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1ºCiclo

Guião
de atividades
Movimento Educativo Galp
O Futuro está na tua energia
Índice
01 Introdução
02 Enquadramento Curricular
03 Metodologia
a. Criar uma Equipa
b. Desenhar um Projeto

04 Temas
a. Temas propostos pelo Movimento Educativo Galp
b. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
c. Transição Energética
d. Mobilidade Sustentável
e. Empreendedorismo

05 Contatos

02
01. Introdução
O Movimento Educativo Galp | Dá a tua Energia pelo Planeta
é de abrangência nacional e promove, nas escolas do Ensino
Básico e do Ensino Secundário e Profissional, o desenvolvimento
sustentável.

Através do trabalho conjunto de professores e alunos,


e envolvendo toda a comunidade educativa, as escolas têm
a oportunidade de desenvolver ideias, projetos e atividades
e implementar ações que contribuam para promover a mudança
nas suas comunidades, tendo por enquadramento os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pelas Nações
Unidas.
Nas atividades a desenvolver no 1º Ciclo, abordaremos diferentes
temas como por exemplo as fontes de energia, a mobilidade
sustentável, a transição energética, o consumo e a proteção
de recursos naturais, através de desafios que promovem o
envolvimento com a comunidade local, a partilha de ideias
e o desenvolvimento de atividades relacionadas com os desafios
da energia e da sustentabilidade.

Neste guião serão apresentados os temas que o Movimento


se propõe trabalhar, bem como sugestões de atividades para
que os professores, em conjunto com os seus alunos, abordem
os temas de forma prática. Serão ainda indicadas fontes
de informação adicionais, para que seja possível, caso
pretendam, aprofundar alguma das abordagens.

Será também apresentado um breve enquadramento curricular


do Movimento Educativo Galp, tendo por base as orientações da
Direção-Geral da Educação e da Agência Portuguesa do
Ambiente, com o objetivo de facilitar a integração das
atividades propostas no plano de trabalho da escola com
os seus alunos. Bom trabalho!

O Futuro está na tua energia

03
02. Enquadramento
Curricular
Vivemos num planeta com inúmeros problemas globais, podendo
destacar-se, entre outros, as alterações climáticas, as
desigualdades no acesso aos bens e direitos fundamentais, bem
como as crises humanitárias. Sabemos que o futuro do planeta
depende da formação de todos enquanto cidadãos, não só no que
respeita aos conhecimentos, que devem ser adquiridos ao longo
da vida, mas também através da aquisição de competências e
valores. A cidadania e o empreendedorismo, alicerçados nos
pilares fundamentais da educação e formação, são assim as
ferramentas que estes projetos se propõem a desenvolver
enquanto contributo para o futuro das pessoas e do planeta.

Desta forma, o Movimento Educativo Galp, nomeadamente os


temas e os projetos ou atividades que propõe que as escolas
desenvolvam ao longo do ano letivo, deverão ser alinhados com o
Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), com
as Aprendizagens Essenciais (AE), bem como com a Estratégia
Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC).

De acordo com o Referencial de Educação Ambiental para a


Sustentabilidade, o Movimento Educativo Galp, cumpre assim as
seguintes diretrizes:

TEMAS Resultados de Aprendizagem

I. Sustentabilidade · Compreendem o conceito de sustentabilidade.


Ética e Cidadania · Tomam consciência de que os s eus atos influenciam o
ambiente (ou a qualidade do ambiente).
· Compreendem os seus direitos e deveres enquanto
cidadãos face ao ambiente.

II. Produção · Tomam consciência da necessidade de adoção depráticas


e Consumo que visem a redução de resíduos.
Sustentáveis · Compreendem que os resíduos contêm elementos
reutilizáveis ou recicláveis.
· Compreendem a necessidadede adotar práticas de âmbito
pessoal e comunitário de consumo responsável.

III. Energia · Reconhecem a necessidade de adotar modelosque


promovam a eficiência energética.

III. Água · Compreendem a importância da água como recurso


essencial à existência de vida no planeta.
· Compreendem as possíveis consequências dacontaminação da
04 água na vida das atuais e futuras gerações;
· Compreendem como é que o oceano influencia o clima.
02. Enquadramento
Curricular
Conscientes que o sucesso de implementação da ENEC
e da Estratégia Nacional de Educação Ambiental (ENEA)
está intrinsecamente ligado à cultura de cada escola
e às oportunidades dadas aos alunos para se envolverem
na tomada de decisões, nomeadamente nas que os afetam,
através do Movimento Educativo Galp pretendemos incentivar
que os alunos aprendam através de desafios da vida real
e das problemáticas da sua comunidade local, indo para além
da sala de aula e da escola, e tomando em consideração
as implicações das suas decisões e ações, tanto para o seu futuro
individual como coletivo. O Movimento Educativo Galp responde
assim, a dois dos três Eixos centrais da ENEA: Descarbonizar
a sociedade e Tornar a Economia Circular.

