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Aplicabilidade do Processo MIG em


estruturas de alumínio
Eduardo Clodomiro Lopes lopeseduardo@ig.com.br
Gilberto Aparecido Gomes ledeburita@yahoo.com.br
Renato Beserra da Silva renatobds@octane.com.br
Vanderlei R. de Oliveira vrolivei@tupy.com.br
Orientador: Profº Luiz Gimenes Jr. gimenes@infosolda.com.br

1 – INTRODUÇÃO alumínio são dividas em dois grandes


grupos:
Constatando a dificuldade encontrada e
a carência técnica no Brasil, nós • Ligas Fundidas e
estamos direcionando esforços para a • Ligas Trabalháveis.
criação de um material que atendesse as
necessidades, e que fosse acessível a 3 - LIGAS TRABALHÁVEIS
todos que necessitassem de informações
sobre soldagem estrutural por alumínio Ligas trabalháveis são aquelas em que a
no processo MIG. forma final do produto é obtido pela
transformação de um semimanufaturado
2 - CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAS DE (lâmina, chapa, folha, perfil, vergalhão,
ALUMÍNIO forjado) obtido também pela
transformação mecânica a frio ou a
Em virtude das várias ligas de alumínio quente de um tarugo ou placa produzida
existentes e suas têmperas a “Aluminium pela solidificação do metal líquido.
Association” (AA), criou uma Para identificar as ligas de alumínio
classificação que até hoje é seguida por trabalháveis usa-se um sistema de
quase todo mundo. No Brasil a norma de números de quatro dígitos. O primeiro
classificação do alumínio é a “NBR 6834” indica o grupo de liga de acordo com o
que é compatível com a publicada pela elemento químico que aparece com
“Aluminium Association”. As ligas de maior teor na composição da liga, como
segue:
Tabela 1- Designação das ligas trabalháveis por grupos

LIGAS ABNT PRINCIPAL


(NBR 6834) ELEMENTO QUIM ICO Os dois últimos dígitos identificam a liga de alumínio
DA LIGA ou indicam a pureza do alumínio. Os dois últimos
1XXX Al não ligado com dígitos indicam modificações na liga original ou
mínimo de 99% de limites de impurezas.
pureza Ex: 1070: alumínio não ligado com 99,70% de
2XXX Cobre pureza.
3XXX Manganês O segundo dígito indica modificações nos limites de
4XXX Silício impureza, ou seja, houve um controle especial de
5XXX Magnésio um ou mais elementos presentes como impurezas.
6XXX Magnésio e Silício Ex: 1350: alumínio com 99,50% de pureza, mas
com controle de 3 elementos dados como
7XXX Zinco

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8XXX Outros elementos impurezas.


9XXX Série não utilizada Nos demais grupos de ligas (2XXX até 8XXX), os
dois últimos dígitos são arbitrários, servindo apenas
para identificar as diferentes ligas do grupo.
Os dígitos seguintes identificam a liga ou a pureza
do alumínio. O último dígito que está separado dos
outros por um ponto indica que o produto está em
forma de peças ou lingote.

3.1 Trabalháveis não-tratadas pela ação do trabalho a frio ou a quente,


termicamente ou por tratamentos térmicos ou pela
combinação de ambos.
São ligas que o aumento das O sistema de nomenclatura de têmpera
propriedades mecânicas só podem ser se baseia em letras, como segue:
conseguidos por deformação a frio,
porém, as propriedades assim 3.4 Nomenclatura Básica
conseguidas são reduzidas pelo
aquecimento acima de determinadas • “F” (como fabricado)
temperaturas, por exemplo na soldagem,
assim sendo elas só podem ser Aplica-se aos produtos em que não se
restauradas por trabalho a frio adicionas. exerce nenhum controle sobre as
condições térmicas ou níveis de
As ligas trabalháveis não-tratáveis encruamento. Não especificam limites
termicamente são produzidas em várias para as propriedades mecânicas.
têmperas , de acordo com o grau de
encruamento e, são da série 1XXX, • “O” (recozido)
3XXX, 4XXX e 5XXX.
Aplica-se aos produtos acabados, no
3.2 Ligas trabalháveis tratáveis estado em que apresentam o menor
termicamente valor de resistência mecânica.

São aquelas que reagem ao tratamento • “H” (encruado)


térmico e, conseguem um aumento de
resistência mecânica. O calor durante a Aplica-se as ligas não tratáveis
soldagem reduz as propriedades termicamente, em que o aumento da
mecânicas destas ligas, porém as ligas resistência mecânica é conseguido por
podem ser retratadas após a soldagem. deformação plástica a frio e que podem
ser submetidas a um processo de
A solubilização e o envelhecimento são recozimento para produzir um
os tratamentos térmicos que aumentam amolecimento parcial ou a um processo
a resistência mecânica. de estabilização.
3.3 Têmpera • “W” (solubilizado)
O termo têmpera nas ligas de alumínio Aplica-se somente em algumas ligas, as
designa o estado que o material adquire quais envelhecem naturalmente em

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temperatura ambiente após


solubilização. • T2 Resfriado após o processo
de fabricação a uma temperatura
• “T” (tratado termicamente) elevada, posteriormente deformada
plasticamente a frio e finalmente
Aplica-se nas ligas tratáveis envelhecida naturalmente até uma
termicamente, produzindo propriedades condição estável.
mecânicas estáveis diferentes de F, O e
H, com ou sem encruamento • T3 Solubilizado, deformado
complementar. plasticamente a frio e envelhecido
naturalmente até uma condição
• “H1” (apenas encruada) estável.

