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Quinta-feira, 6 de Junho de 2013 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA 1 Série~ 2 106 Prego deste mimero - Kz: 190,00 Toda # ceespondiaca, quer ofcal felaiba 2 anincio © assinturas do «Diirio a Republicay, deve ser ditgida 4 Imprensa EP, ew Luands, Rus Henrique de Asis stsiex Nasional Curva, n° 2, Cidade Ata, Caiea Postal 1300, | 1? 8H wwwiipronsmacionalgovan - End. teleg: | A2" série Aloe A! sre ASSINATURA ( preva de cada ina publicada nos Davos ‘Ana | da Repiblica 19 02* site &de ke 0 prs Kxs463 125.00 | a 34 série Kaz 95.00, acrescids do resection Ke: 273 700.00 Ke 142 870.00 e111 160000 lupposto do elo, dependender publicagio ds 3 tsdededepdsto prévioaefeemarra:esouraris dd nguensa Nacional - EP, SUMARIO Presidente da Repiblica Decreto PresidencialmS813 ‘Apravao Regulanerto do Patrinndaio Cultural lave Decreto Presidensial a S413: ‘Aprova'o Esttuto Orginico da Comiss¥o do Mercado de Capit Rewoga toda a legislagdo gue contrarie © presente Diplo, rontedanienteoDecteo n° 9105, de 18 de Mayo, gue era a CMC ‘© apr o respect Estatuto Orgnicoe o DecretaPresidensil nS 20/13, de 30 de Jani, Ministério da Cultura Despacho m 1395/13: Nomeia Pedro Alfredo Ramalhoso para o ergo de Director Geral do Instituto Nacional do Cinema e da Audiovisual PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n.* $3/13 ede Junho Considerando que a Constituiggo da Repiblica de Angola estabelece como tarefa flmdamental do Estado a promogio do desenvolvimento harmonioso e sustentado em, todo o territrio nacional, protegendo 0 patriménio historico + cultural e artistico nacional; Tendo em conta que a Politica Cultural da Repiiblica prevé como tarefa do Exeeutivo, entre outras, a criagao de condiges e requisitos para inventariar, elassificar e promo- Ver os mnonumentos, conjuntos e sitios de valor histérico,, arqueoldgico, arquitectinico, artistico ow natural; Havendo necessidade de se regulamentar 4 Lei.” 1405, de 7 de Outubro, sobre 6 Patriménio Cultural, no dominio da identificagao, inventariagdo, registo e classificagao do patri- sménio cultural imavet © Presidente da Replica decret, nos tenmos dine do artigo 120" edo n? 3 do antigo 125° da Constigao da Repiblica de Angola osepuinte: ARTIGO 1* taprevers) E aprovado o Regulamnento do Patriménio Cultural Imével, anexo ao presente Diploma e que dele é parte itegrante ARTIGO 2" (avidas¢ omissoes) As diividas ¢ omissdes suscitadas na interpretago e apli- ‘cago do presente Diploma, so resolvidas pelo Presidente da Repiiblica ARETIGO 3° (entrada em vigor) presente Diploma entra em vigor na data da sua publicagto, Apreciado em Consetho de Mini 24 de Abi de 2013, tros, em Luanda, aos Publique-se ‘Luanda, aos 31 de Maio de 2013, © Presidente da Repablica, Jose Epuxkoo vos Sawros, REGULAMENTO DO PATRIMONIO CULTURAL IMOVEL caPITULOT Disposicoes Gerais ARTIGO 1. (Objecto) (O presente Diploma visa a regulamentago das normas e provedimentos de protecgdo, preservaeao e valorizacae do Patriménio Cultural Imével, previstas pela Lei n.° 14/05, de 7 de Outubro, 1384 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGOAL! CAPITULO V (Mteransa) Disposigoes Finais ‘A transmissio por heranga ou legado de bens classifi- amma cados deve ser comunicada a0 Orgios da Administragio Local do Estado ou ao Instituto Nacional do Patriménio Cultural, para efeitos de regsto rrigo 42 sues) Os bens culturais classificados so insusceptiveis de aquisi¢fo por usucapiao. ARTIGOS3" (Losasa0) 0s arrendamentos de bens classificados ou em vias de lassificagdo estao sujeitos as exigéncias de funcionalidade, seguranga, preservacio e conservagio destes, bem como 0 regime de locagdo, previsto no artigo 1022.° seguintes do Cédigo Civil. ARTIGO 44° Eton) patriménio cultural imével cl sificagdo, que caregam da forma legal ou violem o principio da competéncia dos érgos, nos termos da legislagao em vigor 2. O Instituto Nacional do Patriménio Cultural ou dos 6rgigs competentes da Administragdo Local do Estado solicitar a anulag2o de actos praticados durante 03 ‘12 nieses transcorridos desde a data em que tomem conhe- ‘cimento dos factos. sec¢AO WV ncentivoseFinanclamentos ARTIGO 48° (Regime feat) (0 Executivo promove o estabelecimento de regimes fis- cais apropriadas a mais adequada salvaguarda e ao estimulo { defesa do patriménio cultural nacional que se encontra nna posse de particulares, através da Lei n.