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11 Títulos da SOX

11 Títulos da SOX

Título I – Conselho de Fiscalização das Normas Públicas de Contabilidade das


Empresas

Título II - Auditoria
Auditoria é um exame cuidadoso e sistemático das atividades desenvolvidas em
determinada empresa, cujo objetivo é averiguar se elas estão de acordo com as planejadas
e/ou estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficácia e adequadas (em
conformidade) à consecução dos objetivos.
O Auditor Independente exerce papel fundamental para assegurar credibilidade às
informações financeiras de determinada entidade, ao opinar se as demonstrações contábeis
preparadas pela sua administração representam, em todos os aspectos relevantes, sua posição
patrimonial e financeira.
O auditor independente não tem nenhum vínculo com a entidade que o contratou,
então com isso garante isso garante o máximo de isenção e imparcialidade nas análises.
De acordo com Lei SOX a definição de auditor independente:
Artigo 201: Define serviços que são proibidos para os auditores dentro das companhias
que auditam.
Artigo 202: Determina a necessidade da aprovação prévia do comitê de auditoria para
qualquer outro serviço prestado pelos auditores independentes da companhia.
Artigo 203: Determina a rotatividade a cada 5 anos do sócio responsável por cada
cliente, em empresa de auditoria.
Artigo 204: Cria regras para comunicação entre os auditores contratados e o comitê de
auditoria da companhia.
Por meio da Auditoria Independente é possível saber se a empresa está cumprindo
suas obrigações legais, se está utilizado seus recursos de forma coerente e se as transações
financeiras são contabilizadas corretam independente tem como uma de suas ações realizar
um Raios-X da empresa. São verificados os processos contábeis, administrativos, financeiros e
operacioente.

Título III- Responsabilidade das Empresas 


Uma empresa com responsabilidade social visa o bem-estar de todos, tanto o dos
colaboradores, quanto o das pessoas que contratam seus produtos e/ou serviços.Aqui, é
necessário pensar na visão de um todo, no aspecto comunitário. Afinal, a sua empresa é feita
por pessoas. 
No caso das empresas, especialmente as de grande porte, o conceito mais utilizado é o
de RSC (Responsabilidade Social Corporativa). É um tipo de responsabilidade voltada para as
questões internas e o ambiente de negócios junto aos colaboradores.Outro conceito muito
utilizado e mais amplo é o de RSE (Responsabilidade Social Empresarial). Ele visa não somente
o ambiente interno na empresa como também se preocupa com os impactos negativos dela na
comunidade local. 
Por que a responsabilidade social é importante para as empresas? 
 O mercado e a forma de consumir vem se modificando a cada dia. Hoje, temos
conceitos como minimalismo, moda sustentável e outros que há pouco tempo não existiam.
Isso só prova que os consumidores estão mudando e as empresas precisam acompanhar essas
mudanças ou ficarão fora do mercado. 
1. Reduzir o impacto ambiental :Essa é uma estratégia muito utilizada por
diversas empresas. A Amanco, por exemplo, uma marca conhecida pela fabricação

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de tubos e conexões, vem optando por matérias-primas menos poluentes.  Por


exemplo, ela parou de usar o solvente à base de tolueno por outros menos
poluentes. 
2.  Educar o público-alvo :Quem não precisa de educação financeira?  
Ela é essencial para qualquer empresa e também para qualquer pessoa.
Pensando nisso, o Bradesco resolveu levar educação financeira para a população
carente. Além disso, a empresa também atua em ações de sustentabilidade
socioambiental em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável. 
 

Título IV - Divulgações Financeiras


Prevê que deve ser determinada por uma comissão normas exigindo que cada
relatório anual contenha um relatório de controle interno de acordo com a lei da Bolsa de
Valores do ano de 1934. Esse relatório de controle interno deve:
Definir uma responsabilidade de gerenciamento para estabelecer e manter uma
estrutura de controle interno de acordo com os padrões exigidos e como devem ser feitos os
relatórios financeiros;
Conter uma avaliação, em relação ao ano fiscal mais recente da empresa que o fez, da
efetividade dos procedimentos e estruturas de controle interno para relatórios financeiros.
Para que esses relatórios e demonstrativos sejam feitos, os diretores executivos e o
diretores financeiros devem atestar periodicamente a eficácia dos processos de controle e
procedimentos internos da empresa, para que os relatórios financeiros possam ser feitos.