As propriedades mecânicas do material • T4 Solubilizado e envelhecido


são obtidas exclusivamente por trabalho naturalmente até uma condição
a frio. estável.

• “H2” (encruada e recozida • T5 Resfriado após o processo


parcialmente) de fabricação a uma temperatura
elevada e envelhecida artificialmente.
As propriedades mecânicas são
aumentadas mais do que o nível • T6 Solubilizado e envelhecido
desejado e depois são diminuídas por artificialmente.
recozim ento parcial.
• T7 Solubilizado e
• “H3” (encruada e estabilizada) estabilizado.

Aplica-se somente aquelas ligas que • T8 Solubilizado, deformado


amolecem com o passar do tempo após plasticamente a frio e envelhecido
terem sido deformadas plasticamente a artificialmente.
frio. Esse amolecimento pode ser
acelerado e estabilizado com tratamento • T9 Solubilizado, envelhecido
térmico após encruamento. artificialmente e em seguida
deformado plasticamente a frio.
• Grau de deformação
• T10 Resfriado após o processo
O segundo dígito que se segue à de fabricação a uma temperatura
designação H1, H2 e H3, indica o grau elevada, deformado plasticamente a
de encruamento, ou seja, a quantidade frio e posteriormente envelhecido
de deformação aplicada ao material. artificialmente.
3.5 Classificação das Têmperas T 3.6 Ligas Fundidas

• T1 Resfriado após processo de As ligas fundidas são aquelas cujos


fabricação a uma temperatura produtos são obtidos por meio do
elevada e envelhecida naturalmente vazamento do metal líquido em um
até uma condição estável. molde para adquirir a forma desejada.

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Abaixo temos uma tabela com as


principais características e aplicações
das ligas de alumínio.

3.7. Tabela 2 - Características e aplicações das ligas de alumínio

ELEMENTO CARACTERÍSTICAS APLICAÇÕES


ADICIONADO
Ductilidade, condutividade Embalagens, folhas muito
Alumínio Puro Elétrica e térmica, resistência à Finas, recipientes para a
corrosão. Indústria química, condutores
elétricos.
Resistência mecânica, resistência à Rodas de caminhões, rodas,
altas temperaturas e ao desgaste, estruturas e asas de aviões,
Cobre usinabilidade. cabeçotes de cilindros de
motores de aviões e
caminhões, pistões e blocos de
cilindros de motores
Ductilidade, melhor resistência Esquadrias para construções
Manganês mecânica à corrosão. civis, recipientes para a
indústria química.
Baixo ponto de fusão, melhor Soldagem forte, peças
Silício resistência à corrosão, fundidas.
fundibilidade.
Silício com Resistência mecânica ao desgaste Chassis de bicicletas, peças de
Cobre ou e à corrosão, ductibilidade, automóveis, estruturas
Magnésio soldabilidade, usinabilidade, baixa soldadas, blocos e pistões de
expansão térmica. motores, construção civil.
Resistência à corrosão em Barcos, carrocerias de ônibus,
Magnésio atmosferas marinhas, soldabilidade, tanques criogênicos.
usinabilidade.
Zinco Alta resistência mecânica e baixo Partes de aviões.
peso
Zinco e Resistência à tração e à corrosão, Brasagem
Magnésio soldabilidade, usinabilidade.
Estanho Resistência à fadiga e à corrosão Capa de mancal, mancais
por óleo lubrificante. fundidos, bielas.

4 - SOLDABILIDADE DO ALUMÍNIO E para soldagem do alumínio puro e ligas


SUAS LIGAS de Al-Mn, entretanto o metal de adição
Al-Si (ER 4043) pode ser usado devido a
4.1 Soldagem do alumínio e das ligas sua elevada fluidez, facilitando a fusão e
Al-Mn (Séries 1XXX e 3XXX) provendo uma resistência maior da
solda.
O metal de solda com mesma
composição do metal base é indicado

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4.2 Soldagem das ligas Al-Cu (Série liga a 2219 , é uma liga binária de AL-Cu,
2XXX) com boa soldabilidade e muito utilizada
na fabricação de tanques de combustível
A série 2XXX até bem pouco tempo era para foguetes.
soldada por resistência, porém uma nova

O problema da maioria das ligas Al-Cu, é a trinca na solda, principalmente em grandes


espessuras ou quando soldadas sob restrição. As soldas com 2014 e 2024 geralmente
apresentam baixa ductilidade. Para se conseguir melhores propriedades mecânicas da
junta soldada é necessário o uso de alta velocidade de soldagem seguida de uma alta
taxa de resfriamento, e máxima transferência de calor no metal base, para se obter uma
melhora na resistência podemos fazer um tratamento térmico após soldagem.

