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“ESCOLAS PENAIS”

1. Escola Clássica

A escola clássica foi burguesa e romântica, mas ao mesmo tempo individualista,


humanitária, de fundo ético, além de jurídico.
Um dos fundamentos indeclináveis desta escola é o livre-arbítrio, supondo sempre a
existência de uma vontade inteligente e livre. O pressuposto da responsabilidade penal, é a
imputabilidade moral. Percebe-se que aqui que a responsabilidade penal é a responsabilidade
moral.
Outro princípio básico é no que diz sobre o crime. O crime não é um ente de fato, mas
uma entidade jurídica; esta seria a fórmula sacramental.
Convencionam os clássicos suas concepções sobre o raciocínio, fazendo a escola valer-
se do método dedutivo ou lógico-abstrato.
Na concepção desta escola, Deus preexistia o homem.
No que diz respeito a pena, esta é um meio de tutela jurídica. É retribuitiva, expiada da
culpabilidade contida no fato punível. Como o crime é uma violação de um direito, a defesa
contra este deve estar contida na lei. ”Não é exato que, na Escola clássica, a pena não tenha a
finalidade de defesa. Tem-na, embora em sentido exclusivamente especulativo. Aliás, já
vimos isso com as teorias relativas, citando em especial Feurbach, Bentham e Romagnosi.”1
Esta escola foi a denodada defensora do indivíduo contra o arbítrio e a prepotência
daqueles tempos.
Na escola clássica encontramos diversas tendências, porém, entre elas havia
características comuns e princípios básicos, salientando-se por sua orientação humanitária (ou
liberal) e por sua índole filosófica.
Assim, desenvolvida na Itália, podemos dizer que nesta escola de destingue duas
correntes: o filosófico (ou teórico) - com influência do Iluminismo, pretendeu criar um direito
punitivo baseado na necessidade social; onde os nomes de destaque são Beccaria, Filangieri,
Romagnosi e Carmiganei - e o jurídico (ou prático) - que se estabeleceu como fase definitiva
da escola, onde na metafísica jusnaturalista invade a doutrina do direito penal e acentua a
exigência ética da retribuição da pena; entre os nomes estão Carrara e Pessina.
Entre os representantes Italianos estão: Filangieri - onde o direito punitivo tinha origem
e fundamento em pacto social, e que este tinha apenas a função de pressuposto lógico, não de
realidade histórica. Via-se então que o Direito Penal tinha o fim de garantir a tranqüilidade e
a segurança que o contrato social estabelecerá. - Rossi - que substituiu por um moralismo
1
E. Magalhães Nogueira, pg. 32
2

metafísico o utilitarismo e construiu o seu sistema sobre a exigência da justiça moral. Para ele
a justiça social participa da Justiça moral e divina. Admite que a pena seje limitada pela
utilidade social e a pena em si não é mais do que retribuição. - Carmignani - Reafirma a
distinção entre Direito e Moral, entre Direito Natural e Direito Político. As penas são apenas
obstáculos políticos à prática dos crimes. O direito de punir não é mais do que um direito pela
necessidade política. - Romagnosi - Acentua em seu sistema a idéia de pena como defesa.
Contesta a idéia de um contrato social. O direito punitivo, o fim exclusivo da pena é a defesa
da sociedade contra o crime. A pena vale como contra - estímulo ao estímulo criminoso e aí
esta a sua natureza e o seu limite.

1.1. Período filosófico ou teórico

Tem como seu principal iniciador César Becarria, com o livro, editado em 1764, “Dei
delitti e delle pene” .
Sua obra não é jurídico em sentido técnico, mas filosófica ou filosófico-sociológica.
Becarria é conhecido como o pioneiro do direito penal liberal. Queria um direito Penal
com leis precisas e claras, um direito penal certo, onde o juiz não poderia interpretar as leis
como bem entendesse ao seu contento, mas seguir as linhas escritas.
Para o autor a modo de medir a responsabilidade penal do acusado não seria a
gravidade do ato, nem a sua intenção, seria o dano que este teria causado a sociedade.
Beccaria nega a legitimidade da pena de morte.

