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10/05
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
COMISSÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
DEPARTAMENTO DE PROJETO MECÂNICO
CAMPINAS, 2005
SP - BRASIL
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA - BAE - UNICAMP
Primeiramente a Deus pela força e saúde que me deu para que eu percorresse este
caminho e conquistasse mais uma vitória
Ao Prof. Dr. Marco Lúcio Bittencourt e ao Prof. Dr. Ilmar Ferreira Santos por to-
dos os ensinamentos transmitidos, por acreditar em mim, pela paciência, companheirismo,
compreensão e acima de tudo a amizade e a orientação dedicada. Fica minha admiração
pelo interesse e dedicação à pesquisa cientı́fica.
Aos meus pais Sebastião e Ana que sempre me ensinaram a lutar honestamente e
vencer com dignidade, o amor e o carinho em todo os instantes e principalmente pelo
apoio, confiança e incentivo em todos os momentos difı́ceis.
À minha amiga, irmã e companheira Daniela Cristina, pelo apoio em todo o trabalho
e sua valorosa colaboração moral.
Ao meu amor Fernanda, pela paciência, comprensão, carinho e o amor que sempre
me deu e me ensinou a ter em todos os momentos.
A todos os meus amigos da Unicamp, Luciano Menegasso, Fabiano Leonardo Mar-
quezi, Rodrigo Alves Augusto, Thais Vazquez Godoy, Denise Villela, Eduardo Carvalho,
Edilson Borges, Pedro Henrique Baptistella e Daniel Leonardo Martins que foram impor-
tantes na conclusão deste trabalho.
Ao amigo Carlos Eduardo Pereira Leite, pela disponibilidade que sempre mostrou
em todo o projeto contribuindo com sua experiência.
Ao pessoal da empresa MAHLE Metal Leve pela confiança e oportunidade que estão
oferecendo a nós alunos de pós graduação.
A todos os colegas, professores e funcionários da FEM que, direta ou indiretamente,
contribuı́ram para a realização desse trabalho.
À CAPES, DPM, FEM e UNICAMP pelo suporte financeiro e instituicional desti-
nados a esse projeto.
‘ ‘O temor do Senhor é a
instrução da sabedoria, e a
humildade precede a honra.”
Provérbios 15:33
Resumo
GERARDIN, Rodrigo Ceccatto . Modelo Dinâmico do Sistema Pistão-Biela-Manivela
com Mancais Hidrodinâmicos Campinas : Faculdade de Engenharia Mecânica, Uni-
versidade Estadual de Campinas, 2005, 80 p, (Dissertação de Mestrado)
Palavras-chave
Due to the current commercial and technical requirements, the internal combustion
engines must operate under higher pressures. It is also necessary to optimize the system
operation and the shape of the components aiming at increasing the performance and
weight reducing. For a better understanding of the dynamical behavior of a multi-cylinder
engine, it is necessary to verify the kinematics and dynamics for just one cylinder, as
considered in this work.
The main focus of this work is the development of a mathematical model to de-
termine the pressure distributions and the hydrodynamic bearing forces for one cylinder
internal combustion engine. The dynamical model of the piston-conrod-crank system is
presented and allows the calculation of the dynamic forces and clearances obtained from
the combustion pressure for the main, big-end and small-end bearings.
The mathematical model of the hydrodynamic bearing comes from the Reynolds
equation and is solved by the Finite Element Method. The non-linear dynamic system is
solved by the iterative Newton-Rhapson method for each time integration step.
Keywords
1 Introdução 1
1.1 Revisão Bibliográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Objetivo do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.3 Organização do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
i
3.2.3 Corpo 3 (pistão) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
3.3 Sistema de Equações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
3.4 Velocidades Superficial e de Esmagamento do Filme de Óleo . . . . . . . . 56
Referências Bibliográficas 71
ii
Lista de Figuras
iii
4.5 Forças resultantes na direção X e Y do olhal maior da biela. . . . . . . . . 66
4.6 Forças resultantes na direção X e Y do olhal maior da biela. . . . . . . . . 67
4.7 Momento e força normal resultante na parede do cilindro. . . . . . . . . . . 67
iv
Lista de Tabelas
v
Nomenclatura
Letras Latinas
vi
rj - raio do rotor [m]
S = µΩbD/2πF(c/R)2 - número de Sommerfeld
t - tempo [s]
u, v, w - componentes de velocidade do fluido nas direções x, y, z, respectivamente
U - velocidade superficial do rotor [m/s]
x = Rθ - coordenada circunferencial [m]
xb , yb e xm , ym - deslocamentos linear nas direções X, Y dos eixos menor e maior da
manivela, respectivamente [m]
xp - deslocamento linear do olhal menor da biela da direção X [m]
X, Y - eixos do sistema de coordenadas cartesianas inercial
X1, Y 1 - eixos do sistema de coordenadas cartesianas móvel B1
X2, Y 2 - eixos do sistema de coordenadas cartesianas móvel B2
Letras Gregas
β - ângulo de deslocamento da biela [rad]
βb - ângulo de deslocamento da biela devido a folga radial do olhal menor [rad]
γ - coordenada angular com origem no eixo X [rad]
ε - excentricidade radial [m]
θ∗ - ângulo de atitude do rotor [rad]
λ - ângulo de deslocamento da manivela [rad]
µ - viscosidade absoluta ou dinâmica do fluido [N s/m3 ]
Ω - velocidade angular da manivela [rad/s]
vii
Capı́tulo 1
Introdução
1
tema pistão-biela-manivela empregando as equações de Newton-Euler e com acoplamento
das equações de Reynolds dos mancais principal e de biela.
