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Madagáscar

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Madagáscar (português europeu) ou Madagascar (português brasileiro),


oficialmente República de Madagáscar[6]/Madagascar[7] (malgaxe: République de Madagascar
Repoblikan'i Madagasikara; francês: République de Madagascar), (francês)
anteriormente conhecida como República Malgaxe, é um país insular no Repoblikan'i Madagasikara
Oceano Índico, que ocupa a maior ilha do continente africano, situada (malgaxe)
ao largo da costa sudeste da África. República de Madagáscar /
Ademais da ilha de Madagascar (a maior ilha da África e a quarta maior Madagascar
do mundo), o país compreende um numeroso conjunto de ilhas
periféricas menores. Após o desmembramento pré-histórico do
supercontinente Gondwana, Madagascar se separou da Índia cerca de
88 milhões de anos atrás, permitindo que plantas e animais nativos
evoluíssem em relativo isolamento. Consequentemente, Madagascar é
um hotspot de biodiversidade; mais de 90 por cento de sua vida Bandeira Brasão de armas
selvagem não é encontrada em nenhum outro lugar na Terra. Diversos
ecossistemas da ilha estão ameaçados pelo avanço do rápido Lema: "Tanindrazana, Fahafahana,
crescimento da população humana, bem como pelo recém-descoberto Fandrosoana " ("Pátria, Liberdade,
sapo-cururu que, segundo os pesquisadores, "poderia causar estragos na Progresso")
biodiversidade única de Madagascar".[8]
Hino nacional: "Ry Tanindrazanay malala ô!"
O assentamento humano inicial de Madagascar ocorreu entre 350 a.C. e ("Ó Nossa Pátria Amada!")
550 d.C. por povos austronésios que chegaram em canoas de Bornéu. A 0:00 MENU
estes juntaram-se, em torno de 1000 d.C., imigrantes bantos que
cruzaram o Canal de Moçambique. Outros grupos continuaram a se Gentílico: madagascarense, malgaxe[1]
estabelecer em Madagascar ao longo do tempo, cada um fazendo
contribuições duradouras para a vida cultural malgaxe. O grupo étnico
malgaxe é frequentemente dividido em dezoito ou mais subgrupos dos
quais o maior é o merina do planalto central.

Até o final do século XVIII, a ilha de Madagascar foi governada por uma
variedade fragmentada de alianças sociopolíticas. A partir do início do
século XIX, a maior parte da ilha foi unida e governada como Reino de
Madagascar por uma série de nobres de Merina. A monarquia entrou
em colapso em 1897, quando a ilha foi absorvida pelo império colonial
francês, do qual a ilha se tornou independente em 1960. O estado
autônomo de Madagascar desde então passou por quatro grandes
períodos constitucionais, denominados repúblicas. Desde 1992, o país
foi oficialmente governado como uma democracia constitucional a partir
de sua capital em Antananarivo. No entanto, em um levante popular em
2009, o último presidente eleito Marc Ravalomanana foi demitido e o
poder presidencial foi transferido em março de 2009 para Andry
Rajoelina, em um movimento amplamente visto pela comunidade Capital Antananarivo
internacional como um golpe de Estado. 18° 55' S 47° 31' E

Em 2012, a população de Madagascar foi estimada em pouco mais de 22 Cidade mais Antananarivo
milhões, 90 por cento dos quais vivem com menos de dois dólares por populosa
dia. Malgaxe e francês são ambas línguas oficiais do Estado. A maioria
da população segue crenças tradicionais, o cristianismo, ou uma fusão Língua oficial Malgaxe, Francês
de ambos. Ecoturismo e agricultura, emparelhados com maiores
investimentos em educação, saúde e iniciativa privada, são elementos- Governo República
chave da estratégia de desenvolvimento de Madagáscar. Sob semipresidencialista
Ravalomanana esses investimentos produziram um crescimento
- Presidente Andry Rajoelina
econômico substancial, mas os benefícios não foram uniformemente
distribuídos a toda a população, produzindo tensões sobre o aumento do - Primeiro- Christian Ntsay
custo de vida e declínio do nível de vida entre os pobres e alguns ministro
segmentos da classe média. - Presidente do Rivo Rakotovao
Senado
Índice Independência da França