1.2. Período jurídico ou prático

Destaca-se o nome de Francesco Carrara, e lembra-se também o nome de J.A.


Carmignani (antecessor de Carrara na cátedra de pisa).
Carrara é conhecido como o mestre de Pisa, o maior vulto da Escola Clássica. Originou
seu sistema rigorosamente nas premissas jusnaturalistas.
“Se Becarria é o pioneiro do direito penal liberal, Carrara pode ser tido como o da
dogmática penal.”2
Dentro do sistema lógico que destacou-se como um dos princípios fundamentais da
escola surgiram contradições na época. “(...)pairava a exigência substancial de que a violação
do Direito para ser punível há de ser fruto de uma vontade inteligente e livre. A liberdade de
querer, para Carrara, é um axioma, está fora de debate.”3
Carrara entende a concepção do delito como um ente jurídico, estruturado por duas
forças: a moral (vontade consciente e livre do delinqüente) e a física (movimento corpóreo e
o dano causado pelo crime).
Este doutrinário consagra o princípio da reserva legal: só é crime o que infringe a lei,
observando que está deve ser promulgada (jurídica). Para ele, a lei tem a finalidade de
proteger os cidadãos; assim, o crime ao infringir a lei, infringe esta tutela. Para o crime ser
considerado como tal, deverá ser resultante de um ato humano externo, positivo ou negativo,
moralmente imputável e politicamente danoso. O crime não é uma infração e não uma ação.

2
E. Magalhães Nogueira, pg. 30
3
Aníbal Bruno. pg. 103
3

2. Escola Alemã

Originaria da Alemanha, seguiu o objetivo de resolver os problemas da escola anterior,


pelas mesmas razões práticas e filosóficas.
Esta escola se desenvolveu independentemente de qualquer outra e com um vigor e
originalidade que merecem destaque.
Um dos destaques desta escola é Feuerbach, que se filiou a Kant, mas libertou-se do
absolutismo Kantiano.
Feuerbach é apontado por alguns autores como o Pai do Direito Penal Moderno e por
outros como precursor do Positivismo Penal.
Este mestre entende a pena como uma medida preventiva, uma conseqüência, onde a
sanção punitiva é um instrumento de ordem e segurança social (um meio de deter o
criminoso) A execução da pena é a realização prática da ameaça, um fato que lhe da seriedade
e a reafirma.
A pena não se explica por uma idéia de justiça, mas de necessidade social.
Este autor admite o princípio da absoluta legalidade dos crimes das penas.
Trabalha com a idéia que a finalidade do estado é a convivência humana, de acordo
com o direito. O crime é um violação do direito e logo o estado tem obrigação de impedi-lo.
Tal função é conseguida, através da pena, mediante a coação psíquica e se preciso também
física.
Para Von Liszt, depois da Feuerbach, a doutrina jurídico-penal alemã se divide em três
direções: uma no sentido de Kant, outra no de Hegel e a terceira, que toma orientação nas
raízes do passado.
Kant trabalha no campo de direito Penal com um sentido ético do seu sistema. Reage
contra o utilitarismo e opõem-se ao Iluminismo. Proclama a liberdade de querer do homem.
A pena é a negação do crime e deve ser igual e contrária, de modo a reintegrar a ordem
violada; é a conseqüência do delito; é um imperativo categórico. Exigem-na razão e justiça.
Hegel trabalha com a teoria da retribuição. O crime é a negação do direito e da Pena. O
objeto do crime não é o dano causado pelo criminoso, mas o injusto contido no próprio crime.
A pena não é alguma coisa de estranho ao crime, mas um desenvolvimento dele. Trabalhava
também na teoria do talião, mas num sentido mais espiritual. É um autor racional.
Na terceira corrente não se afasta da posição já vistas, mantém a sua preocupação de
estudo especulativo do Direito Penal, mas enriquece com a investigação e fundamentação
histórica. Neste corrente encontra-se Bekker e Waechter.

