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PERÍCIA ERGONÔMICA

• Fisioterapeuta;
• Doutor em Ciências Biomédicas na IUNRI - Argentina
• Mestre em Ciências da Saúde pela UNB – Universidade de Brasília;
• Perito da Justiça do trabalho há 12 anos na cidade de Dourados-MS;
• Professor à 7 anos do curso de Perícia Judicial, reconhecido pelo Conselho Federal de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional;
• Autor do livro Perícia Judicial, editora Pillares, São Paulo-SP, 2004;
• Autor do livro Perícia Judicial para Fisioterapeutas: Perícia Técnica Cinesiológica-Funcional,
Assistência Técnica Judicial, Modelos e Legislações. São Paulo: editora Andreoli, 2009;
• Autor do livro Método de Reeducação Postural Global pelo Reequilíbrio Funcional Laboral:
RPG/RFL “uma nova visão em reeducar a postura”. São Paulo: editora Andreoli, 2007;
• Criador do método de Reeducação Postural Global pelo Reequilíbrio Funcional Laboral (RPG/RFL)
e professor do método RPG/RFL pelo Brasil (mais de 700 profissionais formados);
• Professor do Curso de Fisioterapia do Trabalho: Ergonomia e Cinesioterapia laboral pelo Brasil há
4 anos;
• Autor do livro: Fisioterapia do Trabalho: Cuidando da Saúde Funcional do Trabalhador. São
Paulo: editora Andreoli, 2008;
• Diretor administrativo da ABRAFIT (Associação Brasileira de Fisioterapia do Trabalho);
• Consultor de ergonomia ( BB e CEF – Alfenas-MG, AVIPAL – Abatedouros de aves; Dourados-MS,
CEF – Caixa Econômica Federal, Dourados-MS, EMISSÃO – Engenharia – Rio de Janeiro-RJ);
• Consultor do programa de proteção contra ações trabalhistas a empresas há um ano (AVIPAL –
Abatedouros de aves, Dourados-MS; CEF – caixa econômica federal, Dourados-MS; TIM –
operadora de telefonia, Dourados e Campo Grande-MS; Grupo de supermercados MUNDIAL -
RJ);
• Diretor do IEDUV- www.ieduv.com.br ;
• Diretor Técnico do CREFIT www.crefit.com.br ;
• Professor da modalidade a distância de fisioterapia do trabalho na UNIGRAN-Dourados-MS;
• Professor de 10 programas de pós-graduação nas áreas de: Fisioterapia do Trabalho, Ortopedia,
Ergonomia, Legislações trabalhistas e Perícias judiciais;
• Veja o currículo completo no site www.metodoveronesi.com.br
Dr. Veronesi
CRONOGRAMA
• 13/10/20 - DEFINIÇÕES SOBRE PERÍCIA E Art.
CPC
• 14/10/20 - USABILIDADE E PERÍCIA
ERGONÔMICA
• 15/10/20 - eSocial E PERÍCIA ERGONÔMICA
• 20 a 23/10 - Prática de Assistência técnica
O QUE É PERÍCIA JUDICIAL

Perícia Judicial é a diligência designada pelo Juiz para


esclarecimento de um ponto controvérsio (VERONESI, 2013).

Segundo Brandimiller (1996) perícia judicial é: o exame de situações


ou fatos relacionados a coisas e pessoas, praticado por ESPECIALISTAS
NA MATÉRIA que lhe é submetida.

Veronesi (2013) relata que o perito é indivíduo de confiança do


Juiz e deve reunir todos os conhecimentos técnicos e científicos
indispensáveis para elucidação da controvérsia.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:
Seção II Do Perito

Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato
depender de conhecimento técnico ou científico.
§ 1o Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente
habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em
cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
§ 2o Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta
pública, por meio de divulgação na rede mundial de computadores ou
e m j o rna i s d e g ra n d e c i rc ul a ç ã o , a l é m d e c o n s u l t a d i r e t a a
universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à
Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil, para a indicação
de profissionais ou de órgãos técnicos interessados.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

§ 3o Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para


manutenção do cadastro, considerando a formação profissional, a
atualização do conhecimento e a experiência dos peritos interessados.

