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Cálculo Diferencial

UNIDADE 1
UNIDADE 1

cálculo vetorial

PARA INÍCIO DE CONVERSA

Olá, estudante! Seja bem-vindo(a) a unidade I da disciplina Cálculo Diferencial. Convido você a
participar desta nova jornada de estudos utilizando a nossa metodologia em EAD, mas sem deixar
de lado o dinamismo e o caráter empolgante dos métodos tradicionais.

Orientações da Disciplina

Prezado(a) aluno(a), antes de iniciar a leitura deste guia de estudo é primordial


que você faça a leitura de seu livro-texto, ele irá nortear o entendimento deste
guia. Em nossa metodologia EAD, você tem à sua disposição vários recursos para
facilitar seu aprendizado, acesse a nossa biblioteca virtual e faça novas pesqui-
sas. Assista também a nossa videoaula, ela foi elaborada com o objetivo de faci-
litar seu aprendizado. Ao final da nossa I unidade, acesse o ambiente virtual de
aprendizagem e responda as atividades. Em caso de dúvidas, não perca tempo,
pergunte logo ao seu tutor.

Palavras do Professor

Caro(a) aluno(a), trataremos nesta I unidade de aspectos relativos ao estudo de funções e seus
gráficos.

Desta forma, podemos conceituar uma função pela ideia de relação entre elementos numéricos,
conforme regras matemáticas específicas. Assim, em diversas áreas de conhecimento, podemos
verificar relações entre grandezas e encontrar uma expressão matemática ou obter um esboço
gráfico de forma a melhor interpretar os fenômenos estudados. Como exemplo disso, podemos es-
tudar o crescimento populacional de uma cidade tendo apenas o tempo como variável, como tam-
bém quando desejamos encontrar a relação matemática que descreve a quantidade de pessoas
de um determinado lugar em função do tempo, ou tipo de relação entre grandezas como salário e
horas de trabalho, o lucro e número de artigos vendidos pela fábrica, à taxa de crescimento de um
tecido canceroso em relação ao efeito provocado pelo tratamento radioativo ou quimioterápico.

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Dica

Chamaremos de função à variável dependente, e simplesmente de variáveis, às


variáveis independentes: o que é bem intuitivo, uma vez que um elemento varia
em função da variação daquele do qual depende.

O tratamento matemático destas relações facilita muito a análise e a compreensão das mesmas e,
por isso, o estudo das funções matemáticas é tão importante em todas as áreas do conhecimento.
Preparado(a)? Espero que sim, vamos começar!

DOMÍNIO, IMAGEM E CONTRADOMÍNIO

Caro estudante, vamos iniciar nossos estudos relembrando conceitos básicos que irão te ajudar
ao longo do curso, você deve lembrar que o Domínio está sempre ligado à variável independente
“x”, já Imagem e Contradomínio estão relacionados à variável dependente “y”. Imagem represen-
ta todos os valores que, de fato, participam do processo de transformação de um conjunto de x
elementos em um conjunto de y elementos, enquanto o Contradomínio inclui a própria Imagem
e outros elementos que não participam do processo de transformação de x em y. Vamos tentar
entender melhor, acompanhe o exercício 01.
Trabalhando conceitos:

Exemplo

Exercício 01: Sejam os conjuntos numéricos A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} represen-


tados pelo diagrama de flechas:

Fonte: http://sereduc.com/IpS5aT

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Você observa que o conjunto A= {1, 2, 3, 4, 5}, que compõem os elementos de x, é o Domínio, já
o conjunto B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} com todos os elementos é o Contradomínio e a Imagem Im= { 2,
3, 4, 5, 6} está representada pelos elementos do contradomínio (conjunto B) que possuem corres-
pondência com o domínio (conjunto A).

