim, o valor da tabela periódica na
organização do conhecimento químico.
2. LEI PERIÓDICA
3. PROPRIEDADES PERIÓDICAS
3.3. Eletronegatividade
3.5. Densidade
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4. TABELA PERIÓDICA MODERNA
IA IIA IIIB IVB VB VIB VIIB VIIIB VIIIB VIIIB IB IIB IIIA IVA VA VIA VIIA VIIIA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
1 H GN
2 MR MR SM A A A A GN
3 MR MR MR SM A A A GN
4 MR MR MTE MTE MTE MTE MTE MTE MTE MTE MTE MTE MR SM A A A GN
5 MR MR MTE MTE MTE MTE MTE MTE MTE MTE MTE MTE MR MR SM A A GN
6 MR MR * MTE MTE MTE MTE MTE MTE MTE MTE MTE MR MR SM A A GN
7 MR MR ** MTE MTE MTE MTE MTE MTE
MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTE
* série dos lantanídeos
MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTI MTE
** série dos actinídeos
5. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
c. Linha = período;
g. H: hidrogênio;
k. A: ametal;
l. SM: semimetal;
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m. GN: gases nobres;
n. O elemento químico hidrogênio recebe uma classificação totalmente a parte dos demais
elementos, por isso, embora a maioria das tabelas, por uma questão de estética, o
posicionam na linha 1 e na coluna 1, na verdade ele não pertence a nenhuma coluna da
tabela periódica. Sendo assim, o correto seria representá-lo fora da tabela periódica.
b) metais alcalinos;
b) família do boro;
b) família do carbono;
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c) possuem 4 (quatro) elétrons na última camada.
b) família do nitrogênio;
b) calcogênios;
b) halogênios;
b) gases nobres;
Atividades
01 – O número de elementos encontrados, respectivamente, nos 1º, 3º, 4º e 5º períodos são:
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(A) 2-8-16-32
(B) 2-8-16-16
(C) 2-16-16-32
(D) 8-18-18-32
(E) 2-8-18-18
02 – Indicar a alternativa que contém somente elementos químicos pertencentes à classe dos
semi-metais:
(A) B, C, N, O
(B) O, S, Sn, Te
(C) N, P, As, Sb
(E) Be, C, P, Se
(B) F, N, P, S, I
(C) I, S, B, Br, Ra
Links Interessantes
Veja Tabela Periódica.org . Disponível em: http://www.tabelaperiodica.org/.Acesso em 11 Fe. 2012. O
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site traz para você a tabela periódica para suas pesquisas e estudos bem como conceitos e explicações
spbre seus componentes.
Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo A música da Tabela Periódica . Disponível em: http://www.youtube.com/
watch?v=2Kzjh97UuPA. Acesso em 11 Fev. 2012. O vídeo apresenta de forma dinâmica e didática a
música da tabela periódica.
Curiosidades
Inigualável contribuição para as Ciências Naturais foi à organização proposta por Mendeleev, todavia,
na Rússia, ele é mais conhecido por ter descoberto a formulação ideal da vodka. Pois é, na Rússia, para
muitos, Mendeleev é somente “o cara” da vodka.
Referências Bibliográficas
Atkins, Peter. Físico-Química. 6a. Edição. Vol. I. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
Callister, Willian. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. 4a. Edição. Rio de Janeiro: LTC,
2002.
Russel, John Blair. Química Geral. 2a. Edição. Vol. I. II vols. São Paulo: Pearson Education do Brasil,
1994.
Smith, Willian. Princípios da Ciência e Engenharia dos Materiais. 3a. Edição. McGraw-Hill, 1996.
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oficina
Respostas das Atividades
01 – E
02 – D
03 – B
Leitura Obrigatória
1. INTRODUÇÃO
Para você entender melhor as ligações químicas é preciso antes dominar o conceito de eletronegatividade,
que não é outra coisa senão, a capacidade que um átomo tem de atrair elétrons em uma ligação
química. Os elementos mais eletronegativos são: F, O, N, Cl, Br, I, S, C, P, H. Quando o assunto é
eletronegatividade, os gases nobres costumam ficar de fora, pois são elementos extremamente inertes
e que não se ligam com ninguém, nem entre eles há qualquer tipo de ligação química.
1.1. A grande maioria dos átomos encontram-se isolados ou ligados a outros átomos?
1.2. Quem na natureza encontra-se isolado, vale dizer, quem não se liga com ninguém?
1.3. O que os átomos que não se ligam com ninguém possuem em comum?
Analisando-se, então, os gases nobres, verificamos que eles são estáveis, ou seja, não se ligam
com ninguém, e, possuem, via de regra, oito elétrons na camada de valência. Dessa constatação foi
formulada a regra do octeto, que diz o seguinte: uma espécie atinge estabilidade ao possuir oito elétrons
na camada de valência ou dois elétrons quando a camada de valência for a primeira e camada.
A regra do octeto serve bem para explicar substâncias compostas de elementos de transição; não
explica, porém, muitos compostos constituídos de elementos de transição e mesmo alguns compostos
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constituídos unicamente de elementos representativos, como por exemplo, o BF3 (fluoreto de boro),
cujo composto apresenta o elemento boro se estabilizando com tão somente seis elétrons na camada
de valência.
