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Cases E‐Fiscal 
Cosméticos

 
 

  Introdução 
   

A  presente  revisão  tributária  compreendeu  a  verificação  dos  tributos  abrangidos  pelo  Simples  Nacional, 
quais  sejam:  PIS,  COFINS  e  ICMS  declarados  pela  empresa  Contratante  na  sua  DASN  –  Declaração  da 
Apuração do Simples Nacional, pagos via DAS – Documento de Arrecadação do Simples Nacional. 

Além da revisão do cálculo propriamente dito, direcionamos nossos exames para os valores computados nas 
bases de cálculo dos tributos citados, com o objetivo de identificar tributação indevida ou a maior.  

A  legislação  tributária  brasileira  é  complexa  e  muitas  vezes  o  mesmo  dispositivo  comporta  mais  de  uma 
interpretação,  de  modo  que  a  revisão  tributária  realizada  pela  Studio  E‐fiscal  está  fundamentada  na 
observância aos preceitos e orientações da Receita Federal do Brasil no momento de sua elaboração. 

A  realização  do  trabalho  ocorreu  nas  dependências  da  Studio  E‐fiscal,  que  esteve  em  contato  com  a 
Contratante para dirimir as dúvidas e alinhar critérios. 

Importante  ressaltar  que  o  trabalho  foi  feito  a  partir  das  informações  disponibilizadas  pelo  Contratante, 
como:  Memória  Fita‐Detalhe  –  MFD,  Notas  Fiscais  Eletrônicas  e  Declarações.  Não  podemos  nos 
responsabilizar  por  eventuais  informações  não  consideradas  no  trabalho,  por  não  terem  sido  a  nós 
concedidos. 

PLANEJAMENTO E METODOLOGIA 

O trabalho foi planejado da seguinte maneira: 

 Identificação da carga tributária com base nos extratos do Simples Nacional; 
 Análise detalhada por item da Memória Fita‐Detalhe extraída das emissoras de cupons fiscais, bem 
como das Notas Fiscais Eletrônicas; 
 Confronto do Faturamento extraído da Memória Fita‐Detalhe e das Notas Fiscais Eletrônicas com o 
apontado no extrato do Simples Nacional; 
 Apontamento dos valores totais passíveis de compensações administrativas. 

Como  resultado  do  nosso  trabalho,  apresentamos  o  Relatório  com  os  pontos  que  ensejaram  direito  à 
compensação (de pagamento indevido ou a maior), a sua fundamentação teórica, a metodologia aplicada, os 
valores, objeto de recuperação, e as instruções para compensação a pedido. 

 
 

  Dados do Cliente 
 

Empresa  Empresa Cosméticos 
CNPJ  ‐ 
Endereço  ‐ 
Telefone  ‐ 
Atividade  Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal  
Responsável  ‐ 
Cargo  Sócio 
Forma de Tributação  Simples Nacional 
atual 
Regime de apuração  Mensal 
Ramo de Atividade  Comércio 
Exportadora  Não 
 

 
Dados do Trabalho 
 

 
Data de Início  11/05/2018
Data de Término 
  22/05/2018
Período analisado  Junho/2013 a Fevereiro/2018.
     
     
       
     
       
________________________________  ________________________________ _______________________________
  Gabriela Limberger  Mauricio Eickhoff Beck  Marilia Weber Mercado 
 Analista Tributário   Analista Tributário   Gestora de Projetos 
 
gabriela.limberger@studioefiscal.com.br  mauricio.beck@studioefiscal.com.br  marilia.mercado@studioefiscal.com.b
 
 

 
 

   

 
Sumário 

I – Resumo dos Créditos Levantados .................................................................................................................. 4 
II ‐ Fundamentação Teórica ................................................................................................................................ 5 
II.1 PIS/COFINS ‐ Monofásico ........................................................................................................................... 5 
II.2 Atualização Monetária ............................................................................................................................ 13 
II.3 ICMS – Substituição Tributária ................................................................................................................ 18 
 

 
I – Resumo dos Créditos Levantados 
 

Pontos 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total


PIS / COFINS 19.712,72 35.654,70 33.863,37 26.898,75 29.431,35 3.486,97 149.047,86
ICMS 8.458,06 9.250,73 4.251,38 390,23 0,00 0,00 22.350,40
Atualização Monetária 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 30.247,02 30.247,02
SIMPLES NACIONAL 28.170,78 44.905,43 38.114,75 27.288,98 29.431,35 33.733,99 201.645,29  

   

 
 

  II ‐ Fundamentação Teórica
 

   

II.1 PIS/COFINS ‐ Monofásico
 

• Lei nº 10.147/2000.
Base Legal
• Lei Complementar nº 123/2006.

• Memória Fita Detalhe das máquinas emissoras de 
Cupons Fiscais.
Documentos  • Notas Fiscais Eletrônicas.
analisados
• DASN.
• DAS.

• Identificar as revendas de mercadorias sujeitas à


tributação monofásica de PIS/COFINS.
• Após, verificar se a receita da venda desses produtos
Metodologia foi tributada na sua integralidade.
• Em caso afirmativo, calcular o valor da receita
tributada a maior, bem como o pagamento a maior a
ser estornado.

