Você está na página 1de 24

7

SÓLIDOS I

Neste capítulo mostra-se como se representam pirâmides, prismas, cones e


cilindros em diferentes circunstâncias, recorrendo ou não a processos auxilia-
res. Mostra-se também como se traçam e determinam planos e rectas tangen-
tes a esses sólidos e à esfera.

Sumário:

2. Nomenclatura de sólidos
3, 4 e 5. Representação de pirâmides e de prismas com bases
projectantes
6 e 7. Representação de pirâmides e de prismas com bases não
projectantes
8, 9 e 10. Representação de cones e de cilindros com bases projectantes
11 e 12. Representação de sólidos mediante condições específicas
13 e 14. Representação de pontos e de linhas nas superfícies dos
sólidos
15. Planos e rectas tangentes aos sólidos no espaço
16 e 17. Planos e rectas tangentes a prismas e a pirâmides
18, 19, 20 e 21. Planos e rectas tangentes a cilindros, a cones e à esfera
22, 23 e 24. Exercícios

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 1


Nomenclatura de sólidos

Para que os termos utilizados nas páginas que se seguem não constituam impasse à compreensão
dos conteúdos nelas expostos, apresenta-se aqui a nomenclatura empregue no estudo dos sólidos.

V - Vértice da pirâmide
V A, B e C - Vértices da base G’ F’
[ABC] - Base
[AB] - Aresta da base D’ P’ E’
[ABV] - Face (lateral)
[AV] - Aresta lateral
[PV] - Geratriz

[DEFG] e [D’E’F’G’] - Bases infe-


rior e superior
D, E, F, G e D’, E’, F’, G’ - Vérti-
C ces das bases inferior e superior G
A [DEE’D’] - Face (lateral) F
P [DE] e [D’E’] - Arestas das bases
[DD’] - Aresta lateral D P E
B [PP’] - Geratriz

[b’]
V
O’ B’
A’

[c]

[a] O
[c’]

B
O O B [a’]
A
A [b]
[b]

V - Vértice [b] - Base inferior O - Centro


[b] - Base [b’] - Base superior [c] e [c’] - Círculos máximos
O - Centro da base O e O’ - Centros das bases [a] e [a’] - Círculos menores
[VO] - Eixo [OO’] - Eixo
[VA] - Geratriz [AA’] - Geratriz
[VB] - Geratriz de contorno [BB’] - Geratriz de contorno

Nomenclatura da pirâmide, do prisma, do cone, do cilindro e da esfera


Junto a cada sólido apresentam-se os termos relativos a estes sólidos, que convém conhecer.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 2


Representação de pirâmides e de prismas com bases projectantes

Nesta página estão representadas pirâmides e prismas com bases horizontais e frontais. Mostram-
se sólidos regulares e sólidos oblíquos.

V2 V’2
L’2 I’2 K’2 J’2
H’2

H2 J2
L2 I2 K2
A2 D2 B2 C2 G2 E2 F2
x
B1 I1≡I’1
V’1 E1

A1
H1≡H’1 J1≡J’1
V1
C1

G1 F1
D1 L1≡L’1 K1≡K’1

Pirâmides e prisma com bases horizontais


Estão aqui representadas duas pirâmides, uma quadrangular regular, outra triangular oblíqua, e um prisma pen-
tagonal regular. As arestas invisíveis em cada projecção estão representadas a traço interrompido.

A’2
I2
D2≡D’2
A2
H2 J2
E2≡E’2
B’2

C’2 G2≡G’2 V2
B2 M2 K2
C2 F2≡F’2 L2

x G1 D1 F1 E1 V1
A1 B1
C1

G’1 D’1 F’1 E’1 H1≡M1 I1≡L1 J1≡K1


C’1 A’1 B’1
Prismas e pirâmide com bases frontais
Aqui estão dois prismas, um oblíquo, outro recto, e uma pirâmide hexagonal oblíqua. As arestas invisíveis em
cada projecção estão representadas a traço interrompido. Quando há sobreposição de arestas invisíveis com
visíveis prevalecem, em termos de traçado, as visíveis.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 3


Nesta página estão representadas pirâmides e prismas com bases horizontais e frontais. Mostram-
se sólidos regulares, irregulares, rectos e oblíquos. É comum, quando se representam sólidos nes-
tas posições, representar o ou um dos planos onde se situa a sua ou uma das suas bases. Esses
planos são rebatidos quando não se consegue representar directamente a base nele contida.
Nos casos em que há rebatimento de polígonos, estes são construídos através da divisão da circun-
ferência ou de outro processo, mostrados no início do capítulo Figuras Planas. Para não sobrecarre-
gar o traçado, não se representam esses processos.

B’2

A’2 fβ

C’2 B2

A2 Prisma recto
com bases de topo
Partindo do princípio de que as bases
C2 deste prisma são triângulos irregula-
res, podem ser traçados directamen-
te. Assim sendo, temos uma base
x sobre o plano θ e outra ao lado desta,
obtida na perpendicular a esse plano,
A’1 A1 por se tratar de um sólido recto.

C’1 C1
fδ≡fδR

B1
B’1 A2 AR
hβ V2

E2 ER
B2 BR

Pirâmide oblíqua D2 C2 CR DR
com base vertical
Tratando-se de uma base regular,
x≡hδR
pentagonal neste caso, é necessário B1
rebater o plano que a contém para C1
que esta seja representada nas pro-
jecções. Partindo do princípio de que A1
o vértice principal é dado, basta uni-
lo aos vértices da base para obter o D1
sólido. E1

V1
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 4
Nesta página mostram-se sólidos de bases poligonais em planos de perfil, num caso com represen-
tação directa da base, noutro caso com recurso a rebatimento.
Seja nos casos mostrados nesta página, na anterior ou nas que se seguem, os procedimentos
necessários para a representação de um sólido dependem também do modo como um enunciado é
apresentado. Assim sendo, não são aqui abordadas algumas possibilidades que, de um modo geral,
não trazem dificuldade maior à representação dos sólidos.

