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EstudoParamétricoInjecao Silva 2014 PDF
EstudoParamétricoInjecao Silva 2014 PDF
CENTRO DE TECNOLOGIA - CT
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA – CCET PROGRAMA
DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE
PETRÓLEO - PPGCEP
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
a
Co-orientadora: Prof. Dra. Jennys Lourdes Meneses Barillas.
RESUMO
O desenvolvimento de métodos de recuperação é extremamente importante para a explotação de
petróleo. Dentro da grande variedade de métodos especiais de recuperação, conhecidos como
EOR – “Enhanced Oil Recovery”, a injeção de soluções poliméricas aquosas torna-se eficiente no
controle da mobilidade do fluido deslocante. Este método consiste em adicionar polímeros à água
de injeção para aumentar sua viscosidade, fazendo com que a água se difunda mais no meio
poroso aumentando a eficiência de varrido no reservatório. Neste trabalho, estuda-se através de
simulação numérica, a aplicação da injeção de solução polimérica em um reservatório
homogêneo, semissintético com características similares aos reservatórios do Nordeste Brasileiro,
as simulações numéricas foram realizadas através do simulador térmico STARS da CMG
(Computer Modelling Group). O trabalho teve como objetivo analisar a influência de alguns
parâmetros de reservatório sobre o comportamento de produção do óleo, tendo como resposta a
produção acumulada. Foram realizadas simulações para analisar a influência da injeção de água,
solução polimérica e injeção alternada de bancos de água e de solução polimérica, comparando os
resultados para cada condição simulada. As principais variáveis avaliadas foram: viscosidade do
óleo, porcentagem de polímero injetado, viscosidade do polímero e vazão de injeção de água. A
avaliação da influência das variáveis consistiu de um planejamento fatorial completo seguido de
uma análise por Diagrama de Pareto com o objetivo de apontar quais as variáveis seriam mais
influentes sobre a resposta representada pela produção acumulada do óleo. Encontrou-se que
todas as variáveis influenciaram significativamente na recuperação de óleo e que a injeção de
solução polimérica de forma contínua se mostrou mais eficiente para a produção acumulada
quando comparada a recuperação do óleo por injeção contínua de água. A recuperação primária
apresentou baixos níveis de produção de óleo, a injeção de água melhora significativamente a
produção de óleo no reservatório, mas a injeção de solução polimérica surge como uma nova
metodologia para o incremento da produção de óleo, aumento da vida útil do poço e possível
diminuição de água produzida.
ABSTRACT
Developing an efficient methodology for oil recovery is extremely important. Within the range of
enhanced oil recovery, known as EOR, the injection of polymer solutions becomes effective in
controlling the mobility of displacing fluid. This method consists of adding polymers to the
injection water to increase its viscosity, so that more water diffuses into the porous medium and
increasing the sweep efficiency in the reservoir. This work is studied by numerical simulation,
application of the injection polymer solution in a homogeneous reservoir, semisynthetic with
similar characteristics to the reservoirs of the Brazilian Northeast, numerical simulations were
performed using thermal simulator STARS from CMG (Computer Modelling Group ). The study
aimed to analyze the influence of some parameters on the behavior of reservoir oil production,
with the response to cumulative production. Simulations were performed to analyze the influence
of water injection, polymer solution and alternating injection of water banks and polymer
solution, comparing the results for each simulated condition. The primary outcomes were: oil
viscosity, percentage of injected polymer, polymer viscosity and flow rate of water injection. The
evaluation of the influence of variables consisted of a complete experimental design followed a
Pareto analysis for the purpose of pointing out which variables would be most influential on the
response represented by the cumulative oil production. It was found that all variables
significantly influenced the recovery of oil and the injection of polymer solution on an ongoing
basis is more efficient for the cumulative production compared to oil recovery by continuous
water injection. The primary recovery showed low levels of oil production, water injection
significantly improves the production of oil in the reservoir, but the injection of polymer solution
emerges as a new methodology to increase the production of oil, increasing the life of the well
and possible reduction of water produced .
... Porque ter a mente boa não é o bastante; o principal é aplicá-la bem. As
maiores almas são capazes tanto das maiores virtudes quanto dos maiores
vícios, e aqueles que marcham lentamente podem avançar muito mais, se
seguirem o caminho certo, do que os que correm, porém dele se afastam.
René Descartes
Dedicatória
Agradecimentos
Deus fez você para que você pudesse valer à pena! Opte por aquilo que te constrói. Diga,
eu nasci para celebrar a vitória (Pe Fábio de Melo). Senhor meu Deus, obrigada por permitir
realizar mais um grande sonho em minha vida.
Aos meus pais Jacinto e Josefa e aos meus irmãos Aparecida, Patrícia, Verônica, Priscila
e Aparecido.
Ao meu bebê, sobrinho, afilhado e um pouco filho Davyson Lucas, o qual amo muito.
Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for.
(Fernando Pessoa). Aos amigos e professores do PPGCEP, em especial os que fazem o LEAP,
Camila, Jofrânia, Heloize, Tailândia, Júnior, Edson, Cindy, Aldayr, Davi, Jennys, Wilson,
Tarcilio, Marcão, Rafael e demais, pelo apoio, incentivo, companheirismo, conversas, risadas,
encontros, trilhas, churrascos, cafés e tudo que passamos e vamos passar juntos, meu muito
obrigado.
“No mundo, o falso e o verdadeiro se confundem, mais os que sabem jamais se iludem.
Não é fácil encontrar o caminho, mas é bom olhar para o lado e ver que eu não estou sozinho”
(Chorão). Agradeço imensamente ao meu namorado, amigo, cúmplice, pai e muito mais que isso
Justino Filho, por todo carinho, todo incentivo, por está sempre disposto a me ajudar em todos os
momentos que precisei, meu muito obrigado.
Ter amigos é como arvorear: lançar galhos, lançar raízes. Para que o outro quando
olhar a árvore, saiba que nós estamos ali. Que nós permanecemos para fazer sombra, para
trazer ao outro, um pouco de aconchego que ás vezes ele precisa na vida (Padre Fábio de
Mello). Minhas amigas irmãs que me acompanharam nesta fase: Suerda, Ana Cléia, Ilza, Dayana,
Cristiane, Maria José, Veronilda, Gerlânea, Gerlândia, Josileide e Victa. Aos amigos que
contribuíram de uma forma externa, mas que eu não poderia deixar de agradecer todo o apoio da
minha amiga Joana Barros. Aos amigos; Marciano Lucena, Francisco Castro, Renner Leite,
Aleck Alves e Anselmo.
Ao professor e orientador Ph.D. Tarcilio Viana pela confiança depositada em mim e por
compartilhar seus conhecimentos e experiências essenciais para a realização deste trabalho.
Ao professor Dr. Marcos Allyson pelo apoio, pela amizade e pelo incentivo.
Sumário
Su
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2.5.1.2 ede 40 r
esposta.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
... . . . .
5 Resultados .............
.....
