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Sessão 2
28/07/09
A Formadora da Sessão:
Marília Eunice Alves Frias Sousa
Docente Orientador:
SÍNDROME DE DOWN: Conhecer, Educar e Inserir – 2ª Sessão
Planificação da Sessão 2:
“Competências Desenvolvidas nas crianças com Síndrome de Down e a sua Inclusão na Escola Regular”
Horário Tema/Conteúdos Objectivos Estratégias Material
Competências desenvolvidas
nas crianças com Síndrome
de Down - Conhecer competências
comunicativas e linguísticas das - Computador;
9h 15m - Competências comunicativas e crianças com Síndrome de Down.
linguísticas das crianças com - Data show;
10h 10m Síndrome de Down. - Conhecer competências sócio- Explicação oral com apoio ao
afectivas e comportamentais das Power point;
(55 minutos) - Competências sócio-afectivas crianças com Síndrome de Down.
e comportamentais das crianças
com Síndrome de Down.
10h 30m
Intervalo
11h 00m
- Guião nº1
- Giz
12h 30m
Almoço
14h 00m
Intervenção Educativa em
crianças com Síndrome de
14h 00m - Quadro;
Down
15h 30m
Intervalo
16h 00m
RESUMO/ENQUADRAMENTO DA SESSÃO 2
O princípio da Inclusão preconiza a escola regular como o meio ideal para estimular
habilidades e fomentar competências em crianças com estas características, promovendo o
seu desenvolvimento social e a autonomia, desde que seja flexível e proporcione as diversas
condições e adaptações necessárias.
Em alguns casos, essa inclusão é total, noutros casos ela ocorre ou por períodos de
tempo determinados ou, de acordo com a duração de programas específicos. O importante é
criar a possibilidade de desenvolver, particularmente nos indivíduos com a Síndrome de
Down, a consciência do seu próprio valor e proporcionar aos outros alunos, a inclusão de
alunos diferentes nas suas actividades, de forma a consciencializarem-se da problemática em
questão e por conseguinte, gerar sentimentos de respeito à diferença, de cooperação,
solidariedade.
As crianças e jovens com deficiência mental necessitam dos mesmos serviços básicos
que as restantes pessoas. Está aqui incluída a educação (especial), serviços de saúde e
oportunidades de interacção social. Para além destes, a maioria das pessoas com deficiência
mental necessita de serviços especiais. Estes serviços incluem o diagnóstico e avaliação,
oportunidades especiais de educação começando com um programa de intervenção precoce
até à idade pré-escolar; programas educativos com actividades adequadas à idade da
criança; a aprendizagem das competências escolares básicas; formação pessoal, social e
profissional; e oportunidades de viver de forma independente e de desempenhar um trabalho
compatível com as suas capacidades.
Neste processo de inclusão, a participação da família é cada vez mais importante nos
rumos da educação. Esta intervenção parental pode até ser determinante para o sucesso ou
insucesso das crianças e jovens com a Síndrome de Down.
INÍCIO DA SESSÃO 2
A sessão 2, orientada por mim, Marília Sousa, iniciar-se-á com a minha apresentação
aos formandos e vice-versa. De seguida, vão ser apresentados os tópicos dos conteúdos da
respectiva sessão e abordados de uma forma sintética. Esta abordagem será apresentada em
Power point.
Após uma breve discussão, será concluído que são grandes as dificuldades na
linguagem, nas crianças com Síndrome de Down, consequência de factores cognitivos e
motores, (já abordados na sessão anterior) e que, originam problemas na linguagem e na
comunicação e por conseguinte, nas relações inter-pessoais.
1 In www.psicologia.com.pt/artigos, em 05-03-09
vida, embora tenha de ser concreto e não abstracto. Assim sendo, quantas mais experiências
tiverem nesse sentido, mais palavras aprenderão.
A habilidade linguística é uma das mais importantes no ser humano. A integração
escolar e social assim como o desenvolvimento afectivo e intelectual, depende em grande
parte das habilidades comunicativas e linguísticas necessárias para a relação com os outros e
para a aprendizagem. Nesse sentido, o facto do processo linguístico (desenvolvimento da
linguagem e da fala) de uma criança portadora de Síndrome de Down, desenvolver-se muito
tardiamente e com grande dificuldade, torna-se numa frustração para eles e a habilidade de
linguagem falada pobre, afecta todos os aspectos das suas vidas.
