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GOIÂNIA
2014
LEONARDO COSTA E SILVA
LUDMYLLA PIRES FELIX
THIAGO MARTINS DOS SANTOS
GOIÂNIA
2014
LEONARDO COSTA E SILVA
LUDMYLLA PIRES FELIX
THIAGO MARTINS DOS SANTOS
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Prof. Dr. Daniel de Lima Araújo (Orientador)
Universidade Federal de Goiás
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Prof. Drª. Helena Carasek Cascudo
Universidade Federal de Goiás
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Prof. Dr. Oswaldo Cascudo Matos
Universidade Federal de Goiás
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Prof. Dr. Daniel de Lima Araújo (Orientador)
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................. 3
RESUMO................................................................................................................................... 4
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 10
1.1 CARACTERIZAÇÃO DE AGREGADOS RECICLADOS ....................................... 12
1.2 PESQUISAS SOBRE CONCRETO ESTRUTURAL COM AGREGADO
RECICLADO ..................................................................................................................... 13
2. PROGRAMA EXPERIMENTAL .................................................................................. 17
2.1 MATERIAIS ................................................................................................................ 17
2.1.1 Propriedades dos agregados reciclados ............................................................. 17
2.1.2 Caracterização dos agregados ........................................................................... 19
2.2 MÉTODOS .................................................................................................................. 30
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................... 31
3.1 PROPRIEDADES DO CONCRETO NO ESTADO FRESCO ................................... 32
3.2 PROPRIEDADES DO CONCRETO NO ESTADO ENDURECIDO ........................ 34
4. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 38
5. REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 40
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
LISTA DE FIGURAS
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
LISTA DE TABELAS
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
1. INTRODUÇÃO
Classe C – resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias viáveis que
permitam sua reciclagem;
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
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No Brasil e no mundo, de uma forma geral, tem crescido o número de pesquisas com
finalidade de propor soluções para o problema de geração de resíduos na construção
(BLUMENSCHEIN, 2004). A tendência atual é que o impacto produzido pelas edificações sobre
o meio ambiente seja o menor possível e que haja uma maior preocupação com a sustentabilidade
do desenvolvimento. Essa sustentabilidade sugere uma escolha mais dedicada do tipo de material
que será utilizado na construção, gerando reduções em custos e desperdícios em consonância
com questões sociais e ambientais (REZENDE et al., 2012).
Nesse sentido, muitas empresas optam pela utilização de peças pré-moldadas por
atender uma das necessidades prioritárias da construção civil, que é o tempo, e, ainda, reduzir a
geração de resíduos, pois o emprego de peças pré-fabricadas para execução da estrutura elimina
a necessidade de fôrmas e escoramento, entre outros materiais, que geram resíduos. Entretanto,
nesse sistema construtivo também se deve considerar a necessidade de cumprimento das
legislações ambientais referentes ao gerenciamento dos resíduos, em especial nas indústrias de
estruturas pré-moldadas. Esses resíduos são nobres e possuem um grande potencial de serem
reutilizados nas próprias indústrias, desde que de maneira correta.
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
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principal da construção civil. Estes, uma vez reciclados, podem ser utilizados, por exemplo, na
execução de bases e sub-bases de pavimentação, na confecção de blocos para vedação, entre
outros (BLUMENSCHEIN, 2007).
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
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Para a caracterização dos agregados reciclados, alguns métodos podem ser utilizados,
tais como a análise granulométrica, a análise química, a análise mineralógica, a análise
termogravimétrica, a separação por densidade empregando líquidos densos e a determinação da
massa específica aparente e da absorção de água dos agregados (ANGULO, 2005). Dentre essas
propriedades, as que mais apresentam influência na resistência do concreto são a massa
específica e a absorção de água.
Alguns resultados da literatura mostram que a separação por densidade é uma técnica
eficiente para separar os agregados reciclados em subgrupos de diferentes porosidades, gerando
concretos com comportamento mecânico e absorção de água similar. Esses resultados indicam
uma densidade de corte em torno de 2,2 a 2,3 kg/dm3. A partir desse limite, os agregados
reciclados possuem teores elevados de rochas e teores baixos de cerâmica vermelha, resultando
em concretos com comportamento mecânico semelhante ao dos concretos com agregados
naturais (ANGULO, 2005).