Título V - Conflito de interesses


No mercado financeiro, um conflito de interesses é como uma barreira entre o
inves5dor e seus obje5vos financeiros. Isso acontece porque o profissional que está
“auxiliando” o inves5dor pode possuir duas mo5vações diferentes: Ajudar o inves5dor a
chegar mais longe e cumprir seus obje5vos; ou Gerar uma receita de curto prazo para a sua
prá5ca profissional às custas do bem-estar financeiro do inves5dor. No “mundo ideal” (para os
inves5dores), o profissional deveria estar munido apenas da primeira mo5vação.
No mundo dos negócios, o interesse gerador de conflitos mais comum é o econômico,
pois a busca pelo lucro a qualquer custo leva pessoas e organizações a agirem de forma
prejudicial tanto aos seus concorrentes quanto à sociedade, por exemplo, através da
sonegação de impostos.
No caso dos analistas de inves5mento, os conflitos de interesses relacionam-se, entre
outros aspectos de suas a5vidades, com:
i) A carteira própria de ações do analista e da ins5tuição em que ele trabalha;
ii) Os negócios da área banco de inves5mento de sua ins5tuição e o
relacionamento do analista com essa área;
iii) Sua estrutura de remuneração e a forma de supervisão de seu trabalho;0020e
iv) Seu relacionamento com a administração das companhias que está cobrindo
A edição da Instrução CVM 598, que subs5tui a an5ga Instrução CVM 483 em sua
integralidade, vem ao encontro da recente norma editada pela CVM acerca das a5vidades de
consultores de valores mobiliários (Instrução CVM 592) e se insere no contexto do

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aprimoramento constante da regulação desses temas pelo regulador, agora também


viabilizando o registro de pessoas jurídicas como analistas de valores mobiliários, desde que
cumpridos os requisitos resumidos acima. A CVM, contudo, poderia ter aproveitado a
oportunidade para o debate e maior aprofundamento das regras rela5vas a conflitos de
interesse envolvendo analistas de valores mobiliários no âmbito de oferta públicas, em linha
com os estudos que vêm sendo conduzidos pela IOSCO a esse respeito, o que poderá ser
objeto de ajustes específicos na norma recém editada e contribuirá para a crescente busca por
transparência nos mercados e a mi5gação de potenciais situações de conflitos de interesse
que a afetem.
Contudo, trata-se, além de tudo, da independência que se espera dos analistas em
relação as suas opiniões quanto a situação atual e as perspec5vas futuras da empresa define-
se contudo, da conduta dos analistas de valores mobiliários, exigindo a divulgação de conflitos
de interesse, também determina a ASEC o prazo de um ano para regulamentar a profissão de
analistas.
entre casos de corrupção, de companhias abertas, de corporação familiar e com
relação com o governo, existem outros casos relevantes como o da Qualicorp, o conselho de
administração da empresa de planos de saúde cole5vos aprovou, em 2018, um contrato de R$
150 milhões para que o seu presidente-execu5vo não vendesse a sua par5cipação na empresa
ou criasse um negócio concorrente durante um período de 8 anos. No dia em que o contrato
foi divulgado ao mercado, as ações da empresa caíram quase 30%. Ao analisar o caso, a CVM
constatou que a prá5ca foi lesiva à empresa, pois valor do contrato foi muito maior que o valor
total da remuneração dos execu5vos aprovado na assembleia de acionistas (R$ 28,5 milhões),
além do presidente-execu5vo, e também membro do conselho de administração, não jus5ficar
um contrato dessa natureza; por fim os termos do contrato não foram levados à assembleia
para a votação dos demais acionistas.

Título VI - Recursos e Poderes das Comissões


Seção 601 - Autorização de financiamento e recursos:
Foi concedido a bolsa de valores a permissão de recrutar profissionais qualificados
para supervisão nos serviços de auditoria e para aperfeiçoar as investigações em relação a tais
auditores e serviços, bem como para prestar um apoio profissional com vista a reforçar os
programas da SEC envolvendo a Divulgação Plena e Prevenção e Supressão da fraude, gestão
de risco, análise a tecnologia industrial, conformidade, inspeções, exames, regulamentos do
mercado e gestão do investimento.
Seção 602 - Apresentação e práticas perante a comissão.
Seção 603 - Autoridade dos tribunais federais para salvaguardar a defesa dos
pequenos acionistas.
Seção 604 - Qualificação dos intermediários e corretores.

Título VII - Estudos e Relatórios


A lei Sox, se aplica a todas as empresas, sejam elas americanas ou estrangeiras, que
tenham ações registradas na SEC (Securities and Exchange Commission, o equivalente
americano da CVM – Comissão de Valores Mobiliários).

