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Usiminas

Usiminas (Usinas Siderurgicas de Minas Gerais S.A) é uma empresa do


setor siderúrgico líder na produção e comercialização de aços planos laminados a frio e a
quente, bobinas, placas e revestidos, destinados principalmente aos setores de bens de
capital e de bens de consumo da linha branca, além da indústria automotiva. Foi fundada
em 25 de abril de 1956 em Coronel Fabriciano, no que viria a ser o Vale do Aço, Minas
Gerais. Sua constituição societária e legal foi elaborada nessa data por Gabriel Andrade
Janot Pacheco e seu primeiro presidente foi o engenheiro Amaro Lanari Júnior.
Em 1964 Ipatinga, a 220 km de Belo Horizonte, se emancipa de Coronel Fabriciano e a
Usiminas passa a estar neste novo município. Sua sede administrativa encontra-se em
Belo horizonte, em frente à Universidade Federal de Minas Gerais e ao lado do BH-TEC. O
Sistema Usiminas destaca-se como o maior complexo siderúrgico de aços planos da
América Latina e um dos 20 maiores do mundo. A Usiminas é a líder do Sistema, formado
por empresas que atuam em siderurgia e em negócios onde o aço tem importância
estratégica. Atualmente designa um pool de diversas empresas, estando empenhada com
a transparência no relacionamento com o mercado de capitais.

Na década de 50, um grupo de idealizadores conscientes de que a indústria siderúrgica


seria essencial para o país e para o mundo, articulou um importante movimento para
viabilizar a implantação da primeira grande usina de siderurgia de Minas Gerais.
Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. (USIMINAS) é uma das maiores siderúrgicas do
Brasil, fundada em 25 de abril de 1956, em um cenário brasileiro de euforia e otimismo
gerados pelo Plano de Desenvolvimento do governo Juscelino Kubitschek, no Horto de
Nossa Senhora, atual Ipatinga.
Originalmente criada como uma empresa estatal com o apoio do capital e da tecnologia
japonesa foi inaugurada em 1962 no então distrito de Ipatinga, que na época pertencia ao
município de Coronel Fabriciano.
Em 1958, a Usiminas tornou-se uma joint venture, com a participação de capital estatal em
parceria com acionistas japoneses, permitindo um novo estilo de gestão compartilhada -
nos moldes da iniciativa privada. Com o aporte de capitais do Governo de Minas Gerais,
do Governo Federal e do Japão, significou, na época, a realização do ideal mineiro e, ao
mesmo tempo, foi ao encontro do desejo e da necessidade do Japão de demonstrar a
presença e a marca de sua tecnologia no mundo ocidental.
No dia 26 de outubro de 1962, João Goulart inaugurou a Usina Intendente Câmara. Com
uma tocha trazida de Ouro Preto simbolizando os inconfidentes mineiros, o Presidente da
República acendeu o primeiro alto-forno da usina.
Algumas horas depois, iniciava-se a primeira corrida de gusa, ou seja, a primeira produção
industrial da Usiminas. Dessa forma, foi dada a largada ao funcionamento de uma série de
novas etapas e novas inaugurações
Havia recém-chegado de todo o país e do exterior, principalmente de japoneses para
trabalharem na Usiminas, hoje dotada de grandes recursos humanos, tecnológicos e
financeiros. Todavia, naquela época, a empresa possuía pouca estrutura e as condições
humanas de trabalho eram precaríssimas. No decorrer do ano, 1963, a usina estava em
formação e contratava várias pessoas para o seu crescimento. Mas os empregados
contratados, em sua grande maioria, não eram dotados de experiência no ramo
siderúrgico e não entendiam muito do assunto. Eram apenas mandados a fazer.
Os acidentes de trabalho eram trágicos e freqüentes, em sua maioria, vistos com
naturalidade e frieza, podendo até serem comparados com as primeiras fábricas da I
Revolução Industrial. Não havia adequada estrutura de prevenção a acidentes e primeiros
socorros. A desqualificação profissional não era considerada, e o que importava à direção
eram números de pessoas e as tarefas concluídas. As condições de trabalho, de
alimentação, de moradia dos operários eram sub- humanas. Os alojamentos, refeitórios
eram superlotados e de péssima qualidade.
Os canteiros de obras eram rodeados de caixotes, onde se vendiam todo tipo de
quinquilharias e até bebidas alcoólicas.Brigas eram constantes entre os trabalhadores,
muitas vezes levando-os à morte, sem quase nenhum conhecimento e importância por
parte das autoridades e da maioria dos que ali lutavam. O centro de Ipatinga e os canteiros
de obras da Usiminas se misturavam com o borbulhar de gente, a precária infra-estrutura
na usina, a falta de assistência das autoridades em geral, levando os operários a
exaustão.
Tudo isso gerava ideias de revolta, de greve, o que fugia completamente ao controle das
empresas que os contratavam. Estas, em 7 de outubro de 1963 lançaram mão da
autoridade policial e indiscriminadamente fizeram uso das metralhadoras e o caos
mortífero se instalou no episódio que ficou conhecido como o Massacre de Ipatinga.
Muitos dos que se safaram da morte, se esconderam em manilhas, buracos de obras,
vagões das máquinas e nas florestas que rodeavam os canteiros das obras. O terror
permaneceu por vários dias, pela falta de informações e medo. Até hoje há muita
desinformação sobre os que desapareceram pela morte ou pela fuga.