Leitura complementar

Para sua melhor compreensão, faça a leitura do livro-texto da Bibliografia Uni-


versitária Pearson de Cálculo Diferencial e leia o tópico 1.1 da página 5. Em
seguida, dê uma olhada na página 27 até a página 29 que se referem à repre-
sentação de domínio e imagem expressos em intervalos reais, isso vai te ajudar.
Boa leitura!

Relação e Função

Continuando os conceitos básicos, chegamos aos conceitos de Relação e Função, iniciaremos


entendendo a diferença entre eles, por isso, admita dois conjuntos numéricos A e B, sendo A
com n elementos e B com m elementos, podemos concluir que Relação é qualquer subconjunto do
produto cartesiano A x B que obedece a uma lei de formação, observe o exemplo (exercício 02).

Trabalhando conceitos:

Exemplo

Exercício 02: Sejam os Conjuntos numéricos A = {5,6,7,8,9,10} e B = {10,15,18,20,21,24,25,27,30},


determinar:

a) O produto cartesiano A x B;
b) A relação R que obedece a lei de formação, y = 3x.

Solução

a) Primeiro você vai associar o número 5 que pertence ao conjunto a todos os elementos do con-
junto B, e depois os demais números do conjunto A.

A x B = {(5,10),(5,15),(5,18),(5,20),(5,21),(5,24),(5,25),(5,27),(5,30), (6,10),(6,15),(6,18),(6,20),(6,21
),(6,24),(6,25),(6,27),(6,30),(7,10),(7,15),(7,18),(7,20),(7,21),(7,24),(7,25),(7,27),(7,30),(8,10),(8,15),(8
,18),(8,20),(8,21),(8,24),(8,25),(8,27),(8,30),(9,10),(9,15),(9,18),(9,20),(9,21),(9,24),(9,25),(9,27),(9,30
),(10,10),(10,15),(10,18),(10,20),(10,21),(10,24),(10,25),(10,27),(10,30)}

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b) gora, usando a relação R, y = 3x.

Fonte: Autor, 2016.

Dica

Observe que a relação R = {(5,15),(6,18),(7,21),(8,24),(9,27),(10.30)} é um subcon-


junto do produto cartesiano A x B.

Já com a Função, a relação associa para cada elemento de A uma imagem de B, ou seja, todos
os elementos do conjunto domínio devem corresponder-se no conjunto do contradomínio. Veja, se
isso não ocorrer, a lei de formação não pode ser uma função. Nos casos a seguir veremos algumas
situações:

• Não é uma função

Um único elemento do domínio não deve possuir duas imagens.

• Não é função

Dois elementos diferentes do domínio podem possuir a mesma imagem.

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• Não é Função

Restam elementos no conjunto domínio, que não foram associados ao conjunto imagem.

• É Função

Leitura complementar

Para sua melhor compreensão faça a leitura do livro-texto, na parte inicial, uni-
dade 1 da página 1 até a 8. Boa leitura!

FUNÇÕES ALGÉBRICAS

Não tenha medo do nome, você já trabalhou com elas, são apenas funções caracterizadas pelo
conjunto de operações algébricas (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radi-
ciação), como por exemplo: F(x) = 8x – 3; F(x) = 7x2 + 9x – 20; F(x) = √x + 5; F(x) = 8x4/3.

Leitura complementar

Peço que faça a leitura do livro-texto nas páginas 27 até 40, para que você tenha
uma noção geral sobre as funções algébricas.

Funções Polinomiais:

São funções descritas por polinômios, ou seja, funções do tipo f: C → C onde f(x) = anxn + an
-1xn-1+ ...+ a1x + a0, onde n ϵ N e os coeficientes {an + an-1 + ...+ a1 + a0} são números com-
plexos.

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Função Constante

Esse é um tipo de função bem particular, é quando os valores da imagem são sempre os mesmos
para todo “x” pertencente a R, f: R→R com x→F(x) = c, c é a imagem correspondente, ou seja,
se traçarmos um gráfico dessa função, quaisquer que sejam os valores que você atribuir para a
variável “x”, termos sempre um valor único para “y”.

Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/funcao-constante.htm

Exemplo

Exemplo: O gráfico da função F(x) = 2 é uma reta paralela ao eixo x que intercepta
o eixo y no ponto (0, 2).

Fonte:http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/funcao-constante.htm

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Função Linear:

No estudo da função linear vemos que ela é um caso particular de função, afim (estudaremos logo
a seguir), sua lei de formação é do tipo f: R→R com x → f(x) = ax, onde a (coeficiente angular) é
um número real e diferente de zero. Seu gráfico é uma reta, se a é positivo a função é crescente
e se a é negativo a função é decrescente.

Exemplo

f(x) = x

Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/funcao-linear.htm

Exemplo 2

f(x) = – 2x

Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/funcao-linear.htm

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FUNÇÃO AFIM OU POLINOMIAL DE PRIMEIRO GRAU

Continuando temos a função afim ou de 1° grau, onde f: R→R com x → F(x) = ax + b é represen-
tada graficamente por uma reta, sendo a é o seu coeficiente angular (a positivo → reta crescente
e a negativo → reta decrescente) e b o coeficiente linear.

Função crescente Função decrescente


Fonte:http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/funcao-1-grau.htm

Palavras do Professor

Prezado(a) aluno(a), você pode verificar que as diversas funções ditas de primeiro grau terão sem-
pre o formato de uma dessas duas representações (crescente ou decrescente).

Algo de grande importância para as retas é a sua inclinação, o parâmetro que a determina é o coe-
ficiente angular, podemos definir o coeficiente angular de uma reta r como sendo a tangente do
ângulo α (ângulo alpha) que surge pela inclinação desta mesma reta em relação ao eixo “x”. Para
calcular este coeficiente, é simples, basta conhecermos dois pontos quaisquer A e B pertencentes
a esta reta. Daí é só recorrermos às relações fundamentais de triângulo retângulo.

Fonte: http://pt.slideshare.net/slidericardinho/geometria-analiticagaia
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Trabalhando conceitos

Exemplo

Exercício 03: Dada a função de primeiro grau f(x) = 2x + 3, determine:

a) Os coeficientes angular e linear;


b) O valor de f(10);
c) O valor de x quando y = 13;
d) A função é crescente ou decrescente?

Solução

a) Primeiro vamos fazer uma comparação entre as funções f(x) = ax + b e f(x) = 2x + 3.

ax + b = 2x + 3
Com isso, a = 2 (coeficiente angular) e b = 3 (coeficiente linear).

b) O valor numérico f(10), será substituir x por 10.

f(x) = 2x + 3 → f(10) = 2 x 10 + 3 → f(10) = 20 + 3 → f(10) = 23

c) O valor de x quando y = 13; como y = f(x), teremos:

f(x) = 2x + 3 → 13 = 2x + 3 → -2x = -13 + 3 → -2x = -10, multiplicando a expressão por


(-1), 2x = 10 → x = 10/2 → x = 5.

d) Como o coeficiente angular é a = 2, positivo, a função é crescente.

Exemplo

Exercício 04: Determine a função afim f(x) = ax + b, sabendo que f(-1) = -2 e f(2) = 10.

Solução

Temos f(-1) = -2 e f(x) = ax + b, vamos fazer x = -1 e y = -2


→ f(-1) = a x (-1) + b
→ -2 = -a + b
→ -a + b = -2, equação I

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Temos f(2) = 10 e f(x) = ax + b, vamos fazer x = 2 e y = 10
→ f(2) = a x (2) + b
→ 10 = 2a + b
→ 2a + b = 10, equação II

Resolvendo o sistema de equações

Isolando a na 1º equação
→ -a + b = -2 x (-1)
→a–b=2
→a=2+b

Substituindo o valor de a na 2º equação


→ 2a + b = 10
→ 2(2 + b) + b = 10
→ 4 + 2b + b = 10
→ 3b = 10 - 4
→ 3b = 6
→ b = 6/3
→b=2

Substituindo o valor de b na 1º equação


→a=2+b
→a=2+2
→a=4

A função será definida pela seguinte lei de formação: f(x) = 4x + 2.