° 8/12, de 18 de Janeiro, ARTIGO 46° ‘apoio inaneciro) 1. Os proprietirios ou possuidores podem bensficiar de apoios financeitos sob a forma de enédito com condtgties especiais, nos easos de conservagao € restauro do imével. 2. 0 Executivo promove o apoio financeiro ou a possi- bilidade de recurso a formas especiais de crédito para obras € para aquisigdes, em condigdes favoriveis, a proprietirios privados, com a condigdo de estes provederem a trabalhos de protecgio, conservagio, valorizaga0 e revitalizagao dos seus bens imobiliios, de acordo com as normas estabeleci- das sobre a matéria e orientaglo dos servigos competentes, 3. Os beneficios financeiros referidos no niimero anterior podem ser subordinados a especiais condigdes © garantias de utilizagdo publica, a que fiquem sujeitos os bens em causa, em termos a fixar, pelos Ministérios da Cultura e das Finangas. (Emoluments notarias de resist) 1. Os actos que tenham por objecto bens iméveis classifi ccados, bem como a contracgiio de empréstimos com o fim de respectiva aquisigo esto isentos de quaisquer emolumen- tos notariais e de registo 2. A isengdo emolumentar prevista no nimero anterior ‘nfo abrange os emolumentos pessoais nem as importén- cias correspondentes & participagio emolumentar devida 20s notérios, conservadores € oficiais do registo ¢ do notariado pela sua intervengio nos actos. ARTIGO 48° (Tanas) As taxas pela emissfio de licengas, bem como 0 provessa- ‘mento das sang6es aplicdveis pela violagio do previsto pela Lei do Patriménio Cultural sto aprovadas por decreto exe- ccutivo conjunto dos Ministros das Financas e da Cultura. ARTIGO 49°) (serigho Mandal do Pateimdnio tmsvel) As regras e procedimentos inerentes a candidatura de iméveis nacionais & patriménio da humanidade sto as pre~ vistas pela Convengio da UNESCO sobre 0 Patriménio Mundial e Natural. ‘Decreto Presidencial m.° 54/13 ‘de 6de Junho Considerando que a estrutura orgniea da Comissio do Mercado de Capitais, abreviadamente designada por CMC, deixou de se adapta &s axiggncias de um mercado enda.vez mais global e exigente, Tendo em conta a desejada participagso aétiva da Comissio do Mereado de Copitais em estrutuias inter- nacionais bilaterais © multilterais, como 9 Crganivaso Internacional das Comissies de Valores (OSCO), been ‘como os objectives e principios da regulaggs dos valores _mobiliios aprovados no seio da Organizagii Ingetacional dias Comissbes de Valores; Considerando as exigéneias de independéncia na pros- secupio pela CMC das respectivas-aribuigdes e os poderes _que so conferidos & Comissiio de Mercade de Capitais pelo Regime Juridico Basilar do Mercado de Capitais; Havendo necessidade de se ajustar # estrutura orgiinica da Comissto do Mercado de Capitais, tornando-a mais com- pativel intemacionalmente, moderna, operinte e com maior facilidade de adaptacao &s novas exigéncias do sistema financeito; © Presidente da Repiblica decreta, nos termos da alf- nea g) do artigo 120: do n.* 3 do artigo 125.*, ambos da Consttuigdo da Repiblica de Angola o seguinte: SERIE — N° 106 — DE 6 DE JUNHO DE 2013 ARTIGO 1 Gprovasioy Eaprovado Estatuto Orginico da Comissiodo Mereado de Capitais, anexo ao presente Decreto Presidencial ¢ que dele é parte integrante. antigo 2" (eevogacto) & revogada toda a legislagio que contrarie © presente Diploma, nomeadamente.o Decreto n°9/05, de 18 de Margo, que eria a CMC e aprova o respectivo Estatuto Orginico e 0 Deereto Presideneial n° 22/12, de 30 de Janeiro. ARTIGO3* (@avidascominsbe) As dividas ¢ omiss6es suscitadas na interpretagao € apli- cago do presente Diploma sdo resolvidas pelo Presidente da Repitblica atric 4° (Entrada cm vigor) 0 presente Decreto Presidencial entra em vigor na data da sue publicagzo. ‘Apreciado em Consetho de Miaisttos, em Luanda, aos 24 de Abril de 2013, Publique-se. Luanda, a0s 31 de Maio de 2013. 