3. Escola Positiva

Esta escola proclamava outra concepção do direito. Contra o princípio individualista,


esta escola se dizia socialista. Deus para eles “é o resultante da vida em sociedade e sujeito a
variações no tempo e no espaço, consoante a lei da evolução.”4
4
E. Magalhães Nogueira, pg. 34
4

A Escola Positiva não era adepta ao direito punitivo.


O crime aqui não é um ente jurídico, mas é um fato humano, pré-vindo de fatores
individuais, morais e físicos. O crime tornou-se objeto de investigação científica, primeiro
naturalista e logo sociológica.
O método aplicado nesta escola é o indutivo. Por isto alguns autores a chamam de
Experimentalista.
A sanção pode ser aplicada antes da prática delituosa, em certas condutas entendidas no
estado perigoso (embriagues. desonestidade, etc.).
Aqui, o homem é responsável por viver, e a medida penal é dada pela periculosidade.
A pena tem a finalidade de defesa social, não havendo assim, correspondência precisa
entre ela é o crime.
Então verificamos que os fundamentos e características desta escola são: a pena tendo
por fim a defesa social e não a tutela jurídica; o crime como fenômeno natural e social,
previndo de causas físicas, biológicas e sociais; e responsabilidade social como decorrência
do determinismo e da periculosidade.
Esta escola tomou o crime como realidade fenomênica e fez a sanção anticriminal.
O pioneiro desta escola foi César Lombroso, que trabalhava com a concepção básica
do método experimental e do fenômeno biológico do crime. Foi o criador da Antropologia
Criminal. Lombroso criou a famosa teoria do criminoso nato. De modo ilustrativo dá-se o
exemplo: Maguila (lutador de Boxe) que é moreno, cabelos pretos e curtos, nariz achatado,
orelhas coladas, estatura média alta, olhos castanhos, pela teoria de Lombroso, é um
criminoso nato “e pronto”. Esta pessoa se encontra dentro das características da teoria, já
nasceu um criminoso e vai morrer assim. Através deste exemplo, podemos constatar a grande
insuficiência desta teoria criada Lombroso (em primeira versão), que com justiça, alguns
autores, consideraram um paradigma racista-biologista. Mas o que para nós importa é que
Lombroso deu origem a esta corrente; apenas a título de conhecimento, o próprio Lombroso
deu-se conta da “incompatibilidade total” de sua teoria do criminoso nato e tentou aperfeiçoa-
la.
Outros nomes que, depois de Lombroso, realmente se destacam nesta escola são os de
Enrico Ferri e Rafael Garofalo.
Embora, como veremos a seguir, Garofalo seja a favor de pena repressivas drásticas, a
escola teve um rumo mais humano e mais ajustado a uma racional defesa social, segundo as
concepções de Ferri. Com já foi comentado no trabalho, a escola não era adepta do direito
punitivo.
Enrico Ferri foi o maior vulto desta escola. Sua obra principal é “I nuovi orizzonti del
diritto e della procedura penale” - 1880, ele é o pai da sociologia criminal.
Negou o livre-arbítrio da escola clássica. Trabalhou com a expansão causal do delito
(sociais, antropológicos e físicos). Pregou a idéia que o homem só é responsável porque vive
em sociedade, vivendo só esta não existiria (substituiu a responsabilidade moral pela
responsabilidade social).
A pena para ele deveria ser ajustada a cada delinqüente e deveria ser indeterminada
visando o reajusto deste para o convívio social. Para ele o fundamento e a razão da reação
punitiva é a defesa social.
5