Topónimos - Data 26 de junho de 1960

História Área
Primeiros habitantes, penetração europeia e período merina - Total 587 041 km² (44.º)
Portugueses
- Água (%) 0,13
Pirataria e colonialismo
Colonização e independência Fronteira não possui fronteiras
Ditadura militar terrestres; os vizinhos
mais próximos são as
Década de 2000
Seicheles (N),
Década de 2010
Moçambique (W) e
Geografia Comores (NW), além de
Política diversas possessões
francesas na região.
Demografia
Cidades mais populosas População
Línguas - Estimativa
22 434 363 hab. (56.º)
Subdivisões para 2014[2]

Economia - Densidade 30 hab./km² (150.º)

Cultura PIB (base PPC) Estimativa de 2014


Ver também - Total US$ 33,642 bilhões*[3]
Referências - Per capita US$ 1 429[3]
Ligações externas
PIB (nominal) Estimativa de 2014
- Total US$ 11,188 bilhões*[3]
Topónimos - Per capita US$ 475[3]

Madagáscar era o nome que André Filipe Passos Jerónimo deu à ilha IDH (2018) 0,521 (162.º) – baixo[4]
(1502) e deriva do latim medieval: era o nome de uma ilha imaginária da
região por volta de 1500 que identificou a Madagáscar atual. Por sua Gini (2001) 47,5[5]
vez, o nome latino, derivado de "Madeigascar" (também Madagosho,
Madagascar), era o nome de um reino insular africano mencionado por Moeda Ariary (MGA)
Marco Polo em seu livro (século XIII).[9]
Fuso horário (UTC+3)

História - Verão (DST) não observado (UTC+3)

Clima Tropical e semiárido

Primeiros habitantes, penetração europeia e período Org. ONU, UA, SADC,


merina internacionais COMESA, Francofonia

A população que vive em Madagascar resulta da mistura de malaio- Cód. ISO MDG
indonésios que chegaram à ilha no primeiro milênio da era cristã com os
habitantes originários da região entre a África e a Península Arábica. No Cód. Internet .mg
século XII, estabeleceram-se no seu litoral os comerciantes que vieram
da Arábia. Cód. telef. +261

Website http://www.madagascar
Portugueses governamental .gov.mg/ (http://www.m
adagascar.gov.mg/)
O primeiro Ocidental que chegou à ilha foi o português Diogo Dias, em
1500.

Quando o capitão do mar português Diogo Dias avistou a ilha, enquanto


participava na 2ª Armada das Armadas da Índia portuguesa, o Brasil
também foi encontrado pela primeira vez na mesma viagem da 2ª
Armada, comandada por Pedro Álvares Cabral.

Matatana foi o primeiro povoado de portugueses na costa de sul, a 10


km a oeste do Forte Dauphin, aqui em 1508 os colonos construíram uma
torre, uma pequena aldeia e Coluna de pedra (Padrão) este povoado foi
desenhado em 1613 a mando do Vice-Rei da Índia D. Jeronimo de
Azevedo.

Matatana foi representada numa imagem de 1613, de um povoamento


do início do século XVI, no Livro de Humberto Leitão "[10]

Em 1543 o Governador da Índia Portuguesa Martim Afonso de Sousa,


enviou uma armada a Madagáscar, comandada por Diogo Soares, para
encontrar os barcos desaparecidos [11] do irmão do governador, estes
posteriormente regressaram a Goa, sem encontrar a armada
desaparecida. Alguns dos pontos que a armadas tinham para aguada dos
navios, foram nomeados em homenagem ao Capitão Diogo Soares,
posteriormente adulterados para a versão espanhola errada Diego
Suarez.

Os contactos continuaram, sendo que, a partir da década de 50 do


século XVI, várias missões de colonização foram enviadas para
reconhecimento e conversão pelo Rei D. João III de Portugal, ou por
ordem do Vice-Rei da Índia como em 1553 por Baltazar Lobo de
Sousa.[12] Nesta missão de 1553 , voltaram a navegar ao longo da costa,
entrando no interior em alguns rios e baías, trocando mercadorias e
convertendo um dos Reis locais, conforme descrição detalhada dos
cronistas Diogo do Couto e João de Barros.