67
5.1 Escolha..................................................................................domodelobaserefinado 67
5.2 Analise................................................comparativadométodocomainjeçãodeágua 69
5.3 Processos......................................................................................................simulados 80
5.5 Analise da vazão de água para a injeção continua de polímero comparado à injeção
contínua de água ........................................................................................................................ 90
Maria do Socorro Bezerra da Silva xii
Dissertação de Mestrado PPGCEP / UFRN
5.7 Análise do processo que obteve a melhor resposta para a produção de óleo ................ 96
5.8 Fator de Recuperação (FR) em função do volume poroso injetado (VPI) .................. 103
ÍNDICE DE FIGURAS
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
Figura 2-1- Formação de fingerings (Venério 2010). ___________________________________________________ 8
Figura 2-2- Representação esquemática do método de recuperação de petróleo mediante injeção de água. Adaptado de
Miranda, 2010. _____________________________________________________________________ 9 Figura 2-3-
Esquema da sequência de injeção de polímeros (Lake, 1989). _________________________________ 12 Figura 2-4 -
Estrutura da poliacrilamida parcialmente hidrolisada (Manichand, 2006). ______________________ 15 Figura 2-5 -
Estrutura molecular da xantana (Manichand, 2006). ________________________________________ 16 Figura 2-6-
-1
Viscosidade versus concentração de polímeros a uma taxa de cisalhamento de 7,3 s , em 1% de NaCl a 74 °F (Sorbie,
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
Figura 4-1 - Modelo composicional do reservatório em 3D com configuração de injeção five-spot _____________ 53
Figura 4-2- Discretização em 3D do modelo de reservatório em estudo ___________________________________ 55
Figura 4-3- Mapa de saturação do óleo com vista frontal dos poços produtor e injetor no modelo base _________ 55
Figura 4-4- Fator volume de formação do óleo ______________________________________________________ 59
Figura 4-5- Razão de solubilidade do gás no óleo ____________________________________________________ 60
Figura 4-6- Ajuste da viscosidade do óleo ___________________________________________________________ 61
Figura 4-7- Curvas de permeabilidade relativa para o sistema água-óleo _________________________________ 62
Figura 4-8- Curvas de permeabilidade relativa para o sistema gás-líquido_________________________________ 62
Figura 4-9- Metodologia do trabalho ______________________________________________________________ 65
CAPÍTULO V
Figura 5-1- Produção acumulada de óleo dos refinamentos para escolha do modelo base. ___________________ 68
Figura 5-2- Análise comparativa do método com a injeção de água sem polímero. _________________________ 69
Figura 5-3 – Diagrama de Pareto para a produção acumulada em 5 anos. ________________________________ 73
Figura 5-4 - Diagrama de Pareto para a produção acumulada em 10 anos.________________________________ 74
Figura 5-5 - Diagrama de Pareto para a produção acumulada em 15 anos.________________________________ 74
Figura 5-6 - Superfície de resposta: % de polímero vs. viscosidade do óleo em 5 anos, 10 anos e 15 anos. _______ 77
Figura 5-7 – Superfície de resposta: viscosidade do polímero vs. % de polímero em 5 anos, 10 anos e 15 anos. ___ 78
Figura 5-8 - Superfície de resposta: vazão de água vs. viscosidade do óleo em 10 anos e 15 anos de projeto. _____ 79
Figura 5-9 – Superfície de resposta: viscosidade do polímero vs. viscosidade do óleo em 10 anos e 15 anos. _____ 80
Figura 5-10 – Processos Simulados. _______________________________________________________________ 81
3
Figura 5-11 - Curvas de produção acumulada para uma vazão de água de 50m /dia. _______________________ 82
3
Figura 5-12 - Curvas de vazão de óleo para uma vazão de água de 50m /dia. _____________________________ 83
3
Figura 5-13 - Curvas de produção acumulada para uma vazão de água de 50m /dia. _______________________ 84
3
Figura 5-14 - Curvas de vazão de óleo para uma vazão de água de 50m /dia ______________________________ 84
3
Figura 5-15 - Curvas de produção acumulada para uma vazão de água de 50m /dia ________________________ 85
3
Figura 5-16 - Curvas de vazão de óleo para uma vazão de água de 50m /dia ______________________________ 86
Figura 5-17 - Curvas de produção acumulada do óleo com viscosidade 8cp comparando a injeção contínua de solução
polimérica com injeção contínua de água. ___________________________________________________ 87 Figura 5-18 -
Curvas de produção acumulada do óleo com viscosidade 17cp comparando a injeção contínua de solução polimérica com
injeção contínua de água. ___________________________________________________ 88 Figura 5-19 - Curvas de
produção acumulada do óleo com viscosidade 43cp comparando a injeção contínua de solução polimérica com injeção
contínua de água. ___________________________________________________ 89 Figura 5-20 – Vazão de água para a
produção em 20 anos _____________________________________________ 90 Figura 5-21 – Período de maior vazão de
água em 20 anos. ____________________________________________ 91 Figura 5-22- Vazão de água para a produção
em 20 anos______________________________________________ 92 Figura 5-23 - Período de maior vazão de água em
20 anos _____________________________________________ 92 Figura 5-24 - Vazão de água para a produção em 20
anos _____________________________________________ 93 Figura 5-25 – Período de maior vazão de água em 20
anos ____________________________________________ 94 Figura 5-26 - Mapas de saturação de óleo nos períodos de
5, 10, e 15 anos do processo._____________________ 98 Figura 5-27 - Mapas de saturação de óleo nos períodos de 5, 10
e 15 anos do processo. ____________________ 100 Figura 5-28- Mapas de saturação de óleo nos períodos de 5,10 e 15
3 3
anos do processo _____________________ 102 Figura 5-29 - Curvas FR x VPI para as vazões de 25 m /dia, 50 m /dia e
3
75m /dia. _________________________ 103 Figura 5-30 - Mobilidade do óleo em 5, 10 e 15 anos do projeto.
ÍNDICE DE TABELAS
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
Tabela 2-1- Classificação de permeabilidade e porosidade (Sorbie, 2002). Fonte - Manichand 2006 ____________ 22
Tabela 2-2- Critérios para a aplicação da injeção de polímeros segundo Satter (1994). Fonte - Manichand 2006 __ 23
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
Tabela 4-1- Propriedades da rocha reservatório _____________________________________________________ 54
Tabela 4-2 - Parâmetros de Operação dos Poços. ____________________________________________________ 56
Tabela 4-3- Fração molar dos hidrocarbonetos presentes no fluido ______________________________________ 57
Tabela 4-4- Agrupamento e percentual de cada componente e pseudocomponente _________________________ 58
Tabela 4-5- Dados PVT do teste de liberação diferencial do óleo leve _____________________________________ 58
Tabela 4-6 - Características do polímero utilizadas no estudo ___________________________________________ 63
Tabela 4-7 - Viscosidades do óleo sintéticas e suas respectivas frações.___________________________________ 64
Tabela 4-8 - Níveis de parâmetros do reservatório ___________________________________________________ 65
CAPÍTULO V
Tabela 5-1- Refinamentos para a escolha do modelo base _____________________________________________ 68
Tabela 5-2- Simulações realizadas para o estudo do processo de injeção de polímeros, analisando a produção acumulada
em 5,10,15 e 20 anos de produção. ______________________________________________________ 71 Tabela 5-4 -
∆Np em 20 anos de produção para uma viscosidade de óleo de 8cp. ___________________________ 95 Tabela 5-5 - ∆Np
em 20 anos de produção para uma viscosidade de óleo de 17 cp. _________________________ 95 Tabela 5-6 - ∆Np em
20 anos de produção para uma viscosidade de óleo de 43cp. __________________________ 96
Nomenclaturas
Descrição unidade
3
∆Np – Variação da produção acumulada m std
µm – Micrometro
Ad – Adsorção da concentração do polímero na rocha
2+
Ca - Íon Cálcio
cP – Centipoise
Cp – Concentração do polímero ppm
De – Tensor de dispersão efetivo
F – Fahrenheit
FR – Fator de Recuperação %
g – Força gravitacional
k – Permeabilidade absoluta mD
M – Mobilidade
mD - Millidarcys
2+
Mg - Íon Magnésio
Np - Produção acumulada total de óleo m³ std
ºC – Graus Celsius
2
P - Pressão Kgf/cm (Psi)
Pw – Pressão da fase água
Qinj – Vazão de injeção m³std/dia
Rc – Condições de reservatório
Rf – Fator de resistência
Rk – Fator de redução da permeabilidade
Rrf – Fator de resistência residual
Rso – Razão de solubilidade
Soi – Saturação de óleo incial
std – Stander
Sw - Saturação de água
Swc - Saturação de água conata
T - Temperatura do fluido ºC
-1 -1
Visc – Viscosidade do óleo M.L .t
VOIP - Volume de Óleo in Place
VPI – Volume Poroso Injetado
VPL – Valor presente líquido
3
Vv - Volume de poros vazios cm
Letras gregas
∆ - incremento p.p.
θ - Ângulo de contato
λp – Razão de mobilidade do polímero
-1 -1
μ – Viscosidade do fluído M.L .t
-1 -1
μo - Viscosidade da fase óleo M.L .t
-1 -1
μp - Viscosidade da solução polimérica M.L .t
-1 -1
μw - Viscosidade da fase água M.L .t
3
ρ - Densidade da rocha g/cm
3
ρw – Densisdade da água g/cm
τ - tensão de cisalhamento Pa
Ф – Porosidade %
фp - Porosidade efetiva para o polímero %
Siglas
RAO – Razão-Água-Óleo
SPE – “Society of Petroleum Engineers”
STARS – “Steam, Thermal and Advanced Reservoir Simulator”
PAM – poliacrilamida
PEO - dextrana, poli (óxido de etileno)
Ppm – Partes por milhão
NaCl – Cloreto de sódio
OOIP – Original Oil in Place
HEC - Hidroxi-etil-celulose
1 Introdução Geral
Esta Dissertação trabalho tem como objetivo principal analisar alguns parâmetros
operacionais e de reservatório, como: Viscosidade do óleo, viscosidade do polímero,
porcentagem de polímero injetado e vazão de água injetada, a fim de verificar qual a influência
deles na aplicação do processo de injeção de polímeros em reservatórios de petróleo.
2 Aspectos Teóricos
Dentre as várias dificuldades que afetam a produção do petróleo a partir dos reservatórios,
uma em especial, tem a ver com a imiscibilidade e a diferença de viscosidade entre os fluidos
presentes na jazida. Quando a água e o óleo (geralmente mais viscoso) escoam ao mesmo tempo
através de um meio poroso (reservatório), a água tende a se deslocar em uma velocidade maior
que o óleo, no seu curso em direção aos poços produtores. Com isso, ocorrerá a chegada
prematura e crescente da água nestes poços, afetando a recuperação final do petróleo (Pravap,
Revista Petro & Química, 2002).