Outra forma de se obter agregados reciclados com valores de densidade acima de 2,3
kg/dm3 foi proposto por Pepe et al. (2014). Nesse trabalho, os autores utilizaram um pequeno
moinho de tambor rotativo, com velocidade de 60 rotações por minuto, no qual os agregados
reciclados foram adicionados por tempos que variaram de 10 a 15 minutos. Nesse processo, a
argamassa aderida aos agregados graúdos naturais presentes nos agregados reciclados era retirada
pelo choque entre os agregados reciclados. Com isso, ao final eram obtidos agregados graúdos
com morfologia e absorção próximas aos do agregado natural. Com essa metodologia, os autores
realizaram a substituição total dos agregados naturais pelos agregados reciclados tratados e
obtiveram concretos com resistência à compressão próxima de 30 MPa e com menos de 10% de
redução de resistência quando comparado ao concreto com agregados naturais.
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variam mais que as de concretos convencionais. Apesar disto, podem-se obter concretos com
agregados reciclados adequados a diversos serviços de construção, inclusive alguns de
responsabilidade estrutural. Isso é possível desde que se tomem cuidados com a produção do
agregado e do novo concreto, tais como, a escolha do resíduo, a classificação e separação de
contaminantes, o controle de qualidade, a adoção de procedimentos corretos de aplicação, a
análise das condições de exposição, dentre outros.
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do concreto estrutural com utilização de agregados provenientes de RCD, deve-se ponderar que
para os concretos com agregados reciclados na faixa de densidade de 2,2 a 2,5 kg/dm3, em
comparação ao concreto utilizando agregados naturais, não houve aumento significativo do
consumo de cimento para se obter resistências semelhantes, tornando-se plenamente viáveis do
ponto de vista ambiental. Já nos concretos com agregados reciclados com menores densidades,
as relações consumo/resistência foram altas, tornando estes concretos economicamente menos
vantajosos que os concretos tradicionais (CARRIJO, 2005).
Yang et al. (2008) realizaram experimentos em nove traços de concreto para avaliar
a influência da substituição dos agregados naturais por agregados reciclados de RCD. Estes
foram classificados em três diferentes tipos de acordo com sua massa específica e absorção de
água: 1) agregado graúdo reciclado com massa específica de 2,53 kg/dm3 e absorção de água de
1,9%; 2) agregado graúdo reciclado com massa específica de 2,40 kg/dm3 e absorção de água de
3,2%; 3) agregado miúdo reciclado com massa específica de 2,36 kg/dm3 e absorção de água de
5,4%. Os níveis de substituição de ambos os agregados reciclados, graúdo e miúdo, foram 30%,
50% e 100%. Para o concreto fresco foram determinados o abatimento e a exsudação.
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Kang et al. (2014) testaram 28 vigas de concreto armado à flexão, com resistência à
compressão do concreto variando de 27 MPa a 54 MPa. A taxa de substituição dos agregados
naturais pelos agregados reciclados variou de 15% a 50%, sendo que estes possuíam uma massa
específica semelhante a do agregado natural. Os autores observaram uma redução de até 25% na
resistência à compressão do concreto e de 19% na resistência à tração indireta com a substituição
de 30% ou 50% dos agregados naturais pelos agregados reciclados. Além disso, eles observaram
uma redução da ductilidade das vigas com agregados reciclados, porém não observaram redução
do momento resistente da viga. Com isso, os autores sugeriram limitar em 30% a taxa de
substituição dos agregados naturais pelos agregados reciclados.
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2. PROGRAMA EXPERIMENTAL
2.1 MATERIAIS
A água utilizada na dosagem era limpa e captada da rede pública. Foi utilizado o
aditivo superplastificante Viscocrete Precast® da Sika para melhorar a trabalhabilidade da
mistura. Trata-se de uma solução aquosa de policarboxilatos modificados com densidade de 1,09
± 0,02 kg/L e pH de 4,5 ± 1,0 (SIKA, 2014).