Pirataria e colonialismo

Nesse mesmo século e no princípio do XVIII, Madagascar foi ponto de


frequência de piratas como John Avery, o capitão Misson e William
Kidd.[13] Primeira colónia de 1508 na costa sul de
Madagascar. Matatana Desenho de 1613
A constituição dos vastos reinos malgaxes foi favorecida pelo comércio
de escravos e armas. O de Merina, que o rei Andrianampoinimerina
(1787-1810) unificou, tornou-se o reino dominante. O filho daquele soberano, Radama I (1810-1828), teve sucesso ao ser
ajudado pelos britânicos, que administravam as ilhas Maurícias, e controlou ele mesmo a maioria do território insular de
Madagascar. No início da década de 1860, Radama II abriu o reino aos europeus e em especial a uma companhia
comercial com sede na França, a quem tratou privilegiadamente. Em 1868, o controlo do litoral noroeste foi cedido pelo
reino de Merina aos franceses.[13]

Colonização e independência

Em 1890, o Reino Unido reconheceu o protetorado francês de Madagascar mas o domínio colonial não se efetivou até
1895, ano em que a França teve sucesso na derrota do exército que defendia o reino de Merina. O primeiro governador
francês, general Joseph-Simon Gallieni, foi responsável pela abolição da escravatura e em 1897 responsável pela
expulsão da rainha Ranavalona III para a ilha de Reunião. Após a Segunda Guerra Mundial, a ilha de Madagascar foi
elevada à categoria de território ultramarino da França, sendo bem representada no parlamento da metrópole. Em 1958
adquiriu a sua autonomia dentro da Comunidade Francesa e dois anos depois, em 26 de junho de 1960, foi declarada a
sua independência com o nome de República Malgaxe. Na década de 1970, as relações com a França deterioraram-se e os
malgaxes se revoltaram contra os imigrantes vindos das ilhas Comores. A maioria dos imigrantes morreu e os que
sobreviveram foram expulsos.[13]

Ditadura militar

Em 1975 foi instituída a segunda república e publicou-se o Estatuto da Revolução Socialista Malgaxe, a que os malgaxes
chamam Livreto Vermelho. No final do ano, os malgaxes elegeram como presidente Didier Ratsiraka, que ficou no poder
por mais de 15 anos. Em 1982, depois de várias crises nacionais, foram afastados os ministros que eram contra a causa
socialista e destituído de seus cargos o líder da oposição, Monja Jaona. Sucederam-se vários primeiros-ministros, houve
frequentes conflitos e, no período entre 1989 e 1990, Ratsiraka, presidente pela terceira vez, foi responsável pela
nomeação de ministros de oposição e pela promoção de reformas políticas de restabelecimento do pluripartidarismo.
Nos termos da Constituição de 1992, foi proibida a sua reeleição. Foram realizadas eleições presidenciais, que o
oposicionista Albert Zafy venceu. Como a justiça acusou o presidente recém-eleito de desrespeito à Constituição, Zafy
demitiu-se da presidência em 1996. As eleições daquele ano foi ganhas por Ratsiraka. Em 1998, após um referendo
popular realizaram-se modificações na Constituição, sendo o país transformado numa federação.[13]
Década de 2000

Nas eleições presidenciais de 2001 houve uma tentativa de Ratsiraka de forjar o resultado a seu favor. Depois da
violência ocorrida nos protestos, Ratsiraka fugiu do país. O candidato oposicionista Marc Ravalomanana declarou-se
eleito. Os malgaxes elegeram Ravalomanana no ano seguinte. Em abril de 2007, um referendo resultou na ampliação do
poder presidencial e na anulação da autonomia das províncias. Ravalomanana foi responsável pela antecipação das
eleições legislativas para setembro − o seu partido Eu Amo Madagascar (TIM) obteve 105 assentos.[13]