2
tato do rotor e mancal. Um terceiro mecanismo de lubrificação é quando as duas formas
de lubrificação, a hidrodinâmica e a hidrostática, atuam simultaneamente em um mancal
de deslizamento, sendo chamada de lubrificação hı́brida. Diversos autores referem-se aos
mancas hidrostáticos que atuam em rotações elevadas como mancais hı́bridos, uma vez
que nas regiões planas ou nos ressaltos do mancal ocorre a lubrificação hidrodinâmica
superposta à lubrificação hidrostática.
3
experimentais e teóricos foram firmemente estabelecidos.
4
o problema de transiente de tempo (Rohde et al., 1976). Posteriormente, Rohde (Rohde
et al., 1979) apresentou um trabalho semelhante incluindo os efeitos de viscoelasticidade
e carga flutuante. Goenka (Goenka, 1984) empregou uma formulação do MEF para solu-
cionar mancais radiais carregandos dinamicamente. Obteve-se uma análise computacional
eficiente, ilustrando também a versatilidade do método em análises dependentes do tempo,
e em diversas configurações de mancais. Oh (Oh, 1984) também empregou o MEF e de-
senvolveu um trabalho para analisar efeitos de contato em mancais elastohidrodinâmicos
(EHD) carregados dinamicamente. Trabalhando juntos Oh e Goenka (Oh e Goenka, 1985)
empregaram o algoritmo de Newton-Raphson em conjunto com o algoritmo de Murty e
o MEF para analisar o efeito da lubrificação elastohidrodinâmica em mancais radiais de
biela com carregamento dinâmico, gerando-se a pressão e a espessura do filme de fluido
lubrificante em função do tempo. Embora o método seja robusto e de custo computacional
elevado, pode-se utilizar o mesmo para solucionar problemas reais de mancais de motores.
Posteriormente, uma redução significativa do tempo computacional foi alcançada nova-
mente por Oh e Goenka (Oh e Goenka, 1986), utilizando-se a teoria de mancal curto e
assumindo uma distribuição de pressão parabólica na direção axial. Embora reduzindo
significamente o tempo computacional, observaram-se diferenças com a análise anterior,
especialmente para prever a espessura do filme.
5
Um modelo semelhante ao de Goenka (1984) e LaBouff e Booker foi empregado por
Kumar e Booker (Kumar e Booker, 1991). A diferença neste trabalho foi a importância
na conservação da massa para análises da cavitação do filme de fluido lubrificante. Ex-
emplos numéricos mostraram eficiência em diversas aplicações do modelo para problemas
dinâmicos. Posteriormente, um trabalho para analisar o comportamento dinâmico de dois
mancais elásticos de biela foi apresentado (Bonneau et al., 1995), incluindo os efeitos de
inércia e o modelo de conservação da massa. As forças de inércia devido a cinemática da
estrutura e o efeito da pressão hidrodinâmica nas deformações elásticas do mancal também
foram considerados. Foi empregado o método de Newton-Raphson com o algoritmo de
Murty e uma discretização em elementos finitos. Os resultados mostraram a necessidade
de considerar as deformações elásticas tridimensionais e que o algoritmo pode ser aplicado
em uma grande diversidade de geometrias e problemas dinâmicos. Pode-se adicionar um
modelo de conservação de fluxo permitindo que os projetos de motores sejam otimizados
na geometria de contato da lubrificação e na posição dos canais de lubrificação.
Nos últimos anos, os mancais de motores de combustão interna têm recebido muita
atenção. Estudos para mostrar o seu comportamento dinâmico, análises térmica e elásticas,
dentre outras, têm sido conduzidas devido às severas condições de operação. Boneau
e Grente (1999) (Bonneau et al., 1999) apresentaram uma formulação para analisar e
otimizar os mancais elasto-hidrodinâmicos principais de um motor automotivo de quatro
cilindros. Consideram-se deformações elásticas nos mancais e no virabrequim em conjunto
6
com o campo de pressão e o balanço das cargas cinéticas do sistema. Foi utilizado o MEF
para a resolução da equação de Reynolds e o método de Newton-Raphson para análise
numérica. Os resultados mostraram que a nova geração de motores de pequeno porte com
blocos de alumı́nio sofreu maiores deformações.