• Devem ser feitas as retificações da DASN e do DAS dos 
Exigências
períodos em que houve a tributação a maior.

   

 
 

Análise Teórica   

Inicialmente, importante referir que a Lei Complementar nº 123/2006, a chamada Lei do Simples Nacional, prevê que o 
contribuinte deverá segregar as receitas decorrentes das operações sujeitas à tributação monofásica de PIS e COFINS, 
conforme segue: 

Art.  18.      O  valor  devido  mensalmente  pela  microempresa  e  empresa  de  pequeno  porte  comercial,  optante 
pelo Simples Nacional, será determinado mediante aplicação da tabela do Anexo I desta Lei Complementar. 

§  1º  Para  efeito  de  determinação  da  alíquota,  o  sujeito  passivo  utilizará  a  receita  bruta  acumulada  nos  12 
(doze) meses anteriores ao do período de apuração. 

(...) 

§ 4º O contribuinte deverá considerar, destacadamente, para fim de pagamento, as receitas decorrentes da: 

I ‐ revenda de mercadorias, que serão tributadas na forma do Anexo I desta Lei Complementar;  

(...) 

§ 4º‐A. O contribuinte deverá segregar, também, as receitas:  

I  ‐  decorrentes  de  operações  ou  prestações  sujeitas  à  tributação  concentrada  em  uma  única  etapa 
(monofásica),  bem  como,  em  relação  ao  ICMS,  que  o  imposto  já  tenha  sido  recolhido  por  substituto 
tributário ou por antecipação tributária com encerramento de tributação;  

II  ‐  sobre  as  quais  houve  retenção  de  ISS  na  forma  do  §  6º  deste  artigo  e  §  4º  do  art.  21  desta  Lei 
Complementar, ou, na hipótese do § 22‐A deste artigo, seja devido em valor fixo ao respectivo município;  

III ‐ sujeitas à tributação em valor fixo ou que tenham sido objeto de isenção ou redução de ISS ou de ICMS na 
forma prevista nesta Lei Complementar;  

IV  ‐  decorrentes  da  exportação  para  o  exterior,  inclusive  as  vendas  realizadas  por  meio  de  comercial 
exportadora ou da sociedade de propósito específico previsto no art. 56 desta Lei Complementar;  

V ‐ sobre as quais o ISS seja devido a Município diverso do estabelecimento prestador, quando será recolhido 
no Simples Nacional.  

(...) 

§ 12. Na apuração do montante devido no mês relativo a cada tributo, para o contribuinte que apure receitas 
mencionadas nos incisos I a III e V do § 4º‐A deste artigo, no qual serão consideradas as reduções relativas aos 
tributos já recolhidos, ou sobre os quais tenha havido tributação monofásica, isenção, redução ou, no caso do 
ISS, que o valor tenha sido objeto de retenção, ou seja, devido diretamente ao Município. 

A  legislação  que  trata  sobre  os  produtos  sujeitos  à  tributação  monofásica  de  PIS  e  COFINS,  por  sua  vez,  é  bastante 
esparsa, conforme é possível verificar nas normas abaixo: 

Lei nº 10.147/2000 

Art.  1o   A  Contribuição  para  os  Programas  de  Integração  Social  e  de  Formação  do  Patrimônio  do  Servidor 
Público  ‐  PIS/PASEP  e  a  Contribuição  para  o  Financiamento  da  Seguridade  Social  ‐  COFINS  devidas  pelas 
pessoas  jurídicas  que  procedam  à  industrialização  ou  à  importação  dos  produtos  classificados  nas  posições 

 
 

30.01; 30.03, exceto no código 3003.90.56; 30.04, exceto no código 3004.90.46; e 3303.00 a 33.07, exceto na 
posição 33.06; nos itens 3002.10.1; 3002.10.2; 3002.10.3; 3002.20.1; 3002.20.2; 3006.30.1 e 3006.30.2; e nos 
códigos  3002.90.20;  3002.90.92;  3002.90.99;  3005.10.10;  3006.60.00;  3401.11.90,  exceto  3401.11.90  Ex  01; 
3401.20.10;  e  9603.21.00;  todos  da  Tabela  de  Incidência  do  Imposto  sobre  Produtos  Industrializados  ‐  TIPI, 
aprovada pelo Decreto no 7.660, de 23 de dezembro de 2011, serão calculadas, respectivamente, com base nas 
seguintes alíquotas:  

I – incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda de:  

a) produtos farmacêuticos classificados nas posições 30.01, 30.03, exceto no código 3003.90.56, 30.04, exceto 
no código 3004.90.46, nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1, 3002.20.2, 3006.30.1 e 3006.30.2 
e  nos códigos 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99,  3005.10.10, 3006.60.00:  2,1%  (dois  inteiros  e um  décimo 
por cento) e 9,9% (nove inteiros e nove décimos por cento);  

b) produtos de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal, classificados nas posições 33.03 a 33.07, 
exceto na posição 33.06, e nos códigos 3401.11.90, exceto 3401.11.90 Ex 01, 3401.20.10 e 96.03.21.00: 2,2% 
(dois inteiros e dois décimos por cento) e 10,3% (dez inteiros e três décimos por cento); 

(...) 