P2

P’2
Q2

Prisma oblíquo com bases de perfil


R2 Q’2
Parte-se aqui do princípio de que os vértices
da base do lado esquerdo foram dados
R’2 directamente, pelo que não houve necessi-
dade de proceder a rebatimento. Dados
x
terão sido também os ângulos das projec-
P1 ções das arestas laterais, tal como a altura
P’1 do sólido.

R1
R’1

Q1
Q’1

AR A2

BR B2
MR M2
V2

DR
D2

Pirâmide regular
CR C2
com base de perfil
A base desta pirâmide é um
quadrado, construído em reba- x≡hθR
timento. Tratando-se de um B1
sólido recto, foi determinado o
centro da base, ponto M, a
partir do qual se traçou o eixo, C1
fronto-horizontal, para determi- M1
nação do vértice da pirâmide. V1

A1

D1
fθ≡hθ≡fθR

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 5


Representação de pirâmides e de prismas
com bases não projectantes

Nesta página observam-se dois prismas, um com bases oblíquas, outro com bases de rampa, estan-
do uma delas num plano passante. Recorre-se ao rebatimento para as representar.

C’2

A’2

F2 C2
n2
A2
B’2 Prisma regular
com bases oblíquas
Após representado o triângulo equilá-
A1 tero no plano rebatido, foram traçadas
B2
as arestas laterais na perpendicular a
x F1 esse plano, determinando-se assim a
outra base. Não foi aqui atribuída uma
altura específica ao sólido.

A’1 C1
AR
n1
BR≡B1

FR D2
C’1 hπ≡hπR

nR B’1 C2
fπR H2
A2
CR

G2
B2
E2

Cubo com uma face


F2
num plano passante
Parte-se aqui do princípio de que é
dado o ponto A, e que a partir dele se x≡hθ≡fθ≡fπR
constrói o quadrado rebatido [ABCD],
situado no plano passante. Depois de
pR’
colocar esse quadrado nas projecções B1
(com recurso ao rebatimento auxiliar
do plano e da recta de perfil que con- AR’
têm o ponto A), procede-se à marca- A1
ção das restantes arestas do cubo, o BR
C1
que se faz a partir do ponto ER’, mar-
cado na perpendicular a pR’, tendo
esse segmento a medida do lado do AR D1
quadrado. F1
E’R
E1 G1
CR
hπ≡fπ≡hπR≡p1≡p2≡pR H1
DR
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 6
Aqui observa-se a representação de uma pirâmide regular com uma base num plano de rampa
comum, com a particularidade de ser dada a altura do sólido. Recorre-se ao rebatimento para repre-
sentar a base e à projecção lateral para representar a altura.

y≡z
V2 V3

fα P2 A2

M2
M3
B2
C2
PR’ A1
x P1


M1
B1
C1

hα≡hαR
CR
V1
BR
MR

fαR PR AR

Pirâmide regular com base de rampa


Após representado o triângulo equilátero da base, através do rebatimento do plano, foi determinado o seu cen-
tro, ponto M, também no rebatimento. Sendo dada a altura da pirâmide, determinou-se o traço lateral do plano
para marcar a medida [M3V3], que corresponde a essa altura.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 7


Representação de cones e de cilindros com bases projectantes

Aqui estão representados cones e cilindros com bases horizontais e frontais, uns rectos, outros oblí-
quos. Os cones e cilindros rectos designam-se também por sólidos de revolução. Os pontos mais à
esquerda e mais à direita das circunferências são utilizados para unirem uma projecção à outra.

V2
V2 A’2 O’2 B’2

A2 O2 B2
A2 O2 B2 A2 O2 B2
x

A1 B1 A1 B1
V1≡O1 O1
A1≡A’1 O1≡O’1 B1≡B’1
V1

Cones e cilindro com bases horizontais


Estão aqui representados dois cones, um recto, outro oblíquo, e um cilindro recto. A parte invisível da circunfe-
rência da base do segundo cone está representada a traço interrompido.

A2 O2 B2
V2
A2 O2 B2 O2≡O’2 B2≡B’2
A2≡A’2
O’2 B’2
A’2

x V1 A1 O1 B1
O1
A1 B1

B’1 A’1 O’1 B’1


A1 O1 B1 A’1 O’1

Cone e cilindros com bases frontais


Aqui está um cone oblíquo e dois cilindros, um recto, o outro oblíquo. A parte invisível da circunferência da base
do segundo cilindro está representada a traço interrompido.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 8


Nesta página representa-se um cilindro oblíquo com bases de perfil e outro de revolução com bases
de topo.
C2

C’2
A2≡B2≡O2
Cilindro oblíquo
O’1≡A’2≡B’2 com bases de perfil
D2 Para representar um cilindro com as bases
de perfil basta unir as projecções dessas
bases, cujo traçado são segmentos de rec-
D’2 ta perpendiculares ao eixo x. No entanto, é
comum haver necessidade de rebater uma
x
das bases quando se pretende algo mais
B’1 do que apenas representar o sólido.
B1 Tratando-se de um cilindro de revolução, as
suas projecções seriam rectangulares.

O’1≡C’1≡D’1
C1≡D1≡O1

A’1
A1 G’2
H’2≡F’2

A’2≡E’2≡O’2

B’2≡D’2 fθ
C’2
G2
H2≡F2

A2≡E2≡O2

B2≡D2
C2

x≡fθR A’1
AR A1
HR
BR B’1 H’1 B1 H1

O’1
GR G1
OR C’1 CR G’1 C1 O1

D’1
FR DR F’1 D1 F1

ER E’1 E1

hθR≡hθ

Cilindro de revolução com bases de topo


Após representada a circunferência da base que está no plano, com recurso a oito pontos que resultaram da
divisão da circunferência em partes iguais, procedeu-se à representação da outra base. Para isso marcou-se a
altura do sólido na perpendicular ao traço frontal do plano, assim como as geratrizes que contêm os oito pontos.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 9
Aqui representam-se dois cones, um com base de perfil, outro com base vertical.