Cho, Han e Choi (1999) (Cho et al., 1999) estudaram o efeito térmico na espessura
do filme de óleo em mancal de biela de motores de combustão interna, comparando-se
resultados teóricos e experimentais. Nas análises em processos adiabáticos e isotérmicos,
concluiu-se que a viscosidade é um fator importante para os efeitos de variação da curva
da espessura mı́nima do filme. Observaram-se algumas diferenças entre a teoria e o
experimento na tendência total de sua curva, mas uma diferença mı́nima sobre o ciclo
completo do motor. Análises termo-hidrodinâmica em mancal de biela também foram
apresentadas por Kim e Kim (2001) (Kim e Kim, 2001), incluindo distorção térmica e
deformações elásticas na superfı́cie do mancal. Os resultados mostraram que o nı́vel de
distorção térmica é tão grande quanto a deformação elástica do mancal, e que a distorção
térmica tem efeitos notáveis no desempenho do mancal.
7
de uma maior eficiência dos motores faz que o projeto dos virabrequins seja mais difı́cil.
8
elementos finitos foi aplicado na análise do virabrequim considerando o bloco e os mancais
principais como corpos rı́gidos. Os resultados mostraram que o virabrequim não apresen-
tou problemas estruturais durante a operação e a otimização da pressão de combustão,
ou seja, uma queima completa imediata gera uma amplitude de vibração baixa.
9
pistão-biela-manivela com a incorporação dos mancais hidrodinâmicos radiais no mancal
central e nos olhais maior e menor da biela. Objetiva-se a médio prazo obter um sistema
completo tanto para análise de lubrificação, como das forças atuantes em um motor de
4 cilindros. Ressalta-se aqui que somente o sistema de lubrificação hidrodinâmica atua
sobre os mancais.
10
Capı́tulo 2
11
lubrificante, a velocidade angular do rotor Ω e a capacidade de carga do mancal F.
Figura 2.1: Vistas em corte transversal (B-B) e corte longitudinal (A-A) (Watanabe,
2003).
12
atitude do rotor.
13
Figura 2.2: Centro do mancal O e eixo deslocado O’.
½ ¾T
Portanto, a excentricidade pode ser escrita em forma vetorial, como ε = εx εy 0
q
ou pelo seu módulo |ε| = ε2x + ε2y .
rJ cos α = (R − h) − ε cos(γ − θ∗ ).
h = c − ε cos θ, (2.1)
14
Figura 2.3: Espessura do filme de óleo h (Watanabe, 2003).
Equação da Continuidade
Qx = u(hdz).
Qz = w(dxh) = qz dx.
ou seja,
à ! à !
∂qx ∂qz
u1 dxdz + qx dz + qz dx = u2 dxdz + qx + dx dz + qz + dz dx.
∂x ∂z
Assim, tem-se
∂qx ∂qz
+ + (u2 − u1 ) = 0.
∂x ∂z
Como u1 e u2 são dependentes dos movimentos do rotor e do mancal, então, pode-se
dizer que a diferença entre as velocidades (V = u2 −u1 ) é função da variação da folga radial
no tempo, ou seja, a derivada de h em relação ao tempo. Como a folga radial é medida
a partir da superfı́cie do mancal, tem-se que os valores positivos de V correspondem à
derivadas negativas de h, ou seja, V = −∂h/∂t.
Equação de Navier-Stokes
17
cante, como (Watanabe, 2003)
à ! à !
2 2 2
∂u ∂u ∂u ∂u ∂P ∂ u ∂ u ∂ u
ρ +u +v +w = ρXg − +µ + 2+ 2 ,
2
à ∂t ∂x ∂y ∂z ! ∂x à ∂x ∂y ∂z !
∂v ∂v ∂v ∂v ∂P ∂ 2v ∂ 2v ∂ 2v
ρ +u +v +w = ρYg − +µ + + , (2.5)
∂t ∂x ∂y ∂z ! ∂x ∂x2 ∂y 2 ∂z 2
à à !
∂u ∂w ∂w ∂w ∂P ∂ 2
w ∂ 2
w ∂ 2
w
ρ
+u +v +w = ρZg − +µ 2
+ 2
+ 2
,
∂t ∂x ∂y ∂z ∂x ∂x ∂y ∂z
sendo ρ a densidade volumétrica do fluido lubrificante, P a pressão no filme de fluido,
(Xg , Yg , Zg ) as componentes de forças de corpo nas direções x, y, z, respectivamente.
A redução da equação de Navier-Stokes pode ser feita através do balanço das forças
que agem sobre um elemento de fluido. Inicializando pela direção x, e observando na
Figura 2.5, tem-se
19
Rearranjando a equação anterior, obtém-se
à ! à !
∂ ∂P ∂ ∂P ∂h ∂h
h3 + h3 = 6µU + 12µ . (2.13)
∂x ∂x ∂z ∂z ∂x ∂t
Escrevendo a equação (2.13) em função do ângulo θ com a relação x = rJ θ, tem-se
à ! à !