Art. 2o São reduzidas a zero as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a 
receita bruta decorrente da venda dos produtos tributados na forma do inciso I do art. 1o, pelas pessoas 
jurídicas não enquadradas na condição de industrial ou de importador. 

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às pessoas jurídicas optantes pelo Sistema Integrado de 
Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples. 

Assim, a receita decorrente da revenda de mercadorias com as classificações fiscais indicadas na legislação acima estão 
sujeitas à alíquota zero (0%) de PIS e COFINS, pois, sofrem tributação concentrada na importação e/ou fabricação. Por 
esse motivo, as receitas decorrentes de tais operações devem ser destacadas na DASN e não compreenderão a base de 
cálculo do tributo. 

O entendimento acima é embasado pelo art. 25‐A, §§ 6º e 7º, da Resolução CGSN nº 94/2011, conforme segue: 

Art.  25‐A. O  valor  devido  mensalmente  pela  ME  ou  EPP  optante  pelo  Simples  Nacional  será  determinado 
mediante aplicação das alíquotas constantes das tabelas dos Anexos I a V e V‐A sobre a base de cálculo de que 
tratam os arts. 16 a 18.  

§  1º O  contribuinte  deverá  considerar,  destacadamente,  para  fim  de  cálculo  e  pagamento,  as  receitas 
decorrentes da:  

I ‐ revenda de mercadorias, que serão tributadas na forma do Anexo I; 

II ‐ venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte, que serão tributadas na forma do Anexo II;  

§  6º A  ME  ou  EPP  que  proceda  à  importação,  à  industrialização  ou  à  comercialização  de  produto  sujeito  à 
tributação concentrada ou à substituição tributária para efeitos de incidência da Contribuição para o PIS/Pasep 
e da Cofins deve segregar a receita decorrente da venda desse produto indicando a existência de tributação 
concentrada  ou  substituição tributária  para  as  referidas contribuições, de  forma  que serão  desconsiderados, 
no cálculo do Simples Nacional, os percentuais a elas correspondentes.  

 
 

§ 7º Na hipótese do § 6º:  

I ‐ a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins deverá obedecer à legislação específica da União, 
na forma estabelecida pela RFB;  

II  –  os  valores  relativos  aos  demais  tributos  abrangidos  pelo  Simples  Nacional  serão  calculados  tendo  como 
base de cálculo a receita total decorrente da venda dos referidos produtos sujeitos à tributação concentrada 
ou à substituição tributária das mencionadas contribuições. 

Podemos, portanto, afirmar ser ponto pacífico a legislação determinar a segregação das receitas sujeitas à tributação 
concentrada  em  uma  única  etapa  (monofásica).  No  caso  do  comerciante,  atacadista  ou  varejista,  não  haverá 
recolhimento relativo à PIS e COFINS para optantes da sistemática do Simples Nacional, pois a alíquota prevista para 
essas contribuições é zero. 

Assim,  a  pessoa  jurídica  comerciante  atacadista  ou  varejista,  desde  1º.01.2009,  deverá  aplicar  a  redução  da 
contribuição para o PIS e da Cofins do valor a ser recolhido mensalmente, decorrente dos produtos sujeitos à tributação 
monofásica, nos termos do art. 18, § 4º, inciso IV, e §§ 12 a 14, da Lei Complementar nº 123/2006. 

Sobre este assunto, a Secretaria da Receita Federal pronuncia‐se da seguinte forma: 

SOLUÇÃO DE CONSULTA DISIT/SRRF04 Nº 31, DE 24 DE ABRIL DE 2013 

ASSUNTO: Simples Nacional 

EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP E COFINS. 

PRODUTOS  SUJEITOS  À  TRIBUTAÇÃO  CONCENTRADA  (MONOFÁSICA).  EMPRESAS  OPTANTES 


PELO  SIMPLES  NACIONAL.  APLICAÇÃO  DA  TRIBUTAÇÃO  MONOFÁSICA.  POSSIBILIDADE  DE 
REDUÇÃO DO MONTANTE DEVIDO. A partir de 1º de janeiro de 2009, o contribuinte do Simples 
Nacional  que  auferir  receitas  sujeitas  à  tributação  concentrada  em  uma  única  etapa 
(monofásica)  deverá  informar  essas  receitas  destacadamente  de  modo  que  o  aplicativo  de 
cálculo as desconsidere da base de cálculo das contribuições objeto de concentração. Ressalte‐
se, porém, que essas receitas continuam fazendo parte da base de cálculo dos demais tributos 
abrangidos  pelo  Simples  Nacional.  São  reduzidas  a  zero  as  alíquotas  da  contribuição  para  o 
PIS/Pasep  e  da  Cofins  incidentes  sobre  a  receita  bruta  decorrente  da  venda  de  produtos 
tributados  de  forma  concentrada,  pelas  pessoas  jurídicas  não  enquadradas  na  condição  de 
industrial ou de importador, mesmo que sejam optantes do Simples Nacional. 

DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal, arts. 146, III, “d”, e parágrafo único, 170, IX, e 179; 
Lei Complementar nº 123, de 2006, com alterações da Lei Complementar nº 128, de 2008, arts. 
1º,  12,  13  e  18;  Lei  nº  10.833,  de  2003,  com  alterações  arts.  49  e  50;  Resolução  do  Comitê 
Gestor  do  Simples  Nacional  nº  51,  de  2008,  com  alterações,  arts.  3º,  II,  e  §  4º,  6º,  II,  e  21; 
Resolução  do  Comitê  Gestor  do  Simples  Nacional  nº  94,  de  2011,  com  alterações,  arts.  25,  I, 
“b”, 140 e 141, XII. 

 
 

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 19 de 01 de Março de 2016 

ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL 

EMENTA:  Na  espécie,  relativamente  a  fatos  geradores  ocorridos  a  partir  de  1º  de  janeiro  de 
2009,  a  pessoa  jurídica  optante  pelo  Simples  Nacional  que  comercializa,  no  varejo,  produtos 
sujeitos  a  tributação  concentrada  em  uma  única  etapa  (monofásica)  da  Contribuição  para  o 
PIS/Pasep e da Cofins, nos termos da Lei nº 10.147, de 2000, pode, na apuração do valor a ser 
recolhido  na  forma  do  Simples  Nacional,  excluir  os  percentuais  relativos  àquelas  citadas 
contribuições,  na  determinação  da  alíquota  aplicável  sobre  a  receita  da  revenda  dos 
mencionados  produtos,  independentemente  do  regime  tributário  adotado  pelo  fornecedor 
destes (industrial, importador, atacadista ou varejista). 

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 4º, IV, e §§ 12 a 14, com 
alterações da Lei Complementar nº 128, de 2008; Lei nº 10.147, de 2000, arts. 1º e 2º, "caput"; 
Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, art. 8º, "caput"; Resolução CGSN nº 94, de 2011, 
art. 25; Solução de Consulta Cosit nº 4, de 2013; Soluções de Divergência Cosit nº 17 e 18, de 
2013. 

 
 

Metodologia Aplicada 

Com o objetivo de demonstrar nossa metodologia de análise do ponto, destacamos os cruzamentos para identificação 
do crédito em relação à base documental. Para se ter veracidade nas informações, relacionamos tais cruzamentos com 
as planilhas de cálculo. 

1 – Análise Memória Fita‐Detalhe e Notas Fiscais x Receita Declarada no Portal do Simples Nacional (DAS) 

   

2018 MATRIZ jan


77.510.014/0001‐80 12018
Tributado             31.368,29
Monofásico                         ‐
Cliente
Alíquota PIS 0,27%
Alíquota COFINS 1,23%
Tributado               1.151,03
Monofásico             30.217,26
Studio E‐Fiscal
Substituição Tributária                         ‐
Alíquota SF 1,49%
Cliente Valor Pago ‐ DAS                   468,32
Studio E‐Fiscal Valor Devido                     17,18
TOTAL                   451,14
Diferença PIS                     80,33
  COFINS                   370,81  

Conforme se pode extrair da relação de Janeiro de 2018, a empresa incluiu na base de cálculo do Simples Nacional, a 
receita decorrente da revenda de mercadorias sujeitas à Tributação Monofásica de PIS/COFINS. Dessa forma, ofereceu 
à tributação o valor total da receita do período de R$ 31.368,29, sendo que deveria ter oferecido R$ 1.154,03, pois o 
restante estava sujeito à tributação monofásica de PIS/COFINS. 

Para os períodos em que a receita dos cupons e notas estavam menores que o faturamento declarado, considerou‐se 
como  receita  tributada  a  maior  o  valor  referente  às  receitas  decorrentes  da  revenda  de  mercadorias  sujeitas  à 
tributação monofásica e aplicou‐se a alíquota utilizada na declaração.  

 
 

Para as análises foram consideradas as Notas Fiscais Eletrônicas e os Cupons Fiscais das seguintes impressoras: 

 BE051175610000121921 
 BE051375610000173533 
 BE091110100011282560 
 
Os valores pagos a maior a serem recuperados apresentados na tabela abaixo são a diferença entre receitas tributadas 
a maior e o valor pago em DAS.

 
 
  

 
Análise Quantitativa – PIS/COFINS 
 

RESUMO DAS OPORTUNIDADES LEVANTADAS PELA STUDIO EFISCAL ‐ TOTAL
Anos Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total
2013 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.659,05 1.445,63 1.849,18 2.207,55 2.199,31 3.138,62 7.213,39 19.712,72
2014 2.535,72 1.574,34 1.975,91 2.039,14 3.255,89 2.465,42 3.004,20 3.448,18 2.977,67 2.925,74 2.744,03 6.708,46 35.654,70
2015 2.647,06 1.825,66 1.941,51 2.528,42 3.508,46 2.713,60 2.272,89 2.818,85 2.339,15 2.741,96 3.087,78 5.438,02 33.863,37
2016 2.350,21 1.728,67 2.187,82 1.272,51 2.884,62 2.206,37 1.836,81 1.798,85 1.230,98 2.432,36 2.180,24 4.789,31 26.898,75
2017 2.038,92 1.633,35 2.040,39 1.792,88 2.969,10 2.496,19 2.070,26 2.111,14 1.748,00 2.004,88 2.437,22 6.089,03 29.431,35
2018 1.990,05 1.496,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3.486,97
PIS / COFINS 11.561,95 8.258,94 8.145,63 7.632,96 12.618,07 11.540,63 10.629,79 12.026,19 10.503,35 12.304,25 13.587,89 30.238,22 149.047,86  
 

 
 

 
II.2 Atualização Monetária
 
 
 

Base Legal • INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1717, DE 17 DE 
JULHO DE 2017

• Memória Fita Detalhe das máquinas emissoras de 
Cupons Fiscais.
Documentos  • Notas Fiscais Eletrônicas.
analisados
• DASN.
• DAS.