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foi previamente peneirado, descartando os finos. Apenas a parte retida na peneira de 2,36 mm
foi utilizada na caracterização dos agregados e na confecção do concreto.
O valor de absorção obtido após o tratamento foi semelhante ao encontrado por Pepe
et al. (2014), porém com maior massa específica, o que pode ser devida à diferença de
composição mineralógica entre os agregados. Isso demonstrando a eficiência do equipamento de
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abrasão “Los Angeles” (Figura 2) como forma alternativa ao moinho de tombamento para a
limpeza dos agregados reciclados.
1
A NBR 7211 (2009) define os limites da composição granulométrica do agregado graúdo em Zona
granulométrica d/D, porém neste trabalho preferiu-se utilizar a nomenclatura antiga.
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agregado miúdo foi determinada pela NBR 9776 (ABNT, 1987). Na Tabela 2 é apresentado o
resumo das propriedades físicas dos agregados Nas Figuras 3 a 6 são mostradas as curvas
granulométricas obtidas para o agregado miúdo, para os agregados graúdos natural (Brita 0 e
Brita 1) e para o agregado reciclado.
Dimensão
Massa Específica Massa Específica
Máxima Módulo de Absorção de
Real Aparente
Característica Finura água (%)
(kg/dm3) (kg/dm³)
(mm)
Areia Natural 2,53 - 1,18 3,93 -
Brita 0 2,67 2,58 12,5 3,07 1,29
Brita 1 2,65 2,62 19,0 4,90 0,52
Agregado Reciclado 2,58 2,20 19,0 4,15 6,69
Agregado Reciclado
2,70 2,48 > 12,5 2,53 3,31
Tratado
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100%
90%
80%
70%
60%
% Passante
50%
40%
30%
Limites da zona utilizável
20%
10%
Areia Natural
0%
0,1 1 10
Abertura da peneira (mm)
100%
90%
Limites da zona utilizável
80%
Brita 0
70%
% Passante
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 10
Abertura da peneira (mm)
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100%
90%
70% Brita 1
% Passante
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 10 100
Abertura da peneira (mm)
100%
90%
Limites da zona utilizável
80%
70%
Agregado Reciclado
% Passante
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 10
Abertura da peneira (mm)
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Nessas figuras também são mostrados os limites da zona utilizável para produção de
concreto, recomendados pela NBR 7211 (ABNT, 2009). Nota-se que as curvas obtidas para os
agregados graúdos ficaram fora do intervalo padrão e que apenas a areia natural atendeu aos
limites especificados da zona utilizável. Portanto, foi realizada a composição teórica dos
agregados graúdos. Para isso, foi empregado um método baseado nos mínimos quadrados, isto
é, a granulometria resultante da mistura apresentará variações com relação aos valores médios
da faixa especificada, cuja soma dos quadrados dessas variações deve ser mínima (PETRUCCI,
1978). Foi, assim, obtida a curva granulométrica compensada para os agregados naturais e que
está mostrada na Figura 7. Essa curva resulta da mistura de 67% de Brita 1 e 33% de Brita 0 e
possui módulo de finura igual a 4,29.
Figura 7 - Curva granulométrica – Composição para o Traço C-0. NBR 7211 (ABNT, 2009).
100%
Limites da zona utilizável
90%
Composição: 67% de Brita
80% 1 e 33% de Brita 0
70%
% Passante
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 10 100
Abertura da peneira (mm)
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
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Definido o traço de referência, foram calculados quatro traços com parte da Brita 1
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
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natural substituída pelo agregado reciclado. Foram adotados os seguintes níveis de substituição,
em massa: 25%, 50%, 75% e 100%. Porém, a composição granulométrica do agregado reciclado
era diferente da Brita 1 natural. Dessa forma, optou-se por fazer a composição teórica da mistura
agregado reciclado e Brita 1 com a Brita 0, de modo a se obter, aproximadamente, o mesmo
módulo de finura dos agregados utilizado no traço de referência. Com isso, buscava-se manter a
mesma trabalhabilidade do traço de referência nos traços com agregados reciclados. Desse
cálculo, foram obtidas as porcentagens finais de substituição dos agregados naturais (Brita 1 mais
Brita 0) pelo agregado reciclado e que estão mostradas na Tabela 3, bem como o módulo de
finura de cada composição. Nas Figuras 8 a 11 são mostradas as curvas granulométricas da
composição entre os agregados naturais e o agregado reciclado.