C2

V2
Cone oblíquo
A2≡B2≡O2
com base de perfil
Um cone com bases de perfil tem sempre
D2 projecções triangulares. Para o representar
basta unir as projecções do vértice às da
base, cujo traçado são segmentos de recta
x perpendiculares ao eixo x. No entanto, é
comum haver necessidade de rebater uma
B1 V1 das bases quando se pretende algo mais
do que apenas representar o sólido.
Tratando-se de um cone de revolução, as
suas projecções seriam triângulos isósce-
C1≡D1≡O1 les.

A1

fθ≡fθR
E2 ER
T2 TR FR
F2
D2 DR

G2 O2 IR V2≡(t2)≡I2 OR
C2 M GR
CR

H2 B2 BR
T’2 I1 HR
T’R
A2 AR

x≡hθR

B1≡D1 C1

A1≡E1≡O1 T1≡T’1

G1 H1≡F1
t1

V1

Cone de revolução com base vertical


Na projecção frontal deste cone há que saber com rigor os pontos de tangência, T e T’, entre as geratrizes de
contorno e a elipse. Esses pontos determinam-se no rebatimento, por meio do ponto I, que resulta da intersec-
ção da recta de topo t (projectante frontal contendo o vértice) com o plano da base. Os pontos de tangência são
aqueles em que a elipse passa de visível a invisível.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 10


Representação de sólidos mediante condições específicas

Os dados dum enunciado podem obrigar a procedimentos particulares aquando da representação


de um sólido, não permitindo que este se represente de forma tão imediata como sucede nas pági-
nas anteriores. Nesta página observa-se como isso se processa numa pirâmide e num prisma.

V2

P2 Pirâmide pentagonal oblíqua


sendo dados a inclinação
e o tamanho do eixo
É dado o tamanho do eixo do sólido, que
s2≡fδ é 6cm, e os ângulos das suas projecções
frontal e horizontal, que são 60ºae e
40ºae, respectivamente.
x≡fδR E2 D2 A2≡O2 C2 B2 Traça-se a linha auxiliar s, cujas projec-
ções têm as aberturas do eixo, nela se
A1 marcando um ponto qualquer. De seguida
rebate-se o plano de topo que contém
essa linha. É no rebatimento que se mar-
E1 ca a VG do tamanho do eixo, entre OR e
B1 VR. Com o contra-rebatimento obtêm-se
O1≡OR as projecções do vértice do sólido.

PR P1
sR D1 C1
VR
V1 L’2
s1
hδ≡hδR
M’2
hθ≡fθ≡fθR≡p1≡p2
L2

K’R K’2
M2
Prisma quadrangular oblíquo N’2
sendo dados a inclinação pR
e a medida das arestas laterais K2
KR
Aqui é dado o tamanho do eixo do
sólido, que é 4cm, e as arestas late-
rais, que são de perfil, fazendo 70º N2
com o PFP.
Sendo as arestas de perfil, utiliza-se x≡hθR
aqui o rebatimento do plano de perfil,
neste caso aquele que contém a ares- K1 M1
L1 N1
ta situada mais à esquerda. No rebati-
mento traça-se a VG do tamanho e o
ângulo da aresta [KK’] sobre a recta
de perfil que os contém.
Para a resolução deste tipo de situa-
ções é também recomendável o recur-
so às projecções laterais.

K’1 L’1 N’1 M’1


Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 11
Nesta página observa-se um cilindro e um cone que também não se conseguem representar directa-
mente. Aqui, como na página anterior, observam-se estas situações com sólidos de bases horizon-
tais e frontais, mas os procedimentos seriam idênticos caso as bases estivessem noutras posições.

e2

A2 O2 Br2≡B2
Cilindro oblíquo sendo dados
a inclinação e o tamanho
Pr2 das geratrizes
P2
br2 Traçou-se a recta auxiliar b, com a mes-
B’2 B’r2 ma inclinação das projecções frontal e
A’2 O’2 horizontal das geratrizes, que é de
60ºae e 70ºad, respectivamente.
b2 Aqui optou-se por aplicar uma rotação
da geratriz situada mais à direita, colo-
cando-a frontal com recurso a um eixo
x vertical que contém o ponto B. Os 4cm
Pr1 correspondentes à medida das geratri-
zes estão marcados em VG na recta b
A1 O1 B1≡(e1)≡Br1 br1 B’r1 rodada, correspondendo à medida
[Br2B’r2].

P1
V2

A’1 O’1 B’1


b1

Cone oblíquo sendo dados A2 O2 B2


a inclinação e o tamanho do eixo
x
O vértice deste cone tem 4cm de afasta-
mento, situa-se 1cm para a direita do ponto
O e sabe-se que a sua geratriz de contorno
frontal situada mais à esquerda mede
5,5cm.
Aqui optou-se por utilizar uma mudança de
plano, colocando o eixo x’ paralelo ao seg- A1 O1
mento de recta [A1V1], para que a geratriz B1
fique frontal. A partir de V1 traçou-se uma
linha de chamada perpendicular a x’, com A4 V1
um tamanho qualquer, sobre a qual se mar-
cou V4 a partir de A4, com o tamanho de
5,5cm. Passando a cota de V4 para a pro- x’
jecção principal fica-se a conhecer V2.

V4
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 12
Representação de pontos e de linhas nas superfícies dos sólidos

Nesta página representam-se pontos e linhas nas superfícies de pirâmides e de prismas. Para
representar pontos é muitas vezes necessário utilizar linhas auxiliares.

V2
B’2 T2 A’2 C’2

E2
Q2 R 2 D2
S2

P2
B2 C2
A2
A2 B2 C2
x D2 E2
B1

C1
B1
A1 Q1 E1
P1 E1 C’1
V1 B’1
C1 T1 S1
R1

A1
D1
D1
A’1

D2≡D’2

K2 E2≡E’2
Marcação de pontos e de linhas
G2≡G’2≡H2 J2 em pirâmides e em prismas
Pirâmide: ponto P, com 1,5cm de cota, situado na
aresta [AV]; geratriz frontal [EV], situada na face
[BCV]; segmento de recta horizontal [QR], com
F2≡F’2≡I2
2,5cm de cota, situado na face [ADV].
Prisma triangular: ponto S, com 2,5cm de cota,
x G1 D1 F1 E1 situado na diagonal [A’B]; ponto T, com -2cm de
abcissa e 3,5cm de afastamento, situado na base
superior; segmento de recta horizontal, com 3cm de
cota, situado na face [ACC’A’].
Prisma quadrangular: ponto K, com 3cm de cota,
J1 situado na diagonal [D’F’]; ponto J, situado no cen-
H1 I1 tro da face [EFF’E’]; segmento de recta frontal, com
2,5cm de afastamento e situado na face [FGG’F’].