Metodologia •Confrontamos os valores declarados em Extratos do


Simples com os efetivos recolhimentos em DAS, em
busca de eventuais divergências a maior.

• Devem ser feitas as retificações das DAS dos períodos 
Exigências
em que houve a tributação a maior.

 
 

 
Análise Teórica 
 

A  Instrução  Normativa  da  Secretaria  da  Receita  Federal  ‐  SRF  n°  1717/2017  estabelece  normas  sobre  restituição, 
compensação,  ressarcimento  e  reembolso,  no  âmbito  da  SRF.  O  artigo  142,  da  referida  norma,  trata  a  respeito  da 
valoração dos créditos da seguinte forma:  
Art.  13.  O  pedido  de  restituição  de  tributos  administrados  pela  RFB  abrangidos  pelo  Regime  Especial 
Unificado  de  Arrecadação  de  Tributos  e  Contribuições  devidos  pelas  Microempresas  e  Empresas  de  Pequeno  Porte 
(Simples Nacional), instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, deverá ser formalizado: 
I  ‐  na  hipótese  de  pagamento  indevido  ou  a  maior  efetuado  em  Documento  de  Arrecadação  do  Simples 
Nacional (DAS), por meio do aplicativo Pedido Eletrônico de Restituição, disponível no Portal do Simples Nacional e no 
sítio da RFB na Internet, no endereço http://rfb.gov.br; ou 
II ‐ na hipótese de retenção indevida, por meio do formulário Pedido de Restituição ou de Ressarcimento, 
constante do Anexo I desta Instrução Normativa, ressalvado o disposto no art. 18. 
Parágrafo único. O pedido de restituição formalizado em desacordo com o disposto no inciso I do caput será 
indeferido sumariamente. 

 (...) 

Art. 142. O crédito relativo a tributo administrado pela RFB, passível de restituição ou de reembolso, será restituído, 
reembolsado  ou  compensado  com  o  acréscimo  de  juros  equivalentes  à  taxa  referencial  do  Sistema  Especial  de 
Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulados mensalmente, e de juros de 1% (um por cento) no 
mês em que: 

I ‐ a quantia for disponibilizada ao sujeito passivo; 

II ‐ houver a entrega da declaração de compensação ou for efetivada a compensação na GFIP; ou 

III ‐ for considerada efetuada a compensação de ofício, conforme a data definida nos incisos I a IV do art. 95. 

Parágrafo  único.  Será  considerada  disponibilizada  a  quantia  ao  sujeito  passivo,  para  fins  do  disposto  no  inciso  I  do 
caput: 

I  ‐  na  hipótese  de  restituição  apurada em declaração de rendimentos da  pessoa física,  no  mês  em que  o  recurso  for 
disponibilizado no banco; e 

II ‐ nos demais casos, no mês da efetivação da restituição. 

Art.  143.  No  cálculo  dos  juros  de  que  trata  o  caput  do  art.  142,  será  observado  como  termo  inicial  da  incidência  na 
hipótese de: 

I ‐ pagamento indevido ou a maior, o mês subsequente ao do pagamento; 

(...)   
 
Desta forma, demonstrado o recolhimento a maior ou indevido de tributos administrados pela Receita Federal do 
Brasil, entre os quais se incluem o PIS e a COFINS, os valores pagos a maior poderão ser atualizados pela Taxa SELIC, 
mediante adequação dos demonstrativos da competência do fato gerador (de quando ocorreu o pagamento a maior). 

Sobre o tema, a Secretaria da Receita Federal se pronunciou da seguinte forma: 

 
 

 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 195 de 17 de Novembro de 2006
 
ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep  
EMENTA: RETENÇÃO NA FONTE. APROVEITAMENTO DOS VALORES RETIDOS. Os valores de Contribuição para o 
PIS/Pasep retidos na fonte, na forma do art. 64 da Lei nº 9.430, de 1996, são considerados como antecipação 
do que for devido pelo sujeito passivo que sofreu a retenção, podendo ser deduzidos da própria Contribuição 
para o PIS/Pasep devida, relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção. Na hipótese 
de os valores retidos na fonte excederem ao valor da Contribuição para o PIS/Pasep devida no encerramento 
do período de apuração (mês) em que efetuada a sua retenção, fica configurado pagamento a maior que o 
devido,  cabendo,  em  decorrência,  a  incidência  de  juros  equivalentes  à  taxa  Selic  sobre  a  importância 
excedente,  calculados  a  partir  do  mês  subseqüente  ao  de  encerramento  desse  período  de  apuração  da 
contribuição.  A  importância  excedente  pode  ser  objeto  de  pedido  de  restituição  ou,  ainda,  ser  compensada 
pelo  sujeito  passivo  com  seus  débitos  relativos  a  outros  tributos  administrados  pela  SRF,  obedecida  a 
legislação pertinente à restituição e compensação. 
 