Com base nessas observações, várias propostas têm sido apresentadas com o intuito de
atenuar os danos sobre a recuperação. Esses métodos são chamados de recuperação suplementar.
Eles consistem na injeção de produtos que geralmente não estão presentes no reservatório e
modificam as características do meio poroso. Para reservatórios em que o petróleo não é do tipo
“pesado” e possui mobilidade, uma proposta foi à utilização do método convencional de
recuperação por injeção de água, porém, aditivada com polímeros hidrossolúveis de elevada
massa molar. Mesmo em pequenas concentrações, estes produtos fazem com que a viscosidade
da água (fluido deslocante) seja aumentada e aproxime-se da viscosidade do óleo (fluido
deslocado). Dessa forma, a solução polimérica injetada no reservatório promoverá um
deslocamento uniforme (do tipo pistão), em relação à fase óleo (Babadagli, T, 2005). O resultado
Maria do Socorro Bezerra da Silva 5
Dissertação de Mestrado PPGCEP / UFRN Capítulo II: Aspectos Teóricos
Os métodos de EOR podem ser classificados em quatro categorias entre os principais métodos
estão:
Métodos químicos
Métodos miscíveis
Métodos térmicos
Métodos microbiológicos
Em métodos miscíveis, o objetivo é injetar fluidos que são diretamente miscíveis com o
petróleo, ou seja, fluidos que, ao se misturarem com o petróleo, formam uma única fase. Exemplo
disso seria a injeção de dióxido de carbono ou de nitrogênio. Neste caso, a razão de mobilidade
entre os dois fluidos é determinante para a eficiência de varrido e, a molhabilidade para a
eficiência de deslocamento (efeitos capilares).
Porém, devido à razão de mobilidade entre óleo e água, a água não é capaz de deslocar
todo o óleo presente no reservatório. A interface óleo-água é extremamente instável e existe uma
tendência de formação de canais de escoamento preferenciais (van Meurs & van der Poel, 1958).
A água, ao ser injetada, percorre este canal preferencial, geralmente caracterizado por uma zona
mais permeável ou por ser o caminho mais curto entre os poços injetor e produtor.
Estes caminhos preferenciais são conhecidos como viscous fingerings (como podem ser
vistos na Figura 2.1). Quanto maior for à razão de viscosidade óleo/água, maior é a tendência de
eles ocorrerem e mais acentuados eles são. Outro fator determinante para a formação dos fingers
é a heterogeneidade do reservatório. Uma rocha heterogênea apresenta zonas mais ou menos
permeáveis que acabam “indicando” o caminho que a água deve percorrer. Todavia, já foi
mostrado em testes, que em amostras de rocha mais homogêneas, a formação de fingers ainda
existe (Craig, 1993).
Este efeito tem por consequência a redução da eficiência de varrido do método, já que,
como a água percorre caminhos preferenciais, ela não atinge todo o reservatório. Logo, o óleo
não é todo deslocado. Ou seja, o óleo localizado entre dois fingers não é atingido pela água,
permanecendo no mesmo lugar. Pode-se observar melhor este efeito na Figura 2-2.
Os fingers também antecipam a chegada da água injetada no poço produtor. O tempo que
leva a água injetada (frente de avanço) a alcançar o poço produtor é chamado de tempo de
breakthrough. Quanto maior este tempo, menos heterogêneo é o reservatório, menor é a razão de
viscosidade entre óleo e água e mais óleo é deslocado.
Como o projeto pode ser interrompido com uma vazão considerável de óleo sendo
produzido e ainda restaria um volume grande de óleo no reservatório (uma saturação residual de
óleo), meios alternativos devem ser pensados de forma a aumentar o fator de recuperação do
campo.
propriedades do fluido injetado. É em busca disso que alguns métodos de recuperação avançada
são baseados (Willhite, 1986).
Equação (1)
viscosidade da água de injeção e melhorar a razão de mobilidades água/óleo. Com isso, há uma
uniformização da frente de avanço, que melhora a eficiência de varrido areal e vertical. Este
método visa recuperar o óleo móvel remanescente que a injeção de água não deslocou, mas
também pode ser aplicado desde o início do desenvolvimento de um reservatório. Além de
aumentar a eficiência de varrido, este método busca reduzir a quantidade de água injetada e
consequentemente produzida (Rosa 2006).
Para o método ser eficiente, as soluções poliméricas precisam permanecerem estáveis por
um longo período sob condições de reservatório. Os polímeros são sensíveis à degradação
mecânica, química, térmica e microbiológica. A degradação pode ser prevenida ou minimizada
utilizando técnicas especiais (Chang 1978).
2.2 Polímeros
Polímeros (do grego, “muitas partes”) são macromoléculas constituídas pela repetição de
uma pequena unidade molecular de um determinado composto químico, unidade esta que recebe
o nome de monômero. A reação que dá origem a um polímero é denominada reação de
polimerização, em que a molécula inicial (monômero) se agrupa sucessivamente com outras,
produzindo o dímero, trímero, tetrâmero e, por fim, o polímero.
Nos anos 60, os polímeros foram sugeridos como meio de redução da razão de mobilidade
pelo aumento da viscosidade da água deslocante e a redução da permeabilidade da formação
rochosa. Praticamente, todos os trabalhos foram realizados com a poliacrilamida parcialmente
hidrolisada (HPAM), que é um tipo de polímero. Seu uso foi originalmente proposto já que
HPAM era comercialmente disponível para aplicação em outras indústrias. Mais recentemente, o
biopolímero xantana, disponível comercialmente para uso em outras aplicações industriais, foi
desenvolvido para aplicação na EOR. Durante os anos 60 e 70 um grande número de aplicações
de campo foram feitas com vários graus de sucesso (Sorbie, 1991).
Porém, dois tipos de polímero são normalmente usados para o controle de mobilidade: o
polímero sintético poliacrilamida, na sua forma parcialmente hidrolisada, e o biopolímero
xantana. As propriedades físicas dos polímeros, incluindo comportamento de escoamento,
adsorção/retenção, estabilidade térmicas e estabilidade ao cisalhamento, podem ser
compreendidas através de sua estrutura molecular. Assume-se que a solução polimérica é uma
solução aquosa que geralmente contém, além do polímero, um número de íons, tais como cálcio,
magnésio, sulfato, além de sódio e cloreto (Green, 1998; Sorbie, 1991).
O grau de hidrólise, que em produtos comerciais varia entre 15% e 35%, pode ser
importante para certas propriedades físicas, tais como adsorção, estabilidade frente a
cisalhamento e temperatura. Esse grau de hidrólise foi selecionado para otimizar certas
propriedades tais como solubilidade em água, viscosidade e retenção. Se o grau de hidrólise for
baixo, o polímero pode não ser solúvel em água. Se o grau de hidrólise for muito alto, suas
propriedades serão muito sensíveis à salinidade e dureza (Lake, 1989). A Figura 2-4 apresenta a
estrutura da Poliacrilamida parcialmente hidrolizada.
A goma xantana não sofre degradação rápida com a taxa de cisalhamento e não é sensível
ao aumento da salinidade, porém, esta possui algumas desvantagens como sua elevada aderência
à formação e sua susceptibilidade a ataques de bactérias, sendo necessários processos de filtração
para evitar a formação de resíduos na formação e a adição de bactericidas para prevenir sua
degradação, que eleva o seu custo de injeção (Chang 1978).
glicosídicas β(1-4). Porém, as cadeias laterais pendentes, ligadas a cada segunda unidade de
A molécula da xantana pode sofrer uma transição do tipo ordem-desordem pela variação
da temperatura ou a salinidade da solução. Essa transição é associada à estrutura helicoidal, sendo
esta aberta por um aumento de temperatura ou uma redução de salinidade, passando, assim, a
molécula a uma conformação de novelo aleatório. A influência dessa transição conformacional
hélice-novelo pode ser notada nas propriedades de estabilidade da molécula, nas propriedades
reológicas em soluções de baixa salinidade a temperaturas elevadas, e nas propriedades de
adsorção (Sorbie, 1991).
Em alguns casos, visando obter o escoamento desejado, alguns polímeros podem ser
usados em combinação com outros, nesse sentido quando ocorre uma interação positiva entre os
polímeros que resulta no aumento da viscosidade ou na gelificação, quando isso acontece diz-se
que houve sinergismo. O sinergismo entre polímeros é de grande interesse comercial, pois
possibilita novas funcionalidades, reduz a quantidade de polímeros e os custos (Correia 2002).
Sendo assim, a caracterização de misturas poliméricas é de extrema importância, pois pode
resultar no desenvolvimento de um novo material com menor custo.
Segundo Moreno et al. (2007), o escoamento de polímeros em meio poroso pode ser
influenciado por mecanismos como retenção por tamanho, efeitos hidrodinâmicos, efeitos de
superfície, efeitos de cisalhamento, efeitos elongacionais e degradação. Tais fenômenos são
A temperatura é uma das restrições mais severas para a seleção do método. O reservatório
deve estar preferencialmente abaixo de 80°C, e excepcionalmente até no máximo 95°C.