G’1 D’1 K1 F’1 E’1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 13


Nesta página representam-se pontos e linhas nas superfícies de um cone, de um cilindro e de uma
esfera. Também aqui é muitas vezes necessário utilizar linhas auxiliares para representar pontos.

A2 O2 B2 J2

C2
D2 A2 O2 K2
T2 B2
B’2
A’2 O’2
S2 L2
C’2

A1 O1≡D1 D’2 B1
x C1
K1

S1
T1 O1
A1 B1
J1

L1
A’1 B’1
O’1≡D’1 C’1

fπ≡hπ≡fπR
V2 VR

RR Marcação de pontos e de linhas


R2 num cilindro, numa esfera e num cone
Cilindro: geratriz [CC’], invisível em ambas as
P2 projecções; ponto S, com 2cm de afastamento,
situado na geratriz que une os pontos de menor
cota das bases; ponto T, com 2,5cm de cota,
situado na geratriz de contorno frontal situada
mais à esquerda;
A2 ER B2 Esfera: ponto J, com 4cm de cota, situado no cír-
C2 D2 O2≡E2 culo máximo frontal à esquerda de O; ponto K,
com 1cm de afastamento, situado no círculo máxi-
mo horizontal à direita de O; ponto L(4;1,5), situa-
x≡hπR do à esquerda de O.
Cone: aresta [CV], que faz 40ºad em projecção
E1
horizontal, sendo invisível em projecção frontal;
C1 ponto P, com 4cm de abcissa e 3cm de cota; pon-
to R, com 4cm de cota, situado na aresta de perfil
[EV]. Para marcar este ponto procedeu-se ao
R1
rebatimento do plano de perfil que contém essa
A1 aresta.
B1
V1≡O1

P1
D1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 14


Planos e rectas tangentes aos sólidos no espaço

Para que, nas páginas seguintes, se tenha uma percepção correcta de planos e de rectas tangentes
a sólidos, apresentam-se aqui essas situações no espaço.

[b’]
V θ
O’ δ
T’ β

t’
r T×
R
R r O

r
O O
[b]
T
[b] T
t t
Planos e rectas
tangentes a sólidos

π α Um plano tangente a um cone ou


V V a um cilindro contém uma gera-
triz. O plano θ contém a geratriz
[TV], o plano β contém [TT’].
Designam-se por tangentes as
r rectas que os planos de tangên-
r cia têm nos planos da bases,
que são t e t’; estas rectas são
R R’ tangentes às bases nos pontos T
R e T’ e perpendiculares aos raios
[OT] e [O’T’]. Tangentes são
também as rectas r, que perten-
C A C cem ao plano tangente e tocam
A
a superfície num ponto.
t Um plano tangente a uma esfera
toca a sua superfície num ponto,
B B designado por ponto de tangên-
t cia, aqui T. O raio [OT] é perpen-
dicular ao plano e a qualquer
F’ G’ F’ recta tangente à superfície nesse
G’
ponto.
Existem dois tipos de planos
E’ E’ σ
D’ D’ tangentes às pirâmides e aos
ρ prismas: os que contêm uma
t’ aresta e os que contêm uma
t’ face (ou seja, contêm duas ares-
tas). Os planos π e ρ contêm
uma aresta; os planos α e σ con-
r R
r têm duas, isto é, uma face late-
R R’
ral.
As rectas r representadas nas
pirâmides e nos prismas podem
G G ser traçadas directamente, sem
F F necessidade de as colocar num
plano de tangência.

D E D E
t t
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 15
Planos e rectas tangentes a prismas e a pirâmides

Podemos considerar a existência de dois tipos de planos tangentes a prismas e a pirâmides: aque-
les que contêm uma face e aqueles que contêm apenas uma aresta. As rectas tangentes a estes
sólidos podem ser traçadas directamente, mas aqui são representadas dentro de planos tangentes.

H’2 L’2 I’2 K’2 J’2


f2
Q2 r2
P2
fβ Planos e rectas tangentes
R2 a um prisma recto
H2 J2
L2 I2 K2 Estão aqui representados dois planos e duas
rectas tangentes aos sólidos. O plano α é frontal
e contém a face [KLL’K’]; a recta f é frontal, está
x contida nesse plano e cruza as arestas nos pon-
I1≡I’1
tos Q e R. O plano β é vertical e contém a aresta
[KK’]; a recta r é oblíqua, está contida nesse
plano e cruza a aresta no ponto P.
H1≡H’1 J1≡J’1
hβ≡r1

(hα)≡f1
L1≡L’1≡Q1 K1≡K’1≡P1≡R1

f2
v2 A’2

A2
Q2
a2
B’2

Planos e rectas tangentes R2
a um prisma oblíquo P2 C’2 B2 r2
F2
Aqui temos um prisma oblíquo, dois pla- C2
nos e duas rectas que lhes são tangentes.
O plano ρ é vertical e contém a aresta
[CC’]; a recta v é vertical, está contida F1 H2
nesse plano e cruza a aresta no ponto P. x
O plano δ é oblíquo e contém a face
[AA’B’B]; a recta r é oblíqua, está contida
nesse plano e cruza as arestas nos pon-
f1 H1
tos Q e R. A determinação dos traços do C1 A1 Q1 B1
plano oblíquo foi feita com recurso às
rectas a e f que contêm, respectivamente, (v2)≡P1
as arestas [BB’] e [AB].


R1

C’1 A’1 B’1


a1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 16


Na página anterior observam-se planos e rectas tangentes a prismas, nesta observam-se planos e
rectas tangentes a pirâmides. Também aqui as rectas tangentes podem ser traçadas sem os planos.