Ainda ao abrigo da ENEC sabemos que se pretende reforçar


nas escolas o paradigma de parceria, isto é, a importância da
articulação com as diferentes partes interessadas, e isso pode
ser alavancado também através do Movimento Educativo Galp,
não só pela participação da escola num projeto que é proposto
por uma entidade externa, mas também porque para
o desenvolvimento dos projetos nas escolas propomos que
sejam estabelecidas parcerias com entidades externas, como por
exemplo com ONG, autarquias e os seus órgãos – potenciando
soluções de complementaridade e convergência capazes de criar
sinergias locais e regionais –, instituições de ensino superior
e centros e redes de investigação, entre outros.

Por fim, para cada ano e área disciplinar/disciplina, as AE elencam


os conhecimentos, as capacidades e atitudes a desenvolver por
todos os alunos. No quadro abaixo apresentamos os respetivos
domínios e as AE que se enquadram no tratamento dos temas
definidos neste guião, para o 1º Ciclo do Ensino Básico (Estudo do
Meio). Apresentamos também as ações estratégicas de ensino
orientadas para o Perfil dos Alunos (PA) que podem ser
enquadradas com o projeto:

05
02. Enquadramento
Curricular
Domínio: Domínio: Domínio: Domínio:
Sociedade Natureza Tecnologia Sociedade/Natureza/Tecnologia

- Valorizar - Relacionar - Produzirsoluções - Descrever elementos naturais


a aplicação dos ameaças à tecnológicas ehumanos do lugar onde vive através da
direitos biodiversidade através da recolha de informação em várias fontes
consagrados na dos seres vivos reutilização ou documentais.
Convenção sobre com a reciclagem de
os Direitos da necessidade de materiais. -Reconhecer a existência de bens
Criança. desenvolvimento comuns à humanidade (água, ar, solo,
de atitudes - Distinguir etc.) e anecessidade da sua preservação.
responsáveis face vantagens
à Natureza. e desvantagens -Saber colocar questões, levantar
da utilização de hipóteses, fazer inferências, comprovar
recursos resultados e saber comunicar,
tecnológicos reconhecendo como se constrói
(analógicos o conhecimento.
e digitais) do seu
quotidiano. - Distinguir diferentes formas de
interferência do Oceano na vida humana
(clima, saúde, alimentação, etc.).
Reconhecer o modo como as
modificações ambientais (desflorestação,
incêndios, assoreamento, poluição)
provocam desequilíbrios nos
ecossistemas e influenciam a vida dos
seres vivos (sobrevivência, morte e
migração) e da sociedade. Identificar um
problema ambiental ou social existente
na sua comunidade (resíduos sólidos
urbanos, poluição, pobreza, desemprego,
exclusão social, etc.), propondo soluções
de resolução.

- Relacionar o aumento da população


mundial e do consumo de bens com
alterações na qualidade do ambiente
(destruição de florestas, poluição,
esgotamento de recursos, extinçãode
espécies, etc.), reconhecendo a
necessidade de adotar medidas
individuais e coletivas que minimizem
o impacto negativo.

06
02. Enquadramento
Curricular
Ações estratégicas de ensino orientadas para o perfil dos
alunos que
podem ser enquadradas com o projeto:

• Promover estratégias que envolvam a criatividade do aluno,


designadamente formular hipóteses, criar um objeto ou
solução face a um desafio;

• Promover estratégias que desenvolvam o pensamento crítico


e analítico dos alunos, designadamente, com o apoio do
professor à sua concretização, discutir conceitos ou factos
simples numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar
e problematizar situações ao seu nível;

• Promover estratégias que envolvam por parte do aluno


tarefas de pesquisa sustentada por critérios, com apoio
inicial do professor à sua concretização, e com autonomia
progressiva e incentivo à procura e aprofundamento de
informação;

• Promover estratégias que envolvam por parte do aluno, com


o apoio do professor à sua concretização, a elaboração de
planos e esquemas simples e a promoção do estudo
autónomo, identificando quais os obstáculos e formas
de os ultrapassar;

• Promover estratégias e modos de organização das tarefas


que impliquem por parte do aluno, com o apoio do professor
à sua concretização: a assunção de responsabilidades
adequadas ao que lhe for pedido e à sua idade; assumir
e cumprir compromissos; contratualizar tarefas; assumir
a apresentação de trabalhos simples com auto
e heteroavaliação; dar conta a outros do cumprimento
de tarefas e funções que assumiu.

07
03. Metodologia
Trabalhar por projetos é um empreendimento coletivo, realizado
por um grupo de crianças e orientado por um adulto, que
promove a investigação, levando à procura de respostas para as
perguntas que as próprias crianças formularam. Este tipo de
trabalho pressupõe que todas as crianças se possam envolver e
tenham um papel ativo, que pode variar consoante as suas
características, capacidades e interesses.

As principais vantagens de uma aprendizagem através da


metodologia de projeto:

• Construir competências, desencadear a aquisição de saberes e


saber-fazer;
• Dar sentido aos saberes e às aprendizagens a partir da
implementação
de práticas sociais;
• Estimular a curiosidade;
• Promover o conhecimento empírico;
• Proporcionar tomada de consciência de si próprio;
• Promover a capacidade de trabalhar com os outros;
• Desenvolver a capacidade de comunicar.
• Desenvolver o pensamento crítico.