Temperaturas elevadas provocam degradação do polímero e, no caso de reservatórios com
temperaturas iniciais altas, os efeitos de resfriamento local devem ser considerados (Sorbie,
1991).
À medida que se aquece uma solução polimérica, reduzem-se os efeitos das forças de van
der Waals, o que minimiza a atração entre uma cadeia polimérica com outra ao seu lado (Ashby
& Jones, 2007). Essa força menor resulta em maior facilidade para o cisalhamento, uma vez que
há menor resistência ao escoamento da solução. Isso explica o fenômeno observado de que, com
o aumento da temperatura, presencia-se a redução da viscosidade das soluções poliméricas.
Muitos dos polímeros empregados na explotação de petróleo têm origem biológica, sendo,
sobretudo, polissacarídeos. As estruturas helicoidais presentes em muitos polissacarídeos são
devidas às fortes ligações de hidrogênio intramolecular, podendo estas interações ser
enfraquecidas quando o meio estiver a altas temperaturas (Queiroz Neto et al., 2007). Ao se
aumentar a temperatura, atinge-se um estado de energia suficiente para o rompimento das
ligações de hidrogênio, fazendo com que a estrutura helicoidal se desfaça e o polímero fique de
forma desordenada em solução.
O teor de argila na formação não deve ser muito alto, pois resulta em considerável
retenção de polímero, tal como em carbonatos. É, pois, preferível à aplicação em arenitos.
A composição da água de formação deve ser examinada, já que se a mesma for muito
diferente da solução de injeção, pode haver problemas de compatibilidade, tais como a presença
de íons ferro, o que pode afetar a estabilidade e a adsorção de polímero (Sorbie, 1991).
As condições de operação devem ser consideradas, pois essas podem aumentar o custo e
até inviabilizar economicamente a aplicação do método. Equipamentos para estocagem,
preparação e injeção da solução também podem encarecer o processo. Problemas como
Melo e Lucas (2008), apresentaram uma metodologia para a seleção de polímero para
recuperação avançada de petróleo, após a caracterização do reservatório. Apesar de o princípio
ser relativamente simples, o sucesso da operação depende basicamente de dois pontos principais:
a seleção do polímero apropriado para o reservatório e o projeto de injeção da solução
polimérica. A escolha do polímero é normalmente feita a partir das características da molécula de
polímero e do sistema de reservatório e é confirmada por testes laboratoriais específicos para esta
finalidade.
Taber et al. (1996) afirmam que projetos de injeção de solução polimérica são utilizados
preferencialmente em formações de arenito, mas que podem ser usados em formações
carbonáticas também. Já Adasani e Bai (2011) mostram que, de 38 projetos com polímeros 35
foram em formações areníticas.
Apesar das vantagens na aplicação de polímeros, seu uso apresenta limitações que podem
ser categorizadas como técnicas, econômicas e de regulamentação legal e cada caso deve ser
analisado segundo critérios que envolvem as características dos fluidos, das formações contatadas
e das operações envolvidas. A Tabela 2-1 mostra os critérios de classificação de permeabilidade e
porosidade segundo Sorbie (1991). A Tabela 2-2 mostra os critérios segundo Satter (1994), para a
utilização do polímero em um determinado reservatório.
Tabela 2-2- Critérios para a aplicação da injeção de polímeros segundo Satter (1994). Fonte
- Manichand 2006
Segundo (Sorbie, 1991), fatores intervenientes são aqueles que alteram as características
reológicas dos fluidos, dessa forma, a respeito das soluções poliméricas, podem ser destacados os
seguintes fatores: concentração do polímero, concentração de sal, presença de íons mono e
bivalentes, massa molecular, alteração no pH e interações moleculares, entre outros. Com relação
à concentração dos polímeros, o autor afirma que cada tipo de polímero proporciona um aumento
característico da viscosidade do fluido constituinte.
2.2.6.1 Viscosidade
Equação (2)
Os “fingers” são os caminhos preferências que o fluido injetado tende a percolar pelo
meio poroso. Por exemplo, se no reservatório existe uma zona mais permeável k2, em relação à
k1, a tendência dos fluidos injetados é que percolem com uma maior facilidade em k2, em
direção aos poços produtores. Assim, a eficiência do varrido do fluido injetado será
comprometida. Pode-se observar esse efeito na Figura 2-6, onde os vetores de fluxo são maiores
na zona mais permeável k2.
(a) (b)
Figura 2-7 - (a) Aparecimento dos “fingers”; (b) região mais permeável k2 > k1 favorecendo o
fluxo de fluidos assim ocorrendo o fenômeno dos fingers (Dantas 2008).
Quanto maior for à razão de mobilidades, menor será a eficiência do varrido do óleo.
Razões de mobilidades menores ou iguais a 1 (um) são consideradas favoráveis, então se
conseguirmos diminuir uma razão mobilidade em torno de 1(um), a água evitará encontrar
caminhos mais fáceis até os poços produtores.
Quando as moléculas de polímeros passam através do meio poroso são restringidas pelos
pequenos poros. Estas pequenas aberturas que não são contatadas pelo fluxo das moléculas de
polímeros são chamadas de “Volume Poroso Inacessível”. Este fenômeno foi descrito por
(Dawson e Lantz, 1972), que mostram que alguns espaços porosos podem não ser acessíveis às
moléculas de polímero (CMG, 2007).
Cerca de 30% de volume poroso pode não ser acessível por moléculas de polímeros, como
resultado desse efeito, a porosidade com o efeito da adsorção do polímero é menor do que a
porosidade de referência do reservatório. Esta redução da porosidade por conta do polímero фp
pode ser representada pela Equação (3) onde, IPV - Volume Poroso Inacessível e ф - Porosidade
original.
Equação (3)
No caso em estudo, o transporte do polímero (soluto) através da água (solvente) se dá através dos
fenômenos físicos e físico-químicos da equação de transporte, que são: fluxos advectivos, fluxos
difusivos e fluxo dispersivo, adsorção do soluto da fase sólida causando retardamento.
Fluxo difusivo – é o resultado Browniano das partículas (agitação molecular) que causa o
fluxo de solutos para zonas de menores concentrações.
Equação (4)
Equação (5)
onde:
- Tortuosidade
- Porosidade
Equação (6)
O fluxo advectivo é dado pela Lei de Darcy generalizada (fluidos compressíveis, no meio
anisotrópico e multifásico), que para a água se escreve como a Equação (7), onde, k é a
permeabilidade absoluta corrigida devido à retenção / perda de polímeros com o resultado da
Equação (7)
Quando a solução de polímeros passa pelo meio poroso, algumas moléculas de polímeros
podem ser retidas na superfície da rocha. O processo de retenção dos polímeros consiste em dois
mecanismos separados, são estes: a adsorção dos polímeros na superfície da rocha e o
aprisionamento dos polímeros em pequenos espaços porosos. Ambos os mecanismos tem o efeito
de aumentar a resistência do fluxo, essencialmente na redução da permeabilidade relativa á água,
isto é, à medida que se injeta polímero na rocha reservatório, esta vai modificando a
permeabilidade do reservatório por conta da retenção, deixando também o meio menos poroso
como mostra a Figura 2-8. Este mecanismo resulta na perda de polímeros no reservatório (IMEX,
USER’S GUIDE, 2007). O fenômeno da adsorção pode ser descrito como mostrado na equação
(8):
Equação (8)
com polimero
Moléculas de polimero
Água
Equação (9)
Maria do Socorro Bezerra da Silva 30
Dissertação de Mestrado PPGCEP / UFRN Capítulo II: Aspectos Teóricos
O fator de resistência, RF, pode ser definido como a razão entre as injetividades de uma
solução salina e de uma solução polimérica monofásica escoando sob as mesmas condições
(Lake, 1989) ou, ainda, como a razão de mobilidade entre a água (λw) e a solução polimérica
(λp), indicando a contribuição total do polímero na redução da mobilidade (Jennings, 1971; Lake,
1989; Mungan, 1984; Needham, 1987):
Equação (10)
RRF é o fator de resistência residual, definido como a razão de mobilidade de uma solução
salina antes (λw) e depois (λw´) da injeção de polímero (Jennings, 1971; Lake, 1989; Needham,
1987):
Equação (11)
os reservatórios individuais em um determinado campo e suas
Identificar e definir todos
propriedades físicas;
Deduzir o desempenho passado e predizer o desempenho futuro de um reservatório;
Minimizar o número de perfurações de poços;
Definir e/ou modificar sistemas de poço e de superfície;
Iniciar controles operacionais no momento adequado;
Considerar todos os fatores legais e econômicos pertinentes.
A Figura 2-10 fornece uma idéia da importância do uso da simulação numérica no estudo
de reservatórios. Pode-se verificar que para o modelo matemático convergem informações
geológicas, informações sobre as propriedades da rocha e dos fluidos presentes no meio poroso,
informações sobre os históricos de produção (vazões e/ou produções acumuladas de óleo, gás e
água) e de pressão, e outras informações a respeito dos poços (Rosa, 2006).
