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Golpe de Aríete

Disciplina: HDS 1005 - Hidráulica B


Professora: Daniela Guzzon Sanagiotto

Semestre 2011-2 1
Pontos:
 Conceito e descrição do fenômeno
 Métodos simplificados
 Equação geral
 Escoamento transiente em estações elevatórias
 Medidas para controle do golpe de aríete nas instalações
elevatórias

2
Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento
uniforme em uma linha reta, a menos que ele seja forçado a mudar
aquele estado por forças imprimidas sobre ele.
Isaac Newton, Principia- princípios matemáticos de filosofia natural, 5 de
julho de 1686

3
Golpe de Aríete
 Variação da pressão acima e abaixo do valor de
funcionamento normal dos condutos forçados, em
consequência das mudanças das velocidades da água,
decorrentes de:
 Abertura e fechamento de válvulas;
 Partida ou parada de bomba;
 Abertura ou fechamento de distribuidor de turbina;
 Rompimento de um ponto de tubulação;
 Entre outros.
 Pressão e vazão, em cada seção transversal, variam com
o tempo – teorema de Bernoulli não é mais aplicável.

4
Origem do termo aríete

5
Problemas decorrentes do Golpe de Aríete
 Rompimento de tubulações por excesso de pressão;
 Implosão da tubulação por diminuição de pressão;
 Rotação reversa da bomba, com risco de queima do
motor elétrico;
 Disparo de turbina, com risco de acidente por
rompimento do rotor;
 Rompimento da tubulação por fadiga pela ocorrência de
um elevado número de solicitações periódicas de alta
frequência.

6
Fonte: Chaudhry (1979)

7
8
Ruptura da bomba
devido a golpe de aríete

http://www.pwmag.com/industry-
news.asp?sectionID=775&articleID=506549

9
10
Golpe de Ariete - 07 de fevereiro
de 2008 na estação elevatória
de abastecimento de Ilha
Solteira
11
A Usina Hidroelétrica de Cubatão-SP é um exemplo
interessante: a água é coletada na represa Billings
situada no planalto e é conduzida por tubulações de
grande diâmetro descendo aproximadamente 700m pela
Serra do Mar. No caso de manutenção de uma turbina,
uma válvula é fechada lentamente por meio de um
acionamento controlado. Esta operação de fechamento
leva aproximadamente 30 minutos, tempo necessário para
reduzir a velocidade do fluxo de água sem gerar
sobrepressão devido a um golpe de aríete, que iria
romper a tubulação.
12
Importância do Estudo do Golpe de Aríete
 O desconhecimento dos efeitos do golpe de aríete pode
resultar em projetos de tubulações:
 Com espessura de parede muito reduzida – perigo de
ruptura;
 Com espessura elevada – custos inviáveis

13
O estudo do golpe de aríete busca:
 Entender o golpe de aríete
 Quantificar situações críticas
 Buscar alternativas para evitar ou atenuar os efeitos do
golpe de aríete

14
Propagação das Ondas de Pressão

H0
-Reservatório em nível cte
- Regime permanente

U0; p U= 0; p + ∆p Fechamento instantâneo


-Registro foi fechado;
- Onda se propaga do registro
ao reservatório com velocidade
a m/s;
U0; p - Velocidade da água se anula;
U= 0; p + ∆p
-Dilatação do tubo;
-Aumento da densidade da
água

15
Propagação das Ondas de Pressão
U= 0; p + ∆p

U0; p Instabilidade –
excesso de pressão
no tubo
U= 0; p + ∆p
-Frente de onda chega ao
reservatório → H > H0
-Escoamento passa a ocorrer
da tubulação para o
reservatório
-Onda de pressão refletida que
U= 0; p + ∆p
se propaga do reservatório para
a válvula (figs. f - h).
-Atrás dessa onda – seção do
conduto e densidade retornam
a situação inicial.
16
Propagação das Ondas de Pressão
U= 0; p + ∆p

U= 0; p + ∆p
- Ao atingir a válvula fechada –
onda se reflete e se propaga
novamente para o reservatório
- V = -U0
- Atrás dessa onda o tubo se
contrai – densidade diminui –
velocidade nula – fig. i - m

17
Propagação das Ondas de Pressão
U= 0; p - ∆p

- Depressão – pressão inferior à


inicial H0

U= 0; p - ∆p

U= 0; p - ∆p

18
Propagação das Ondas de Pressão

U= 0; p - ∆p

- Depressão – pressão inferior à


inicial H0
- Ao chegar no reservatório:
-H < H0 - instabilidade
U= 0; p - ∆p - água passa fluir do
reservatório para a tubulação –
velocidade +U0
- tubulação e densidade
U= 0; p - ∆p retornam as condições iniciais
(fig. n – q)

19
Propagação das Ondas de Pressão
U= 0; p - ∆p

- Com a válvula fechada – novo


aumento de pressão – ciclo se
repete
- repetição seria initerrupta se
não houvesse a dissipação de
energia do atrito da água com
as paredes do tubo, no atrito
interno (sucessivas
redistribuições de velocidade) e
na energia cedida ao
reservatório.