O Movimento Educativo Galp visa identificar projetos das escolas


que contribuam para os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável e tenham o maior potencial de impacto ambiental e
social junto das comunidades em que são desenvolvidos. O
trabalho das escolas será acompanhadoao longo do ano com um
foco no objetivo definido. Este passa por levar as escolas
finalistas a participar no Energy Bootcamp - momento em que os
melhores projetos são apresentados e são selecionados os
grandes vencedores.

08
03. Metodologia
a. Criar uma equipa

As equipas devem ser compostas por tumas de alunos do 1º ciclo


(num máximo de 25 alunos) que, sempre com o apoio dos
professores, devem desenhar o seu próprio projeto para ajudar o
Planeta.
Estas equipas não têm de limitar-se aos alunos e aos
professores.
Apesar destes serem os elementos principais, quanto mais
elementos forem envolvidos nas ações, maior será o seu impacto.
As equipas podem assim envolver outros membros da
comunidade educativa: não docentes, membros da Associação
de Pais e outras pessoas da comunidade envolvente, que podem
também elas ter um papel fulcral nesta mudança global de
comportamentos.

b. Desenhar um Projeto

A construção do projeto da escola, enquanto processo de


preparação para a participação no Energy Bootcamp, deve
contemplar uma lógica de empreendedorismo que deverá incluir
as seguintes etapas:

Benchmark
Tendo em consideração o problema identificado, a turma deve
planear uma recolha de projetos já existentes que estejam a
trabalhar o mesmo problema. Podem falar com as famílias, os
vizinhos, outros colegas da escola ou fazer pesquisas na Internet
para recolherem ideias. Sobre cada projeto identificado devem
recolher sempre informação similar, para que no final consigam
analisar os dados e concluir sobre o caminho que pretendem
seguir.

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03. Metodologia
Um exemplo:
Analisar projetos que se debrucem sobre o problema do
excesso de plástico; Para cada projeto, recolher: zona
geográfica, participantes, objetivos, atividades, resultados;
Com base na análise comparativa de 5 projetos já
existentes, será possível identificar possíveis áreas de
inovação e diferenciação para o projeto a desenvolver (por
exemplo, não existe um projeto de sensibilização dos
encarregados de educação sobre o plástico nos lanches
enviados para a escola!).

Estudo de mercado

Depois de estar clara a ideia de projeto, devem planear um


estudo de mercado, ou seja, um processo que pode incluir
entrevistas, questionários ou grupos de discussão e que
permita perceber se a necessidade identificada é real e se a
solução em que estão a pensar terá uma boa probabilidade
de ser aceite e alcançar mudanças efetivas. Esta recolha de
informação pode ser um processo muito interessante para
os alunos, que devem estar envolvidos quer na definição
das perguntas, quer na escolha dos métodos de recolha,
quer obviamente na recolha propriamente dita e na análise
da informação. O processo pode ser gravado ou filmado
(com as devidas autorizações dos participantes!), sendo
estes elementos excelentes evidências para juntar, por
exemplo, à apresentação do Energy Bootcamp.

Orçamento

Com todas as ideias estruturadas e analisadas, é


importante perceber os recursos que serão necessários
para tornar o projeto uma realidade. Assim, devem ser
listadas todas as necessidades de materiais, pessoas e
outros elementos para identificar de que forma conseguirão
reunir todos os recursos. Devem também detalhar o
orçamento para efeitos de participação no Energy
Bootcamp.

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03. Metodologia
Desenvolvimento de teste ou protótipo

Consoante o tipo de projeto que pretendem desenvolver, devem


planear um teste (por exemplo em menor escala) ou um protótipo
(caso a solução seja ou inclua um produto específico). Os
resultados destes testes são muito interessantes para mostrar
no Energy Bootcamp e dão ao júri novos elementos de avaliação,
ajudando a concretizar a solução pretendida, que assim se
aproxima da realidade!

Resposta à Call de Projetos para participação no Energy


Bootcamp Para responder à Call de Projetos, que corresponde à
candidatura de participação no Energy Bootcamp, cada
equipa/turma deverá submeter um vídeo com o pitch (duração
máxima de 2 minutos) juntamente com a apresentação do
projeto e formulário de candidatura. A apresentação do projeto
deverá ser entregue em formato de Powerpoint com o máximo de
7 slides composto pelo seguinte índice:

• Apresentação da equipa;
• Apresentação da ideia;
• Benchmark;
• Estudo de mercado;
• Modelo de negócio;
• Protótipo/desenvolvimento da ideia;
• Impacto na sociedade/ambiente tendo por base os ODS.

