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Específicos:
Analisar as formas de emisao de uma opiniao ou parecer
Descrever as normas aplicaveis
Descrever a aplicacao da auditoria no contexto de Mocambique
METODOLOGIA
A metodologia usada para o presente trabalho foi baseada nos critérios de classificação
identificados por GIL (2002) dado ao se referir sobre procedimentos específicos de pesquisas
de índole bibliográfica. O trabalho é de natureza exploratória, ao que permitiu maior
familiaridade com o tema, tornando-o mais explícito e proporcionando o aprimoramento das
ideias chave para o desencadeamento da pesquisa. Para tal, foi utilizada a técnica de pesquisa
bibliográfica, desenvolvida na base de material já elaborado, tendo sido usados,
principalmente, livros e artigos científicos. A mesma obedeceu às seguintes etapas:
Escolha do tema
1ᵃ Etapa
4ᵃ Etapa
Redacção do texto final
Esta foi a primeira etapa da pesquisa que consistiu fundamentalmente numa reflexão em
torno dos vários assuntos afectos ao tema em abordagem. Cingiu-se basicamente na
leitura de diferentes materiais didácticos que versam conteúdos concernentes a auditoria
externa, com o intuito de oferecer um melhor enquadramento e concepção dos aspectos
fundamentais que suportem o tema;
Leitura do material: esta permitiu averiguar em que medida as obras consultadas têm
interesse para a pesquisa, para posterior selecção, análise e interpretação do material
relevante.
Confecção de fichas: este procedimento permitiu identificar e registar os conteúdos
que a posterior serviram de base para a efectivação do trabalho, através de diferentes
documentos em que cada um abordava um determinado tópico, de acordo com os
objectivos da pesquisa.
Organização lógica do trabalho: coube nesta etapa a organização das ideias, com
vista a atender os objectivos formulados no início da pesquisa bem como estruturar
logicamente o trabalho para que ele pudesse ser entendido como uma unidade dotada
de sentido.
2REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De acordo com Gil (199) a auditoria é uma função administrativa que exerce a verificação/
constatação/validação, via testes e analises dos resultados dos testes, com consequente
emissão de opinião, em momento independente das demais três funções administrativas
(planeamento, execução, controle), consoante os três níveis empresariais principais
(operacional, táctico e estratégico).
Para Galo e Barbosa (2009) a auditoria externa surgiu com a necessidade que os investidores
tinham de ter informações sobre a veracidade das demonstrações contáveis que a empresa
dispõe. Com isso, os investidores passaram a exigir que as demonstrações da empresa fossem
examinadas por um profissional independente que não tivessem nenhum vínculo
empregatício ou parentesco com a empresa, garantindo qualquer tipo de interferência não
pessoal no seu parecer. Este profissional é o auditor externo que tem maior grau de
independência e executa a Auditoria contábil. Segundo os mesmos autores seu objectivo na
empresa auditada é emitir sua opinião sobre as demonstrações financeiras examinadas.
O auditor externo tem que ter independência absoluta, não deve aceitar imposições da
empresa, quanto aos procedimentos adoptados na realização da auditoria, nem quanto as
conclusões a que deve chegar.
Esses são os passos que o auditor externo segue para examinar as demonstrações contáveis,
cujos elementos básicos são:
Balanço Patrimonial;
Demonstração do Resultado de Exercício;
Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados;
Demonstração das origens e aplicações de recursos;
Notas explicativas.
Na opinião dos mesmos autores, pode-se dizer que existem vários motivos para que as
empresas contratem um auditor. Citam-se a seguir alguns para melhor entendimento do
assunto
Obrigação legal;
Como medida de controle interno;
Imposição de bancos e fornecedores;
Atender as exigências da própria empresa
Futura venda da empresa;
Fusão da empresa;
Consolidação das demonstrações contáveis.
2.4 Parecer
Segundo ( Ferreira, Aurelio Buarque de Holanda) parecer é uma opiniao fundamentada sobre
determinado assunto, emitida por um especialista.
2.6 Finalidade
O Parecer de Auditoria tem a finalidade de informar aos seus usuários o seguinte:
a) o trabalho realizado;
b) a extensão abrangida pelo trabalho;
c) a forma de sua realização;
d) os fatos relevantes observados;
e) as conclusões chegadas.
2.7 Estrutura do parecer de auditoria
Segundo Galo e Barbosa (2009) a estrutura básica de um parecer de auditoria é composta
por três (3) parágrafos essenciais exigidos na norma das quais se cita:
É a opiniao expressa pelo auditor quando ele conclui que as demostracoes contabeis sao
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatorio financeiro
aplicavel, ou seja, o auditor verifica os aspetos mais relevantes, e nao todos os aspetos das
demostracoes.