5 - CONSTRUÇÃO DAS ROLDANAS DE TRACIONAMENTO

5.1. Esquema impróprio

5.1.1.Superfície com acabamento áspero

figura 1

Os cavacos são provenientes de um acabamento áspero da


superfície. Com uma ranhura de diâmetro similar ao do
arame, a roldana de aço duro contamina o arame de
alumínio deixando cavacos curtos e semicirculares e
causando encavalamento do alumínio na roldana.

5.1.2. Bordas cortantes

figura 2

Os cavacos parecem lã de aço. O arame sai com duas


endentações contínuas que podem ser sentidas ou vistas
quando se torce o arame.

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5.2. Esquema correto

figura 3

A roldana ideal aqui mostrada apresenta raios que


não cortam o arame e a superfície deve ser
altamente polida.
R1 = diâmetro do arame x 0.6
R2 = diâmetro do arame x 0.3

6 - ALIMENTAÇÃO DOS ARAMES DE excessiva do rolo de guia distorce o


ALUMÍNIO arame, aumentando o atrito do avanço
entre o forro e da ponta de contato. As
O desempenho do equipamento MIG bordas da ranhura "U" devem ser
usado para soldagem do alumínio afeta chanfradas e não afiadas.
de maneira significativa a alimentação do
arame. Explosões do arco ou retrocesso 6.1.2. Proteção contra poeira
do mesmo são freqüentemente o
resultado de deficiências dos acessórios O uso indevido de capas para proteger
do equipamento. Tais deficiências da poeira e limpeza periódica da guia,
podem ser atribuídas a combinações aumenta a vida útil. Armazenagem
inadequadas de acessórios e falta de adequada também é importante para
cuidado ou manutenção preventiva. reduzir contaminações. Recomenda-se
Quando essas deficiências são guardar o arame em local com atmosfera
corrigidas, geralmente a alimentação do controlada, com umidade relativa de
arame melhora muito. O esquema acima 30%. As embalagens nunca devem ser
mostra acessórios importantes, cada um deixadas fora desse ambiente nem
dos quais deve ser recomendado pelo guardadas em locais sem aquecimento.
fabricante do equipamento para a O arame nunca deve ficar no
medida especifica do arame a ser usado. equipamento durante a noite, a ser
devidamente protegido por dispositivos
6.1. Funções e Manutenção dos agregados ao equipamento, tal como
acessórios do equipamento purificador de gás, resistências elétricas,
etc.
6.1.1. Roldanas de Alimentação
6.1.3. Bico de contato
Alem dos contornos apropriados do rolo
de guia "U", também a pressão O diâmetro interno do bico de contato é
adequada deve ser mantida. Pressão de suma importância. Se houver uma

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folga muito grande entre o arame e o Uma alimentação uniforme também é


bico de contato, poderá ocorrer explosão assegurada quando se usa conexões de
do arco. Explosões contínuas do arco ajuste não-metalicas, que devem ser
causam encavalamento de partículas na verificadas periodicamente.
superfície do diâmetro interno, 6.1.5. Para obter soldas de alta
aumentando o esforço de avanço e qualidade
provocando retrocessos de arco devido a
instabilidade da alimentação. Tais Apesar do equipamento ser bastante
problemas podem ser sanados e o robusto, é necessária uma manutenção
desempenho geral melhorado, correta, pois uma manutenção
eliminando-se rebarbas e polindo pontas inadequada resulta soldas de baixa
de contato novas e repolindo ou trocando qualidade. Entretanto, com a seleção de
pontas usadas. parâmetros apropriados de soldagem,
equipamento e acessórios corretos,
6.1.4. Guias manutenção preventiva e arame
adequado as soldas obtidas são de alta
Condutos flexíveis adequadamente qualidade.
dimensionados e revestidos com teflon,
nylon ou plástico, melhoram a 6.1.6. Recomendações para soldagem
alimentação do arame através de longas MIG de Alumínio
distâncias, evitando abrasão do arame.

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Figura 4

Usar bico de contato nas medidas certas


(diâmetro interno e comprimento). Quanto
mais longa a ponta de contato, melhor a
alimentação do arame. O diâmetro do furo
da ponta de contato deve ser
aproximadamente 10% maior que o
diâmetro do eletrodo;

Figura 5

Manter a relação adequada entre o copo e


a ponta de contato. A ponta deve estar
afastada de 1/16" (1.6mm) a 1/4" (6.4mm)
no máximo;

Figura 6

Usar tocha de corpo reto, não curvo.


Tochas com bicos curvos necessitam mais
manutenção;

Figura 7

Usar guias de entrada e saída não-


metálicas (Teflon/Nylon);

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Figura 8

Usar canais tipo "U" para as roldanas.


Outros tipos causam distorções ou cavacos
no arame, provocando mais retrocessos de
arco. Assegurar que as bordas das
ranhuras das roldanas estão chanfradas e
não afiadas.

Figura 9

Alinhar as roldanas de guia


adequadamente. Roldanas mal alinhadas
compressão excessiva distorcem o arame
e causam problemas na alimentação.