Ferri ampliou o antropologismo de Lombroso nas origens da criminalidade, em mais


dois fatores, além do antropológico os fatores físicos e sociais. Classificou os criminosos em
cinco categorias: louco, habitual, nato, ocasional e passional (por paixão).
O criminoso louco não poderia ser delinqüente, seriam indivíduos que estariam entre a
sanidade e a enfermidade psíquica. Mas na visão da escola, compreensível visando a
responsabilidade social. Seria, por exemplo, o maníaco do parque (os series killer).
O delinqüente habitual é antes de mais nada um produto do meio. “Mais do que os
fatores endógenos, influem nele os exógenos” 5. Aqui, um exemplo, encaixaria-se a maioria
dos delinqüentes brasileiros; são aqueles que iniciam sua vida criminosa destes pequenos com
pequenos delitos e embora sua pena seja de menor duração, por cumprirem seu castigo em
lugar inadequado, tenham o contato com outros criminosos mais perigosos, acabam
desencadeado mais delitos de maior gravidade.
O delinqüente nato é o mesmo considerado por Lombroso, mas para Ferri é uma atrofia
do senso moral.
O delinqüente ocasional é o sem firmeza de caráter e versátil. O fraco de espírito, que é
envolvido na situação (no momento). Aqui se envolve diversos fatores: como a miséria, a má
influência, a esperança de impunidade. Por exemplo, um gerente financeiro, num momento
onde o dono viaja e o fiscal falece, tendo a mãe internada em um hospital e estando sem
dinheiro para cobrir as despesas, acaba achando uma maneira e desvia dinheiro da empresa
para sua conta particular.
E o delinqüente passional, para Ferri, é em regra, honesto, mas de sensibilidade
exagerada e temperamento nervoso. Não ache com premeditação, confessa o delito e
arrepende-se (podendo até suicidar-se). Ache sem dissimular, é espontânea e geralmente o
crime ocorre na juventude. Exemplo: um namorado que é chifrado pela sua amável namorada
e é exposto ao ridículo, que termina atentando contra a vida da mesma.
Este autor entendeu as certas medidas tendentes a modificar as condições do meio,
sobretudo sociais e econômicas de evidente ação criminogenia como substitutivos penais. A
medida penal é também a prevenção dos crimes.
Rafael Garófalo foi o iniciador da fase jurídica. Sua obra principal é a Criminologia.
Rafael trabalhou nesta obra um três partes: delito, delinqüente e repressão penal.
Buscando um conceito homogêneo do crime, procurando apoiar o conceito naturalista
do criminoso em um conceito naturalista do crime, criou o delito natural.
O crime é a revelação de uma natureza degenerada. “O fundo do caráter criminoso é
uma anomalia psíquica, uma anomalia moral.”6 Constatamos então que o delinqüente para ele
não é uma pessoa normal. Inclusive foi este conceito (da anomalia moral) que deu origem aos
princípios de periculosidade ou perigosidade.
Garófalo dá mais atenção à repressão dos crimes, do que Ferri. Sua medida penal é,
sobretudo, a eliminação, seja pela deportação, relegação a colônias penais ou até mesmo a
pena de morte.

5
E. Magalhães Nogueira, pg. 36
6
Aníbal Bruno, pg. 118
6

4. Escola Eclética

“Esta escola surgiu com o objetivo de conciliar as posições extremadas das Escolas
Clássica e do Positivismo Naturalista.”7
Entre duas correntes, uma Italiana com Roberto Lyra e outra alemã, destaca-se esta
última, a destacável escola de Von Lizt.
A escola moderna da Alemanha, como também era chamada, é a que mais se aproxima
da escola positiva.
Entre seus vários seguidores, a escola teve como seu mestre Von Ihering.
“A finalidade principal desta escola alemã foi a adoção de medidas e providências de
ordem pública no interesse da repressão e prevenção do delito, o que conseguiu, introduzindo
nas legislações diversos institutos.”8
Esta escola trabalhou com o método lógico-jurídico para o direito penal e experimental
para as ciências penais.
Distingue-se o direito penal da criminologia
Aceita a existência do estado perigoso e nega o criminoso nato de Lombroso e o tipo
antropológico de delinqüente.
Entende o crime como fato jurídico, mas também como fenômeno natural (aspectos
humanos e sociais). A luta contra o crime não far-se-á não só da pena, mas também com as
medidas de segurança.
O estado perigoso é pressuposto para medida de segurança.
A pena retribuitiva dos clássicos é substituída pela pena de fim. A pena tem um fim
prático: a prevenção geral ou especial; dentro destas funções entendemos a preventiva geral
aquela que recai a todos e a preventiva especial aquela que recai ao delinqüente. Pena é a
arma de ordem jurídica na luta contra delinqüência.
Distingue-se o imputável do inimputável, sem se fundar, porém, no livre-arbítrio, e sim
na determinação normal do indivíduo. Substituí a noção da imputabilidade pela de
perigosidade.
Esta escola “insiste na influência das condições sociais.”9