20
Propagação das Ondas de Pressão

Notar que a pressão na válvula vai


aumentando com a propagação da
onda devido à variação da HGL
HGL – linha de altura piezométrica

Nesta figura ph=∆p

Na válvula a pressão varia entre p+∆p e p-∆p

Num ponto intermédio a pressão toma também


o valor estacionário, sendo a duração dos picos
de pressão tanto mais curta quanto mais
próximo do reservatório.

21
Propagação das Ondas de Pressão

Variação de pressão junto à válvula tendo em conta a


perda de carga na tubulação e dissipação do processo
elástico no fluido
Aumento de
pressão em cada
fase da onda

Decréscimo da
amplitude com a
reflexão da onda
22
Grandezas Físicas
 Variáveis dependentes:
 Pressão (p) e velocidade média (U); ou
 Carga (H, h ou y) e vazão (Q).
 Variáveis independentes:
 Posição (x) do eixo do tubo;
 Tempo (t)
 Parâmetros de interesse:
 Diâmetro interno do tubo (D);
 Espessura da parede do tubo (e);
 Comprimento (L);
 Duração da manobra (θ).
 Propriedades físicas:
 Massa específica (ρ);
 Módulo de elasticidade volumétrica do líquido (E’);
 Módulo de elasticidade linear do material do tubo (E).

23
Celeridade de Propagação de Onda Elástica
 A onda de pressão, característica do Golpe de Aríete, é uma
onda do tipo elástica, com celeridade de propagação expressa
em termos das propriedades físicas citadas (ρ, E’, E), do
diâmetro interno do tubo e da espessura da parede do
mesmo, cuja expressão é:
Celeridade de onda elástica
E''
E (velocidade do som) no meio fluido
ρ considerado infinito (sem fronteiras).
a=
E '⋅D
1+ Representa o efeito do confinamento
E ⋅e da propagação da onda elástica em
um tubo também elástico.

 A celeridade não depende das condições do


escoamento (pressão, velocidade, posição e tempo).
 Expressa a rapidez de propagação das ondas elásticas.
24
Celeridade de Propagação de Onda Elástica
E' g
ρ γ
a= =
E '⋅D 1 D
1+ +
E ⋅e E' E ⋅ e

 Multiplicando e dividindo por 1010 e lembrando que γ = 1000


kgf/m³; E’ = 2,067 x 108 kgf/m² e g = 9,81 m/s², temos:

9900 1010
a= onde k = para E em kgf / m ²
D E
48,3 + k
e

25
Celeridade de Propagação de Onda Elástica
 Alguns valores de k:
Material k
Aço 0,5
Ferro fundido 1,0
Cimento amianto 4,4
Concreto e chumbo 5,0
PVC (rígido) 18,0 – 50,0

 ∞)
Se a tubulação fosse de material completamente rígido (E=∞

gE '
a= ≅ 1425 m s
γ
 Que é a velocidade de propagação do som na água.

26
Exemplo de valores de celeridade
Escoamento de Água

Material do tubo Aço PVC

E’ (GPa) da água 2,20

ρ (kg/m3) da água 1000

E (GPa) 206 2,6

D (m) 0,500 0,027

e (m) 0,005 0,0025

k 0,47 37,7
Celeridade em meio
1483,24
infinito (m/s)
Celeridade confinada
1030,03 465,83
ao tubo (m/s)
27
Período da tubulação e classificação de manobras
 Período da tubulação - Tempo necessário para a onda de
pressão ir da válvula ao reservatório e a ela voltar.
Expresso por:
2L
µ=
a
 Classificação de manobras:
Em função do tempo que dura a manobra (θ) e o
período da tubulação (µ):
 Se θ < µ – manobra rápida
 Se θ ≥ µ – manobra lenta

28
Sobrecarga máxima para uma manobra de fechamento rápido

 Equação de Joukowsky –
 Aplicação da 2ª. Lei de Newton - força da massa em
movimento é igual à variação da quantidade de
movimento na unidade de tempo.