Figura 8 - Curva granulométrica – Composição para o Traço C-19. NBR 7211 (ABNT, 2009).
100%
70%
Composição: 56% de Brita 1,
19% de Brita 0 e 19% de
% Passante
60%
Agregado reciclado
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 10 100
Abertura da peneira (mm)
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26
Figura 9 - Curva granulométrica – Composição para o Traço C-43. NBR 7211 (ABNT, 2009).
100%
Limites da zona utilizável
90%
80% Composição: 43% de Brita 1, 14%
70% de Brita 0 e 43% de Agregado
reciclado
% Passante
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 10 100
Abertura da peneira (mm)
Figura 10 - Curva granulométrica – Composição para o Traço C-75. NBR 7211 (ABNT, 2009).
100%
90%
Limites da zona utilizável
80%
70%
% Passante
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 10 100
Abertura da peneira (mm)
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
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Figura 11 - Curva granulométrica – Composição para o Traço C-100. NBR 7211 (ABNT, 2009).
100%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 10 100
Abertura da peneira (mm)
A quantidade de materiais nos traços com agregados reciclados também foi ajustada
de modo a se obter um metro cúbico de concreto e está mostrada na Tabela 3. Esse ajuste foi
realizado a partir da massa específica do concreto determinada no laboratório para cada um dos
traços.
A Tabela 3 mostra um último traço com substituição parcial dos agregados naturais
pelo agregado reciclado (Traço CT-26). Este traço se difere dos demais pelo agregado reciclado
utilizado, o qual foi previamente tratado seguindo metodologia semelhante à sugerida por Pepe
et al. (2014).
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
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13, respectivamente.
Figura 12 - Curva granulométrica do agregado reciclado tratado (parcela retida na peneira 2,36 mm). NBR 7211
(ABNT, 2009).
100%
Limites da zona utilizável
90%
80%
Agregado Reciclado
70%
% Passante
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 10
Abertura da peneira (mm)
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Figura 13 – Curva granulométrica do resíduo passante na peneira 2,36 mm do agregado reciclado tratado. NBR
7211 (ABNT, 2009).
100%
90%
80%
70%
% Passante
60%
50%
40%
Figura 14 - Curva granulométrica – Composição para o Traço CT-26. NBR 7211 (ABNT, 2009).
100%
80%
Composição: 74% de Brita 1
70% e 26% de Agregado reciclado
tratado
% Passante
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 10 100
Abertura de peneiras (mm)
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2.2 MÉTODOS
A moldagem dos corpos de prova para esse estudo foi realizada seguindo a norma
ABNT NBR 5738 (ABNT, 2003).
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Figura 15 – Ensaios de caracterização do concreto no estado endurecido: (a) resistência à compressão; (b)
resistência à tração por compressão diametral; (c) módulo de elasticidade estático.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Este item apresenta os detalhes dos resultados e algumas considerações feitas sobre
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os mesmos.
Observa-se que com exceção dos traços C-75 e C-100, em todos os demais o
abatimento esteve dentro do limite estabelecido de 100 20 mm. Isso foi conseguido graças ao
aumento do volume de aditivo superplastificante adicionado à mistura com o aumento do teor de
substituição do agregado natural pelo agregado reciclado. No traço de referência o volume de
aditivo, em relação à massa de cimento, foi de 0,35%, enquanto no traço C-100, com 100% de
substituição, esse volume chegou a 1,2% (Figura 16). Esse ajuste se torna necessário devido à
maior absorção do agregado reciclado, que retira parte da água disponível durante a mistura do
concreto, e ao fato de se desejar manter constante a relação água/cimento entre os traços
analisados para comparação da resistência mecânica. Em nenhum dos traços foi observada
exsudação do concreto, apesar do aumento do consumo do aditivo superplastificante.