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04. Temas
a. Temas propostos pelo Movimento Educativo Galp

Este Guião apresenta sugestões de temas que podem ser


trabalhados na escola no âmbito do Movimento Educativo Galp.
Serão abordados os temas dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), um conjunto de metas estabelecidas
globalmente na procura de um planeta mais sustentável,
a Transição Energética enquanto processo de mudança nas
diferentes formas de produzir, distribuir e consumir energia,
a Mobilidade Sustentável, numa reflexão sobre a relação com
os meios de deslocação preservando valores humanos e
ecológicos e o Empreendedorismo, enquanto atitude a estimular
nos alunos, desenvolvendo a sua capacidade de transformar
ideias em ações. Para cada tema são apresentadas diferentes
ideias que podem ser desenvolvidas com os alunos. Cabe a cada
professor desenhar o seu Projeto e planear a implementação
das atividades de forma adaptada às necessidades da sua
escola e aos alunos envolvidos.

b. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Aprovada a 1 de janeiro de 2016, a resolução da Organização das


Nações Unidas (ONU) intitulada “Transformar o nosso mundo:
Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável”, é constituída
por 17 objetivos, desdobrados em 169 metas.

Assim, os ODS definem as prioridades e aspirações globais


para 2030 e requerem uma ação à escala mundial de governos,
empresas e sociedade civil para criar um novo modelo global
para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-
estar de todos, proteger o ambiente e combater as alterações
climáticas.

Os temas podem parecer complexos, mas até a menor ação pode


contribuir para a mudança de comportamentos que em 2030
farão parte da transformação global. Os ODS e as estratégias
globais para os atingir encontram formas de operacionalização
em todos os níveis nos diferentes países, sendo no caso
da Educação em Portugal enquadrados pela Estratégia Nacional
de Educação para Cidadania, abordada no Enquadramento
12 Curricular deste Guião.
04. Temas
Conheça os 17 Objetivos:

No âmbito do Movimento Educativo Galp, é fundamental que


os alunos tenham uma perceção global sobre a importância
destes Objetivos enquanto orientação para uma transformação
global. Quisemos, no entanto, destacar alguns temas sobre
os quais pretendemos que os projetos das escolas
se desenvolvam:

ODS 7 – Energias renováveis e acessíveis


ODS 12 – Produção e consume sustentáveis
ODS 13 – Ação Climática
ODS 14 – Proteger a vida marinha

Sugestão de Atividade:
A Maior Lição do Mundo é uma iniciativa “que visa contribuir para
a reflexão e ação no âmbito dos ODS. O Comité Português para
a UNICEF e a Direção-Geral da Educação juntaram esforços a fim
de promover esta iniciativa e envolver o maior número de crianças
a viver em Portugal.” Sugerimos assim a visualização do filme
animado da autoria de Sir Ken Robinson, autor e pedagogo,
disponível no sítio da internet, da iniciativa, e a discussão com
os alunos sobre a perspetiva global dos ODS, em alguns casos
muito distante da realidade dos alunos.

Fontes de Informação:
13 • UNICEF – A maior lição do mundo
http://maiorlicao.unicef.pt/
Energias renováveis
e acessíveis
O que se pretende com este ODS?

Assegurar o acesso à energia fiável, sustentável, moderna e a


preço acessível a todos.
A energia desempenha um papel fundamental em quase tudo o
que fazemos. Dentro deste objetivo incluem-se as questões da
promoção da eficiência energética e da utilização de energias
renováveis. Este tema tem uma ligação muito estreita com as
problemáticas da transição energética, que abordaremos mais à
frente neste Guião. As Nações Unidas destacam-no como
objetivo para levar todos os países a refletir e trabalhar os seus
sistemas e projetos, mostrando assim que a energia não é apenas
um problema de países com dificuldade de acesso à eletricidade,
mas antes que todos os países podem contribuir para acelerar a
transição global.

Sabia que…
Pouco menos de mil milhões de pessoas em todo o mundo não têm
acesso à eletricidade, estando 16 dos 20 países com maior
prevalência desta problemática localizados no continente
Africano. As implicações são inúmeras, dos negócios à educação,
da segurança aos cuidados de saúde.

Sugestão de Atividade:

Construir um Forno Solar, criando um espaço (que pode funcionar


como uma mini copa) para usufruto da comunidade escolar para
confecionar alimentos ou outros produtos que precisem da
utilização de forno.

Fontes de informação:
https://www.un.org/sustainabledevelopment/energy/

14
Produção e consumo
sustentáveis
O que se pretende com este ODS?

Assegurar padrões sustentáveis de consumo e produção.


O crescimento acelerado da classe média a nível global é uma
perspetiva positiva em termos de prosperidade individual, mas
coloca também uma pressão acrescida sobre os recursos
naturais. Isto significa que é necessário introduzir alterações nos
padrões atuais de produção e consumo, de forma a possibilitar
este desenvolvimento de forma sustentável. No âmbito da
produção e do consumo estão nomeadamente as ações relativas
ao desperdício alimentar, à geração de resíduos e as que
pretendem melhorar a eficiência no uso da água e energia.

Sabia que…
• Um saco de plástico demora entre 500 e 1.000 anos para se
degradar. As pontas de cigarro e os filtros demoram 12 anos.
Uma lata de alumínio leva entre 200 a 500 anos e as fraldas
de plástico e absorventes demoram de 500 a 800 anos.