Nos primeiros dias de 2009, Ravalomanana entrou em confronto com o prefeito de Antananarivo e milionário das
comunicações, Andry Rajoelina, e decretou o encerramento de sua emissora de televisão. Rajoelina acedeu à vontade da
população, que não concordava com o fato de os alimentos estarem muito caros e de Ravalomana ter decidido o
arrendamento das terras cultiváveis da ilha a um grupo empresarial com sede na Coreia do Sul, sem beneficiar
diretamente o país. Rajoelina liderou uma onda de protestos que provocou a morte de dezenas de pessoas. O exército
deu-lhe apoio, obrigando Ravalomanana a renunciar à força. Rajoelina tomou posse da presidência e dissolveu o
parlamento.[13]

Como as grandes potências capitalistas revoltaram-se com o golpe, a ajuda a Madagascar foi cortada pelos Estados
Unidos e a União Europeia. A União Africana (UA) determinou a exclusão do país do bloco, fazendo com que
Madagascar ficasse cada vez mais isolado diplomaticamente.[13]

Em novembro de 2010, o índice de aprovação da nova Constituição pelos eleitores era de 74%, o que significou a garantia
do cargo a Rajoelina até à eleição de um novo presidente e de um parlamento de transição.[13]

Década de 2010

Em setembro de 2011, a Comunidade para o Desenvolvimento do Sul da África (SADC) serviu como mediadora das
eleições presidenciais realizadas no prazo de um ano. Como parte do que foi acertado, seria possível que Ravalomanana
voltasse do exílio na África do Sul. Mas Rajoelina não deixou que Ravalomanana retornasse em janeiro de 2012.[13]

Em fevereiro e em março de 2012, dois ciclones provocaram a morte de 100 pessoas e houve 300 mil desabrigados no
leste da ilha.[14][15]

Em julho, Rajoelina e Ravalomanana reuniram-se nas Seicheles com o presidente da África do Sul Jacob Zuma, servindo
este último como mediador. No mês seguinte, o governo anunciou a realização de eleições para os poderes executivo e
legislativo em maio de 2013.[13]

Em janeiro de 2013, Rajoelina e Ravalomanana entraram em acordo para evitar a concorrência à Presidência de
Madagascar. Na eleição de dezembro, o candidato Hery Rajaonarimampianina, sob indicação de Rajoelina, foi eleito por
53,5% da maioria absoluta dos votos contra 46,5% do seu adversário Jean Louis Robinson, que teve o apoio de
Ravalomanana. O novo presidente Rajaonarimampianina tomou posse em 25 de janeiro de 2014.[13]

Geografia
A República de Madagascar compreende a Ilha do mesmo nome e algumas ilhas próximas.
Está situada ao lado da costa de Moçambique, da qual está separada pelo Canal de
Moçambique. Os vizinhos mais próximos de Madagáscar são a possessão francesa de Mayotte,
a noroeste, a possessão francesa da Reunião, a leste, e as suas dependências Ilhas Gloriosas
(noroeste), Ilha de João da Nova (oeste), Bassas da Índia, Ilha Europa (sudoeste) e Tromelin
(leste), as Comores a noroeste e as Seicheles ao norte.[16]

Geograficamente, é possível dividir Madagascar em três zonas paralelas longitudinais no


sentido norte-sul: o planalto central, a estreita faixa litoral do leste e a zona de mesetas e
planícies do oeste. O planalto central, localizado a uma altitude que varia entre 800 e 1 400
metros acima do nível do mar, cobre mais de 60% da área do país. Essa unidade
geomorfológica é considerada uma elevação íngreme desde a faixa litoral do leste e desce
suavemente acima da amplitude das planícies localizadas a oeste. O ponto mais alto é o pico
Maromokotro, com 2 876 metros de altitude, no maciço Tsaratanana.[16]

Devido à localização geográfica da maior parte da ilha ao norte do Trópico de Capricórnio, o


Imagem de satélite de
clima de Madagascar é tropical. O clima tropical ocorre nas costas noroeste e leste, mas a
Madagáscar.
altitude proporciona mais amenidade ao clima do planalto central. O clima no sul é de aridez
extrema e na costa oeste, de calor e umidade. Os ciclones vindos do Oceano Índico são
causadores de clima chuvoso e de inundações diárias. Os rios que correm na vertente leste são curtos e torrenciais
(Mandrare e Mananara), enquanto os que correm na vertente do oeste têm maior comprimento e volume (Onilahy e
Mangoky).[16]