Cenibra
A Celulose Nipo-Brasileira S/A, mais conhecida por Cenibra, é uma indústria produtora
de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto situada no município brasileiro de Belo
Oriente, no interior do estado de Minas Gerais.
A Cenibra foi fundada no dia 13 de setembro de 1973. Ela foi formada da união da
Companhia Vale do Rio Doce (atual Vale) Japan Brazil Paper and Pulp Resources
Development CO (JBP). Em julho de 2001, com a decisão da CVRD de se desfazer de sua
participação em empresas de base florestal, a JBP passou a ser detentora do controle
acionário total da CENIBRA. A JBP é um grupo de empresas japonesas, de larga
experiência no relacionamento com o Brasil. A Cenibra possui terras em 54 municípios de
Minas Gerais. A Empresa maneja uma área de 254 mil hectares, sendo 52% de plantio de
eucalipto; 41% de área de Preservação Permanente, Reserva Legal e Floresta Nativa; e o
restante em áreas destinadas para infraestrutura e outros.[1]
A produção anual é de aproximadamente 1,2 milhão de toneladas de celulose. Deste total,
mais de 90% é direcionado ao mercado externo, atendendo principalmente o Japão,
Estados Unidos e países da Europa, América Latina e Ásia.[2]
*Certificações:
ISO 9001 / ISO 14001 / ISO IEC 17025 / CERFLOR / PEFC / FSC[3]
*Reintrodução de Aves Silvestres Ameaçadas de Extinção: o Projeto Mutum[4]

Plantio de eucalipto na região de Ipaba - MG

O Projeto é realizado pela Cenibra desde 1990, na Reserva Particular do Patrimônio


Natural (RPPN) Fazenda Macedônia (Ipaba-MG)[5], por meio de um acordo de cooperação
técnica e científica entre a empresa e a Sociedade de Pesquisa do Manejo e da
Reprodução da Fauna Silvestre (Crax), uma entidade não governamental sediada em
Contagem (MG).[6] A iniciativa possibilitou a soltura de espécies mutum-do-sudeste (Crax
blumembachii), macuco (Tinamus solitarius), capoeira (Odontophorus capueira), jaó
(Crypturellus n. noctivagus), inhambuaçú (Crypturellus obsoletus), jacuaçú (Penelope
obscura bronzina) e jacutinga (Aburria jacutinga). As espécies reintroduzidas são
monitoradas na área de soltura e arredores, de modo a coletar dados de adaptação,
dispersão, reprodução, predação e quantificação de indivíduos.
Localizada na margem direita do rio Doce, no município de Ipaba, região leste de Minas
Gerais, a RPPN Fazenda Macedônia tem uma área total aproximada de três mil hectares,
dos quais cerca de 50% estão cobertos com vegetação nativa. A área de florestas nativas
da Fazenda Macedônia é um dos principais remanescentes de Mata Atlântica no estado, e
560 hectares são reconhecidos pelo Ibama como Reserva Particular do Patrimônio Natural
(RPPN), por meio da Portaria nº 111, de 14 de outubro de 1994.[7]
*Preservação
A empresa preserva uma área de mais de 103 mil hectares de mata nativa, tendo
identificado e protegido 4500 nascentes. Até o momento, 371 espécies de aves e 41 de
mamíferos de médio e grande porte foram identificadas nas áreas da Cenibra. Desses
totais, 25 espécies de aves e 12 de mamíferos constam em listas oficiais de espécies
ameaçadas de extinção.[8]
*Investimento Social
O investimento social corporativo da Cenibra integra o plano de negócios da empresa de
forma determinante, para garantir o desenvolvimento sustentável[9]. O Instituto Cenibra,
braço social da empresa, possui 50 projetos socioambientais, que contemplam as áreas de
educação, meio ambiente, inclusão digital, geração de trabalho e renda, resgate cultural,
esporte e cidadania[10].