• Menos de 3% da água do nosso planeta é própria para


consumo humano; como 2,5% se encontra congelada (no
Ártico, Antártida e glaciares), contamos apenas com 0,5%
para suprir todas as necessidades humanas de água.

Sugestão de Atividade:
Criar um Laboratório de Economia Circular, ou seja, um espaço para a
criação de trabalhos e atividades que são desenvolvidas ao longo do ano
letivo, onde os alunos possam pensar e trabalhar de forma reconstrutiva.
Utilizar materiais reciclados (nomeadamente plásticos) e pensar em
como lhes dar uma nova vida, seja para os mesmos fins e apenas terem
que ser reabilitados, ou para fins diferentes em que teriam que
reconstruir pensando no objetivo da peça. Com os trabalhos
desenvolvidos poderão realizar uma exposição para incitar à reflexão
acerca dos problemas relacionados com a geração de resíduos que as
sociedades enfrentam na atualidade.

Fontes de informação:
• https://www.un.org/sustainabledevelopment/sustainable-
consumption-production/
15
Ação Climática
O que se pretende com este ODS?

Tomar medidas urgentes no sentido de combater as alterações


climáticas e seus impactos. As alterações climáticas afetam
todos os países em todos os continentes, com mudanças nos
padrões de clima, o aumento do nível do mar e eventos
climatéricos extremos, continuando as emissões de gases com
efeito de estufa nos níveis mais elevados de sempre. Existem já
soluções que permitem aos diferentes países caminhar para
economias mais limpas, e em 2015 foi alcançado um acordo
global – Acordo de Paris – para estabelecer um compromisso de
trabalhar para limitar o aumento da temperatura. Este ODS
pretende assim incentivar a adoção de medidas que ajudem a
combater as alterações climáticas e a reduzir os seus impactos,
incluindo aumentar a consciência dos mais novos. Para cumprir
o Acordo e limitar o aumento de temperatura a 1,5 ºC, serão
necessárias grandes mudanças, estando as alterações
climáticas patentes na maioria dos ODS, para além de terem o
seu próprio objetivo.

Sabia que…
Em maio de 2019, já 186 países tinham ratificado o Acordo de
Paris (só faltavam 11 dos signatários!).
As emissões de CO2 aumentaram cerca de 50% desde 1990.
Entre 1991 e 2016, a água do mar aqueceu mais 60% por ano do
que era suposto.

Sugestão de Atividade:
Cada criança deve dar uma ideia de uma ação simples do dia-a-dia que cada
um possa adotar para contribuir para o combate às alterações climáticas.
Criem uma peça visual (um calendário ou cartaz) em que todos os dias ou
uma vez por semana cada criança possa assinalar as ações que cumpriu.

Fontes de informação:
• https://www.un.org/sustainabledevelopment/climate-change-2/
• https://www.un.org/sustainabledevelopment/student-resources/
(170 Actions to Transform ourWorld)

Estudo realizado pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas


- L. Resplandy, Quantification of ocean heat uptake from changes in
16 atmospheric O2 and CO2composition.
Proteger a vida
marinha
O que se pretende com este ODS?

Conservar de forma sustentável os oceanos, mares e recursos


marinhos para o desenvolvimento sustentável.
A humanidade depende dos Oceanos, uma vez que é a sua
temperatura, química, correntes e vida que controlam sistemas
globais que tornam o planeta habitável. A gestão cuidada deste
recurso global é por isso um fator chave para um futuro sustentável.

Atualmente, o lixo marinho é um dos maiores problemas ambientais do


planeta, afetando todos os ecossistemas marinhos e seus organismos.
Considera-se lixo marinho qualquer material sólido descartado
persistente, manufaturado ou processado, eliminado, abandonado ou
perdido no ambiente marinho e costeiro (UNEP, 2005). É constituído
por materiais fabricados ou usados pelo Homem que entram no mar
acidental ou deliberadamente, incluindo os materiais que são
transportados pelos rios, sistemas de drenagem, ETARs ou vento para
os mares e oceanos (Galgani et al., 2010).

Sabia que…
• Os oceanos absorvem cerca de 30% do dióxido de carbono (CO2)
produzido pelos humanos, limitando os efeitos do aquecimento
global. Anualmente são produzidas mais de 300 milhões de
toneladas de plástico. Aos oceanos chegam todos os ans cerca de 8
milhões de toneladas.

• Existe uma ilha no Oceano Pacifico, 17 vezes maior que Portugal, em


que se pode caminhar por ser toda feita de plástico flutuante.

• O lixo marinho mais encontrado nas praias portuguesas:


1º) Beatas de cigarros;
2º) Cotonetes;
3º) Embalagens de alimentos (batatas fritas, bolachas, pastilhas, etc.).

17
Proteger a vida
marinha
Sugestão de Atividade:
Laboratório do Plástico – Desenvolver um laboratório onde
transformem o plástico em utensílios ou acessórios úteis. Neste
laboratório podem receber o plástico que trazem de casa ou organizar
campanhas de recolha de embalagens pela comunidade.