Figura 10

Verificar vazamentos de água e gás inerte.


Usar fita vedante nas mangueiras. Não
inverter as linhas de água e gás inerte.

Figura 11

Usar fonte adequada. Fontes de corrente


constante são melhores para a soldagem
do alumínio.

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Figura 12

Não cortar nem dobrar os bicos de contato.


Usar bicos de contato retos para reduzir
encavalamento e explosão do arco no
diâmetro interno do bico de contato.

Figura 13 Remover resíduos de toda a extensão do


arame depois de um retrocesso do arco.

Figura 14

Substituir ou polir o diâmetro interno do


bico de contato se houver pulsação ou
espiralamento do arame. Usar a parte
arredondada de uma serra de fita para polir
o diâmetro interno tanto de pontas de
contato novas como usadas.

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Figura 15

Proteger e guardar o arame


adequadamente. Não deixar o arame
permanecer no alimentador durante a
noite. Guardar em local de controle de
temperatura e umidade, com valor abaixo
de 30%.

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7 - PREPARAÇÃO DA PEÇA PARA SOLDAGEM MIG EM ALUMÍNIO

7.1 Tabela 3- Parâmetros de Soldagem MIG para Alumínio


Peças com chanfro
Espessura Posição Preparaçã Abertura Número Diâmetro Corrente Tensão (V) Vazão do Velocidade Consumo
o (mm) (A) de de
da Chapa de de do eletrodo (mm) Argônio Soldagem Arame(Kg/
(mm) Soldage passes (Lt/Min) (mm/seg) 100m)
m
1,6 P A SEM 1 0,8 70-110 15-20 12 10-19 2,2
P G 2,4 1 0,8 70-110 15-20 12 10-19 3,0
2,4 P A SEM 1 08-1,2 90-150 18-22 14 10-19 2,7
P.V.H.S. G 3,2 1 0,8 110-130 18-23 14 10-13 3,0
3,2 P.V.H. A 0-2,4 1 0,8-1,2 120-150 20-24 14 10-13 3,0
P.V.H.S. G 4,8 1 0,8-1,2 110-135 19-23 14 6-12 4,5
4,8 P.V.H. B 0-1,6 1F,1R 0,8-1,2 130-175 22-26 16 10-13 6,0
P.V.H. F 0-1,6 1 1,2 140-180 23-27 16 10-13 7,5
S F 0-1,6 2F 1,2 140-175 23-27 28 10-13 7,5
P.V. H 2,4-4,8 2 1,2-1,6 140-185 23-27 126 10-13 4,0
H.S. H 4,8 3 1,2 130-175 23-27 28 10-15 15,0
6,3 P B 0-2,4 1F,1R 1,2-1,6 175-200 24-28 19 10-13 9,0
P F 0-2,4 2 1,2-1,6 185-225 24-29 19 10-13 12,0
V.H. F 0-2,4 3F,1R 1,2 165-190 25-29 21 10-15 15,0
S F 0-2,4 3F,1R 1,2-1,6 180-200 25-29 28 10-15 15,0
P.V. H 3,2-6,3 2-3 1,2-1,6 175-225 25-29 19 10-13 18,0
S H 6,3 4-6 1,2-1,6 170-200 25-29 28 11-17 18,0
9,5 P C-90º 0-2,4 1F,1R 1,6 225-290 26-29 23 8-13 24,0
P F 0-2,4 2F,1R 1,6 210-275 26-29 23 10-15 27,0
V.H. F 0-2,4 3F,1R 1,6 190-220 26-29 26 10-13 30,0
S F 0-2,4 5F,1R 1,6 200-250 26-29 38 11-17 30,0
P.V. H 6,3-9,5 4,0 1,6 210-290 26-29 23 10-13 52,5
S.H. H 9,5 8-10 1,6 190-260 26-29 38 11-17 75,0
19 P C-60º 0-2,4 3F,1R 2,4 340-400 26-31 28 6-8 75,0
P F 03,2 4F,1R 2,4 325-375 26-31 28 7-8 105,0
V.H.S. F 0-1,6 0F,1R 1,6 240-300 26-30 38 10-13 112,5
P E 0-1,6 3F,3R 1,6 270-330 26-30 28 7-10 105,0
V.H.S. E 0-1,6 6F,6F 1,6 230-280 28-30 38 7-10 112,5

A B C D E F G H I J K

1. P = PLANA , V = VERTICAL, H = HORIZONTAL, S =SOBRE CABEÇA


2. PREPARAÇÃO CONFORME ÍTEM 7
3. PARA ARAMES DA SÉRIE 5XXX, UTILIZAR CORRENTE MAIOR E TENSÃO MENOR DO QUE
ESPECIFICADO NO ÍTEM 7
4. ELETRODO DA SÉRIE 1XXX, 2XXX E 4XXX PODE UTILIZAR CORRENTE MENOR E
TENSÃO MAIOR