Dessa forma, atualizamos os valores pagos a maior considerando o mês seguinte à data do efetivo recolhimento na 
forma estabelecida pela legislação pertinente. 

 
 

Metodologia Aplicada 
Atualização dos créditos pela taxa Referencial Selic: 

Além dos créditos apontados no tópico anterior, a legislação vigente assegura uma atualização dos créditos 
identificados por motivo de pagamento a maior, através da aplicação da taxa Selic, conforme segue abaixo:  

Atualização Monetária
Atualização do PIS/COFINS Maio de 2018
COMP. PIS/COFINS Ponto Tributo Vcto. Vlr. Original SELIC Acum. Juros Total ref. SELIC
jun/13 319,05 Monofásico PIS         319,05 52,47% 167,39 486,44 ago/13
jul/13 278,01 Monofásico PIS         278,01 51,76% 143,89 421,89 set/13
ago/13 356,86 Monofásico PIS         356,86 51,05% 182,17 539,03 out/13
set/13 426,02 Monofásico PIS         426,02 50,24% 214,02 640,04 nov/13
out/13 424,43 Monofásico PIS         424,43 49,52% 210,16 634,59 dez/13
nov/13 605,70 Monofásico PIS         605,70 48,73% 295,14 900,84 jan/14
dez/13 1.392,06 Monofásico PIS      1.392,06 47,88% 666,48 2.058,53 fev/14
jan/14 486,50 Monofásico PIS         486,50 47,09% 229,08 715,58 mar/14
fev/14 302,05 Monofásico PIS         302,05 46,32% 139,90 441,96 abr/14
mai/14 624,68 Monofásico PIS         624,68 43,81% 273,65 898,33 jul/14
jun/14 473,02 Monofásico PIS         473,02 42,86% 202,72 675,74 ago/14
jul/14 576,39 Monofásico PIS         576,39 41,99% 242,01 818,40 set/14
ago/14 661,57 Monofásico PIS         661,57 41,08% 271,75 933,32 out/14
jan/14 2.049,21 Monofásico COFINS      2.049,21 47,09% 964,91 3.014,13 mar/14
fev/14 1.272,28 Monofásico COFINS      1.272,28 46,32% 589,28 1.861,57 abr/14
mai/14 2.631,21 Monofásico COFINS      2.631,21 43,81% 1.152,66 3.783,87 jul/14
jun/14 1.992,40 Monofásico COFINS      1.992,40 42,86% 853,88 2.846,29 ago/14
jul/14 2.427,81 Monofásico COFINS      2.427,81 41,99% 1.019,37 3.447,18 set/14
ago/14 2.786,61 Monofásico COFINS      2.786,61 41,08% 1.144,66 3.931,26 out/14
set/14 2.406,37 Monofásico COFINS      2.406,37 40,13% 965,61 3.371,98 nov/14
out/14 2.364,41 Monofásico COFINS      2.364,41 39,29% 928,91 3.293,32 dez/14
nov/14 2.220,61 Monofásico COFINS      2.220,61 38,33% 851,09 3.071,70 jan/15
dez/14 5.428,81 Monofásico COFINS      5.428,81 37,39% 2.029,67 7.458,48 fev/15
jan/15 2.139,20 Monofásico COFINS      2.139,20 36,57% 782,24 2.921,44 mar/15
fev/15 1.475,39 Monofásico COFINS      1.475,39 35,53% 524,16 1.999,55 abr/15
mar/15 1.569,01 Monofásico COFINS      1.569,01 34,58% 542,52 2.111,52 mai/15
set/15 1.890,36 Monofásico COFINS      1.890,36 28,01% 529,43 2.419,79 nov/15
out/15 2.215,89 Monofásico COFINS      2.215,89 26,95% 597,12 2.813,00 dez/15
nov/15 2.495,36 Monofásico COFINS      2.495,36 25,79% 643,48 3.138,84 jan/16
dez/15 4.394,68 Monofásico COFINS      4.394,68 24,73% 1.086,67 5.481,35 fev/16
jan/16 1.899,30 Monofásico COFINS      1.899,30 23,73% 450,65 2.349,95 mar/16
fev/16 1.397,01 Monofásico COFINS      1.397,01 22,57% 315,26 1.712,27 abr/16
mar/16 1.768,06 Monofásico COFINS      1.768,06 21,51% 380,26 2.148,32 mai/16
nov/16 1.760,96 Monofásico COFINS      1.760,96 12,59% 221,65 1.982,61 jan/17
30.247,02  

Assim,  respeitando  a  legislação  em  vigor  no  que  tange  a  possibilidade  de  atualização  dos  créditos,  identificamos  a 
oportunidade  de  R$  30.247,02  de  atualização  monetária,  demostrados  logo  abaixo  na  Análise  Quantitativa  e  nas 
memorias de cálculos enviadas, os valores podem ser utilizados como crédito para compensação de débitos futuros.  