Caso a escola esteja localizada numa zona costeira, organizar e


participar numa ação de terreno com uma Associação local para a
recolha de lixo marinho para gerar um contributo efetivo, criando uma
estrutura específica que permita a replicação das ações
(comunicação, site para recolher inscrições, campanha junto de
estabelecimentos comerciais da região, por exemplo). A ação pode
também ter lugar em zonas junto a rios ou outros cursos de água.

Fontes de informação:

•Departamento de Educação do Oceanário deLisboa


(info@oceanario.pt)

• https://www.un.org/sustainabledevelopment/oceans
• Sobre o laboratório de plástico: ZeroWaste Lab -
https://www.zerowastelab.pt/

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04. Temas
c. Transição Energética

O termo transição energética refere-se a uma mudança nos


sistemas de produção, distribuição e consumo de energia. A
transição significa que passaremos de uma utilização de energias
finitas (maioritariamente de origem fóssil) para um sistema que
utiliza maioritariamente energias renováveis.

Este é um processo lento e complexo e, embora existam objetivos


globais relacionados com as metas no âmbito das alterações
climáticas traçadas no Acordo de Paris assinado em 2015(1),
chegar a um ideal de mix energético(2) representa um equilíbrio
diferente em cada região do globo.

O World Energy Council (3) traduz o desafio da transição


energética no balanço de três objetivos essenciais (a que chama o
“Energy Trilemma”):
1. Segurança Energética
2. Equidade no acesso à energia
3. Sustentabilidade ambiental

A transição depende de decisões políticas e empresariais, mas


também só poderá acontecer se houver grandes avanços
tecnológicos por um lado, e uma mudança radical na forma como
a energia é consumida. O desafio que todos temos pela frente –
Governos, empresas e consumidores – é o de fazer chegar mais
energia a uma população mundial em crescimento e ao mesmo
tempo reduzir as emissões de gases com efeito de estufa que
contribuem para as alterações climáticas e a poluição.

A energia é vital para o nosso dia-a-dia. Gestos simples e


quotidianos como acender uma luz, usar o telemóvel ou ligar o
carro são na verdade a fase final de processos bastante
complexos que vão da extração ao consumo, sendo necessário
equilibrar cada passo ao longo deste desafio da transição
energética. O contributo de cada um para este processo está
relacionado com a eficiência energética e com o consumo
consciente, ou seja, com as escolhas que fazemos relativamente
às nossas ações e aos produtos que consumimos, para que estes
tenham o menor impacto possível em termos de recursos e da
19 energia necessária para os concretizar.
04. Temas
No âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre
Alterações Climáticas (UNFCC). Conjunto das fontes de energia
primária - fontes renováveis, combustíveis fósseis e fontes
nucleares - que um país utiliza para produzir energia elétrica.
O World Energy Council é um fórum global para ideias inovadoras
e compromissos tangíveis com a missão de 'promover o
fornecimento e a utilização sustentável da energia em benefício
de todos os povos'.

Sabia que…
Da energia total disponível na União Europeia, cerca de dois
terços é utilizada pelos consumidores finais (cidadãos, indústria,
transportes, etc.). A restante é perdida nos processos de
geração e distribuição de energia.
Fonte: Eurostat

A percentagem de energias renováveis no consumo energético


da União Europeia tem vindo a aumentar de forma contínua
desde 2004, de 8,5% a 17% em 2016, aproximando-se da meta
europeia para 2020, de 20%. Fonte: Eurostat

Sugestão de Atividade:
Organize os alunos em grupos e atribua a cada um uma fonte de energia
(renovável e não renovável). Cada grupo deve fazer uma pesquisa
simples e desenvolver um trabalho (um cartaz, por exemplo) para
apresentar ao resto da turma sobre a “sua” fonte de energia.

Fontes de informação:
• Sobre o Acordo de Paris:
https://unfccc.int/process-and-meetings/the-paris-
agreement/the-paris-agreement

• Sobre a energia na União Europeia: Shedding light on energy in the


EU - A GUIDED TOUR OF ENERGY STATISTICS – 2018 Edition
https://ec.europa.eu/eurostat/cache/infographs/energy/index.html

• World Energy Council


https://www.worldenergy.org/

20
04. Temas
d. Mobilidade Sustentável

A mobilidade sustentável é a capacidade de dar resposta às


necessidades da sociedade em deslocar-se livremente, aceder,
comunicar, negociar e estabelecer relações, sem sacrificar outros
valores humanos e ecológicos hoje ou no futuro.
Fonte: World Business Council For Sustainable Development

Segundo as Nações Unidas, em 2011, a população ultrapassou a


marca dos 7 mil milhões de habitantes e estima-se que até 2050
ultrapassará os 9 mil milhões de habitantes. O aumento da
população, mas também o desenvolvimento económico e social,
levaram ao crescimento exponencial das cidades. O mundo
enfrenta hoje a maior onda de crescimento urbano jamais visto:
mais de metade da população mundial vive em áreas urbanas e
estima-se que, até 2030, este número aumente até 5 mil milhões.