29
Sobrecarga máxima para uma manobra de fechamento rápido

 Equação de Joukowsky

∑ F = m⋅a F = A.γ .hmax F = ρ .Q.U 0

γ A.x
=ρ Q=
g t
Igualando as duas equações de F:

A.γ .x x U 0 como x t = a hmáx =


a.U 0
F = A.γ .hmax = U0 hmáx =
g .t t g g

hmáx = sobrepressão ou acréscimo da pressão (mca);


U0 = velocidade média da água (m/s);
a = celeridade (m/s)
30
Sobrecarga máxima para uma manobra de fechamento superior a
2L//a – manobra lenta
 Tempo de fechamento > 2L/a, ou seja, superior a uma ida e
volta da onda.
 Considerando:
U0 = velocidade no tempo zero;
U = velocidade depois do tempo 2L/a.
 Nesse caso a variação de pressão fica:
a.(U 0 − U )
hmáx = (*)
g

 Considerando que o tempo de fechamento seja:


2.L Sendo n > 1;
t =n Durante este tempo a velocidade varia linearmente, tem-se
a que: U0
(U 0 − U ) =
n 31
Sobrecarga máxima para uma manobra de fechamento superior a
2L//a – manobra lenta
 Associando essas duas últimas equações:
2 ⋅ L ⋅U 0
(U 0 − U ) =
a ⋅t
 Substituindo a última equação em (*):

2 ⋅ L ⋅U 0
hmáx = (**) Eq. de Michaud
g ⋅t
 Essa equação é devida a Michaud, que representa o valor
máximo da variação da pressão, nas situações de manobra
lenta.
 Na eq. (**) se t = 2L/a, temos:
2 ⋅ L ⋅ U 0 a ⋅ U 0 Coincide com Eq. de Joukowsky
hmáx = =
2L g
g⋅
a 32
Tempo de manobra - em instalações de recalque
 Tempo entre o começo e o fim da manobra – rápida ou lenta,
de abertura ou fechamento, total ou parcial;
 Linhas de recalque – na interrupção da energia elétrica
fornecida ao motor – tempo t – tempo entre o corte da
corrente e a anulação da velocidade de escoamento (U=0);
 Quando U = 0 – a pressão nas proximidades da bomba será
Hmin = H – hmáx, e a válvula de retenção instalada
imediatamente a jusante da bomba, se fechará.
 Continuamente há a inversão do sentido do escoamento –
escoamento encontrando a válvula de retenção fechada –
pressão atinge: Hmáx = H + hmáx

33
Tempo de manobra
 Intervenção de energias cinética, inercial, de gravidade e de
atrito, que resulta na equação:
L, H, ∆h – em metros;
GD w η
2 2
U0 - m/s;
LU 0 +
8Q g - m/s²;
t= w - rad/s
g ( H + ∆h 2) η- em % (rendimento do grupo);
GD² - em kgf.m² (fator de inércia das
partes girantes;
Q – l/s
t - segundos
 Posteriormente o autor verificou que outras energias
interferiam no tempo de parada, ficando a equação:
GD 2 w2η
LU 0 + + x + y + z + ...
8Q
t=
g ( H + ∆h 2)
34
Tempo de manobra
 Esses fatores foram englobados em um coeficiente empírico:

x + y + z + ...
C=
g ( H + ∆h 2)
 Assim:

GD 2 w2η
LU 0 +
8Q
t =C+
g ( H + ∆h 2)

35
Tempo de manobra
 Se GD², η e w são desconhecidos:

GD 2 w2η
K = 1+
8QLU 0

 E simplificando que: H + ∆h/2 = Hm, fica:

KLU 0
t =C+
gHm

36
Exercícios
 1) Um reservatório de nível de água constante alimenta
um conduto forçado com L = 3320 m de comprimento, D
= 2,00 m de diâmetro, fabricado com chapas de aço de
espessura e = 5 mm. Na outra extremidade da tubulação,
está instalado um bocal de turbina Pelton que se fecha
completamente em 8 segundos. Sendo a vazão em
regime permanente Q0 = 4,96 m³/s e H0 = 180 m a carga
no bocal neste mesmo regime, deseja-se saber qual a
sobrepressão máxima na seção imediatamente a
montante do bocal quando este sofrer manobra de
fechamento.

37
Exercícios
 2) Certa tubulação com D = 1,50 m e 1118,8 m de
comprimento foi construída com chapas de aço de 25
mm de espessura. Por esta tubulação a água circula com
0,60 m/s e, na válvula instalada na extremidade de
jusante, a carga inicial é de 60 m. Determinar a carga
final quando esta válvula se fecha completamente em 2
segundos.

38
Exercícios
 3) Se a velocidade de escoamento de uma tubulação de
ferro fundido, com D = 60 mm passar de 60 cm/s a zero,
em 0,25 s, em virtude do fechamento de uma válvula
situada 305 m a jusante do reservatório que alimenta,
qual será o aumento de pressão devido ao golpe de
aríete, junto a esta válvula? As paredes dos tubos têm 19
mm de espessura.

39
Exercícios
 4) Em uma ETA, uma instalação elevatória de PVC com
diâmetro nominal de 12”e comprimento de 600 m, tem o
conjunto eletrobomba situado a 55 m abaixo da superfície
livre do reservatório alimentado pela tubulação. A partir da
bomba, a tubulação sobe de forma regular até o reservatório,
transportando 60 l/s. Determinar a classe de pressão da
tubulação, tendo em vista suportar o golpe de aríete
decorrente do corte súbito de energia elétrica do motor.
Dados do problema:
D = 12”
Q = 60 l/s
L = 600 m
H = 55 m
40
Equação Diferencial do Golpe de Aríete
 Lourenzo Allievi – estabeleceu a equação diferencial do golpe
de aríete para tubulações de características únicas:
diâmetros, espessuras e materiais conservam-se os mesmos
ao longo dos condutos.