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
33
2,36
2,34
2,3
2,28
2,26
2,24
2,22
2,2
C-0 C-19 C-43 C-75 C-100 CT-26
Massa específica 2,35 2,32 2,31 2,26 2,3 2,33
3,50%
3,00%
2,50%
Teor de ar (%)
2,00%
1,50%
1,00%
0,50%
0,00%
C-0 C-19 C-43 C-75 C-100 CT-26
Teor de ar 2,00% 2,20% 2,40% 2,80% 2,90% 2,20%
1,40%
1,20%
1,00%
Teor de aditivo (%)
0,80%
0,60%
0,40%
0,20%
0,00%
C-0 C-19 C-43 C-75 C-100 CT-26
Teor de aditivo 0,35% 0,60% 0,75% 0,75% 1,20% 0,40%
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apresentando redução de até 4% no seu valor (Figura 16). Isso se deve à menor massa específica
do agregado reciclado quando comparado ao agregado natural e ao fato da substituição ter sido
realizada em massa. Assim, houve um aumento do volume de agregados graúdos no traço com o
aumento do teor de substituição. Consequentemente, isso resultou na diminuição, na mesma
proporção, do consumo de cimento por metro cúbico.
O traço C-75 apresentou abatimento maior que os demais, sem uma explicação clara
desse fenômeno. Consequentemente, ele apresentou menor massa específica, porém o teor de ar
se manteve próximo ao obtido no traço com 100% de substituição.
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Substituição
fcm,j=7 (MPa) fcm,j=28 (MPa) fctm,sp,j=28 (MPa) Ec,j=28 (GPa)
(%)
C-0 0 26,95 ± 4,02 36,39 ± 1,56 3,88 ± 0,12 29,86 ± 1,00
C-19 19 33,97 ± 1,39 41,23 ± 0,59 3,95 ± 0,02 28,04 ± 0,06
C-43 43 32,79 ± 3,55 39,60 ± 1,98 3,63 ± 0,41 28,04 ± 0,56
C-75 75 29,34 ± 1,52 35,79 ± 0,48 3,66 ± 0,09 26,34 ± 0,91
C-100 100 28,77 ± 1,38 38,30 ± 1,07 3,60 ± 0,18 28,15 ± 0,88
CT-26 26 32,75 ± 1,70 37,82 ± 1,39 3,79 ± 0,05 27,83 ± 0,48
A exceção a essa análise foi o traço C-75, que apresentou a menor resistência.
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reciclado tratado, nota-se que ele apresentou um valor abaixo do módulo de elasticidade do traço
de referência. Esperavam-se, neste caso, valores semelhantes, entretanto o desvio padrão do
módulo de elasticidade do traço de referência apresentou-se alto. Por essa razão, para concluir se
de fato o teor de substituição do agregado natural pelo agregado reciclado afetou as propriedades
mecânicas do concreto, foi realizado um teste de comparações múltiplas de médias nos resultados
da Tabela 4, utilizando o teste de Tukey com intervalo de confiança de 95%. Na Figura 18 são
mostrados os resultados dessa análise.
Figura 18 – Diagramas de caixa: a) resistência à compressão; b) resistência à tração por compressão diametral; c)
módulo de elasticidade.
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38
44
42
38
36
34
32
C0 C19 C43 C75 C100 CT26
Traços
(a)
5,0
Resistência à traçao por compressao
4,5
4,0
diametral (MPa)
3,5
3,0
2,5
C0 C19 C43 C75 C100 CT26
Traços
(b)
32
31
Modulo de elasticidade (GPa)
30
29
28
27
26
25
24
C0 C75 C19 C43 C100 CT26
Traços
(c)
4. CONCLUSÃO
Esse trabalho teve como objetivo verificar a influência da substituição dos agregados
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resultados.
Finalmente, essa pesquisa alcançou o seu principal objetivo, que foi demonstrar a
viabilidade do uso de agregados reciclados na confecção de concretos estruturais. Outros estudos
deverão ser realizados com concretos de outros níveis de resistência de modo a confirmar os
resultados dessa pesquisa.
5. REFERÊNCIAS
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
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L. C. SILVA, L. P. FELIX, T. M. SANTOS
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