F2 V2 n2

Q2

fπ P2 Planos e rectas tangentes


a uma pirâmide recta
R2 fψ≡f2
O plano de topo contém a aresta [CV], dentro
dele foi traçada a tangente frontal f, que cruza a
aresta no ponto P. O plano oblíquo contém a
A2 D2 B2 C2 face [ADV], dentro dele foi traçada a tangente de
x F1 B1 perfil p, que cruza a face nos pontos Q e R. Para
determinar o traço frontal do plano utilizou-se a
recta horizontal n, que contém V e é paralela à
hψ aresta [AD]. O traço horizontal do plano oblíquo
contém essa aresta, uma vez que a base se
A1 situa no PHP.
Q1 V1 f1
P1 C1

R1

D1 n1

F2 fθ F’2
p1≡p2
A2 R2 B2

P2 Q2 h2

s2 V2
Plano e rectas tangentes C2
a2
a uma pirâmide oblíqua H’2 F’1 H2
Aqui optou-se por representar apenas um plano x F1
tangente, que contém a face [ABV]. Sendo a
A1 C1 B1
aresta [AB] fronto-horizontal, o face é de rampa,
assim como o plano que a contém, tendo os R1
seus traços sido determinados com auxílio da
recta a, que contém a aresta [AV]. Dentro do
plano foram traçadas duas rectas tangentes, Q1 h1
uma fronto-horizontal, que contém os pontos P e
Q, e outra oblíqua, que contém os pontos P e R. P1
Foram indicados também os traços desta recta.

s1

V1
a1

H’1 hθ H1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 17


Planos e rectas tangentes a cilindros, a cones e à esfera

Planos tangentes a cilindros e a cones tocam estes sólidos numa geratriz; as rectas tangentes
situam-se nesses planos e cruzam essa geratriz. Nesta página observam-se dois cilindros.

D2≡D’2≡T2
Planos e rectas tangentes
O2≡O’2
A2≡A’2 a um cilindro recto
B2≡B’2
fβ≡r2 O plano de topo contém a geratriz de topo [DD’] e a
recta tangente r, que se cruza com ela no ponto T.
(fα)≡n2 O plano horizontal contém a geratriz [CC’] e a recta
tangente n, que se cruza com ela no ponto S. T e S
C2≡C’2≡S2
são os pontos de tangência de cada uma das rec-
D1 B1 tas na superfície do cilindro.
x A1 O1≡C1

Plano e recta tangentes a um cilindro


S1 T1 oblíquo, paralelo a uma recta dada
r1
O caso de baixo envolve maior complexidade, pois
pretende-se encontrar um plano e uma recta tan-
n1 gentes ao cilindro, ambos paralelos a uma recta
D’1 hβ dada. Para encontrar os traços desse plano fez-se
A’1 O’1≡C’1 B’1 cruzar pela recta dada r a recta g, paralela às gera-
trizes. O plano daí resultante é paralelo aos planos
tangentes (há a possibilidade de traçar dois, para-
lelos entre si, com essas características). O plano
tangente θ contém a geratriz [CC’]; a recta t é para-
lela a r e tangente ao sólido no ponto T dessa gera-
triz. De notar que, obviamente, a recta t pertence
t2 ao plano θ.

C2

O2 Br2≡B2 F’2
A2 T2

fδ I2 A2
F”2 C’2

A’2 O’2 B’2 H1 g2


F2 r2

A1 C1 F1
x F”1 O1 B1 H2 F’1

T1 r1

hθ I1

O’1 A’1
A’1 C’1 B’1 g // [OO’]
g1
t1 t // r
θ // δ
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 18
Nesta página observam-se tangências de planos e de rectas a cones, um recto, outro oblíquo.

F’2 V2 n’2


fπ P2

(t2)≡T2 Planos e rectas tangentes


a um cone recto
r2
O plano de topo contém a geratriz frontal
[BV] e a recta tangente t, de topo, que se
F2 A2 B2 n2 cruza com ela no ponto T. O plano oblíquo
C2 O2 contém a geratriz [CV] e a recta tangente r,
F1 oblíqua que se cruza com ela no ponto P. T
x H2 F’1 e P são os pontos de tangência das rectas
na superfície do cilindro. Os traços do plano
t1 oblíquo foram determinados com auxílio das
rectas horizontais n e n’, contendo respecti-
vamente os pontos C e V, e sendo perpendi-
H1
r1 culares ao segmento formando por esses
pontos.
A1 V1≡O1 B1
T1
P1 hβ
C1


n’1
n1 s2

C2 fα
F2
r2

A2 O2 B2
Z2
Plano e rectas tangentes
a um cone oblíquo h2
Aqui representa-se apenas um plano de X2
rampa tangente ao cilindro, mas dentro
dele duas rectas tangentes. Como a base s1 V2
do sólido se situa no PFP, o traço frontal do
plano foi traçado directamente; o traço hori- H2 C1≡O1 B1 F1 H’2
zontal foi traçado com recurso à recta s, x A1
que contém o segmento de tangência [CV].
A recta r, oblíqua, é tangente ao sólido no
ponto Z desse segmento, tendo H e F como
traços; a recta h, fronto-horizontal, é tan-
gente no ponto X.
Z1
X1
h1
r1 V1
H1 hα
H’1
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 19
Aqui observam-se mais situações de planos tangentes a cones, desta vez mediante condições
específicas.

V2

r2

P2

A2 T2 F2 B2 I2 (fδ)≡t2≡t’2
O2 T’2

H2
x F1

r1

T’1
A1
V1≡O1 B1

t1

T1
hβ P1

I1
H1

t’1

Planos e rectas tangentes a um cone recto, contendo um ponto dado


Sendo dado o ponto P, faz-se passar por ele e pelo vértice a recta r. Os planos tangentes que contêm essa
recta, contêm também o ponto. No traço horizontal da recta r encontram-se os traços horizontais desses
planos. O ponto I é o traço da recta no plano da base, a partir do qual se traçaram as rectas t e t’, tangentes à
circunferência. Essas rectas são paralelas aos traços horizontais dos planos. O traço frontal do plano θ foi
determinado com recurso ao traço da tangente t’. O traço frontal do plano β fica fora dos limites do papel. As
geratrizes de tangência são [VT] e [VT’].
Se a base do sólido se situasse no PHP, as tangentes e os traços dos planos seriam coincidentes.