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8 - TABELA 4 - DIFICULDADES DE SOLDAGEM - CAUSAS E CORREÇÕES

Dificuldade Causas Correções


- Turbulência da poça de fusão; -Aumentar a corrente de
solda para estabilizar a
transferência de gotas
- Hidrogênio proveniente do filme de óxido metálicas;
hidratado ou óleo no arame, metal base, guias; -Manter o arame coberto;
-Armazenar o arame com baixa
umidade e temperatura
constante;
-Remover óleo e óxidos do
- Gás protetor úmido ou contaminado ou com metal base imediatamente
vazão inadequada; antes da soldagem;
Porosidade
-Não utilizar gás acima de -
56ºC (ponto de orvalho);
- Resfriamento rápido da poça de fusão. -Aumentar a vazão do gás;
-Proteger de correntes de ar;
-Usar corrente de soldagem
mais alta ou diminuir a
velocidade;
-Pré-aquecer o metal base
(65ºC máximo ou conforme
AWS D1.2)

- Escolha imprópria do material de adição; -Selecionar material de solda


com mais baixos pontos de
fusão e solidificação, conforme
categoria "W" da "Tabela de
Materiais de Solda";
- Composição química crítica; -Evitar composição da poça de
solda com 0,5% a 2,0% de Si e
1,0% a 3,0% de Mg. Evitar
problemas eutéticos MgSi (5xxx
soldado com 4xxx);
- Preparação inadequada das bordas ou -Aumentar o ângulo do chanfro
espaço de junção; e o espaço de junção para
reduzir a diluição da solda no
Trincas na - Técnica de soldagem incorreta. metal;
solda -Prender a peça com grampo
ou cinta para minimizar
tensões;
-Aumentar a velocidade de
soldagem para estreitar a zona
de calor;
-Depositar cordões convexos e
côncavos alternadamente;
-Minimizar o superaquecimento
do metal fundido para controlar
o tamanho do grão;
-Depositar cordões de tamanho
adequado, não muito
pequenos;

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-Pré-aquecer o metal base


(150ºF máximo ou conforme
AWS D1.2).

- Alimentação muito rápida do arame; -Diminuir a velocidade de


alimentação do arame para
fonte C.V. para reduzir
oscilação de corrente e
abertura do arco no bico de
- Alimentação insuficiente do arame; contato;
-Aumentar a alimentação do
arame na fonte mais fraca C.C.
Retrocesso - Eletrodo muito macio, excêntrico ou mal e reduzir a tensão do arco na
do arco ou enrolado; fonte C.V.
alimentação -Rever com o fornecedor;
irregular do - Tubo flexível muito longo ou torto;
arame - Revestimento do tubo gasto ou sujo; -Substituir;
- Salpicos ou erosão interna no bico de contato; -Substituir;
-Polir ou substituir o bico de
- Limalhas de alumínio no revestimento ou bico contato;
de contato, resultando em cunha ou abertura do -Alinhar as roldanas, a linha
arco; central das roldanas com a guia
de saída. Usar roldanas de
alimentação em forma de "U".
Usar pressão apenas suficiente
nas roldanas de alimentação
Retrocesso para prevenir escorregamento;
do arco ou - Flutuações na tensão; -Instalar um controlador de
alimentação - Abertura do arco no bico de contato; tensão;
irregular do -Adequar a medida da ponta de
arame contato à medida do arame;
-Aumentar o comprimento do
- Super-aquecimento da tocha; bico (3 a 4 polegadas);
-Reduzir o ciclo de trabalho ou
incorporar uma tocha
refrigerada a água;
- Polaridade errada.
-Mudar a polaridade.

- Aterramento inadequado; -Limpar e reconectar o


aterramento;
Abertura - Revestimento anódico; -Remover o revestimento
insuficiente - Ausência de gás protetor; anódico;
do arco - Polaridade errada. -Extrair antes a proteção de
gás;
-Mudar a polaridade;
- Cobertura inadequada do gás de proteção; -Aumentar a vazão do gás;
-Proteger o arco de resíduos;
-Manter o bocal de gás próximo

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ao trabalho;
-Centralizar o bico de contato
no bocal de gás;
-Diminuir o ângulo do maçarico;
-Verificar vazamentos nos
condutos de água ou ar da
- Eletrodo sujo; tocha;
Impurezas na -Manter o eletrodo coberto ao
solda montar a bobina no
- Material base sujo; equipamento;
-Contatar o fornecedor;
-Limpar com gás nafta, toluene,
álcool mineral, etc. para
remover óleo ou graxa na área
de soldagem;
-Usar escova de aço inox para
- Camada grossa de óxidos ou manchas de remover outros materiais
água no material base. estranhos da área de soldagem
;
-Limpar as áreas de soldagem
com disco de abrasivo, escova
de aço inox ou ataque químico.

9 - TESTE DE TORÇÃO PARA da porção torcida para verificar se há


DETECTAR IMPERFEIÇÕES riscos. Rebarbas metálicas (poeira de
Alumínio) também podem aparecer se a
O “Teste de Torção” pode ser efetuado superfície do arame tiver danificada.
com arame bobinado ou estirado, para
detectar a presença de imperfeições na A AlcoTec realiza testes de torção
superfície. Também pode ser feito com rotineiramente para assegurar uma
arame que passou através do superfície sempre lisa e isenta de
equipamento de solda. imperfeições.