Exemplo

Exercício 05: Na produção de peças, uma indústria tem um custo fixo de R$ 8,00
mais um custo variável de R$ 0,50 por unidade produzida. Sendo x o número de
unidades produzidas:

a) Escreva a lei da função que fornece o custo total de x peças.


b) Calcule o custo para 100 peças.

Solução

a) A lei de formação corresponde a uma função afim, onde o coeficiente linear é o custo fixo, b = 8
e o coeficiente angular é o custo variável, a = 0,5, assim sendo: F(x) = ax + b → C(x) = 0,5x + 8

b) O custo total é dado por C (x) e o número de peças é x = 100, então:


C (x) = 0,5x + 8, fazendo x = 100, C (100) = 0,5 x 100 + 8→C (100) = 50 + 8→C (100) = 58→R$ 58,00

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Exemplo

Exercício 06: Para a função real de variável real, definida por f (x) = (5 – 7k).x -
13, determinar o valor de k para:

a) A função seja constante;


b) A função seja crescente;
c) A função seja decrescente;
d) A raiz da função.

Solução

a) Para que a função afim f(x) = ax + b, seja uma função constante, o seu coeficiente angular terá
de ser nulo, logo.
5 – 7k = 0
- 7k = -5
Multiplicando toda a expressão por (-1)
7k = 5
K = 5/7

b) Para que a função seja crescente, é necessário que o coeficiente angular seja positivo, logo:
5 – 7k > 0
–7k > 0 – 5
–7k > – 5
Multiplicando toda a expressão por (-1)
7k < 5
k < 5/7

c) Para que a função seja decrescente, é necessário que o coeficiente angular seja negativo, logo:
5 – 7k < 0
–7k < 0 – 5
–7k < – 5
Multiplicando toda a expressão por (-1)
7k > 5
k > 5/7

d) A raiz da função corresponde ao valor de x que anula a função, f(x)=0, lembrando que o coefi-
ciente angular não pode ser nulo, então:
Condição de existência:
5 – 7k ≠0
5 – 7k ≠ 0
- 7k ≠ -5

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Multiplicando toda a expressão por (-1)
7k ≠ 5
K ≠ 5/7
e
f(x) = (5 – 7k).x – 13
(5 – 7k).x – 13 = 0
(5 – 7k).x = 13
x = 13/(5-7k)

Exemplo

Exercício 07: Seja o gráfico abaixo, o de uma função do1º grau.

Determinar a função a qual pertence à reta indicada.

Solução

A reta passa por dois pontos que chamaremos de A (3/2, 0) e B (0,-3), com isso verificamos que
para o ponto A, x=3/2 e y=0, enquanto que B, x=0 e y=-3.
Usaremos f(x) = ax + b ou y = ax + b.
Primeiro o ponto B:
y = ax + b → -3 = a x 0 + b → b = -3

Usando o ponto A
y = ax + b → 0 = a x 3/2 + b → 0 = 3a/2 + (-3) → 3 = 3a/2 → 1 = a/2 , usando a proporção, tere-
mos a = 2.
Logo, f(x) = 2x -3

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Exemplo

Exercício 08: O coeficiente angular da reta que passa pelos pontos A (8,1) e B (9,6) é:

Solução

m=5

FUNÇÃO QUADRÁTICA OU POLINOMIAL DE SEGUNDO GRAU

As funções do tipo onde f: R→R, com f(x) = ax2 + bx + c, com a≠0, são chamadas de funções do
segundo grau, têm sempre a forma de parábola. Os valores dos coeficientes “a”, “b” e “c” serão
o indicativo de como a parábola será formada.

O coeficiente a indica a concavidade da parábola, conforme figura a seguir:

Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/7921200/

Guarde essa ideia!

