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A Experiência Do Voluntariado No Contexto Da Globalização
A Experiência Do Voluntariado No Contexto Da Globalização
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Vivemos hoje, indiscutivelmente, uma revolução mundial que parece querer ser conduzida
unicamente pela força do mercado pondo à margem o homem que devia ter sido sempre o
objectivo final de toda e qualquer globalização. É por isso que a sociedade civil, hoje, no
mundo, protesta e se manifesta, não contra a globalização em si, mas contra “esta”
globalização, apelando a uma globalização alternativa para que um outro mundo mais
justo, mais ético, mais solidário seja possível. Face a esta tendência, que não passa de uma
tendência, promovida pelo Fórum Económico Mundial de Davos há cerca de 30 anos e que
pretende impor uma globalização com marcadas tendências financeiras e especulativas, é
LIVROS DO MÊS
fundamental que a sociedade civil se constitua como contrapoder, não para tomar o poder
- "Mais Histórias que Contei aos Meus mas para defender valores. Os cidadãos têm a obrigação de promover e defender valores.
Filhos", Oficina do Livro
- "Humanidade - Despertar para a Não é por acaso que alguns autores falam da globalização armadilhada. Nesta globalização
Cidadania Global Solidária", Temas e puramente economicista e produtivista só 20% da mão-de-obra seria necessária, sendo os
Debates/Círculo de Leitores
outros 80% perfeitamente dispensáveis e descartáveis.
O mercado parece, assim, ter sido eleito como nova ideologia e não é por acaso que muitos
lhe chamam o Deus Mercado. Foi por isso que em 2001 se realizou, pela primeira vez, na
LIVROS QUE PUBLIQUEI cidade do Porto Alegre, no Brasil, o Fórum Social Mundial para que justamente a sociedade
civil mundial pudesse dar voz ao seu desalento, exprimir o seu repúdio pelo que se vinha
- "Viagens Contra a Indiferença",
processando na nossa sociedade e para apresentar alternativas ao processo em curso
É verdade que o fosso que se tem acentuado entre pobres e ricos tem sido encapotado por
- "Histórias que contei aos meus filhos",
Oficina do Livro eufemismos linguísticos. Por exemplo, hoje fala-se nos “países menos avançados” quando,
anteriormente, se falava dos países “em vias de desenvolvimento” ou, mesmo antes, dos
“países subdesenvolvidos”. Não é menos verdade que, em menos de 30 anos os países hoje
- "Mais Histórias que Contei aos Meus
Filhos", Oficina do Livro ditos menos avançados passaram de 29 para 59. A África que era auto-suficiente no aspecto
alimentar há 20 ou 30 anos, recebe hoje 4/5 dos seus bens alimentares, o que faz desde já
- "Humanidade - Despertar para a
antever uma catástrofe humanitária de proporções bíblicas quando sabemos que a África
Cidadania Global Solidária", Temas e
Debates/Círculo de Leitores subsariana, que tem hoje 800 milhões de habitantes, passará para o dobro em menos de 25
anos. A esse empobrecimento real de uma boa parte da humanidade associa-se uma política
de dois pesos e duas medidas: os ditadores são ou não aceites consoante aceitem ou não as
“regras do mercado” e a ele se dobrem e com ele pactuem. Pouco importa a desgovernação
e a corrupção desenfreada desde que sejam submissos às leis e imposições do Fundo
Monetário Internacional e do Banco Mundial.
Pesquisa
Um dos grandes efeitos perversos da globalização especulativa em curso foi, sem dúvida
OK
nenhuma, a queda das ideologias. Todos os políticos têm o mesmo discurso, hoje quem
manda é indiscutivelmente o poder económico-financeiro especulativo. É constrangedor ver
como os ex-ministros são hoje funcionários dos grandes grupos económicos. É sem dúvida
alarmante apercebermo-nos que, intimamente associado a esse poder económico,
predomina também o mundo da comunicação que já só fala de “conteúdos” - noção
Links
abstracta e manipuladora, tendo esquecido por completo o seu dever informativo e
AMI - Site formativo. Hoje há um Poder cada vez mais perigoso e inquietante, um Poder sem rosto,
AMI - Blog globalizado, incontrolado. Há cada vez mais multinacionais (com fácil acesso ao crédito
Alertnet bancário, que é, de facto, o verdadeiro poder) a beneficiar de orçamentos superiores aos de
Reliefweb muitos estados desenvolvidos e os seus presidentes são autênticos chefes de estado. Sem
MSF
saberem já quem os representa e quem os governa, não é por acaso que os sindicatos
CICR
UNHCR
perdem força e influência e as pessoas se alheiam cada vez mais da vida política como prova
Courrier International o facto de a abstenção em actos eleitorais ser hoje o maior partido europeu.