Uma amostra tirada depois de passada 10 - AS CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS


pela tocha de solda , pode mostrar AFETAM A QUALIDADE DA SOLDA
abrasão provocada pelas roldanas, guias
ou bicos de contato. Muitos fabricantes tem problemas de
soldagem em diferentes épocas do ano.
A abrasão causa rebarbas que, por sua Umidade (H2O) é a principal fonte de
vez, prendem o alinhador e o bico de Hidrogênio. Sob as temperaturas do arco
contato, provocando retrocesso do arco. a água se decompõe liberando átomos
Para verificar se o arame apresenta de Hidrogênio que causam porosidade
abrasão na superfície, selecionar uma na solda. Os suprimentos de gás protetor
amostra de 10” de comprimento e dobrar são controlados para muito baixo teor de
2” de cada ponta em ângulo de 90º. umidade (ponto de orvalho a –56ºC ou
Torcer uma ponta 5 ou 6 vezes uma inferior). Da mesma forma, as condições
volta completa de 360º. atmosféricas em uma fábrica precisam
A superfície da amostra torcida deve ser controladas para prevenir que a
permanecer lisa. Passar a unha ao longo

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condensação de umidade se forme no 11.4. Temperatura do metal ou do


eletrodo ou no metal base. eletrodo

Alumínio, que pode ser repetidamente É a temperatura do eletrodo ou do metal


colocado em contato com a água, poderá base em um dado momento.
eventualmente formar um revestimento
de óxido hidratado (AIOH). A umidade 11.5. Condições do Ponto de Orvalho
proveniente da condensação, quando x Umidade Relativa
presente tanto no eletrodo quanto no
metal base, pode provocar dois (air-metal)º. Temperatura do ar menos a
problemas durante a soldagem: temperatura do metal mostrado em º C e
º F.
• Porosidade causada por hidrogênio
gerado pela decomposição do óxido Este quadro mostra a umidade relativa
hidratado (AIOH), presentes nas onde a água condensada prejudicial se
superfícies do metal. forma em várias temperaturas
• Represamento na solda do óxido diferencias determinadas.
hidratado (AIOH) presente nas
superfícies do metal. EXEMPLO: Se a umidade relativa na
área da solda é 70%, o metal base e o
11 - TERMOS eletrodo não podem estar mais frios do
que 9ºF abaixo da temperatura do ar,
11.1. Umidade Relativa para evitar condensação da umidade.

A relação entre a quantidade de vapor 12 - GERAL


d’água presente na atmosfera e a
quantidade suficiente para saturar o ar à Em uma oficina de soldagem de
temperatura existente. A umidade alumínio, a uniformidade das
relativa é expressa como uma temperaturas do ar e do metal é
porcentagem e deve ser monitorada na especialmente importante quando a
área da solda. Tanques de imersão , umidade relativa é alta. Deve-se permitir
estação de limpeza, etc., afetam a que o metal de adição e metal base se
umidade relativa do ar. estabilizem em relação à temperatura da
área de solda. O metal de adição só
11.2. Ponto de Orvalho deve ser desembalado na área de solda
após 24 horas de sua retirada de uma
É a temperatura de condensação do área de armazenamento mais fria. O
vapor d’água. A umidade se condensa metal base deve ser limpo escovado com
nas superfícies tem temperatura igual ou uma escova de aço inox limpa, antes da
inferior ao ponto de orvalho. Para cada soldagem. A AlcoTec recomenda
porcentagem de umidade relativa há um soluções de alcalinidade suave e
ponto de orvalho correspondente. desengraxantes comerciais que não
produzam fumos tóxicos durante a
soldagem. Os soldadores devem
11.3. Temperatura do ar
esfregar as bordas das junções com um
pano limpo mergulhado em solvente
É a temperatura do ar na área de solda volátil à base de petróleo. Todas as
em um dado momento.

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superfícies devem ser totalmente (2) Por exemplo: a condutividade térmica


enxugadas depois da limpeza. do 5083 é 32% menor do que a do 6061,
devido ao seu teor de Magnésio mais
13 - COMPRIMENTO DO ARCO & elevado. Isto requer maior aplicação de
CALOR X CARAC. DO CORDÃO DE calor para a liga 6061.
SOLDA
13.2. Teste de Dobramento Orientado
Conforme Código de Soldagem
As características visuais e propriedades
Estrutural para Qualificação de
mecânicas das soldas de Alumínio são
Procedimento de Soldagem AWS D1.2
controladas pela penetração e formato
do cordão de solda. Vários fatores
– Alumínio
afetam as propriedades finais do cordão
de solda e podem ser controlados pelo
Procedimento
soldador. Segue abaixo uma descrição
desses fatores e como podem ser
13.3. Identificação do metal de adição
usados para se atingir os resultados
finais desejados.
Ao usar (F23), independentemente do
13.1. Comprimento do Arco & Calor x metal base a ser soldado, usinar a
Carac. do Cordão de Solda amostra para 1/8” de espessura e dobrar
sobre um mandril com 2-1/16” de
Notas: (1) Lembre-se: ao mudar o diâmetro conforme mostrado para ligas
da série 6xxx (M23) na tabela 6.
comprimento do arco, a voltagem do
arco muda, o que requer mudança
13.4. Identificação da liga base
também na amperagem do arco, caso
seja necessário manter a temperatura
constante. Se soldado com qualquer metal de
adição exceto F23, testar conforme
especificado para a liga base.