0 Presidente da Repiiblica, José Epuanoo 00s Santos. ESTATUTO ORGANICO DA COMISSAO DO MERCADO DE CAPITAIS CAPITULO I Disposigdes Gerais SECCAOL Denominasao, Nature, Sele Regime ARTIGO 1! (Noturezae tute) 1. A Comissao do Mercado de Capitais, abreviadamente designada por CMC, é uma pessoa colectiva de diteito piblico, com patriménio proprio © autonomia administra- tivae financeira, 2. ACMC chia de forma independente na prossecustio das suas atribuigdes, sem prejuizo das formas de controlo da sua actividade que resultem da lei 3. ACMC esta sujeita & superintendéncia do Presidente 4a Repiiblica e& tutela do Ministro das Finangas, exclusiva- ‘mente nos termos do disposto no presente Estatuto e na Lei dos Valores Mobilisrios. antiool2e (ede deteiagies) ACMC tem a sua sede em Luanda e exerce a sua acti- vvidade em todo o territério nacional, podendo, por desisao do Ministro das Finaneas, sob proposta do Conselho de ‘Administraglo, deslocar a sua sede dentro do teritrionacio- nal e criar delegagSes ou outras formas de representagdo. 1385 AsO exis) ACMC rege-se exelusivamente pelo presente Diploma, pela Lei n° 12/08, dé 23 de Setembro, dos Valor Mobilidtios ¢ pelo seu regulsmento interno, bem como, ‘no que nfo for especialmente regulado em tais Diplomas e ‘que com eles no seja incompativel, pelo regime juridico ¢ financeiro aplicavel as entidades pertencentes a0 sector cempresarial pillico, ndlo Ihe sendo nomeadamente aplicével © Decreto-Lei n? 9/03, de 28 de Outubro. SeCgAO Atibuicbes 1. Para além das demais fangdes que Ihe sejam atribui- das por lei, constituem atribuigses da CMC a regulagio, a supervisio, a fscalizagio e a promogao do mercado de capi- tis e das actividades que envolvam todos 0s agentes que nele intervenham, directs ou indirectamente, tendo em vista a realizagdo dos seguintes objectives: 4@) Proteger os investidores, b) Assegurar a eficiéncia,o funcionamento regular ea transparéncia do mercado de capitais; ¢) Prevenir 0 risco sistémico. ya 2. A.CMC deve assessorar 0 Executivo ¢ 0 Miniitro das Finangas, a pedido destes ou por iniciativa propa, én todas as matérias relacionadas com 0 mercado de capitis. ARTIGO S? ‘Promogio do mercado) Na prossecugio das suas atribuigdes de promogéo do desenvolvimento do mercado, incumbe & CMC contribuir para o desenvolvimento do mercado de capitais e, em espe cial, desenvolver,incentivar, ou patrocinar, por si propria ow ‘em colaborago com outras entidades, estudos, publicacdes, acgdes de formagio e outras iniciativas semelhantes destina- das, nomeadamente: a) Estimular a aplicagio da poupanga em valores mobilirios, a inchusio e a educagao financeita; b) Fomentar a expansio ordenada ¢ a integragio do mercado de capitais © 0 constante aperfeigo- amento © modemizagdo das suas estruturas © sistemas operacionais, praticas comerciais,efi- cigncia transparéncia ¢ credibilidade; ©) Difundir ¢ esclareeer, junto de todos 5 agentes que no mercado intervém, as normas legais, regulamentares, deontologicas, operacionais ¢ téenicas que regem a estrutura e funcionamento dos mercados referidos, ARTIGO 62 ‘Cooperasa0) 1. A. CMC deve cooperar activamente com outras auto ridades nacionais que exergam fumg6es de regulago © supervisto do sistema financeiro, em particular no que tes- peita prevengao do risco sist nico. 1386 2. A CMC incumbe assegurar a cooperagdo com as auto- ridades congéneres de outros Estados € a participagdo em corganizagées internacionais relacionadas com o mercado de capitais e com o sistema financeiro em geral, trocando as informapies necessérias © cumprindo todes as obrigagbes delas derivadas. 3. A cooperagio a que se refere o niimero anterior, ‘quando nao resulte de disposigdes legais ou de convengto internacional, pode ser estabelecida de modo geral, nomea- ddamente, mediante acordos de informagdio mitua celebrados pela CMC com essas autoridades ou organizagdes, ou esti pulada caso a caso. capiruLo nm Orgios da Comissio de Mercado de Capitais SECEAOT Oraios ARTIGO 72 (Oreios da CMC) Sao érgios da CMC o Presidente da CMC, 0 Consetho de Administragao, o Consetho Consultivo e © Conselho Fiscal SECGAOM Presidente da Comissio do Mercado de Capitals ARTIGO 8? (Mandate) (O Presidente da CMC é um éreao singular ¢ exerve 0 seu ‘mandato por um perfodo de cinco anos renovével por iguais periods. ARTIGO 9? (omeasio) 1. O Presidente da CMC € nomeado pelo Titular do Poder Executivo, sob proposta do Ministro das Finangas. 