Planos e rectas tangentes a um cone recto, paralelos a uma recta dada


Não se apresenta o traçado relativo a esta situação por ser muito parecido com o da anterior. Se for dada uma
recta, basta fazer passar pelo vértice uma paralela a essa. Em tudo o resto o procedimento será igual ao ante-
rior.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 20


Planos tangentes a esferas tocam o sólido num ponto; as rectas tangentes situam-se nesses planos
e contêm o mesmo ponto.

R2 s2 Planos projectantes e rectas


tangentes a uma esfera
A2 O2 S2 O plano de topo toca a esfera no ponto R e contém
B2 a recta r, tangente nesse ponto; o plano vertical toca
a esfera no ponto S e contém a recta s, tangente
fω≡r2 nesse ponto. De notar que os raios [OR] e [OS] são
perpendiculares aos planos.
Optou-se aqui por representar rectas oblíquas, mas
nestes planos outras rectas tangentes nos mesmos
x pontos seriam possíveis: frontal e de topo no plano
de topo, horizontal e vertical no plano vertical.

S1

A1 O1 R1
B1 Plano oblíquo e rectas
hρ≡s1
tangentes a uma esfera
r1
Parte-se aqui do princípio de que é dado o ponto de
hω tangência T. Por esse ponto traçaram-se duas rec-
tas tangentes, n e f, respectivamente horizontal e
frontal. Os traços dessas rectas permitiram encon-
trar os traços do plano tangente no mesmo ponto.
O raio [OT] é perpendicular às rectas n e f, e tam-
bém perpendicular ao plano tangente.

f2

F2 n2
T2

A2 O2
B2

H2
x F1

n1

O1
A1 B1
T1 f1
H1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 21


Sólidos I – Exercícios

Representação de pontos e de linhas nas 6. Representar um prisma recto de bases rectangu-


superfícies de pirâmides e de prismas lares com 5cm de altura, sendo [PQRS] a base
situada no plano vertical ω, que cruza o eixo x num
1. Representar uma pirâmide regular com 7cm de ponto com 2cm de abcissa e faz 45ºae. P(4;0) e
altura, cuja base é o triângulo horizontal [ABC], R(4;3) são dois vértices opostos. O lado [PQ] mede
conhecendo os vértices A(4;2;0) e B(-2;2;0). Deter- 3,5cm sendo Q o vértice me de menor cota. Deter-
minar os seguintes elementos que lhe pertencem: minar os seguintes elementos que lhe pertencem:
- P, com 4cm de cota, situado na aresta mais - segmento vertical [AB], que contém o
à esquerda; centro da base situada à direita;
- Q, com 2,5cm de afastamento e 2cm de - M, ponto médio da face que contém P,
abcissa, situado na face [ABV]; sendo invisível em projecção horizontal;
- geratriz [DV], que faz 45ºae na projecção
horizontal, visível em ambas as projecções. 7. Representar uma pirâmide recta com 5cm de
altura e base quadrada de perfil [ABCD], sendo
2. Representar uma pirâmide com vértice principal A(0;0;3) e B(0;5;1) dois vértices consecutivos da
em V(-3;8;6), cuja base é o quadrado frontal base e tendo o vértice V abcissa positiva. Determi-
[ABCD], conhecendo os vértices opostos A(2;2;1) e nar os seguintes elementos que lhe pertencem:
C(0;2;7). Determinar os seguintes elementos que - geratriz [GV], horizontal, visível em projec-
lhe pertencem: ção frontal;
- geratriz [EV], horizontal; - segmento [A’B’], com 2cm de abcissa,
- F, com 4cm de cota, situado na aresta da paralelo a [AB];
base invisível em projecção frontal; - P, com 5,5cm de cota e 1cm de abcissa,
- G, com 1cm de abcissa e 3,5cm de cota, situado, invisível em projecção frontal.
situado na face que contém o vértice mais à
esquerda. 8. Representar um prisma com bases de perfil, ten-
do a base à direita os vértices P(-2;2;2), Q(-2;4;6) e
3. Representar uma pirâmide pentagonal regular, R(-2;7;3). A aresta [PP’] é frontal e mede 6cm, ten-
com 7cm de altura, cuja base [ABCDE] se situa no do P’ cota nula. Determinar os seguintes pontos que
plano de topo ψ, que cruza o eixo x num ponto com lhe pertencem:
-1cm de abcissa e faz 55ºad. Essa base está inscri- - A, com 2cm de abcissa e 3cm de cota,
ta numa circunferência de 3,5cm de raio com centro invisível em projecção frontal;
em O(4;3), sendo frontal o seu lado de maior afasta- - B, com 1cm de abcissa, situado na diago-
mento [CD]. Determinar os seguintes elementos que nal que tem um extremo em R e é invisível
lhe pertencem: em projecção horizontal.
- P, com 5cm de cota, situado na aresta de
menor cota; 9. Representar uma pirâmide triangular regular cuja
- geratriz [EV], invisível em projecção frontal, base é [ABC], situada no plano oblíquo ρ, perpendi-
tendo E 4cm de cota. cular ao β1/3, cujo traço frontal faz 50ºae, cruzando o
eixo x num ponto com -2cm de abcissa. Conhecem-
4. Representar um prisma hexagonal regular, com se os pontos A(2;1) e B(5;1) e sabe-se que o vértice
5cm de altura e bases frontais, sendo [PQRSTU] a V tem -3cm de abcissa. Determinar os seguintes
de menor afastamento e P(2;1;6) e S(-4;1;5) dois elementos que lhe pertencem:
vértices opostos dessa base. Determinar os seguin- - segmento de perfil [AE], visível em projec-
tes elementos que lhe pertencem: ção horizontal;
- segmento [AB], de topo, com 1cm de - segmento [JK], paralelo ao lado [AB], com
abcissa, invisível em projecção horizontal; 3cm de cota;
- D, com -3cm de abcissa e 4cm de afasta- - P, com 2,5cm de cota e 2cm de abcissa,
mento, situado numa face invisível. situado na face invisível em projecção hori-
- segmento frontal com 2,5cm de afastamen- zontal.
to, situado na base de menor cota.
10. Representar um cubo com 6cm de lado, sendo
5. Representar um prisma oblíquo de bases quadra- os pontos A(3;4;0) e C(5;0;3) dois vértices opostos
das horizontais, sendo A(-3;0;0) e D(1;1,5;0) dois da base que se situa no plano de rampa δ. Determi-
vértices consecutivos da base de menor cota. O nar os seguintes elementos que lhe pertencem:
sólido tem 6cm de altura, fazendo as projecções - K, com 6cm de abcissa e 5cm de afasta-
frontais e horizontais das arestas laterais 65ºae e mento, invisível em projecção horizontal;
50ºae, respectivamente. Determinar os seguintes - L, com 4cm de afastamento, situado na
elementos que lhe pertencem: aresta de menor abcissa;
- P, com 2cm de abcissa e 4cm de cota; - segmento fronto-horizontal [MN], que mede
- R, com 2cm de cota, na aresta do ponto A; 3cm e é invisível em ambas as projecções.
- Diagonal da face lateral que tem um extre-
mo no vértice situado mais à direita.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 22
Representação de pontos e de linhas nas 17. Representar a esfera com centro em O(2;4;5),
superfícies de cones, cilindros e esferas com 3cm de raio. Determinar os seguintes pontos
que lhe pertencem:
11. Representar um cone de revolução com 7cm de - P(1;?;7), visível em projecção frontal;
altura e base frontal, com 3cm de raio e centro em - R(3;3;?), invisível em projecção frontal.
O(1;0;4). Determinar os seguintes pontos que lhe
pertencem: 18. Representar a esfera com centro em Q(-1;3;4),
- P, com abcissa nula e 2,5cm de cota; com 3cm de raio. Determinar os seguintes pontos
- Q, com 1cm de abcissa e 6cm de cota; que lhe pertencem:
- S e R, com abcissa nula e 5,5cm de cota;
12. Representar um cone oblíquo de base horizontal - T e U, com -2 de abcissa e situados no β1/3.
com 3cm de raio e centro em O(2;6;6), e vértice em
V(-3;0;0). Determinar os seguintes elementos que Representação de sólidos mediante condi-
lhe pertencem: ções específicas
- geratriz [CV], invisível em projecção frontal,
tendo C abcissa nula; 19. Representar uma pirâmide pentagonal oblíqua
- R, com 3cm de abcissa e 5cm de cota, de base frontal, inscrita numa circunferência com
invisível em projecção horizontal. 3cm de raio e centro em X(3;1;4), sendo fronto-
horizontal o seu lado de menor cota. A aresta lateral
13. Representar um cone de revolução com base de mais à direita mede 7cm, fazendo as suas projec-
perfil com 3cm de raio e centro em Q(5;4;5) cujo ções frontal e horizontal 20ºad e 65ºad, respectiva-
vértice tem abcissa nula. Determinar os seguintes mente.
elementos que lhe pertencem:
- geratriz [EV], que faz 30ºae em projecção 20. Representar um prisma hexagonal oblíquo de
frontal, sendo visível em ambas as projec- bases horizontais, estando a de maior cota inscrita
ções; numa circunferência com 3cm de raio e centro em
- F, com dois centímetros de cota, situado O(-4;7;3). Duas faces do prisma são de topo. As
na circunferência da base, com afastamento arestas laterais medem 8cm e são paralelas ao β2/4,
superior ao do ponto Q. fazendo as suas projecções frontais 70ºad.