§ 5o Na localidade onde não houver inscrito no cadastro


disponibilizado pelo tribunal, a nomeação do perito é de livre escolha
pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou
científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à
realização da perícia.
Comentário: Qualquer profissional que seja de confiança do juiz pode
realizar a perícia judicial.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe
designar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do
encargo alegando motivo legítimo.

§ 1o A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado


da intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob
pena de renúncia ao direito a alegá-la.
Comentário: O perito poderá não aceitar o cargo, para tanto tem que
peticionar no prazo de 15 dias apresentando suas justificativas.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

§ 2o Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com


disponibilização dos documentos exigidos para habilitação à consulta de
interessados, para que a nomeação seja distribuída de modo equitativo,
observadas a capacidade técnica e a área de conhecimento.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:
Seção X Da Prova Pericial

Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.


§ 1o O juiz indeferirá a perícia quando:
I - a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;
II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III - a verificação for impraticável.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e


fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.
§ 1o Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da
intimação do despacho de nomeação do perito:
I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
II - indicar assistente técnico;
III - apresentar quesitos.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

§ 2o Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias:


I - proposta de honorários;
II - currículo, com comprovação de especialização;
Comentário: Aqui mostra mais uma vez a importância da atualização
profissional constante.

III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para


onde serão dirigidas as intimações pessoais.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

§ 3o As partes serão intimadas da proposta de honorários para,


querendo, manifestar-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, após o que
o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os nos do art. 95.

§ 4o O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento


dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos,
devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue
o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.
§ 5o Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá
reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi


cometido, independentemente de termo de compromisso.
§ 1o Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão
sujeitos a impedimento ou suspeição.
§ 2o O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o
acompanhamento das diligências e dos exames que realizar, com prévia
comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5
(cinco) dias.
Comentário: O assistente técnico é de confiança da parte e o perito não
pode impedir o trabalho deste, mesmo que seja de outras profissões, a
fim de preservar o princípio da imparcialidade, bem como o princípio
constitucional da ampla defesa.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

Art. 468. O perito pode ser substituído quando:


I - faltar-lhe conhecimento técnico ou científico;
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe
foi Assinado.

§ 1o No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à


corporação profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao
perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo
decorrente do atraso no processo.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

§ 2o O perito substituído restituirá, no prazo de 15 (quinze) dias, os


valores recebidos pelo trabalho não realizado, sob pena de ficar
impedido de atuar como perito judicial pelo prazo de 5 (cinco) anos.

§ 3o Não ocorrendo a restituição voluntária de que trata o § 2o, a parte


que tiver realizado o adiantamento dos honorários poderá promover
execução contra o perito, na forma dos arts. 513 e seguintes deste
Código, com fundamento na decisão que determinar a devolução do
numerário.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante


a diligência, que poderão ser respondidos pelo perito previamente ou
na audiência de instrução e julgamento.

Parágrafo único. O escrivão dará à parte contrária ciência da juntada


dos quesitos aos autos.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

Art. 470. Incumbe ao juiz:


I - indeferir quesitos impertinentes;
II - formular os quesitos que entender necessários ao esclarecimento da
causa.

Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito,


indicando-o mediante requerimento, desde que:
I - sejam plenamente capazes;
II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

§ 1o As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos


assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se
realizará em data e local previamente anunciados.

§ 2o O perito e os assistentes técnicos devem entregar,


respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz.