O volume dos fluidos de injeção e seu custo estão entre as maiores preocupações no
projeto de um processo de recuperação avançada. De fato, o custo de fluidos de injeção e o preço
do óleo são dois dos fatores mais importantes que controlam a implementação de forma
economicamente viável dos processos (Green, 1998; Zhang, 2005). A avaliação econômica pode
ser baseada no conceito do Valor Presente Líquido, VPL, no qual se considera a receita e os
custos envolvidos no processo em questão (Gharbi, 2004; Satter, 1994; Yang, 2003; Zhang,
2005).
Um dos problemas mais comuns, para quem faz experimentos, é determinar a influência
de uma ou mais variáveis sobre outra variável de interesse.
3 Estado da Arte
Melo et al. (2002) descrevem a experiência adquirida pela Petrobras nas etapas de
implantação dos projetos de injeção de polímeros nos campos de Carmópolis, Buracica e Canto
do Amaro. Os parâmetros levantados nos testes de laboratório serviram para a escolha e
especificação do polímero adequado ao reservatório em questão e para o dimensionamento do
banco de polímero a ser injetado no campo. Eles também apresentam e discutem os dados de
laboratório levantados que serviram de base para a simulação matemática com o IMEX, usado
para os estudos de eficiência dos projetos de injeção de polímero e, segundo os autores,
imprescindível à avaliação técnica e econômica destes projetos.
diferentes reservatórios de petróleo esta pode ser muito variável. Correia et al, reportaram que os
polímeros utilizados na pesquisa foram a poliacrilamida parcialmente hidrolisada, a goma
xantana e a goma guar. Foram preparadas blendas desses polímeros na proporção de 1:1. As
blendas que continham a goma guar apresentaram sinergismo, enquanto as blendas formadas por
poliacrilamida e xantana não exibiram interação. Nas blendas que apresentaram sinergismo
(poliacrilamida/guar e xantana/guar), houve um aumento de viscosidade nas temperaturas de
55ºC e 65°C. Como as temperaturas encontradas nos reservatórios são superiores à temperatura
ambiente, esse fato pode ser considerado como uma vantagem, visto que não ocorre perda de
viscosidade das soluções dessas blendas ao percorrer o reservatório.
Seixas et al. 2010 propuseram uma formulação envolvendo a fixação do início da injeção
e da duração dos bancos de polímeros em cada poço injetor como um problema de otimização,
onde a função objetivo é a diferença entre os valores presentes líquidos (VPL) do caso base, sem
injeção de polímeros e do caso com injeção otimizada. Foram realizadas análises de sensibilidade
da função objetivo em torno da variação de parâmetros econômicos, como o preço do óleo e a
desvalorização do capital envolvido na recuperação do campo. Segundo os autores, os resultados
evidenciam grande influência dos parâmetros econômicos como preço do óleo e custos com a
injeção de fluidos (Opex) sobre o ganho econômico do projeto, reforçando-se a ideia de que ao se
considerar a viabilidade de um projeto de recuperação, estudos devem ser feitos levando em
consideração a variação que esses parâmetros podem sofrer ao longo do tempo de operação do
campo. Foi reportado por eles que a solução ótima implica na injeção de maiores quantidades de
massa de polímeros à medida que o preço do barril de petróleo sobe, provocando o aumento da
produção de óleo e redução da produção de água. Segundo os autores, a otimização do processo
torna viável a aplicação do método de recuperação, uma vez que possibilita a maximização do
lucro obtido com o emprego do mesmo.
Em Daqing, que se trata do maior campo com injeção de polímeros do mundo, a produção
de óleo com polímeros tem se mantido constante desde 1999, atingindo 73,5 milhões de barris em
2004, aproximadamente 23% do total da produção do campo. O campo possui aproximadamente
36 bilhões de barris OOIP, e boa parte deste reservatório contém uma viscosidade média de óleo
na faixa de 9 cp nas condições de reservatório, assim como salinidade baixa, de 5.000 a 7.000
ppm de sal dissolvidos, e temperatura de 45°C, apresentando propriedades muito favoráveis à
aplicação de polímeros (Chang et al., 2006).
antecedeu a queda dos preços do petróleo com os efeitos conhecidos sobre as atividades EOR em
todo o mundo, inclusive no Brasil (Alvarado e Manrique, 2010).
Embora existam várias iniciativas para avaliar o potencial de EOR em campos marítimos,
a maioria deles encontra-se em estágios iniciais ou podem não ser economicamente atrativos com
a tecnologia atual. Projetos marítimos necessitam de capital intensivo e somando-se a
volatilidade desse mercado, o risco associado a esse tipo de projeto é elevado, reduzindo a
probabilidade de implantação (Alvarado e Manrique, 2010).
dois ciclos alternados de polímero e água. Foram encontrados melhores resultados para a
utilização de polímeros e de bancos de água e polímeros em relação à injeção de água.
4 Materiais e Métodos
4.1.1 WINPROP
4.1.2 BUILDER
4.1.3 STARS
produtor. O reservatório possui dimensão areal de 100 metros x 100 metros e vertical de 30
metros, como mostra a figura 4.1.
O modelo físico foi discretizado resultando em 9600 blocos. E está representado na Figura 4.2.
A Figura 4.3 mostra o mapa de saturação de óleo que apresenta valor máximo de 0,75 nas
primeiras camadas da zona de óleo (topo do reservatório) e valor mínimo de 0,0001 nas últimas
camadas referentes à zona de água (base do reservatório).
Figura 4-3- Mapa de saturação do óleo com vista frontal dos poços produtor e injetor no
modelo base
Maria do Socorro Bezerra da Silva 55
Dissertação de Mestrado PPGCEP / UFRN Capítulo IV: Materiais e Métodos
Para realizar a análise dos quinze componentes, estes foram agrupados para diminuir o
número de componentes. O agrupamento e suas respectivas frações molares estão representados
na Tabela 4-4.
Esse modelo de fluido foi denominado de “Nordeste Brasileiro”, por ser constituído
a partir de dados e informações de campos semelhantes.
Na tabela 4-5 são mostrados os resultados experimentais da liberação diferencial do
mesmo óleo que foram utilizados no WinProp para criar o modelo de fluido.
As Figuras 4-4 e 4-5 apresentam as curvas do Fator Volume de Formação do óleo e da Razão de
Solubilidade do gás no óleo e mostram que os dados experimentais que foram inseridos no
simulador com o objetivo de criar um modelo confiável e representativo do fluído no reservatório
para que possa ser usado para simular o processo de injeção de solução polimérica, ajustaram-se
aos dados calculados pelo WinProp.
O polímero utilizado para realizar o estudo teve como referência arquivos dates do
simulador STARS da CMG.
A injeção de polímero foi considerada como um escoamento bifásico, constituído por uma
fase óleo e uma fase aquosa, e de três fluídos: água, polímero e óleo, sendo que o polímero
coexistiu somente com a água (Furati, 1998; Langtangen, 1991). As características do polímero
utilizado neste trabalho estão apresentadas na tabela 4-6.
A densidade do polímero utilizado foi de 0,0062 lb/bbl, ou 100 ppm. O tamanho do banco
de polímero injetado foi de 20% do volume poroso, e enquadra-se na faixa dos casos mais bem
sucedidos (7% a 33%) mencionada por (Du e Guan, 2004) em seu trabalho que revisa a técnica
de injeção polimérica em escala de campo nos últimos quarenta anos. A solução polimérica
utilizada no estudo contém 20% de polímero e 80% de água.
Para o estudo do processo de injeção de solução polimérica, foram criados três tipos de
óleos sintéticos com viscosidades de 8cp, 17cp e 43cp utilizando o mesmo reservatório, isso foi
possível de ser realizado variando as frações dos hidrocarbonetos presentes no reservatório. A
tabela 4-7 apresenta as viscosidades do óleo sintéticas e suas respectivas frações.
Concentração do polímero;
Viscosidade do polímero;
Viscosidade do óleo;
Vazão de injeção de água;
-1 0 +1
Visc. do óleo 8cp 17cp 43cp
% de polímero 10 20 30
Visc. do polímero 10cp 20cp 40cp
3 3 3
Vazão de Água 25m /dia 50m /dia 75m /dia
5 Resultados
Na tabela 5-1, pode-se observar que houve pouca diferença entre as produções
acumuladas de óleo em cada um dos refinamentos ao final dos 20 anos de projeto, a Figura 5-1
apresenta as curvas de produção acumulada de todos os refinamentos, confirmando assim a
escolha do modelo. O reservatório a ser estudado passa a conter 9600. Não foram realizados mais
refinamentos visto que ultrapassaria 10000 blocos.
Figura 5-1- Produção acumulada de óleo dos refinamentos para escolha do modelo base.