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É uma lei que visa aprimorar a governança corporativa e a prestação de contas


(informações sobre receitas, despesas e balanço patrimonial), seu objetivo é combater e
prevenir fraudes que impactam no desempenho financeiro das organizações, garantindo o
compliance.
As transparências nos estudos e relatórios e a maior vantagem da lei sox, os
beneficiários não são somente os stakeholders, mas também todos os clientes que utilizam os
serviços ou produtos da empresa. Caso não haja o controle efetivo desse processo , pode
ocorrer uma deficiência significativa, que é uma combinação de deficiências, no controle
interno sobre relatórios financeiros que é menos severa do que uma fraqueza material, mas
importante o suficiente para merecer atenção dos responsáveis pela supervisão dos relatórios
financeiros da empresa, a divulgação dessas questões são divulgadas através do Comitê de
Auditoria.
Exemplo:
A GoNext tem expertise e portfólio quando o assunto é governança corporativa para
empresas familiares. Um processo que equilibra os interesses familiares, societários e
administrativos e traz uma série de vantagens para os negócios a longo prazo. A governança
corporativa constitui a base sólida das empresas familiares, agregando instrumentos e
indicadores que permitem o fortalecimento do negócio e a mensuração efetiva dos resultados
conquistados.
São previstas inspeções às empresas de auditoria para obrigá-las a cumprir as regras
estabelecidas e estar sempre em consonância com a SEC

Título VIII - Contabilidade das Pessoas Jurídicas no caso de Fraude


Composto por sete seções da Lei Sarbanes - Oxley, 2002.
➢ Este capítulo estabelece penalidades impostas àqueles que infringirem à lei ao
praticarem fraudes.
➢ Também define as penalidades criminais por alteração, destruição e/ou falsificação
de documentos a serem utilizados nas vistorias da SEC.
Além de criar os meios de proteção aos funcionários de empresas de capital aberto
que denunciarem fraude na companhia em que trabalham.
➢ Por fim, define as penalidades criminais aos responsáveis por prejudicar acionistas
minoritários de empresas de capital aberto com informações não verídicas.

Título: IX - Penas para Crimes de Colarinho Branco

Os chamados crimes do colarinho branco têm origem na expressão inglesa white collar
crimes, cunhada por Edwin Hardin Sutherland, no ano de 1940, através de um artigo nomeado
“White collarcriminality sociólogo estadunidense que ganhou enorme reconhecimento pela
introdução do termo “crime de colarinho branco” difundido mundialmente quando Sutherland
publicou a sua clássica obra “White Collar Crime”, onde define os crimes de colarinho branco,
numa perspectiva subjetivo-profissional, como sendo aqueles crimes praticados por pessoas
dotadas de respeitabilidade e grande status social.

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No Brasil o conceito de crimes do colarinho branco restou, de certo modo,


equivocadamente reduzido, pela atividade legislativa, aos casos previstos na lei 7.492/86, que
trata de violações relativas ao Sistema Financeiro Nacional (conhecida como "Lei dos Crimes
do Colarinho Branco"), e à lei 9.613/98, que trata de lavagem de dinheiro.

Crimes típicos de colarinho branco podem incluir fraude, suborno, esquema Ponzi,
informação privilegiada, extorsão, apropriação indébita, crime cibernético, pirataria moderna,
lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsificação.

Título X - Restituição de impostos pagos pela empresa


Podemos iniciar este seminário nos perguntando, o que é SOX? SOX é uma lei, tomada
pelos princípios da Governança Corporativa, com o intuito de clareza fiscal, protegendo os
investidores e todas as partes interessadas (stakeholders) de fraudes. Basicamente a lei
Sarbanes-Oxley se aplica na transparência/prestação de contas organizacional e define quais
registros devem ser armazenados e por quanto tempo, abrangendo assim, a parte do TI que é
responsável pelos registros da empresa. Sendo lei, possui seções interligadas, uma que se
aplica ao nosso tem é a Seção 302: exige que a alta administração, geralmente CEO e CFO,
certifique e aprove a exatidão das demonstrações financeiras e a eficácia dos controles e
procedimentos de divulgação internos.
Restituição de impostos pagos pela empresa, primeiramente a empresa deve seguir
todas as normas e legislações sem maquiar informações, porque isso pode ser prejudicial até a
falência da empresa no caso de ocultar informações, em caso de auditória a empresa é
multada e em muitos casos não consegue sobreviver posterior a isso. Por outro lado, a
empresa paga seus impostos, igual nós consumidores pagamos e esperamos o retorno disso,
como, transportes, educação, saúde, mas politicamente falando entrando na PEST, não temos
esse retorno, por parte do governo.
A Xerox fraudou a contabilização de seus resultados a fim de maximizar sua receita, e,
consequentemente, seu lucro. A empresa foi multada pela SEC, além, de republicar seus
balanços. A empresa responsável pela auditora independente, KPMG, foi obrigada a pagar
uma multa, assim, como o sócio responsável pela contada empresa. Outro caso semelhante é
o da empresa Merck, segundo Bergamini 10(2002 apud Borgerth, 2007), a companhia inflou
tanto suas receitas quanto despesas, o efeito líquido foi nulo, mas, a empresa também pagou
multa à SEC e republicou seus balanços.

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