2. 0 Presidente da CMC deve possuir reconli peténcia téenica nas matérias constantes das atribuigdes da CMC ¢ comprovada idoneidade e independéncia, ARTIGO 102 (Competéncas) 1. Ao Presidente da CMC compete o seguinte 4a) Representar a CMC em actos de qualquer natureza; b) Convocar ¢ presidir o Conselho de Administragio € 0 Conselho Consultivo; 6) Encarregar-se da gestio ditria da CMC; ) Distribuir os pelouros e dirigir 0 funcionamento do Conselho de Administragdo © coordenar a actuagdo dos servigos da CMC; ¢) Solicitar a convocagao do Conselho Fiseal, quando achar necessério; ‘P Decidir e praticar todos os actos que nto possam, pela sua natureza e urgéneia, aguardar a reuniio do Conselho de Administrasdo para a respectiva deliberagio, de que eaibam na competéncia daquele Conselho. DIARIO DA REPUBLICA 2. As decis6es e 0s actos referidos na alinea f) do nimero anterior, de caricter excepcional, devem ser submetidos a ratificagio do Conselho de Administragio na reunido seguinte, 3. 0 Presidente da CMC pode, em acta do Conselho de Administragtio, delegar aos administradores parte das suas ‘competéncias. ARTIGO IL (Betegasio de competé as) Os Administradores coadjuvam o Presidente da CMC no exercicio das fungdes que, por cle, Ihes forem delegadas. ARrico 12" (npedimenta ou vaeatura) : Em caso de impedimento ou vacatura do carga, eee ‘os poderes do Presidente da CMC, o Administrador jis antigo ou, em igualdade de circunstincias, 0 mais vetho. ade) Presidente da CMC tem voto de qualidade nas reuni- {es do Consctho de Administragao da CMC. ARTIGO 14" (Wistribuigdo de peloures) 1. 0 Presidente da CMC atribui, aos Administradores da EMC pelouros correspondentes a um ou mais servigos da Mc, 2. A atribuigao de um pelouro, envolve a delegagao dos poderes correspondentes & competéncia desse pelouro, 3. A atribuigao de pelouros nfo dispensa 0 dever, que a todos os membros do Consetho de Administragao incumbe, dde acompanhar ¢ tomar conhecimento, na generalidade, dos assuntos da CMC e de propor providéncias relativas a qual- quer deles. ARTIOO 15 (Estat remuncragio ‘Ao Presidente da CMC aplica-se 0 disposto no artigo 22° 4o presente Diploma. SECCAO Conseho de Administra ARTIGO 16° (Nomeasio) 1. Os demais membros do Conselho de Administragio da CMC sho nomeados pelo Titular do Poder Executivo, sob proposta do Ministro das Finangas. 2. 0s membros do Conselho de Administragao da CMC ddevem possuir reconbecida competéncia teenica nas maté- vias constantes das sitfbuigGes da CMC ¢ comprovada idoneidade e indepeniacin arrigo 172 tandsto) (Qs membros do Consetho de Administragtio da CMC so nomeados para um mandato de cinco anos renovivel por iguais perfodos. 1 SERIE —N-° 106 — DE 6 DE JUNHO DE 2013 ARTIGO 18° (Composigio) 1. 0 Conselho de Administragao da CMC é composto pelo Presidente da CMC, que © preside, e 4 (quatro) ou 6 (seis) Administradores. 2.0 Presidente do Conselho de Administragao da CMC, ‘enguanto Presidente da CMC, exeree as fungaes previstas no artigo 10° ARTIGO 18 (Competencis) Sem prejuizo das competéncias do Presidente da CMC, ‘compete ao Conselho de Administragao da CMC exercer todos os poderes praticar todos os actos nevessirios ao desen- volvimento das atribuigdes da CMC, indicados no presente Diploma e demais legislagio, cabendo-the, nomeadamente: 4) Definir e propor a politica geral da CMC no quadro das suas atribuigbies; ») Aprovar 0 regulamento interno da CMC e a respee- tiva organizagio interna e funcional; «) Aprovar os regulamentos € outros actos normativos cuja competéneia tenha sido conferida por lei & cc; 4) Elaborar 0 Plano Anual de Actividades © 0 orga- mento da CMC para que sejam submetidos & aprovagdo do Ministro das Finangas, apés pare- ‘cer do Conselho Fiscal; ¢) Elaborar o relatorio da actividade desenvolvida pela CMC em cada exercicio financeiro, o balango € as contas anuais de gestao © submeté-los a fis- calizaga0 do Tribunal de