14 - T ABELA 5 - REFERÊNCIA DA LIGA AO NÚMERO M E DIÂMETRO DE


DOBRAMENTO DA NORMA AWS.

Ligas de base NºM de dobramento (pol.)


1060,1100,3003,Alcla M21 4t (1-1/2” p/espécie. 3/8”)
d 3003 (Fig.1)
3004,Alclad M22 4t (1-1/2” p/especif. 3/ 8”)
3004,5052,5154,5254 (Fig.1)
, 5454, 5652
6061,Alclad 6061, M23 2-1/16” p/especif. 1/8”)
6063, soldas F23 (Fig.2)
5083, 5086, 5456 & M25 6-2/3t (2-1/2” p/especif.
M23 Recozido 3/8”) (Fig.3)
7005 M27 M24 8t (3” p/especif. 3/8”)
2219 Recozido

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14.1. Preparação da espessura Alumínio produzem soldas manuais ou


adequada da amostra automáticas de melhor qualidade. A
principal vantagem deste tipo de fonte é
Todas as soldagem ligas base a sua potência constante, como
6061e6063 (M23) e todas as soldas conseqüência da sua característica de
feitas com 4043 (independentemente da voltagem-amperagem (ver figura abaixo).
liga base) são usinadas para 1/8” de Esta característica é denominada como a
espessura antes do teste de dobramento “variação” do equipamento.
sobre um mandril com 2-1/16” de
diâmetro. 15.1. Variação recomendada

14.2. Determinação da têmpera da liga As fontes de energia constante tem uma


base variação ajustável (
voltagem/ampearagem). Recomenda-se
A AlcoTec recomenda o teste de uma variação de aproximadamente 1 volt
dobramento “envolvido” em vez do tipo / 5-10 ampères para soldagem de todos
“imerso” para obter dobramento uniforme os tipos de Alumínio MIG.
em todos os trabalhos temperados
(endurecidos ou termicamente tratados e 15.2. Como funciona uma fonte com
em todas as combinações de ligas curva
dissimilares).
Neste equipamento, a corrente de solda
14.3. Usinagem da amostra (ou uso de é ajustada na fonte, enquanto que a
areia) no sentido longitudinal voltagem do arco (ou comprimento do
(transversal à solda) arco) é obtida pela velocidade de
alimentação do eletrodo. Com uma guia
Evitar arranhões ou ranhuras de para velocidade constante do arame, a
voltagem do arco pode variar levemente
usinagem paralelo à solda.
quando se manipula a tocha em
14.4. Raio DOS cantos da amostra soldagens de filete ou junta de topo.
Entretanto, a fonte de energia constante
mantém a corrente de acordo com a
Aplicar raios largos nos cantos
longitudinais da amostra para evitar curva de voltagem/amperagem e a
potência constante total permanece
rasgos nos cantos. Usar raio máximos
permitidos. inalterada.

15.3. Vantagens adicionais da fonte


Obs.: Os requisitos para teste indicados curva
são os mesmos também para ASME,
Seção IX, com a diferença de que os Devido às suas características de
números “M” são “P” e não há indicação respostas, uma fonte de energia
dos materiais recozidos. constante é menos sensível às
mudanças do padrão de proteção
15 - CARACTERÍSTICAS DA FONTE gasosa. A penetração nos cantos é
DE CO RRENTE CONTÍNUA facilmente obtida. Para melhor início do
arco, usa – se um primeiro toque do
Prefere-se uma fonte de energia eletrodo. A tendência de abrir o arco no
constante para a soldagem de ligas de bico de contato devido ao impulso de

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apoio:

uma alta corrente inicial é influência na corrente, resultado em


consideravelmente reduzida, reduzindo amplas variações no aporte de calor
portanto retrocessos do arco. total. Um aporte de calor irregular resulta
em problemas de qualidade, tais como:
15.4. Desvantagens da fonte de penetração incompleta e porosidade
voltagem constante linear nos passes de raiz em filetes ou
juntas de topo. Retrocessos do arco
Uma fonte de voltagem constante não é também ocorrem com maior freqüência
recomendada para soldagem de ligas de como resultado de impulsos de alta
Alumínio que requeiram a melhor corrente durante o início do arco,
qualidade. As fontes de voltagens causando abertura do arco, asperezas e
constantes estão sujeitas às variações depósitos, metálicos no bico de contato.
na voltagem do arco, com grande

16 - PROCEDIMENTO DE LIMPEZA PARA ALUMÍNIO

16.1. Tabela 6 - Preparação da Superfície para Soldagem de Alumínio

Contaminantes Remoção Obs.


“sujeira” Lavar e esfregar com detergente Remover e secar bem o
comum detergente.