 
 
 

Análise Quantitativa   

Anos Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total
0,00 0,00 0,00 0,00 5.809,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5.809,22
2018
0,00 0,00 0,00 0,00 24.437,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 24.437,80
Atualização Monetária 0,00 0,00 0,00 0,00 30.247,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 30.247,02

Atualização de PIS do período
Atualização de COFINS do período
 

 
 

II.3 ICMS – Substituição Tributária
 

 
• Lei Complementar 123/2006.
  Base Legal
• Decreto nº 6.080/2012 ‐ PR, ANEXO X.
 

 
• Memória Fita Detalhe das máquinas emissoras de 
  Cupons Fiscais.
Documentos  • Notas Fiscais Eletrônicas; 
  analisados
• DASN;
• DAS.
 

  • Identificar as revendas de mercadorias sujeitas à 
substituição tributária de ICMS.
  • Após, verificar se a receita da venda desses produtos 
Metodologia foi tributada na sua integralidade.
  • Em caso afirmativo, calcular o valor da receita 
tributada a maior, bem como o pagamento a maior a 
  ser estornado.

 
• Deve ser feita a retificação do DAS dos períodos em 
Exigências
  que houve a tributação a maior.

 
 

Análise Teórica 
 

Inicialmente, importante referir que a Lei Complementar nº 123/2006, a chamada Lei do Simples Nacional, prevê 
que o contribuinte deverá segregar as receitas decorrentes das operações sujeitas à Substituição Tributária de 
ICMS, conforme segue: 

Art.  18.      O  valor  devido  mensalmente  pela  microempresa  e  empresa  de  pequeno  porte  comercial, 
optante  pelo  Simples  Nacional,  será  determinado  mediante  aplicação  da  tabela  do  Anexo  I  desta  Lei 
Complementar. 

§ 1º  Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12 
(doze) meses anteriores ao do período de apuração. 

(...) 

§ 4º O contribuinte deverá considerar, destacadamente, para fim de pagamento, as receitas decorrentes 
da: 

I ‐ revenda de mercadorias, que serão tributadas na forma do Anexo I desta Lei Complementar;  

(...) 

§ 4º‐A. O contribuinte deverá segregar, também, as receitas: (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 
7 de agosto de 2014) 

I  ‐  decorrentes  de  operações  ou  prestações  sujeitas  à  tributação  concentrada  em  uma  única  etapa 
(monofásica),  bem  como,  em  relação  ao  ICMS,  que  o  imposto  já  tenha  sido  recolhido  por  substituto 
tributário ou por antecipação tributária com encerramento de tributação;  

 (...) 

§  12.  Na  apuração  do  montante  devido  no  mês  relativo  a  cada  tributo,  para  o  contribuinte  que  apure 
receitas  mencionadas  nos  incisos  I  a  III  e  V  do  §  4º‐A  deste  artigo,  serão  consideradas  as  reduções 
relativas  aos  tributos  já  recolhidos,  ou  sobre  os  quais  tenha  havido  tributação  monofásica,  isenção, 
redução  ou,  no  caso  do  ISS,  que  o  valor  tenha  sido  objeto  de  retenção  ou  seja  devido  diretamente  ao 
Município. 

Assim, a receita decorrente da revenda de mercadorias sujeitas ao ICMS‐ST devem ser destacadas na DASN e não 
comporão  a  base  de  cálculo  do  tributo.  O  entendimento  acima  é  embasado  pelo  art.  25‐A,  §§  6º  e  7º,  da 
Resolução CGSN nº 94/2011, conforme segue: 

Art. 25‐A. O valor devido mensalmente pela ME ou EPP optante pelo Simples Nacional será determinado 
mediante aplicação das alíquotas constantes das tabelas dos Anexos I a V e V‐A sobre a base de cálculo 
de que tratam os arts. 16 a 18.  

 
 

§  1º O  contribuinte  deverá  considerar,  destacadamente,  para  fim  de  cálculo  e  pagamento,  as  receitas 
decorrentes da:  

I ‐ revenda de mercadorias, que serão tributadas na forma do Anexo I; 

II ‐ venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte, que serão tributadas na forma do Anexo II;  

§ 6º A ME ou EPP que proceda à importação, à industrialização ou à comercialização de produto sujeito à 
tributação  concentrada  ou  à  substituição  tributária  para  efeitos  de  incidência  da  Contribuição  para  o 
PIS/Pasep e da Cofins deve segregar a receita decorrente da venda desse produto indicando a existência 
de tributação concentrada ou substituição tributária para as referidas contribuições, de forma que serão 
desconsiderados, no cálculo do Simples Nacional, os percentuais a elas correspondentes.  

§ 7º Na hipótese do § 6º: 

(...) 

II  –  os  valores  relativos  aos  demais  tributos  abrangidos  pelo  Simples  Nacional  serão  calculados  tendo 
como  base  de  cálculo  a  receita  total  decorrente  da  venda  dos  referidos  produtos  sujeitos  à  tributação 
concentrada ou à substituição tributária das mencionadas contribuições. 

§ 8º No caso do ICMS:  

I – o substituído tributário, assim entendido como o contribuinte que teve o imposto retido, bem como o 
contribuinte  obrigado  à  antecipação,  deverão  segregar  a  receita  correspondente  como  "sujeita  à 
substituição tributária ou ao recolhimento antecipado do ICMS", quando então será desconsiderado, no 
cálculo do Simples Nacional, o percentual do ICMS. 