§ 3o A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria


realizada por perito nomeado pelo juiz.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

Art. 472. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na


inicial e na contestação, apresentarem, sobre as questões de fato,
pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar
suficientes.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

Art. 473. O laudo pericial deverá conter:


I - a exposição do objeto da perícia;
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando
ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do
conhecimento da qual se originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz,
pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.
Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no
art. 371, indicando na sentença os motivos que o levaram a considerar
ou a deixar de considerar as conclusões do laudo, levando em conta o
método utilizado pelo perito.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

§ 1o No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em


linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou
suas conclusões.

§ 2o É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem


como emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou
científico do objeto da perícia.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

§ 3o Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes


técnicos podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo
testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que
estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas,
bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos,
fotografias as ou outros elementos necessários ao esclarecimento do
objeto da perícia.
Comentário: Este artigo é muito importante para a atuação do perito
pois da ao perito todos os direitos para produzir a prova pericial.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

Art. 474. As partes terão ciência da data e do local designados pelo juiz
ou indicados pelo perito para ter início a produção da prova.

Art. 475. Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma


área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um
perito, e a parte, indicar mais de um assistente técnico.

Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o


laudo dentro do prazo, o juiz poderá conceder-lhe, por uma vez,
prorrogação pela metade do prazo originalmente fixado.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz,
pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.

§ 1o As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o


laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo
o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar
seu respectivo parecer.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

§ 2o O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias,


esclarecer ponto:

I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do


juiz ou do órgão do Ministério Público;

II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.


Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

§ 3o Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte


requererá ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico a
comparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando, desde
logo, as perguntas, sob forma de quesitos.

§ 4o O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico,


com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência da audiência.
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a


realização de nova perícia quando a matéria não estiver
suficientemente esclarecida.
§ 1o A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais
recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão
dos resultados a que esta conduziu.
§ 2o A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a
primeira.
§ 3o A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz
apreciar o valor de uma e de outra.
DIRETRIZES DO TST SOBRE PERICIAS NAS AÇÕES DE
ACIDENTE DO TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS

• ORIGEM
• Resultado de pesquisas e estudos do 1º Fórum Virtual,
o Comitê Gestor Nacional do Programa Trabalho
Seguro, constituído nos termos da Resolução nº 96, de
23 de março de 2012, do Conselho Superior da Justiça
do Trabalho;

• Foi publicada (25/02) a normatividade sobre as


diretrizes e propostas de enunciados sobre Perícias
Judiciais em Acidentes do Trabalho e Doenças
Ocupacionais no âmbito da Justiça do Trabalho
DIRETRIZES DO TST SOBRE PERICIAS NAS AÇÕES DE
ACIDENTE DO TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS

• DA PROVA PERICIAL
• Art. 4° A fundamentação a ser utilizada pelo perito para avaliação do nexo
causal e da incapacidade deverá pautar-se em critérios técnicos adequados,
devendo levar em consideração, especialmente, em relação aos:
• a) acidentes típicos, a Instrução Normativa nº 88/2010 e o Guia de Análise –
Acidentes de Trabalho, ambos do Ministério do Trabalho e Emprego;
• b) distúrbios osteomusculares, a Instrução Normativa nº 98/2003 do INSS e
as normas regulamentadoras do MTE, notadamente a NR 17 e seu Manual
de Aplicação;
• c) transtornos mentais, o Manual de Procedimento para Serviços de Saúde
do Ministério da Saúde e a Enciclopédia da Organização Internacional do
Trabalho (OIT).
DIRETRIZES DO TST SOBRE PERICIAS NAS AÇÕES DE
ACIDENTE DO TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS

• Art. 6° Em seu relatório, o perito apresentará


conclusões técnicas pertinentes à sua
investigação que possam subsidiar o Juiz, nos
limites legais de sua atuação profissional, sem
adentrar no mérito das decisões, que são
exclusivas às atribuições dos magistrados.
DIRETRIZES DO TST SOBRE PERICIAS NAS AÇÕES DE
ACIDENTE DO TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS

• DA INVESTIGAÇÃO PERICIAL
• Art. 7º A perícia judicial realizada nas ações indenizatórias ajuizadas
perante a Justiça do Trabalho contemplará, para a avaliação do nexo
causal entre os agravos à saúde e as condições de trabalho, além do
exame clínico físico e mental e dos exames complementares, quando
necessários:
• I - a história clínica e ocupacional, decisiva em qualquer diagnóstico e/ou
investigação de nexo causal;
• II - o estudo do local de trabalho;
• III - o estudo da organização do trabalho;
• IV - os dados epidemiológicos;
• V - a literatura técnica específica atualizada;
• VI - a ocorrência de quadro clínico ou subclínico em trabalhador exposto a
condições agressivas à saúde;
DIRETRIZES DO TST SOBRE PERICIAS NAS AÇÕES DE
ACIDENTE DO TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS

• VII - a identificação dos riscos existentes no meio ambiente do


trabalho;
• VIII - o depoimento e a experiência dos trabalhadores;
• IX - os conhecimentos e as práticas de outras disciplinas e de seus
profissionais, sejam ou não da área da saúde;
• X - A capacitação dos trabalhadores ou outros aspectos de gestão
de segurança e saúde do trabalho que influenciaram a ocorrência
do evento.
• XI - relatar se havia medidas de prevenção que poderiam ter
evitado a agressão e/ou lesão ao trabalhador, bem como as
medidas de proteção que poderiam ter reduzido as suas
consequências;
• Parágrafo único. Havendo necessidade de realização de exames
complementares, o perito poderá solicitá-los, nos termos do artigo
429 do Código de Processo Civil.
HORA DA PAUSA - 8 MINUTOS

CAFÉ - LEVANTAR - ALONGAR


CENÁRIO JUDICIAL
Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

Perícia Ergonômica

Ação Civil Pública (coletiva) Ação Individual


Pr ova Per icial do Código de Pr ocesso Civil:

Perícia Ergonômica

Ação Coletiva Ação Individual

Cumprimento de um A falha da Ergonomia


ou mais itens de levou a uma doença ou
Ergonomia acidente do trabalho
AÇÃO CIVEL PÚBLICA

Ação civil pública é um instrumento processual, de ordem


constitucional, destinado à defesa de interesses difusos e
coletivos.
AÇÃO CIVEL PÚBLICA