BBC News
Climate Network
REAPN É cada vez mais importante despertar as consciências para uma cidadania efectiva. É aqui
Ideas 4 Development que o voluntariado encontra permanentemente toda a sua expressão. É fundamental, pois,
UN Millennium Goals promover uma cidadania crítica, em permanente alerta, atenta, interventiva e é esta atitude
Blog 19 que sustenta o voluntariado. Os cidadãos têm que assumir uma atitude activa e participativa.
Geneall
Sem participação da sociedade civil não pode haver autêntico desenvolvimento nem
Associação 25 de Abril
Associação Tratado de Simulambuco
verdadeira democracia. É esse o drama, nomeadamente em África, porque, pese embora
Instituto da Democracia Portuguesa começarem a ter uma sociedade civil activa, ela é ainda incipiente e extremamente frágil.
Associação Para a Promoção e Dignificação do Daí os desvarios permitidos a governos perfeitamente corruptos e sem a mínima noção de
Homem
estado e do bem público.
CAVITOP - Centro de Apoio a Vítimas de Tortura
Condomínio da Terra
O voluntariado é, pois, a solidariedade activa e não apenas “de boca”. Perdeu-se muito o
conceito de subsidiariedade, não responsabilizando os cidadãos pelos seus deveres e
desvalorizando a sua efectiva participação na vida social.
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2011
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Discurso de apresentação ...
Site oficial da Candidatu...
Presidência da República
Breves palavras Os desafios que a Humanidade tem de enfrentar são enormes mas tenho a convicção de que
os cidadãos saberão responder positivamente tanto no que diz respeito à defesa do ambiente
como à condução de uma ajuda humanitária verdadeiramente credível e não manipulada
por outros interesses menos claros, como no combate sem tréguas à pobreza e à exclusão
social e também numa luta sem quartel contra toda a forma de intolerância. Num mundo em
Arquivo que a ausência de políticas corajosas gera a ausência de causas, estou convicto que uma
Dezembro 2010
Outubro 2010 sociedade civil forte e activa saberá lutar por essas causas, as eternas causas universais, as
Setembro 2010 causas dos valores, porque é disso que estamos à espera, duma globalização de valores e
Agosto 2010
Julho 2010 sobre isso, sem dúvida nenhuma, o voluntariado tem uma palavra decisiva a dizer. Estou
Junho 2010 certo que a dirá.
Maio 2010
Abril 2010 3 de Dezembro de 2001
Março 2010
Fevereiro 2010
Janeiro 2010
Dezembro 2009
Novembro 2009
Outubro 2009 Tags: cidadania, crise financeira, portugal
Setembro 2009
Agosto 2009
Julho 2009
Junho 2009
Maio 2009 publicado por Fernando Nobre às 10:33
Abril 2009
Março 2009 link do post | comentar
Fevereiro 2009
Janeiro 2009 PDF Email
Dezembro 2008
“À lupa”
responder a comentário
Este é um excelente artigo. Enquanto existirem figuras públicas a escreverem assim, existe
ainda esperança para este Planeta.
Muito obrigado.
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“Desdentados”
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Abraço
Magda
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“Levas”
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“Avisados”
De cimeira em cimeira
Assim vamos vivendo
E outros lá vão dizendo
Que não será a primeira
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“Merceeiro”
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"N’arena"
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“Molho de tomate"
Observo as desigualdades
E que faço para as esbater
Quase nada ou banalidades
Pois continuam a crescer
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"Estádios de areia"
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