14. Representar um cilindro oblíquo com 5cm de 21. Representar um cone oblíquo com base hori-
altura e bases horizontais com 3cm de raio, sendo a zontal com 3cm de raio e centro em Q(5;3;6). A
de menor cota a que tem centro em Q(4;9;1). As geratriz de contorno direito é de perfil e mede
geratrizes são paralelas ao β2/4, fazendo as suas 7,5cm, situando-se o vértice V no PHP.
projecções frontais 50ºad. Representar os seguintes
pontos que lhe pertencem: 22. Representar um cilindro oblíquo de bases fron-
- J, com 4cm de cota, situado na geratriz de tais com 2,5cm de raio, tendo a de menor afasta-
contorno esquerdo em projecção horizontal; mento centro em O(-1;0;3). A de maior afastamento
- K, com 3cm de afastamento, situado na tem centro em O’, com 3cm de abcissa e 4,5cm de
geratriz de menor afastamento; cota. O eixo [OO’] mede 7cm.
- L, com 5cm de abcissa e 2,5cm de cota,
visível em ambas as projecções. 23. Representar uma pirâmide com a base no plano
vertical α, que cruza o eixo x num ponto com -4cm
15. Representar um cilindro de revolução com 4cm de abcissa, fazendo 60ºae. A(1;6), B(3;1) e C(6;3)
de altura e bases frontais com 3,5cm de raio, sendo são os vértices da base. O vértice V tem afastamen-
a de maior afastamento a que tem centro em to nulo e 4cm de abcissa. A aresta [BV] mede
X(2;6;4). Determinar os seguintes elementos que 7,5cm.
lhe pertencem:
- geratriz [CC’], de topo, com 6cm de cota, 24. Representar um cilindro oblíquo de bases de
visível em projecção horizontal; perfil com 2cm de raio, tendo a da esquerda centro
- geratriz [DD’], oposta à anterior; em O(5;4;3). As geratrizes medem 6cm e são para-
- P, com abcissa nula e 5cm de afastamento, lelas ao β1/3, fazendo as projecções frontais 35ºad.
invisível em projecção horizontal.
25. Representar uma pirâmide regular com 8cm de
16. Representar o cilindro de revolução com 5cm de altura, cuja base é o quadrado [ABCD], com 4cm de
altura e bases de perfil com 3cm de raio, tendo a da lado, situada no plano oblíquo π, que cruza o eixo x
direita centro em O(-4;4;4). Determinar os seguintes no ponto de abcissa nula, fazendo os seus traços
elementos que lhe pertencem: frontal e horizontal 45ºae e 55ºae, respectivamente.
- geratriz [GG’], com 2cm de cota, sendo Conhece-se A(0;2) e sabe-se que B se situa no
visível em projecção frontal; traço horizontal do plano.
- R, com 5cm de cota e -2cm de abcissa,
visível em ambas as projecções. 26. Representar a pirâmide com 7cm de altura, cuja
- S, com 2cm de cota, situado na circunfe- base é o triângulo equilátero de rampa [ABC],
rência da base esquerda, com afastamento conhecendo A(2;0;4) e B(2;2;0) e sabendo que C
superior ao de O. tem abcissa positiva. O eixo do sólido é de perfil e
paralelo ao β1/3.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 23