1 ∂ ∂P ∂ ∂P ∂h ∂h
2
h3 + h3 = 6µΩ + 12µ . (2.14)
rJ ∂θ ∂θ ∂z ∂z ∂θ ∂t
20
utilizam funções de séries infinitas ou funções de Green (Someya,1989). Utiliza-se neste
trabalho o MEF.
sendo v a função teste e n = (nθ , nz ) o vetor normal em cada ponto do contorno. Como
a função teste v é nula no contorno, o último termo da expressão é também nulo. Em-
pregando uma aproximação por Galerkin com n funções de interpolação, tem-se para
i = 1, . . . , n
n
X Z ( ) Z Z
1 3 ∂Ni ∂Nj ∂Ni ∂Nj ∂h ∂h
h + dθdz = 6µΩ Nj dθdz + 12µ Nj dθdz.
j=1 rJ2 ∂θ ∂θ ∂z ∂z ∂θ ∂t
Ω Ω Ω
22
referência, obtém-se a matriz transformação em conjunto com a derivada das funções de
forma referente às coordenadas do elemento real, ou seja,
∂Ni ∂θ ∂z ∂Ni
∂ξ =
∂ξ ∂ξ
∂θ , i = 1, 2, 3, 4.
∂Ni ∂θ ∂z ∂Ni
∂η ∂η ∂η ∂z
De forma compacta
n o n o
∂(ξ,η) = [J] ∂(θ,Z) ,
23
podem ser determinadas através das seguintes integrais (Watanabe, 2003)
Z b/2 Z 2π
FR = −2 P R cos θdθdz,
Z 0b/2 Z 02π
FT = 2 P R sin θdθdz.
0 0
Portanto, a carga resultante do mancal, Fo , é dada por
q
Fo = FR 2 + FT 2 .
24
pressão aproxima-se da pressão atmosférica. Produz as seguintes condições:
.P = 0 para θ = 0
∂P
.P = 0, = 0 para θ = θcav .
∂θ
Pressao
Pressao
Pressao
Angulo circunferencial
25
2.4.4 Resultados do Mancal Hidrodinâmico Estático
Curva de Pressao
5
x 10
2
1
Pressao (Pa)
−1
−2
0.03
400
0.02
300
0.01 200
100
Largura do Mancal − b/2 [m] 0 0
Coordenada Angular
26
Curva de Pressao
5
x 10
2
1.5
Pressao (Pa)
0.5
0
0.03
400
0.02
300
0.01 200
100
Largura do Mancal − b/2 [m] 0 0
Coordenada Angular
Para a condição de contorno de Reynolds, tem-se a Figura 2.13 com uma excentri-
cidade ε = 0, 0036 e o número de Sommerfeld S = 6, 3688.
Curva de Pressao
4
x 10
20
15
Pressao (Pa)
10
−5
0.03
400
0.02
300
0.01 200
100
Largura do Mancal − b/2 [m] 0 0
Coordenada Angular
28
Capı́tulo 3
Dinâmica do Sistema
Pistão-Biela-Manivela com Mancais
Hidrodinâmicos
3.1 Cinemática
29
Sendo os três mancais (central, olhal maior e olhal menor) hidrodinâmicos, observa-
se que haverá deslocamentos da manivela e da biela, como indicado na Figura 3.2. Assim,
o eixo maior da manivela desloca-se para O’ e o centro dos olhais maior e menor da
biela deslocam-se para os pontos A’ e B ’, respectivamente. Além disso a biela tem uma
rotação rı́gida de um ângulo βb tomando-se o ponto A’ como origem, devido à folga radial
existente no olhal menor da biela.
Assim os pontos indicados nas Figuras 3.1 e 3.2 são tais que
33
3.1.3 Equações de vı́nculo
rb = dp + dβ b ,
−rOB
−xp
−Lβb sin(β + βb )
L cos(β + βb )
0 + 0 + −Lβb cos(β + βb ) + −L sin(β + βb ) +
0 0 0 0
35
xb cos λ − yb sin λ
r cos λ
xm
0
xb sin λ + yb cos λ + r sin λ + ym = 0 , (3.2)
0
0
0 0
Assume-se que a manivela gira com uma velocidade angular constante λ̇. Assim, a
velocidade e a aceleração angulares no corpo 1 (manivela), e conseqüentemente da base
B1, são conhecidas e dadas, respectivamente, por
0
0
Base B1 : I ω1 = 0 e I ω̇ 1 = 0 pois λ̇ é constante.
λ̇
0
36
Derivando-se a equação (3.1), obtém-se a seguinte expressão matricial em termos
das derivadas das 8 incógnitas cinemáticas
ṙOB
ẋ p
β̇
˙
c
−1 −1 −L(a + βb b) −L(2a + βb b) cos λ − sin λ 1 0 βb
= ,
0 0 L(βb a − b) L(βb a − 2b) sin λ cos λ 0 1 ẋb
d
ẏ b
ẋ m
ẏm
sendo
a = sin(β + βb ),
b = cos(β + βb ),
sendo
e = 2Lβ̇b (β̇ + β̇b )b − L(β̇ + β̇b )2 (βb a − b) + rλ̇2 cos λ + 2ẋb λ̇ sin λ
sendo
h = rλ̇2 cos λ + Lβ̇ 2 cos β + 2ẋb λ̇ sin λ + xb λ̇2 cos λ + 2ẏb λ̇ cos λ − yb λ̇2 cos λ,
i = rλ˙2 sin λ − Lβ̇ 2 sin β − 2ẋb λ̇ cos λ + xb λ̇2 sin λ + 2ẏb λ̇ sin λ + yb λ̇2 cos λ.
