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1 RESUMO
2 ABSTRACT
The major calculation difficulty in determining pressure head loss using the Darcy-Weisbach
equation is the measurement of the friction factor f. In projects of pressurized irrigation,
implicit equations have been usually used for calculating this factor. On account of this fact,
several studies have been conducted in order to develop equations to explicit f factor.
However, the models created are limited to specific cases and some are of questionable
accuracy. Thus, the objective of this study was to present a mathematical expression for
determining the f factor adapted from the Blasius equation with adequacy for pressurized
irrigation projects. In addition, the constants of this equation were replaced with variables
according to the internal diameter of the pipes. To this end, using MS-Excel® worksheet,
several flow situations were simulated (speed from 0.4 to 4.0 ms-1) in polyethylene pipes
with nominal diameters (ND) from 13 to 40 mm, and PVC pipes with ND from 35 to 200
mm. Values of f were obtained (determined by several equations) and based on them, the
intended model was found. Comparisons performed between the proposed and the existing
models revealed that the proposed model is of simple use and shows high accuracy for the
study cases.
3 INTRODUÇÃO
4 MATERIAL E MÉTODOS
64
f= (1)
Re y
V ⋅ Di
Re y = (2)
ν
0 ,125
8
ε 6
−16
64 5,74 2500
f = + 9,5 ⋅ ln + 0, 9
− (3)
Re y 3,7 ⋅ Di Re y Re y
1
f
( )
= 2 ⋅ log Re y ⋅ f − 0,8 (4)
1 ε 2,51
= −2 ⋅ log +
(5)
f 3, 71 ⋅ Di Re y ⋅ f
1 2⋅ε
= 1,74 − 2 log (6)
f Di
Tabela 1. Critérios apontados por Porto (2006) para classificação dos regimes de fluxo.
Critérios Regime de fluxo do escoamento
Rey < 2.000 Laminar
2.000 ≤ Rey ≤ 4.000 Transitório
ε Turbulento liso
Rey > 4.000 e Re y ⋅ f ⋅ < 14,14
Di
ε Turbulento transitório
Rey > 4.000 e 14,14 ≤ Re y ⋅ f ⋅ ≤ 198
Di
ε Turbulento rugoso
Re y ⋅ f ⋅ Di > 198
Em que: Rey é o número de Reynolds (adimensional), f é o fator de atrito de Darcy-Weisbach (adimensional), ε é a
rugosidade absoluta do tubo (m), Di é o diâmetro interno da tubulação (m).
A equação de Blasius, que segundo Von Bernuth (1990) é válida para faixa de número
de Reynolds de 4.000 a 100.000, tem a expressão matemática da Equação 7.
f = C ⋅ Re y − m (7)
4.2 Simulações
Consultado dos trabalhos de Vermeiren & Jobling (1997) e Gomes (1999), adotou-se
como ambiente de controle, para as simulações, as seguintes situações:
Velocidade de escoamento de 0,4; 0,6; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5 e 4,0 m s-1;
Diâmetros nominais das tubulações de polietileno de 13, 16, 20, 26, 32 e 40 mm;
Diâmetros nominais das tubulações de PVC de 35, 50, 75, 100, 125, 150 e 200 mm;
Rugosidade absoluta de 0,002 mm para tubulação de Polietileno e 0,020 mm para
PVC.
Os diâmetros internos das tubulações foram obtidos a partir das normas técnicas vigentes
para as diferentes classes de pressão existente no mercado (ABNT, 2013).
As velocidades de 0,4 e 4,0 m s-1 foram consideradas para abranger com folgas as situações
corriqueiras observadas nos projetos de irrigação para os sistemas abordados nesse trabalho.
Observações essas comentadas por Gomes (1999), e as rugosidades absolutas, foram obtidas nos
trabalhos de Gomes (1999) e Porto (2006).
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
0,0390 -0,2507
y = 0,3126x
fator de atrito f
0,0340 2
R = 0,9988
0,0290
0,0240
0,0190
0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000
Número de Reynolds
Figura 1. Curva gerada para simulação de escoamento em tubulação de polietileno com
diâmetro nominal de 13 mm e fluxo com velocidade de 0,4 a 4,0 m s-1.