No entanto, os indivíduos portadores da Síndrome de Down, têm uma grande vontade
de comunicar, de interagir, de se relacionar e estar com os outros. Nesse sentido utilizam
normalmente mecanismos compensatórios para comunicar com maior facilidade,
nomeadamente através de gestos ou mímica, para se fazerem entender.
O desenvolvimento das competências da comunicação da pessoa com Síndrome de
Down, depende estreitamente das aptidões de leitura. Daí que, quanto maior for a
estimulação cognitiva nestas áreas, maior será em paralelo, o desenvolvimento social e
pessoal; falamos de autonomia, auto-estima, auto-confiança, sentido de responsabilidade e
por conseguinte, uma maior confiança na sua auto-imagem.
É de salientar que, o meio em que a criança cresce, lhe concede o potencial
necessário ao seu desenvolvimento integral enquanto percursor de variadas competências
(habilidades), inclusive as linguísticas e comunicativas.
influenciado pela qualidade do cuidado, educação, e experiência que lhes são oferecidos,
como qualquer outra pessoa. A vida diária das crianças/jovens com Síndrome de Down,
sejam quais forem as suas idades, é influenciada pelos recursos que lhes estão disponíveis e
pela atitude das pessoas que vivem com eles, as pessoas com quem eles convivem na
comunidade e as pessoas que os sustentam ou ensinam.
relembrar que um dos grandes objectivos da Escola Inclusiva é preparar os alunos com
Necessidades Educativas Especiais Permanentes, a serem o mais autónomos possíveis e
integrá-los na vida activa, tendo em conta uma perspectiva funcional que contempla cinco
ambientes distintos: casa, escola, lazer, comunidade e trabalho. Neste sentido é pertinente
salientarmos a importância da planificação de currículos funcionais, integrados no Projecto
Educativo Individual.
Até há alguns anos, as crianças e jovens com Deficiência Intelectual Acentuada eram
considerados incapazes de aprender, necessitando apenas de cuidado e protecção. Contudo,
a preconização da Escola Inclusiva, veio alterar esse panorama. A partir do momento em que
o sistema educacional proporciona a oportunidade de crianças e jovens em idade escolar,
frequentarem a escola pública integradas em turmas regulares, este confronta-se com a
questão do currículo a ser proposto, sem dúvida um desafio aos educadores, professores e
outros técnicos que actuam junto a esta população.
Os currículos tradicionais até então, não se mostraram eficazes em dar resposta às
dificuldades destes alunos, surgindo a necessidade de novos currículos que promovessem
uma melhor integração destes alunos na escola, na família e na comunidade, tendo em vista
uma melhor qualidade de vida. Neste sentido, surge o modelo curricular funcional, baseado
numa perspectiva ecológica, em que todos os ambientes naturais que rodeiam a criança se
mostram fundamentais para a aprendizagem de competências que visem a autonomia, a
autodeterminação e uma melhor integração familiar, social e laboral destes alunos com
Deficiência Intelectual Acentuada.
Cabe aos professores, técnicos e pais, a responsabilidade de escolher os ambientes
naturais mais adequados para o desenvolvimento de competências e estratégias a cada
aluno em particular, de acordo com as suas dificuldades, aptidões e expectativas. Neste
contexto, acho pertinente salientar que para crianças/jovens com a Síndrome de Down, é
mais prudente ensinar um número relativamente reduzido de competências em numerosos
ambientes do que ensinar muitas competências em poucos ambientes, a chamada
“participação parcial nas aprendizagens”, com o intuito de generalizar conhecimentos em
tempo útil e para toda a vida.
Ao delinear-se um currículo para estes alunos, o principal foco deverá ser o
desenvolvimento das habilidades mais relevantes da vida diária dos mesmos, de forma a
possibilitar que elas participem tão independentemente quanto possível, na sua comunidade.
Para isso e segundo a perspectiva funcional do currículo, estas crianças devem viver em casa
no seu ambiente familiar, frequentar a escola da sua comunidade, conviver com outros
deficientes mas também não deficientes, devem usufruiur dos direitos da restante
comunidade, participar em actividades de lazer da mesma, devem exercer uma actividade e
serem remuneradas pelo seu trabalho, devem ser capazes de tomar decisões sobre a sua
própria vida. Tudo isto evidentemente, tendo em conta o prazer e a vontade de cada craiança.