(Continuação) Planos e rectas tangentes a cones, a cilin-
dros e à esfera
27. Representar um cilindro com 6cm de altura e
bases com 2,5cm de raio, uma delas com centro em
34. Representar um cone de revolução com 7cm de
Q(4;3;2), situada no plano de rampa θ cujo traço
altura e base frontal, com 3cm de raio e centro em
frontal tem 4,5cm de cota. A geratriz de menor afas-
O(1;0;4). Determinar:
tamento está contida numa recta passante de perfil.
- recta fronto-horizontal h, tangente ao sólido
no ponto E, com 6cm de cota, situado na
28. Representar uma pirâmide cuja base é o triân-
geratriz de perfil com maior cota
gulo equilátero [ABC] situado no plano passante ψ,
- traços do plano tangente θ, que contém a
conhecendo A(6;1;2) e B(0;1;2). A geratriz [MV] é
geratriz [FV], cuja projecção frontal faz 40ºae
de perfil e mede 7cm, sendo M o ponto médio do
e é visível em ambas as projecções.
lado [AB] e estando V situado no PHP.
35. Representar o cone do exercício anterior. Deter-
Planos e rectas tangentes a pirâmides e a minar:
prismas - traços (que caibam no espaço do desenho)
dos planos α e π, tangentes ao cone e
29. Representar uma pirâmide regular com 7cm de contendo P(-3;3;6);
altura, cuja base é o triângulo horizontal [ABC], - geratrizes de tangência desses planos.
conhecendo os vértices A(4;2;0) e B(-2;2;0). Deter-
minar: 36. Representar um cone oblíquo de base horizontal
- traços do plano de topo ω, que contém a com 3cm de raio e centro em O(2;6;6), sendo
aresta mais à esquerda; V(-3;0;0). Determinar:
- recta r, paralela ao β2/4, tangente no ponto - recta vertical v, com abcissa nula, tangente
T, com 3cm de afastamento, situado nessa em P numa geratriz de contorno horizontal;
aresta. - recta horizontal n, tangente em T, com 4cm
de cota, situado na geratriz de contorno
30. Representar a pirâmide do exercício anterior. esquerdo em projecção frontal.
Determinar:
- traços do plano oblíquo ρ, que contém a 37. Representar um cilindro oblíquo com 6cm de
face [BCV]; altura e bases horizontais com 3cm de raio, sendo a
- recta frontal f, desse plano, com 3cm de de menor cota a que tem centro em Q(4;9;0). As
afastamento, indicando os pontos R e S geratrizes são paralelas ao β2/4, fazendo as suas
onde a recta cruza as arestas do sólido. projecções frontais 50ºad. Determinar:
- traços dos planos δ e ω, tangentes ao
31. Representar uma pirâmide com vértice principal sólidos, contendo P(-3;2;2);
em V(-3;8;6), cuja base é o quadrado frontal - geratrizes de tangência desses planos.
[ABCD], conhecendo os vértices opostos A(2;2;1) e
C(0;2;7). Determinar: 38. Representar o cilindro do exercício anterior.
- recta vertical v com 1cm de abcissa, Determinar:
tangente numa aresta lateral do sólido no - traços dos planos δ e ω, tangentes ao
ponto P; sólidos, contendo a recta frontal f, que
- traços do plano δ, que contém a face lateral contém P(-6;4;3) e faz 70ºae;
mais à esquerda. - geratrizes de tangência desses planos.

32. Representar um prisma hexagonal regular, com 39. Representar a esfera com 3 cm de raio e centro
5cm de altura e bases frontais, sendo [PQRSTU] a em O(2;4;3,5). Determinar:
de menor afastamento e P(2;1;6) e S(-4;1;5) dois - rectas horizontal e frontal n e f, tangentes
vértices opostos. Determinar: ao sólido em T(1;?;5,5), visível em projecção
- recta s, cuja projecção horizontal faz 45ºad, frontal;
contendo o ponto P e cruzando a aresta - traços do plano ψ, que contém esse ponto;
lateral de maior cota no ponto Z; - recta r, tangente em T, cuja projecção
- recta p, de perfil, que cruza a aresta situada horizontal faz 60ºae.
mais à direita no ponto K, com 3cm de afas-
tamento, fazendo 35º com o PHP. 40. Representar a esfera com 3cm de raio e centro
em Q(-1;3;4). Determinar:
33. Representar uma pirâmide recta com 5cm de - traços do plano de rampa θ, perpendicular
altura e base quadrada de perfil [ABCD], sendo ao β1/3 e tangente ao sólido no ponto T,
A(0;0;3) e B(0;5;1) dois vértices consecutivos da visível em ambas as projecções;
base e tendo o vértice V abcissa positiva. Determi- - recta fronto horizontal h, tangente em T;
nar: - recta s, tangente em T, cuja projecção
- traços do plano de topo π, contendo a ares- horizontal faz 50ºad;
ta lateral [BV]; - projecções e traços da recta de perfil p,
- recta a, passante e contida em π, tangente tangente ao sólido no ponto S(1,5;4;?),
ao sólido no ponto T com 3cm de abcissa; visível em ambas as projecções.
- recta n, horizontal, que contém D e cruza a
aresta de maior cota no ponto U.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 24

Você também pode gostar