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Palco escuro.
Som de guerra
- Mistura de cores (vermelha, azul e verde) com a sonoplastia.
Cena da infância:
Narrador: Contudo, ao menos uma vez, chegou a derramar lágrimas. João
Maria possuía um lindo rosário, que tinha em grande estima. Margarida
(Gothon) 18 meses mais moça, achou também do seu agrado. Naturalmente o
quis logo para si. Deu-se uma cena violenta entre irmão e irmã: gritos,
empurrões e ameaças de pugilato. O pobre menino, todo amargurado, correu
para junto da mãe.
Cena:
Mãe: "Meu filho, dá o teu rosário a margarida...
João Maria olha para a mãe e logo ela completa a fala
Mãe: Sim... dá-lhe por amor de Deus".
João Maria um pouco mais velho (9 anos) “Eu sou muito feliz na casa de
meu pai, quando levava para pastar minhas ovelhas e meu burro; eu tinha
tempo para rezar ao bom Deus, para meditar, para ocupar-me de minha alma.
Nos intervalos do trabalho do campo, eu fingia descansar e dormir como os
demais, no entanto rezava a Deus com todo o meu coração.”
**no Outono de 1806, João Maria deixou Dardilly para instalar-se em Écully,
na casa de seu tio Humberto. Tinha 20 anos. Sabia ler, mas escrevia e fala
francês muito mal. Era necessário, agora, que aprendesse latim, língua na
qual, na época, não só se celebrava a liturgia como também eram feitos os
estudos para o sacerdócio.
Narrador:
Em outono de 1809, a vida estudantil do jovem Vianney foi interrompida: o
EXÉRCITO O HAVIA CONVOCADO.
“em 1810 no mês de agosto uma carta de Dardilly anunciou-lhe que sua
situação militar estava regularizada. Seu irmão mais moço, JOÃO
FRANCISCO, havia atingido a maioridade e ofereceu-se para substituir o
irmão mais velho, partindo para a Alemanha. Em 1813 ele desapareceu,
sem que se conhecesse as circunstâncias. Durante toda a vida, João
Maria choraria esse irmão, de certa forma morto em seu lugar.”
Morte da Mãe:
Algumas semanas após a volta de João Maria à casa paterna, a 8 de fevereiro,
sua mãe, sua santa Mãe expirava com a idade de 58 anos. Até ao último dia de
vida ele invocou-lhe comovido a memória e chorou ao falar dela. Dizia que,
depois de tê-Ia perdido, a nada mais se achava apegado sobre a terra."João
Maria perdeu o pai 8 anos mais tarde, em 8 de julho de 1819. “até o fim da vida
celebrou de tempos em tempos a missa por seus pais.”
** em 1815 Ordenação:
O padre Vianney foi ordenado por Dom Simon, Bispo de Grenoble. Depois da
batalha de Waterloo, em 18 de junho, a região foi invadida por tropas
austríacas e, em seu caminho a pé até Grenoble, João Maria foi interceptado e
ameaçados várias vezes pelos soldados. Apesar de tudo, conseguir chegar
bem e, no domingo, 13 de agosto, foi ordenado padre. Era o único candidato a
ordenar-se e, por isso, alguém disse a Dom Simon que ele se cansaria muito.
O Bispo respondeu: “Não dá muito trabalho ordenar um bom padre.”
Um ano após sua ordenação, recebeu permissão para ser confessor. Seu
primeiro penitente foi Padre Balley.
João Maria Vianney: “Tenho visto almas muito belas. Nenhuma como a do
meu Padre Balley... Se eu fosse pintor poderia traças o seu perfil...”
João Maria Vianney retira um espelho do bolso
“guardo esse espelho porque nele foi refletido o rosto do Padre Balley.”
**Chegada a Ars
O padre saudou o pequeno e perguntou-lhe se ainda estava longe de uma
aldeia chamada Ars. Antoine (Um pastorinho de dezesseis anos, Antoine
Givre) indicou com a mão o humílimo povoado que já se ocultava no
crepúsculo. “Quão pequena és”, e logo, movido por um sobrenatural
pressentimento, acrescentou: “com o tempo esta paróquia não poderá
comportar os que a ela virão”. Então ajoelhou-se novamente e invocou o
Anjo da Guarda daquela paróquia.
Antoine (pastorinho): Ficou em silêncio, durante muito tempo, rezou, de olhos
postos nas casas. Rezou com um fervor e uma atenção extraordinários
Dir-se-ia que via coisas de que os outros não faziam a menor ideia. Ao
levantar-se, olhou para o rapaz e, com voz muito simples, disse:
São João Maria Vianney: “Tu mostraste-me o caminho de Ars… Um dia hei
de mostrar-te o caminho do Céu”.
Eu te amo Jesus e não tenho outro desejo senão te amar até o último instante
da minha vida.
Eu te amo meu Deus meu céu e prefiro morrer amando a ti do que viver sem
teu amor um só momento que seja.
E se a minha língua não puder dizer a cada instante que eu te amo, que o meu
coração repita a cada respiro meu.
**Vem dar-me a graça de sofrer te amando e nunca te deixar, e que cresça o
meu amor até o fim e que se torne como o teu.
Recebe o meu pobre amor, recebe todo meu louvor. E me une a ti, transforma-
me em ti.
***Na parte da música Vem dar-me a graça de sofrer te amando – vamos abrir
um foco de luz em SJMV que está ajoelhado fazendo algum tipo de penitência.
E intercedendo pela cidade de Ars.
II Parte Ars e Vida ordinária
João Maria Vianney: Vejo muitos vangloriar-se dos bailes, na profanação dos
domingos e em outras faltas ainda piores. Como trazer ao redil ovelhas tão
cegas? Mas não vou desanimar. Eu tenho Deus e o tempo ao meu favor.
*durante a fala de João Maria Vianney vamos montando o cenário dos
bares com prostitutas, bêbados e crianças... Cena cantada...
Cabaré (Homens e Mulheres – bêbados, prostitutas, mendigos, crianças de
rua)
Voz 1 Feminina: Quem é este que eu ouço falar?
Voz 2 Feminina: Ouvir dizer que é velho padre que veio a Ars Evangelizar.
Todos darão risadas...
Voz 3 Masculina: Quem ele pensa que é para falar de Deus em um lugar onde
ATÉ DEUS se esqueceu... dos seus.
Voz 1 e 2 (Fem): Nisso temos que concordar nessa cidade Deus não habita
mais / por aqui só temos festa, bebedeira, jogos e curtição..
Coro: Essa cidade está em nossas mãos...
Garçom: Mas tenho que concordar que nossos clientes estão sumindo. Esses
dias eu encontrei uma família indo para a missa... Desse jeito vamos ter que
fechar as portas de nosso bar.
Voz falada (Valdir) Ou podemos acabar com esse padre...
Garçom: Mas se ele foi enviado por Deus para salvar o seu povo esquecido?
Uma voz quebra a melodia “O garçom bebeu demais... todos dão risada...”
Solo: Desse jeito não dá pra ficar/ Ars já não é a mesma desde que chegou
esse tal João Maria Vianney...
(Criança levanta e encara a solista)
Uma criança quebra a melodia falando... “Ei, é Padre João Maria Vianney..”
(Ambos se encaram e solista canta afrontando)
Solo: que assim seja... nós não temos mais salvação...