38
Novamente por analogia, supondo que em B exista um mancal hidrodinâmico e que
O e A sejam rı́gidos, tem-se
r̈OB
−1 −1 −L(a + βb b) −L(2a + βb b)
ẍp
k
= ,
l
0 0 L(βb a − b) L(βb a − 2b)
β̈
β¨
b
sendo
39
Analogamente, para o caso em que A e B existam mancais hidrodinâmicos e O seja
rı́gido, tem-se
r̈OB
ẍp
−1 −1 −L(a + βb b) −L(2a + βb b) cos λ − sin λ
β̈
e
¨
= .
0 0 L(βb a − b) L(βb a − 2b) sin λ cos λ βb
f
ẍb
ÿ
b
3.2 Dinâmica
A manivela possui massa m1 e está solicitado pelo seu peso próprio (P1 ), pelas
forças nos mancais central (F1 ) e de biela (F2 ) e pelo momento na manivela (M1 ). As
componentes dessas forças e do momento são (ver Figura 3.4(a)):
½ ¾T
I P1 = m1 g 0 0 ,
½ ¾T
B1 F2 = F2x −F2y 0 ,
½ ¾T
I F1 = F1x F1y 0 ,
½ ¾T
I M1 = 0 0 M1z .
40
(a) Corpo1: manivela. (b) Corpo2: biela.
42
constante e conseqüentemente I vrel = 0 e I arel = 0. Logo,
a∗1x
ẍm
λ˙2 r∗ cos λ
∗
I a1 =
a∗1y
=
ÿm + λ˙2 r∗ sin λ
. (3.6)
0 0 0
−m1 ÿm + F1y + sin λF2x − cos λF2y = m1 r∗ λ̇2 sin λ. (3.8)
43
d d d d
(B1 IO0 ) B1 λ̇ + (B1 λ̇)B1 IO0 + (m1 ) B1 r∗ × B1 vO0 + m1 (B1 r∗ ) ×B1 vO0 +
|dt {z } dt |dt {z } |dt {z }
=0 =0 =0
d
m1B1 r∗ × (B1 vO0 ) +B1 Ω1 × (B1 IO0 B1 λ̇ + m1B1 r∗ × B1 vO0 ) =
dt
" #
d ∗ d
B1 IO0 (B1 λ̇) +B1 Ω1 × (B1 IO0 B1 λ̇) + m1B1 r × (B1 vO0 ) +B1 Ω1 × B1 vO0 .
dt dt
| {z }
B1 aO0
Sendo os termos
2
X
• B1 MO0 i o somatório dos momentos provocados pelas forças externas e de reação
i=1
em relação ao ponto O0 , representados no sistema solidário ao corpo (B1);
∗
• B1 r ó vetor com origem no ponto em torno do qual se calcula a quantidade de
movimento angular, neste caso o ponto O0 , e termino no centro de massa do corpo.
Sua representação é feita na base móvel B1;
44
segundo termo do lado direito da equação (3.9) é nulo, pois a velocidade de rotação do
corpo 1 e do sistema móvel B1 são iguais.
Deve-se transferir o vetor aceleração aO0 do sistema inercial para o móvel B1. Logo,
ẍm cos λ + ÿm sin λ
B1 aO0 = TλI aO0 = −ẍm sin λ + ÿm cos λ ,
0
Substituindo as componentes dos vetores e efetuando as operações indicadas em
(3.9), obtém-se mais uma equação de equilı́brio relativa aos movimentos de rotação do
corpo 1 em torno do eixo inercial Z, ou seja,
45
y m são nulas e o sistema de equações (3.11) se reduz a
F1x
1 0 cos λ sin λ 0
F1y
m1 r∗ λ̇2 cos λ − m1 g
0 1
sin λ − cos λ 0
F2x = m1 r∗ λ̇2 sin λ
.
0 0 0 r 1
F2y
r∗ m1 g sin λ
M1z
A biela possui massa m2 e está solicitado pelo seu próprio peso (P2 ) e pelas forças
nos olhais maior (F2 ) e menor (F3 ) (ver Figura 3.4(b)). As componentes dessas forças
são:
½ ¾T
I P2 = m2 g 0 0 ,
½ ¾T
B1 F2 = −F2x F2y 0 ,
½ ¾T
I F3 = F3x −F3y 0 .