Aperam

A Aperam South America, antiga Acesita e, posteriormente, ArcelorMittal Inox Brasil,


é uma empresa siderúrgica brasileira, parte do grupo Aperam. Tem escritórios
no município de Belo Horizonte e sua usina está localizada em Timóteo, no interior do
estado de Minas Gerais. Foi fundada em 31 de outubro de 1944 e é a única produtora
integrada de aços planos inoxidáveis e siliciosos da América Latina, detendo alta
tecnologia na produção de aços carbono especiais de alta liga.[1]

A demanda por aços especiais que acompanhava o contexto histórico da época,


entrelaçado à decorrência da Segunda Guerra Mundial, levou à fundação da Companhia
Aços Especiais de Itabira (Acesita) em 31 de outubro de 1944, como resultado de estudos
da Itabira Iron feitos sob liderança do norte-americano Percival Farquhar na década de
1920. Itabira fora originalmente definida para receber o complexo, o que não foi possível
devido ao relevo acidentado do município. O local escolhido, no então distrito de Timóteo,
pertencente a Antônio Dias, era ocupado até então pela Fazenda Dona Angelina, de
propriedade de Raimundo Alves de Carvalho, tendo sido adquirida pela Acesita em 1945.
As obras foram financiadas pelo Banco do Brasil e o principal acesso dos operários
incumbidos da construção até a região era por meio da Estrada de Ferro Vitória a
Minas (EFVM), que mais tarde passou a servir como forma de escoamento da produção.[2][3]
Durante a década de 1940, a empresa foi a responsável pela construção de diversos
conjuntos residenciais destinados a servir como abrigo aos funcionários, que mais tarde
deram origem a bairros como Quitandinha (o mais antigo), Bromélias, Funcionários, Vila
dos Técnicos e Olaria.[3] Além de escolas, também foram construídas quadras esportivas e
clubes, onde passaram a ser organizados torneios esportivos, bailes e apresentações de
teatro.[3] Em 27 de dezembro de 1948, com a emancipação de Coronel Fabriciano, a área
do complexo industrial passa a pertencer a este município. Em 1964, Timóteo se emancipa
de Coronel Fabriciano e a empresa passa a estar em seu território, alterando sua sede
mais tarde para Belo Horizonte.[4] A responsabilidade dos bens prestados à população foi
transferida à prefeitura de Timóteo em 1969.[3] A implantação da Acesita marcava o início
da vocação siderúrgica da região que mais tarde passaria a ser conhecida como Vale do
Aço, vindo a receber a Usiminas em 1956, no então distrito fabricianense de Ipatinga,
também emancipado em 1964.[5]
A Acesita tinha como objetivo a autossuficiência em matéria prima e, para isso, foram
adquiridas jazidas de minério de ferro em Itabira e houve a abertura de estradas ligando a
usina aos centros fornecedores de carvão vegetal.[6] Também foram construídas usinas
hidrelétricas. A UHE Sá Carvalho entrou em operação em 1951[7][8] e a UHE Guilman-
Amorim foi inaugurada em 17 de outubro de 1999, fornecendo energia elétrica também às
usinas da ArcelorMittal Aços Longos (em João Monlevade) e Samarco
Mineração (em Mariana).[9] Na década de 1970, foi criada a Acesita Energética (mais tarde
Aperam Bioenergia), com objetivo de produzir carvão vegetal para suprir às necessidades
da usina. Ao final da década de 1980, dispunha de 75 200 hectares em 12 municípios do
leste de Minas Gerais, além de mais 156 786 hectares em quatro municípios do Vale do
Jequitinhonha e 20 556 hectares entre o Espírito Santo e a Bahia.[10]
Em 23 de outubro de 1992, foi assinada a privatização da empresa, que passava por um
processo de modernização de sua mão de obra, como parte do plano de privatizações do
então presidente Fernando Collor de Mello. Houve uma redução de despesa com pessoal
e cargos, no entanto o número de demissões dificultava a absorção do efetivo demitido
pela economia local, mesmo que as destituições tenham ocorrido gradualmente até 1994.
[10]
 Em 2007, a empresa foi adquirida pelo grupo ArcelorMittal, sendo seu nome modificado
para ArcelorMittal Timóteo.[11] Em janeiro de 2011, passa a fazer parte do grupo Aperam,
havendo uma nova mudança de nome, para Aperam South America.[12] Apesar das
mudanças, uma parte considerável da população timotense continua a se referir à usina,
bem como a todo o Centro-Norte de Timóteo (bairros próximos ao complexo), como
"Acesita", dada a grande influência histórica da empresa nessa região. Uma confusão
comum a forasteiros é a impressão de que Timóteo e "Acesita" são nomes de duas
cidades diferentes.[11]