Contas, acompanhados 4e parecer prévio do Conselho Fiscal; (A) Elaboras 0 relatério anual sobre a situa dos mer- ccados de capita _g) Contratar com terceiros a prestagdo de quaisquer servigos CMC com vista ao adequado desem- penho das suas atribuigdes; +h) Geriros recursos humanos e patrimoniais da CMC; i) Deliberir sobre @ aquisigo, alienagao, locagdo. financeira ou aluguer de bens méveis e imoveis estinados a instalago, equipamento e funcio- nnamento da CMC; 4j) Amrecadar as receitas © autorizar a realizagio de despesas da CMC; 1) Deliberar sobre a instalagdo € 0 encerramento de delegagdes e outras formas de representacto; 1) Deduzir acusagdo ou praticar acto anilogo que impute os fuctos a0 arguido e aplicar multas € anges acessérias em processo de contravenga0, transgressiio ou outras sangdes cuja aplicagao se enquadre no ambito das atribuigbes da CMC; 1387 ‘m) Aprovar a abertura de processo preliminar de ave- riguagdes sobre crimes contra o mercado © 0 seu cencerramento; 1n) Decidir sobre os recursos das decisdes das dirce- Bes; ) Aprovar recomendagdes genéricas dirigidas a categoria de entidades sujeitas & sua supervisio. e pareceres genéricos sobre questdes relevantes {que thes sejam colocadas por escrito; _p) Praticar os demais actos ¢ deliberar sobre quais- quer matérias atribuidas por lei ou regulamento acMC. ARTIGO 20° (Detegasio de competéncias) 1, 0 Conselhio de Administrago da CMC pode dele- gar num ou mais membros, aos directores ¢ outras pessoas, responstiveis nos termos do regulamento interno da CMC, a pratica de actos constantes das alineas g), h) i), j) € 0) do artigo 19° 2. A delegagio de competéncias deve estabelecer os limites e condigses para a pritica dos actos a que respeite, devendo os mesmos constar da acta da reunifio do Conselho de Administragao em que a deliberago for tomada, a qual eve ser publicada no boletim da CMC. ‘ARTIGO 21° (eeunies edeiberagses) 1.0 Consetho de Administragdo reine, ordinariamente, ‘uma vez por més e, extraordinariamente, sempre que 0 Set Presidente 0 convoque, por sua iniciativa, a pedido de dois membros do Conselho de Administrago ou a pedido do Consctho Fiscal 2. Dependem do voto favorivel do Presidente da CMC 1s deliberages que se relacionem com: @) A aprovagio de regulamentos, instrugses, resolu es ou pareceres genéricos da CMC; 1B) A aprovagio de regulamentos, instrugdes, resolu- ‘gbes ou pareceres genéricos da CMC; 0) A aprovagio de projectos de diplomas legais a apresentar ao Titular do Podler Executivo; ) As matérias previstas nas alineas a), ), f)¢h) do artigo 19.% ©) A abertura, a suspensiio ou encerramento de mercados regulamentados e de sistemas de com- pensagdo € liquidagto; A) A autorizagtio ou a revogagdo da autorizagio de centidades gestoras dos mercados ¢ sistemas referidos na alinea anterior, 3.As concusbes e deiberagdes das reunides do Conselho de Administragio da CMC sto lavradas em actas devendo ser assinadas, pelos membros presentes. 1388 ARTIGO22" Estate remuneraedo) 1. Os membros do Conselho de Administragio da CMC ficam sujeitos ao estabelecido para os gestores piblicos em tudo 0 que nio for especialmente regulado pelo presente Diploma ¢ no regulamento intemo da CMC e que no scja incompativel com as regras estabelecidas em ambos. 2. Na vigéneia do mandato, os membros do Conselho de “AdministragSo ficam impedidos de: a) Exercer qualquer outra fungdo piblica ou activi- dade profissional; b) Realizar, por conta propria ou no interesse de ter- ceiros, directamente ou por interposta pessoa, quaisquer operagdes sobre instrumentos finan- ceiros. 3. Exceptuase do disposto na alinea a) do nimero anterior o exereicio da actividade de docente, desde que autorizada pelo Ministro das Finangas e que nao cause pre- Jjuizo ao exercicio das suas fungdes. 