Opiniao modificada
A opiniao modificada aparece sempre que tiver algum problema. De acordo com a NBC TA
705, a opiniao modificada acontece quando:
a. O auditor concluir com base em evidencia de auditoria obtida, que as demostracoes
contabeis tomadas em conjunto apresentam distrocoes relevantes; ou
b. Nao conseguir obter evidencia de auditoria apropriada e suficiente para concluir que
as demostracoes contabeis tomadas em conjunto nao apresentam distorcoes
relevantes.
Existem tres tipologias de opiniao modificada a saber:
1. Opiniao com ressalva
o auditor deve expressar uma opiniao com ressalva quando:
a. Tendo obtido evidencia de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as
distrorcoes, individualmente ou em conjunto, sao relevantes, mas nao generalizadas
nas demostracoes contabeis; ou
b. Nao ee possivel para ele obter evidencia apropriada e suficiente de auditoria para
fundamentar sua opiniao, mas ele conclui que os possiveis efeitos de destorcoes nao
detetadas sobre as demostracoes contabeis, se houver, poderiam ser relevantes mas
nao generalizados.
2. Opiniao adversa: o auditor deve espressar uma opiniao adversa quando, tendo obtido
evidencia de auditoria apropriada e suficiente,conclui que as distorssoes
individualmente ou em conjuto sao relevantes e generalizadas para as demostracoes
contabeis.
Nesse tipo de parecer o auditor tem que explicar os motivos que o levaram a opinar de
forma adversa referente as questões que são levantadas no parágrafo de ênfase das
não conformidades que impedem de dar um parecer favorável.
3. Abstencao de opiniao: o auditor deve se abester de espressar uma opiniao quando
nao consegue obter evidencias de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar
sua opiniao, ou seja, ele deve se abster de espressar uma opiniao quando em
circunstancias extremamente raras envolvendo diversas incertezas, conclui que
independentemente de ter obtido evidencias de auditoria apropriada e suficiente sobre
cada uma das incertezas, nao ee possivel espressar uma opiniao sobre as demostracoes
contabeis devido a possivel intereracao das incertezas e seu possivel efeito cumulativo
sobre essas demostracoes contabeis.
Quando o auditor se abstem de espressasr uma opiniao devido a impossibilidade de se
obter evidencia de auditoria apropriada e suficiente, ele deve:
a. Especificar que ele nao espressa opiniao sobre as demostracoes contabeis;
b. Especificar que, devido a relevancia dos assuntos descritos na secao “base para
abstencao da opiniao”,o auditor nao conseguiu obter evidencias de auditoria
apropriada e suficiente para fundamentar uma opiniao de auditoria sobre as
demostracoes contabeis; e
c. Alterar a declaracao requererida pelo item 24(b) da NBC TA 700, que indica que as
demostracoes contabeis foram auditadas,para especificar que o auditor foi contratado
para auditar as demostracoes contabeis
OPINIÃO ADVERSA
OPINIÃO C/ RESSALVA
ABSTENҪÃO DE OPINIÃO
1.2. Fato relevante e parágrafo de ênfase
Fato relevante são situações que ocorrem na Cia auditada e que devem ser divulgadas no
parecer do auditor, elas podem sim ou não gerar dúvidas no auditor quanto ao impacto nas
demonstrações contáveis, portanto, São incertezas para o auditor.
Normas de relato
No documento final que emitir, o auditor deve, de uma forma clara e sucinta alem de
espressar a sua opiniao,se for o caso disso, identificar a natureza e o objecto de
trabalho e, tradando-se de relato de revisao ou de exame simplificado, descrever a
responsabilidade do orgao de gestao e o ambito de trabalho efectuado, bem como,
eventualmente, apresentar as informacoes complementares que entenda necessarias.
Nos casos de revisao conducente a uma certificancao legal das contas ou a um
relatorio do auditor externo, porque o revisor proporciona um nivel de seguranca
aceitavel, a sua opiniao deve ser expressa de uma forma posetiva, isto é, declarando se
as demontracoes financeiras tomadas como um todo, apresentam, ou nao, de forma
verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posicao
finaceira, o resultado das operacoes e os fluxos de caixa da entidade com referencia a
uma data e ao periodo nela findo, de acordo com o referencial adoptado na preparacao
das mesmas(principios contabilisticos geralmente aceites ou especificamente
adoptados em Portugal para um dado sector de actividade)
Nos casos de exames simplificados, porque o revisor proporciona um nivel de
seguranca moderado, a sua opiniao deve ser expressa de forma negativa, isto é,
declarando se nada, ou algo, chegou ao seu conhecimento que o leva a concluir que as
demostracoes financeiras contem distorcoes que afectem de forma materialmente
relevante a sua conformidade com o referencial adoptado na preparacao das mesmas.
As informacoes divulgadas nas demostracoes financeiras devem ser entendidas como
rasoavelmete adequadas face ao referencial adoptado na sua preparacao, salvo
declaracao expressa do revisor noutro sentido.
Quando estiver perante situacoes que nao lhe permitam expressar uma opiniao, o
auditor ou revisor deve declarar expressamente as razoes.