Atividades[editar | editar código-fonte]
A empresa é a única produtora integrada de aços
planos inoxidáveis e siliciosos da América Latina, com desempenho que a destaca entre
os grandes produtores mundiais do setor. Além disso, detém alta tecnologia na produção
de aços carbono especiais de alta liga.[13] Em dezembro de 2014, contava com cerca de
2 400 empregados diretos e tinha capacidade instalada de aproximadamente 900 mil
toneladas de aço líquido[1] e seu conselho administrativo era composto por Philippe
Darmayan, Julien Jean Maurice François Onillon e Timoteo Di Maulo.[14]
Sua usina está situada no município de Timóteo, tendo escritórios em Belo Horizonte e
unidades de distribuição, fabricação e distribuição nas cidades de São Paulo, Caxias do
Sul, Campinas, Sumaré e Ribeirão Pires. A Aperam Bioenergia é a encarregada da
produção de carvão vegetal para uso siderúrgico, a partir de florestas de eucalipto, com
principal área de atuação no vale do Jequitinhonha.[1]

Atuação social[editar | editar código-fonte]


Sede da Fundação Aperam-Acesita.

A Fundação Aperam-Acesita é uma instituição privada, sem fins lucrativos, voltada para o
desenvolvimento populacional nas áreas de influência da Aperam South America.
Instituída em junho de 1994 pela empresa, atua em parceria com órgãos públicos,
instituições nacionais e internacionais, através de programas próprios ou patrocinando
projetos aprovados em leis municipais, estaduais e federais.[15] Tem uma abrangência
regional e leva à população uma programação diversificada, tais como oficinas,
espetáculos e apresentações teatrais e musicais.[16]
Através do Oikós, a empresa também desenvolve programas de conservação e educação
ambiental voltados para a população da Região Metropolitana do Vale do Aço. As
atividades são desenvolvidas em uma reserva florestal mantida pela Aperam, localizada no
perímetro urbano do município de Timóteo, com 989 hectares de mata, vizinha da maior
área de Mata Atlântica do estado, o Parque Estadual do Rio Doce (PERD). Criada em 5 de
junho de 1993, a reserva também abriga um Centro de Educação Ambiental, onde são
desenvolvidos projetos visando à conscientização ecológica. O Programa Gestão de Áreas
Verdes abrange 2 504 hectares de áreas não-urbanizadas em Timóteo, sendo incorporado
ao escopo das atividades do Oikós em 2008.[17]

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