41
 Na extremidade R há um registro que permite variar o regime
do escoamento.
 Manobra do registro – mudança de regime de escoamento
não é instantânea e nem contínua.
 Entre dois estados sucessivos de regime permanente,
ocorrem variações de pressão e de velocidade da água
circundante com o aparecimento de deformações elásticas
dos tubos e da massa fluida em movimento.

42
 Considerando:
 Sistema plano de coordenadas com origem no eixo da tubulação, junto ao
registro R.
 O eixo das abscissas coincide com o dos tubos e tem sentido positivo
dirigido de R para A.
 O eixo das ordenadas é vertical, tendo sentido positivo ascendente.
 Desprezando as perdas de carga temos:
 H0 = carga no registro R, em regime permanente;
 y0 = pressão na seção E, em regime permanente;
 z = x sen α, cota da seção E em relação ao datum, passando por R;
 ∆H0 = acréscimo de pressão no registro R devida ao golpe de aríete;
 y = acréscimo da pressão na seção E devida ao golpe de aríete.

43
y 0 = H 0 − z = H 0 − x ⋅ senα (1)

 Se a inclinação dos tubos não for constante:


x
y 0 = H 0 − ∫ senαdx
0

Seção E

44
 Para analisar o escoamento transitório na seção E necessitamos
determinar as funções:
y = ψ 1 ( x, t ) U = ψ 2 ( x, t ) (2)

 Que relacionam a pressão e a velocidade, nesta seção genérica, com sua


posição e com o tempo.

 Considera-se:
 Escoamento unidimensional;
 Material do conduto e fluido são linearmente elásticos – a força é
proporcional à deformação;
 Desprezam-se as perdas de carga;
 Tubulação horizontal (sen α = 0)
 Equações:
 Quantidade do movimento – 2° lei de Newton
 Continuidade

45
 Aplicando a 2° lei de Newton:
∑F = m⋅a (3)

F1= P. A  ∂P 
 P +  A = F2
 ∂x 

 ∂y 
F1 = γ ⋅ A ⋅ y F2 = γ ⋅ A ⋅  y + dx 
 ∂x 

∂y
A resultante é: ∑ F = F2 − F1 = γA ∂x dx (4)

46
 A massa do fluido contida no comprimento dx é:
γ
m = ρ ⋅ vol = A ⋅ dx (5)
g
 A aceleração da massa fluida é:

dU ∂U dx ∂U ∂U ∂U
= + =U + (6)
dt ∂x dt ∂t ∂x ∂t
 Substituindo na equação (3):

∂y γ  ∂U ∂U 
γA dx = A ⋅ dxU +  (7)
∂x g  ∂x ∂t 
∂U ∂U
O termo U pode ser desprezado quando comparado a .
∂x ∂t
47
 A equação (8) fica:

∂U ∂y
=g 1° Equação diferencial de Allievi (8)
∂t ∂x

48
 A equação da continuidade pode ser aplicada, considerando duas seções
BB’ e CC’ separadas da distância dx:

∂U
U U+ dx
∂x

 Considerando a compressibilidade da água e a elasticidade do material


dos tubos, a equação da continuidade permite escrever, sendo A a seção
transversal da tubulação:
 ∂U  ∂U
AU + dx dt − AUdt = A dxdt (9)
 ∂x  ∂x
Entrada Saída Armazenamento

49
 Essa água que se acumula é, em virtude de, dois efeitos combinados:
 a) Compressibilidade da água
 b) Dilatação dos tubos
 a) Compressibilidade da água:

dp
E' = (10) E ' = módulo de elasticidade da água
dV V
 V=A.dx → volume de água contida no trecho de tubulação;
 dV → volume de água armazenada no intervalo de tempo dt, devido
à compressão.
 Considerando somente a compressibilidade da água, o volume V mantém-
se invariável e, então:
∂p A ∂p
dp = dt (11) dV = dxdt (12)
∂t E ' ∂t

50
 b) Dilatação dos tubos:

pD Onde:
τ= (13)
τ - taxa de trabalho do material de que são
2e fabricados os tubos;
D – diâmetro dos tubos;
e – espessura da parede do tubo
 Diferenciando esta expressão:
∂p
D ⋅ dt + p ⋅ dD
D ⋅ dp + p ⋅ dD ∂t
dτ = = (14)
2e 2e
O termo p ⋅ dD pode ser desprezado quando comparado a
∂p
D dt. Assim temos : D ∂p
∂t dτ = dt (15)
2e ∂t
51
 Este acréscimo de tensão produz certo aumento de diâmetros que
segundo a Lei de Hooke, vale:

dD dτ D ∂p
= = dt (16)
D E 2eE ∂t
 E = módulo de elasticidade do material de fabricação dos tubos, cuja
seção é dada por: π D2
A=
4