4, Exceptuam-se do disposto na alinea b) do n° 2: 4a) A alienagio imediata de quaisquer outros ins- trumentos finaneeiros de que os membros do Conselho de Administragao sejam titulares & data da sua nomeagao, ou que posterionmente venham a adquirir por heranga, ou legado, ou ‘em virtude do exercicio de direitos inerentes aos valores que em cada momento integrem 0 seu patriménio, devendo declarar de imediato a sua existéncia, por escrito, ao Conselho de Adminis- tragio, 5. Os membros do Conselho de Administragio tem remuneragSes ¢ regalias equiparadas as estabelecidas para 0s Grgfios de administragao e gestdo das demais autoridades de superviso do sistema financeiro ¢ das empresas do sector cempresarial do Estado, 6. As remuneragSes e regalias dos membros do Conselho de Administragzo sdo fixadas pelo Presidente da Repiiblica, Titular do poder Executivo, SECGAOIV Consetho Consultivo aKTIGO239 ‘ature eompetforss} 1.0 Consatho Consuttive da ©MC unt érgio de consulta ‘eassessoria muftisseetorial de Consetho de Administracdo e tem como objective o segsinte: 4) Promuneiat-se sobre os assuntos que Ihe sejam sub- rmetidos pelo Consotha de Administragdo; b) Pronanciar-se sobre as propostis de politica do Execulivo retativas a mereade de capitis; ©) Dar parecer sobre diplomas legais relacionados com o mereado de capitais, ou que tenham ‘grande influéncia sobre o mesmo; DIARIO DA REPUBLICA ) Apreciar a situagio € evolugtio do Mercado de Capitais, ¢) Aconselhar, por sua propria iniciativa, o Conselho de Administragio sobre as actividades a desen- volver no Ambito das fungées da CMC. 2, Os membros do Conselho Consultivo sto designados, por periodo de trés ands las entidades que representam, 3, Se n&o existir necro quanto a designagdo das pes- soas referidas nas alineas h) a m) do n.° 1 do artigo 24.% ‘ow as referidas entidades nao tenham ainda sido devida- ‘mente constituidas, a designaglo é felta pelo Consetho de ‘Administrago da CMC de entre pessoas que Ihe sejam indi- cadas por cada uma das entidades, ou no easo de as referidas centidades nfo terem ainda sido devidamente consttuidas por individualidades de reconhecido mérito na drea do mercado de capitais. aRTIGO (Composisao) 1. © Conselho Consultivo da CMC tem a seguinte composigao: ) Apreciar e emitir parecer sobre o orgamento anual 08 otgamentos suplementares da CMC; 6) Apreciare emitr parecer sobre o relatério de acti- Vidade e contas enuais da CMC; ) Examinar a contabilidade da CMC e 0 cumpri- mento das disposigées legais e dos regulamentos internos aplicaveis nos domfnios.orcamental, contabilistico ¢ de tesourar 2) Informar @ Conselho de Administragdo sobre as diligéncias que tenham efectuado, assim como os seus resultados e participar aos érgfios competentes as irregularidades e inexactiddes de que tenham conhecimento; acgies de verificagho, fiscalizagé 1389 {) Fiscalizaraeficicia dos mecanismos de auditoria€ controto intemos; .) Pronunciar-se sobre qualquer assunto da sua com- peténcia que Ihe seja submetido pelo Conselho de Administra 2.0 Conselho Fiscal pode: 4) Solicitar a0 Conselhe de Administragio © aos servigos da CMC todas as informagdes, escla- sfgoimentos, ou elementos necessrios a0 bom esempenlo das suas fungdes; by Solisitar ao Conselho de Administragio reunides cconjuntas dos dois 6nxios para andlise de situ- ages ou problemas compreendidos no Ambito das suas aribuigbes, cuja natureza e importincia o justfique. seco vt Constitute, Quérun eCessagao de Funes ARTIGO29" (Consiuigdo dos érgtos da CMC) Os éraios da CMC consideram-se constituidos desde «que se encontre nomeada a maioria dos seus membros. ARTIGO 30° (Quérum de detiberagées) 1. Os érgflas da CMC s6 podem deliberar validamente com a presenga da maioria dos seus membros. 2, Sem prejuizo do disposto no n° 2 do artigo 21.*, as dliberagies dos Gruios da CMC so tomadas por maioria ddos votos dos membros presentes nas respectivas reunides. ARTIGO 31° (Cessasio de Fungés dos memos dos rps da CMC) 1.Os membros dos érgtios da CMC cessam as suas fun- .90es exclusivamente nas seguintes situagdes: 4) Por morte, incapacidade permanente, ou ineompa- tibilidade superveniente do titular; ) Por reniincia do interessado; ¢) Por demissio, decidida pela entidade competente para nomeago ou designastio, em caso de falta ‘grave comprovadamente cometida pelo titular no desempenho das suas fungdes, ou no cumpri- mento de quaisquer outras obrigagbes inerentes 20 cargo, 2. B sempre considerada falta grave nos termos da alinea ¢) do numero anterior a violagao pelos membros do Conselho da Administragio do disposto no n." 2 do artigo 22.