RECLAMANTE

MINSTÉRIO
MINISTÉRIO DO
PÚBLICO DO SINDICATOS
TRABALHO
TRABALHO
AÇÃO CIVEL PÚBLICA – PERÍCIA JUDICIAL

PEDIDO DO
RECLAMANTE

JUIZ ACATAR OS PEDIDOS JUIZ ACATAR OS PEDIDOS


COM QUESITOS SEM QUESITOS

MELHOR DIRECIONAMENTO
DA PROVA PERICIAL
PERÍCIA ERGONÔMICA

FÍSICO COGNITIVO

PERÍCIA
ERGONÔMICA

MAIS DE UM ASPECTO
ORGANIZACIONAL
ENVOLVIDO
PERÍCIA ERGONÔMICA: CONCEITOS
• SEMPRE ANALISAR E INVESTIGAR OS PONTOS
SOLICITADOS PELO JUÍZO;
• ANALISAR E LAUDAR SOBRE A ANÁLISE
ERGONÔMICA DO TRABALHO DE UMA EMPRESA –
ITENS CORRETOS E APLICÁVEIS E ITENS
INCORRETOS QUE TEM QUE SER MODIFICADO
(PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE);
PERÍCIA ERGONÔMICA –
OBJETIVOS
• Análise de pedidos específicos de alguns itens ou
todos de cumprimento da NR 17 ou outras NRs;
• Analisar itens da tabela 23 do eSocial;
• Realizar Demandas Específicas Feito Pelo Juízo – Ex.
Melhorias Ergonômicas
PERÍCIA ERGONÔMICA:
PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE
DEMANDA
• ANÁLISE DA DEMANDA JUDICIAL (QUESITOS DO
JUÍZO E DAS PARTES)
• PLANEJAMENTO DAS AÇÕES
• ANÁLISE DOCUMENTAL DA A.E.T. DA EMPRESA
• ANÁLISE DOCUMENTAL DOS PLANOS DE AÇÕES E
INTERVENÇÕES DA A.E.T.
ITENS A ANALISAR NA PERÍCIA
ERGONÔMICA – MANUAL DE
APLICABILIDADE DA NR 17
• 1- ANALISE DA DEMANDA E CONTEXTO
• 2- ANÁLISE GLOBAL DA EMPRESA (2.7-
ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO; 2.8- ORGANIZAÇÃO
DO TRABALHO)
• 3- ANÁLISE DA POPULAÇÃO DE TRABALHADORES
• 4- ITEM ESTUDADO NA AET – DE ACORDO COM A
DEMANDA
• 5- CORRELAÇÃO DA TAREFA PRESCRITA COM A
TAREFA REAL
ITENS A ANALISAR NA PERÍCIA
ERGONÔMICA – MANUAL DE
APLICABILIDADE DA NR 17
• 6- DIAGNÓSTICO ERGONÔMICO - DE ACORDO COM
A DEMANDA
• 7- PROJETO DE MODIFICAÇÃO E ALTERAÇÃO –
PLANO DE AÇÃO EXECUTADO
• 8- HOUVE PROTÓTIPO? SE POSITIVO HOUVE
ESTUDO COMPROBATÓRIO DO MESMO?
• 9 OS RISCOS ERGONÔMICOS CONTINUAM? SE
POSITIVO TEM MEDIDAS DE CONTROLE E/OU
MITIGAÇÃO DOS MESMOS?
PERÍCIA ERGONÔMICA:
PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS
• ANÁLISE IN LOCO DA DEMANDA JUDICIAL:
1- COLETA DE DADOS SOBRE TRABALHO PRESCRITO X
TRABALHO REAL (POR MEIO DE ESCUTA DE
TESTEMUNHAS E ANÁLISE DO TRABALHO
OBSERVACIONAL);
2- COLETA DE DADOS POR IMAGENS PARA DIVERSAS
ANÁLISES (VÍDEO E FOTOGRAFIAS);
3- COLETA DE DADOS MÉTRICOS E DIMENSIONAIS;
PERÍCIA ERGONÔMICA:
CONFECÇÃO DO LAUDO PERICIAL
1- ANÁLISE DAS FOTOGRAFIAS PARA ANÁLISE;
2- FRAGMENTAÇÃO DO VÍDEO EM FRAMES;
3- ANÁLISE DA BIOMECÂNICA E FISIOLOGIA LABORAL E CRONO
ANÁLISE DA ATIVIDADE LABORAL
4- APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS ERGONÔMICAS APROPRIADA
PARA CADA FUNÇÃO;
5- ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO;
6- ANÁLISE DAS CARGAS COGNITIVAS DO TRABALHO;
7- ANÁLISE DAS NRs – NR17; NR36 E OUTRAS;
8- CONFECÇÃO DO LAUDO PERICIAL;
9- ENTREGA DO LAUDO PERICIAL;
PROCEDIMENTOS PERICIAL
Para análise da organização do trabalho e nexo jurídico é utilizado como base de orientação e
norteamento a Instrução Normativa 98/2003 do INSS, as normas regulamentadoras do trabalho,
em especial a NR 17 e seu manual de aplicação, como orientado no Art. 4 das Diretrizes do TST
sobre provas periciais, onde analisa os seguintes critérios: Natureza de exposição, risco
ergonômico da atividade laboral, tempo e intensidade de exposição diária, tempo e intensidade
de exposição total, característica fisiomorfopatológico da doença, métodos preventivos
adotados e incidência da doença no posto analisado.