 Diferenciando, temos o acréscimo de área da tubulação:


πD
dA = dD (17)
2

52
 Utilizando a eq (16) , temos que o acréscimo de volume entre as seções
(figura inicial), é dado por:

πD π D2 D ∂p A ⋅ D ∂p
dA ⋅ dx = dD ⋅ dx = ⋅ ⋅ ⋅ dx ⋅ dt = ⋅ dx ⋅ dt (18)
2 4 E ⋅ e ∂t E ⋅ e ∂t
 A eq (18) mostra o volume de água acumulado no trecho de comprimento
dx (figura inicial), em virtude da dilatação dos tubos.
 A soma das equações (12) e (18) deve ser igual a eq. (9):

∂U A ∂p A ⋅ D ∂p
A dxdt = dxdt + dxdt (19)
∂x E ' ∂t E ⋅ e ∂t
Simplificando:

∂U ∂p  1 D 
=  +  (20)
∂x ∂t  E ' E ⋅ e 

53
 Lembrando que ∂p = γ ⋅ ∂y
e fazendo:
γ1 D 1
 + = 2 (21)
g  E ' Ee  a
 A eq (20) toma a seguinte forma:

∂U g ∂y
= 2 2° Equação diferencial de Allievi (22)
∂x a ∂t
 Nas eq. (21) e (22), ‘a’ é a celeridade, que é constante para cada
tubulação e tem as dimensões da velocidade.

54
 Derivando a eq. (8) em relação a x e a eq. (22) em relação a t, resulta:

∂ 2U  ∂ 2 y ∂ 
=  2 + ( senα ) g
∂x∂t  ∂x ∂x 
(23)
∂U2
g ∂ y 2
= 2 2
∂x∂t a ∂t
 Igualando:

∂2 y ∂ 2
y 2 ∂
−a 2
=a ( senα ) (24)
∂t 2
∂x 2
∂x
 No estudo de Allievi, tubulação horizontal, sen α = 0, vem:
∂2 y ∂ 2
y Eq. Diferencial do golpe de aríete de Allievi e
−a 2
=0 que apresenta a forma da Eq. de D’Alembert (25)
∂t 2
∂x 2
– eq. linear entre derivadas parciais de
segunda ordem.
55
Equações Integrais do Golpe de Aríete
 A eq. (25) é uma equação linear entre derivadas parciais de segunda
ordem, cuja integração fornece:
 x  x g   x  x 
y − y0 = F  t −  + f  t +  U −U0 = −  F  t −  + f  t +  (26)
 a  a a   a  a 
 Sendo:
y = pressão na seção de abcissa x, devido ao golpe de aríete;
y0 = pressão na mesma seção, em regime permanente;
U = velocidade na seção de abcissa x, em regime não permanente;
U0=velocidade na tubulação durante o movimento permanente;
 x  x  Funções arbitrárias determinadas a partir do tipo
Ft −  e f t + 
 a  a  de manobra realizada na extremidade do conduto.
 Essas equações permitem determinar a pressão e a velocidade em
qualquer seção da tubulação, durante o regime não permanente, em
função da sua abcissa x, e do tempo t, contado a partir da manobra do
registro R. 56
Condições nos limites
 Para uma seção fixa x = cte, as funções F e f variam com o tempo. Para
determiná-las recorremos às condições físicas nos limites.
 1°) No início da perturbação, junto do registro:
 t=0
 x=0
 U = U0
 y = H0

As eqs. (26) ficam: H 0 = H 0 + F (0 ) + f (0 )


(27)
g
U 0 = U 0 − [F (0) + f (0 )]
a
 Das quais deduzimos: F (0) + f (0) = 0
Antes da perturbação
F (0) − f (0) = 0 as funções são nulas
no registro R.
F (0) = f (0) = 0
57
 2°) Na seção A (junto ao reservatório), para qualquer t:
 x=L
 y = H0

A eq. (26) fica:  L  L


H0 = H0 + Ft −  + f t +  (28)
 a  a

Ou seja:
 L  L Podemos relacionar as duas
f  t +  = −F  t −  funções para qualquer
 a  a instante – na seção A

Assim, para t = t1-L/a temos:  L L  L L


f  t1 − +  = − F  t1 − − 
 a a  a a
 2L 
f (t1 ) = − F  t1 − 
 a 
f (t1 ) = − F (t1 − µ )

58
 2L 
f (t1 ) = − F  t1 −  = − F (t1 − µ ) (29)
 a 
 Essa equação mostra que, no registro (x=0), no instante t1, a função f tem
o mesmo valor absoluto da função F no instante (t1 - µ).