As habilidades funcionais serão aquelas frequentemente exigidas nos ambientes
domésticos e na comunidade. Para determinar se uma atividade curricular é funcional ou não,
o professor deve sempre fazer a seguinte questão: caso o aluno não aprenda a desempenhar
esta actividade, alguém terá que fazer isto para ele? Se a resposta for sim, a atividade muito
provavelmente será funcional. No entanto, é também importante que estes alunos adquiram e
desempenhem outras atividades que não sejam funcionais, uma vez que elas irão melhorar a
sua qualidade de vida e aumento da auto-estima destas crianças, nomeadamente actividades
relacionadas com o lazer. Daí a importância dos currículos funcionais incluirem actividades
funcionais e não funcionais.
No desenvolvimento das áreas curriculares implementadas no currículo funcional, é
pertinente a escolha, não só de conteúdos académicos, mas sim de áreas relativas às
competências básicas, como é o caso das relacionadas com o lar/família, com o local de
trabalho, com os espaços de lazer e de toda a comunidade em geral.
Outro aspecto a ter em conta nos currículos funcionais é a adequação das várias
actividades à idade cronológica de cada criança/jovem com a Síndrome de Down, e não de
acordo com a sua idade mental. Os educadores terão assim, a responsabilidade de
selecionar e proporcionar atividades que permitam à criança apreciar eventos adequados a
sua real idade, mas também uma intervenção educativa individualizada, de acordo com os
ambientes em que vive e se relaciona. Contudo, quando se justifica, as actividades devem ser
modificadas e adaptadas para se adequar ao nível e desenvolvimentoda criança. Em alguns
casos, isso pode significar que um novo conceito, assunto ou habilidade deverá ser nivelada
pelo básico, com um foco num aspecto específico que se pretende que a criança aprenda e
entenda.
A partir da dinâmica dos currículos funcionais, é proporcionado a relação inter-pares,
criança-a-criança, que permite uma variedade e formas de aprendizagem entre colegas, muito
benéficas para todos os alunos, enriquecendo por isso, a vida escolar de todos eles. Se por
um lado, é fundamental a ajuda dos colegas não deficientes nas aprendizagens dos alunos
com Síndrome de Down, por outro, é enriquecedor o convívio e a oportunidade de
compreender melhor pessoas, que por quaisquer razões, são diferentes.
Na planificação e respectiva avaliação dos currículos funcionais, os pais constituem
um pilar fundamental no trabalho conjunto com a escola e com os educadores. Em primeiro
lugar, a dar parecer e ajudar a decidir quais as habilidades/competências mais necessárias a
serem desenvolvidas pelo seu filho/a na escola e fora dela; os pais proporcionam informações
para uma maior compreensão das necessidades da criança e dos próprios desejos e
expectativas presentes e futuras dos respectivos pais; através destes, são obtidos dados para
a seleção de situações educacionais para o aluno na comunidade, nomeadamente
probabilidade de um trabalho ser desenvolvido na escola e ter continuidade fora dela; para
além disso, o retorno das informações dos pais quanto ao desempenho e avanços percebidos
na criança são muito importantes para uma análise do seu progresso, e assim melhor se
decidir na continuidade ou reestruturação de uma dada actividade executada pela criança
com Deficiência Intelectual Acentuada. Para isso, é fundamental orientar a família nesse
sentido e movê-los para reuniões mensais com o professor ou coordenador do Programa.
Na perspectiva funcional, a educação dos alunos com Deficiência Intelectual
Acentuada é desenvolvida com sentido de formar e preparar, neste caso, os alunos com a
Síndrome de Down, para uma transição funcional para a vida adulta e activa. Neste sentido,
a escola e os professores têm um papel fundamental. Por um lado, implementar currículo
individuais que prevejam conteúdos/actividades que promovam a realização de tarefas
funcionais em contexto real, de modo a facilitar a sua inserção social e posterior aceitação
para um posto de trabalho. Por outro lado, apoiar a integração dos alunos em locais de
estágio laborais, criando parcerias, inventariando as necessidades do mercado, no sentido de
planficar actividades que desenvolvam competências nos alunos adequadas às funções que
lhe são propostas e também, providenciando as necessárias adaptações e equipamentos
específicos a cada aluno, facilitando assim, a sua integração no mundo do trabalho (temática
abordada na sessão 3).