46
Aplicando a segunda lei de Newton, com os vetores representados na base inercial,
tem-se
m2 g
−F2x
F3x
a∗2x
3
X
T
I Fi = m2 I a∗2 => 0 +Tλ F2y + −F3y = m2 a∗2y ,(3.13)
i=1
0
0
0
0
sendo I a∗2 a aceleração do centro de massa da biela, denotado através do vetor L∗ (ver
Figura 3.4(b)). Usando o ponto A’ como referência, a aceleração do centro de massa da
biela no sistema inercial é
∗
I a2 = I aA0 + I ω 2 × (I ω 2 × I L∗ ) + I ω̇ 2 × I L∗ +2 I ω 2 × I vrel + I arel .
½ ¾T
∗
Nota-se que o vetor B1 L = −L 0 0 , que está entre os pontos A’ e o centro
de massa, pertence a um corpo rı́gido. Conclui-se então que I vrel = 0 e I arel = 0. Por
sua vez, através da cadeia cinemática tem-se
I aA0 = I aA + TT ¨ = I aO0 +I ω 1 × (I ω 1 × I r) + TT db
db ¨
λ B1 λ B1
ẍm
2
λ̇ r cos λ
ẍb
= ÿm + λ̇2 r sin λ + TTλ ÿb .
0
0 0
Assim, representando I a∗2 em sua forma vetorial, tem-se
ẍm
λ̇2 r cos λ
ẍb cos λ − ÿb sin λ
∗
I a2 = ÿm + λ̇2 r sin λ + ẍb sin λ + ÿb cos λ +
0
0 0
(β̇ + β̇b )2 (L∗ b)
(β̈ + β̈b ) (L∗ a)
−(β̇ + β̇b )2 (L∗ a)
+ (β̈ + β̈b ) (L∗ b) . (3.14)
0 0
− cos λF2x − sin λF2y + F3x − m2 ẍm − m2 ẍb cos λ + m2 ÿb sin λ
− sin λF2x + cos λF2y − F3y − m2 ÿm − m2 ẍb sin λ − m2 ÿb cos λ
− m2 (β̈ + β̈b ) (L∗ b) = m2 λ̇2 r sin λ − m2 (β̇ + β̇b )2 (L∗ a). (3.15)
47
Utilizando a equação de Euler para os movimentos de rotação do corpo, e fazendo-se
o somatório dos momentos em relação ao ponto A’ na base móvel B2, escreve-se
X2
d
B2 MA0 i = B2 IA0 (β̇ + β̇ b ) + B2 (β̇ + β̇ b ) × [B2 IA0 B2 (β̇ + β̇ b )] +
i=1 dt | {z }
=0
∗
B2 L × m2B2 a A0 = B2 L × B2 F3 + B2 L∗ × B2 P2 . (3.16)
sendo m = ẍm + λ̇2 r cos λ + ẍb cos λ − ÿb sin λ e n = ÿm + λ̇2 r sin λ + ẍb sin λ + ÿb cos λ.
Izz2 (β̈ + β̈b ) + L∗ m2 (ma + nb) + LaF3x − LbF3y = −L∗ m2 ga. (3.17)
48
β̈
β̈b
ẍb
ÿb
m λ̇2 r cos λ + m2 (β̇ + β̇b )2 (L∗ b) − m2 g
ẍm 2
= m2 λ̇2 r sin λ − m2 (β̇ + β̇b )2 (L∗ a) , (3.18)
ÿm
−L∗ m g a − L∗ m λ̇2 rp
2 2
F2x
F2y
F3x
F
3y
Para A e B mancais hidrodinâmicos, as forças F2x , F2y , F3x e F3y são determinadas
pela solução das equações de Reynolds. Assim, pode-se escrever (3.18) como
β̈
β̈
b
−m2 L∗ a −m2 L∗ a −m2 cos λ m2 sin λ −m2 0
ẍ
b
−m2 L∗ b −m2 L∗ b −m2 sin λ −m2 cos λ 0 −m2 =
ÿ
b
Izz2 Izz2 L∗ m 2 p ∗
L m2 q ∗
L m2 a L∗ m2 b
ẍ m
ÿ
m
m2 λ̇2 r cos λ + m2 (β̇ + β̇b )2 (L∗ b) − m2 g + F2x cos λ + F2y sin λ − F3x
m2 λ̇2 r sin λ − m2 (β̇ + β̇b )2 (L∗ a) + F2x sin λ − F2y cos λ + F3y .
−L∗ m2 g a − L∗ m2 λ̇2 r(cos λa + sin λb) − LF3x a + LF3y b
49
m2 λ̇2 r cos λ + m2 β̇ 2 L∗ cos β − m2 g
m2 λ̇2 r sin λ − m2 β̇ 2 L∗ sin β .
−L∗ m2 g sin β − L∗ m2 λ̇2 r(cos λ sin β + sin λ cos β)
51
m2 λ̇2 r cos λ + m2 (β̇ + β̇b )2 (L∗ b) − m2 g − F3x
m2 λ̇2 r sin λ − m2 (β̇ + β̇b )2 (L∗ a) + F3y .