∆ > 0, indica que existem duas raízes reais e distintas.


∆ < 0, indica que não existem raízes reais.
∆ = 0, indica que existem duas raízes reais e iguais.

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O coeficiente “c” indica o local em que o gráfico da função irá cortar o eixo “y”.

A parábola possui um ponto (xv,yv) chamado vértice onde determina-se o máximo ou mínimo da
função.

Fonte:http://concursos.brasilescola.uol.com.br/matematica/coordenadas-vertice-parabola.html

Exemplo

Exercício 09: A função quadrática utilizada, f(x) = x2 - 8x + 25 mede a quantidade mínima de gotas
de certo líquido para a formação de porções de certa substância em um processo químico. Deter-
minar a quantidade de gotas e a quantidade de porções formadas.

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Solução:

Temos, a = 1, b = -8 e c = 25, por se tratar de quantidades mínimas, utilizaremos o vértice da pa-


rábola para encontrá-las.

Dica

Prezado(a) aluno(a), espero que até o momento você esteja assimilando os as-
suntos abordados neste guia. Caso tenha alguma dificuldade, faça uma nova
leitura de seu livro-texto.
Vamos continuar...

Funções Racionais: são tipos de funções geradas pelo quociente entre dois polinômios, ou seja,
f(x) = (P(x))/(Q(x)), onde P(x) e Q(x) são polinômios, como por exemplo, f(x) = (x^3+8x-3)/(2x+8).

Funções Transcendentes: Funções que são caracterizadas por envolver em sua estrutura pelo
menos, um dos seguintes termos: exponencial, logaritmo, relações trigonométricas e trigonomé-
tricas inversas.

Exemplos: f(x) = 3x, f(x) = 2x + 20x, f(x) = log(x) +30, f(x) = 5 cos(x) + 2.

Se uma função envolve expressão algébrica e, ao mesmo tempo, expressão transcendente, a de-
nominação da função prevalece com o nome de transcendente.

FUNÇÃO EXPONENCIAL

Leitura complementar

Caro(a) aluno(a), um estudo detalhado deste tipo de função está disposto no


livro-texto referente ao tópico 1.1 intitulado “função exponencial”. Você deve
fazer uma leitura da página 9 até 18, observando as principais características
em comum.

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Pela leitura do texto, as funções exponenciais têm a forma básica do tipo:
f(x) = ax ,sendo a > 0 e a ≠ 1

Notamos que este tipo de função pode ser classificado basicamente em dois grupos: quando a >
1 e quando 0 < a < 1.

Se 0 < a < 1, então a função é decrescente e se aproxima de zero para valores grandes de x, en-
quanto que se a > 1, então a função é crescente e se aproxima de zero à medida que x decresce
negativamente.

Fonte:http://brasilescola.uol.com.br/matematica/funcao-exponencial-1.htm

Se x = 0, então a0 = 1, ou seja, para qualquer valor da base, o gráfico intercepta o eixo y quando
y = 1.

Para que a função exponencial pudesse ser definida em todos os reais, algumas restrições foram
necessárias à base como, por exemplo, o fato de ser diferente de 1 (1x só tem significado se x é
finito, mas os reais compreendem o infinito também) e não poder ser negativo (a < 0).

Dica

Existe um número irracional muito utilizado em matemática denominado número de Euler que é
representado por “e”, cujo valor aproximado até a quinta casa decimal é dado por 2,71828, que
quando utilizado como base da função exponencial apresenta propriedades matemáticas muito
interessantes e, por isso, a função f(x) = ex, é a mais utilizada na teoria e nas aplicações das fun-
ções exponenciais. Temos como exemplo uma função Q(t) = Qo ekt de análise de crescimento ou
decaimento de uma determinada grandeza, Q(t) que cresce exponencialmente para k > 0 e decai
exponencialmente para k < 0, onde Qo representa a grandeza inicial.