O crescimento das cidades vai interferir no ambiente, seja pela


expansão urbana, seja pelo aumento do consumo de recursos,
sendo este último uma das principais causas de pressão ambiental,
tornando por isso urgente a mudança dos modelos de produção e
de consumo. Paralelamente, e ligada ao crescimento urbano, a
mobilidade foi ganhando importância, sendo, hoje, quase
impossível pensar uma sociedade em que a deslocação das pessoas
e bens não constitua uma base importante, seja a nível económico
ou das relações pessoais.

Assim, desenvolveu-se uma maior acessibilidade a transportes


públicos e privados, o que correspondeu a um maior número de
deslocações. O acesso ao automóvel particular ganhou uma
importância inigualável trazendo facilidades que, à medida do tempo,
se foram tornando em problemas: o aumento do consumo dos
recursos e das emissões de Gases com Efeito de Estufa, a poluição
sonora, os crescentes congestionamentos de tráfego, a deterioração
da qualidade do ambiente urbano; …

Estes problemas tornam cada vez mais evidente a


insustentabilidade no modo como as deslocações se praticam na
21 atualidade e apontam para a necessidade de se encontrarem
soluções que, sem limitarem a mobilidade, não ponham em causa o
ambiente e a sociedade.
Fonte: APA
04. Temas
Um dos desafios ambientais e sociais mais exigentes do nosso
tempo é a gestão da mobilidade de pessoas e bens. Os avanços
tecnológicos serão sem dúvida a base da mobilidade no futuro.
Mais informação e conectividade podem conduzir-nos a uma
mobilidade mais eficiente e conveniente, oferecendo também a
oportunidade aos países em desenvolvimento de aplicarem estas
tecnologias e práticas. Por exemplo, os avanços em termos de
análise de dados, automação e a “Internet of Things” estão a
mostrar o seu potencial na redução do consumo, incluindo o
consumo de energia. Novos serviços de mobilidade disponibilizados
aos utilizadores através dos seus smartphones começam a
impulsionar soluções de partilha de transporte em detrimento dos
veículos individuais, incluindo serviços como o car-sharing ou o
carpooling, que se tornam cada vez mais comuns.
Fonte: Banco Mundial

Sustainable Mobility for All


Na Cimeira Climate Action 2016, o presidente do Grupo Banco
Mundial, Jim Yong Kim, fez um apelo à ação para acelerar os
esforços de unificação e transformação do setor dos transportes.
Propôs assim desenvolver, em conjunto com todos os
stakeholders interessados, uma nova iniciativa estratégica global
que deverá apoiar a implementação dos ODS e transformar o
setor dos transportes. Deste apelo nasceu a iniciativa
Sustainable Mobility for All™.

Sabia que…
A mobilidade elétrica torna-se cada vez mais relevante para a
mobilidade sustentável e para o aumento da eficiência energética
no transporte. À medida que a autonomia dos veículos elétricos
aumentar, prevê-se que os utilizadores desta forma de
mobilidade cresçam na mesma proporção. Os veículos elétricos
distinguem-se pelo:
• binário constante e disponível de imediato;
• ruído reduzido;
• melhor desempenho ambiental;
• combinação de funcionalidades inovadoras;
• menores custos de combustível e manutenção;
• redução da emissão de gases de efeito de estufa;
22 • diminuição da dependência energética do país.
04. Temas
A mobilidade elétrica será o fator decisivo para a redução de
pegada de
carbono.
Fonte:
ADENE

Globalmente, prevê-se que o número de veículos nas estradas


venha a duplicar até 2050. Em regiões que estão a crescer de
forma muito rápida, como a Índia, China, África Subsaariana e
Sudeste da Ásia, milhares de milhões de pessoas terão
expectativas mais elevadas relativamente ao seu estilo de vida, e
novas aspirações de mobilidade.
Fonte: Banco Mundial

Em 2012, o setor dos transportes era o maior consumidor de


energia em 40% dos países, e nos restantes era o segundo
maior. O setor dos transportes contribui com 23% das emissões
de gases com efeito de estufa relacionados com a energia e 18%
de todas as emissões humanas. Fonte: Sustainable Mobility for
All

23
04. Temas

Sugestão de Atividade:
Para este tema o objectivo é precisamente a realização de atividades com
os alunos que promovem a utilização de transportes mais eficientes, ou
um maior aproveitamento da utilização de veículos automóveis, através
da partilha de boleias, por exemplo. Interessa que os alunos e os
encarregados de educação, com estas atividades, consigam percecionar
que evitar a utilização do carro para viagens curtas ou optar pela
deslocação a pé, de transportes públicos, ou de outras formas de
mobilidade, são soluções eficientes do ponto de vista energético e que
podem até traduzir-se num menor custo económico. Organize um dia
diferente na escola criando percursos no recreio escolar onde os alunos
possam experimentar diferentes formas de mobilidade. Disponibilize
percursos de skate, de Bicicleta, de trotinetes ou mesmo de patins para os
alunos. O objetivo é que os alunos percebam que podem utilizer
alternativas mais eficientes de transporte para se deslocarem. Registe
esse momento e partilhe connosco!