Figura 5-2- Análise comparativa do método com a injeção de água sem polímero.
É possível observar na Figura 5-2 que a diferença entre os modelos de injeção de água
com polímero e apenas com a injeção de água, após 20 anos de projeto, apresenta resultados
satisfatórios para o emprego do método. As curvas com injeção de solução polimérica têm
comportamentos similares e mostram vantagens do uso do método na recuperação do óleo, no
entanto observa-se que quando se aumenta a concentração do polímero na água acima de 50%
aproximadamente do volume poroso, há um declínio nas curvas de produção de óleo. Estudos
mostram que a maior parte dos polímeros é, em certo grau, adsorvida pela rocha-reservatório e
que este processo de adsorção ocorre deixando a água, praticamente sem polímero, contatar o
fluido do reservatório, o que resulta em uma baixa eficiência de varrido. Neste estudo não está
sendo considerado este processo de adsorção do polímero a rocha, no entanto, este efeito pode
está ocorrendo no reservatório em estudo, quando se injeta concentrações de polímero acima de
50% do volume poroso.
Cada efeito foi analisado para entender se a mudança desde os níveis inferiores até os
superiores resultam em um aumento ou em uma diminuição do valor da produção acumulada,
avaliou-se através do digrama de Pareto a significância linear (L) dos parâmetros e das interações
entre os mesmos. Os diagramas foram realizados para a produção em 5, 10, 15 e 20 anos. As
Figuras 5-3, 5-4 e 5-5 apresentam os digramas para os quatro parâmetros analisados tendo a
produção acumulada como a variável de resposta em 5, 10 e 15 anos de produção.
A intensidade do efeito de cada parâmetro analisado, e das interações entre eles sobre a
produção de óleo pode ser vistos nas Figuras 5-3, 5-4 e 5-5 onde observar - se que todas as
variáveis estudadas apresentaram influência estatisticamente significativa, contribuindo assim
para um aumento na produção acumulada. Dessa forma, foi feita uma análise individual destes
parâmetros em relação à influência sobre a produção acumulada, observando-se que:
A viscosidade do óleo (Visc. óleo) foi o parâmetro individual que mais contribuiu
estatisticamente para a produção de óleo no método estudado. Neste caso, o aumento da
viscosidade promove uma diminuição na variável resposta.
A vazão de injeção de água foi o segundo parâmetro que mais influenciou estatisticamente na
produção de óleo. Observa-se que um incremento da vazão de injeção no intervalo estudado
promove um aumento na produção acumulada.
A porcentagem do polímero foi o terceiro fator mais influente na recuperação do óleo, visto que
esse, mesmo em pequenas concentrações, aumenta a eficiência de varrido pela redução da mobilidade
do fluido injetado.
Observa – se no Diagrama que alguns efeitos das interações dos parâmetros também
apresentam valores estatisticamente significativos sobre o valor da produção acumulada em 20
anos de injeção. O diagrama de Pareto mostra que os parâmetros que apresentam valores
positivos são:
Nos diagramas de Pareto apresentados nas Figuras 5-3, 5-4 e 5-5, é possível observar que
existem parâmetros lineares (L) e quadráticos (Q). Esses termos quadráticos não são analisados
como um aumento ou diminuição da variável resposta, porque devido ao fato de serem
quadráticos, os resultados das mudanças dos efeitos dentro da variável quadrática são sempre
positivos e são responsáveis pela curvatura na superfície de resposta.
A técnica de superfícies de resposta foi utilizada para analisar a influência das interações
entre dois parâmetros de modo a identificar a máxima e mínima resposta sobre a produção de
óleo em 5, 10 e 15 anos de produção. As superfícies de resposta apresentadas são as mais
representativas da análise de sensibilidade, e estão em concordância com os resultados do
diagrama de Pareto.
Os parâmetros operacionais que não estão sendo analisados foram mantidos no ponto
intermediário. As superfícies de resposta foram analisadas somente para as interações entre
parâmetros que de acordo com o diagrama de Pareto apresentaram significância estatística. As
Figuras 5-6, 5-7, 5-8 e 5-9 apresentam as superfícies de resposta analisadas.
Figura 5-6 - Superfície de resposta: % de polímero vs. viscosidade do óleo em 5 anos, 10 anos e
15 anos.
Analisando a Figura 5-6 que mostra as superfícies de resposta para a interação entre os
parâmetros % de polímero e viscosidade do óleo em 5, 10 e 15 anos, observa-se um
comportamento semelhante nos três períodos de produção de óleo, indicando que a área de maior
produção é obtida quando se injeta maiores porcentagens de polímeros quando é utilizado um
óleo de baixa viscosidade.
A Figura 5-7 mostra as superfícies de resposta para a interação entre a viscosidade do polímero e
a % de polímero utilizado nos estudos. Observa-se nas superfícies de resposta que a interação
entre estes parâmetros em 5 anos de projeto ainda não é definida, porém em 10 e 15 anos de
projeto esta interação ocorre, indicando que maiores produções de óleo ocorrem para
viscosidades altas de polímeros e altas porcentagens de polímero utilizadas.
A Figura 5-8 mostra as superfícies de resposta para a interação entre os parâmetros vazão
de água vs. viscosidade do óleo em 10 anos e 15 anos de projeto.
Figura 5-8 - Superfície de resposta: vazão de água vs. viscosidade do óleo em 10 anos
e 15 anos de projeto.
A Figura 5-8 mostra as superfícies de resposta para a interação entre a vazão de água e a
viscosidade do óleo, que ocorrem em 10 e 15 anos do projeto, nos períodos analisados, e
apresentam comportamento semelhante nos dois períodos, mostrando que maior produção de
óleo acontece quando se injeta maiores vazões de água para baixas viscosidades de óleo.
A Figura 5-9 mostra as superfícies de resposta para a interação entre os parâmetros vazão
de água vs. viscosidade do óleo em 10 anos e 15 anos de projeto.
Figura 5-9 – Superfície de resposta: viscosidade do polímero vs. viscosidade do óleo em 10 anos
e 15 anos.
Os processos simulados para os três tipos de viscosidade (8cp, 17cp e 43cp) foram à
produção primária, ou seja, a produção sem qualquer intervenção externa, a injeção de água e a
injeção de polímero (solução polimérica), que em alguns casos consistiu de injeções alternadas
injetando-se um primeiro banco de solução polimérica seguida pela água de injeção e em outros
foram injetados um primeiro banco de água, seguido por um banco de solução polimérica.
O processo foi realizado desta forma, visto que alguns trabalhos na literatura introduzem a
injeção de polímero como sendo mais eficiente quando é utilizado como processo secundário, ou
seja, um banco de polímero deve ser injetado antes do banco de água. A injeção alternada de
solução polimérica também aparece como uma técnica economicamente viável, comparada à
injeção continua de solução polimérica, a qual teria gastos bem maiores. Como o método
estudado é considerado um processo terciário, a maioria dos testes foram realizados injetando-se
primeiro um banco de água, seguido por um banco de polímero, obtendo resultados semelhantes
ao anterior.
Recuperação Primária
Injeção Contínua
Processos alternados
Injeção alternada por 3 meses Injeção alternada por 6 meses Injeção alternada por 1 ano
3
Figura 5-11 - Curvas de produção acumulada para uma vazão de água de 50m /dia.
3
Figura 5-12 - Curvas de vazão de óleo para uma vazão de água de 50m /dia.
As Figuras 5-13 e 5-14 apresentam as curvas de produção acumulada e vazão de óleo para a
viscosidade do óleo de 17cp em 20 anos de projeto. Foram realizadas análises com o mesmo óleo
3 3
para as vazões de água injetada de 25m /dia e 75 m /dia e encontram-se no anexo desta
Dissertação por apresentarem comportamentos semelhantes.
3
Figura 5-13 - Curvas de produção acumulada para uma vazão de água de 50m /dia.
3
Figura 5-14 - Curvas de vazão de óleo para uma vazão de água de 50m /dia
Maria do Socorro Bezerra da Silva 84
Dissertação de Mestrado PPGCEP / UFRN Capítulo V: Resultados e Discussões
As Figuras 5-15 e 5-16 mostram as curvas de produção acumulada e vazão de óleo para a
viscosidade do óleo de 43cp em 20 anos de projeto. Foram realizadas análises com o mesmo óleo
3 3
nas vazões de água de 25m /dia e 75 m /dia e se encontram no anexo desta Dissertação.
3
Figura 5-15 - Curvas de produção acumulada para uma vazão de água de 50m /dia
3
Figura 5-16 - Curvas de vazão de óleo para uma vazão de água de 50m /dia
Os processos simulados para o óleo de viscosidade 43 cp, mostram também semelhança nas
curvas de produção, pelas curvas observa-se que o incremento na produção deste óleo também
foi obtido quando se injeta solução polimérica de forma contínua em relação aos outros processos
e a produção primária.
