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Jornadas de Trabalho

Conhecer, Colaborar e Agir

Apoio Tutorial Específico (ATE)

Ana Cristina Martins e Madalena Soczka


Agrupamento de Escolas de Miguel Torga
Enquadramento
DL 55/2018

DL 54/2018 PNSE

Tutorias
Despacho
Normativo Evidência
n.º 10- Científica
B/2018

Orientações
2020/2021
O PAPEL DA EMAEI
• O papel ABRANGENTE com foco na operacionalização das mais
variadas respostas promotoras na inclusão;

• De entre estas respostas, as tutorias assumem particular destaque


e pertinência;

• Será essencial que cada equipa se assuma enquanto força motriz


para todo o processo de definição deste tipo de apoios, na gestão e
distribuição dos recursos do CAA e articulação os diferentes agentes
educativos com competência para a sua implementação.
Enquadramento
• Despacho Normativo n. º 4-A/2016 (artigo 12º - Apoio Tutorial Específico))
• Despacho Normativo n.º 10-B/2018 /artigo 12º - Apoio Tutorial Específico)
• ‘Orientações para a Organização do Ano Letivo 2020/21’, da DGEsTE (alínea 6 do cap. V – Promoção ,
Acompanhamento, Consolidação e Recuperação das Aprendizagens)

 Para além do crédito horário, é disponibilizado às escolas um crédito horário adicional a fim de
ser prestado um apoio tutorial específico aos alunos do 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico que ao
longo do seu percurso escolar acumulem duas ou mais retenções.
 O âmbito foi alargado aos alunos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário
que não transitaram no ano letivo 2019/2020.
 Cada professor tutor acompanha um grupo de 10 alunos (número inferior carece da
autorização do Ministério da Educação, número superior tem de ser autorizado pelo conselho
pedagógico).
 Para o acompanhamento do grupo de alunos referido no número anterior, são atribuídas ao
professor tutor quatro horas semanais da componente letiva.
Tutoria Escolar
“uma relação de apoio e orientação entre um adulto (professor) e um jovem
(aluno), desenvolvida durante um período alargado de tempo (no mínimo um
ano, mas preferencialmente durante um dado ciclo de estudos), que visa não
só o acompanhamento escolar do jovem, mas também o seu
desenvolvimento individual e a realização do seu potencial. Esta relação
deve desenvolver-se de forma

co-responsável e co-construída, i.e., partilhada e tecida

por ambos os elementos da díade”

(Alarcão & Simões, 2008, caderno 1, p. 15).


O ATE visa:

Levar os alunos a definir ativamente objetivos, decidir sobre

estratégias apropriadas, planear o seu tempo, organizar e


priorizar materiais e informação, mudar de abordagem de forma flexível,

monitorizar a sua própria aprendizagem e fazer os

ajustes necessários em novas situações de aprendizagem (Butler & Winne, 1995;


Meltzer, 2007; Puustinen & Pulkkinen, 2001; Winne, 1995; Zimmerman, 1989, 2000).
Pressupostos
A tutoria em meio escolar pode constituir-se como um fator importante para a autorregulação
das aprendizagens, incrementando, desse modo, o bem-estar e a adaptação às expectativas académicas e
sociais, sendo uma medida de proximidade com os alunos.

Concretiza-se num espaço onde:

- o tutorando, com a ajuda do tutor, reflete sobre os seus comportamentos até ao momento,
sobre os motivos desses comportamentos e as suas consequências a curto e a longo prazo;

- o tutorando define objetivos para o seu percurso escolar;

- o tutorando é, constantemente, ajudado a refletir e a modificar o comportamento em função dos


dados da avaliação realizada em cada momento;
Pressupostos
A tutoria em meio escolar pode constituir-se como um fator importante para a autorregulação
das aprendizagens, incrementando, desse modo, o bem-estar e a adaptação às expectativas académicas e
sociais, sendo uma medida de proximidade com os alunos.