 Ou ainda: a onda F parte de R, reflete-se totalmente no reservatório e


retorna ao registro com o sinal trocado ao cabo de um período de tempo
µ.
 Assim, a partir da Eq. (29) podemos eliminar uma das funções da Eq. de
Allievi. Assim para x = 0 (no registro), temos:
 x  x
y − y0 = F  t −  + f  t +  g
 a  a U = U0 − [F (t − 0) + f (t + 0)]
a
H = H 0 + F (t1 − 0 ) + f (t1 + 0)
g
H = H 0 + F (t1 ) + f (t1 ) U = U 0 − [F (t1 ) + F (t1 + µ )]
a
H = H 0 + F (t1 ) − F (t1 − µ )

59
 As Eq. de Allievi para o registro:

H = H 0 + F (t1 ) − F (t1 − µ )
g
U = U0 − [F (t1 ) + F (t1 − µ )] (30)
a

60
Para fechamento brusco completo

 Fechamento brusco – tempo da manobra (t1) < µ


 f=0 Se o fechamento completo do registro se efetuar antes
que a onda refletida alcance a seção R
 U=0

H = H 0 + F (t1 ) − F (t1 − µ )
g
U = U 0 − [F (t1 ) + F (t1 − µ )]
a
g
H = H 0 + F (t1 ) 0 = U 0 − F (t1 )
a
a
H1 − H 0 = F (t1 ) (31) U 0 = F (t1 ) (32)
g

a
H1 − H 0 = U 0 Eq. de Joukowsky (33)
g
61
 Permanecendo o registro fechado, a velocidade no registro mantém-se
nula:
 t2 = t1 + µ
 U2 = 0

 Da eq (30):
g
H 2 = H 0 + F (t1 + µ ) − F (t1 + µ − µ ) 0 = U0 − [F (t1 + µ ) + F (t1 + µ − µ )]
a
H 2 = H 0 + F (t1 + µ ) − F (t1 )
g
H 2 − H 0 = F (t1 + µ ) − F (t1 ) 0 = U 0 − [F (t1 + µ ) + F (t1 )]
a
aU 0
= F (t1 + µ ) + F (t1 ) (*)
g
 Analisando a eq (32), concluímos que F(t1 + µ) = 0, logo:

aU 0 Comparando a eq. (32)


H2 − H0 = −
g com (*)

62
 O mesmo raciocínio é válido para outros tempos (t1 + 2µ, t1 + 3µ, etc.)

aU 0 aU 0
H3 − H0 = H4 − H0 = −
g g

63
Para fechamento lento. Grau de abertura do registro.

 Fechamento lento – tempo da manobra (t1) > µ


 Definimos agora o grau de abertura do registro (Gt):

Ωt
Gt = (34)
Ω0

onde:
Gt = grau de abertura do registro que varia de 1 (totalmente aberto) a
zero (totalmente fechado);
Ωt = seção no instante t;
Ω0 = seção máxima.

64
Equações conjugadas de Allievi

 As equações de Allievi podem ser colocadas para avaliar o golpe de aríete


em seu aspecto mais geral, compreendendo manobras rápidas e lentas.
 As eqs. (30) fornecem as pressões e as velocidades da água na tubulação,
para todos valores de manobra entre zero e T.
 Para T > µ, podemos escrever:

T = nµ + t
Sendo:
n = número inteiro de períodos
t = resto da divisão de T por µ

H = H 0 + F (t1 ) − F (t1 − µ )
g
U = U 0 − [F (t1 ) + F (t1 − µ )] (30)
a
65
 Fazendo n variar de 1 a n, a 1° das eqs (30), a pressão em R fica:

H = H 0 + F (t1 ) − F (t1 − µ ) H 1 = H 0 + F [µ ]
H 2 = H 0 + F [2µ ] − F [µ ]
(35)
H 3 = H 0 + F [3µ ] − F [2µ ]
...
H n = H 0 + F [nµ ] − F [(n − 1) µ ]
 Para as velocidades, na mesma seção, a 2° das eqs (30), temos:
g g
U = U 0 − [F (t1 ) + F (t1 − µ )] U1 = U 0 − F [µ ]
a a
g
U 2 = U 0 − {F [2µ ] + F [µ ]} (36)
a
...
g
Un = U0 − {F [nµ ] + F [(n − 1)µ ]}
a

66
 Do sistema (35), tiramos:
F [µ ] = H 1 − H 0
F [2µ ] = H 1 + H 2 − 2 H 0
F [3µ ] = H 1 + H 2 + H 3 − 3H 0 (37)
...
F [nµ ] = H 1 + H 2 + H 3 + ...H n − nH 0

 E das equações (36): a


F [µ ] = [U 0 − U1 ]
g
a
F [2µ ] = [U 1 − U 2 ]
g
a (38)
F [3µ ] − F [µ ] = [U 2 − U 3 ]
g
...
a
F [nµ ] − F [(n − 2)µ ] = [U n −1 − U n ]
g

67
 Igualando duas a duas estas equações:
a
H1 − H 0 = [U 0 − U 1 ]
g
a
H 1 + H 2 − 2 H 0 = [U 1 − U 2 ] (39)
g
a
H 2 + H 3 − 2 H 0 = [U 2 − U 3 ]
g
...
a
H n −1 + H n − 2 H 0 = [U n −1 − U n ]
g
Estas são as equações conjugadas de Allievi, que permitem resolver
analiticamente o problema do golpe de aríete para os casos da lei linear
de fechamento do registro.