As Figuras 5-11, 5-12, 5-13, 5-14, 5-15 e 5-16 mostram as produções acumulada e as
vazões de óleo para os processos simulados. Analisando as Figuras, observa-se uma melhor
eficiência do método em todos os testes quando se injeta a solução polimérica de forma contínua
durante os 20 anos de projeto. As curvas de produção acumulada quando se injeta a solução
polimérica de forma alternada com a água, mostram pouca ou nenhuma diferença entre elas em
todos os casos quando se analisa a produção acumulada. Observa-se, portanto, que o método
apresenta uma melhor eficiência quando a solução polimérica é utilizada de forma contínua.
As Figuras 5-17, 5-18 e 5-19, mostram as curvas de produção acumulada para as três
3 3 3
viscosidades estudadas nas vazões de água de 25m /dia, 50 m /dia e 75 m /dia.
Viscosidade do óleo_8cp
Figura 5-17 - Curvas de produção acumulada do óleo com viscosidade 8cp comparando a injeção
contínua de solução polimérica com injeção contínua de água.
Na Figura 5-17 são analisadas as curvas de produção acumulada para o óleo de 8cp e observa-se
que ao final dos 20 anos de projeto as curvas da produção acumulada quando se utilizada o
método estão muito próximas, isto está ocorrendo porque à medida que está se produzindo óleo,
também está produzindo água, praticamente na mesma proporção, chegando uma grande
quantidade de água junto com o óleo produzido.
Viscosidade do óleo_17cp
Figura 5-18 - Curvas de produção acumulada do óleo com viscosidade 17cp comparando a
injeção contínua de solução polimérica com injeção contínua de água.
A Figura 5-18 apresenta as curvas de produção acumulada para óleo de 17cp, onde observa-se
que a medida que está produzindo óleo também está produzindo uma quantidade significativa de
água, mas com menores vazões de água produzida.
Viscosidade do óleo_43cp
Figura 5-19 - Curvas de produção acumulada do óleo com viscosidade 43cp comparando a
injeção contínua de solução polimérica com injeção contínua de água.
A Figura 5-19 mostra as curvas de produção acumulada para o óleo de viscosidade 43cp, é
possível observar que o incremento na produção de óleo é maior em relação à produção do óleo
por injeção de água, quando se utiliza a injeção de solução polimérica.
As curvas apresentadas nas Figuras 5-17, 5-18 e 5-19 mostram que o método de injeção
continua de solução polimérica apresenta uma melhor produção de óleo quando comparado com a
injeção de água. Com base nestas observações, posteriormente será realizada uma análise da
variação da produção acumulada para os três tipos de óleo estudados, analisando qual viscosidade
de óleo apresentará uma resposta satisfatória do método em relação à produção de óleo e a
produção de água.
As Figuras 5-20 e 5-21 apresentam a vazão de água produzida para um óleo de viscosidade
8cp, quando submetido ao processo de injeção continua de polímero e injeção continua de água.
As Figuras 5-20 e 5-21 mostram as curvas de produção de água para os processos de injeção
contínua nas três vazões de água estudadas. Para um óleo leve de viscosidade 8cp, a maior
produção de água é observada no período que acontece no inicio do projeto, no ano de 2000 e
tende a se estabilizar em julho de 2000, chegando á uma produção neste período de
3
aproximadamente 369.385 m /dia.
As Figuras 5-22 e 5-23 apresentam a vazão de água para um óleo de viscosidade 17cp,
quando submetido ao processo de injeção continua de polímero e injeção continua de água.
As Figuras 5-22 e 5-23 mostram as curvas de produção de água para os processos de injeção
contínua nas três vazões de água estudadas. Para um óleo leve de viscosidade 17cp, é observada a
maior produção de água no período que acontece no inicio do projeto, no ano de 2000 e tende a
se estabilizar em julho de 2000, chegando á uma produção neste período de aproximadamente
3
369.385 m /dia.
As Figuras 5-24 e 5-25 apresentam a vazão de água para um óleo de viscosidade 43cp,
quando submetido ao processo de injeção continua de polímero e injeção continua de água.
As Figuras 5-24 e 5-25 apresentam as curvas de produção de água para os processos de injeção
contínua nas três vazões de água estudadas. Para o processo neste óleo de viscosidade de 43cp, as
curvas de vazão de água mostram que a produção de água tarda um pouco mais a se estabilizar,
ocorrendo assim sua estabilização no ano de 2001, ou seja, com um ano de projeto. O período de
3
maior vazão de água chega a produzir aproximadamente 293.262 m /dia. As curvas de vazão de
3
água, quando estabilizadas em todos os testes, produzem menos de 100m /dia.
As Tabelas 5-4, 5-5 e 5-6 apresentam a ∆Np para cada analise em 20 anos de projeto.
Tabela 5-3 - ∆Np em 20 anos de produção para uma viscosidade de óleo de 8cp
Qinj. Água Inj. de solução Inj. de água sem ∆Np (% em 20 anos)
3
(m /dia) polimérica (20 anos) polímero (20 anos)
25 20.613 19.841 3,89
50 21.150 20.848 1,45
75 21.264 21.197 0,32
Observando-se os dados na tabela 5-4, a ∆Np em 20 anos de produção, percebe se que ao final
do projeto a produção acumulada apresenta baixos níveis na taxa de crescimento, quando é usada uma
3
vazão de injeção de água de 75m /dia, apresenta níveis ainda menores, isso pode ser atribuído á
viscosidade do óleo que é muito leve, ocorrendo então à chegada de uma grande produção de água junto
com óleo, dificultando assim a produção do óleo.
A tabela 5-5 apresenta a ∆Np para 20 anos de projeto quando o método é aplicado em um reservatório
para deslocar um óleo de viscosidade de 17cp, que também é considerado um óleo leve, observa-se que ao
final do projeto há um bom incremento na taxa percentual da produção de óleo mesmo em altas vazões de
água.
Tabela 5-5 - ∆Np em 20 anos de produção para uma viscosidade de óleo de 43cp
Qinj. Água Inj. de solução Inj. de água sem ∆Np (% em 20 anos)
3
(m /dia) polimérica (20 anos) polímero (20 anos)
25 15.542 14.166 9,7
50 16.852 15.559 8,35
75 17.531 16.379 7,03
A tabela 5-6 mostra que quando a solução polimérica é aplicada para deslocar um óleo de
viscosidade 43cp, é observado um incremento na produção bastante significativo em todas as
vazões utilizadas, isso pode atribuir-se ao fato de que a solução polimérica pode está com uma
viscosidade próxima da do óleo do reservatório, assim fazendo com que á água tarde a chegar ao
poço produtor, acarretando uma melhor produção de óleo ao final dos 20 anos de projeto.
As Figuras 5-26, 5-27 e 5-28 apresentam os mapas da saturação de óleo com vista areal
mostrando a área varrida no reservatório quando é utilizado o processo de injeção contínua de
solução polimérica comparada com a injeção de água quando aplicado ao óleo de viscosidade
43cp em 20 anos do projeto. O objetivo desta análise é ilustrar como a frente de solução
polimérica e injeção de água se desloca dentro do reservatório, assim será possível ter uma idéia
da Eficiência de Varrido Areal dos processos simulados. Cada Figura mostra a saturação de óleo
para injeção continua de solução polimérica comparando com a injeção continua de água, e
correspondem a 5, 10 e 15 de projeto.
As Figuras 5-26 apresentam os mapas de saturação de óleo nos períodos de 5, 10, e 15 anos do
3
processo para uma vazão de injeção de água de 25m /dia.
Figura 5-26 - Mapas de saturação de óleo nos períodos de 5, 10, e 15 anos do processo.
Observa-se nos mapas de saturação de óleo apresentados na Figura 5-26 , que quando a vazão de
3
água injetada é de 25m /dia, é possível observar que em 5 anos do projeto a saturação de óleo
consegue ser reduzida a valores menores utilizando o método de solução polimérica, no entanto,
quando é injetado apenas água observa-se que a partir de 10 anos de projeto não é mais viável
injetar apenas água pura, pois esta não consegue mais deslocar uma quantidade satisfatória de
óleo, produzindo assim mais água.
A Figura 5-27 apresenta os mapas de saturação do óleo, e observa-se que quando a vazão de água
3
injetada é de 50m /dia, o fluido de solução polimérica consegue deslocar o óleo do reservatório
de forma crescente em todos os períodos analisados, no entanto, o deslocamento do óleo
injetando apenas água, em todos os períodos o varrido areal é semelhante, e não consegue ter
uma boa recuperação do óleo, deixando boa parte do óleo ainda no reservatório.
As Figuras 5-28 apresentam os mapas de saturação de óleo nos períodos de 5,10 e 15 anos do
3
processo para uma vazão de injeção de água de 75m /dia.
Figura 5-28- Mapas de saturação de óleo nos períodos de 5,10 e 15 anos do processo
3
Na Figura 5-28, observa-se que injetando 75 m /dia de água, quando o fluido injetado é somente
água pura, esta apresenta uma produção de óleo satisfatória, porém, não apresenta um
deslocamento de óleo tão bom quanto quando se compara com a injeção de solução polimérica,
que consegue percorrer uma área maior no reservatório e assim produzindo mais óleo.