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Exemplo

Exercício 09: O crescimento bacteriano, em condições específicas, de determi-


nada população em uma cultura cresce exponencialmente. No início existiam
2.000 bactérias da cultura e após 20 minutos, 6.000 bactérias foram detectadas.
Desejamos saber qual a quantidade de bactérias estaria presente após 1 hora?

Solução:

Seja Q(t) a quantidade de bactérias presentes na cultura depois de t minutos. Como sabemos
que a quantidade de bactérias cresce exponencialmente e que existiam no início a quantidade de
2.000 bactérias, Q é representada por função da forma:
Q(t) = Qo ekt → Q(t) = 2.000 ekt

Uma vez que 6.000 bactérias estão presentes após 20 minutos, temos:
6.000 = 2.000 e20.k → 6.000 = 2.000 e20.k → e20.k = 3

Para determinarmos a quantidade de bactérias depois de 1 h (60 min.), é só calcular Q(60) da


seguinte forma:
Q(60) = 2.000 e60k = 2.000 (e20.k)3 = 2.000 (3)3 = 54.000

Assim, 54.000 bactérias estarão presentes na cultura depois de 1 hora.

Função logarítmica

Na sua definição temos o seguinte: Seja um número real a (0 < a ≠ 1), chama-se função logarítmi-
ca de base a a função f de R_+^*→R em que se associa a cada x o número 〖log〗_a⁡x.

Exemplo

f(x) = log3x, f(x) = log5

Você pode observar que as funções logarítmica e exponencial são inversas, veja o gráfico a seguir:

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Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/matematica/funcao-logaritmica.htm

Leitura complementar

Para o estudo de funções logarítmicas, convido você a fazer uma leitura do


livro-texto da página 19 até 21, destacando as propriedades, representação
gráfica e domínio de validade.

Guarde essa ideia!

O logaritmo do número 1 em qualquer base sempre será igual a 0.


loga1 = 0, pois a0 = 1

O logaritmo de qualquer número a na própria base a será igual a 1.


logaa = 1, pois a1= a

O logaritmo de uma potência da base é o expoente, em qualquer base.


logaam = m, pois m logaa = m x 1 = m

A potência de base a e expoente logab é igual a b.


a log b = b, pois logab = x → ax = b
a

Dois logaritmos são iguais, quando seus logaritmandos forem iguais.


logab = logac ↔ b = c
loga (x y) = logax + logay
log ax/y = logax – logay
log axm = m logax
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Caso particular: Se a = e então a função é chamada de função logarítmica natural, ou função
logarítmica neperiana, a qual é representada por:
f(x) = ln(x) = loge x

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Caro(a) aluno(a), em sempre tratamos com grandezas lineares, por isso necessitamos outras ferra-
mentas, como as funções trigonométricas, as principais são as funções seno e cosseno, as quais
possuem comportamento ondulatório e são definidas para todo x real. São utilizadas para modelar
fenômenos periódicos, que se repetem com uma determinada frequência. As demais, como tan-
gente, cotangente, secante e cossecante, são definidas a partir do seno e cosseno, e são dadas
pelas relações fundamentais da trigonometria. Caro estudante, fique atento, pois vou explicar
cada uma destas funções!

Função Seno

A função seno nós a representamos como f(x) = senx, o domínio dessa função é R e a imagem é Im
= [ -1,1]; como no ciclo trigonométrico o raio é unitário, –1< senx <1.

Fonte: Autor, 2016.

Função cosseno

A função cosseno nós a representamos como f(x) = cosx, o domínio dessa função é R e a imagem
é Im = [ -1,1]; como no ciclo trigonométrico o raio é unitário, –1< cox <1.

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Fonte: Autor, 2016.

Função tangente

A função tangente nós a representamos como f(x) = tgx, o domínio dessa função é R, exceto os que
zeram o cosseno, pois não existe cosx = 0
Imagem de f(x) = tg x; Im(tg x) = R ou Im = ]-∞,∞[.

Fonte: Autor, 2016.