Forma complementar para análise da organização do trabalho é utilizado normativas da ABNT:

NBR ISO 11226 – Posturas estática e ângulos aceitáveis


NBR ISO 11228-1 – Levantamento de carga
NBR ISO 11228-2 – Transporte de carga
NBR ISO 11228-3 – Atividade repetitiva
PROCEDIMENTOS PERICIAL
Para análise do movimento e da postura laboral, que segue detalhadamente e de forma correta
as orientações da ABNT ISO 11226, a perícia fisioterapêutica utiliza um recurso de fotogrametria,
que por meio do recurso de análise do movimento humano, através de medidas angulares.
FILMAGEM DA ATIVIDADE LABORAL
FRAGMENTAÇÃO DA FILMAGEM EM
FRAMES – FOTOGRAFIAS
FOTOGRAMETRIA DO POSTO
ANALISADO COM DESCRIÇÃO
BIOMECÂNICA E CRONOANÁLISE

DESCRIÇÃO BIOMECÂNICA: DURANTE A ATIVIDADE LABORAL, O PERICIADO


REALIZAVA MOVIMENTOS DE ELEVAÇÃO DO OMBRO, CHEGANDO A
APROXIMADAMENTE 100 GRAUS DE FLEXÃO, ASSOCIADO A ESTA ELEVAÇÃO O
MESMO FAZIA ROTAÇÃO INTERNA E ABDUÇÃO.

CRONOANÁLISE: DURANTE O
PERÍODO LABORAL O PERICIADO
REALIZAVA APROXIMADAMENTE
17788 MOVIMENTOS DE
ELEVAÇÃO DO MEMBRO
SUPERIOR.

Dr. Veronesi
PROCEDIMENTOS PERICIAL
Para análise do risco ergonômico das atividades laborais desenvolvida pelo periciado, o Método
utiliza as seguintes ferramentas científicas:

A ferramenta IVRE-ARMS - Índice Veronesi de Risco Ergonômico para Atividades Repetitivas de


Membros Superiores, que analisa o risco ergonômico separadamente, dentro dos aspectos
organizacionais, cognitivo, biomecânico do ombro, do cotovelo e punho:
PROCEDIMENTOS PERICIAL
Para análise do risco ergonômico das
atividades laborais desenvolvida pelo
periciado, o Método utiliza as seguintes
ferramentas científicas:

A ferramenta NIOSH, que é orientada e


recomendada pela ABNT ISO 11228-1, para
estabelecer qual o peso recomendado na
atividade analisada e compara este, com o
peso real manipulado, trazendo assim um
índice final com uma previsão de
adoecimento pela tarefa
PROCEDIMENTOS PERICIAL
Para análise do risco ergonômico das atividades laborais desenvolvida pelo periciado, o Método
utiliza as seguintes ferramentas científicas:

A ferramenta de cálculo de força estimado da compressão discal da coluna lombar desenvolvida


na Universidade de Utah, que mostra qual a carga compressiva no disco com referencia de
segurança de probabilidade de lesão discal .
PROCEDIMENTOS PERICIAL
Para análise do risco ergonômico das atividades laborais desenvolvida pelo periciado, o Método
utiliza as seguintes ferramentas científicas: A ferramenta HARSIM analisando condições de
trabalho reais.
PROCEDIMENTOS DA PERÍCIA
FISIOTERAPÊUTICA
Para análise do risco ergonômico das atividades laborais desenvolvida pelo periciado, o Método
utiliza as seguintes ferramentas científicas:

Para analise de transporte de cargas é utilizado a tabela orientada pela NBR ISO 11228-2
desenvolvida por SNOOK E CIRIELO

FOTO
POSTO
TRABALHO
PROCEDIMENTOS DA PERÍCIA
FISIOTERAPÊUTICA
Para análise do risco ergonômico das atividades laborais desenvolvida pelo periciado, o Método
utiliza as seguintes ferramentas científicas:

As ferramentas orientadas pela NBR ISO 11228-3, para analise de risco biomecânico para
membros superiores.
PROCEDIMENTOS DA PERÍCIA
FISIOTERAPÊUTICA
Para análise do risco ergonômico das atividades laborais desenvolvida pelo periciado, o Método
utiliza as seguintes ferramentas científicas:

As ferramentas Índex Strain (ferramenta desenvolvida por Moore e Garg) todas orientadas pela
NBR ISO 11228-3, para analise de risco biomecânico para membros superiores.