68
 Dividindo a eq. (39) por H0:

H1 aU 0  U 1 
−1 = 1 − 
H0 gH 0  U 0 
H1 H 2 aU 0  U 1 U 2 
+ −2=  − 
H0 H0 gH 0  U 0 U 0 
(40)
H2 H3 aU 0  U 2 U 3 
+ −2=  − 
H0 H0 gH 0  U 0 U 0 
...
H n−1 H n aU 0  U n−1 U n 
+ −2=  − 
H0 H0 gH 0  U 0 U 0 

69
 Fazendo: Hi
= Z i2 (41)
H0
e: aU 0
=K (42)
2 gH 0

 U1 
Z − 1 = 2 K 1 −
1
2

 U0 
U U 
Z12 + Z 22 − 2 = 2 K  1 − 2 
 U0 U0 
(43)
 U2 U3 
Z 2 + Z 3 − 2 = 2 K 
2 2
− 
 U0 U0 
...
 U n −1 U n 
Z 2
n −1 + Z − 2 = 2 K 
2
n − 
 U0 U0 
70
 Desconsiderando as perdas de carga (seguindo o que foi considerado até
o momento), podemos escrever:

Qi = AU i = Cd Ωi 2 gH i (44)

Q0 = AU 0 = Cd Ω 0 2gH 0 (45)

Sendo:
Índices i e 0 = representam regime permanente após a fase i do golpe
de aríete e no instante anterior ao início da perturbação do regime,
respectivamente;
Q = vazão;
A = área da seção transversal;
U = velocidade média em regime permanente;
Cd = coeficiente de descarga (considerado constante);
Ω= abertura do registro;
H = pressão junto ao registro

71
 Dividindo (44) por (45) e considerando as eq (41) e (44):

U i Ωi Hi (46)
= = Gi Z i
U 0 Ω0 H0

 As eqs (43) ficam:

Z12 − 1 = 2 K (1 − G1Z1 )
Z12 + Z 22 − 2 = 2 K (G1Z1 − G2 Z 2 )
(47)
Z + Z − 2 = 2 K (G2 Z 2 − G3 Z 3 )
2
2
2
3

...
Z n2−1 + Z n2 − 2 = 2 K (Gn −1Z n −1 − Gn Z n )

 Com a eq. (47) calculamos as pressões no registro de uma tubulação, em


cada fase do golpe de aríete, mantendo diâmetro e espessura uniformes e
fabricado num mesmo material.
72
Fechamento linear completo
 As seções do registro variam linearmente com o tempo.

Ωt é a seção do registro no tempo t

O grau de abertura deste registro será:


Ωt T − t t
Gt = = = 1− (48)
Ω0 T T
Se t = µ, ao final da primeira fase do golpe de aríete:
µ
G1 = 1 − (49)
T
73
 O tempo relativo da manobra (θ) é:
T aT
θ= = (50)
µ 2L

 Para a primeira fase, a eq. (49) fica:


1 (51)
G1 = 1 −
θ
 A partir da primeira das eqs. (47) temos:

Z12 − 1 = 2 K (1 − G1Z1 )
Z12 + 2 KG1Z1 − (1 + 2 K ) = 0
 A solução positiva dá:
H1
Z12 =
H0

74
 Se, na primeira fase, completar-se o fechamento do registro:
T <µ
G1 = 0

Z12 = 1 + 2 K

 Substituindo os valores de Z e K:
aU 0
H1 − H 0 = (51)
g

75
Abertura instantânea do registro
 Desenvolver

76
Exercícios
 5) Resolver o exercício 1 utilizando as equações conjugadas
de Allievi.

77
Exercícios
 6) Um reservatório de NA constante alimenta um conduto de
3320 m de comprimento, 1,50m de diâmetro e construído
com chapa de aço de 8 mm de espessura. Na extremidade
final do conduto será instalada uma turbina Pelton cujo bocal
tem coeficiente de descarga Cd = 0,664 e pode fechar-se
completamente em 32 segundos. Para as condições nomrais
de funcionamento, a carga no bocal vale H0 = 180 m e a área
livre mede 0,126 m². Estudar analiticamente as variações das
pressões derivadas do golpe de aríete, admitindo que a seção
do bocal obedece à lei linear de fechamento.