Fontes de informação:
http://sum4all.org
https://www.adene.pt/mobilidade/

Outras Fontes de Informação:


ENEA: http://enea.apambiente.pt/
Relatório do estado do Ambiente: http://rea.apambiente.pt/
Mobilidade:
https://apambiente.pt/index.php?ref=19&subref=138&sub2ref=168&sub
3ref=232
Alterações Climáticas:
https://apambiente.pt/index.php?ref=16&subref=81

24
04. Temas
e. Empreendedorismo

“…é na escola que se pode aprender e treinar competências e


atitudes que promovam uma relação positiva com o risco, o
saber planear e calcular oportunidades e identificar ameaças,
desenvolver a capacidade de tomar a iniciativa e inovar com
responsabilidade e racionalidade.”
Luís Capucha

Guião «Promoção do Empreendedorismo na Escola», Ministério


da Educação/Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento
Curricular (2007)

No âmbito da Estratégia Nacional de Educação para a


Cidadania, o empreendedorismo (nas suas vertentes económica
e social) enquadra-se no grupo de domínios com aplicação
opcional em qualquer ano de escolaridade, sendo facilmente
integrado no desenvolvimento de diferentes tipologias de
atividades. Ao ser considerado como uma atitude, o espírito
empreendedor pode ser promovido pela escola através da
construção de projetos em que a participação de cada aluno é
orientada e valorizada de acordo com os princípios, áreas de
competência e valores definidos pelo Perfil dos Alunos à Saída da
Escolaridade Obrigatória – neste âmbito, enquadra-se no valor
de cidadania e participação (encorajar o aluno a ser interventivo,
tomando a iniciativa e sendo empreendedor).

É do professor o papel principal de estímulo à atitude


empreendedora dos alunos, ao criar as condições e guiar os
processos de aprendizagem e construção. Desde a criação de
espaço para o diálogo ao incutir de confiança para assumir
riscos ou ao garantir o reconhecimento da iniciativa dos alunos,
o professor estabelece as bases para o desenvolvimento das
competências-chave para o empreendedorismo. Desta forma,
todo o processo de desenvolvimento do projeto a candidatar ao
Energy Bootcamp, ao seguir as fases previstas na metodologia
proposta neste guião (Benchmark, Estudo de Mercado,
Orçamento, Protótipo, Resposta à Call), se pode enquadrar como
atividade promotora da atitude empreendedora dos alunos.

25
04. Temas
Sabia que…

O tema do empreendedorismo começou a ser discutido de forma


mais transversal no final do século XX, enquadrado enquanto
resposta na discussão sobre o desemprego.
Em geral, os estudos revelam baixos níveis de participação na
aprendizagem prática de empreendedorismo nas escolas e
evidenciam a necessidade de desenvolver as competências
empreendedoras dos jovens.

Fonte: Comissão Europeia/EACEA/Eurydice, 2016. Educação


para o Empreendedorismo nas Escolas Europeias. Relatório
Eurydice. Luxemburgo: Serviço de Publicações da União
Europeia.

O grupo de peritos da Comissão Europeia que trabalhou sobre as


Competências chave para a aprendizagem ao longo da vida
definiu em 2008 o empreendedorismo como uma das 8
competências chave, a par da comunicação na língua materna
ou das competências digitais.

26
04. Temas
Sugestão de Atividade:

Metodologias inovadoras como o Design Thinking colocam o


professor como designer da experiência da sala de aula. Uma
experiência geradora de ideias e mudanças, em que os alunos
participam e se apropriam do processo e se tornam verdadeiros
empreendedores. Para seguir alguns dos caminhos propostos por
esta abordagem, pode começar o processo por entrevistar os seus
alunos; desta forma, o projeto nasce do que os alunos veem como
uma necessidade e do que querem trabalhar. Todo o processo é:
humano-centrado, ou seja, centrado nas pessoas e nas suas
necessidades, características e capacidades; colaborativo; otimista
(quanto à possibilidade de gerar mudanças) e experimental
(incentivando a tentativa-erro, num processo de melhoria
constante). Os passos do processo sugerem formas de fazer que
garantem o incentivo à participação dos alunos numa construção
que vão encarar como sua, sem descurar as fases para chegar à
Resposta à Call para o Energy Bootcamp. O guião “Design
Thinking for Educators” explica os diferentes passos e apresenta
ferramentas simples e inovadoras ajustáveis aos diferentes ciclos e
ao ritmo de cada turma. Os passos fundamentais:

Discovery – Compreender o desafio; preparar a pesquisa; reunir


inspiração
Interpretation – Contar histórias; procurar o significado; enquadrar as
oportunidades
Ideation –Gerar ideias; refinar ideias
Experimentation – Fazer protótipos; recolherfeedback
Evolution –Identificar aprendizagens; seguir em frente.

Fonte: Design Thinking for Educators, IDEO.


https://designthinkingforeducators.com

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05. Contatos
Movimento Educativo Galp | 1º Ciclo

Telefone: (+351) 213 153 066

Email: movimentoeducativo@galp.com

fundacaogalp.com

Parcerias:

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