A Tabela 4 foi montada com os dados resultantes das equações apresentadas em cada
simulação (conforme a Figura 1), associando-os à equação de Blasius (Eq. 7).
Tabela 4. Valores das constantes da equação de Blasius para tubos de polietileno e PVC em
escoamento com velocidades entre 0,4 a 4,0 m s-1 para diferentes classes de
diâmetro e pressão das tubulações.
DN (mm) PN (mca) Di (m) C m R2
13 20 a 40 0,0130 0,3126 0,2507 0,9988
16 20 a 40 0,0161 0,2953 0,2450 0,9989
20 20 a 40 0,0206 0,2770 0,2386 0,9989
26 40 0,0270 0,2587 0,2320 0,9990
32 40 0,0288 0,2545 0,2305 0,9990
40 40 0,0368 0,2396 0,2248 0,9990
35 125 0,0325 0,2470 0,2276 0,9990
35 80 0,0343 0,2437 0,2264 0,9990
35 60 0,0353 0,2420 0,2257 0,9990
35 40 0,0357 0,2414 0,2255 0,9990
50 125 0,0449 0,2284 0,2204 0,9991
50 80 0,0467 0,2263 0,2196 0,9991
50 60 0,0477 0,2251 0,2191 0,9991
50 40 0,0481 0,2247 0,2189 0,9991
75 125 0,0687 0,2068 0,2116 0,9991
75 80 0,0705 0,2056 0,2110 0,9991
75 60 0,0715 0,2049 0,2108 0,9991
75 40 0,0725 0,2042 0,2105 0,9991
100 125 0,0924 0,1934 0,2058 0,9992
100 80 0,0944 0,1925 0,2054 0,9992
100 60 0,0960 0,1917 0,2050 0,9992
100 40 0,0976 0,1910 0,2047 0,9992
125 125 0,1138 0,1847 0,2019 0,9992
125 80 0,1166 0,1837 0,2014 0,9992
125 60 0,1182 0,1831 0,2012 0,9992
125 40 0,1200 0,1825 0,2009 0,9992
150 125 0,1368 0,1774 0,1985 0,9992
150 80 0,1400 0,1766 0,1981 0,9992
150 60 0,1420 0,1760 0,1979 0,9992
150 40 0,1440 0,1755 0,1976 0,9992
200 125 0,1840 0,1666 0,1934 0,9993
200 80 0,1892 0,1656 0,1929 0,9993
200 60 0,1912 0,1653 0,1927 0,9993
200 40 0,1930 0,1649 0,1926 0,9993
Em que: PN é a pressão nominal, DN é o diâmetro nominal, Di é o diâmetro interno, C e m são as constantes da
equação de Blasius, R2 é o coeficiente de determinação. Obs.: Os dados são para viscosidade
cinemática da água de 1,00 x 10-6 m2 s-1.
Uma nova investigação foi realizada, desta vez com os dados das constantes da Tabela
4, para a obtenção das curvas apresentadas na Figura 2. Com esta obteve-se a Eq. 8, que é o
modelo matemático adaptado da equação de Blasius, objeto desse trabalho.
0,3300 0,2600
Valores de m
-0,0964
y = 0,1638x
2
R = 0,9988 0,2300 2
0,2400 R = 0,999
0,2150
0,1950
0,2000
0,1500 0,1850
0,01 0,05 0,09 0,13 0,17 0,21 0,01 0,05 0,09 0,13 0,17 0,21
Di (m) Di (m)
Figura 2. Constantes de Blasius para escoamento em tubulações de polietileno e PVC para
fluxo com velocidade de 0,4 a 4,0 m s-1 em função do diâmetro interno das
tubulações.
− 0 ,1638 ⋅ Di − 0 , 0964
f = 0,1114 ⋅ Di − 0, 2333 ⋅ Re y
(8)
Erro (%)
4,00 4,00
2,00 2,00
0,00 0,00
0,4 0,6 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 0,4 0,6 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0
-1 -1
Velocidade de fluxo (m s ) Velocidade de fluxo (m s )
Erro (%)
4,00
4,00
2,00 2,00
0,00 0,00
0,4 0,6 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 0,4 0,6 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0
-1 -1
Velocidade de fluxo (m s ) Velocidade de fluxo (m s )
Figura 3. Erro percentual gerado por diferentes equações para o fator de atrito de Darcy-
Weisbach (em comparação com a Eq. 4, von Kármán) para tubos de polietileno.