°, bem como a violagio do dever de sigilo, 3. © termo do mandato de cada um dos membros do Conselho de Administragio ¢ do Conselho Fiscal é indepen- dente do termo do mandato dos restantes membros, sendo que as substituigdes efectuadas duram até a0 fim do periodo para o qual os membros haviam sido nomeados. 4. 0s membros do Conselho Consultivo da CMC podem ser substtuides, até a0 termo do mandato, pela entidade que tiver procedido A respectiva nomeago ou designagao. 1390 CAPITULO I Regime Financeiro ARTIGO 32" (estiofnanesira) 1. O orgamento da CMC é elaborado e executado em obe- digncia aos termos previsto para as unidades orgamentais 2. A gestio financeira da CMC rege-se pelas regras rela- tivas as unidades orgamentais €, em tudo 0 que no seja incompativel, pelo presente Diploma, pelo regime juridico aplicavel as entidades pertencentes ao sector empresarial piilico e, no omisso, pelo seu regulamento interno. 3. A gestio patrimonial e financeira da CMC rege-se segundo os principios de direto privado. 4. pattiménio inicial da CMC 6 constituido pelos bens do Estado afectos aos seus servigos. 5. Integram-se no patrimonio da CMC todos os bens € demais valoces adquiridos. 6. A.contablidade da CMC ¢ elatorada de acardo com 0 regime da eontabilidade piblica, sem prejuizo da possibil dade de elaboracio de contabilidade segundo 0 Plano Geral de Comtabitidade Empresarial. ARTIGO 33" (eecitas) 1. Constituem receitas da CMC as seguintes: 4) As taxas devidas pelas sociedades gestoras de rmercados regulamentados ¢ de sistemas de com- pensagio e liquidagao; B) As taxas dos servicos de registoe autorizagao exer- cidos pela CM ©) As taxas devidas pelos destinatérios de quaisquer actos ou factos praticados pela CMC, nos termos legalmente previstos; d) As taxas devidas pelas entidades sujcitas& jurisdi- fo da CMC, em contrapartida dos servigos de supervistio por esta prestados; ) As taxas devidas por quem preste informago a0 mercado, em contrapartida da supervisio dessa informagio, ou, se aplicdvel, da divulaagao da ‘mesma por parte da CMC; AS taxas devidas por quaisquer outras pessoas ou centidades, em contrapartida de quaisquer outros actos praticados ou servigos prestados pela Mc; 8) As transferéncias do Orgamento Geral do Estado; 'h) As receitas provenientes da venda, ou assinatura do boletim da CMC e de quaisquer estudos, obras, ou outras edigdes da sua responsabilidade; 1) As receitas provenientes de quaisquer eventos orga- nizados pela CMC; J) O produto da alienago, ou cedéncia, a qualquer titulo, de direitos imtegrantes do ceu patriménio; 1) As receitas decorrentes de aplicagies financeiras dos seus recursos; DIARIO DA REPUBLICA 1) As compartcipagdes, subsiios, ou donativos que The sejam auibuidos por qunisquer entidades nacionas, ou estrangiras; mm) As custas dos processos de contraveno, trans- gressio ou outras sangbes cuja aplicagio se enguadee no aabito das atribuigBes da CMC; ‘n) Quaisquer outras receitas que Ihe sejam atribuidas: por lei, 2. Os preyos das publcasSes, ou assinatura do boletim, studs, obras ¢outas edges referidas aims, so fixados livremente pelo Conselho de Administragao. 3. Astaxas eferidas no n° I do presente antigo, quando rio dfinidas por lei, sto fxadas por dereto executive do Minisiro das Finanas, sob proposta da CMC. 4. vedado & CMC contrair empristimos sob qualquer forma antigo 342 (espe) Constituem despesas da CMC as seguintes: 4) Os eneargs correntes com o seu uncionamento; 4) Os custos de aquisigao, investimento e conserva 0 do seu patriménio; 6) Os subsidis eapoios atribuidos para formagao; 0s subsidio investigago cient edivulgaga0 de conbecimento sobre o Mercado de Capitais. capiTULo IV Pessoal e da Organizacio Interna ARTIGO 35° (Estatuto do pessoal esoguransa 1. 0 eestatuto laboral aplicdvel ao pessoal da CMC € 0 ‘que resulta da legislago relativa ao regime juridico do con- trato individual de trabalho, estabelecido na Lei n.° 2/00, de II de Fevereiro, sobre a Lei Geral do Trabalho, sendo as suas remuneragdes ¢ regalias fixadas pelo Conselho de Adiministragdo com respeito pelas regras legais apliciveis, 2. Nao € aplicavel aos trabalhadores da CMC o regime Jjuriico dos trabalhadores da fungao piiblica. 