Função secante

A função secante nós a representamos como f(x) = 1/cos x, como a função secante é a inversa da
função cosseno, eles terão os mesmos sinais.

secx = 1/cosx .

O domínio da função secante é

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Função cossecante

A função cossecante nós a representamos como f(x) = 1/senx, como a função cossecante é a in-
versa da função seno, eles terão os mesmos sinais.

cossecx = 1/senx .

O domínio da função cossecante é

Função cotangente

A função cotangente nós a representamos como f(x) = 1/tgx, como a função cotangente é a inversa
da função tangente, então os sinais da função cotangente é a razão entre o cosseno e o seno.

Leitura complementar

Convido você a fazer uma leitura do livro-texto da página 21 até 23, observando
as relações entre elas e suas representações gráficas.

Funções Trigonométricas Inversas

As funções inversas possuem mesmo domínio de validade das diretas, isso por que as funções
trigonométricas não são bijetoras. Dessa forma, para torna-las inversíveis é necessário restringir
aos intervalos em que sejam bijetoras.

Leitura complementar

Para sua melhor compreensão, faça a leitura no livro-texto nas páginas 23 até
26, observando a comparação entre as funções direta e suas inversas.

Função Módulo

Podemos defini-la por f(x) = IxI, ou seja, será igual a x se x ≥ 0 e será igual a -x se x < 0.

Observe que, para esse tipo de função, o operador módulo interfere na imagem negativa resultan-
te da função que deu origem. Por exemplo, se considerarmos a função de origem f(x) = x2 - 5x + 4
e em seguida aplicarmos o módulo, teremos outra função do tipo g(x) = |x2 - 5x + 4|.

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Sugestões para melhorar seus conhecimentos

Para que você tenha um bom aproveitamento nesta disciplina, é interessante não se limitar às in-
formações que aqui se encontram, uma vez que este material não se trata de um manual completo
de estudos matemáticos. Por essa razão, sugiro a leitura de algumas referências bibliográficas
presentes na biblioteca virtual. Também sugiro assistir a uma série de vídeos disponíveis na in-
ternet.

Acesse sua Biblioteca Virtual

DEMANA, Franklin D.; WAITS, Bert K.; FOLEY, Gregory D.; KENNEDY, Daniel - PRÉ-CÁLCULO. Edi-
tora: Person. 2ª edição. 2013.

“Os assuntos relacionados com este primeiro guia de estudos estão dispostos do capítulo 1º (pri-
meiro) até o 15º (décimo quinto). Do primeiro capítulo até o sexto, estão contidos os elementos
essenciais que darão o suporte necessário ao entendimento de funções. Do capítulo sétimo até o
décimo quinto, temos um estudo de funções propriamente ditas.”

FLEMMING, Diva Marília; GONÇALVES, Mirian B. - CÁLCULO A: Funções, limite, derivação e inte-
gração. 6ª edição. Editora: Person. 2006.

“Os assuntos relacionados com este primeiro guia de estudos estão dispostos nos dois primeiros
capítulos, os quais estão organizados da seguinte forma: no primeiro, temos uma abordagem so-
bre números o conjunto dos números reais; no segundo, temos um estudo de funções sejam elas
na forma algébricas e na forma transcendentes.”

JACQES, Ian - MATEMÁTICA PARA ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO. Editora: Person. 2010.

“Neste livro o autor se utiliza dos conceitos matemáticos como ferramenta de análises econômi-
cas, de custos, rendimento, demanda, entre outras aplicações. Os assuntos que estão diretamente
relacionados com este guia de estudos estão dispostos no primeiro e segundo capítulos.”

MACEDO, Luiz R. D.; CASTANHEIRA, Nelson P.; ROCHA, Alex - TÓPICOS DE MATEMÁTICA APLICA-
DA. Editora: Ibpex. 2008.