Em jeito de conclusão, posso dizer que, os factos reais, a vivência familiar do aluno, a
intervenção educativa adequada, são elementos essenciais para a elaboração de conteúdos
a fim de serem trabalhados em sala de aula e a deliniação de estratégias de ensino que
devem ir ao encontro das necessidades funcionais do aluno. Logo, não se devem trabalhar
factos isolados, sem sentido e sem aplicabilidade imediata, devendo sair da sala de aula,
facilitando o desenvolvimento das competências essenciais à participação numa variedade de
ambientes integrados, sempre em prol de uma melhor qualidade de vida das crianças/jovens
com a Síndrome de Down.
3.1 Factores Intrínsecos das Crianças com Síndrome de Down, que Influenciam a
Aprendizagem.
espontaneamente;
O uso de um diário para casa e escola pode ajudar os alunos a contar as suas
“novidades”;
Desenvolver a linguagem através de teatro e faz-de-conta;
Encorajar o aluno a liderar;
Criar oportunidades onde ele possa falar com outras pessoas, por exemplo,
levar mensagens, entre outras;
Planear actividades e jogos de ouvir por pouco tempo e materiais visuais e
tácteis para reforçar a linguagem oral e fortalecer as habilidades auditivas;
Dificuldade com a Consolidação e Retenção de Conteúdos:
Oferecer mais tempo e oportunidade para repetições adicionais e reforço;
Apresentar informações e conceitos novos de maneiras variadas, usando
material concreto, prático e visual, sempre que possível;
Seguir em frente mas sempre a dar uma revisão para assegurar que os
conteúdos aprendidos anteriormente, não ficaram esquecidos com a
assimilação das novas informações;
Dificuldade na Escrita e Ortografia:
Investigar/utilizar recursos adicionais para ajudar a escrita como um processo
físico – diferentes tipos de instrumentos para escrever, apoio táctil para
empunhar o lápis, linhas grossas, quadrados no papel para limitar o tamanho
da letra, papel com pauta, quadriculado, quadro individual para escrever,
programas de computador, entre outros;
Oferecer apoio visual – flash cards (cartões de leitura com figura ou foto e
palavra), palavras-chave e símbolos gráficos escritos em cartões;
Oferecer métodos alternativos de memorização: sublinhar ou circular a
resposta correcta, sequência de frases com cartões, programas de computador
específicos, utilizar o método Cloze (subtração sistemática de palavras,
substituídas por lacunas num texto a ser aprendido);
Garantir que os alunos só escrevem sobre assuntos que estejam dentro da sua
experiência e entendimento;
Ao copiar do quadro, sublinhar ou destacar uma versão mais curta que focalize
o que é essencial para o aluno;
Encorajar o uso de letra cursiva para ganhar fluência;
Ensinar ortografia da maneira mais visual possível;
Ensinar palavras que eles entendam;
Usar métodos multi-sensoriais – por exemplo, olhe-cubra-escreva-confirma,
cartões com figuras e palavras, acompanhar com o dedo as letras;
um enriquecimento das suas possibilidades, podendo interagir nos mais diversos sentidos,
como é o caso, do campo afectivo, humano, social, individual, e que as poderão ajudar no seu
crescimento integral. Muito importante é também o seu contributo para a aprendizagem da
leitura e escrita, expandido os conhecimentos e auxiliando no desenvolvimento do aluno
como um todo.
Apesar de suas limitações, o potencial da criança com Síndrome de Down é muito
grande, daí a necessidade de lhe proporcionar meios para ela interagir e desenvolver-se.
A intervenção Educativa, de acordo com as potencialidades de cada aluno, deve
passar por fazer adaptações curriculares e adaptações nas áreas disciplinares, eliminando
umas áreas e adicionando outras mais apropriadas para cada criança, de acordo com o seu
interesse, motivação, entre outros, mas integradas sempre, nas actividades da turma regular.
Nesse sentido, a utilização da sala de Informática pode reforçar aspectos
psicopedagógicos, ser um local de desenvolvimento de projectos de interdisciplinaridade.
Utilizar o computador pode ser um importante recurso didáctico no processo ensino-
aprendizagem e constituir uma importante ferramenta nas tarefas do dia-a-dia.
O uso do computador enfatiza a construção do conhecimento, pois o computador é
uma nova maneira de representar o conhecimento, provocando um redimensionamento dos
conceitos já conhecidos e possibilitando a busca e compreensão de novas ideias e valores.
Segundo Papert (1988), a presença do computador contribui para processos mentais,
influenciando o pensamento das pessoas. As crianças podem ser construtoras das suas
próprias estruturas intelectuais.
