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Prof.

Doutor Paulo Adragão

Dr. Rodrigo Rocha Andrade

Dr.ª Luísa Eckenroth Moreira

Ano letivo de 2020/21

HISTÓRIA DO DIREITO

PROGRAMA DETALHADO DAS AULAS TEÓRICAS

(VERSÃO INICIAL, DE 13/10/2020)

Considerações introdutórias

1. Noção de história do direito

2. Objeto da história do direito

3. Classificações da história do direito

4. Método cronológico e método monográfico na exposição da história do direito

PARTE I

ELEMENTOS DE HISTÓRIA DO DIREITO ROMANO

Capítulo 1 – Noções fundamentais

1. Direito Romano

a) Conceito

b) Desenvolvimento

c) Caraterização

d) Utilidade do estudo do Direito Romano

2. Ius et fas

3. Ius em sentido objetivo, ius em sentido normativo e ius em sentido subjetivo

4. Iustitia e aequitas

5. Iuris praecepta

6. Ius publicum e Ius privatum

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7. Ius scriptum e Ius non scriptum

8. Ius Civile, Ius Praetorium e Ius Honorarium

9. Ius Gentium e Ius Naturale

10. Ius Commune e Ius Singulare: Beneficium e Privilegium

11. Ius Novum ou Extraordinarium

12. Algumas conceções jurídicas modernas aplicadas ao Direito Romano

a) Preliminares

b) Direito em sentido normativo (desenvolvimento)

I. Um conceito já conhecido

II. Âmbito pessoal, espacial, temporal de aplicação

III. Cessação da vigência

c) Direito em sentido subjetivo (desenvolvimento)

d) Interpretação

Capítulo 2 – Organização política

13. Direito e política

14. Roma primitiva

15. A República

a) Magistraturas

b) Assembleias populares

c) Senado

16. O Principado

17. O Dominado

18. Administração local

a) Na República

b) No Principado

c) No Dominado

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Capítulo 3 – Fontes do ius civile

19. Preliminares

20. Costume

21. Lei

22. Plebiscito

23. Senatusconsulto

24. Constituição imperial

25. Jurisprudência

Capítulo 4 – Compilações

26. Compilações pré-justinianeias

27. Corpus Iuris Civilis

28. Compilações pós-justinianeias

Capítulo 5 – Supervivência do direito romano

29. Preliminares

30. No Oriente

31. No Ocidente

PARTE II
ELEMENTOS DE HISTÓRIA DO DIREITO PENINSULAR1

Plano da exposição

Capítulo 1 – Período primitivo

1. Caraterística básica. Fontes de conhecimento

2. Povos anteriores à conquista romana

2.1. Principais povos autóctones

2.2. Colonizações estrangeiras

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A numeração dos apartados das Partes II e III é sequencial, dada a maior ligação relativa dessas duas
Partes.

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3. Organização política e social

3.1. Organização política

3.2. Classes sociais

4. Direito peninsular pré-romano

4.1. Direito dos povos autóctones

4.2. Direito dos povos colonizadores

Capítulo 2 – Período romano

5. A conquista da Península Ibérica pelos Romanos

6. A romanização da Península

6.1. Assimilação da cultura e da civilização

6.2. Romanização jurídica

7. Fontes do direito romano relativas à Península

8. Direito vigente ao tempo das invasões germânicas. O direito romano vulgar

Capítulo 3 – Período Germânico ou Visigótico

9. Razão de ordem

10. Os Germanos antes das invasões

a) Assentamento primitivo. Grupos em que se subdividiram

b) Cultura, religião e direito

11. As invasões germânicas e o início dos tempos medievais

a) Natureza e causas determinantes

b) Formação dos novos Estados germânicos

c) Persistência do direito romano nos Estados germânicos

12. Fontes de Direito dos Estados germânicos. Documentos de aplicação do direito

12.1. Fontes do direito

a) Carácter exclusivamente consuetudinário do primitivo direito germânico

b) Leis dos bárbaros ou leis populares

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c) Leis romanas dos bárbaros