“Os assuntos relacionados com este primeiro guia de estudos estão dispostos do capítulo 1º
(primeiro) até o 10º (décimo). Do primeiro capítulo até o oitavo, estão contidos os elementos es-
senciais que darão o suporte necessário ao entendimento de funções, tais conjuntos teoria dos
números, expressões algébricas, equações e logaritmos. No capítulo nono e no décimo, temos um
estudo das funções e suas aplicações.”

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THOMAS, George B.- CÁLCULO. Volume Um. 12ª edição. Editora: Person. 2012.

“Os assuntos relacionados com este primeiro guia de estudos estão dispostos no capítulo 1º (pri-
meiro). Nele você encontrará os conceitos relacionados às funções, como domínio imagem. Assim
como, uma abordagem geral de funções algébricas, transcendentes e seus respectivos gráficos.”

Veja o vídeo!

Há uma série de vídeos preparados pelo Professor Renato Pedrosa do Departamento de Matemá-
tica do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da UNI-CAMP, disponíveis na
internet. Esta série está disposta em 5 (cinco) vídeos organizados da seguinte forma:

Primeiro Vídeo de 40min 34s intitulado “Cursos Unicamp – Cálculo 1 (Aula 1) – Introdução”.

Endereço do Vídeo sugerido: http://www.youtube.com/watch?v=XJCmMuZV-JA

Neste vídeo, o Professor mostra com detalhe o significado de funções imagem e domínio. Procure
anotar as informações conceituais e compare com o material que escrito que você dispõe.

Segundo Vídeo de 44min 53s intitulado “Cursos Unicamp – Cálculo 1 (Aula 2) – Funções –parte 1”.

Endereço do Vídeo sugerido: http://www.youtube.com/watch?v=vBxka1HhlAs

Neste vídeo, o Professor mostra as características de uma função de primeiro e segundo grau
destacando as deduções matemáticas, sua importância e aplicação em algumas áreas de conhe-
cimento.

Terceiro Vídeo de 37min 30s intitulado “Cursos Unicamp – Cálculo 1 (Aula 3) – Funções –parte 1”.

Endereço do Vídeo sugerido: http://www.youtube.com/watch?v=qFXs4iSsbrk

Neste vídeo, o Professor apresenta algumas técnicas de construção generalizada de uma função
do segundo grau.

Quarto Vídeo de 41min 15s intitulado “Cursos Unicamp – Cálculo 1 (Aula 4) – Funções –parte 1”.

Endereço do Vídeo sugerido: http://www.youtube.com/watch?v=LDbD0z2_xdQ

Neste vídeo, o Professor mostra uma técnica de como criar funções a partir de funções conheci-
das.

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Quinto Vídeo de 41min 15s intitulado “Cursos Unicamp – Cálculo 1 (Aula5) – Fun-ções –parte 2”.

Endereço do Vídeo sugerido: http://www.youtube.com/watch?v=ECblTdistvE

Neste vídeo, o Professor dá continuidade às técnicas de como criar funções a partir de funções
conhecidas, destacando que para ser obtida a inversa de certas funções é necessário considerar-
mos que elas são admitidas em domínio restrito.

Ao assistir a todos esses vídeos você terá uma noção ampla sobre funções, imagens e domínio.
Caso você tenha alguma dificuldade no entendimento, procure fazer este estudo em etapas: leia
esse guia de estudos comparando com as indicações do livro-texto (BUP de Cálculo diferencial
escrito pela professora Maria Caroline Trovo) e os livros da biblioteca virtual. Faça suas anotações
como uma forma de resumo destacando o que você entendeu. Em seguida, você poderá rever os
vídeos comparando com o resumo que você construiu. Assim, esperamos que você tenha um bom
aproveitamento.

Acesse o Ambiente Virtual

Prezado(a) aluno(a), chegamos ao final da nossa I unidade. Agora chegou o momento de colocar
em prática os conhecimentos que você adquiriu nesta unidade, acesse o ambiente virtual de
aprendizagem e responda as atividades.

Bons estudos e até a próxima unidade!

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