Graxa e óleo Pano embebido em solvente Não usar Cloro-eteno


não tóxico (acetona, álcool, etc.)
Camada oxida (remoção - escova de aço - não use lixas
mecânica) - lima - lixadeira também não é
- “grosa” recomendada
Camada oxida (remoção - imersão total em solução - lavar com água e secar
química) ácida , butil-álcool fosfórica. com ar quente
1 - imersão de solução 5% - Secar com ar aquecido
NaOH a 150º F (não deixe conter óleo)
2 – lavar com água fria
3 - imersão em parte igual de
ácido nítrico (qq) com H2O a +
ambiente

Nota Final: a limpeza deve ser feita antes das partes estarem em posição para soldagem,
isto evita a retenção de elementos indesejáveis em partes inacessíveis.

• Toda a limpeza deverá ser feita • Escovar a superfície do chanfro e 50


imediatamente, antes da soldagem. mm de extensão em ambos os lados
• Ajunta deverá ser chanfrada com do chanfro, com escova de inox,
discos, próprios para alumínio, o obs.: antes de escovar a área deverá
chanfro deve ser preparado com ser desengraxada.
lima. • Desengordurar a superfície do
chanfro e 50 mm de extensão em

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apoio:

ambos os lados com álcool ou • Estas operações devem ser feitas


acetona. Cuidado não usar solventes prevendo o menor tempo possível
clorados, por exemplo: tetracloreto, entre as operações de soldagem.
cloroetene, secar em seguida, com • Imediatamente antes da soldagem
pano seco. deve-se desengraxar o chanfro e as
• A vareta deverá também sofrer . Se possível a raiz em uma extensão
limpeza mecânica. Lixar ou escovar de 50 mm de largura.
com lixa (se possível de madeira), e
limpar com álcool ou acetona 17.1. Metal de adição.
imediatamente antes de soldar.
• Trocar sempre o pano quanto este • Vareta – a vareta deve ser lixada
estiver sujo. com palha de aço para a retirada de
• Usar luvas limpas, sem oxidos e desengraxada
contaminação. imediatamente antes da soldagem.
• Soldar em ambiente limpo, longe do • Arame – o arame deve estar
aço carbono. protegido com plástico até iniciar o
• A limpeza entre passes é obrigatória serviço, devendo estar protegido
e somente com escova de inox. contra pó e outros contaminantes por
• Não escovar com muita pressão, pois exemplo: ar comprimido, pó do disco
pode produzir queima do alumínio. da lixadeira.
• Afastar os solventes das operações
de soldagem. 17.2. Durante a soldagem.
• Soldar com eletrodo duro.
• A limpeza entre passes é obrigatória
16.2. Objetivo e somente deve ser feita com escova
de aço inox.
Este procedimento visa estabelecer os • Não escovar com muita pressão, pois
critérios básicos para a limpeza do poderá produzir a queima do
alumínio e suas ligas nas operações de alumínio.
soldagem, utilizando–se processos • Manter afastado os solventes longe
mecânicos e ou químicos de limpeza. das operações de soldagem.
• Usar luvas limpas, sem
17 - PREPARAÇÃO DO CHANFRO contaminantes.
(METAL BASE) 17.3. Informações Gerais

• A junta deverá ser chanfrada com Desengraxantes devem ser a base de


discos próprios para as ligas de álcool ou acetona, nunca usar solventes
alumínio (discos de oxidos de clorados, tipo cloro eteno, tetracloreto,
alumínio) etc.. Esta operação deve ser feita
• O chanfro deve ser acabado na lima. imediatamente antes da soldagem.
• Escovar a superfície do chanfro e a • Sempre que o pano estiver sujo,
50 mm de extensão em ambos os trocar por um limpo.
lados do chanfro com escova de • Após a aplicação do solvente, secar
inox, atenção: antes de escovar, com pano limpo e seco.
desengraxar a superfície. • Em equipamento para reformas , as
áreas a serem reparadas, geralmente
estão sujas, portanto para a limpeza

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apoio:

inicial, antes de escovar ou lixar, seguida com pano limpo ou papel


lavar a superfície com detergente absorvente.
comum e água, secar logo em

18 - TABELA 7 - EXEMPLOS DE APLICAÇÕES DE SOLDAGEM DO ALUMÍNIO PELO


PROCESSO MIG

Fig 13 - Estrutura metálica


para guindaste toda em
alumínio soldado pelo
processo MIG

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apoio:

19 - BIBLIOGRAFIA

“Cleaming and Finishing of Aluminium Alloys” Volume 5 – 9 Editions – Metals


Handbook Welding Kaiser aluminium.vol5 9 ed.

“ Welding Kaiser Aluminium”


A tabela pág. 77 mostra os cuidados para limpeza local e total; as instruções não diferem
do Metals Handbook exemplos pág. 79.

“Coletânea de normas de alumínio” - Associação Brasileira de Normas Técnicas -


ABNT, 2º edição, 1986, Brasil, 340 pag.
“Annual Book of ASTM Standarts” - Parte 7, Die - Cast Metals; Aluminium and
Magnesium Alloys - American Society For Testing Material -ASTM, Estados Unidos, 1000
pag.

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