A vegetação predominante de Madagascar é de savana, porque o homem destruiu parcialmente as matas originais. A
fauna do pouco que resta das florestas é preciosamente singular: Madagascar e as ilhas Comores são os únicos pontos da
Terra onde sobrevivem lêmures, pequenos e belos animais que pertencem à ordem dos primatas. Ainda existem em
Madagascar mais de quarenta espécies de primatas.[16]

Política
Madagáscar é uma república semipresidencialista. O principal partido político do país é a Associação pelo Renascimento
de Madagáscar (Arema). O país segue a Constituição de 1992. Em meados de 2000, foi constituído um senado no país.
Madagáscar tem uma Assembleia Nacional com 150 membros eleitos por voto direto, com mandato de cinco anos.

Demografia
No ano de 2007, Madagáscar tinha uma população estimada em 19 448 000
habitantes. A expectativa de vida é de 62 anos. O número médio de filhos por mulher
é de 5,24 e 68,9% da população é alfabetizada.

A população malgaxe é predominantemente uma mistura de malaio e africano.


Pesquisas recentes sugerem que a ilha era desabitada até à chegada de navegantes
malaios, cerca do primeiro século da nossa era, pelo sul da Índia e da África Oriental,
onde adquiriram esposas e escravos africanos. Migrações subsequentes da Ásia e
Uma menina em uma vila de África consolidaram esta mistura original e surgiram 18 diferentes grupos tribais. Os
Madagáscar. malaios são os traços mais comuns em pessoas que vivem na parte central da ilha, os
"merina" (3 milhões) e "betsileo" (2 milhões). Os habitantes da costa são de origem
africana.

Os maiores grupos costeiros são os betsimisaraka (1,5 milhões) e os grupos tsimihety e sakalava (700 000 pessoas cada
um).

A maioria da população segue práticas religiosas tradicionais, as quais enfatizam as ligações entre a vida e a morte,
acreditando que a morte une os seus antepassados em uma faixa de divindade e que os antepassados estão muito
interessados no destino de seus descendentes vivos. Esta comunhão espiritual é celebrada pelos merinas e pelos betsileos
praticando famadihana ou a "volta dos mortos". Neste ritual, os restos mortais de parentes são retirados do túmulo da
família, embrulhados em mortalhas de seda novas e recolocados no túmulo, na sequência de uma cerimônia festiva em
sua homenagem. A Igreja Católica em Madagascar reúne 38,1% da população.[17]

Cidades mais populosas

Línguas

A língua malgaxe é de origem malaio-polinésia e geralmente é falada em toda a ilha. Os numerosos dialetos de malgaxe,
que geralmente são mutuamente inteligíveis,[18] podem ser agrupados sob um dos dois sub-grupos: malgaxe oriental,
falado ao longo das florestas e montanhas do leste, incluindo o dialeto Merina de Antananarivo; e malgaxe ocidental,
falado ao longo das planícies costeiras ocidentais.[18] O francês tornou-se a língua oficial durante o período colonial,
quando Madagáscar esteve sob a autoridade da França. Na primeira Constituição nacional de 1958, o malgaxe e o francês
foram nomeados as línguas oficiais da República Malgaxe. Madagáscar é um país francófono e o francês é falado como
segunda língua entre a população e usado para a comunicação internacional.

Não há línguas oficiais registradas na Constituição de 1992, embora o malgaxe tenha sido identificado como o idioma
nacional. No entanto, muitas fontes ainda alegam que o malgaxe e o francês são línguas oficiais, o que levou um cidadão
a iniciar um processo judicial contra o Estado em abril de 2000, com o fundamento de que a publicação de documentos
oficiais na língua francesa era inconstitucional. O Tribunal Constitucional observou em sua decisão que, na ausência de
uma lei que trate sobre o tema, o francês ainda tinha o caráter de uma língua oficial.[19] Na Constituição de 2007, o
malgaxe continuou sendo a língua nacional, sendo consideradas como línguas oficiais o malgaxe, o francês e o inglês.[20]
O inglês foi removido como língua oficial a partir da Constituição aprovada pelos eleitores no referendo de novembro de
2010. O resultado do referendo, e as suas consequências para a política oficial e o idioma nacional, não são reconhecidos
pela oposição política ou pela comunidade internacional, que citam a falta de transparência e inclusão na organização da
eleição pela Alta Autoridade de Transição.[21]
Subdivisões
Madagáscar divide-se em seis províncias, subdivididas em 148 departamentos. As províncias têm o
nome da respetiva capital. São:

1. Antananarivo
2. Antsiranana
3. Fianarantsoa
4. Mahajanga
5. Toamasina
6. Toliara

Províncias de
Madagáscar. Economia
A economia de Madagascar assenta essencialmente na
agricultura, na criação de gado e nas pescas. Embora o arroz seja a principal cultura,
é o café que representa a maior fatia ao nível da exploração. Destacam-se outras
culturas, como a da cana-de-açúcar, da mandioca e de frutos como a banana, a maçã,
o ananás ou laranja. Quando à agronomia, saliente-se a dificuldade do governo de
Madagáscar em fomentar a criação de gado bovino para consumo alimentar, em
virtude do carácter religioso que estes animais assumem perante certas camadas da
população. Contudo, é abundante a criação de outros animais como as ovelhas, as
cabras, as galinhas e os porcos.

A indústria mineira está pouco desenvolvida, sobretudo por causa dos escassos
recursos minerais, havendo a destacar, apenas os depósitos de titânio, considerados
os maiores do mundo. Em relação à indústria manufatureira, ela incide sobretudo no
tratamento do arroz, da madeira e do papel.

A moeda usada desde o século XVII era o "ariary", que consistia em 720
"variraiventy", um pedaço de prata equivalente ao peso de um grão de arroz. O Antananarivo, capital e principal
sistema "ariary" não é decimal e é dividido em 5 "iraimbilaja", o qual significa "um centro financeiro do país.
peso de ferro", na língua malgaxe é um quinto do "ariary".[carece de fontes?]

Cultura
Festas e feriados
Data Nome em português Nome local Notas
1 de janeiro Ano-Novo Taom-baovao O primeiro dia do ano é feriado no país.
Segunda-feira a seguir à Alatsinain'ny A páscoa ocorre no primeiro domingo após a primeira Lua Cheia
páscoa Paska do outono.
Comemoração dos Martioran'ny
Comemoração dos máritres de sublevação que sucederam o dia
29 de março mártires de sublevação tolona tamin'ny
27 de março de 1947.
de 1947. 1947
Tradicionalmente o dia de muitos acontecimentos políticos e
1 de maio Dia do Trabalho Fetin'ny asa
sindicais em Madagáscar.
Comemoração da criação da antiga OUA, em 25 de maio de
25 de maio Dia da África Andron'i Afrika 1963, que foi substituída pela União Africana (UA) em 9 de julho
de 2002.
Quinta-feira, quarenta Andro
Ascensão Ascensão de Jesus Cristo ao céu.
dias depois da Páscoa niakarana
Sexta-feira seguinte ao
Alatsinain'ny
sétimo domingo após a Pentecostes Descida do Espírito Santo entre os apóstolos.
Pentekosta
páscoa
Comemoração à independência da França, en 26 de junho de
26 de junho Dia da independência Fetim-pirenena
1960.
15 de agosto Assunção de Maria Asompsiona Assunção de Maria de Nazaré
Fetin'ny olo-
1 de novembro Dia de todos os santos
masina
25 de dezembro Natal Krismasy Nascimento de Jesus Cristo.
Ver também
África
Lista de países
Língua de Sinais de Madagáscar
Missões diplomáticas de Madagáscar
Plano Madagáscar

Referências
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Ligações externas
Divisão da África II - Itamaraty (https://web.archive.org/web/20060116094358/http://www2.mre.gov.br/deaf/daf_2.ht
m) Divisão do Ministério das Relações Exteriores do Brasil responsável pelas relações bilaterais com Madagáscar

Madagáscar
História • Política • Subdivisões • Geografia • Economia • Demografia • Cultura • Arquitetura • Turismo • Portal • Imagens

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