d) Capitulares

12.2. Documentos de aplicação do direito

13. Traços gerais da histórica política da Península desde as invasões germânicas até à
queda do Estado Visigótico

a) Estabelecimento, na Península, de Alanos, Vândalos e Suevos

b) O Reino Suevo (409/485). A figura de S. Martinho de Dume

c) Ocupação da Península pelos Visigodos

14. Condições em que os Visigodos se instalaram na Península

a) Repartição de terras entre Visigodos e Hispano-Romanos

b) Diferenças étnicas e culturais. Seu desaparecimento lento

15. Fontes de direito do período visigótico

15.1. Referência sumária às principais fontes

I. Código de Eurico

II. Breviário de Alarico

III. Código revisto de Leovigildo

IV. Código Visigótico

15.2. O problema da personalidade ou territorialidade da legislação visigótica

a) Tese da personalidade

b) Tese da territorialidade

c) Posição atual do problema

15.3. Direito consuetudinário visigótico

15.4. Direito canónico. Os concílios de Toledo

16. Ciência do direito e prática jurídica na época visigótica

16.1. Ciência do direito. A figura de S. Isidoro de Sevilha

16.2. Prática jurídica

a) Falta de documentos desta época. Os formulários

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b) Fórmulas visigóticas

PARTE III
ELEMENTOS DE HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS

Considerações introdutórias à História do Direito Português

21. A ciência da comparação de direitos – o sistema romano-germânico

22. Plano da exposição

23. Formação e evolução da ciência da história do direito português

a) Os estudos histórico-jurídicos anteriores à segunda metade do século


XVIII

b) Criação da ciência da história do direito português

c) Consolidação da história do direito português como disciplina científica

d) Individualização da historiografia jurídica portuguesa

e) Renovação moderna da ciência da história do direito português

Capítulo 1 – Periodização da história do direito português

24. Visão de conjunto da evolução do direito português. As diferentes propostas


de periodização da doutrina.

a) Marcello Caetano
b) Ruy de Albuquerque e Martim de Albuquerque
c) Nuno J. Espinosa Gomes da Silva
d) Mário Júlio de Almeida Costa (proposta adoptada)
e) Visão de conjunto (quadro-síntese)

Capítulo 2 – Período da individualização do direito português

25. Fontes do direito português anteriores à 2ª metade do século XIII

a) Fontes do Reino de Leão que se mantiveram em vigor

I. Código Visigótico

II. Leis dimanadas de Cúrias ou Concílios de Leão, Coiança e Oviedo

III. Forais de terras portuguesas anteriores à independência

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IV. Costume

b) Fontes do direito posteriores à fundação da nacionalidade

I. Leis gerais dos primeiros monarcas

II. Forais

III. Concórdias e concordatas

26. Aspetos do sistema jurídico da época

a) Considerações gerais

b) Aspetos do tabelionado medieval português

c) Contratos de exploração agrícola e de crédito

Capítulo 3 – Período do direito português de inspiração romano-canónica

§ 1. Época da receção do direito romano renascido e do direito canónico renovado


(direito comum)

27. O direito natural no pensamento jurídico medieval

28. O direito romano justinianeu desde o século VI ao século XI

29. Pré-renascimento do direito romano

30. Renascimento do direito romano propriamente dito

a) Origens da Escola dos Glosadores e seus principais representantes

b) Sistematização do Corpus Iuris Civilis adotada pelos Glosadores

c) Método de trabalho

I. A glosa e outros tipos de obras

II. Os Glosadores perante o texto do Corpus Iuris Civilis

d) Apogeu e declínio dos Glosadores

31. Difusão do direito romano justinianeu e da obra dos glosadores

a) Na Europa em geral. Causas dessa difusão. A fundação das Universidades

b) Na Península Ibérica e especialmente em Portugal

32. Fatores de penetração do direito romano renascido na Península Ibérica e em


Portugal

a) Mobilidade de estudantes peninsulares e de jurisconsultos estrangeiros

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b) Difusão do Corpus Iuris Civilis e da Glosa