De qualquer forma, precisamos de um marco zero para inaugurar o estudo das ligações químicas e,
neste caso, a teoria do octeto será o nosso ponto de partida.
2. LIGAÇÃO IÔNICA
Num primeiro momento e de uma forma bastante simplificada, afirmar-se que a ligação iônica é a que
ocorre entre um metal e um ametal, porém, trata-se de um conceito um tanto quanto pobre diante do
que realmente ocorre em uma ligação iônica (eletrovalente ou heteropolar). Veja o caso do cloreto
de sódio (NaCl). Sódio é um metal localizado na família IA da tabela periódica, logo, constituído de
um único elétron de valência. Cloro é um ametal localizado na família VIIA da tabela periódica, logo,
constituído de sete elétrons de valência. Entende-se, então, que o íon mais provável do sódio é o Na+,
ou seja, quando ele perde o seu elétron da última camada e passa a partir de então a ser constituído
de oito elétrons na camada de valência. Em contrapartida, o íon mais provável do cloro é o Cl-, isto é,
quando ele recebe um elétron que integra a sua camada de valência passando a ser constituída de oito
elétrons.
O sódio ao transferir seu elétron para o sódio transforma-se em um cátion monovalente ao passo que o cloro ao receber
o elétron do sódio transforma-se em um ânion monovalente. Surge, então, uma força eletrostática entre esses íons. Tal
força é chamada de ligação iônica.
Ligação iônica, portanto, é a ligação que ocorre entre duas espécies com grande diferença de eletronegatividade,
sendo caracterizada pela transferência de elétrons do elemento mais eletropositivo (metal) para o elemento mais
eletronegativo (ametal).
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4. LIGAÇÃO COVALENTE
A ligação covalente é a que ocorre, via de regra, entre ametais, ou, entre ametais e o hidrogênio,
porém, o que realmente caracteriza a ligação covalente é o compartilhamento de elétrons entre os
participantes da ligação. Existem alguns casos em que temos ligação covalente formada por metal e
ametal, todavia, esta particularidade será discutida em uma próxima ocasião. A ligação covalente que
ocorre entre elementos com a mesma eletronegatividade (elementos iguais) é chamada de ligação
covalente apolar. A ligação que ocorre entre elementos diferentes é chamada de ligação covalente
apolar. Cumpre esclarecer que a ligação covalente também pode ser chamada de ligação molecular ou
ligação homopolar, logo, a única ligação capaz de formar moléculas é a ligação covalente. Molécula,
portanto, é um conjunto discreto de átomos ligados por ligação covalente.
O estudo da ligação covalente é muito útil e pré-requisito fundamental para o estudo da química orgânica,
cujos compostos são constituídos, em sua grande maioria, de ligações covalentes.
OH
5. LIGAÇÃO METÁLICA
É a ligação que ocorre entre metais, sendo caracterizada pela livre movimentação dos elétrons de valência. Tais elétrons
adquirem um movimento aleatório e desorganizado e constitui uma nuvem eletrônica que circunda os átomos dos
elementos metálicos. Trata-se de um compartilhamento generalizado de elétrons onde todos os átomos compartilham
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ao mesmo tempo todos os elétrons de valência.
6. QUADRO SINÓPTICO
Atividades
Analise a tabela abaixo:
SO42-
PO43-
P2O74-
Agora construa os 16 (dezesseis) compostos iônicos combinando cada cátion com cada ânion e
completando a tabela.
Links Interessantes
Leia o texto Ligações Químicas. Disponível em:
<http://educacao.uol.com.br/quimica/ligacoes-quimicas-metais-nao-metais-ligacoes-ionicas-e-ligacoes-
covalentes.jhtm>. Acesso em 11 Fev. 2012. O texto traz informações sobre a força do átomo e os tipos
de ligação química.
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Vídeos Interessantes
Assista ao vídeo: Ligações Químicas. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=vKZN9v2RpuQ>. Acesso em 11 Fev. 2012. O vídeo por meio de uma música explique tudo
bore as ligações químicas.
Curiosidades
Os gases nobres já não são tão nobres assim. Os cientistas já conseguiram fazer com que a maioria
deles já se ligasse a algum outro elemento, todavia, continuam absolutamente nobres os elementos
hélio e neônio. São tão pequenos e possuem altíssima energia de ionização que nenhum cientista
conseguiu sua ligação com qualquer outro elemento. Fica aqui o desafio para você que pretende se
aventurar pelas Ciências Naturais. Fazer com que o hélio e o neônio se liguem a algum outro elemento
é com toda certeza uma experiência passível de Prêmio Nobel.
Referências Bibliográficas
Atkins, Peter. Físico-Química. 6a. Edição. Vol. I. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
Callister, Willian. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. 4a. Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
Russel, John Blair. Química Geral. 2a. Edição. Vol. I. II vols. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994.
Smith, Willian. Princípios da Ciência e Engenharia dos Materiais. 3a. Edição. McGraw-Hill, 1996.
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