−L∗ m2 g a − L∗ m2 λ̇2 r(cos λa + sin λb) − LF3x a + LF3y b
O pistão possui massa m3 e está solicitado pelo seu peso próprio P3 , pelas reações
no mancal F3 , pela força normal na parede do cilindro N e pela força de explosão Fe (λ),
como ilustrado na Figura 3.4(c) . As componentes destes vetores no sistema inercial são:
½ ¾T
I P3 = m3 g 0 0 ,
½ ¾T
I F3 = −F3x F3y 0 ,
½ ¾T
IN = 0 −N 0 ,
½ ¾T
I Fe = Fe (λ) 0 0 .
52
¨ pois a aceleração só é permitida na vertical
Observa-se que I a3 = −r̈ OB − dp,
(direção X). Através da equação (3.19), obtém-se as seguintes equações de equilı́brio
m3 (r̈OB + ẍp ) − F3x = −m3 g − Fe (λ),
(3.20)
F3y − N = 0.
Supondo que em B exista um mancal hidrodinâmico, as componentes de força F3x e
F3y são calculadas através da equação de Reynolds. Nesse caso, a equação (3.19) assume
a seguinte forma matricial
r̈OB
−m3 g − Fe (λ) + F3x
m3 m3 0
ẍ p = .
0 0 −1
−F3y
N
53
r̈OB
ẍp
β̈
−1 −1 −L(a + βb b) −L(2a + βb b) cos λ − sin λ 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
βb
¨
0 0 L(βb a − b) L(βb a − 2b) sin λ cos λ 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ẍb
0 0 0 0 0 0 −m1 0 0 0 1 0 cos λ sin λ 0 0
ÿb
0 0 0 0 0 0 0 −m1 0 0 0 1 sin λ − cos λ 0 0
ẍm
0 L∗ a L∗ a
0 −m2 −m2 −m2 cos λ m2 sin λ −m2 0 0 0 0 0 − cos λ − sin λ 1 0 ÿ
m
=
0 0 −m2 L∗ b −m2 L∗ b −m2 sin λ −m2 cos λ 0 −m2 0 0 0 0 − sin λ cos λ 0 −1
N
0 0 Izz2 Izz2 L∗ m2 p L∗ m2 q L∗ m2 a L∗ m2 b 0 0 0 0 0 0 La −Lb
M1z
3
m m3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 − 0
F1x
0 0 0 0 0 0 0 0 −1 0 0 0 0 0 0 1
F1y
0 0 0 0 0 0 −r∗ m1 sin λ r∗ m1 cos λ 0 1 0 0 0 r 0 0
F2x
F2y
F3x
F3y
54
e
f
∗ 2
m1 r λ̇ cos λ − m1 g
m1 r∗ λ̇2 sin λ
2 2 ∗
m2 λ̇ r cos λ + m2 (β̇ + β̇b ) (L b) − m2 g
m2 λ̇2 r sin λ − m2 (β̇ + β̇b )2 (L∗ a)
−L m2 g a − L m2 λ̇ r(cos λa + sin λb)
∗ ∗ 2
−m3 g − Fe (λ)
0
∗
r m1 g sin λ
De forma resumida,
κ
A B ζ
=
, (3.21)
C D η ι
sendo
½ ¾T
ζ = ẍm ÿm ẍb ÿb ẍp β¨b N M1z r̈OB β̈ ,
½ ¾T
η = F1x F1y F2x F2y F3x F3y .
0 −m1 0 0 0 0 0 0 0 0
m2 L∗ a m2 L∗ a
−m2 0 −m2 cos λ m2 sin λ 0 0 0 0
0 −m2 −m2 sin λ −m2 cos λ 0 −m2 L∗ b 0 0 0 −m2 L∗ b
[A](n) =
0 0 0 0 m3 0 0 0 m3 0 ,
m2 L∗ a m2 L∗ b m2 L∗ p m2 L∗ q 0 Izz2 0 0 0 Izz2
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
−m1 r ∗ sin λ m1 r ∗ cos λ 0 0 0 0 0−1 0 0
1 0 cos λ − sin λ −1 −L(2a + βb b) 0 0 −1 −L(a + βb b)
0 1 sin λ cos λ 0 L(βb a − 2b) 0 0 0 L(βb a − b)
© ªT
{∆ζ}(n+1) = ∆ẍm ∆ÿm ∆ẍb ∆ÿb ∆ẍp ∆β¨b ∆N ∆M1z ∆r̈OB ∆β̈ ,
e {φ}(n) o vetor resı́duo. Observa-se que a matriz Jacobiana, ou tangente, é igual a matriz
original [A] do sistema de equações em (3.22), pois não há dependência explicita dos
coeficientes em relação às incógnitas expressas em termos das acelerações.
55
3.4 Velocidades Superficial e de Esmagamento do Filme
de Óleo
56
no mancal.
57
(a) Ângulos θ e θ2∗ . (b) Componentes de força.
58
(xp + Lβb a)
θ3∗ = sin−1 − q , sendo θ a coordenada angular com origem no
(xp + Lβb a)2
+ (Lβb b)2
eixo X, como ilustrado na Figura 3.7(a).