5. Tecnicismo

“Das novas escolas, a mais importante é a do tecnicismo jurídico italiano. Alguns a


fazem derivar da corrente crítico-forense, variante da escola clássica italiana, ou mesmo de
Carrara, como pena Maggiore. É uma forma de classicismo, grandemente influenciada pela
doutrina alemã, sobretudo depois de Biding.”10
Destaca-se o nome de Arturo Rocco como seu fundador.

7
E. Magalhães Nogueira, pg. 39
8
E. Magalhães Nogueira, pg. 40
9
Aníbal Bruno. pg. 127
10
Aníbal Bruno, pg. 130
7

A bem da verdade, o tecnicismo não é bem uma escola, mas uma corrente, uma
orientação.
Um Ponto básico do tecnicismo é no que diz respeito a autonomia do Direito Penal
(estremado das chamadas ciências penais). Aqui, o Direito Penal está na lei e só com este o
jurista deve preocupar-se. Seu estudo se faz pela exegese, pela dogmática e pela crítica.
Segundo Magalhães Noronha em sua obra “Direito Penal” (volume1), “A exegese dá o sentido
verdadeiro das disposições integrantes do ordenamento jurídico; a dogmática, que investiga
os princípios que norteiam a sistemática do direito penal, fixando os elementos de sua
integridade lógica; e pela crítica-restrita, como não podia de ser - que orienta na consideração
do direito vigente, demostrando seu acerto ou a convivência de reforma.”
O direito penal não tem preocupações causais-explicativas; estas estão no setor da
sociologia e da antropologia criminal. Concluímos então que direito penal tem conteúdo
dogmático e seu método é o técnico-jurídico, e dentro da antropologia e da sociologia
criminal o conteúdo é causal-explicativo e o método é experimental.
Esta corrente de grande dominação na Itália, nega a investigação filosófica. A única
ligação com a filosofia é no que diz respeito ao sistema penal em vigor. Esta negação
filosófica corresponde a força do positivismo jurídico, traço marcante desta escola.
A pena para Rocco é um simples meio de defesa do Estado contra a perigosidade do
agente.
Esta corrente baseia-se em muitas idéias dos clássicos, em primeiro momento, porém no
diz respeito ao livre arbítrio, o excluíam do campo do Direito Penal. Mas em segundo época,
volta-se para o antigo jusnaturalismo, com Maggiore, Bettiol e outros. Aqui também se teve
origem no classicismo, com as mesmas exigências de retribuição e castigo para a pena e de
responsabilidade moral e livre arbítrio para o seu fundamento.
Distingue a responsabilidade moral dos imputáveis e inimputáveis.
Aplica a pena retribuitiva e expiatória para os primários e a medida de segurança para
os reecidentes.
Entende o crime como relação de conteúdo individual e social. O crime é um ente
jurídico porque é o direito que valoriza o fato e é a lei que o considera crime. Mas ao mesmo
tempo não se nega um fenômeno social e natural, previndo de fatores biológicos e sociais.
Enfim, a posição da corrente é a mesma dos clássicos no que diz respeito ao crime; a
persistência da idéia da responsabilidade moral, com distinção entre os imputáveis e
inimputáveis pena retribuitiva e expiatória.
Em posição aos Positivistas aderem a idéia da perigosidade criminal; a consideração do
criminoso como realidade social e humana e a sistematização das medidas de segurança.

Beatriz Trentin
Aluna da Universidade de Caxias do Sul (UCS) - Campo de Caxias
Btrenti1@ucs.tche.br

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