A informática, a serviço de um programa de intervenção educacional, propicia
condições aos alunos de trabalharem a partir de temas, projectos ou actividades
extracurriculares. O computador é apenas e tão-somente, um meio onde pode ser
desenvolvida a inteligência, flexibilidade e a criatividade. Assim é bom que todos lutemos para
que a Inclusão Digital seja para todos.
Muitos outros recursos e software de apoio, estão à disposição de todos os
professores e educadores para trabalhar competências em crianças com a Síndrome de
Down. Alguns deles são:
Jogo da Mimocas;
Hot Potatoes;
Boarmaker;
Método das boquinhas;
Cuisenaire;
Ábacos;
Tangran;
Entre outros (…);
Componente Projecto – ESEC 2009 - 25 -
SÍNDROME DE DOWN: Conhecer, Educar e Inserir – 2ª Sessão
A intervenção educativa nas crianças com Síndrome de Down, deve iniciar-se o mais
cedo possível e continuar ao longo de todo o período de desenvolvimento, tendo como
objectivo que a criança desenvolva o seu potencial máximo. Assim sendo, a educação destas
crianças deve ser planeada de acordo com as suas necessidades individuais, para que desta
forma, a possibilidade de sucesso seja maior.
situações, nas quais ela possa ser a beneficiada. No entanto, é fundamental que o professor
identifique o tipo de relação entre o ambiente familiar e escolar, para que as novas propostas
possam ser bem aceites. O professor necessita de transmitir segurança, conforto, confiança à
aos pais e à criança.
O próximo passo, não menos importante, é o de preparar a turma para receber o
aluno. Antes do aluno chegar, a turma deve ser esclarecida se possível, a respeito da sua
deficiência e da forma como todos se podem ajudar mutuamente. É de extrema importância
criar um clima de expectativas positivas em relação às possibilidades de aprendizagem do
aluno. Os colegas e alunos regulares devem ser preparados para lidar com as diferenças,
respeitar e aceitar os limites, partilhar aprendizagens, desenvolver atitudes de apoio, para que
a convivência entre todos seja uma mais valia.
Ter acesso aos outros profissionais, como fonoaudiólogos e fisioterapeutas envolvidos
no desenvolvimento destes indivíduos, pode também trazer contribuições significativas para
as acções do professor em sala de aula.
Os Encarregados de Educação e outros parceiros educativos poderão aferir se o
aproveitamento da criança está em consonância com os procedimentos educacionais
preconizados, de forma a reformular o Programa Educativo Individual ou alterar estratégias.
Na "População Down", se estiverem criadas as condições, há casos em que é possível
que a criança se mantenha “…a tempo inteiro - Inclusão Total ou em Inclusão Moderada - na
sala de aula do ensino regular, mas outros há em que o «Meio Menos Restrivo Possível» é a
sala de apoio ou unidade de intervenção especializada, para aprendizagens académicas
específicas e a sala de aula para a área social, - Inclusão Limitada”, (Correia, 1996)
principalmente tendo em atenção a escassez de recursos ao nível de apoio educativo e a
ausência total, ou quase total, ao nível de equipa multidisciplinar.
O sucesso do seu processo inclusivo carece do envolvimento de uma equipa
multidisciplinar, capaz de atender globalmente e de modo interligado, as necessidades do
aluno. Fundamental é também, que em todo o processo de inclusão de crianças com a
Síndrome de Down, seja abrangida de forma dinâmica, a intervenção da família.
Pretende-se que a família/escola sejam, na educação da criança com Síndrome Down,
um local de encontro onde a acção dos pais e dos professores/escola se complementem,
trabalhando em conjunto pelo desenvolvimento harmonioso da criança, em todas as suas
dimensões.
2 In http://pt.aboulo.com 28-04-09
Componente Projecto – ESEC 2009 - 29 -
SÍNDROME DE DOWN: Conhecer, Educar e Inserir – 2ª Sessão
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EDUCAÇÃO ESPECIAL - Manual de apoio à prática (2008). Edição do Ministério a
Educação, Direcção Geral da Inovação e de Desenvolvimento Curricular.
Decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro.
http://redeinclusao.web.ua.pt/
http://www.apatris21.com
http://www.reviverdown.org.br/
DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE 1
(Duração: 45 minutos)
Descrição:
Síndrome de Down
Acção de Formação
ACTIVIDADE 1
Guião 1
DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE 2
(Duração: 60 minutos)
Descrição:
Esta tarefa quando terminada, será prosseguida da apresentação oral de cada grupo,
ao grande grupo/turma, das estratégias que cada um reflectiu e desenvolveu. Cada
apresentação durará aproximadamente, 6 minutos cada, o que dará um total de 30 minutos
para as apresentações de todos os grupos de trabalho.