c) Ensino do direito romano nas Universidades

d) Legislação, prática e produção de obras jurídicas de inspiração


romanística
33. Escola dos Comentadores

a) Origem e evolução da escola. Principais representantes

b) Significado da obra dos Comentadores. A communis opinio

34. O direito canónico e a sua importância

35. Conceito de direito canónico

36. Evolução do Direito Canónico; o Direito Canónico anteriormente ao século XII

37. Movimento renovador do direito canónico

37.1. Coletâneas de direito canónico a partir do século XII. O Corpus Iuris


Canonici. Síntese da evolução subsequente das fontes escritas

37.2. Renovação da ciência do direito canónico. Decretistas e Decretalistas

38. Penetração do direito canónico na Península Ibérica e em Portugal

38.1. Considerações gerais

38.2. Aplicação judicial do direito canónico

a) Aplicação nos tribunais eclesiásticos

b) Aplicação nos tribunais civis

39. O direito comum

40. Fontes do direito português: de meados do século XIII às Ordenações Afonsinas

I. A legislação geral. Publicação e entrada em vigor

II. Resoluções régias

III. Decadência do costume como fonte do direito

IV. Forais e foros ou costumes

V. Concórdias ou concordatas

VI. Direito subsidiário

41. Coletâneas privadas de leis gerais anteriores às Ordenações Afonsinas

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a) Livro das leis ou posturas

b) Ordenações de D. Duarte

42. Evolução das instituições

a) Evolução das instituições jurídicas

b) Evolução do casamento, em particular

c) Evolução das instituições políticas: a limitação do poder real pelas Cortes


na Idade Média portuguesa (breve nota)

§ 2. Época das Ordenações

43. Ordenações Afonsinas

a) Elaboração e início de vigência

b) Fontes utilizadas. Técnica legislativa

c) Sistematização e conteúdo

d) Importância da obra

e) Edição

44. Ordenações Manuelinas

a) Elaboração

b) Sistematização e conteúdo. Técnica legislativa

c) Edição

45. Coleção das Leis Extravagantes de Duarte Nunes do Lião. Breve nota

46. Ordenações Filipinas

a) Elaboração

b) Sistematização e conteúdo. Legislação revogada

c) Confirmação por D. João IV

d) Os “filipismos”

e) Edição

47. Fontes de direito na época das Ordenações

47.1.Fontes imediatas
a) A Lei
I. As compilações (remissão)

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II. Legislação Extravagante. Publicação e início da vigência da lei
II.I. Considerações introdutórias
II.II Espécies de diplomas
II.III. Publicação e início de vigência da lei
III. Interpretação da lei através dos assentos
b) Estilos da Corte
c) O costume
47.2. Fontes mediatas ou subsidiárias
a) O problema do direito subsidiário
b) Fontes do direito subsidiário segundo as Ordenações Afonsinas
I – Direito Romano e Direito Canónico
II – Glosa de Acúrsio e opinião de Bártolo
III – Resolução do monarca
c) Alterações introduzidas pelas Ordenações Manuelinas e pelas
Ordenações Filipinas
d) Utilização das fontes subsidiárias
48. Evolução das instituições sociais: a importância das Misericórdias
49. Reforma dos forais
50. Humanismo jurídico. Breve nota
51. Literatura jurídica2
a) Considerações gerais
b) Civilistas
c) Canonistas
d) Cultores do direito pátrio
52. O ensino do Direito
a) Antes de D. João III
b) Instalação da Universidade em Coimbra
c) Organização dos estudos jurídicos segundo os “Estatutos Velhos”
53. A Segunda Escolástica. Seus contributos jurídicos e políticos

Capítulo 4 – Período da formação do direito português moderno


§ 1. – Época do jusracionalismo
54. Correntes do pensamento jurídico europeu
a) Escola Racionalista do Direito Natural

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Esta matéria não será lecionada, em 2020/21, não integrando a matéria exigível nos exames obrigatórios.

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b) Usus modernus
c) Jurisprudência Elegante
d) Iluminismo
e) Humanitarismo
55. Reformas pombalinas respeitantes ao direito e à ciência jurídica
a) Considerações introdutórias
b) A Lei da Boa Razão
c) Os novos Estatutos da Universidade
56. A literatura jurídica3
57. O chamado “Novo Código”. Tentativa de reforma das Ordenações

§ 2. Época do individualismo
58. Aspetos gerais do individualismo político e do liberalismo económico
59. Correntes do pensamento jurídico europeu
a) Positivismo jurídico. Escola da Exegese
b) Escola Histórica do Direito
c) Pandectística. Jurisprudência dos conceitos
60. Transformações no âmbito do Direito político
a) A nova sensibilidade constitucional
b) A abolição da pena de morte, no contexto dos abolicionismos
61. Transformação no âmbito do Direito privado
62. Publicação e início de vigência da lei
a) Reflexão histórico-comparatística
b) O problema no sistema jurídico português
63. As codificações
a) Aspetos introdutórios
b) O movimento codificador português
64. O costume. Os forais. O direito subsidiário

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Esta matéria não será lecionada, em 2020/21, não integrando a matéria exigível nos exames obrigatórios.