Erro (%)
10,00 10,00
5,00 5,00
0,00 0,00
0,4 0,6 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 0,4 0,6 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0
-1 -1
Velocidade de fluxo (m s ) Velocidade de fluxo (m s )
Erro (%)
10,00 10,00
5,00 5,00
0,00 0,00
0,4 0,6 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 0,4 0,6 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0
-1 -1
Velocidade de fluxo (m s ) Velocidade de fluxo (m s )
Erro (%)
10,00 10,00
5,00 5,00
0,00 0,00
0,4 0,6 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 0,4 0,6 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0
-1 -1
Velocidade de fluxo (m s ) Velocidade de fluxo (m s )
Figura 4. Erro percentual gerado por diferentes equações para o fator de atrito de Darcy-
Weisbach (em comparação com a Eq. 4, von Kármán) para tubos de PVC.
O modelo apresentado por Mello et al. (1999) foi desenvolvido para faixa de
velocidade de 0,5 a 2,0 m s-1, o que explica a sua tendência de crescimento do erro para
velocidades fora dessa faixa (Figuras 3 e 4).
Em comparação com a equação de Swamee (Eq. 3), que segundo Porto (2006) pode
ser utilizada para qualquer regime de fluxo, o modelo proposto apresentou incontestável
superioridade na exatidão dos valores gerados (Figura 5).
Essa discrepância entre o modelo desenvolvido (Eq. 8) e a equação de Swamee (Eq. 3)
já era esperada, uma vez que Andrade & Carvalho (2001) haviam relatado uma situação
similar em testes de comparação entre equações para determinação do fator f. Os autores
concluíram que a equação de Swamee só não gera resultados satisfatórios para o regime de
fluxo turbulento liso, situação predominante neste trabalho. Os autores comentaram ainda que
os valores de f gerados pela equação de Swamee tendem a se aproximar dos valores gerados
por von Kármán para maiores valores do número de Reynolds. Essa situação pode ser
percebida na Figura 5, na qual a curva de Swamee decresce com o aumento do diâmetro, em
uma mesma velocidade. Esse inconveniente não acontece no modelo desenvolvido (Eq. 8),
que não apresenta tendência alguma e mantém erros muito próximos de zero,
independentemente da situação decorrida.
Erro (%)
10,00 10,00
5,00 5,00
0,00 0,00
13 16 20 26 35 50 75 100 125 150 200 13 16 20 26 35 50 75 100 125 150 200
Diâmetro Nominal (mm) Diâmetro Nominal (mm)
15,00 15,00
Erro (%)
Erro (%)
10,00 10,00
5,00 5,00
0,00 0,00
13 16 20 26 35 50 75 100 125 150 200 13 16 20 26 35 50 75 100 125 150 200
Diâmetro Nominal (mm) Diâmetro Nominal (mm)
20,00 20,00
Erro (%)
Erro (%)
15,00 15,00
10,00 10,00
5,00 5,00
0,00 0,00
13 16 20 26 35 50 75 100 125 150 200 13 16 20 26 35 50 75 100 125 150 200
Diâmetro Nominal (mm) Diâmetro Nominal (mm)
6 CONCLUSÃO
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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pressurized irrigation. Applied Engineering in Agriculture, v.12, n.6, p.685-693, 1996.
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of Hydraulics Engineering, New York, v.115, n.2, p.183-192, 1989.
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Drainage Engineering, New York, v.114, n.2, p.311-323, 1988.
PORTO; R. M. Hidráulica básica. 4.ed. São Carlos: Ed. EESC-USP, 2006. 540p.
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VON BERNUTH, R. D. Simple and accurate friction loss equation for plastic pipe. Journal
of Irrigation and Drainage Engineering, New York, v.116, n.2, p.294-298, 1990.