SEGUNDO A FERRAMENTA STRAIN ÍNDEX, A


ATIVIDADE APRESENTOU 17 VEZES O ESFORÇO
MÁXIMO ACEITÁVEL
HONORÁRIOS PARA PERÍCIA
JUDICIAL
PERÍCIA TRABALHISTA R$1000,00 A 3000,00

PERÍCIA CÍVIL R$500,00 A 1500,00

PERÍCIA PREVIDENCIÁRIA R$150,00 A 350,00 * VOLUME


HONORÁRIOS PERÍCIA ERGONÔMICA
Ex. CONCLUSÃO DE UMA AÇÃO CIVIL PÚBLICA

• O pleito de indenização por dano moral, estético e material


resultante de acidente do trabalho e/ou doença profissional ou
ocupacional supõe a presença de três requisitos:
Ex. CONCLUSÃO DE UMA AÇÃO CIVIL PÚBLICA

a) A ocorrência da doença ou do acidente, os quais, por si sós, agridem


o patrimônio moral e emocional dos trabalhadores

b) Nexo causal, decorrente de um ambiente de trabalho prejudicial


(especialmente quanto à ergonomia dos equipamentos);

c) Culpa empresarial.

Decisão Judicial:
O valor arbitrado a título de indenização por danos morais (R$
1.500.000,00), pautou-se em parâmetros compatíveis, e o caráter
pedagógico da medida.
PERÍCIA ERGONÔMICA – AÇÃO COLETIVA
OBJETIVO:
Inspecionar se as melhorias ergonômicas dos abaixo de acordo com a NR-17 (Norma de
Ergonomia no Brasil)

PEDIDOS DA PERÍCIA SETORES ANALISADOS


Pedido 1- Analisar possibilidade de Setores, A, B, C,
postura sentado.
Pedido 2 - Garantir espaço suficiente Setores, B, D, E,
para as pernas
Pedido 3 - Assentos utilizados Setores, A, C, E,
atendem a NR 17 subitem 17.3.3
Pedido 4- Adequar os postos de Setores, A, B, C, D, E
trabalhos a medidas antropométricas
PERÍCIA ERGONÔMICA – AÇÃO COLETIVA

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DA RECLAMADA:

PEDIDOS DA PERÍCIA RESULTADO


Pedido 1- Analisar possibilidade de postura sentado. Positivo em Conformidade

Pedido 2 - Garantir espaço suficiente para as pernas Não está em conformidade

Pedido 3 - Assentos utilizados atendem a NR 17 subitem Parcialmente em conformidade


17.3.3
Pedido 4- Adequar os postos de trabalhos a medidas Positivo em Conformidade
antropométricas
PERÍCIA ERGONÔMICA – AÇÃO COLETIVA

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DA RECLAMADA:

PEDIDOS DA PERÍCIA RESULTADO


Pedido 4- Adequar os postos de trabalhos a medidas Não está em conformidade
antropométricas
PERÍCIA ERGONÔMICA – AÇÃO COLETIVA

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DA RECLAMADA:

PEDIDOS DA PERÍCIA RESULTADO


Pedido 4- Adequar os postos de trabalhos a medidas Não está em conformidade
antropométricas
OBRIGADO!
Dr. José Ronaldo Veronesi Junior
CREFITO 9/ 31473-F
PERITO JUDICIAL
veronesi@ieduv.com.br
www.ieduv.com.br
www.metodoveronesi.com.br

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