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ELEMENTOS GERAIS DE ESTUDO4

(Nota: os elementos de estudo que interessam à matéria a lecionar no 1.º semestre são
assinalados com *.)

- A. SANTOS JUSTO, Direito Privado Romano I, 5ª edição, Coimbra, Coimbra


Editora, 2011.*

- ALVARO D’ORS, Derecho Privado Romano, 10ª edição, Pamplona, EUNSA, 2008.*

- ALVARO D’ORS, Elementos de Derecho Privado Romano, 5ª edición, Pamplona,


EUNSA, 2014.*

- ANTÓNIO PEDRO BARBAS HOMEM, A Lei da Liberdade. Volume I. Introdução


Histórica ao Pensamento Jurídico. Épocas Medieval e Moderna, Cascais, Principia,
2001.

- EDUARDO VERA-CRUZ PINTO, Lições de História do Direito Romano - Síntese


Geral, Lisboa, AAFDL Editora, 2016.*

- GUILHERME BRAGA DA CRUZ, “O direito subsidiário na história do direito


português”, in «Revista Portuguesa de História» XIV, 1975.

- GUILHERME BRAGA DA CRUZ, O Essencial sobre a História da Universidade,


Lisboa, INCM, 2008 (a obra está editada como ebook gratuito,
https://www.incm.pt/portal/ebooks_lista.jsp?tipo=camoes)

- JAVIER HERVADA, Crítica Introdutória ao Direito Natural, Porto, Rés-Editora,


1990.*

- JAVIER HERVADA, Que es el Derecho? La Moderna Respuesta del realismo


jurídico, 3ª edición, Pamplona, EUNSA, 20115.*

- JAVIER PARICIO / FERNÁNDEZ BARREIRO, Historia del Derecho Romano y su


Recepción Europea, Madrid, Marcial Pons, 11ª edição, 2017.*

- JUAN IGLESIAS, Derecho Romano, 13.ª edição, Barcelona, Editorial Ariel, 2001.*

- MARCELLO CAETANO, História do Direito Português, I, Lisboa, Verbo, 2000

- MÁRIO JÚLIO ALMEIDA COSTA, História do Direito Português, 5ª edição,


Coimbra, 2012.*

- MAX KASER, Direito Privado Romano, Lisboa, Fundação Gulbenkian, 1999.*

- NUNO ESPINOSA GOMES DA SILVA, História do Direito Português, 5ª edição,


Lisboa, Fundação Gulbenkian, 2011.
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Indicações bibliográficas adicionais serão dadas, nos sumários das aulas, ao longo da lecionação da
cadeira.
5
Livro à venda na internet, in https://www.eunsa.es/libro/que-es-el-derecho_102386/ (o preço do ebook é
mais acessível que o da edição impressa).

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- PAULO FERREIRA DA CUNHA, Raízes da República, Introdução Histórica ao
Direito Constitucional, Almedina, 2006.

- PAULO FERREIRA DA CUNHA/JOANA AGUIAR E SILVA/ANTÓNIO LEMOS


SOARES, História do Direito - Do Direito Romano à Constituição Europeia, Coimbra,
Almedina, 2005 (ou reimpressão de 2010).*

- PAULO PULIDO ADRAGÃO, Lições de História de Direito Romano, Peninsular


e Português, 3.ª edição, Coimbra, Almedina, 2020 (livro de referência dos
sumários).*

- RUI MANUEL DE FIGUEIREDO MARCOS, História da Administração Pública,


Coimbra, Almedina, 2016.

- RUY DE ALBUQUERQUE/MARTIM DE ALBUQUERQUE, História do Direito


Português, I Volume, 12ª edição, Sintra, Pedro Ferreira, 2005.

- SEBASTIÃO CRUZ, Direito Romano (Ius Romanum), I, Introdução. Fontes, 4ª


edição, Coimbra, 1984.*

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