Síndrome de Down
Acção de Formação
ACTIVIDADE 2
→ Dificuldade de visão;
→ Dificuldade de audição;
→ Deficit de memória auditiva recente;
Síndrome de Down
Acção de Formação
ACTIVIDADE 2
Síndrome de Down
Acção de Formação
ACTIVIDADE 2
Síndrome de Down
Acção de Formação
ACTIVIDADE 2
Síndrome de Down
Acção de Formação
ACTIVIDADE 2
→ Problemas de comportamento;
→ Evitar o trabalho;
DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE 3
(Duração: 20 minutos)
Descrição:
Síndrome de Down
Acção de Formação
ACTIVIDADE 3
Guião 2
temática por ele abordada, anote, reflicta e discuta em grande grupo, sobre os
DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADE 4
(Duração: 20 minutos)
Descrição:
Acção de Formação
Sessão 2: Competências Desenvolvidas nas crianças com Síndrome de Down e a sua Inclusão na
Escola Regular
ACTIVIDADE 4
(…)
Ao término destas etapas de estimulação, constatamos que nosso filho, aos 4 anos de
idade, já estava lendo.
(…)
Durante todo o desenvolvimento das actividades, sempre adoptamos como regra: beijos,
elogios e muita alegria quando o Romeu aprendia ou descobria um facto novo. E agimos com rigor
ao repreendê-lo quando necessário, pois achávamos que a disciplina, a obediência e seu
comportamento seriam fundamentais para sua inclusão na escola e na sociedade.
Procurávamos sempre valorizar o máximo possível as suas descobertas. O Romeu
sempre 80
foi encorajado a explorar seu mundo com liberdade, tendo oportunidade de aprender as
coisas do dia-a-dia, como vestir-se, ir ao banheiro, ligar a televisão e usar o telefone.
(…)
Hoje temos certeza que acima de qualquer método o sucesso alcançado pelo Romeu é o
resultado do nosso amor, nossa dedicação, a nossa participação activa em todas as actividades, a
grande integração familiar, a experiência da educadora, e também a participação de nossas
famílias em todas as fases das actividades desenvolvidas.
Quando o Romeu tinha quatro anos, já alfabetizado, procuramos uma escola. A primeira
(…), que ao perceber que nosso filho era especial, informaram-nos que não havia vaga. Porém,
constatamos que as mães, que chegaram depois de nós, conseguiram matricular seus filhos. Após
a primeira decepção, conseguimos matriculá-lo numa das melhores escolas (…) no pré- escolar.
No ano seguinte, mesmo o Romeu já estando alfabetizado, optámos por uma escola
menor e com um número menor de alunos, para que houvesse um melhor aproveitamento tanto
na parte social como na aprendizagem.
Já aos cinco anos Romeu começou a apresentar interesse pela poesia e aos onze através
de aulas de informática aprendeu a utilizar o computador. Com dezasseis anos concluiu o ensino
fundamental.
Desde a primeira escola do Romeu, nós sempre procuramos através de reuniões com a
equipa técnica e com os professores, sensibilizá-los para sua inclusão, assim como estávamos
sempre disponíveis a realizar palestras de esclarecimento e orientações para os professores,
técnicos como também para os demais pais.
Sempre deixamos claro para as escolas que o nosso maior objectivo, além da sua
aprendizagem, seria darmos ao Romeu uma oportunidade para conviver com os alunos de sua
faixa etária e logicamente ter uma melhor integração social.
Aos dezassete anos iniciou o ensino médio (2o. Grau) num colégio da rede regular.
Ao observamos que Romeu começou a apresentar dificuldades nas disciplinas, como
matemática, física e química (…), resolvemos conversar com nosso filho, onde ele solicitou que
queria substituir o colégio por actividades artísticas como: aprender a tocar teclado, participar de
aulas de arte plástica (pintura) e teatro. A nossa convicção na sua potencialidade artística levou-
nos a aceitar a sua sugestão.
Hoje o Romeu esta feliz, com sua auto-estima valorizada e demonstra uma grande
autoconfiança.
Luiz Augusto e Sandra Suely Santos