Concretiza-se num espaço onde:

- há lugar à construção de percursos individuais de mudança com vista à melhoria pessoal;

- se observa acolhimento e compreensão das dificuldades do tutorando, mas também de confrontação sobre os

comportamentos realizados para conseguir mudanças;

- o tutorando avalia a eficácia dos seus objetivos (i.e., em que medida o esforço e o empenho nos
comportamentos está a contribuir para alcançar os objetivos).
Tutores (funções):

Despacho Normativo n.º 10-B/2018


a) Reunir nas horas atribuídas com os alunos que acompanha;
b) Acompanhar e apoiar o processo educativo de cada aluno do
grupo tutorial;
c) Facilitar a integração do aluno na turma e na escola;
d) Apoiar o aluno no processo de aprendizagem, nomeadamente na
criação de hábitos de estudo e de rotinas de trabalho;
e) Proporcionar ao aluno uma orientação educativa adequada a nível
pessoal, escolar e profissional, de acordo com as aptidões ,
necessidades e interesses que manifeste;
f) Promover um ambiente de aprendizagem que permita o
desenvolvimento de competências pessoais e sociais;
g) Envolver a família no processo educativo do aluno;
h) Reunir com os docentes do conselho de turma para analisar as
dificuldades e os planos de trabalho destes alunos.
Modalidades de Tutoria
• 1) tutoria individual pode ser definida como uma relação de natureza
dual, envolvendo tutor e tutorando, que se caracteriza por:
– a) estar predominantemente centrada no desenvolvimento
positivo do jovem e nas suas necessidades;
– b) estar imbuída de um cariz instrumental, isto é, ser movida por
um objetivo ou conjunto de objetivos claros, centrados na
aprendizagem;
– c) favorecer a autonomia do jovem e, consequentemente, a sua
responsabilidade.
Modalidades de Tutoria
• 2) tutoria em grupo pode ser definida como o envolvimento de um grupo de
tutorandos (seja ele uma turma ou um grupo constituído no seio de um programa
de tutoria escolar) numa relação colaborativa alargada, envolvendo um ou mais
professores-tutores, no intuito de cumprir com as funções gerais da tutoria.

• Considera-se que a tutoria em grupo é passível de cumprir com as funções gerais da tutoria, em
aspetos específicos como:
– a) apoio ao desenvolvimento de uma dinâmica de grupo-turma (suporte socioemocional);
– b) mobilização dos alunos para projetos de carácter transversal, devidamente articulados com
o restante conselho de turma (apoio instrumental);
– c) promoção da identificação do grupo de alunos com a comunidade escolar (promoção da
autodeterminação dos tutorandos).
Funções da Tutoria
• Promoção da
Apoio socioemocional Instrumentalidade
• autodeterminação

compensar relacionalmente caráter pedagógico, enquanto consiste no modo como o


jovens que veículo promotor de adulto, e em particular o
tenham experimentado competências, sejam elas tutor, tenta promover a
diversos tipos de pessoais, sociais ou técnicas autonomia do
dificuldades ou perdas na jovem de forma prevista e
relação com as organizada
figuras parentais ou que
tenham sido expostos a
elevados níveis de
adversidade
|
fator de proteção do
desenvolvimento juvenil
Projeto
O Papel do Psicólogo Escolar
Na Escola Nas Tutorias
 Desenvolvimento de um clima  Apoio ao desenho do projeto;
relacional de trabalho positivo que  Prestar suporte técnico e
promova o desenvolvimento global metodológico aos intervenientes no
harmonioso das crianças e jovens. programa;
 A sua ação especializada no trabalho  Participação na monitorização e
das equipas educativas contribui para avaliação;
que os alunos possam desenvolver  Colaborar na articulação com a família
atitudes positivas face à aprendizagem, e com as instâncias da comunidade;
condição base para o sucesso  Prestar apoio psicopedagógico a
educativo e para a construção de uma alunos;
escola inclusiva, promotora de  Colaborar na formação dos tutores;
melhores aprendizagens para todos os  Colaborar na elaboração do relatório
alunos. anual.
PATE – Programa de Apoio Tutorial Específico

Critérios de seleção:

Alunos elegíveis:
• a frequentar o 2º ou 3º ciclo do ensino básico ou o ensino
secundário;
• 2 ou mais retenções no ensino básico;
• retenção no final do ano letivo 2019-20, no ensino básico ou no
ensino secundário.
PATE – Programa de Apoio Tutorial Específico

Critérios de seleção:

Tutores (perfil):
• empáticos;
• com gosto em ajudar;
• disponíveis;
• muito resilientes!
PATE – Programa de Apoio Tutorial Específico