Analisando as Figuras 5-26, 5-27 e 5-28, que apresentam os mapas de saturação de óleo, observa-
se um aumento no varrido areal do reservatório quando se injeta solução polimérica nos períodos
indicados e observa-se uma diminuição da saturação de óleo próximo ao poço injetor, isto ocorre
pelo efeito da solução polimérica injetada que está direcionando o óleo ao poço injetor e
consequentemente uma maior quantidade de óleo é produzida no reservatório, quando comparada
a injeção de água. Em todas as Figuras pode ser observado que com a adição do polímero, a zona
invadida pela solução polimérica foi maior do que na alternativa de injeção contínua de água,
devido ao ajuste da mobilidade entre o óleo e o fluido injetado.
3 3 3
Figura 5-29 - Curvas FR x VPI para as vazões de 25 m /dia, 50 m /dia e 75m /dia.
Na Figura 5-29 são apresentadas três curvas que mostra o percentual do volume poroso que é
atingido por cada uma das vazões de injeção de água, quando é utilizado método de injeção
solução polimérica em 20 anos. É possível perceber que as três curvas têm tendências similares,
embora o valor final de VPI para cada uma seja diferente. Isso se deve ao volume de água
3
injetado com a vazão de 75m /dia em 20 anos que é maior do que o volume de água injetado com
3
a vazão de 25 m /dia.
Visto que o processo de injeção de solução polimérica tem como objetivo diminuir a mobilidade
da água injetada no reservatório e consequentemente diminuir a vazão de água produzida, as
3
próximas análises serão realizadas para uma vazão de injeção de água de 50m /dia, que também
obteve resultados satisfatórios na resposta analisada no processo de produção de óleo e
3
consequentemente produzindo menos água, quando comparada com as vazões de 25m /dia e
3
75m /dia.
As Figuras 5-30 e 5-31 apresentam os mapas de mobilidade do óleo e mobilidade da água em três
períodos do projeto para 5, 10 e 15anos.
Pelos mapas de mobilidade da água, observa-se que esta consegue ser diminuída ao longo do
processo quando se injeta solução polimérica em relação á água, enquanto que para o óleo sua
viscosidade é inalterada, em consequência deste processo a varredura do reservatório é mais
eficiente quando se injeta a solução polimérica e consequentemente a uma redução de digitação
viscosa que são os caminhos preferenciais, resultando assim em uma mobilidade favorável entre
as fases água e óleo, produzindo mais óleo e menos água.
Os mapas de viscosidade da água apresentadas nas figuras 5-32 e 5-33, mostram a viscosidade da
água quando é utilizada a solução polimérica e quando é utilizado apenas água nos períodos de 1
e 3 anos de projeto. Em um ano de projeto já é possível observar uma melhor varredura no
reservatório quando é utilizada a solução polimérica devido ao fato do aumento da sua
viscosidade causada pela adição polímero, em relação a injeção de água, esta varredura já é bem
significativa. Em três anos de projeto observa-se um varrido ainda mais uniforme no reservatório
alcançando maiores áreas de produção de óleo quando se aplica o método da injeção de solução
polimérica, assim direcionando o óleo ao poço produtor. Na injeção de água, este efeito ainda já é
mostrado, porém numa proporção menor.
6 Conclusões e Recomendações
Com a utilização do método de Injeção de solução polimérica, pode-se concluir que houve um
incremento na produção de óleo do reservatório em estudo. O percentual adicional de óleo obtido
após a varredura do reservatório com a água foi pequeno indicando que o polímero conseguiu
deslocar o óleo de forma mais eficiente dentro do meio poroso. No entanto, o sucesso técnico e
econômico da aplicação desta técnica depende das características e propriedades dos fluidos e da
formação, que devem se enquadrar nos limites sugeridos nos critérios de seleção;
O estudo dos parâmetros de reservatório neste modelo permitiu observar que as variáveis
estudadas como: concentração do polímero, viscosidade do polímero, viscosidade do óleo e vazão
de água injetada tem influência na produção acumulada do óleo e dependendo da interação entre
elas podem aumentar ou diminuir a recuperação de óleo. Todos os parâmetros analisados
mostraram influencia significativa no que diz a respeito ao aumento da produção do óleo. A
viscosidade do óleo foi o parâmetro individual que mais contribuiu estatisticamente para um
incremento na produção de óleo. A vazão de água foi o segundo parâmetro que teve significância
estatística para o incremento da produção, indicando que maiores vazões de água, resultaram em
maiores produções de óleo. A porcentagem de polímero, mesmo em pequenas concentrações
aumentou de forma significativa a eficiência do varrido no reservatório e a viscosidade do
polímero aparece com parâmetro que menos contribuiu estatisticamente para o incremento na
produção de óleo.
A injeção alternada entre água e solução polimérica mostrou-se eficaz no que diz respeito à
produção acumulada, no entanto a injeção contínua de solução polimérica se mostra mais eficaz
ao reservatório em estudo, no que diz respeito à produção acumulada quando comparada com a
injeção contínua de água. Quando são comparados os métodos de injeção de água com o método de
injeção polimérica percebe se um incremento na produção de óleo em todo tempo de projeto, isso porque
os fluidos tenderam a se deslocar de forma mais uniforme no reservatório e consequentemente atingindo
uma área de varrido maior do que quando se tem injeção apenas com água pura.
Analisando as Figuras de produção acumulada observou-se que quando o método foi aplicado a um óleo
de viscosidade 8cp, obtém-se um incremento no fator de recuperação em relação à produção primária,
consequentemente também houve altas vazões de água, o que não é interessante para o projeto. Quando o
método é aplicado ao óleo de viscosidade 43cp, observa-se também um bom incremento na produção em
relação à produção primária, um pouco mais baixo que quando aplicado ao óleo de viscosidade 8cp, pelos
mapas de saturação de óleo, observa-se que como o óleo é um pouco mais viscoso, a solução injetada
acaba se difundindo mais no meio poroso, varrendo a maior área possível e consequentemente produzindo
menos água e mais óleo.
Observou-se pelos também que pelos gráficos de injeção contínua de água, o reservatório tem
uma boa resposta para a produção de óleo, isso pode estar relacionado ao fato de que o
reservatório é homogêneo, com poucas áreas mais permeáveis, ou seja, a água ao ser injetada
pode não estar tomando muitos caminhos preferenciais, assim acarretando em uma boa produção
de óleo também, mas não melhor que quando se utiliza o método de solução polimérica.
Pelos resultados obtidos, conclui-se que a recuperação primária apresentou baixos níveis de
produção de óleo, a injeção de água melhora significativamente a produção de óleo no
reservatório, mas a injeção de solução polimérica surge como uma nova metodologia para o
incremento da produção de óleo, aumento da vida útil do poço e possível diminuição de água
produzida, pois com o aumento da viscosidade da água devido à adição de polímero permite que
a solução percorra o reservatório mais homogeneamente contatando uma maior área no
reservatório reduzindo a formação dos caminhos preferenciais e consequentemente retardando a
chegada da água ao poço produtor, resultando em uma maior quantidade de petróleo extraído do
reservatório, o que também acarreta em uma diminuição de água produzida.
Realizar análise de custos associados à implementação do método de recuperação por
injeção de polímeros, para assegurar a viabilidade econômica do projeto;
Aplicar o método a um reservatório, que tenha o óleo de viscosidade fora dos critérios de
seleção para o método;
Variar as permeabilidades do reservatório candidato a implementação do método de
solução polimérica;
Realizar testes de deslocamento com concentrações poliméricas diferentes da utilizada
(100ppm), a fim de avaliar efeitos como viscosidade, razão de mobilidade, adsorção do
polímero ao meio poroso, RAO e fator de recuperação.
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3
Curvas de produção acumulada para uma vazão de água de 25m /dia.
3
Curvas de produção acumulada para uma vazão de água de 75m /dia.
3
Curvas de vazão de óleo para uma vazão de água de 25m /dia.
3
Curvas de vazão de óleo para uma vazão de água de 75m /dia.
3
Curvas de produção acumulada para uma vazão de água de 25m /dia.
3
Curvas de produção acumulada para uma vazão de água de 75m /dia.
Maria do Socorro Bezerra da Silva 126
Dissertação de Mestrado PPGCEP / UFRN Referências Bibliográficas
3
Curvas de vazão de óleo para uma vazão de água de 25m /dia
3
Curvas de vazão de óleo para uma vazão de água de 75m /dia
3
Curvas de produção acumulada para uma vazão de água de 25m /dia
3
Curvas de produção acumulada para uma vazão de água de 75m /dia
3
Curvas de vazão de óleo para uma vazão de água de 25m /dia
3
Curvas de vazão de óleo para uma vazão de água de 75m /dia