3. Ao Conselho de Administrago da CMC eabe nomear © exonerar os titulares dos cargos de direcgao e chefia 4. 0s trabalhadores da CMC nao podem exercer fungio publica ou outra actividade profissional, com excepgao da actividade de docente do ensino superior que nao prejudique as suas fungGes ou de colaboragdo temporaria com entidade pilblica, ou em comissbes de trabalho, mediante autorizagd0 do Consetho de Administraca 5. Os trabalhadores da CMC nao podem por conta pré- pria ou por conta de outrem, directa ow indirectamente, realizar quaisquer operagdes sobre instrumentos financeitos, salvo nos seguintes casos: 4@) Se as operagdes tiverem por objecto fundos paibli- os ou fundos de poupanga-reforma; By Se 0 Consetho de Administraga0, por escrito, © sutorizar TSERIE — N.’ 106 — DE 6 DE JUNHO DE 2013 91 6.4 autorizaglo a que se refere #alinea b) do nimero anterior apenas € concedida se as operagdes em causa nila afectarem 0 normal funcionamento do mereado, nfo resi- tarem da utiizagio de informacio confidencial a que o trabalhador tenha tido acesso em virtude do exereicio das suas fungBes ese, em caso de Venda, tiverem decorrido mais de seis meses desde a data da aquisigfo dos instruments financeiros a vender. 7. 0s trabalhadores da CMC slo obrigatoriamente ins- critos no Instituto Nacional de Seguranga Sociale cobertos, pela seguranga social piblica 8.0 Conselho de Administragdo deve promover a cons- tituigdo de um fimdo de penstes, ou integrar 0 seu pessoal ‘num fund existente com vista a assegurar complementos de reforms a todos os trabalhadores do quaddro da CMC. ARTIGO 36" (Mobilidade) 5 funcionirios do Estado, bem como os trabalhadores| de empresas piblieas, podem ser chamados a desempenhar fungdes na CMC, em regime de requisigao, ou de comissa0 de servigo, com garantia do seu lugar de origem e dos direi- {05 nele adquiridos, considerando-se o periodo de requisigao ‘ou comissdo como tempo de servigo prestado nos quadros de que provenham. Antico 37" (Segredoprotssional) 1. Os membros dos drgatos da CMC, 0 pessoal do seu quadro © as pessoas ow entidades que the prestem quais- quer servigos, ficam sujeitos a segredo profissional sobre (0s faetos ¢ informagdes cujo conhecimento thes advenha do cexercicio das suas fungdes, nao podendo divulear nem uti- lizar em proveito proprio, ou alheio, directamente, ow por {nterposta pessoa, 0 eonhecimento que tenham desses facto. 2. Odever de segredo mantém-se apos a cessaeio das fangdes ou da presiagiio de servigos pelas pessoas a ele sueitas. 3.0 facios ou elementos sujeito a segredo sé podem ser revelados mediante avtorizagdo do interessado,transmitida 4 CMC, ou noutras eircunstancias previstas na li 4..0 dever de segredo nfo abrange factos ou elementos cuja divulgagao pela CMC seja imposta por lei, nomeada- ‘mente no mbito do cumprimento das duas actividades de ‘eooperagao, 5. A violagao do dever de sigilo estabelecido no pre~ sente artigo, quando cometida por um funcionirio da CMC, implica para o infractor a sangao disciplinar de demissio. 6. A violagdo do dever de sigilo pelas pessoas que prestem servigos 4 CMC implica a restisto do respectivo contrat. ARTIGO 382 (Orpanizagao i 1, Tendo em conta a especificidade das atribuigdes 4 serem prosseguidas pela CMC, cabe a0 Consctho de Administragio, nos termos da alinea b) do artigo 19°, defi- nir por regulamento interno, 2 composigao do quadro do pessoal, a estrutura dos departamentos da CMC, as fungdes as competéncias dos servigos que a integramn, 2. 0 Conselho de Administragao da CMC pode alterar a organizagao intema da CMC, dando, de seguida, conbeci- mento do faeto ao Ministro das Finangas, 3. Para além de outras matérias exigidas por lei, o regula mento intemo da CMC deve conter regras e procedimentos relativos a conduta dos membros dos érgiios € dos funcio~ nios da CMC, nomeadamente para efeitos da prevengao © ‘atamento de conflitos de interesses. ARTICO 39° (Sitio de internet) ACME deve manter um sitio na internet comm todos os

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