II ‐ o substituto tributário deverá: 

a)  recolher  o  imposto  sobre  a  operação  própria  na  forma  do  Simples  Nacional,  segregando  a  receita 
correspondente como "não sujeita à substituição tributária e não sujeita ao recolhimento antecipado do 
ICMS"; 

b) recolher o imposto sobre a substituição tributária, retido do substituído tributário, na forma prevista 
nos §§ 1º a 3º do art. 28. 

Por  oportuno,  uma  vez  verificado  que  as  receitas  decorrentes  de  mercadorias  sujeitas  ao  ICMS‐ST  não 
comporão a base de cálculo do Simples Nacional, cabe identificar quais mercadorias são essas. A legislação 
que trata a respeito da substituição tributária de ICMS é bastante esparsa e, cada Estado prevê os produtos 
que estão sujeitos ao ICMS‐ST. 

Como  exemplo,  para  o  Estado  do  Paraná  –  PR,  separamos  as  normas  abaixo  relacionadas,  aplicadas  à 
operação da empresa em análise: 

 
 

SEÇÃO XX 

DAS OPERAÇÕES COM COSMÉTICOS, PERFUMARIA, ARTIGOS DE HIGIENE PESSOAL E DE TOUCADOR 

Art.  93.  Ao  estabelecimento  industrial  fabricante,  importador  ou  arrematante  de  mercadoria  importada  e  
apreendida,  que  promover  a  saída  dos  produtos  relacionados  no  art.  95  deste  anexo  com  suas  respectivas 
classificações na NCM, com destino a revendedores situados no território paranaense, é atribuída a condição de 
sujeito  passivo  por  substituição,  para  efeitos  de  retenção  e  recolhimento  do  ICMS  relativo  às  operações 
subsequentes. 
 

16 – 20.013.00 3304.91.00 Pós, incluídos os compactos, para maquilagem; 

... 

25 ‐ 20.022.00 3305.90.00 Tinturas para o cabelo; 

Com  base  na  legislação  acima,  procedemos  à  análise  do  extrato  de  cupom  fiscal  enviado  pelo  Contratante, 
conforme será demonstrado a seguir. 

 
 

Metodologia Aplicada 
 

Com o objetivo de demonstrar nossa metodologia de análise do ponto, destacamos os cruzamentos para identificação 
do crédito em relação à base documental. Para ter veracidade nas informações, relacionamos tais cruzamentos com as 
planilhas de cálculo. 

1 – Análise Notas Fiscais Eletrônicas Notas Fiscais x Receita Declarada no Portal do Simples Nacional (DAS) 

   
 

2016 MATRIZ ago


77.510.014/0001‐80 82016
Tributado            2.785,78
Cliente Substituição Tributária          37.582,07
Alíquota  3,38%
Isenção ICMS                       ‐
Redução ICMS                     0,24
Tributado                457,79
Studio E‐Fiscal Substituição Tributária          39.910,06
Alíquota EF 3,38%
Cliente Valor Pago ‐ DAS                  71,32
Studio E‐Fiscal Valor Devido                  11,72
  Diferença                  59,60  

Conforme se pode extrair da relação de Agosto de 2016, a empresa incluiu na base de cálculo do Simples Nacional, a 
receita  decorrente  da  revenda  de  mercadorias  sujeitas  à  substituição  tributária  de  ICMS.  Dessa  forma,  ofereceu  à 

 
 

tributação  a  receita  do  período  de  R$  2.785,78,  sendo  que  deveria  ter  oferecido  R$  457,79,  pois  o  restante  estava 
sujeito à substituição tributária de ICMS. 

Para os períodos em que a receita dos cupons e notas estavam menores do que o faturamento declarado, considerou‐
se  como  receita  tributada  a  maior  o  valor  referente  às  receitas  decorrentes  da  revenda  de  mercadorias  sujeitas  à 
tributação monofásica e aplicou‐se a alíquota utilizada na declaração.  

Para as análises foram consideradas as Notas Fiscais Eletrônicas e os Cupons Fiscais das seguintes impressoras: 

 BE051175610000121921 
 BE051375610000173533 
 BE091110100011282560 
 
Os valores pagos a maior a serem recuperados apresentados na tabela abaixo são a diferença entre receitas tributadas 
a maior e o valor pago em DAS. 

 
 
 

 
Análise Quantitativa   

RESUMO DAS OPORTUNIDADES LEVANTADAS PELA STUDIO EFISCAL ‐ TOTAL
Anos Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total
2013 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 343,39 217,58 351,84 568,28 1.121,49 1.297,26 4.558,23 8.458,06
2014 636,46 403,77 489,13 496,01 913,27 710,63 744,40 713,86 634,95 849,75 637,96 2.020,55 9.250,73
2015 400,07 417,31 446,21 410,16 516,65 420,49 308,00 361,94 327,11 338,73 289,13 15,57 4.251,38
2016 0,00 0,00 0,00 146,57 0,00 114,10 69,96 59,60 0,00 0,00 0,00 0,00 390,23
2017 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2018 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
ICMS 1.036,53 821,08 935,35 1.052,74 1.429,92 1.588,61 1.339,94 1.487,25 1.530,33 2.309,97 2.224,35 6.594,34 22.350,40

 
 

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