59
Capı́tulo 4
Basicamente o programa pode ser dividido em três partes. Na primeira parte, define-
se se os mancais principal e nos olhais maior e menor da biela são hidrodinâmicos ou
rı́gidos, definem-se as caracterı́sticas geométricas dos mancais, biela, pistão e manivela,
bem como as propriedades do fluido lubrificante. Ainda na primeira parte, faz-se a leitura
da curva de pressão e o cálculo da força de explosão. A caracterı́stica da malha também
é definida para aplicação do MEF para resolução da equação de Reynolds dos mancais.
60
Figura 4.1: Fluxograma do programa.
61
integração da pressão em relação à área.
Calculadas as forças, o programa passa para a terceira parte na qual são determi-
nadas as caracterı́sticas dinâmicas do sistema pistão-biela-manivela, tais como: aceleração
das excentricidades do mancal principal ε̈1 , olhais maior ε̈2 e menor da biela ε̈3 , torque
atuante no motor M , força normal N , aceleração do pistão r̈OB e aceleração angular
da biela β̈, determinados em um processo iterativo pelo método de Newton-Raphson e
integração por Runge-Kutta.
4.2.1 Cinemática
A posição instantânea do pistão pode ser descrita em função dos ângulos da Figura
4.2 como
Através da equação (4.1), obtém-se a relação entre o ângulo motor e o ângulo movido,
e derivando-se a equação uma e duas vezes, obtém-se a velocidade e a aceleração, respec-
tivamente. E ainda, faz-se a aproximação pela série de Fourier (AVL, 2004).
62
Figura 4.2: Diagrama de forças para a modelagem tradicional (AVL, 2004).
4.2.2 Dinâmica
sendo mo = (1/3)m2 + m3 .
Fz = Fe (λ) − Fo .
F r = mr λ̇2 r,
sendo mr = (2/3)m2 .
63
A força de inércia de compensação no braço de manivela é dada por
Fw = 2mw θ̇2 rw ,
sendo mw a massa do web (braço da manivela que liga o eixo maior ao eixo menor) e rw é o
raio de compensação do braço de manivela. Com as duas últimas equações, determina-se
a força resultante de inércia de rotação
Fres = Fr − Fw .
FN = Fz tan β.
4.3 Resultados
6
x 10 Pressao x lambda
15
10
P(N/m2)
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800
Angulo da manivela
65
e uma força maior de compressão que ocorre em três ciclos do motor (compressão, explosão
e expulsão dos gases).
4
x 10
8000
7 Newton−Euler
AVL
6 6000
5
4000
4
F1x (N)
F1y (N)
Newton−Euler
AVL 2000
3
2
0
−2000
0
0 100 200 300 400 500 600 700 0 100 200 300 400 500 600 700
lambda (graus) lambda (graus)
As Figuras 4.5 e 4.6 mostram as componentes das forças nos olhais maior e menor
da biela.
4
x 10
8000
Newton−Euler
7
AVL
6 6000
5
4000
4
F2x (N)
F2y (N)
Newton−Euler
AVL 2000
3
2
0
−2000
0
0 100 200 300 400 500 600 700 0 100 200 300 400 500 600 700
lambda (graus) lambda (graus)
Observa-se que as forças na direção X dos mancais tem seu inı́cio na parte negativa
do gráfico, isto significa que os componentes do motor estão sendo tracionados devido ao
66
4
x 10
7000
7
6000
6
5000
5
4000
F3x (N)
F3y (N)
4
Newton−Euler 3000 Newton−Euler
AVL AVL
3 2000
2 1000
1 0
−1000
0
0 100 200 300 400 500 600 700 0 100 200 300 400 500 600 700
lambda (graus) lambda (graus)
1600 7000
1400 6000
1200
5000
1000
4000
800
N (N)
3000
T (N)
Newton−Euler Newton−Euler
600 AVL AVL
2000
400
200 1000
0 0
−200 −1000
−400
0 100 200 300 400 500 600 700 0 100 200 300 400 500 600 700
lambda (graus) lambda (graus)
67
processo de admissão que ocorre no motor, e um pico de força de compressão devido a
força de explosão.
68
Capı́tulo 5
A utilização dos mancais hidrodinâmicos nos mancais principal, olhal maior e olhal
menor tem a finalidade de gerar um maior amortecimento do sistema, reduzir o atrito
entre os componentes, e conseqüentemente o desgaste, e também o resfriamento devido
ao fluxo do fluido lubrificante.
69
Infelizmente, a integração temporal empregando métodos baseados em Runge-Kutta
para a resolução dos mancais hidrodinâmicos com o sistema dinâmico pistão-biela-manivela
não foi concretizada nesse trabalho. Para que isso seja possı́vel, será implementado um
procedimento de integração mais robusto, onde é necessário a integração no tempo das
acelerações dos eixos, e então, integrar o sistema dinâmico no tempo. A dificuldade foi
encontrada na integração dos mancais, ou seja, na convergência da integração no tempo
das acelerações dos eixo.
70
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