Planeamento (final do ano letivo anterior):

• análise da situação dos alunos já abrangidos pelo PATE;


• levantamento dos novos alunos elegíveis;
• levantamento do número de tutores necessários;
• definição da equipa do PATE (informação dada ao conselho pedagógico);
• distribuição dos alunos pelas turmas e pelos tutores (em articulação com a
equipa de turmas);
• conciliação dos horários dos tutores com os horários da turmas dos seus
tutorandos (coordenação da equipa de horários).
PATE – Programa de Apoio Tutorial Específico

Acolhimento (início do ano letivo):

• informação do PATE aos diretores de turma;


• informação do apoio aos alunos;
• informação do apoio aos encarregados de educação.
PATE – Programa de Apoio Tutorial Específico
Tutoria
2020/2021

Os alunos com constragimentos no


seu percurso escolar têm um apoio
tutorial específico, de modo a alterar
a situação e desenvolver as suas
competências.

(Orientações para a organiz. do


ano letivo 2020/21, DEGEsT).

*PATE (Programa de Apoio Tutorial Específico)


PATE – Programa de Apoio Tutorial Específico

Apoio (ao longo do ano letivo):

• sessões semanais de acompanhamento: conhecer o aluno, motivações,


dificuldades, necessidades; promover o seu autoconhecimento, ajudá-lo a
definir metas e formas de as alcançar, bem como a desenvolver estratégias
de superação de dificuldades, sempre com o objetivo de o tornar
autónomo e com capacidade de autorregulação;
• reuniões periódicas da equipa do PATE, para preparação do ano letivo e
balanço do trabalho que está a ser realizado;
• participação nos conselhos de turma, quando necessário;
• articulação com outras estruturas da comunidade escolar, direção,
conselho pedagógico, conselho de turma; SPO, EMAEI, CPCJ, EMAT, saúde
escolar.
PATE – Programa de Apoio Tutorial Específico

Balanço (final do ano letivo):

• elaboração do relatório final, com reflexão sobre o trabalho

desenvolvido e proposta de pontos a melhorar;

• proposta dos alunos que devem continuar a ser abrangidos pelo

PATE;

• proposta, junto da direção e do conselho pedagógico, das

melhorias a realizar.
Referências Bibliográficas
Alarcão, M., & Simões, F. (2008). TUTAL—metodologia de intervenção com alunos e alunas promovida por
professores tutores. Oliveira de Azeméis: Papel de Carta.

Butler, D. L., & Winne, P. H. (1995). Feedback and self-regulated learning: A theoretical synthesis. Review of
Educational Research, 65(3), 245-274.

Melzer, L. (Ed.). (2007). Executive function in education: From theory to practice. New York, NY: Guilford Press.

Puustininen, M., & Pulkkinen, L. (2001). Models of self-regulated learning; A review. Scandinavian Journal of
Educational Research, 45, 269-286.

Winne, P. H. (1995). Self-regulation is ubiquitous but its forms vary with knowledge. Educational
Psychologist, 30(4), 223-228.

Zimmerman, B. J. (1989). A social cognitive view of self-regulated academic learning. Journal of


Educational Psychology, 81, 329–339.

Zimmerman, B. J. (2000). Attaining self-regulation: A social cognitive perspective. In M. Boekaerts, P. R.


Pintrich, & M. Zeidner (Eds.), Handbook of self-regulation (pp. 13- 39). San Diego: Academic Press.
Trabalho de Grupo
Questões e elementos de Reflexão
Tutorias
 2 horas de trabalho de grupo (salas separadas)
 1 Dinamizador e 1 Relator por grupo
 No final das 2 horas voltamos todos à sala principal para a apresentação e
reflexão dos trabalhos (apresentação realizada pelo relator)

Grupos 1 e 2 Grupos 3 e 4

• Perfil dos Tutores; • Estratégias de divulgação e


• Estratégias de articulação e sensibilização junto da
importância da monitorização comunidade educativa;
(exemplo: papel da EMAEI, do • Constrangimentos e soluções na
Conselho Pedagógico e do SPO). implementação do projeto.
Obrigada
Ana Cristina Martins –
acristinamartins@mtorga.edu.pt

Madalena Soczka –
madalena.soczka@gmail.com

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