Quando o trabalho tenha um objeto, uma finalidade ou um ambito espesificos ou
limitados,tais circunstancias devem ser claramente descritas no relatorio e tidas em
conta na opiniao
A primeira vez que a legislação moçambicana se referiu ao exercício das funções de auditor
foi no Decreto 32/90, de 7 de Dezembro, que teve efeitos a partir do exercício económico de
1992.
Para António e Serra (2010), este normativo, no seu artigo 1º, estabeleceu a obrigatoriedade
das empresas, especialmente as sociedades de capital aberto, apresentarem os respetivos
balanços e demonstração dos resultados anuais certificados por um auditor independente e
profissionalmente idóneo. o Código Comercial Moçambicano (CCM), aprovado pelo Decreto
n.º 2/2005, de 27 de Dezembro, obriga à existência de um auditor no conselho fiscal das
sociedades comerciais. Este diploma estabelece, no artigo 154º, que “a fiscalização da
sociedade compete a um conselho fiscal, composto por três ou cinco membros, podendo os
estatutos determinarem a sua substituição por um fiscal único”. O n.º 5 do referido artigo
acresce, ainda, que essa fiscalização pode ser feita por uma sociedade de auditoria
independente.
IFAC/IAASB INTOSAI
ISA 200 – Objetivos gerais do ISSAI 1200 – Objetivos gerais do
auditor independente e condução de auditor independente e a condução de
uma auditoria de acordo com as auditoria em conformidade com as
Normas Internacionais de Auditoria Normas Internacionais de Auditoria
ISA 210 – Acordar os Termos de ISSAI 1210 – Concordamos os
Trabalhos de Auditoria Termos e Compromissos de Auditoria
NORMAS ISA 230 – Documentação de ISSAI 1230 – Documentação de
GERAIS Auditoria Auditoria
ISA 240 – A responsabilidade do ISSAI 1240 – A responsabilidade do
auditor relativas a fraude numa auditor relativas a fraude numa
auditoria de demonstrações auditoria de demonstrações
financeiras financeiras
ISA 250 – Consideração de Leis e ISSAI 1250 – Consideração de Leis e
Regulamentos numa auditoria de Regulamentos numa auditoria de
demonstrações financeiras demonstrações financeiras
Fonte: IFAC (International Federation of Accountants) (2016) e INTOSAI (International
Organisation of Supreme Audit Institutions) (2016)
Burn e Fogarty (2010) afirmam que as normas ISA são de grande utilidade para os países em
desenvolvimento, sobretudo para os profissionais da área, influenciando o seu
comportamentona condução de uma auditoria. De facto, as normas ISA contribuem para a
promoção da coerência nos procedimentos de auditoria, educação e melhoria do desempenho
dos auditores.
Para além das supracitadas desvantagens, o processo da adopção das normas ISA apresenta
algumas dificuldades. Para Pineno e Gelikanova (2010), as principais dificuldades consistem
em:
Incompreensão quanto à natureza das normas ISA. Para um grande número de países
não é possível obter o correto entendimento das normas devido a questões de tempo
ou de tradução. Este factor influencia o sucesso da implementação das normas ISA,
sendo a entrega adequada da tradução, bem como a interpretação das mesmas de
grande importância;
Falta de mecanismos adequados para a concessão de autoridade nacional às normas
ISA. O requisito para formação de direito próprio e de outras forças de
regulamentação é essencial para uma implementação bem-sucedida das normas ISA;
Inconsistências entre as normas ISA e o quadro legal local;
Dificuldades de os usuários determinaram se o relatório de auditoria foi emitido em
conformidade com as normas ISA, por vezes, devido à divulgação indevida do
mesmo;
Algumas normas ISA ainda estão sujeitas a alterações e revisões;
Incompatibilidade entre os requisitos de auditoria e exigências do mercado
Por forma a suprir algumas das dificuldades, Ekiamado (2014) aponta algumas
recomendações:
Melhorar o currículo e ensino dos programas de contabilidade e auditoria das
universidades e entidades afins;
Emitir orientações de aplicação prática sobre as normas de contabilidade e auditoria;
Publicar e divulgar um código de ética, bem como recomendações metodológicas;
Reforçar os mecanismos de formação prática dos potenciais auditores;
Estabelecer um sistema integrado de formação, reconversão e melhorar as
qualificações em contabilidade e auditoria dos profissionais desta área;
Fornecer orientações adequadas, de forma a ensinar aos auditores o processo de
adopção, implementação e cumprimento das normas ISA.
O processo de adopção das normas ISA exige o empenho de todos, começando pelos
profissionais da área, os utilizadores da informação e até o Estado. Desse modo, a adopção
das normas ISA requer um processo devidamente planeado, requerendo o conhecimento do
Estado, por um lado e a aceitação do usuário da informação, por outro lado. Igualmente, é
necessária uma sólida formação dos seus profissionais.
MODELO
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
DESTINATÁRIO
Local e data
Assinatura