78
Dispositivos de proteção

79
Dispositivos de proteção
 Possibilidade de especificar tubulações com classes de pressão capazes de
suportar as sobrepressões e depressões previstas.
 Regra prática: num tubo de aço não haverá esmagamento se a espessura
em mm for igual a dez vezes o diâmetro expresso em metros (D=800 mm
= 0,8 m → 10 x 0,8 = 8,0 mm)
 No entanto, as variações de pressão na tubulação podem resultar na
fadiga da tubulação e ruptura.
 Por isso, pode ser conveniente utilizar um ou mais dispositivos de
proteção.
 Tipos de dispositivos de proteção:
 Volantes de inércia
 Ventosas
 Reservatórios unidirecionais
 By-pass
 Chaminés de equilíbrio
 Reservatórios hidropneumáticos
 Válvulas de alívio
 Válvulas de retenção
80
Volantes de inércia

 Inserção de um volante – aumenta o tempo de parada – diminuição da


intensidade do golpe.
 Problema – aumento de peso – necessidade de motor mais potente para
vencer a inércia do volante na partida e maior será a intensidade de
corrente elétrica, elevando os custos de investimento e operação.

81
Ventosas

 Permitem a entrada de ar na tubulação, limitando o valor da depressão ao


da pressão atmosférica.

Ventosa com flutuador

82
Reservatórios unidirecionais

 São reservatórios que atuam contra as depressões, pois alimentam a


linha de recalque quando a carga piezométrica atingir valores inferiores
ao do nível da água neste reservatório.
 A interligação do reservatório unidirecional à tubulação de recalque,
deverá conter válvula de retenção para evitar o retorno do escoamento, e
a recarga é feita através de um sistema do tipo torneira de bóia.

83
Chaminés de equilíbrio

 São estruturas que, ao mesmo tempo, atuam na proteção contra as


depressões e contra as sobrepressões, visto que possibilitam a oscilação
em massa da água entre a chaminé e o reservatório, evitando a
ocorrência de variações elevadas de pressões.

84
85
Chaminés de equilíbrio

 Com a parada do grupo motobomba (ou turbina), e consequente redução


da pressão na tubulação, o nível da água na chaminé desce, alimentando
a linha de recalque, reduzindo a variação da vazão, e, com isso, reduzindo
o valor da depressão. Em seguida, com a inversão do fluxo e fechamento
da válvula de retenção, o nível da água sobe, transformando a energia
cinética em potencial, e, assim, reduzindo o valor da sobrepressão.
 A chaminé de equilíbrio deverá estar o mais próximo possível da válvula
de retenção.
 A chaminé deve ter tamanho adequado para não extravasar, a não ser
que conte com vertedouro ,e nem esvaziar para não permitir a entrada de
ar na tubulação.

86
Tipos de Chaminés de Equilíbrio

87
Reservatórios hidropneumáticos

 São dispositivos de proteção contra as depressões e contra as


sobrepressões, pois são recipientes fechados que contem ar (ou gás) e
água e possibilitam a oscilação da massa de água entre este recipiente e o
reservatório, com amortecimento, devido ao ar, evitando as variações
elevadas de pressões.

Funcionamento do reservatório
hidropneumático

88
Válvulas de alívio

 Atua na proteção contra sobrepressões – abre-se quando a pressão


excede a valores pré-fixados, permitindo a saída de uma quantidade de
água até que a pressão caia abaixo do valor estabelecido, quando, então,
fecha-se imediatamente.
 O funcionamento é por meio de molas que acionam um tampão ou por
meio de válvulas compensadas.

89
Válvulas de alívio

 Redução da sobrepressão com utilização de válvula de alívio.

90
Válvulas de retenção
 Impedem a inversão do fluxo num conduto – atuam contra as
sobrepressões.
 A portinhola abre-se com o próprio movimento da água e fecha-se
quando cessa o movimento, de modo a impedir o retorno da coluna de
água. Assim, se instaladas convenientemente em uma linha de recalque,
isolam entre si trechos da tubulação, possibilitando que trechos situados
em níveis inferiores fiquem aliviados das cargas dos trechos de níveis
superiores. Por isso que se instalam válvulas de retenção nas saídas das
bombas, isolando-as da linha de recalque, pois a sobrepressão atua e tem
o seu valor máximo exatamente até a válvula, ficando, a bomba protegida.

91
Outras estruturas
 Válvulas supressoras
 Disco de ruptura
 By-pass
 Catracas de não reversão
 Válvulas de retenção de linha
 Elementos resistivos

92
By-pass

 Também atua na proteção contra as depressões. Seu funcionamento é


similar ao do reservatório unidimensional, no entanto, a referência será o
nível da água do reservatório de alimentação da bomba, atuando quando
a carga piezométrica na tubulação de recalque atingir valores inferiores
ao do nível do reservatório de alimentação da bomba.

 Como o reservatório unidimensional, possui válvula de retenção para


evitar o retorno da água.

93
Aplicação positiva do Golpe de Aríete
 Carneiro hidráulico
Utiliza o efeito do
Golpe de Aríete para
bombear água

Olhar vídeo

94

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